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APOSTILA  1     1  
Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes
 
   
 
 
 
 
MECÂNICA ORTODÔNTICA OTIMIZADA

 
 
 
   
 
 
 
 
Sistema convencional

 
 
 
STRAIGHT WIRE

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 

PROTOCOLO DAS ATIVIDADES MECÁNICA


CURSO DE TYPODONT STRAIGHT WIRE OTIMIZADO

Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes


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Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes


 
 
                                                                                                               
Doutor e mestre em ortodontia FOSLMandic SP

Especialista em Ortodontia e Ortopedia facial UNIFEB SP

Pós graduação em DTM e dor facial , Implantodontia

Pós graduação – Odontologia do sono ( idealizador do SS


– Sound sleep Aparelho Intra Oral apnéia e ronco )

Professor titular do curso de especialização em ortodontia


UNIUBE Universidade de Uberaba - MG

Professor e coordenador dos cursos de especialização em


ortodontia ABO -Taguatinga DF

Professor UNIP DF e IPESP DF

Diretor administrativo - CPEOrto DF / Orthocentro DF /


Orthouniversity Brasília DF

Marcelo  Sousa  Gomes,  Dr,  MS,  Esp.

A palavra otimizar é utilizada em muitas áreas do conhecimento, e significa:


Buscar um rendimento ótimo, criando condições mais favoráveis ou tirando (dele ou
dela) o melhor possível; tornar (algo) ótimo ou ideal.
Este trabalho visa adequar a ortodontia em protocolos estabelecidos que visam a
otimização da especialidade.
Partindo deste pressuposto, este trabalho vem mostrar uma organização do
conhecimento baseada em evidência científica e clínica, e transformando este sistema
em protocolo técnico para a terapia ortodôntica corretiva. Como princípio, será utilizado
a filosofia straight wire- Roth modificado por recursos técnicos advindos de outras
filosofias para que possamos otimizar nossas atividades clínicas.
A busca do melhor rendimento biomecânico em menor tempo é sem dúvida nenhuma o
grande desafio da ortodontia contemporânea, e a idéia de integrar o que há de melhor
nas filosofias para a busca do melhor é a grande proposta deste levantamento
científico e proposta de padronização das atividades mecânicas em ortodontia.

 
 
STRAIGHT  WIRE  OTIMIZADO  -­‐  CONVENCIONAL  
AGREGAR E OTIMIZAR – AÇÕES CONTEMPORÂNEAS EM ORTODONTIA  

                                                         
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MECÂNICA  STRAIGHT  WIRE  OTIMIZADA  

                                       

SIMPLICIDADE  E  PRATICIDADE  
TÉCNICA  

AGREGAR  FATORES  POSITIVOS  


DE  OUTRAS  FILOSOFIAS  

OTIMIZAR  RESULTADOS  

A   FILOSOFIA   STRAIGHT   WIRE   OTIMIZADA   AGREGA     UM   SISTEMA   DE   DIAGNÓSTICO  


PRÓPRIO   COM   A   UTILIZAÇÃO   DE   FERRAMENTAS   ADEQUADAS     QUE   LEVA   A   UM  
PLANEJAMENTO   DINÂMICO   E   PREDICTIVO.   ENTRE   OUTROS   FATORES   FOI  
DESENVOLVIDO  UMA  ANÁLISE  CEFALOMÉTRICA  P.C.O  (  Padrão  Cefalométrico  Otimizado  
)   e   ANÁLISE   DE   MODELOS   DINÂMICA   OTIMIZADO,   QUE   EM   CONJUNTO   COM   OUTROS  
FATORES  DE  DIAGNÓSTICO  CONDUZ  A  UM  PLANEJAMENTO  OTIMIZADO.  
NA   MECÂNICA   ORTODÔNTICA,   FOI   DESENVOLVIDO   FATORES   PARA   A   ORTODONTIA  
CONVENCIONAL   E   O   SISTEMA   AUTOLIGADO.   NESTE   TRABALHO   SERÁ   MOSTRADO   O  
PADRÃO  PARA  ORTODONTIA,  UTILIZANDO  UM  SIMULADOR  MECÂNICO  –  TYPODONT.  

 
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A EVOLUÇÃO DA ORTODONTIA
A evolução dos aparelhos ortodônticos

A  EVOLUÇÃO  DA  ORTODONTIA  


 
-­‐  Histórico  da  ortodontia    

                  “É   importante   entender   a   história.   No   caso,   a   história   de  


um   pedaço,   de   uma   fase   da   Ortodontia,   porque   para   se  
entender   o   que   está   acontecendo   no   presente,         ou   o   que   irá  
acontecer      no        futuro,      é  necessário  analisar  o  passado”  

                     
 
 

 
 

 
 

 
 
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   A  EVOLUÇÃO  DAS  TERAPIAS  ORTODÔNTICAS  


 

Após 1850 apareceram os primeiros tratados que descreveram a


ortodontia de maneira sistemática, o mais notável destes foi o de
Norman W. Kingsley (1825–1896) um dentista, escritor, escultor e
artista - Escreveu o "Tratado de deformidades orais" (1880) . Este
tratado de Ortodontia possuia as etiologias, diagnosticos e planos
de tratamentos fundamentos para prática da especialidade.

Kingsley influenciou significativamente a odontologia americana durante


a última metade do século XIX. Apesar das suas contribuições e de
seus contemporâneos, a ênfase da Ortodontia permaneceu no
alinhamento dos dentes e na correção das suas proporções faciais,
prestando-se pouca atenção à oclusão dentária. Numa época em que a
dentição intacta era uma raridade, os detalhes de relações oclusais
eram considerados sem importância.

Ele desenvolveu a tração occipital (1879), introduzindo definitivamente a força


extrabucal aplicada sobre o arco superior e o tratamento das fendas palatinas. Foi
também o primeiro ortodontista a usar a vulcanite para construir o seu histórico plano
inclinado. Sua fama como dentista quase foi ofuscada pelos seus talentos como artista
e escultor.
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O Dr. Pierre Fauchard considerado o Pai da


Odontologia Moderna, publicou em 1728 o primeiro
livro de Odontologia da historia:

"Le Chirurgien Dentiste"


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A ORTODONTIA NASCE DOS ESTUDOS DA OCLUSÃO

“ O PAI DA ORTODONTIA ”

Edward Hartley Angle nasceu há mais ou menos 150 anos, em


Herrrick, na Pensilvânia, em 1 de junho de 1855. Não se sabe
muito sobre o início de sua vida, exceto o que aprendemos com a
autodescrição de suas características de infância. Ele não gostava
da escola, nem se interessava pelo trabalho na fazenda. Seu
maior prazer era perambular pelas colinas e bosques perto de sua
casa, fascinado pelas máquinas grosseiras que eram usadas na
comunidade agrícola daquele tempo. Mostrando um grande talento
para a inventividade, ele projetou e construiu o rastelo de feno puxado a
cavalo, que foi usado em fazendas americanas por muitos anos. Em
todo seu trabalho, desenvolveu uma paixão pela simplicidade nos
projetos e eficiência em operação, que veio a caracterizar seus
mecanismos ortodônticos anos mais tarde.

Visando evitar o que era para ele o trabalho desagradável de fazendeiro,


tornou-se aprendiz de Odontologia (como era costume na época). Depois
de alguns meses, matriculou-se, em 1876, na Faculdade de Cirurgia
Dentária da Pensilvânia, onde se formou em 1878. Depois praticou
Odontologia por alguns anos em Minneapolis, interessou-se pelo
alinhamento dos dentes mal colocados e na correção de deformidades dos
maxilares. Atraindo atenção considerável com seu trabalho neste campo
inusitado (para aquela época), foi convidado em 1886 para participar da
escola dentária da Universidade de Minnesota. Em 1887, apresentou um
artigo intitulado "Irregularidades dos Dentes" ante o 9º Congresso Médico
Internacional. Este artigo sempre foi considerado a primeira edição de seu
livro didático, que passou por sete edições, com tradução para muitas
línguas estrangeiras.

Em 1899, publicou na Dental Cosmos um artig


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o intitulado The Classification of Malocclusion, o qual continha sua
definição de maloclusão. Como todas as suas definições, esta era breve,
descritiva e direta: "Ortodontia é aquela ciência que tem como objetivo a
correção de maloclusão dos dentes". Sua classificação, baseada
primeiramente na relação mesiodistal da mandíbula com as arcadas
dentárias e com o crânio, tornou-se reconhecida de modo geral e
proporcionou um meio de comunicação inteligente e de fácil compreensão
entre os membros da profissão dentária.

Em 1900, Angle foi procurado por quatro jovens que pediram a ele que os
instruísse nos princípios que ele ensinava. Eles eram Thomas B. Mercer,
Henry A, Lindas, Milton T. Watson e Herbert A. Pullen. Estes homens
passaram três semanas em seu consultório e foram considerados como
sendo a primeira classe treinada em uma escola de Ortodontia ou em
qualquer especialidade dentária.

Muitos se referiram a Angle como um gênio da Mecânica Ortodôntica. Se


ele o era, foi por causa de sua habilidade em aplicar os princípios simples
da Mecânica aos procedimentos requeridos no movimento dos dentes.
Seus aparelhos eram projetados para satisfazer os princípios de fisiologia,
mecânica e arte, nessa ordem. Simplicidade e eficiência eram os requisitos
essenciais de qualquer mecanismo ortodôntico que viesse de encontro
com sua aprovação.

Em 1907, Angle mudou sua escola para New York, e em 1908 para New
London, Connecticut, onde foram ministradas aulas regulares até 1911.
Foi lá que ele deixou a prática clínica de Ortodontia para dedicar sua vida
ao estudo e ao desenvolvimento de melhores e mais refinados aparelhos
ortodônticos.
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Em 1922, alunos das classes anteriores na escola em Pasadena, junto
com alguns formados da antiga escola, doaram fundos suficientes para
construir e equipar um prédio que permitiria o treinamento de um número
maior de alunos e proporcionaria instalações clínicas para o tratamento de
pacientes. Este prédio, em um lote adjacente à casa do Dr. Angle, foi o
primeiro prédio a ser dedicado exclusivamente ao ensino de Ortodontia,
bem como o primeiro a ser habilitado para esse propósito por qualquer
estado ou governo nacional. A habilitação foi concedida pelo Estado da
Califórnia, em 1924, sob o nome oficial de Faculdade de Ortodontia
Edward H. Angle. O curso de treinamento era fundamentalmente estendido
a um calendário anual completo. Aulas regulares foram ministradas na
escola até 1927, quando Angle anunciou que não poderia mais assumir as
responsabilidades pertinentes ao ensino. Por causa de sua fraca saúde, a
escola foi fechada.

Angle inventou e patenteou inúmeros dispositivos para terapia


ortodôntica. Em 1890, construiu um aparelho ortodôntico que denominou
de arco "E", para normalizar o arco dentário. O Arco "E " consistia de um
arco vestibular pesado de expansão unido por soldas a duas bandas
parafusadas nos dois primeiros molares. Tal aparelho era vendido
montado em cartões, deste modo, o dentista, por soldagens simples,
instalava-o no paciente. Angle foi muito criticado por isso, principalmente
pelo Dr. Calvin Case, que acreditava que os aparelhos deveriam ser feitos
pelo ortodontista de forma personalisada para cada paciente.
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PRIMEIRA FASE DO APARLEHO DE EDGEWISE

ARCO E

SEGUNDA FASE DO APARLEHO DE EDGEWISE    

PINO  E  TUBO
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TERCEIRA FASE DO APARLEHO DE EDGEWISE    

ARCO  CINTA

É interessante notar que onde quer que Angle tenha conduzido uma Escola, os que
completaram o curso com sucesso logo se organizavam no que hoje seria conhecido
como grupos de estudo de continuação. Os formandos de 1900 da escola em St. Louis
organizaram a primeira sociedade ortodôntica do mundo, com o nome oficial de Society
of Orthodontists. Em 1901, a palavra American foi acrescentada, tornando-se a
Associação Americana de Ortodontistas agora uma organização representativa com
aproximadamente 4.000 membros. Esta primeira sociedade estabeleceu uma revista
quadrimestral chamada The American Orthodontist, aprimeira publicação dedicada
exclusivamente à disseminação de material ortodôntico, publicada de 1907 a 1912.  

