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A Ansiedade e o Poder da Palavra de Deus


“A ansiedade no coração do homem o abate, mas uma boa
palavra o anima” (Provérbios 12:25).

Muitos são os momentos em nossas vidas em que ficamos


ansiosos. Às vezes, ficamos até mesmo sem haver um motivo
aparente.

A ansiedade é o medo de fatos futuros, o medo de circunstâncias


as quais não conseguimos presumir o seu desfecho. E junto à
ansiedade encontra-se a dúvida. Isto porque existem fatos em
que não conseguimos ter certeza dos resultados que deles irão
advir. E a dúvida pode trazer outro elemento consigo: a angústia.
A angústia revela-se no reconhecimento de nossa impotência para definir o que virá depois ou para alterar um
possível resultado.

Diante da nossa impotência, buscamos sempre alguém ou algo maior e mais suficiente do que nós para nele ou
nisto colocarmos nossa confiança e acharmos descanso, consolo e conforto. Então corremos para um abraço,
para um colo, corremos para algo ou alguém que possa nos consolar e dar esperança de que o futuro pode ser
sempre melhor do que aquele que esperamos ou presumimos.

O texto bíblico nos traz uma bela solução para aquietar nossas ansiedades: uma boa palavra.

E quem melhor para nos dar uma boa palavra do que o próprio Deus?

Quando minha mãe sofreu um derrame e ficou em coma por um mês, lembro-me que recorri a diversas formas
de tentar aplacar minha angústia e ansiedade. Busquei em diversos livros de filosofia, doutrina e religiões que eu
estudava na época. Busquei nas palavras de conforto dos amigos, dos parentes e da minha família. Mas nada
daquilo conseguia me consolar. Lembro-me de encontrar uma Bíblia no guarda-roupas dela e decidi abri-la para
ler, ao invés de segurá-la ou deixar aberta num Salmo, como um amuleto. Ainda hoje me lembro do livro e
capítulo em que comecei a lê-la pela primeira vez, ao menos, pela primeira vez com o coração aberto. Eu não
entendia nada do que estava escrito lá. Texto em linguagem rebuscada, muitos símbolos e costumes até então
desconhecidos por mim. Verdadeiramente eu não entendia o que tudo aquilo queria dizer. Mas descobri que, na
medida em que eu a lia, começava a sentir uma paz na minha alma. Enquanto eu lia aquelas difíceis palavras as
lágrimas cessavam, o coração desacelerava e algo muito bom e misterioso me fazia sentir bem. E muito bem!

Comecei então a ler com mais curiosidade e por alguns dias tudo o que fiz foi ler aquele extenso livro recheado
de histórias e lições desconhecidas. Eram boas palavras que me traziam alegria. E junto com a alegria
começaram a me dar também esperança e fé. Foi quando fiz minha primeira oração de verdade, um verdadeiro
diálogo com Deus, não aquele monólogo repetitivo que a tradição me ensinara. Naquele dia eu pedi a Deus a
cura de minha mãe. E naquele mesmo dia Deus me atendeu. Eu tinha plena convicção de que tudo aquilo
provinha Dele e podia sentir Suas Palavras penetrando-me o âmago. Também sabia que isso não significaria que
Deus viveria a me servir ou que atenderia tudo o que eu pedisse, pois que Ele é soberano e nós não sabemos
nem sequer pedir como convém. Não era a resposta que eu queria ouvir que me trazia paz, mas aquela que eu
precisava ouvir e ouvir Dele.

A partir daquele dia comecei a ler incansavelmente aquele Livro Sagrado e, na medida em que eu o lia, aprendia
a falar com Deus e também a ouvi-Lo. É interessante como aprendemos a orar, a pedir, a compreender a Sua
linguagem, os Seus sinais, e a discernir a Sua voz em meio a grandes explosões que bombardeiam nossa mente
todos os dias.
Também aprendi que a Bíblia não revela apenas a natureza e essência de Deus, mas revela a mim mesmo,
como um espelho puro que corrige todas as distorções que eu penso e vejo de mim mesmo, até mesmo aquilo
que eu de mim escondo. A primeira sensação que tive ao ler a Bíblia era a de que eu estava nu e que Deus
estava me vendo dessa forma. Talvez seja por isso que muitas pessoas evitam ler a Bíblia, primeiramente porque
se deparam com a verdade de si mesmas, segundo, porque percebem que Deus as vê em todo o tempo e que
nada conseguimos esconder Dele, nem mesmo aqueles pensamentos mais réprobos que gostamos de esconder
de nós mesmos, como se eles não estivessem ali.

É estranho, mas parece que enquanto você a lê Deus fala com você, mas não são aquelas palavras
sugestionadas do texto, mas uma outra, oculta nas entrelinhas, que sussurra ao pé do seu ouvido e lhe mostra
coisas que você jamais imaginaria um dia ouvir, e é exatamente esta a voz de Deus, aquela que lhe trás a paz
que sua mente não compreende, mas sente. Não se trata de “texto”, mas de um mapa que seu coração segue
até encontrar-se com o verdadeiro sentido de tudo o que está ali escrito: Ele!

Aprendi a ouvi-Lo no silêncio de mim mesmo. Mas também aprendi que posso fazer calar todas as vozes dentro
de mim e concentrar-me somente na Sua, inconfundível e agradável, tão poderosa e ao mesmo tempo tão
delicada.

Na medida em que eu lia, eu O ouvia. E na medida em que eu O ouvia, eu O conhecia um pouco mais, e na
medida em que eu O conhecia mais, aprendia a admirá-lo, a amá-lo, e a adorá-lo. A música, pra mim, passou a
ter outra conotação, como um instrumento de louvor capaz de me conectar a Ele, e acabar com toda a
ansiedade.

Comecei a passar mais tempo com Deus, com Sua Palavra, e com Seus louvores. Pude ver coisas que ninguém
jamais verá, ouvir coisas que ninguém jamais ouviu, compreender verdades que ninguém que não esteja ligado a
Ele pode compreender. Meus melhores momentos passaram a ser as frias e ventosas noites do Sul, quando
podia passar horas a sós na garagem de meus pais, ali, sentado, com meu violão, com minha Bíblia, com meu
coração, e com o meu Deus.

É incrível como quando você começa a conhecer mais de Deus, passa a conhecer mais de si mesmo, pois fomos
feitos à sua imagem e semelhança. “Conhece-te a ti mesmo!” alguém bradou. Mas somente conhecendo a Ele é
que posso conhecer a mim mesmo, porque descubro de onde vim, porque eu vim, para que, e para onde voltarei,
ou melhor, para onde escolherei ir.

Hoje, quando a ansiedade bate a porta do coração e o desespero começa a querer tomar conta de mim, lembro-
me que existe um lugar e Alguém cuja boa palavra é poderosa para me restaurar a alegria, a esperança, a fé, o
consolo e aquela inigualável paz que excede a todo entendimento.

A ansiedade revela o quanto nós não confiamos em Deus. E, se pouco confiamos, é porque pouco o
conhecemos. E se pouco o conhecemos, é porque pouco o buscamos, porque pouco meditamos em Sua
Palavra, tornando-nos incapazes de ouvir sua voz.

A ansiedade no coração do homem o abate, mas uma boa palavra o anima. Agora, você já sabe onde encontrar
essa boa palavra.

Autor: Pr. Leandro Dorneles

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