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© 2001 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda.


Conselho Federal de Psicologia'
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: Laboratório de Pesquisa em Avaliação e Medida - LabPAM I I.
E proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, para qualquer finalidade, t
sem autorização por escrito dos editores. I 1
I! edição
2001 i
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Técnicas de Exame
Anna
Editor
Elisa de Villemor Amara! Gümerr
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.Psicológü:Q TE!--P ._--
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Departamento de Pesquisas e Produção
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de Testes
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---------1--[----- -Vor-r:-Funaamentos das Técnicas de
CRP06/15_804 j:

Produção Gráfica & Capa


Renata Vieira Nunes
f!
Exame Psicológico
T
Organização . ~
.Mcrcos Ferreira Luiz Pasquali, UnB
. Editoraçâo Eletrônica Organizador
Valqwria Farias dos Santos

Revisão
Agnalilo Aloes

. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, Sp, Brasil)

Técnicas de Exame Psicológico - TE? : manual /


Luiz Pasquali organizador. - São Paulo: Casa
do Psicólogo / Conselho Federal de Psicologia, 2001.

Bibliografia.
ISBN 85-7396-160-0

1.' Testes psicológicos J. Pasquali, Luiz.

01·5731 CDD-150.287
-153.9
Índices para catálogo sistemático:
J. Avaliação psicológica 150_287
2. Psicologia: Testes 153.9
3. Testes psicológicos 153.9

Impresso no Brasil
Laboratório de Pesquisa em Avaliação e-
Primed in Brazil
Medida > LabPAM
Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à
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CAPíTULO 5

Laudo Psicológico; A Expressão


da Competência Profissional
por Raquel Souza Lobo Guzzo & Luiz Pasquali

I! I. Introducão :J '