 
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A ESTABILIDADE DOS TRATAMENTOS ORTODÔNTICOS

O APARELHO EDGEWISE – “ INÍCIO DO DILEMA – EXTRAIR OU NÃO EXTRAIR “

Charles H. Tweed teve seu primeiro contato com a ortodontia em


1927 quando participou da “ The Angle School of Orthodontics”.
Pós-graduado pela Angle School of Orthodontia em 1928. Angle
estava, então com 73 anos e pela primeira vez não estava à
frente do curso, que foi ministrado de forma improvisada por
George Hahn. Tweed tinha 33 anos. Angle ficou desapontado
pelo modo como o aparelho Edgewise foi recebido e estava
insatisfeito com as modificações que foram introduzidas por
alguns de seus alunos. Decidiu escrever um artigo descrevendo
a aparelhagem. Como Tweed havia recém terminado o curso, e
Angle admirava sua habilidade, convidou-o para ajudá-lo.

Tweed ajudou Dr. Angle a registrar o aparelho edgewise,


quando o publicaram na Dental Cosmos em 1932, Dr. Tweed
publicou seu primeiro artigo sobre a ortodontia de Angle, intitulado Reports of Cases
Treated with Edgewise Arch Mechanism. Tweed mantinha-se adepto da firme
convicção de Angle: a não extração de dentes. Esta convicção durou três anos.

Durante 7 semanas eles trabalharam juntos e, nesse processo, tornaram-se grandes


amigos. Angle fez dois importantes pedidos a seu jovem discípulo:

1) dedicar sua vida ao desenvolvimento do aparelho Edgewise

2) empreender todo esforço possível para que a Ortodontia fosse reconhecida como
especialidade da Odontologia.
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Tweed não desapontou o mestre. Assegurou a aprovação da lei que reconhecia a
Ortodontia como primeira especialidade da Odontologia, nos Estados Unidos. Em 1929
no Estado do Arizona limitou a prática da Ortodontia aos especialistas e Tweed
recebeu o primeiro certificado.

Angle morreu no dia 11 de agosto de 1930, aos 75 anos de idade, e Tweed herdou sua
firme convicção de que o ortodontista nunca deveria extrair dentes. Essa convicção
perdurou por aproximadamente mais 5 anos, pois, ao praticar a filosofia não-
extracionista de Angle, observou que havia alcançado sucesso em apenas 20% dos
pacientes.

Tweed estava insatisfeito e decepcionado com a estabilidade dos casos tratados.


Dedicou-se a estudar seus sucessos e suas falhas. Ele observou que em alguns casos
era necessário que houvesse preparo de ancoragem e extrações de dentes.
Entretanto, quando Tweed publicou suas novas conclusões, os discípulos de Angle o
consideraram um traidor do maior homem que a ortodontia conhecera-Angle.

Em 1936, ele publicou seu primeiro artigo sobre extrações de dentes com finalidade
ortodôntica. Foi considerado um traidor pelos demais discípulos de Angle, sendo
severamente criticado. Como resposta, intensificou ainda mais suas pesquisas.

Por volta de 1940, Dr. Tweed fez um relatório envolvendo 100 pacientes tratados
consecutivamente, primeiro sem extração e depois com extração. Esse trabalho foi
apresentado numa reunião da Angle Society em Chicago. Os resultados foram
considerados magníficos e acima de crítica por alguns, porém ainda houve repressão
por parte de outros. Somente Robert H. W. Strang, um dos primeiros alunos da Angle
School, teve a coragem de cumprimentá-lo. Mais tarde, Tweed ensinaria sua técnica a
Strang, que a praticou, ensinou-a e publicou-a em seu livro texto, Textbook of
Orthodontia. Muitos dos ensinamentos de Tweed estabeleceram um referencial dentro
da ortodontia.

Destacam-se as seguintes:

1 - Estética facial.
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2 - Desenvolveu o conceito de verticalização dos dentes sobre o osso basal, com
ênfase nos incisivos inferiores.

3 - Tornou a extração dos dentes na correção ortodôntica aceitável e popularizou as


extrações dos primeiros pré-molares.

4 - Intensificou a aplicação clínica da cefalometria.

5 - Desenvolveu o triângulo facial de diagnóstico para fazer da cefalometria um


instrumento de avaliação, assim como um guia no tratamento e na estimativa de
resultados.

Apesar dos contra-tempos, Tweed foi considerado o principal ortodontista


especializado em edgewise de sua época. Ortodontistas do mundo todo viajavam até
Tucson-Arizona para aprender seu método de tratamento. Charles H. Tweed foi um dos
ortodontistas mais brilhantes e criadores, manteve a promessa feita a seu mentor.
Dedicou 43 anos de sua vida (de 1927 até sua morte, em 11 de janeiro de 1970) ao
desenvolvimento do edgewise.

Percy Raymond Begg nasceu no oeste da Austrália em 13 de outubro de


1898 e veio a falecer em 1983. Antes de completar 20 anos havia percebido
que, na sua região, havia muitas pessoas com má oclusão. Desejava
estudar Medicina, porém seu interesse voltou-se para a Ortodontia.
Formou-se em 1923 na Universidade de Adelaide e, em fevereiro de
1924, começou o curso de Ortodontia com o Dr. Angle, para terminá-lo
em novembro de 1925.

Quando Begg começou a estudar com Angle, a técnica


ensinada era a do arco-cinta, porém ele já estava preparando o
lançamento do braquete Edgewise. Begg e outro colega de turma, o
japonês Fred Ishii, destacaram-se no curso, de modo que Angle permitiu
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que eles realizassem o tratamento de alguns casos com o novo braquete
que eles mesmos ajudavam a serrilhar.

Em 1926, de volta à Austrália, Begg começou sua vida clínica utilizando o


arco de canto e seguia a filosofia não extracionista de Angle. No decorrer
de seus tratamentos, com a finalização de alguns casos, Begg não estava
ficando satisfeito com o perfil resultante de alguns pacientes, de modo que
decidiu então fazer desgastes interproximais nos dentes, como observou
haver nos aborígines australianos, ou refazer os casos recorrendo a
exodontias.

Begg estava retratando muitos casos que haviam sofrido recidiva, só que
desta vez com extrações e, nestas ocasiões, ele começou a notar que o
arco de canto não estava conseguindo fechar os espaços das extrações
rapidamente e que havia dificuldades para reduzir a sobremordida
profunda.

Em 1929, começou a usar o fio redondo 0,020″, em vez de usar o fio


retangular, para diminuir o atrito e, por volta de 1932, passou a usar o fio
0,018″, construindo nele as alças verticais. Em 1933, substituiu o braquete
do arco de canto pelo do arco-cinta, por ter menor largura mésio-distal.
Segundo Begg, esse braquete podia usar forças mais suaves e os dentes
estavam se movendo com maior facilidade. Para ajudar na paralelização
das raízes, Begg usou o recurso de outro apoio na banda, distante do
braquete. Com isso ele notou que podia reduzir a largura do braquete do
arco cinta. Por essa modificação esse braquete é chamado de braquete de
Begg.

O aparecimento do aço inoxidável trouxe grandes vantagens à


especialidade. Begg procurou o metalurgista Arthur J. Wilcot, da
Universidade de Adelaide, escola onde ele lecionava, e o incentivou a
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pesquisar um tipo de aço que fosse bastante elástico. Após alguns anos,
ele conseguiu e então Begg pôde abrir a sobremordida, controlando a
forma da arcada e proporcionando a estabilidade molar.
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BIOPROGRESSIVA - ARCOS SEGMENTADOS

Dr. Robert Murray Ricketts, nasceu e cresceu numa fazenda em


Kokomo, Indiana em 1920, graduado em Odontologia em 1945
pela Universidade de Indiana, ele serviu como tenente no corpo
de dentistas da marinha norte americana. Sob a direção do Dr.
Alan G. Brodie, fez seu curso de pós-graduação ao nível de
mestrado em Ortodontia na Universidade de Ilinois, onde teve
também como mestre o professor Downs.

Ricketts não se conformava com as limitações e com os


resultados da Ortodontia das décadas de 40 e 50. Dedicou-se intensamente ao estudo
do crescimento facial, aos distúrbios da ATM e ao trabalho com portadores de fissuras
palatinas. Ele acreditava que, para melhorar os resultados da Ortodontia na sua época,
era necessária a busca incansável da individualização das causas e das soluções do
problema ortodôntico e, também, que seria essencial que se criassem métodos de
avaliação cefalométrica que possibilitassem resultados mais previsíveis.

Ricketts, após anos de estudo e pesquisa, deu origem a uma inovadora filosofia de
tratamento ortodôntico denominada Terapia Bioprogressiva. O princípio da
Bioprogressiva envolve um conceito de tratamento integral e não apenas uma
seqüência de passos técnicos ou mecânicos. Ela usa processos biológicos
(crescimento e funcionamento das estruturas faciais), direcionando-os com o objetivo
de levar o paciente à normalidade.

Todas as decisões do clínico a respeito do planejamento do tratamento devem sempre


ser realizadas respeitando-se o tipo facial do indivíduo, sua tendência de crescimento,
o seu padrão muscular, e as suas necessidades individuais.

Ricketts pretendia realizar o tratamento ortodôntico através de um sistema mecânico


que fosse simples, com forças leves e, acima de tudo, biologicamente confiável.
Inspirado no seccionamento dos arcos sugerido por Burstone, idealizou uma mecânica
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segmentada, com o arco base e suas variações. A Bioprogressiva faz uso de sistemas
biomecânicos que proporcionam a visualização direta dos resultados, ações
determinadas e previstas em setores escolhidos no arco dentário, que permitem o uso
de forças diferenciais e total controle da ancoragem, tudo com alto requinte de
individualização do problema ortodôntico do paciente.

Ele estabeleceu 10 princípios que são os alicerces da sua técnica e os publicou em


1961:

- O emprego de um acesso sistemático para diagnóstico e tratamento pela aplicação


do VTO (visualização dos objetivos do tratamento) no planejamento do tratamento,
avaliação da ancoragem e informação de resultados.

- Controle de torque do começo ao fim do tratamento.

- Ancoragem muscular e no osso cortical.

- Movimento de qualquer dente em qualquer direção, com a aplicação de forças


adequadas.

- Alteração ortopédica.

- Tratar o trespasse vertical antes da correção do trespasse horizontal.

- Tratamento com arco seccionado.

- conceito de sobretratamento.

- A correção da má oclusão em uma seqüência progressiva de tratamento, a fim de


estabelecer ou restaurar a função normal.

- Eficiência no tratamento com resultados de qualidade, utilizando um conceito de


dispositivos pré-fabricados.

A denominação “Bioprogressiva” foi relacionada com a técnica em 1966 por um grupo


de estudantes durante um dos seminários ministrados por Ricketts. O prefixo “Bio” se
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utilizou devido à forte ligação que a filosofia mantém com a biologia e a terminação
“progressiva” vem do pensamento de operar em seqüência para se obter o movimento
dos dentes.

Na prescrição de braquetes da Bioprogressiva original, segundo palavras do próprio


Ricketts uma evolução da técnica Edgewise e da técnica light-wire de Jarabak, foram
incorporados torques e angulações em alguns braquetes e tubos para posicionar os
elementos dentários sem a necessidade de efetuar dobras nos arcos.

Ricketts incorporou angulações apenas nos laterais superiores (8º), caninos superiores
(5º), caninos inferiores (5º) e molares inferiores (5º) e deixou os outros dentes com 0º
de angulação, para que o ortodontista fizesse as mudanças necessárias
individualmente, dependendo das exigências de cada caso (mudanças estas aplicadas
no posicionamento das bandas e não ultrapassando uma variação média de 1 a 4º).
Incorporou aos dentes anteriores torques prescritos anteriormente por Jarabak e
Holdaway. Dessa forma, os braquetes dos incisivos superiores apresentavam-se com
um torque de 22º, os laterais com torque de 14º e os caninos com 7º.

Após algum tempo de uso clínico, observando que estava tendo dificuldades de
encaixe no segmento posterior, decidiu modificar o torque do tubo do molar inferior,
que antes tinha 0º e foi mudado para -22º.

Ricketts percebeu também que precisava melhorar a ancoragem no segmento


posterior, então resolveu incorporar nos tubos dos segundos molares inferiores um
torque de 32º, uma angulação de 5º (a mesial mais baixa) e uma rotação de 6º.

