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ASSUNTO : CONSULTA
INTERESSADO : CÂMARA MUNICIPAL DE SINOP
GESTOR : MAURO GARCIA
RELATOR : CONSELHEIRO SUBSTITUTO MOISÉS MACIEL
(AUTOS DIGITAIS)
PARECER Nº5.181/2015
EMENTA:
1
A Consultoria Técnica deste Tribunal verificou que os requisitos de
admissibilidade da presente consulta foram preenchidos nos termos do artigo 232 da
Resolução interna nº 14/07 (RI do TCE/MT).
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eventualmente houver, com o valor total do benefício
concedido.
Pessoal. Limite. Despesas com pessoal. Vale-alimentação.
As despesas inerentes à concessão de vale-alimentação não
se enquadram no conceito de despesa total com pessoal
previsto no art. 18 da LRF, assim, não devem ser computadas
para a determinação dos limites de gastos com pessoal
definidos nos artigos 19 e 20 da lei, tendo em vista a sua
natureza indenizatória.
Câmara Municipal. Limites. Gasto Total e Folha de
Pagamento. Vale-alimentação.
As despesas inerentes à concessão de vale-alimentação
devem estar contidas no limite de gasto total das Câmaras
Municipais previsto no caput do art. 29-A da CF/88, porém não
devem ser computadas para a determinação do limite de
despesas com folha de pagamento das Câmaras Municipais
estabelecido no § 1º do art. 29-A da CF/88, tendo em vista a
sua natureza indenizatória.
REDAÇÃO ATUAL
Acórdão nº 2.379/2002 (DOE 09/12/2002). Pessoal. Limite.
Despesa com pessoal. Inclusão de gastos de natureza
remuneratória e inativos quando custeados pelo Tesouro
Municipal.
1) As despesas com pessoal compreendem aquelas de caráter
remuneratório, não se incluindo as de natureza indenizatória.
Assim, as despesas com vale-transporte e vale-refeição,
quando pagas com regularidade ao servidor, serão
enquadradas no limite de gasto com pessoal da Lei de
Responsabilidade Fiscal por constituírem vantagem pessoal do
servidor.
2) Os gastos com inativos, quando custeados unicamente pelo
Tesouro Municipal, serão considerados na apuração do total
de gastos com pessoal do Legislativo Municipal para efeito de
verificação de cumprimento dos limites impostos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, conforme determinação explícita do
artigo 18 da referida Lei.
REDAÇÃO SUGERIDA
Acórdão nº 2.379/2002 (DOE 09/12/2002). Pessoal. Limite.
Despesa com pessoal. Inclusão de gastos de natureza
remuneratória e inativos quando custeados pelo Tesouro
Municipal.
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1) As despesas com pessoal compreendem aquelas de caráter
remuneratório, não se incluindo as de natureza indenizatória.
As despesas com vale-transporte e vale-refeição não
devem ser computadas no limite de gasto com pessoal
previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, pois possuem
natureza indenizatória.
2) Os gastos com inativos, quando custeados unicamente
pelo Tesouro Municipal, serão considerados na apuração do
total de gastos com pessoal do Legislativo Municipal, para
efeito de verificação de cumprimento dos limites impostos pela
Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme determinação
explícita do artigo 18 da referida Lei.
É o breve relatório.
2 - FUNDAMENTAÇÃO
4
2.2 MÉRITO
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O Ministério Público de Contas entende que assiste razão à
Consultoria Técnica, tanto quanto a possibilidade de pagamento de vale alimentação
pela Câmara Municipal aos seus servidores quanto aos requisitos para sua
concessão.
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Chefe do Legislativo municipal a iniciativa do respectivo
processo legislativo.
3. As despesas com vale-alimentação (bilhete ou cartão
magnético) e o auxílio-alimentação (pago em pecúnia) devem
estar previstas no orçamento e contabilizadas na categoria
econômica 3 – “despesas correntes”, no grupo de natureza 3
– “outras despesas correntes”, modalidade de aplicação 90
“aplicações diretas” e no elemento de despesa n. 46 “auxílio
alimentação”, de acordo com as Portarias Conjuntas
STN/SOF n. 4/2010 e 1/2011, da Secretaria do Tesouro
Nacional – STN, válidas para os exercícios de 2011 e 2012
respectivamente. (…) (grifou-se)
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concessão do benefício já que não se pode fazer com que seja utilizado para
beneficiar apenas alguns em detrimento de outros.
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Outro ponto no qual concordamos com a Consultoria Técnica é
quanto a necessidade de realizar prévio procedimento licitatório em caso de
contratação de empresa para administração, gerenciamento e fornecimento dos
documentos ou cartões magnéticos/eletrônicos de vale alimentação aos seus
empregados.
Prejulgado:1412
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1) As despesas com pessoal compreendem aquelas de caráter
remuneratório, não se incluindo as de natureza indenizatória.
Assim, as despesas com vale-transporte e vale-refeição,
quando pagas com regularidade ao servidor, serão
enquadradas no limite de gasto com pessoal da Lei de
Responsabilidade Fiscal por constituírem vantagem
pessoal do servidor.
2) Os gastos com inativos, quando custeados unicamente
pelo Tesouro Municipal, serão considerados na apuração do
total de gastos com pessoal do Legislativo Municipal, para
efeito de verificação de cumprimento dos limites impostos pela
Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme determinação
explícita do artigo 18 da referida Lei.
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DECONTROVÉRSIA (Resp 1.066.682/SP). VALE-
TRANSPORTE. VALOR PAGO EMPECÚNIA. NÃO
INCIDÊNCIA. PRECEDENTES DO STJ E DO STF.
AGRAVOREGIMENTAL PARCIALMENTE PROVIDO. 1. A
Primeira Seção, em recurso especial representativo de
controvérsia, processado e julgado sob o regime do art. 543-C
do CPC, proclamou o entendimento no sentido de ser legítimo
o cálculo,em separado, da contribuição previdenciária sobre o
13º salário, a partir do início da vigência da Lei 8.620/93 (Resp
1.066.682/SP,Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Seção, DJe
1º/2/10) 2.
O Superior Tribunal de Justiça reviu seu entendimento
para, alinhando-se ao adotado pelo Supremo Tribunal
Federal, firmar compreensão segundo a qual não incide
contribuição previdenciária sobre o vale-transporte devido
ao trabalhador, ainda que pago em pecúnia, tendo em
vista sua natureza indenizatória.3. Agravo regimental
parcialmente provido. (STJ - AgRg no REsp: 898932 PR
2006/0225429-5, Relator: Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA,
Data de Julgamento: 09/08/2011, T1 - PRIMEIRA TURMA,
Data de Publicação: DJe 14/09/2011) (grifou-se).
3 - CONCLUSÃO
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b) pela aprovação da proposta de Resolução de Consulta
apresentada pela Consultoria Técnica, conforme regra o art. 81, IV, do Regimento
Interno do TCE/MT (Resolução nº 14/07).
É o parecer.
(assinatura digital1)
ALISSON CARVALHO DE ALENCAR
Procurador de Contas
1 Documento assinado por assinatura digital baseada em certificado digital emitido por autoridade certificadora credenciada,
nos termos da Lei Federal nº 11419/2006.
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