o
laudo psicológico é um importante instrumento de traba-
lho para o profissional de Psicologia, Em todas as situações em que
atua, o psicólogo se utiliza do laudo como uma conclusão sobre
uma avaliação realizada, a partir da qual importantes conseqüên-
cias podem estar contribuindo para o planejamento de uma inter-
venção de qualidade ou, ao contrário, sem resultados efetivos,
apenas constatando o que parecia óbvio.
Por esta razão, o laudo psicológico pode ser considerado uma ex-
pressão da competência profissional. Espera-se que a partir dele medi-
das possam ser tomadas para intervenções coletivas ou individuais. A
importância do laudo serve não somente ao psicólogo, mas, principal-
mente, aos OUITOS profissionais cujo trabalho depende dos resultados
de uma avaliação psicológica, corno juizes, professores e médicos.
No Brasil, durante muito tempo a elaboração de um laudo psico-
. "
': lógico foi pouco discutida e assistida, tanto no âmbito da formação
" básica quanto do exercício da profissão em diferentes contextos. Era
156 TID<ICAS DE EXAME PslroLÓGICO - TEP LAuDO PSICOLÓGicO: li ·EXPRESSÃO DA roMPE"rtNaA PROFISSiONAl 157
" :1'1
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f i como se, ao aprender uma técnica específica de avaliação psicológica, pessoas possam compreender o processo de análise realizado, bem
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í d e fiorma automática,o laudo sobre este exame pudesse ser executado como os critérios para as conclusões ali chegadas.
t ;.~ .. sem necessidade de atenção específica a esta fase do processo avaliativo. Existem diferentes formas da avaliação, as quais, em cada contex-
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Noentantojatualmente, por terem se. tomado ineficientes em relação to onde ocorrem,apresentam.significados-específicose conseqüências.>,
,l aos seus propósitos de subsidiar ações ~_de.f.i§ºes paR com .suieítos.s _ também-específicas. Em UITl.8. avaliação profissional, no
enrantO,-há que -
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~~~do objeto de estudo e assumindo se estabelecer à priori o procedimento de coleta das informações, seus
;~ um espaço importante na formação e no exercício profissional.
I: II A prática profissional tem mostrado que a elaboração de lau-
instrumentos e formas de medida para que se possa chegar à conclusão
do processo. O laudo, portanto, como conclusão de um procedimento
I . li dos psicológicos em diferentes contextos de atuação tem se mos- específico, e situado em um contexto histórico e social, deve ser apre-
\ ! ;1 trado difícil e sem resultados, sobretudo no Brasil, e que uma aten- sentado sob fonna escrita, para impedir sua modificação.
i; .:: ção a este momento do processo avaliativo deve subsidiar a forma- Um retrato do momento, uma análise de perspectivas para o
l:;: ção de profissionais nesta área. problema, uma compreensão do que acontece, estas são as razões do
\
li 1 O objetivo deste capítulo é definir o que é o laudo psicológico, laudo psicológico .
.\i!it seus objetivos e conseqüências, como têm sido realizados no Brasil, A expressão "avaliação psicológica" tem sido utilizada para de-
\ H'~ "i
e apresentar orientações, diretrizes e precauções para o exercício nominar um processo de investigação, análise e conclusão sobre um
í ~i profissional adequado quanto à sua elaboração, principalmente con- sujeito em contexto e fase de vida específicos, com a finalidade de uma
i;.;_:,~' , siderando os principais desafios profissionais relacionados a esta compreensão sobre ele e tomada de decisão quanto a uma intervenção
\
.~,:; . questão para os psicólogos brasileiros. necessária.
: o!. ~ Como um processo de investigação, é preciso que se faça a distin-
cão entre o resultado do laudo e os resultados de um teste ou outro
instrumento medida ou coleta de dados sobre o sujeito, incluídos no
2. O que é o Laudo Psicológico? processo como um todo.
A avaliação psicológica é um conjunto de procedimentos para a
'5 . ~ ,
Para definir o laudo psicológico, é necessário considerá-lo como tomada de informações de que se necessita e não deve ser entendida
o resultado de um procedimento de avaliação. Deve-se partir, portan- corno um momento único em que um instrumento poderia ser sufici-
to, de considerações sobre o que seja a Avaliação Psicológica. ente para responder às questões relacionadas ao problema que se pre-
O entendimento sobre o que significa a avaliação psicológica passa tende investigar (Guzzo, 1995). Geralmente, inclui diferentes proce-
pela compreensão do sentido da palavra avaliar, ou seja, julgar, medir, dimentos de medida, identificação de dimensões específicas sobre o
determinar valia ou valor, apreciar, estimar, calcular, computar (Ferreira, sujeito e seu ambiente. A cada procedimento de medida ou investiga-
1986). Todas estas ações ocorrem com bastante freqüência na vida ção tem-se um resultado síntese, o qual não pode ser confundido com
. cotidiana, porém nem sempre de forma precisa e objetiva. A precisão, o resultado final do processo, a que se atribui o significado do laudo .
a clareza e a objetividade em situação de avaliação profissional são Hoje, considerada como área específica de conhecimento dentro
importantes e necessárias, pois tomam o laudo psicológico um docu- da Psicologia, a Avaliação Psicológica inclui pesquisas, tanto sobre o
mento comprobatório de significativas alterações na vida de indiví- processo avaliativo quanto suas técnicas. A Associação Americana de
duos e grupos e justificam a intervenção realizada. Os resultados da Psicologia - APA mantém uma seção dedicada à Avaliação Psicológi-
avaliação devem ser precisos e objetivos, de ta~ forma que outras ca, responsável por publicações específicas, tais como Psychological
.
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11J
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: 158 TÉOllCAS DE ExAME PSIOOLÓGIOO - TEP LAUDO PSICOLÓGICO: A EXPRESSÃO DA OOMPETÊNOA PROFlSSIONAL 159
\
II . I
I~~ Assessment. Outros países e associações científicas de psicologia, avaliação. Quem fazia avaliação em sua prática indicou instrumentos
!: J considerando a importância deste assunto para a qualidade da for- de personalidade como os mais utilizados, depois de uma medida de
LI mação e exercício profissional, também dedicaram-se a aglutinar avaliaç~o .intelec~ual que .nem sequer eS,tá normatizada para a re~da- I
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I' ~ (Associação Ibero-Americana de Avaliação Psicológica), Europ~n dos processos de avaliação e instrumentos para a realidade brasileira. :
!~li ] ou.mal of Psychological Assessment (European Associa tion j of . Apontaram também as dificuldades em avaliar crianças, sobretudo aque- .1