Com as pesquisas que se sucederam a partir da Bioprogressiva padrão, o aparelho


evoluiu em sua fase seguinte para o “torque total” e posteriormente para o que Ricketts
chamou de “triplo controle”.

Na década de 80 desenvolveu-se a quarta geração da Bioprogressiva, com prescrições


para casos com exodontia e para casos sem exodontia. Várias modificações foram
introduzidas no aparelho com o intuito de facilitar o trabalho do ortodontista, permitindo
que, no estágio de conclusão, o arco pudesse ser contínuo. Entre as modificações
realizadas foi aumentada a distância da base até a superfície do encaixe do braquete
do canino, que anteriormente era de 0,7mm e passou a ser de 0,9mm. Da mesma
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maneira, no primeiro pré-molar esta distância foi diminuída de 0,7mm para 0,55mm e
para o segundo pré-molar houve um aumento de 0,7mm para 1,2mm. Para os casos de
exodontia, o braquete do segundo pré-molar inferior foi modificado para incorporar um
torque de -7º. O tubo do segundo molar inferior apresenta um desvio de 6º e um torque
de -32º.

As variações seguintes referem-se ao sistema “Trimorphic de Ricketts”, com


modificações feitas na sua prescrição clássica para a individualização do caso de
acordo com o padrão facial do paciente, seja ele dólico, meso ou braquifacial. Foi
acrescentado torque progressivo nos posteriores superiores e a principal diferença
entre as prescrições de cada padrão se concentra na inclinação dos anteriores
superiores. A prescrição para os perfis braquifaciais possui torques nos anteriores
similares aos da bioprogressiva padrão, tornando o nivelamento mais protrusivo. A
prescrição para dolicofaciais apresenta inclinações vestibulares bem reduzidas nestes
dentes, sendo a dos mesofaciais algo intermediário entre as duas anteriores.

Autor de mais de 300 artigos, livros, capitulos em livros de outros autores e Palestrante
internacional. Infelizmente este importante pesquisador da Ortodontia mundial veio a
falecer em 2003 aos 83 anos de idade.

Lawrence Andrews “ PAI DA ORTODONTIA MODERNA “


O  ARCO  RETO  –  STRAIGHT  WIRE  

Um trabalho pioneiro, que mudou a história da Ortodontia,


indubitavelmente foi o de Lawrence F. Andrews(1970), que desenvolveu
o primeiro aparelho ortodôntico totalmente pré-ajustado (Straight wire),
incorporando aos braquetes informações referentes à angulação e à
inclinação das coroas dentárias e colocando nesses, também,
variações de espessuras, que eliminassem as dobras de primeira,
segunda e terceira ordens, até então necessárias para o desenvolvimento dos
tratamentos ortodônticos.
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Dr. Andrews, deu um grande presente para a ortodontia, uma nova fronteira, sem volta,
apesar dos saudosistas, a técnica Straight wire veio para ficar e evoluiu com os fios de
varias ligas disponíveis, os braquetes auto-ligáveis, etc. Imaginem o ortodontista em
2009 fazendo dobras, e alças em todos os fios e todos os pacientes, com os braquetes
angulados bem como os auto-ligáveis e fios termo ativados a nossa disposição.
Particularmente acho positivo ainda nos dias de hoje o ensino da técnica mãe
idealizada pelo pai da Ortodontia moderna Edward H. Angle a +-100 anos atrás,
respeito muito a historia e os debravadores da bela arte que seguimos, a Ortodontia.
Mas temos que evoluir com a ciência para desta forma aperfeiçoá-la e inová-la.

Congresso SPO – 2012 São Paulo – Dr. Andrews

Em entrevista dada a Resvista Cientifica Brasileira o Dr. Andrews relatou:

"A medida que nos aproximamos do ano 2000, não vejo vantagem em irmos à guerra
com um avião de 1930. O conceito e o aparelho straight wire têm sido aceitos
mundialmente. O tempo despendido em ensinar mecânica ortodôntica em aparelhos
obsoletos deveria ser melhor ocupado com o ensino da montagem de modelos e de
tratamentos com objetivos gnatológicos."
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A INTRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA FILOSOFIA STRAIGHT WIRE

Nos anos 50 o Dr. Lawrence Andrews era um ortodontista recém graduado procurando
fazer seu trabalho direito. Naquele tempo, para se tornar um diplomado pelo Board
Americano de Ortodontia (American Board of Orthodontics - ABO), era necessário
escrever uma tese. O assunto que ele escolheu foi a oclusão. A amostra que ele
escolheu para estudar foram os modelos de gesso de tratamentos concluídos usados
por ortodontistas para obter suas credenciais no ABO. Mas ele observou que não
haviam características comuns sobre o que os tratamentos ortodônticos deveriam
atingir. Geralmente, eles alinhavam os dentes apinhados, reduziam os overjets, mas
cada profissional tinha um resultado único para seus próprios tratamentos.

Naquele tempo o estudo da oclusão já estava bem avançado, mas os ortodontistas


eram incapazes de utilizar estas informações.

O Dr. Andrews chegou então à seguinte conclusão: precisamos mostrar aos


ortodontistas a importância de se atingir resultados comuns! A ortodontia não pode ser
uma ciência se cada ortodontista tem um resultado diferente.

Ele começou a caminhada rumo a este objetivo procurando por indivíduos com
dentições naturais perfeitas. Foram necessários vários anos para coletar cerca de 150
modelos de gesso de bocas de pessoas que nunca tiveram nenhum tratamento
ortodôntico e que nenhum ortodontista consideraria necessário o uso de aparelhos.
Com os modelos em mãos, ele levou ainda mais três anos para analisar e chegar a
uma conclusão.

Os resultados que ele obteve são bem conhecidos pelos dentistas atualmente. Isto
revolucionou o modo como olhamos para a boca de nossos pacientes. Ele encontrou
seis características comuns. Estas características foram chamadas de as "Seis Chaves
para uma Oclusão Ótima". Ele também mediu a posição de cada dente e encontrou
muito mais uniformidade entre os modelos do que foram encontradas nos pacientes
tratados por ortodontistas.
23  

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Mas como conseguir proporcionar estas características aos pacientes com as


ferramentas disponíveis naquele tempo? Seriam necessárias muitas dobras nos fios
para acertar a posição ideal de cada dente. Com seus conhecimentos, que não se
limitam à odontologia, e muito trabalho, ele encontrou a solução, e então revolucionou
a ortodontia com a criação do aparelho Straight-Wire Applience.

Neste momento, ele já estava bastante exausto e, com o sucesso de sua criação,
financeiramente bem. Portanto, ele se permitiu um retiro de 5 anos.

Quando retornou a atividade, encontrou uma prática ortodôntica inteiramente diferente


por toda parte. As pessoas estavam tentando usar o que ele provou ser o certo. Ele
mostrou a linha de chegada (as Seis Chaves para uma Oclusão Ótima) e ele nos deu o
meio de transporte (o aparelho Straight-Wire), mas ele não nos deu as direções. Por
isso, as pessoas estavam fazendo todo tipo de coisa com sua invenção para tentar
chegar ao que ele mostrou ser o objetivo correto.

Ele então não teve nenhuma dúvida. Ele precisava completar seu trabalho, ele
precisava traçar as direções. Retornou então para sua velha rotina, até que sua
filosofia de tratamento fosse completamente provada correta e reproduzível. E então
sua obra prima estava finalmente acabada. Ele a nomeou de "Os Seis Elementos para
a Harmonia Orofacial". E isso é que é ortodontia.

 A  ORTODONTIA  CONTEMPORÂNEA  
Devemos entender como ortodontia contemporânea aquela ciência que caminha
para a inter relação com todas as áreas da odontologia para promover o equilíbrio e
saúde do sistema estomatognático, sendo assim poderíamos definir a ortodontia
contemporânea como:

ESPECIALIDADE DA ÁREA DE SAÚDE QUE PROMOVE A


REABILITAÇÃO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
UTILIZANDO DA INTER RELAÇÃO COM TODAS AS
ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS, PROMOVENDO
24  

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ASSIM A HARMONIA DA FACE COM O EQUILÍBRIO DAS


BASES ÓSSEAS E A FUNCÃO ORAL.

                   

As  subdivisões  da  filosofia  Straight  wire:  

Andrews  -­‐    Straight  wire    /  Roth  /  Hilgers    /  Bios    /  MBT  /  Alexander  

Vaazis      /  Capelozza    /  Damon  /    Versátil  Barbosa  

   

A  filosofia  “  ROTH  ”    Instituto    Roth/Willians    

Iniciei minha prática na ortodontia e ortopedia facial já com a felicidade de ter em


meu primeiro curso de iniciação a ortodontia os ensinamentos da fiosofia do arco reto
“straight wire” voltados para os ensinamentos do professor Ronald H Roth ( Ron ) e
Robert Williams. Foi paixão a primeira vista, os casos orientados no curso tinham um
andamento clínico extremamente satisfatório e assim fui encorajado a iniciar minha
prática clínica.

Finalizado o curso de atualização, iniciei meu curso de especialização em ortodontia


(FOFEB, Prof. Dr. Paulo Roberto dos Santos Pinto – Barretos SP) dando continuidade
a formação dentro da filosofia straight wire – Roth e Willians, foi quando em 2001 em
Campinas tive a oportunidade de participar de um evento científico com a presença do
Prof. Ron Roth, Williams, Ricketts, entre outros e fiquei ainda mais certo da
continuidade dos meus estudos dentro da filosofia – Roth.

Com a certeza de que a filosofia do professor Roth seria importante para o meu
aprendizado, minha prática clínica e também nos cursos de pós graduação onde já
iniciava minha prática docente, iniciei meu curso de mestrado em ortodontia
(SLMandic, Prof. Dr. Jurandir Barbosa - Campinas SP) com um grupo que é fiel a
25  

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fiosofia e representa os autores na América latina. A importância da oclusão funcional


na determinação do diagnóstico e na estabilidade final dos tratamentos hoje faz com
que eu sinta a necessidade de guiar meus casos clínicos dentro da filosofia- Roth e
compartilhar com nossos alunos este aprendizado. Meus estudos e preparação
profissional ( clínica e docente ) finaliza com meu doutorado em ortodontia estudando a
mecânica ortodôntica ROTH agora no sistema autoligado.

A filosofia Roth descrita pelo próprio autor em entrevista a Prof. Dra. Marisa Gianesella
Bertolaccini.
Dr. Roth - A “Filosofia de Roth” é um “sistema baseado em
objetivos de diagnóstico e planos de tratamento”, que é muito
mais abrangente e completo que a Ortodontia tradicional, e
a mecânica de tratamento é completamente dirigida por objetivos.
A abordagem sistemática para diagnóstico e plano de
tratamento conjugada com uma mecânica simples e previsível
em um sistema de aparelhos eficientes e precisos direciona
aqueles que a seguem para resultados melhores e duradouros,
que se apresentam melhores na face e nos dentes que funcionam
bem e são mais estáveis. Também diminuem o tempo de
tratamento e as horas de cadeira, quando comparado a outras
abordagens de tratamento. Em adição, tem sido mostrado que
a técnica e os resultados são transferíveis àqueles que queiram
aprender essa abordagem. Testemunhas são os vários profissionais
na América do Sul que estão produzindo excelentes
resultados numa base consistente.

 
                               Este  histórico  foi  retirado  na  integra  do  site  da   Roth/Williams Center.

Algum tempo depois de iniciar a prática da ortodontia, Dr. Ron Roth chegou à
conclusão de que a qualidade dos resultados ortodônticos poderia ser melhor se
26  

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acrescidos os objetivos de tratamento, tanto funcionais como estéticos àqueles


adotados tradicionalmente. Por isso, Ron dedicou sua mente inquisitiva e ética de
trabalho, em direção ao entendimento da fisiologia do sistema gnático.

Longo e difícil período de estudo foi despendido com sábios e líderes pioneiros em
oclusão funcional. Primeiros pesquisadores em gnatologia, tais como os Drs. Charles
Stuart e Peter K. Thomas ajudaram o Dr. Roth a melhor entender os princípios sob os
quais o sistema gnático funciona.

