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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

IZABELA CRISTINA SILVA

RELATÓRIO DE OBRA
Alvenaria de vedação em bloco cerâmico

Goiânia
2017
IZABELA CRISTINA SILVA

RELATÓRIO DE OBRA
Alvenaria de vedação em bloco cerâmico

Relatório apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na
disciplina Construção Civil II, no Curso de
Engenharia Civil, na Universidade Federal
de Goiás.

Profª. Helena Carasek

Goiânia
2017
SUMÁRIO

1 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA.....................................................................................02
2 ORÇAMENTO E CRONOGRAMA..................................................................................02
3 SERVIÇOS PRELIMINARES..........................................................................................02
4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS...................................................................................03
5 EXECUÇÃO....................................................................................................................05
6 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA OBRA.....................................................08
7 CONCLUSÕES...............................................................................................................09
REFERÊNCIAS..................................................................................................................09
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1 Caracterização da obra

A obra escolhida é a construção do edifício Opus Verti, localizado à Rua 148,


Setor Marista. Se trata de um edifício residencial multifamiliar, contendo 2
subsolos, térreo, 2 mezaninos, 27 pavimentos tipo e 1 cobertura. O engenheiro
responsável técnico é Wallace Alves e o mestre Delcimar.

Figura 1. a. Fachada prevista (fonte: Opus) b. Fachada atual.

A visita foi realizada no dia 28/10/2017, acompanhada pelo estagiário


Winicius Gonçalves. Por ter sido realizada no sábado, grande parte dos serviços
não estavam sendo feitos no momento. Porém, das imagens que se seguem,
pode-se retirar algumas informações importantes.

2 Orçamento e cronograma

Neste empreendimento, o percentual do custo da alvenaria em relação ao


total da obra, incluindo a compra de materiais e todos os processos que a
envolvem, é de aproximadamente 5% e está atualmente com cerca de 35% dos
serviços concluídos, segundo estagiário.

3 Serviços preliminares

Segundo informações do estagiário Winícius, a alvenaria é executada


após a retirada do escoramento do pavimento, cerca de 2 semanas (podendo
ser executada antes), sendo que o escoramento é retirado 30 dias depois da
execução da estrutura. Além disso é aguardado 72 horas após a realização do
chapisco das estruturas. Também antes de executar a alvenaria é feita a
transferência dos eixos (definidos pelo topógrafo) do térreo para o pavimento,
utilizando fio de nylon, chamado no local de fio de pedreiro. Esta etapa é de
extrema importância, já que a marcação da alvenaria é realizada com base
nesses eixos de referências.
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Além disso, foi observado que as vergas utilizadas são moldadas in loco
com concreto, já as contravergas, em alguns casos, são feitas com blocos
cerâmicos do tipo canaleta, isto ocorre quando o vão é grande o suficiente para
que haja preocupação de que o peso do concreto sobre os blocos possa ser
excessivo.

4 Materiais e equipamentos

Os blocos utilizados são cerâmicos e chegam na obra paletizados,


conforme figura 2, obedecendo ao Código de Práticas, que recomenda a
utilização de pilhas de blocos paletizadas de no máximo 1,80m.

Figura 2. Blocos cerâmicos paletizados.

Para transporte horizontal, são utilizados carrinhos do tipo transpalet, como


mostrado na figura 3.

Figura 3. Blocos paletizados e carrinho para transporte.


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A argamassa de assentamento é executada no próprio pavimento com o uso da


betoneira, sendo que os materiais que serão utilizados são dispostos na laje
(figura 4). Depois de feita, esta é armazenada em masseiros metálicos ou
plásticos (ou transportada no próprio pavimento com giricas), como mostram as
figuras 5 e 6.

Figura 4. Materiais e equipamentos.

Figura 5. Masseiro metálico.

Figura 6. Betoneira e carrinho (girica) para transporte de massa no pavimento.


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5 Execução

A primeira etapa da execução da alvenaria é a marcação, que já havia


sido feita quando realizada a visita, e é mostrada nas figuras 7 e 8. Segundo
Winicius, nesta etapa são conferidos a localização, o nível, os vãos das portas e
os esquadros, e se tudo estiver correto é retirada a marcação dos eixos com o
fio de pedreiro. Na figura 7, é possível ver que neste pavimento as contravergas
foram do tipo canaleta cerâmica, que dá mais uniformidade à parede.
A construtora não realiza o galgamento da alvenaria e não utiliza
conectores de ancoragem (ferro cabelo ou tela eletrosoldada), como se nota na
figura 9.