l' !l Psyhcological Assessrnent) e a Revista BrcmLeirade Avaliação Psi~o- Ias com necessidades especiais, e também formas específicas em dife- 1
I,:~ lógica, recém-criada pelo Instituto Brasileiro de Avaliação Psicoló- rentes contextos de atuação. Este trabalho demonstra que discutir a
i~ gica, para citar apenas algumas. i avaliação psicológica no Brasil e decidir por formas mais adequadas de
Ii A leitura dos trabalhos publicados nestas fontes torna eviderh.te formação profissional ainda continua sendo uma das grandes urgências
li o volume de investigações, conclusões e debates acerca do processo e prioridades para a profissão.
Ii da Avaliação Psicológica: bem como de suas mais variadas formas e Historicamente, a Avaliação Psicológica tem sido associada à me-
U l! contextos. i dida psicológica e, como conseqüência, o laudo psicológico ao resulta-
fi ' Atualmente, o termo Avaliação Psicológica tem sido utilizado no do de um teste. Este equívoco acabou por contribuir para grandes difi-
i~l' lugar de Psicodiagnóstico, por ser mais abrangente e envolver o pro- culdades, sobretudo no Brasil, em relação ao planejamento de políticas
H, !' cesso em diferentes campos de atuação. Psicodiagnóstico, tal como éra para a formação profissional nesta área, em que o estudo das Técnicas
a ti: designada tradicionalmente esta área, está mais relacionado à avalia- do Exame Psicológico se diferencia do estudo da Avaliação Psicológica.
H; 1; ção em contextos de intervenção clínica. Mas, independentemente ~a Ensinam-se nos cursos de Psicologia diferentes técnicas sem uma preo-
Hi j I, terminologia utilizada, esta área da Psicologia evolui com muita rapi- cupação maior no processo de investigação do qual uma avaliação .deve
; J ~!~ dez. Por esta razão, profissionais, estudantes de psicologia, bem como resultar. As conseqüências desta formação acabam por limitar a ação
ij.::i seus professores, necessitam estar em constante aprimoramento, so- profissional em sua função laudatória, tomando os laudos instrumentos
bretudo em relação à evolução na construção, adaptação e validacão pouco eficazes para o planejamento de uma ação interventiva.
de instrumentos de medidas ou procedimentos outros de avaliação' do Aprender técnicas do exame psicológico de forma isolada e
fenômeno psicológico, I
pontua não assegura a competência profissional para elaborar uma
Não se pode elaborar laudos psicológicos sem um aprimoramento conclusão sobre um processo de avaliação, ou seja, um laudo eficaz.
necessário na área da Avaliação Psicológica. Da mesma forma não se O processo da avaliação psicológica envolve a aplicação de dífe-
pode exercer a profissão de Psicologia sem a preocupação episternolósica ,. d
. 5" rentes tecmcas, mas eve ser compreendido como um procedimento
sobre a medida do fenômeno psicológico, A área da Psicolosia como independente que se utiliza dos resultados de medidas específicas para
profissão fica comprometida quando as formas e contextos de avaliação a compreensão de toda a i..'1vestigação. Este processo se inicia com a
psicológica não têm representatividade e respeito dos próprios profissio- análise da queixa ou motivo da avaliação, seguirldo-se pelo planeja-
nais. Em sua tese de doutorado, Noronha (1999) pesquisou a relacão d d
. memo as estratégias e investigação e a conclusão. Especialistas nes-
com a avaliação psicológica de 214 psicólogos credenciados e em exer- 'h
- ta are a têm c amado a atenção para a necessidade do detalhamento
cício da profissão, Encontrou, em primeiro lugar, um grande número de d d
. d ' e um conjunto e características para a síntese laudatória como uma
pro fisslonaJ.S.· esta amostra que não responderam às que,stões específi- - I
b expressao cone usiva sobre o que se investigou (Azevedo, Almeida,
cas 50 re mstrumentos de avaliação e também disseram não realizar Pasquali & Veiga, 1996), . '
160 nOllOO DE EXAME PSICDl.ÓGlCO - TEP LAUDO PSICDl.ÓGlCo: A EXPRESSÃO DA CDMPITÉNOA PROFISSIONAL 161
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,li'· . 1
3. Para que Serve um Laudo Psicológico?
1 :
e disseminada entre os psicólogos brasileiros. Avalia-se para ídentí-
Já o conceito de prognóstico
I:L
~( il
.Aimportância
. de fato, relacionada
daavaliação edesuaconclusãoestá,
psicológica
à irrlponância,da profissã,o, na medida em que__