Com grande persistência e compromisso, esses princípios foram gradualmente


incorporados à Filosofia de Tratamento de Roth e técnicas. Durante este tempo ele
começou a dar aula e a ensinar esses conceitos aos seus colegas ortodontistas.

Mais tarde ele iniciou período de trabalho e ensino com o Dr. Thomas Basta, respeitado
dentista reabilitador e gnatologista. Juntos, e com a ajuda de outros colegas, fundaram
The Foundation for Advanced Continuing Education ou "FACE", em 1975, em
Burlingame, California.

O Dr. Williams foi um aluno na primeira turma do FACE. O curso era um extenso
comprometimento de mais de dois anos. Os participantes eram expostos o tempo todo
aos princípios de oclusão funcional e aplicações clínicas. Nos cursos iniciais, técnicas
"hands on" eram ensinadas aos reabilitadores e ortodontistas, simultaneamente,
usando a instrumentação gnatológica completa.

Gradualmente, os ensinamentos e escritos do Dr. Roth geraram um impacto na


ortodontia americana, e ao mesmo tempo o Dr. Roth se tornou reconhecido como o
portador da excelência clínica na profissão.

Conforme Dr. Roth continuou seus ensinamentos e viagens, tornou-se cada vez mais
óbvio para ele, que objetivos de fisiologia não eram ensinados adequadamente ou
praticados no "curso principal" de ortodontia. Aliás, no momento de escrever esse
texto, muito poucas escolas no mundo ensinam oclusão funcional como parte da
filosofia de tratamento ortodôntico. Reconhecendo essa falta na ortodontia, foi uma
inspiração para o Dr. Roth acrescentar conceitos fisiológicos na ideologia ortodôntica.
27  

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Está claro agora que o trabalho do Dr. Roth tinha influenciado significantemente a
ortodontia americana. Além disso, os ensinamentos dos Drs. Roth e Williams têm
influenciado imensamente a ortodontia no exterior. Os dois foram enormemente
solicitados em muitas terras estrangeiras tais como Espanha, Itália, Alemanha, Japão,
Coréia, e América do Sul.

OBJETIVOS DE TRATAMENTO CLARAMENTE DEFINIDOS


Se alguém tivesse que escolher uma frase para descrever a filosofia do Dr. Ronald
Roth, seria esta: "Ao estabelecerem-se objetivos claros de tratamento aumenta-se a
habilidade de diagnóstico, reduzindo assim, o risco de fracasso do tratamento que são
frequentemente associados à falta de cooperação do paciente ou seleção incorreta de
fios/braquetes, mas nem sempre é assim. Na verdade, erros de diagnóstico também
podem ser responsáveis por alguns insucessos."

Embora sintomas de DTM (Disfunção Temporo Mandibular), instabilidade e desgastes


dentários, declínio periodontal ou declínio do equilíbrio facial possam ter diferentes
causas, estes podem também, ser a representação de fracassos ortodônticos. Dr. Roth
considerava o deslocamento condilar como o maior contribuinte para resultados
instáveis. Deslocamento condilar significa que quando um paciente morde, seus
côndilos saem da fossa. Como resultado, poderão surgir problemas, dependendo da
capacidade adaptativa de cada paciente. De acordo com Dr. Roth o tempo necessário
para que esses problemas aconteçam é bastante variável, mas eles ocorrerão.
Dr. Roth costumava dizer que você descobrirá os “frutos do seu trabalho ortodôntico 10
anos depois do tratamento”. Qualquer mudança nas articulações tem um efeito direto
na relação oclusal entre os dentes superiores e inferiores. Assim, posição mandibular
correta/ relação côndilo-fossa constitui um dos cinco objetivos de tratamento proposto
nesta filosofia.
O Dr. Roth dizia ainda que precisamos ter objetivos para todas as áreas influenciadas
pelo tratamento ortodôntico. Essas são divididas em cinco áreas:

1) ESTÉTICA FACIAL
Quando temos objetivos claros para a estética facial, podemos escolher movimentos
dentários, fios, e a decisão de fazer extrações, para se mover naquela direção.
Conversar com a família ou paciente sobre harmonia facial (assim como sobre outros
objetivos), permite discutir livremente sobre cirurgia ortopédica.
28  

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Uma das coisas mais comuns vistas é assimetria facial quando se observa o paciente
pela frente. Essas assimetrias estão proximamente relacionadas ao status articular,
função oclusal, alinhamento dentário e estética.

2) ESTÉTICA DENTÁRIA
Estética dentária e estética facial são mutuamente complementares. Sempre que se
queira alcançar estética e oclusão funcional apropriadas,é possível que seja necessário
o trabalho associado de um reabilitador, de forma a recriar a anatomia dentária que
estava presente antes do paciente perdê-la, em 20 a 30%, por movimentos
parafuncionais.

3) OCLUSÃO FUNCIONAL
Parece que a profissão esqueceu que a maioria dos pacientes precisa de 3 à 4 mm de
sobremordida dos dentes anteriores para promover desoclusão dos dentes posteriores
nos movimentos funcionais. Adicionalmente, os caninos precisam de uma inclinação
mesial para permitir um movimento lateral apropriado da mandíbula.

Atributos de uma Oclusão Ideal:


-> A oclusão permite o assentamento dos côndilos na posição mais superior e anterior
dentro das fossas articulares, apoiados nos discos, contra as eminências; côndilos
centrados no plano transversal, quando os dentes superiores e inferiores se encaixam
em máxima intercuspidação.

->Esquema Oclusal de Proteção Mútua - Os dentes posteriores protegem os anteriores


de contatos fortes durante o fechamento bucal, assim como os dentes anteriores
protegem os posteriores do stress lateral durante os movimentos mandibulares, desde
que seja permitido aos côndilos deslizarem ao longo das eminências, apoiando-se em
suas superfícies ósseas.
->Contatos oclusais equilibrados, de mesma intensidade de força das cúspides
cêntricas dos dentes posteriores (linguais superiores e vestibulares inferiores).
->Força na direção do longo do eixo dos dentes - tensão no ligamento periodontal,
tensão na lâmina dura, causando deposição óssea e não reabsorção.

4) SAÚDE PERIODONTAL
O periodonto que suporta os dentes precisa de uma largura adequada. Se os dentes
estão muito inclinados vestibularmente ou lingualmente, o risco de recessão gengival
aumenta. Atualmente existe uma linha que diz que colocando todos os dentes nas
29  

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arcadas (terapia de não extração) resulta no alcance de todos os objetivos ideais
listados acima. Isso não é verdade. Dr. Roth propôs sua filosofia baseado em objetivos
específicos em cada área discutida acima.
A ortodontia perdeu um líder possuidor de um dom especial, além de um amigo,
quando Ron Roth faleceu em janeiro de 2005. Ele deixou um legado que não tem preço
– ensinando seus alunos que a ortodontia é uma profissão da saúde, e não só um
serviço cosmético. A paixão dele pela "verdade" é levada para frente por aqueles que
tiveram suas vidas profissionais e pessoais imensuravelmente mudadas por tê-lo
conhecido. Seus alunos, do mundo todo, agora estão envolvidos em pesquisas,
inovação e avanços clínicos promovendo oclusões funcionais. O Dr. Bob Williams
continua a focar no ensino Roth/Williams nos centros ao redor do mundo.

Fonte: Roth/Williams Center

 
 
 A  prescrição  dos  acessórios  utilizados  na  filosofia  “  Roth  ”  

Após muito tempo estudando casos montados em articulador, notou que em muitos de
seus tratamentos, bem finalizados ortodonticamente e com adequadas guias de
desoclusão, as posições dentárias correspondentes se encontravam muito próximas
daquelas que Andrews encontrou nos casos normais não tratados.

Para Roth, uma oclusão ideal natural deveria apresentar:

• As "seis chaves" de Andrews com a mandíbula em posição de relação central quando


existe máxima intercuspidação.

• Uma relação posterior de Classe I.

• Número suficiente de cúspides nas fossas centrais para manter a posição cêntrica da
mandíbula.
30  

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• Posição axial dos dentes posteriores de maneira que as tensões, durante o
fechamento mandibular, sejam dirigidas verticalmente ao longo do seu eixo.

• Relacionamento dos dentes anteriores durante MIH de modo que não exista contato
real anterior, mas um micro espaço de 0,012mm a partir de onde qualquer movimento
realizado pela mandíbula relacione esses incisivos superiores e inferiores, de tal
maneira que ocorra uma "desoclusão" imediata dos posteriores.

• Guia anterior e do canino, que estejam em harmonia com os movimentos bordejantes


do côndilo, fornecendo uma elevação imediata que desoclua os dentes posteriores em
qualquer movimento excêntrico.

• Uma relação de trespasse horizontal e vertical que seja estética e mínima, mas ainda
assim suficiente para proporcionar uma guia anterior longa que permita aos dentes
posteriores deslizarem e também o deslizamento mandibular a partir da máxima
intercuspidação.

• Posição estética dos dentes anteriores, ocupando espaço suficiente para fornecer
guia anterior adequada e confortável para o paciente.

• Uma forma do arco que seja compatível com os movimentos bordejantes da


mandíbula.

• Combinação de forma e largura do arco com a mandíbula na posição de relação


central.

Após muitos anos de uso de braquetes pré-ajustados Roth chegou à conclusão de que
o fato de a base do braquete de arco de canto pré-ajustado ser reta e a superfície
vestibular dos dentes ser curva (cada dente com uma curvatura diferente) provocava
diferença na altura da canaleta de um braquete em relação às canaletas vizinhas, de
modo que se os dentes estivessem alinhados adequadamente, as canaletas do
braquetes não iriam se encontrar alinhadas e quando as canaletas estivessem
alinhadas os dentes se desalinhariam.

Este fato inviabiliza o conceito e o uso do arco contínuo, porque para conseguir um
perfeito alinhamento dos braquetes, quando os dentes estiverem nas suas posições
31  

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desejáveis, é necessário que o torque seja incorporado na base do acessório, ao


mesmo tempo em que o contorno da base dos braquetes esteja adaptado às
superfícies vestibulares das coroas, de forma que se o braquete estiver em sua altura
correta a sua canaleta também vai estar nivelada com a altura das outras canaletas ao
redor do arco.

O próprio Roth afirmava: "As pessoas dizem que o dente não sabe se o torque está na
base ou na canaleta. Mas o dente vizinho sabe!!!"

A prescrição de Roth se baseia em dois conceitos:

1) Há necessidade de nova correção na fase final da mecânica ortodôntica. O mais


provável de ocorrer é o ajuste de oclusão.

2) Colocando no encaixe dos braquetes um fio retangular com a mesma dimensão do


braquete e fornecendo-se tempo suficiente, os movimentos incorporados no encaixe do
braquete vão ocorrer, posicionando os dentes de forma similar em todos os casos,
independentemente da quantidade dessa movimentação, portanto torna-se possível o
uso de uma indicação ou prescrição em mais de 90% dos casos.
32  

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Segundo Roth, dentes posteriores com angulação mesial da prescrição de Andrews


criavam problemas com a ancoragem no início do tratamento, o nivelamento
completo da curva de Spee necessitava de curvas compensatórias e reversas nos
arcos e, além disso, percebeu que algumas recidivas características, resultantes do
movimento dentário, ocorriam sempre depois da remoção do aparelho, Roth
incorporou então no aparelho de arco contínuo a sobrecorreção das posições ideais
dos dentes, para que qualquer movimentação recidivante fosse no sentido de ajustar
os dentes às posições corretas.

Após um período de cinco anos de tentativas e erros, e de algumas modificações nos


valores normais de Andrews, Roth conseguiu reunir elementos clínicos checando os
resultados fotográficamente, a cada mudança de arco, em todos os pacientes durante
o tratamento e durante a contenção. O resultado destas análises e erros são os
valores da prescrições originais de Roth.

A prescrição preconizada por Roth para o arco superior, se comparada com a de


Andrews, apresenta torque extra nos incisivos superiores (12º no central e 8º no
lateral ao invés de 7º e 3º de Andrews, ou seja, 5º a mais). Há correspondentemente
menos torque palatino nos caninos superiores (-2º ao invés de -7º) para compensar o
efeito recíproco da colocação de mais torque vestibular nos incisivos.

