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Casos Práticos – Posse

Caso 1
António, proprietário e possuidor de uma vivenda, morreu em 1990, deixando
como únicos herdeiros três filhos: Berta, Carlos e Daniel.
A propriedade da vivenda foi atribuída, em testamento feito por António, a
Berta, mas passou a ser habitada por Daniel, com o consentimento da irmã, que ia
emigrar para o Brasil.
Em 1992, Carlos, fazendo-se passar por proprietário, vende a casa a Eduardo.
Daniel, que continua a habitar a casa, em 1995, comunica a Berta que não aceita
o testamento e que acha que a casa é dele, dado que sempre tinha cuidado do pai, ao
contrário dos irmãos, que “foram maus filhos”.
Em 2000, Daniel vende a casa a Filipa, mas continua a habitá-la, pois reserva para
si o usufruto.
Por sua vez, Eduardo vende a casa a Guilherme em 2010.
Quando Berta, em 2014, regressa a Portugal, pretende reaver a vivenda, pelo
que diz ao seu advogado que pretende propor “ações de anulações das vendas feitas
por Carlos, Daniel e Eduardo”. Filipa pretende invocar a usucapião.
Quid iuris?

Caso 2
Helena, proprietária de um anel de rubis, foi assaltada em julho de 2008 por Igor,
que lhe tirou o anel e lhe deu um murro no maxilar. Em novembro de 2010, Jaime,
joalheiro, furtou o anel a Igor e colocou o anel na vitrina da sua joalharia. No Natal de
2011, o anel foi comprado por Luísa.
Em novembro de 2014, Helena descobre o anel e exige de Luísa a sua entrega.
Esta recusou, argumentando que o anel lhe pertence, visto que Helena foi assaltada há
muito e que pagou um preço muito elevado por ele. Para além disso, Luísa disse que o
filho, que estava a tirar o curso de Direito, lhe havia dito que há um princípio designado
“posse vale título”.
Quid juris?
Caso 3
André era caseiro de uma quinta situada perto de Castelo Branco desde
setembro de 1980. Em agosto de 2000, a proprietária, Beatriz, suspeita da prática de
crimes em Portugal, foge com o filho para o Brasil. André passa perante os vizinhos a
intitular-se proprietário da quinta.
André, apesar disso e por mera cautela, resolveu escrever a Beatriz (que lhe tinha
deixado a nova morada a título confidencial e para assuntos muito urgentes) em março
de 2001, propondo-lhe a compra da quinta por um preço simbólico. Nessa carta, André
afirmava que, em qualquer caso, a quinta já era sua, mas pretendia regularizar a situação
perante o registo predial competente. Beatriz recusa.
Mais tarde, em outubro de 2001, Beatriz morre, sucedendo-lhe o seu filho
Cristóvão, de 14 anos de idade. Devido a uma série de dificuldades burocráticas, só em
janeiro de 2003 vem a ser designado um representante legal para Cristóvão.
Em agosto de 2007, André vende a quinta a Domingos, seu vizinho que
desconhecia o que se passava. Subsequentemente, Domingos procede a uma série de
remodelações na quinta – substitui o telhado, aumenta a capacidade dos estábulos e
muda o curso de água de um regato que atravessava a quinta. Com essas obras,
aumenta a produção pecuária e vitivinícola da quinta, aproveitando-se dos respetivos
rendimentos.
Cristóvão, agora regressado do Brasil, pretende reaver a quinta.

a) Terá sucesso?
b) Em caso afirmativo, tem Domingos algum direito e dever relativamente às
obras que realizou na quinta e aos rendimentos que dela retirou.

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