ficar-causas de queixas apresentadas.
parece receber pouca ou nenhuma atenção dos psicólogosbrasilei-
r(),5..:.para Batshe e }Çn()fL.C1995),~§,ta finalidade do laudo~arese
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,_
ambos os processos contribuem para a tomada de decisões sob~m ' esrar.relacionada. à- severidade-de problemadiagnusticado-e-n'ã'oa-- -,,-
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ináivlãÜo~-para a resolução'de um pn;blem~-~presentado p~-;~~ ;g;nte- qualidade da intervenção proposta. Assim, quanto mais grave o pro-
;." educador, pai ou outro adulto que interage com uma criança ou ado- .
I~;] lescente. O laudo serve ainda para identificar características de indiví-
blema, pior o prognóstico, ao passo que, quanto menos grave, as
perspectivas de melhora podem ser mais evidentes. A relação entre
!' i! duos ou de grupos, de forma a compreender seu processo de desenvol- severidade e gravidade de um problema está, segundo ainda estes
r: i! virnento ou para o planejamento de intervenções. autores, relacionada à resistência apresentada à intervenção. Des-
! t 1\ . Segundo Batsche e Knoff (1995), o resultado ou efeito de um ta forma, a avaliação da intervenção incluída no laudo pode contri-
I:' ; laudo é avaliado pela aprppriação das suas conseqüências, ou seja, não buir para sua finalidade prognóstica. Para os mesmos autores, o pro-
cesso de avaliação e sua conclusão passa por etapas que incluem a
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,:t~:~~~b~~:~~s~::e~o;:~:d~~~a:ol:~~~s~:l~i:~::::;
relacionada à qualidade da intervenção que ele sugere, assim que este
identificação do problema e procedimentos por meio de desenvolvi-
mento de hipóteses, seguindo-se a avaliação propriamente dita das
\H j; processo de decidir sobre o que se está avaliando e avaliar o efeito hipóteses identifica das com a aplicação de provas, testes e coleta
:,;.i.. ~,.;.'.: .. desta decisão sobre o desenvolvimento do sujeito passa a ser a dinâmi- de informação sobre o que se está investigando, finalizando com o
ca mais importante no processo de avaliação psicológica, planejamento de intervenção associada à verificação das hipóteses
De acordo com esta idéia de que um laudo psicológico está es- estabelecidas no início da avaliação.
treitamente ligado à intervenção que ele próprio sugere, pode-se com- Por esta razão, em suas diferentes fi.....
nalidades, o laudo deve indi-
preender por que a avaliação psicológica no Brasil vem sofrendo um car, sobretudo, o tipo e as condições de intervenção a que o sujeito
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descrédito cada vez maior, mesmo dos profissionais de psicologia que avaliado deve ser submetido, levando-se em conta todas as suas con-
. ~ ; ) .
não conseguem romper com a "burocracia" das avaliações realizadas dições e história de vida, deixando claras as hipóteses pelas quais se
em diferentes contextos de atuação profissional. Faz-se avaliação, por- está planejando e desenvolvendo a intervenção. O laudo passa a ser
que a lei exige. O avaliador, geralmente, não tem o menor compromis- um referencial para a verificação e a comprovação das decisões toma-
so com a intervenção conseqüente. De uma forma muito presente das sobre um sujeito ou um grupo.
em meio às atividades profissionais da psicologia (Brandào, 1995; Benzi,
1996; Ciasca, 1990; Noronha, 1995), as avaliações realizadas na maio-
ria das vezes resultam em encaminhamentos a outros profissionais, o
que significa dizer começar novamente o processo de avaliação, agora
4. Como Têm Sido Realizados os
em um contexto diferente, Laudos Psicológicos?
Alguns autores como Mash e Terdal (1988) identificaram quatro
finalidades para a avaliação psicológica que produzem diferentes Pela falta de formação adequada e específica na elaboração
tipos de laudos: (a) o diagnóstico, (b) o prognóstico, (c) o delinea- dos laudos, profissionais têm reproduzido nestes os resultados de
mento da intervenção é (d) a avaliação da eficácia da intervenção alsuns
o teste; , sem levar em conta informações tomadas do indiví-
duo em seus contextos de desenvolvimento. Há laudos que apre-
proposta. A primeira finalidade do laudo parece ser a mais c0nl::~cid~ .. II
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162 TÉOIJCAS DE EXAME PSlCOLÓGICXl - TEP