Os caninos superiores (13º) apresentam uma angulação 2º maior que a proposta por
Andrews (11º), porque eles são retraídos na maioria dos tratamentos. Além disto, eles
têm 4º de rotação para a mesial (não há rotação no canino na prescrição de
Andrews). Há um "super torque" para os dentes superiores anteriores em situações
onde serão tratados pacientes com Classe II, divisão 2, onde uma extrema
quantidade de torque pode ser necessária.

O segmento posterior superior recebeu angulação de 0º (diferente da angulação


positiva de Andrews), os pré-molares estão rotados 2º mesialmente (Andrews 0º)
para compensar a tração para distal em casos de exodontia, e os molares superiores
33  

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tem 14º de rotação distal (4º a mais que Andrews) e -14º de torque lingual (5º a mais
que Andrews).

Há uma prescrição de 0º de rotação para os molares superiores para casos onde


apenas dois pré superiores são extraídos. Roth recomenda que o "super torque"
anterior seja usado nestes casos para minimizar a discrepância de tamanho dentário
criada pela remoção de dois pré-molares superiores (pois metade do molar é menor
que um pré-molar grande). O aumento no torque e angulação dos incisivos superiores
faz com que eles ocupem mais espaço no arco, com o intuito de compensar a rotação
mesial de 0º dos primeiros
molares superiores,
necessária para
estes casos.
34  

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No arco inferior, os braquetes dos incisivos possuem as mesmas características dos


normais não ortodônticos, já os caninos inferiores diferem em sua angulação, que é de
7º, e em sua rotação de 2º (5º e 0º de Andrews). Todo o segmento posterior tem 3º de
angulação a menos (-1º) que os normais não ortodônticos (2º) e apresenta 4º de
rotação distal ao contrário dos 0º de rotação dos póstero-inferiores de Andrews.
Segundo Roth, estes dentes situam-se mais mesialmente que os superiores e
simultaneamente mais rotados mesialmente, deste modo necessitando de rotação
distal extra. O torque no segmento posterior permanece o mesmo dos normais não
ortodônticos porque a sobrecorreção neste plano apenas conduz a problemas e
interferências oclusais. Os dois molares inferiores tem exatamente o mesmo grau de
torque já que a sua aplicação promove o encaixe da cúspide mésio vestibular (o torque
medido para os normais não ortodônticos foi obtido a partir deste encaixe posterior).
35  

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EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTAIS UTILIZADOS EM


ORTODONTIA

Em nossos cursos de formação de pós graduação em ortodontia,


adotamos uma lista de instrumentais e materiais que serão
suficientes para todas as práticas da ortodontia conforme nosso

“ PROTOCOLO DE ATIVIDADE CLÍNICA”

EQUIPAMENTOS:
 
• Micro motor com conexão em equipos clínicos a ar, com peça de
mão e contra ângulo.
• Caneta de alta rotação.
• Máquina de solda a ponto odontológico.
• Máquina fotográfica (analógica e/ou digital) com recursos de
fotografias intra e extra orais.
Opcional:

Motor elétrico (Beltec simples ou similar - consultar o coordenador) e


contra ângulo redutor (16:1 perfuração) – Hands on de ortoimplantes
36  

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(Técnica modificada – Prof. Dr. Marcelo


Sousa Gomes).

MÁQUINA DE SOLDA A PONTO


ODONTOLÓGICA

MÁQUINA DE SOLDA SIMPLES.

Máquina de solda a ponto indicado para realizar as soldas simples


do cotidiano ortodôntico.

( INDICADA PELO AUTOR PARA SER UTILIZADO NO CURSO )


37  

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MÁQUINA DE SOLDA COMPLETA

Máquina de solda a ponto capacitiva cuja principal característica é soldar


fio com fio de inox até 1 mm, sem destemperá-lo. A primeira no mundo a
soldar fios de NiTi.

Fio em Fio
Fio em braquete
Fio em banda
Braquete em banda
Banda em banda
Tubo em banda
Botão em banda
Fio em tubo sem prata, etc.

Solda fio de NiTi (Níquel titânio (NiTi + NiTi))


Altíssima repetitibilidade do ponto de solda (p/ máquinas digitais)

Faz ainda o revenido (acastanhamento), destempera fios e reduz fios


galvanicamente (anodizador).
Solda prata localizada; iluminação dos eletrodos e eletrodos de múltipla
escolha.

Não aquece o ponto de solda permitindo o


posicionamento manual perfeito. O
controle é totalmente eletrônico e o
disparo da solda é solid state (sem relê)
38  

Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes


SIMILARES:

MÁQUINA
FOTOGRÁFICA

Poderemos utilizar as máquinas fotográficas analógicas ou digitais.


Na utilização da fotografia analógica teremos que digitalizar as
imagens para a realização das nossas documentações. No caso da
máquina digital as imagens podem ser armazenadas e utilizadas em
apresentações em seminários e trabalhos científicos de uma maneira
facilitada.

O autor (curso ) indica uma máquina fotográfica digital, com o


flash localizado ao lado da lente ( setas em vermelho ), caso o
39  

Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes


contrário é necessário utilizar flash circular para não incidir sombras
nas fotografias.Poderá ser utilizada qualquer máquina fotográfica de

qualquer marca, o aluno fará instrução de como utilizar sua máquina.


As fotografias são realizadas em todas as consultas.
40  

Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes

MOTOR ELÉTRICO

ORTOIMPLANTES – TÉCNICA MODIFICADA

O motor elétrico será necessário para a realização da técnica modificada


de ortoimplantes ( modificada pelo autor). Nesta técnica se faz necessário
a utilização de motor elétrico com contra ângulo ( 16:1 ) nas inserções
palatinas e perfurações prévias de cortical mandibular.

SERÁ FORNECIDO UM HANDS ON DESTA TÉCNICA NO CURSO

No intuito de diminuir o custo na técnica, o motor poderá ser um


motor simples sem controle de torque
41  

Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes

LISTA DE MATERIAIS USADOS EM ORTODONTIA


Lista do curso de Typodont

LISTA DE MATERIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO

SIMULADOR MECÂNICO - TYPODONT

O CURSO NÃO INDICARÁ MARCA COMERCIAL E EMPRESA PARA


VENDAS, SENDO DE TOTAL RESPONSABILIDADE DO ALUNO A
COMPRA , TROCA , E DEMAIS RESPONSABILIDADES COM O
MATERIAL )

1. Alicate 015-157 para adaptação de lâminas posteriores.


  2. Alicate 033-109 de La Rosa.
3. Alicate 026-347 removedor de bandas posteriores
4. Alicate 346 r - removedor de braquetes reto
5. Alicate 346 c - removedor de braquete curvo
6. Removedor de braquetes - 346 Priscila Bracket
7. Alicate 000-001 Nance (p/ alça vertical) 3 degraus (dorso longo).
8. Alicate Tweed (para ômega loop)
9. Alicate 003-201 Tridente (bico longo)
10. Alicate 003-139 (139).
11. Alicate i-114 para contorneamento transversal de lâminas e
bandas.
12. Alicate 003-110 How reto.
13. Alicate 003-111 How curvo.
14. Alicate 033-701 para corte extremo distal.
15. Alicate 016-153 para corte de amarrilho.
42  

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16. Alicate 044-177 para cortar fio 0,21*0,25 – ou similar de corte
pesado.
17. Alicate i-158 para formar ligaduras.
18. Alicate i-168 para dobra em V-bend
19. Alicate i-442 para torque – mordente largo sem ranhura
20. Alicate i-442 para torque – mordente curto sem ranhura
21. Alicate 222 - torque individual
22. Alicate 065 – três em um
23. Alicate 074 – Young
24. Alicate convencional de barras 410
25. Pinça Mathieu Pequena 000-030 (2 unidades).
26. Pinça para colagem de braquetes (2 unidades).
27. Pinça mosquito 000-730.
28. Pinça para carbono
29. Instrumento para dobrar fio por distal.
30. Instrumento para colocação de ligaduras elásticas (4 unidades).
31. Estrela de Boone 030-390 (ponta seca e com grafite).
32. Posicionador de braquetes - 4 alturas (Morelli)
33. Torre para contorneamento de arco retangular 004-180.
34. Tesoura curva para ouro 008-025.
35. Tensiômetro – Tension gauge Richmond i-13 ou dinamômetro 59.
36. Assentador de bandas i-676.
37. Assentador de bandas n-026-354, com ponta retangular.
38. Instrumento para remover excesso de cimento i-349.
39. Caneta de marcar fio.
40. Espátula para cimento n-24.
41. Espátula n-7.
42. Espátula n-31.
43. Espátula Lecron.
43  

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44  

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MATERIAL DE CONSUMO:

1. Ligaduras elásticas corrente (coloridas).


2. Ligaduras elásticas (bengalinhas - coloridas).
3. “Elásticos 5/16”.
4. “Elásticos 3/16”.
5. “Elásticos 1/4”.
6. “Elásticos 1/2”.
7. “Elásticos 1/8”.
8. Elástico extra oral – leve (“1”).
9. Elástico extra oral – Médio (“1/5”).
10. Elástico extra oral – pesado (“2”).
11. Arco extra oral – 0,45.
12. Mola aberta de Nitinol.
45  

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13. Fio de amarrilho 008” FI 20.
14. Fio de amarrilho 010” FI 25.
15. Fio de amarrilho 020” FI 30.
16. Fios de aço 0,6mm a 1,0 mm (1 rolo de cada)
17. Fios redondos de aço 0,16” a 0,18” (1 rolo de cada).
18. Fios retangular de aço 0,19*0,25” (2 jogos em varetas).
19. Fios redondos de nitinol para arco inferior 0,12” a 0,16” Nitinol
(pacote com 10 de cada).
20. Fios retangulares para arco inferior 0,18*0,25 Nitinol (pacote com
10 de cada)
21. Jogo de moldeiras coloridas de plásticos (Morelli).
22. Cera 7 e cera utilidade.
23. Cuba de borracha espatula.
24. Alginato – presa rápida (Ortoprint ou similar).
25. Gesso pedra
26. Gesso especial
27. Solda de prata 0,25” AX – 21.
28. Fio de latão 0,7mm.
29. Fluxo para solda de prata AX - 20.
30. Miniflam.( maçarico para solda laboratorial )
31. Pote com tampa para resina acrílica.
32. Mandril para peça de mão e contra ângulo.
33. Disco de carborundum.
34. Disco de aço (uma face) para desgaste de porcelana perfurado
(utilizado para striping)
35. Pontas desgaste (maxicute e minicute).
36. Base de borracha para vazamento de modelos.
37. Placa de vidro.
38. Tira de lixa de aço - 4 mm.
46  

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39. Taça de borracha para profilaxia.
40. Pote dappen.
41. Jogo de abridores de boca de plástico – para colagem média e
grande.
42. Diagrama de interlandi (Telefone para adquirir - 011 282 0703
São Paulo)
43. Vaselina sólida.
44. Cola superbonder. - gel e líquida.
45. Cimento ionômero de vidro (para cimentação).
46. Resina acrílica – autopolimerizável incolor (pó e líquido).
47. Ácido fluorídrico a 10 % condicionamento de porcelana.
48. Ácido a 37% condicionamento de esmalte.
49. Resina fotopolimerizável (alta resistência dentes posteriores)
50. Resina fotopolimerizável (colagem de braquetes)
51. Adesivo / primer
52. Carbono Bauch ou similar.
TYPODONT:

MATERIAL NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇAO DOS MÔDULOS


DE TYPODONT

TECNICA STRAIGHT WIRE - MODIFICADO

(serão fornecidos alguns locais para a montagem deste typodont)

1. Typodont ( METAL OU PLÁSTICO )


Os dentes deverão ser de raiz de metal e coroa de acrilíco.
2. DENTES DE RAIZ DE METAL E COROA DE RESINA.
3. Bases de cera.
---- montado com todos os dentes sem “extração “.