Figura 7. Marcação da alvenaria Figura 8. Marcação da parede externa

Figura 9. Ausência de galgamento e ferro cabelo.


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Durante a visita, um operário estava finalizando a elevação de uma


parede, assentando blocos na parte superior (figura 10). Observa-se que para
este procedimento há a utilização de uma plataforma elevatória para auxiliá-lo.
Como não há regulador de altura do masseiro, o trabalhador precisava se abaixar
para aplicar a argamassa de assentamento no bloco (figura 11).

Figura 10. Aplicação da argamassa de assentamento da última fiada, com colher de


pedreiro.

Figura 11. Falta de ergonomia ao trabalhador.


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Em outros locais do pavimento, também se nota a presença de


plataformas para execução dos serviços em maiores alturas, como na figura 12.
Também na imagem há uma alternativa encontrada pelos trabalhadores para
evitar a repetição do movimento de abaixar para pegar massa e levantar para
assentar o bloco.

Figura 12. Blocos usados como apoio para masseiro.

Ainda sobre a etapa de elevação, nota-se que o prumo das paredes é


garantido pelo uso do escantilhão, como mostram as figuras 13 e 14.

Figura 13. Uso do escantilhão.


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Figura 14. Uso do escantilhão.

Já com relação à etapa de fixação (ou encunhamento) da alvenaria, esta


é realizada da seguinte forma: são elevadas as alvenarias de 4 pavimentos,
quando se termina a elevação do 4º, é feita a fixação do 1º. Após a fixação do 1º
é elevada a alvenaria do 5º, e depois a fixação do 2º, de forma que sempre haja
um grupo de 3 pavimentos com alvenaria elevada acima do pavimento que terá
a execução do encunhamento.

6 Aspectos positivos e negativos observados na obra

Dentre os aspectos negativos observados, podemos citar que, já nos


serviços preliminares, nota-se a ausência de elaboração de projeto de alvenaria,
causando grande quantidade de material desperdiçado em virtude de quebras
causadas pela falta de modulação, como mostrado na figura 15. Outro aspecto
notável nesta etapa é que não houve colocação de conectores de ancoragem da
alvenaria na estrutura, que vai contra a NBR 8545/1984. A falta destes
conectores favorece o aparecimento de trincas na interface alvenaria e estrutura.

Figura 15. Sacos contendo pedaços de blocos quebrados durante a execução da alvenaria.
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A fase de elevação também apresenta falhas. Como mostrado em


imagens anteriores, não é realizado o galgamento da alvenaria. Questionado a
respeito disso, o estagiário informou que é apenas dito ao operário a espessura
de junta necessária para que ele execute. Este procedimento vai contra a norma
de Execução de Alvenaria Sem Função Estrutural.
Apesar de não ser contra normas, a falta de ergonomia também é um
aspecto negativo observado, uma vez que além de diminuir a produtividade do
operário pode vir a trazer problemas de saúde ao mesmo.
Porém, houve alguns aspectos positivos encontrados: a correta
estocagem e o transporte de blocos cerâmicos; o tipo de masseiro adequado
para que a argamassa não perca água (o que prejudicaria a aderência bloco-
argamassa), operários utilizando Equipamentos de Segurança Individual (luvas,
bota, cinto, capacete) e o uso do escantilhão para garantir o prumo das paredes.

7 Conclusões

Podemos concluir da visita, através dos aspectos positivos e negativos


observados, que mesmo construtoras de grande porte e com muita experiência
deixam a desejar em alguns processos construtivos. Vale ressaltar que cabe aos
engenheiros responsáveis a fiscalização quanto ao atendimento às normas e às
práticas recomendadas para garantir um bom desempenho das alvenarias de
vedação. Nota-se que a busca pela alta produtividade pode ser um fator decisivo
na qualidade: neste caso, por exemplo, o galgamento da alvenaria, que poderia
ter sido feito com auxílio do escantilhão, largamente utilizado na obra, não foi
executado por ser considerada uma etapa demorada. Assim como este, a
aplicação dos conectores de ancoragem demanda um certo tempo para que
sejam realizados de forma correta. Desta forma, fica claro que nem sempre uma
obra executada no prazo é uma obra de qualidade, e que é necessário bom
senso no momento de pesar os prós e contras de uma execução mais rápida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8545: Execução


de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos. Rio de
Janeiro, 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-1:
Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de
vedação — Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, 2005.
THOMAZ, E.; FILHO, C.V.M.; CLETO, F.R; CARDOSO, F.F – Código de
praticas N01: Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. IPT – Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo: São Paulo, 2009.

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