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LAUDO PSICXlLÓGICXl: A EXPRESSÃO DA OOMPETÉNClA PROFISSIONAL 163

I
I.!:~,:".~:j!.;: senta~ umconjunto de resultados de testes sem um sentido geral avaliação psicológica, assim como o aprimoramento de propostas de
t do que cada uma destas avaliações representa no problema apre- formação daqueles que ensinam psicologia ou dos profissionais que se
sentado ou na sua forma de solução, Este tipo de laudo cumpre com . . utilizam da avaliação. Com este espírito, Hambletonl19?_4) dese!l..:- ' __ --'
===I+t.=========!r~:eY:U!fi~Slll'tY.GS~-:!!Je~~' ~:=SãO-..Jneficazes-na...tomada...de....de~S=.SGbre=-=-:-.:-.-~.:- ':,'."volveu' 22- diretrizes par-ã::ã:.:aaaptaçãotranscultut:alde ,instrumentos,----
, cada caso específico. de medida, depois que avaliou um dos principais problemas nesta
I No processo de avaliação psicológica, outros problemas acabam área, ou seja, internacionalmente, a dificuldade de construir medi-
r
I' §
I contribuindo para uma ineficácia na elaboração dos laudos, Um dos
mais graves é a utilização de instrumentos de medida não apropriados
das em diferentes culturas e contextos e ao mesmo tempo a inadequação
da utilização apenas traduzida de instrumentos de medida construídos
!~1\ para o contexto e a situação de avaliação. e desenvolvidos em outros países,
I' ;; A inapropriação dos testes e instrumentos de medida psicológi- Desde o início da década de setenta, esta preocupação já fazia
j \!1 : . ca no Brasil vem sendo há tempos denunciada (Wechsler, 1998), e parte dos pesquisadores mais diretamente envolvidos com a questão da
I;r ' medidas para a melhor, formação profissional e para a adequação avaliação psicológica e seus elementos mais constitutivos, como os ins-
f} ,; l de instrumentos vêm sendo desenvolvidas em laboratórios universi- trumentos de medida e o laudo, Brislin (1970) apontava a dificuldade
~jli! tários com vistas ao incentivo das pesquisas que ajustem os testes em se fazer pesquisas transculrurais com as medidas psicológicas exis-
Ht í! à realidade brasileira, tentes na época e sugeria que cuidados deveriam ser tomados para que
H 1j f Outro grande problema tem sido a aplicação de um conjunto de os instrumentos de medida, ao serem utilizados em diferentes culturas,
;~ 1 : ~ provas e medidas de diferentes dimensões e com pressupostos teóricos passassem por um processo de adaptação para o desenvolvimento de
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•.~ incompatíveis, o que toma difícil uma síntese do que foi efetivamente uma medida equivalente, sem os problemas que uma simples tradução
,- investigado. Neste caso, alguns laudos, especialmente em alguns con- pode trazer. Mesmo com recomendações presentes na literatura desde
!eI i textos de atuação, têm sido apresentados de forma padronizada, não essa época, no Brasil pesquisadores e psicólogos ainda insistem em tra-
i ~11 contrib~indo em nada para a _tomada de decisão sobre os indivíduos e duzir e aplicar instrumentos de medida sem a
devida adaptação.
~~: i· o planejamento de mtervençoes adequadas. Estes problemas tomam a avaliação psicológica vulnerável a
erros e inadequações com graves conseqüências para a vida do su-
jeito avaliado e o respeito à profissão de Psicólogo.
5. Orientacões,
~Diretrizes e Precaucões
~ A principal iniciativa a ser tomada pelos psicólogos brasileiros de-
para o Uso de Testes e Elaboracão
~
veria estar relacionada à alteração na forma como os profissionais vêm
sendo formados e a investimentos prioritários na pesquisa com instru-
?e Laudos Psicológicos mentos psicológicos, Com a grande pressão profissional por instrumen-
tos de medida e uma perspectiva de bons resultados na vendagem dê
o uso de testes em situação de avaliação psicológica, assim como testes, editoras acabam por publicar várias 'medidas sem qualidades
todo o processo desde a construção de instrumentos de medida até
psicométricas, que, portanto, não poderiam ser utilizadas para a avalia-
sua adequação psicométrica à realidade onde será aplicado, tem sido I'
ção psicológica. Este tem sido um grande desafio para aqueles que estão
preocupação da Internarianal Tese Camission, uma associação criada
realmente preocupados com esta questão.
por pesquisadora, da Avaliação Psicológica para orientar a busca de
qualidade técnica mínima dos instrumentos utilizados, o estímulo ao Sem medidas adéquadas, sem formação completa, será difícil o
profissional de Psicologia demonstrar sua competência profissional e,
desenvolvimento de provas e testes para as diferentes realidades de
como conseqüência, os laudos psicológicos continuarão a ser mais uma
~i víduo que procura a avaliação quanto do profissional que a executa. '~~ avaliação, mas, de maneira geral, consta de três grandes panes: a
i l As mais recentes diretrizes para a elaboração de um processo g: história do indivíduo com o motivo da avaliação, as provas realiza-
de avaliação psicológica aprese!!otª9as pela Int~r.~..E~iºnal Test • 'f.' .. das.e.seus.resultados . .g~Iªjs_e-ª-_ç_onçllJs?º_C.Q!!L9S.
indicªdor.es.de_._.
;F
,I Commission em Graz, na Austrália, em 1999, são justificadas~_prin-=-_ i .L--. intervenção. __
Uma_sugestãG-fie-detalhamento-para--a-elaboraçã-CJd'e ----'----,
-'---+. f-l!ti-...c.-----c\..L'paljmente-;-pclgnliferenças existentes entré' paISes no grau de con- --P laudos psicológicos depende do contexto em que está sendo aplica-
. 11 trole edmquelos profission ais são formados para o exercício cornpe- . I' da a avaliação psicológica, mas, de modo geral, estrutura-se desta
. ~~ l
tente a ava iação psico ógica. Ainda são consideradas as dificul- , forma, principalmente relacionando a conclusão do processo com as
l.~ dades de acesso a materiais variados para a avaliação que possam I possibilidades de intervenção. Sem esta estrutura, o laudo continua
I;~, ser, de forma confiável, aplicados à realidade das diferentes popula- um instrumento ineficaz que apenas cumpre exigências burccráti-
J 1ft l ções. Outra justificativa para a determinação destas diretrizes é a cas e pouco ajuda no processo de decisão sobre indivíduos e grupos,
'1. '~,.J:.... ~,:
I.,' .... violação de copyright se~ o conhecimento prévio e autorização dos
1 ;. ~ autores do teste ou dos editores.
f~:;1, Estas diretrizes incluem padrões éticos e profissionais para o exer-
i~HI cício da avaliação psicológica, os direitos que possuem os sujeitos en-
6. Como Elaborar um Laudo Psicológico
í ~~1~ volvidos no processo de avaliação psicológica, a escolha e a avaliação
~ª ~.~' t de instrumentos alternativos em caso de problemas na determinação
O laudo é uma peça escrita (deve-se evitar a devolução oral,
H ~'.,
porque 'pode ser facilmente distorcida) na qual peritos expõem
~.~
..~.••....
,', :~\:.'.:i.~
..': C..:~.l.·'::· , de provas para o processo diagnóstico, administração das provas e ava- observacões e conclusões a que chegaram num processo de
;::; . liaçâo dos resultados, e finalmente o laudo escrito e a devolutiva. Ta- psicodiagnóstico ou avaliação psicológica. Trata-se de um p,are~er