4. Braquetes
47  

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SIMULADOR ORTODÔNTICO

- SERÁ SOLICITADO 1 BOCA DE BRAQUETE 7 A 7 PARA O


DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS EM SIMULADORES

(boca reserva para reposição em caso de perda de acessório)

5. Acessórios linguais.
Tubos linguais --------------------------------------------------------------------- 4 unidades

O  SIMULADOR  MECÂNICO

Para o desenvolvimento, treinamento e aprendizado de técnicas


mecânicas empregadas é que utilizamos simuladores ortodônticos (
TYPODONT ) . São mecanismo articulados de aço ou acrilico que
propicia ao aluno e ao pesquisador avaliar as inúmeras
possibilidades mecânicas na movimentação dentária.
48  

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O  typodont  (  treinamento  da  mecânica  )  
     
Para o nosso treinamento mecânico
iremos utilizar o typodot com dentes
em acrílico montados com má oclusão
de CL I com apinhamento Antero
superior e inferior, giro mesial dos
dentes 15, 25 ; infravestibuloversão
dos dentes 13, 23, 33, 43. Dente 12,
mesiopalatinizado, e 32 e 42
lingualizados.
 
 
 
 
49  

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ORGANIZAÇÃO DE BANCADAS
ERGONOMIA EM ORTODONTIA

Para a realização das etapas do simulador é necessário um ritual de


organização e disposição dos materiais e instrumentais. Neste capítulo

será mostrado um protocolo de organização de material desenvolvido pelo


autor na UNIUBE Universidade de Uberaba com a colaboração da alunas
Dra.Carina Trevisan , Dra.Paula e Dra. Veruska

   

ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DE ALICATES

A seqüência é montada da esquerda para direita:

109 /111 / 110 / 345 / 346 / 347 /168 / 442maior / 442 menor / torque
individual macho / torque individual fêmea / 350 / 139 / 200 / 410 / 65 /
Corte amarrilho / Corte distal.
50  

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Os outros alicates ficarão em outro porta alicates auxiliar, onde ficarão os
alicates que são menos utilizados nas consultas clínicas. Estes alicates
são utilizados nas fases laboratoriais.

ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DE BENGALINHAS

As bengalas são colocadas da esquerda para direita, as cores mais claras


seguindo para as mais escuras.

ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DE ELÁSTICOS


CORRENTE.

Os elásticos devem ser colocados no porta elástico, também obedecendo


a seguência de cores mais claras do lado esquerdo até as mais escuras.
As pontas do elástico devem ficar para fora, onde a retirada deve ser feita
contando a quantidade de elos suficiente para uso.
51  

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KITs DE INSTRUMENTAIS
- Kit de instrumentais para montagem do aparelho ortodôntico.

Espelho
Sonda
Pinça clínica
Pinça mathieu pequena
Insersor de elástico
Instrumento de dobra distal

- Kit de instrumentais para


consulta clínica

Espelho
Sonda
Pinça clínica

ORGANIZAÇÃO DA CAIXA BANDAS

Caixas para bandas universais:


- Vermelho = superior
- Azul = inferior
52  

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Caixa para Bandas


Ortodônticas
Anatômicas-Superior
Esquerdo-cor
Vermelha

ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DE ACESSÓRIOS


( BRANCA).

• Tubo triplo superior para solda direito


Tubo simples superior para solda direito
Tubo simples para colagem superior
• Tubo duplo inferior para arco base direito
Tubo simples para solda inferior direito
Tubo simples para colagem inferior
53  

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ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DE FIOS ORTODÔNTICOS

• Primeiro casulo – 0,12 Niti superior


• Segundo casulo- 0,12 Niti inferior
• Terceiro casulo – 0,14 Niti superior
• Quarto casulo - 0,14 Niti inferior
• Quinto casulo – 0,16 Niti superior
• Sexto casulo – 0,16 Niti inferior
• Sétimo casulo – 0,16 Aço superior
• Oitavo casulo – 0,18 Aço superior
• Nono casulo – 0,20 Aço superior
• Décimo casulo – 0,18 * 0,25 Niti superior
• Décimo primeiro casulo – 0,18*0,25 Niti inferior
• Décimo segundo casulo - 0,19*0,25 Aço superior
• Décimo terceiro casulo – 0,21*0,25 Aço superior
• Décimo quarto casulo – 0,18*0,25 Braided superior
• Décimo quinto casulo – 0,18*0,25 Braided inferior
• Décimo sexto casulo – 0,19*0,25 Braided superior
• Décimo sétimo casulo – 0,19*0,25 Braided superior
• Décimo oitavo casulo - livrre

( PADRÃO DE ORGANIZAÇÃO DE BANCADAS )

UNIUBE - UNIVERSIDADE DE UBERABA


54  

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ALUNO TRABALHANDO
EM SIMULADOR
UNIUBE - MG

( PADRÃO DE ORGANIZAÇÃO DE BANCADAS )

UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA ( CAMPUS BRASÍLIA )


55  

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PROTOCOLO PARA APARLEHOS FIXOS
STRAIGHT WIRE OTIMIZADA
an

INSTALAÇÃO DOS ACESSÓRIOS

Fase profilática prévia a procedimentos de colagem .

A limpeza e a profilaxia prévia da cavidade bucal é uma


importante fase em todas as áreas da odontologia agindo na
eliminação de fatores de contaminação cruzada. Na ortodontia,
além da importância do controle da flora bacteriana e da infecção
cruzada a eliminação da película aderida ao esmalte é um fator
extremamente importante para a adesão e estabilidade do dos
acessórios ortodônticos.

 
 
 
 
 
 
 
56  

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Os casos de gengivite não controlados pode induzir ao menor toque
na região um

sangramento que impedirá a adesão dos acessórios.


Nos casos de gengivite e periodontite a profilaxia deverá ser
realizada por um periodontista e o paciente deverá permanecer por
todo o tempo em controle com o periodontista.

Sistema de profilaxia preconizado

A profilaxia deverá seguir o seguinte protocolo:

 Profilaxia com taça de borracha montada em contra-ângulo


 Utilização de material abrasivo para profilaxia odontológica
 Remoção total do excesso de óleo no contra-ângulo
 Não tocar a taça girando na gengiva
 Lavar com jato de água em seringa tríplice

 
NO  TYPODONT UTILIZAR A REMOÇÃO DE CERA E OUTROS MATERIAIS DA
  SUPERFÍCIE DOS DENTES, E LIMPAR COM ÁLCOOL 70% E GAZE
 
 
Separação dos dentes para bandagem

A separação dos dentes é o primeiro procedimento clínico


ortodôntico que visa a adaptação das bandas ortodônticas.
Como irá ocorrer uma movimentação dentária, onde não se tem
57  

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espaço para o movimento e consequentemente haverá pressão,
o paciente deverá ser orientado a utilização de medicamento an
analgésico e deverá realizar a colocação dos elásticos 3 a 4 dias
antes da consulta.

Métodos de separação

Podemos utilizar alguns métodos de separação dos dentes, mas


devemos lançar mão do método que menos irá causar desconforto
ao paciente e ao mesmo tempo o que irá trazer menor desconforto a
instalação. Os métodos podem ser divididos em afastamento com
elásticos ou fios rígidos.

Afastamento com material elástico

O afastamento com elástico pode deverá ser realizado com


material próprio para afastamento. Os métodos de inserção é que
podemos utilizar – alicates próprios, pinça porta grampo modificado
para elástico, fio dental.

 
               
 
 
 
 
 
 
       
Alicate  próprio  para  elásticos                                                                                          Elásticos  próprios  
58  

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O elástico deverá ser de boa qualidade para que não escape das
pinças e nem rompa quando for colocado com fio dental

Afastamento com material rígido

Na impossibilidade de inserir o elástico separador por


grande pressão entre os dentes, o fio de latão pode ser utilizado
como alternativa ao método tradicional de afastamento de molares.

Montagens dos acessórios de sustentação

Existem duas fases em que o ortodontista deverá ter toda a sua


atenção envolvida ao extremo, que são elas – DIAGNÓSTICO E
MONTAGEM DOS ACESSÓRIOS. “Na filosofia straight wire- Roth utilizada
como base em nosso protocolo de “MECÂNICA STRAIGHT WIRE
OTIMIZADA” mostra que o acessório uma vez posicionado corretamente e
sendo realizada uma sequência determinada de troca de fios ortodônticos,
a fase de” alinhamento e nivelamento dentário” terá sucesso em uma
grande parte dos casos clínicos.

Bandas ortodônticas - confeccionadas

Dentes anteriores

As bandas ortodônticas para dentes anteriores entraram em


desuso a partir da utilização dos adesivos, trazendo assim uma das
principais modificações na ortodontia moderna. Uma possível utilização
deste acessório é na impossibilidade de adesão dos braquetes, como nos
casos de hipoplasia de esmalte entre outras displasias de esmalte.
59  

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Dentes posteriores

A confecção de bandas em dentes posteriores é considerada no


entendimento de ortodontia otimizada – desnecessária. A grande
diversidade de acessórios fabricados com diversos tamanhos , e até
mesmo o advento de materiais de colagem que possibilitam a
estabilidade destes acessórios colados não justificam a confecção de
bandas.

 
Bandas ortodônticas – pré fabricadas

BANDAS REGULARES

São bandas ortodônticas de uso geral para utilização tanto nos


dentes superiores quanto nos dentes inferiores. Estas bandas
deverão ser adaptadas e brunidas definindo os sulcos das cúspides.

BANDAS PRÉ CONTORNEADAS

Estas bandas apresentam comercialmente divididas em superiores e


inferiores com as devidas identificações. As bandas ortodônticas pré-
contornadas são desenvolvidas para melhor adaptação à anatomia
do dente. Seu desenho anatômico envolve melhor o dente e, com
isso, evita problemas com interferências. Produzida com uma liga de
aço que é maleável e ao mesmo tempo resistente, evita deformações
oclusais enquanto é feita a adaptação coroa do dente.
60  

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 - Sem acessórios soldados

A banda comercialmente apresentada sem os acessórios estarem


soldados previamente, possibilita a escolha do acessório bem como
a posição do mesmo. Sua apresentação também pode ser como
regular universal ou pré contorneadas.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61  

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A  empresa  Morelli    apresenta  as  bandas  pré  contorneadas  superiores  e  
inferiores  que  possuem  uma  boa  adaptação  e  a  possibilidade  de  melhor  
brunimento  pela  sua  propriedade  de    maleabilidade  do  material.  
Bandas  especiais  com  alta  retenção  
 

ALTA FIDELIDADE DE ADAPTAÇAO


E RETENÇAO

1. Cavidades - A retenção das


bandas aumenta em 66% com as
pequenas cavidades fotogravadas;
2. Banda Fotogravada - Todas
bandas de Máxima Retenção são
fotogravadas, que aumenta a
retenção da banda;
3. Encaixe Perfeito - A anatomia segue o desenho do dente;
4. Acabamento - Acabamento suave para melhor higiene;
5. Número gravado à laser - clara e permanente indicando o tamanho e
quadrante da banda;
6. Banda Endurecida - Cada banda é fabricada perfeitamente para ter a
força e dureza desejada;
7. Bordas Oclusais e Gengivais - Maior retenção do cimento ao colocar
a banda, assim aumentado sua força;
8. Foma côncava nas bordas.

 
 - Com acessórios soldados
62  

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Acessório utilizado na ortodontia no sentido de otimização
proposto por este trabalho. O acessório soldado diminui uma fase na
montagem do acessório, e também os tubos possuem uma solda
industrial melhor que a realizada pelas máquinas de solda a ponto
utilizada nos consultórios.
O posicionamento da banda para a cimentação deverá obedecer
rigorosamente a crista marginal do dente.

INDEPENDENTE DA BANDA A
SER UTILIZADA, O IMPORTANTE
É A ADAPTAÇÃO E O
POSICIONAMENTO DA MESMA
E A POSIÇÃO DO TUBO

Posicionamento das bandas ortodônticas e tubos

Posicionamento das bandas

As bandas devem ser brunidas e adaptadas obedecendo toda a anatomia


do dente e seguir rigorosamente a altura da crista marginal.

Bandas superiores e inferiores

- Sentido ocluso cervical


63  

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No sentido ocluso cervical “ altura “ a banda deverá ter sua adaptação
estabelecida pela crista marginal . A banda deve seguir a orientação da
crista marginal .

- Brunimento das marcações das cúspides

Este brunimento é importante para a delimitação do início e fim das


cúspides que é referência na posição dos tubos no sentido mesio distal.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64  

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MATERIAIS PARA BRUNIMENTO E ADAPTAÇÃO DE BANDAS.

Tubos ortodôntico

Tubos para soldagem

No protocolo da mecânica straight wire otimizada os tubos


indicados são devido à versatilidade e as diversas possibilidades de
mecânica. Mesmo com a possibilidade de colagem de acessórios a
indicação são os tubos soldados devido a estabilidade do acessório e na
utilização de forças ortopédicas em certos casos.

SUPERIORES:

• Roth Triplo conversível Slot.022"x.028"


65  

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• Roth simples slot. Slot.022"x.028"

INFERIORES:

• Roth duplo para arco base. Slot.022"x.028"

• Roth simples Slot.022"x.028"


66  

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Tubos para colagem

Apesar da utilização de
acessórios de colagem ser
interessante para a
proposta de mecânica
straight wire otimizada,
apenas utilizamos os tubos
simples em segundos
molares.

Posicionamento dos tubos

O posicionamento dos tubos devem obedecer ao seguinte critério dentro


da técnica straight wire, e que utilizamos também na técnica otimizada.
67  

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Partindo do pressuposto que a banda esteja posicionada conforme
orientação anterior, os tubos deverão ser posicionados:

SUPERIOR:

• PRIMEIRO MOLAR.
No sentido ocluso cervical - no meio da banda.
No sentido mesio distal – a entrada do tubo deverá coincidir com o
meio da cúspide mesio vestibular.

Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), o


tubo deverá ser posicionado na medida da distância ocluso cervical
do molar dividido esta medida por 2 e marcado com posicionador.

• SEGUNDO MOLAR.
No sentido ocluso cervical - no meio da banda.
No sentido mesio distal – no centro da
banda ( obedecer a posição anatômica
do tubo quando existe a marcação das
cúspides na banda)

Observação – quando da utilização de


fatores de medidas ( X ), deverá ser a mesma do primeiro molar.
68  

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INFERIOR:

• PRIMEIRO MOLAR.
No sentido ocluso cervical - no meio da banda.
No sentido mesio distal – a entrada do tubo deve coincidir com o
sulco mesio vestibular ( centro da banda )

Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), o


tubo deverá ser posicionado na medida da distância ocluso cervical
do molar dividido esta medida por 2 e marcado com posicionador.

• SEGUNDO MOLAR.
No sentido ocluso cervical - no meio da banda.
No sentido mesio distal – no centro da banda ( obedecer a posição
anatômica do tubo quando existe a marcação das cúspides na banda
)

Observação – quando da
utilização de fatores de medidas (
X ), deverá ser a mesma do
primeiro mola

Cimentação das bandas

Cimentos indicados para cimentação das bandas ortodônticas.

Pó – líquido ( auto polimerizável)


69  

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Os ionômeros de vidro surgiram dos estudos pioneiros de Wilson & Kent


no início da década de 70 (1971), e foram introduzidos no mercado em
1975, passando depois por sucessivas modificações,
tais como a incorporação de resina para atender necessidades clínicas
individuais, melhorando suas propriedades físicas, resistência e
longevidade. Os sistemas vítreos mais utilizados em
odontologia como formadores de cimentos de ionômero de vidro são os
baseados no sistema ternário SiO2 – Al2O3 – CaO2, e apresentam razão
molar Al:Si igual ou superior a 1:2. A partir desse sistema originaram-se
outros mais complexos e com melhores propriedades, pela inclusão de
novos componentes, tais como óxidos de BaO ou SrO, modificadores
ópticos, que conferem ao cimento um aspecto estético semelhante à
estrutura dentária,
e fluoreto de cálcio (CaF2) e pentóxido de fósforo (P2O5), que promovem
uma melhora nas propriedades como resistência mecânica e adesão ao
dente.
70  

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Pasta (

Fotopolimerizavel ).

Cimentos modificados por monômeros


resinosos.

O Ionômero de vidro modificado por resina é o


nome dado àqueles materiais que consistem
substancialmente de componentes de
ionômero de
vidro, isto é, ácido polimérico solúvel em água,
vidro de íons lixiviáveis e água, junto com
monômeros orgânicos polimerizáveis e seu
sistema
de iniciação associado.
O início da década de 90 marcou o começo de
sua comercialização e seu diferencial foi a
incorporação de monômeros resinosos no líquido,
tais como resinas hidrofílicas (21-41% de
hidroxietilmetacrilato-HEMA) e grupos
metacrílicos; e no pó, fotoiniciadores que
respondem a luz visível.
71  

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Este material teve uma melhora em sua

qualidade passando seu sistema quimicamente


ativado, que levava até 24 horas para obter uma
completa geleificação, para fotopolimerizável que
adquire dureza máxima imediatamente após a
exposição a luz, existindo atualmente no mercado
diversos tipos de CIV fotopolimerizáveis..

A presa dos cimentos de ionômeros de vidro modificados por resina se dá


por meio da reação ácido-base, característica dos cimentos convencionais
e pela polimerização do monômero resinoso que se inicia por ativação pela
luz. A reação de fotopolimerização determina a formação de uma matriz
polimérica, a qual protege a reação ácido-base de uma possível
contaminação inicial pela umidade

 
 
 
 
 
 
72  

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Ionômero de Vidro 3M Unitek

Características Benefícios
Dual – 40 segundos foto ou 2 minutos auto- O ortodontista opta por qual tipo de polimerização
polimerizável deseja.
Coloração azul Facilita a identificação e remoção do excesso.
Aroma de cereja Melhora o paladar do paciente.
Liberação de flúor durante todo o tratamento Diminui incidência de cáries.

 
 
Colagem dos braquetes

Procedimento de grande importância para os resultados mecânicos


esperados pela prescrição de técnica. É a fase em que devemos ter
a máxima atenção e cuidados

- Colagem direta

Procedimento mais utilizado devido a facilidade de técnica, onde se faz


a colagem diretamente nos dentes sem que seja feito guias de colagem
prévio.
73  

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- Colagem indireta

A colagem indireta foi proposta pela primeira vez por Silverman e


Cohen em 1972, sendo a partir desta data apresentadas diversas técnicas
na literatura, onde são utilizados diversos materiais para a confecção da
moldeira de transferência. Em 1983, Scholz relata a utilização de siliconas
e outros materiais de moldagem para confecção dessas moldeiras em
aparelho colado indiretamente.
O procedimento é realizado com um estudo prévio da colagem e da
posição ideal para os braquetes, onde se faz guias de colagem e é levado
todas os acessórios para colagem de uma só vez utilizando dispositivos de
moldagem e transferência.

EM NOSSO PROTOCOLO CLÍNICO UTILIZAREMOS A COLAGEM


DIRETA.

Material de colagem

Condicionamento do esmalte.

                Buonocore em 1955 propôs que a superfície do esmalte podia ser


alterada por ácidos, para se tornar mais receptiva à adesão. Sua hipótese
foi baseada no uso comum industrial do ácido fosfórico para melhorar a
adesão de pinturas e coberturas acrílicas à superfícies metálicas. Ele
descobriu que a resina acrílica podia ser colada ao esmalte,
condicionando-se sua superfície com ácido fosfórico à 85% por 30
segundos. Segundo o autor, isto poderia ser resultado da exposição da
estrutura orgânica do esmalte, formação de novas substâncias
precipitadas sobre a superfície; remoção do esmalte antigo e inerte, com
exposição do esmalte fresco e reativo; presença de uma camada
74  

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altamente polar de fosfatos derivados dos ácidos e aumento da
permeabilidade da superfície, permitindo um contato mais íntimo entre a
resina e o esmalte. Sua técnica consistiu em efetuar previamente a
profilaxia do esmalte e com o esmalte já limpo, seco e isolado da saliva,
aplicar o ácido sobre a superfície do esmalte.

O tempo de condicionamento vem sendo estudado e comparado


insistentemente por vários autores. concluíram em um estudo do esmalte
em microscópio eletrônico, que as condições retentivas promovidas pela
aplicação de ácido fosfórico à 37% durante 15 segundos no esmalte jovem
foram mais favoráveis que com a aplicação por 60 segundos.

 
 
REALIZAR A APLICAÇÃO
  DO ÁCIDO

  APENAS NO LOCAL DE
COLAGEM
 
 

 
   
 
 
 
CONDICIONAMENTO
 
COM PRIMER E ADESIVO
UNIDOS A RESINA
75  

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CONDICIONAMENTO EM PORCELANA OU PEÇAS PROTÉTICAS DE
RESINA

O condicionamento destas peças são realizados com ácido fluorídrico a


10% por 30 segundos. A colagem do braquete pode ser realizado com o

sistema de adesino e resina , ou o sistema de colagem próprio para


braquete que não necessita de adesivos.

As resinas compostas próprias para restaurações estéticas podem ser


usadas para colagem de braquetes. Nestes casos utiliza se as resinas
mais claras ou transparentes como as resinas para restaurações incisais.

Em 2000, a 3M Unitek lançou no mercado o ácido-primer Transbond Plus


Self Etching Primer (SEP, 3M Unitek, Monrovia, USA) especificamente
para ser usado em Ortodontia.

Este material é um adesivo de


6ª geração, com fórmula
química similar ao ácido
fosfórico, porém com duas
cadeias primer que formam
uma matriz sólida. O mesmo
monômero que promove o
condicionamento permite também a penetração do primer, proporcionando
preparação seletiva do esmalte e preenchimento da região
desmineralizada pelo primer. Além disso, a penetração do monômero
76  

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atinge toda área de esmalte anteriormente condicionada, sem necessitar


de lavagem após aplicação do SEP.
Segundo o fabricante, o Transbond Plus Self Etching Primer (TPSEP) deve
ser utilizado previamente à colagem de braquetes com compósito
Transbond XT ou braquetes do sistema APC II ou APC Plus – acessórios
com adesivo incorporado à base.

SISTEMA DE COLAGEM “ otimizado ” - Sistema próprio para colagem


de braquetes. Não utiliza condicionamento com primer e adesivo, apenas a
utilização de ácidos.

FILL MAGIC ORTODÔNTICO.

Fill Magic Ortodôntico é uma resina adesiva fotopolimerizável, com flúor,


indicada para fixação de bracketes. não requer mistura, é de fácil
aplicação e sua composição menos viscosa promove uma excelente
adesão do bracket ao dente. Não requer a aplicação de adesivo no
77  

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esmalte, porém não há contra-indicação se o profissional optar por aplicar
uma camada de adesivo no esmalte condicionado.

Instrumentais para colagem

Os instrumentais para colagem dos acessórios são:

AFASTADORES PARA COLAGEM

SIMPLES LABIAL

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SIMPLES  LABIO  -­‐  LINGUAL  

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFASTADOR  COM  –  SUGADOR  ACOPLADO  
 
 
 
 
 
 
 
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• Sustenta a língua no lugar;
• Mantém as bochechas afastadas; arcadas dentárias completamente expostas;
• Área de trabalho totalmente seca;
• Fácil de montar; pode ser inserido e utilizado por um único operador.
• Confeccionado em Polipropileno sem emendas;
• Flexível; perfeitamente adaptável à boca do paciente;
• Mangueiras adaptáveis ao sugador;
• Autoclavável ou esterilizável a frio.
* Em autoclave não ultrapassar a temperatura de 120°C/250°F.

* Utilizar envelopes próprios para autoclave.

POSICIONADORES  DE  ALTURA  –  PINÇAS  PARA  COLAGEM  


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Posicionamento do braquetes

O posicionamento dos braquetes na filosofia straight wire segue a


preconização do autor, onde Andrews em 1970 sugere a colagem dos
braquetes seguindo o eixo vertical da coroa clínica e seu posicionamento
sendo no centro da coroa clínica. A probabilidade de erros de colagem aos
iniciantes na ortodontia é muito grande, sendo um fator negativo a falta de
uma referência simples e objetiva para auxiliar os iniciantes e até mesmo
os experientes na ortodontia.

O iniciante na ortodontia fica sem referência para a colagem, visto que o


posicionamento sugerido pelo autor da filosofia fica subjetivo ao iniciante.
Pensando nisto, preconizaremos em nossos trabalhos laboratoriais e
clínicos a utilização do posicionamento com referência ao incisivo central.

A escolha do referencial de colagem nos incisivos centrais é devido aos


pilares do tratamento ortodôntico – estética e função. Na avaliação estética
o incisivo central é o pilar de referência a altura dos outros dentes
anteriores ou mesmo dos posteriores, e mesmo de fácil avaliação por estar
em uma parte privilegiada para medições. Na avaliação funcional, na
busca da oclusão funcional e oclusão mutuamente protegida , a altura dos
incisivos são extremamente importante na desoclusão dentária nos
movimentos de protrusão.
81  

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O REFERENCIAL – Z

Método de colagem idealizada pelo Prof. Dr. Marcelo S.Gomes.