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HI' ~
..'... 1;:1,...
l.:.•.:.:.: i~., ~::::=~~
i~;;rE~:;s~:~::~~;r:;~;:~~:~~~;:~~
apresentam padrões para a construção de testes, documentação para o
usuário, como manuais e materiais de divulgação, e padrões para a
técnico de avaliação psicológica do indivíduo, o qual visa subsidiar
profissionais e tomar decisões. Assim, ele constitui a última etapa
de um psicodiagnóstico ou avaliação psicológica, consistindo na
devolução dos resultados obtidos neste mesmo processo ,.
Como o processo de avaliação pode ser realizado com objetivos
.~~~ t· manutenção de um sistema de avaliação e controle de cada prova em os mais variados, assim o laudo deve ser congruente com estes obje-
.~:: termos de sua validade e precisão, tivos. Vejamos .
'; ; Seria importante que houvesse um comprometimento com uma
..
r proposta nacional de investimentos e conscientização sobre a im- 6.1. O Psicodiagnóstico
- ~
portância da avaliação psicológica entre profissionais e estudantes
de psicologia. Com esta medida, a profissão poderia dar um salto em 1. Definição: "Psícodiagnóstico é um processo científico, limitado
seu reconhecimento social e real contribuição ao bem-estar das no tempo, que utiliza métodos e técnicas psicológicas (mput), a
pessoas e dos diversos grupos sociais. nível individual ou não, entendendo, à luz de princípios teóri-
Mesmo com melhoramentos nas condições de formação dos pro- cos os problemas, identificando e avaliando aspectos específi-
, . I
fissionais e na oferta de instrumentos diversos para a avaliação psico- cos, classificando o caso e prevendo seu curso possíve , p~ra
lógica, o laudo em si necessita de um padrão aceitável de elaboração, comunicar resultados (output)" (Cunha, Freitas & Rayrnundo,
geralmente contendo elementos importantes do processo de avaliação 1986, p. 9).

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166 TÉrnlCAS DE ExAME· PSICOlÓGICO - TE? . LAUDO PSICOLÓGICO: A EXJ'RESSÃO DA COMPETINOA PROFl5Sl0NAL 167 13]!

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2. Elementos: O psicodiagnóstico comporta geralmente uma série aprofundado. Esta avaliação é tipicamente feita por psicó- K'
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de elementos; muitos destes devem ser levantados em entrevis- lagos e psiquiatras e visa um possível tratamento psicoterá- ~i
~~~; J
tas e podem ser elencados corno segue:
.~ .. contmto,detrabaIho:-:contrato entre cliente ou responsável e' o .
._- .. ~. entenziímenro" dinâmiWfOcéDni'-bãse:-na ~te6rla'psk61ogíca-ela
~----.isa:;
- - '---le -,

personalidade, identificar a estruturação de uma psicopa-


psicólogo, estabelecendo os objetivos e o processo de psicodia- ~!'
gnóstico; tolog~a do dedsenv~l:unent~ que s: instala no decb~rrer do :,~,;~,~.',':i

crescimento o sujeito em mteraçao com seu am lente; ~


• duração: no contrato deve ser dada uma estimativa do tempo
(número aproximado de sessões) que a avaliação vai exigir; • classificação nosológica: consiste na avaliação de problemas ~
psicopatológicos, objetivando classificar o caso dentro da ta- ~,
• instrumentos: testes que serão utilizados no processo de avalia-
bela de classificação psiquiátrica (DMS); !;!I.
,,~·~:i~~~;/~~~~o
".
j
história clínica: levantamento da história do problema do su- • forense: consiste na avaliação psicológica para fins judiciais, tll~n
jeito que iniciou o..processo de avaliação; ~~~:~:ed~':u~~rerrninar níveis de sanidade ou insanida- I,~.:.!l:,:.::..•

objetivos: definição dos objetivos específicos a serem atingi-


dos pela avaliação (veja objetivos a seguir); • prognóstico: avaliação psicológica para determinar o curso pos- L

• hipóteses: no final da avaliação, o psicólogo deve chegar a es- sível de um caso clínico. ~:
tabelecer hipóteses explicativas sobre o problema avaliado,
~L
{ti
4. Etapas: os passos de um processo psicológico (modelo psicodi- .~
de sorte que possa dar encaminhamento e sugestões de inter- agnóstico) seguem os seguintes momentos:
venção para o caso;
prognóstico: o psicólogo deve dar urna previsão de possível identificar: consiste em (1) levantar o motivo da, consulta
curso que o caso vai tornar; (entrevista) e (2) selecionar, aplicar e interpretar os testes
• comunicação dos resultados: é o laudo (veja adiante). para a avaliação;
• integrar: consiste em consolidar todos os dados obtidos na
3. Objetivos: Um psicodiagnóstico pode ter as mais variadas finali- etapa anterior;
dades, quais sejam: • inferir: tirar as conseqüências para o caso que os dados da
• cIa:sificação simples: consiste em dar o perfil psicológico do . etapa anterior permitem, isto é, trata-se de levantar hipó-
~ I 1 1 o
teses explicativas para os resultados obtidos sobre o caso'
SU]eILOque resu ta oa aplicação dos testes, interpretados se-
gu..ndo normas destes' , • intervir: trata-se de (1) comunicar os resultados ao sujeito
descrição: consiste no perito (psicólogo, psiquiatra.i.) dera- ou responsável (laudo) e (2) sugerir tipo de intervencão
Ih~r a pre:e~ça ou não de sinais e sintomas de distúrbios apropriada para o caso (terapia, encaminhamento). o

pSlcopa~ologlcos (não precisa fazer uso de testes);


~revençao: consiste na identificação precoce de vulnerabi- 6.2. O Laudo
..• :' lidades ..a problemas psicológicos do sujeito, fazendo uma
avaliação ~e, características fones e fraquezas deste para 1. Definição: trata-se da devolução ou comunicação dos resulta-
enfrentar mn.culdades e conflitos na vida' '
dos do psicodiagnóstico ao sujeito ou responsável.
• a~ali~ção: consiste em identificar os indicadores. de um dis-
túrbio ou psicopatologia por meio de um processo mais 2. Solicitante: sujeito, médico, professor, DRH, juiz, dono da em-
presa, etc.
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168 TÉO<JCAS DE ExAME-PSICOLÓGICO - TEP _ LAUDO PSlCOLÓGICo: A EXPRESSÃO DA COMPETENClA PROFJSSIONAL 169
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3. Objetivo e Erros a evitar: o laudo deve dar uma visão dinâmica • conclusão: os resultados observados na área intelectual são 1
do indivíduo naquele momento (quando foi feita a avaliação). corroborados (ex.: a linguagem do examinando confirma de i
Logo, não se permitem inferências sobre o sujeito; todos os co- / ,~-~
alguma forma os resultados, etc.)? O comportamento do su- -J
mentários devem ser feitos com base nos---dados obtidos. Evite ____ o :: jeito _durante. aU.esspes confirma. os resJ,tl.la9.ºLobtido...sL.6.s
__ -~
------
.- ,
as seguintes falhas: ---------- -----~!.:._--_ _ . . aptidões do examinando-estão de -acordo-com-a:quelas-~spe-;---- .~
• excesso e termos técnicos - radas (ou exigidas para o cargo)? Os resultados permitem §
• demonstração de cientificismo uma avaliação do perfil do examinando? O perfil do exami- :t
• apresentação de resultados sem uma visão integrada dos dados nando corresponde ao perfil esperado (ou necessário para o J
• uso de sentenças com abreviaturas cargo)? Qual a conclusão sobre o examinando (é indicado :f