Chamaremos nossa referência para “colagem Z” . Este referencial é a


média da distância inciso-cervical do incisivo central ( superior ou inferior )

Quando em avaliação de um sorriso esteticamente favorável, tomemos


como referência uma linha passando pela incisal dos dentes e verifica se
que:

1. O incisivo central superior é suavemente maior que o incisivo lateral.


2. O incisivo central é suavemente menor que os caninos.
3. O incisivo lateral superior é suavemente menor que os caninos.
4. O incisivo lateral obedece a mesma linha dos pré molares, em uma
vista lateral do sorriso.
Pensando nestas referências e utilizando a medida em milímetros ,
podemos determinar para as diferenças suaves medidas de 0,5mm.
Porém as medidas podem ser determinadas no arco superior como.

INCISIVO CENTRAL ------------------------------------ Z


INCISIVO LATERAL ------------------------------------ Z - 0,5mm
CANINOS ------------------------------------------------ Z + 0,5mm
PRÉS MOLARES ----------------------------------------- Z - 0,5mm
MOLARES ------------------------------------------------- Z - 1,0mm

LINHA  PARALELA  A  INCISAL  DOS  


POSIÇÃO  ESTÉTICA  DOS  INCISVOS    
DENTES  SUPERIORES    
                MOSTRANDO  A  RELAÇÃO  DE  
ALTURA  ENTRE  SI  E  O  AO  LÁBIO  
  INFERIOR  NO  SORRISO.  

 
82  

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ALTURA  DOS  INCISIVOS  CENTRAIS  
E  SUA  RELAÇÃO  AO  AGONISTAS  NO    
PROCESSO  DE  DESOCLUSÃO  EM  
PROTRUSÃO    -­‐  OCLUSÃO  
MUTUAMENTE  PROTEGIDA.  

Para os dentes inferiores seguiremos o mesmo raciocínio

1. O incisivo central inferior e do mesmo tamanho que os laterais.


2. O incisivo central inferior é suavemente menor que os caninos.
3. O incisivo central inferior fica na mesma altura dos prés molares

INCISIVO CENTRAL ------------------------------------ Z


INCISIVO LATERAL ------------------------------------ Z
CANINOS ------------------------------------------------ Z + 0,5 mm
PRÉS MOLARES ----------------------------------------- Z
MOLARES ------------------------------------------------- Z - 0,5mm

 
Marcação do centro da coroa clínica ( POSIÇÃO DE COLAGEM ).

Nos procedimentos de laboratório iremos utilizar a referência Z nas


alturas e acompanhamento ao longo eixo do dente, as marcações deverão
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ser realizadas com lapiseira marcando o centro da colagem estendendo
2mm para as laterais.

Nos procedimentos clínicos, as marcações deverão ser feitas com


lapiseira no esmalte do dente, apenas marcando as extremidades. As
marcações são importantes para o correto posicionamento, mas interfere
no condicionamento e colagem dos braquetes.
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Colagem dos acessórios ( LABORATÓRIO )

Preparar o simulador ortodôntico, fixar suas bases e abrir a oclusão


para a colagem.

No simulador pode se utilizar o mesmo sistema de colagem em


esmalte, utilizando o condicionamento de porcelana, ou a
utilização de superbonder gel.
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- Colagem dos acessórios dos dentes superiores anteriores:

Após a definição do Z ( referência de colagem ) , iremos fazer as


marcações com lapiseira definindo a altura e o longo eixo dos dentes.
Com a superfície da resina preparada faz se o posicionamento do
braquete e sua colagem. Devido a definição dos outros dentes serem
realizados a partir de Z iniciaremos pelos incisivos centrais .
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- Colagem dos acessórios dos dentes superiores posteriores:

- Colagem dos acessórios dos dentes inferiores anteriores:


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- Colagem dos acessórios dos dentes inferiores posteriores:

A montagem do aparelho fixo é a primeira e mais importante etapa do


tratamento ortodôntico. Esta fase é de suma importância para o sucesso
do tratamento, e deve estar cercado de todos os cuidados e detalhes de
um protocolo exigente visando a excelência dos procedimentos. Ë́ através
dos acessórios corretamente fixados aos dentes, e dos fios ligados a
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estes, que serão liberadas as forças armazenadas, resultando na
movimentação dentária. Entretanto, não há unanimidade entre os autores
quanto ao posicionamento vertical dos acessórios ortodônticos nos
elementos dentários. A técnica mãe do sistema straight wire, desenvolvida
pelo Dr. Andrews, possui protocolo definido de colagem que sustenta o
posicionamento dos acessórios no centro das coroas clínicas. Este
protocolo traz inúmeras dificuldades ao início do tratamento, sendo assim
usaremos o protocolo Z em nossas atividades, bem como a utilização de
todo o protocolo sugerido .

SMILE ARC – Colagem

Sistema de colagem utilizado no sistema autoligado que


proporciona um melhor ( estético ) contorno dos dentes
anteriores ao lábio inferior. Este método se mostra
eficiente em casos de sorrisos assimétricos.

Esquema cedido pelo Prof. Dr. Jurandir A. Barbosa em sua visita a


universidade de Uberaba – 2012.
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PROTOCOLO E SEQUÊNCIA
DAS ATIVIDADES DO TYPODONT
 

TYPODONT STRAIGHT WIRE


PROCOLO OTIMIZADO – Prof. Marcelo S.Gomes
SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES NO TYPODONT.
 O APARELHO ORTODÔNTICO – STRAIGHT WIRE
1 - Aula Teórica - introdução a mecânica ortodôntica Straight
wire.

 ERGONOMIA NO LABORATÓRIO – PADRÃO DE TRABALHO EM


ORTODONTIA.
 APRENDIZADO DE MONTAGEM DE BANCADAS E
CONHECIMENTO DOS MATERIAIS.

 MONTAGEM DOS ACESSÓRIOS:


2 - Aula Teórica - O aparelho ortodôntico.
1. APRENDIZADO DE AFASTAMENTO DENTÁRIO
2. BANDAGEM DOS DENTES POSTERIORES
3. DEMONSTRAÇÃO E CONFECÇÃO DE BANDAS POSTERIORES -
TREINAMENTO
4. SOLDA A PONTO DOS ACESSÓRIOS – TUBOS VESTIBULARES E
LINGUAIS/PALATINOS
5. COLAGEM DOS ACESSÓRIOS VESTIBULARES – BRAQUETES
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 FASES DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO


3 - Aula Teórica – fases de tratamento ortodôntico.

 SISTEMA DE ANCORAGEM:
4 - Aula Teórica - Acessórios ortodônticos usados em
ancoragem.
6. SISTEMA DE ANCORAGEM TRANSVERSAL/SAGITAL
SUPERIOR - BARRA TRANS PALATINA
7. SISTEMA DE ANCORAGEM TRANSVESAL/ SAGITAL INFERIOR -
ARCO LINGUAL
8. SISTEMA DE ANCORAGEM SAGITAL - AEB
9. SISTEMA DE ANCORAGEM SAGITAL - PLA

 ALINHAMENTO E NIVELAMENTO DENTÁRIO


5 - Aula Teórica - Alinhamento e nivelamento fase inicial
( sem incluir os dentes fora do arco – grandes apinhamentos )
- FIOS 012 a 016 Niti ( apenas giros e rotações)
DIAGRAMAÇÃO E COORDENAÇÃO DE ARCOS ( Diagrama de
Interlandi )
Aula Teórica - Acessórios ortodônticos – fios ortodônticos
- FIOS 016 AÇO
- FIOS 018 AÇO
- FIOS 020 AÇO
- FIOS 017 025 NITI
- FIOS 019 025 AÇO DIAGRAMADO
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EXTRAÇÃO DOS DENTES – Retirar ( extrair ) os dentes com alicate


How reto após pré banho do simulador. ( 14,24,34,44 )

RETRAÇÃO INICIAL DE CANINOS:

Aula Teórica - Retração inicial de caninos

- Preparo e revisão de ancoragem

- ARCO SUPERIOR
. Fio 0,14 Niti com elástico corrente

- ARCO INFERIOR

. Arco de retração ( FIO 017 025 ou similar ) BULL LOPING REVERSO

 MECÂNICA PRINCIPAL:
6 - Aula Teórica - Retração total.

Mecânica de retração com controle de ancoragem ( Ancoragem média ).

RETRAÇÃO TOTAL:

- ARCO SUPERIOR

. ARCO FIO 019 025 AÇO COORDENADO E DIAGRAMADO COM


ELÁSTICO CORRENTE PARCIAL E AMARRILHO CONJUGADO DE 13 A
23 . FINALIZAR COM ELÁSTICO COMPLETO NO ARCO.

- ARCO INFERIOR

. ARCO BULL LOPING COMPLETO 017 *025


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 RENIVELAMENTO:
7 - Aula Teórica - Renivelamento em ortodontia ( exercícios de
habilidades – TORQUE )

Recolar braquetes que estão fora de posição, verificar colagem das


bandas e voltar fio 0,16 Niti para renivelar e finalizar com fio
0,19*0,25

. VOLTAR FIO DE AÇO 019 * 025 AÇO DIAGRAMADO E


COORDENADO SUPERIOR E INFERIOR.

 INTERCUSPIDAÇÃO:
8- Aula Teórica - Intercuspidação

-­‐ FIO BRAIDED ( Comprar separado da lista – 2 unidades superior e


inferior 0,18 * 0,25)

-­‐ UTILIZAR ELÁSTICOS DE INTERCUSPIDAÇÃO TRIANGULAR E


MECÂNICAS DE GIRO SE NECESSÁRIO.

 FINALIZAÇÃO:
Aula Teórica - Finalização em ortodontia

-­‐ FIO 019 025 AÇO DIAGRAMADO E COORDENADO

- AULA DE TREINAMENTO LABORATORIAL DE QUADRI HELICE E


BI HELICE AINDA COM O APARELHO MONTADO

- AULA DE TORQUE E DOBRAS DE SEGUNDA ORDEM (


Treinamento – Edgewise )
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-­‐ REMOÇÃO DO APARELHO ORTODÔNTICO E MOLDAGEM DO


ARCO SUPERIOR E INFERIOR

 CONTENÇÃO:
9 - Aula Teórica - Acessórios ortod. Conteção ( Exercícios
habilidades )

-­‐ Instalação das contenções superior removível ( o aluno irá


providenciar a parte laboratorial - ficará por conta financeira do
aluno )
-­‐ A contenção inferior será confeccionada no typodont – 3 a 3
higiênica e convencional.

TODAS AS FASES IMPORTANTES DO TYPODONT DEVERÁ SER


FOTOGRAFADA EM MÁQUINA DIGITAL E AO FINAL O ALUNO
IRÁ ENTREGAR COM TODAS AS OUTRAS TAREFAS DE
HABILIDADES AS FOTOGRAFIAS – EM CD.

O Typodont deverá ser entregue até a fase em que se encontra. O


simulador tem peso de 50% na avaliação do módulo de typodont. O
módulo também será avaliado a freqüência, interesse, organização
de bancada, ergonomia laboratorial e habilidade técnica.
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EXERCÍCIOS AVALIATIVOS
 

EXERCÍCIOS PARA ENTREGA E AVALIAÇÃO:

1. QUADRI HELICE ( 5 unidades ) Utilizar fio 0,9 aço.


2. BI HELICE ( 5 unidades ) Utilizar fio 0,9 aço
3. BANDAS DE PRÉ MOLARES CONFECCIONADAS ( 2
unidades )
4. BANDAS DE MOLARES ( 2 unidades )
5. BARRAS TRANS PALATINAS ( 5 unidades )
6. ARCOS LINGUAIS ( 5 unidades ) com extração
7. ARCOS LINGUAIS ( 5 unidades ) sem extração
8. AEB ( 2 unidades ) Arcos extras orais
9. PLA ( 1 unidade ) Placa lábio ativa
10. FIOS DIAGRAMADOS E COORDENADOS ( 5
unidades )
-­‐ 0,16 / 0,18 / 0,20 E 0,19*0,25

             

 
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EXERCÍCIOS  DE  HABILIDADES  


 

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