uso de "chavões" para o cargo)? t
• inferências de restJtados em outro campo profissional. • limitações: tempo disponível, necessidade de u~i.zar mais tes- I
tes, testes com validade não comprovada, normas que não se ~
4. Conteúdo: o laudo deve equilibrar os dados com a teoria psicoló-
gica, ilustrando os resultados com comportamentos observados
aplicam à nossa realidade, informações que devem ser busca- t
das na entrevistas, etc. -~
do examinando. O conteúdo do laudo deve comer:
~
• identificação: iniciais, sexo, idade, nível educacional,nível
sócio-econômico, profissão;
r
~-
Bibliografia
motivo da consulta: deve-se atender às necessidades dos r
solicitantes; f[
AZEVEDO, M. M., ALMEIDA,L. 5., PASQUALI,L. & VEIGA, H. M. S. (j 996).
descrição física: algum defeito físico observado. No caso de fi
Utilizacão dos testes psicológicos no Brasil: dados de estudo prelimi-
crianças, costuma-se dar informações sobre o peso e altura nar em'Brasília. ln L. S. Almeida (org) Avaliação Psicológica: formas e ~
~'
,",
delas; contextos. V IV Braga, Portugal. p. 213-219. :~
h':
impressão geral obtida durante o rappon: informações verbais,
não-verbais, problemas motores, concentração do examinando;
BATSCHE, G. M. & KNOFF, H. M. (1995). Best practices in linking assessment
to intervention. ln A. Thomas & Jeff Grimes, Best Practices in School
i
w.
- comportamento do examinando: informações sobre o nível de Psychology. Washington, DC: NASP.
i<
i~
It
ansiedade, relacionamento estabelecido entre ele e o exarni- !~
BENZI, N. P.(1996). Psicologia escolar na rede particular de ensino de Cem- I!
nadar; ir
pines. Dissertação de Mestrado. Campinas, PUC-Campinas.
-variáveis amhientais: como estava o local de aplicação, ilumi- 'I

nação, ventilação, ete.; _ BRANDÃO, S. c. (1995). Aspectos sociais e políticos na formação em psico-
!~
. , '~. -instrumentOs
instrumento;
utili~ados: qual o objetivo e o nome de cada logia escolar: opinião de supervisares. Dissertação de Mestrado. Cam-
pinas, PUC-Campinas.
I~
:~
't
planejamento: das sessões de aplicação (quantos e quais testes BRISLlN, R. W. (1970). Back-translation for cross-cultural research. [ournzl !i
1\
foram aplicados em cada sessão); ofCross-Cultural Psychology, 1(3), 185-216. tE
n
resultados dos testes: especificar os resultados brutos e pa- CIASCA, S. M. (1990). ,Diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem em ;~
dronizados de cada teste, isto é: testes de inteligência, ap- crianças: análise de uma prática interdisciplinar. Dissertação de J
tidões, interesses, personalidade, etc.; Mestrado. São Paulo, IP-USP. :il
!b
~
!t
li!
!Il
--- ------_.- ------'"">

170 TtOUCAS DE ExAME..PSICOLÓGICO - TEP -

.~;

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FERREIRA.A B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de
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gico. Boletim de Psicologia, XL V( J 02), 45-48. CAPíTULO 6
HAMBLETON, R. K. (1994). Guidelines for adapting educational and
psychological tests: A progress report. European journal of r
Psychological Assessment. 10(3),229-244.
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Princípios Eticos e
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NORONHA, A P. P. (1995). Avaliação psico-educacional e pré-escols: um
estudo com psicólogos. Dissertação de MesÜado. Campinas. PUC- Psicológica
Campinas.
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NORONHA, A P. P. (1999). Avaliação psicológica segundo psicólogos: usos
e problemas com ênfase nos testes. Tese de Doutorado. Campinas,
PUC-Campinas.
':..
'
I. Ética e Deontologia
WECHSLER, S. M. (1998). A avaliação psicológica na realidade brasileira:
dilemas e perspectivas. Brasília. DF: Conselho Federal de Psicologia _
Psicologia On-Iine (www.psicotogie-onlme. orgbr/wechsler. htm/).
o conceito de Ética deriva da palavra grega ethos, que significa
valores morais, costume, normas e ideais de conduta. Deontologia
também tem raízes gregas, vem de deon, que significa dever, elogia
corno saber, relacionando, portamo, os deveres e os princípios morais
que devem ser observados no exercício de uma profissão (Weiszflog,
1998). A distinção entre os dois termos não é consistente, por isso
muitas vezes os encontramos sendo utilizados corno sinônimos, mos-

e nas suas responsabilidades freme à sociedade.


.
trando assim o dilema refletido nos valores do homem consigo mesmo
-
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Cada vez mais encontramos menção a estes dois conceitos nas
pubhcaçóes em Psicologia, possivelmente porque O nosso grande avan-
ço científico não correspondeu a uma melhoria do sistema ético e
,., (
moral na nossa profissão (Mufiiz, 1997). Daí o resgate da sabedoria
,. ~.? grega para discutirmos a prática da Psicologia denrro de um aspecto
mais amplo de deveres, valores e responsabilidades do psicólogo para :j.,
com a ciência e com as pessoas com as quais se relaciona.
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