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A Figura Complexa de Rey - Osterrieth

Descrição
Este teste, que permite avaliar as capacidades de organização visuo-espacial (perceção) e o planeamento e
desenvolvimento de estratégias relacionadas, foi criado por Rey em 1941 e desenvolvido por Osterrrieth em 1944. O
objectivo consiste em compreender se a existência de transtornos mnésicos se deve a uma desorganização percetiva,
por isso, antes de se pedir a reprodução da figura, comprova-se se o paciente chegou a captar a sua organização gráfica
de forma inteligível.
André Rey, apresentou uma prova que visa essencialmente avaliar a organização mental bem como a perceção e
memória visuais de indivíduos a partir dos 4 anos.
A prova apresentada consiste em copiar um desenho com ausência de significado evidente (repetindo-se depois
o processo por memória), fácil realização gráfica e estrutura de conjunto suficientemente complicada de forma a
implicar uma atividade percetiva analítica e organizadora, e posterior reprodução. Na prova, valoriza-se o nível de
organização, a exatidão, e o tempo empregue na execução da cópia.
Consoante a pontuação obtida na copia e reprodução de memória, pode-se analisar o tipo de cópia do individuo,
o seu percentil relativamente à população portuguesa por exemplo; verificar qualquer dificuldade de memória ou algum
desvio da norma, etc.
Avalia a capacidade de organização percetivo-motora, a atenção e a memória visual. É uma prova bastante
utilizada em contexto clínico, mais propriamente na avaliação da estruturação espacial e da organicidade dos défices
manifestados.
Apresenta duas figuras, A e B, das quais a figura B deve ser aplicada a crianças com idades compreendidas entre
os 4 e os 8 anos, ou adultos com suspeita grave de degradação mental, e a figura A que deve ser aplicada a indivíduos
com idades superiores a 5 anos.

Figura A:
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Figura B:

Assim, a Figura Complexa de Rey é uma figura geométrica complexa composta por um retângulo grande, com
sectores horizontais e verticais, duas diagonais, e detalhes geométricos adicionais, dentro e fora do retângulo grande.

A aplicação do teste é simples, mas a avaliação e a interpretação de resultados é um pouco mais complexa.

Tempo de Aplicação
Mais ou menos 10 minutos.

Material
o Alguns lápis de cores diferentes (lápis de minas bem afiadas, meia dúzia basta);
o Duas folhas de papel branco A5 (das quais uma não deve estar visível);
o Folha do Modelo da Figura (que se encontra na última página deste documento);
o Folha de Cotação da Figura (que se encontra na penúltima página deste documento);
o Manual (para proceder às cotações e cálculo dos percentis);
o Cronómetro para medir os tempos de execução.

É preferível utilizar os lápis de cor em vez de canetas de pontas de feltro, já que estes permitem ainda conhecer
aspetos como a tonicidade e a tensão corporal postas no movimento ao realizar o traçado.

Procedimento
Reprodução por Cópia
O modelo da figura a apresentar ao sujeito examinado está impresso numa folha de papel de formato A5, que
deve ser colocada horizontalmente, sobre a mesa, em frente do sujeito. Dá-se-lhe uma folha de papel branco de
dimensões iguais. O sujeito poderá, caso queira, mover a sua folha de papel, mas não pode mover a folha do modelo
(contido isto não deve ser dito para não induzir esse comportamento).
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Pede-se ao examinando para copiar a figura, o melhor e o mais depressa que puder. Ao mesmo tempo que isto
se pede, entrega-se um dos lápis de cor ao sujeito. Assim que ele começa a desenhar começa-se a contar o tempo.
Muda-se o lápis cada vez que o sujeito desenha cada uma das estruturas gráficas que compõem a figura. Faz-se
isto estendendo-lhe o novo lápis e retirando ativamente o anterior, e evita-se qualquer tipo de conversa pois o tempo
está a ser cronometrado.
Cada vez que se retira um lápis, deve colocar-se à parte, conservando a ordem pela qual foram retirados. Cada
lápis usado não se volta a dar ao sujeito. O objetivo disto é o de se poder identificar a sequência de cores usadas, ou
seja, por onde este começou o seu desenho, o que desenhou primeiro, a seguir, etc., para podermos depois caracterizar
o Tipo de Execução.
Se, usados os lápis de que se dispõe, o examinado ainda não tiver concluído a figura, não se retira o último lápis,
permitindo-se que conclua o seu desenho com essa mesma cor.
Escreve-se nessa folha a palavra ‘Cópia’, para se poder diferençar da execução seguinte. Anota-se também o
nome do sujeito e a idade (é útil que a data de nascimento seja já um dado conhecido aquando da realização das
entrevistas iniciais). Coloca-se a data em que a prova está a ser realizada.

Tempo de Intervalo
Quando este acaba de desenhar desliga-se o cronómetro e vê-se o Tempo de Execução, que deve ser anotado
na folha em que o sujeito desenhou.
Retiram-se imediatamente da frente do sujeito o modelo e a folha, tendo o cuidado de os guardar não deixando
a figura à vista.
Ao mesmo tempo conta-se discretamente 3 minutos pelo relógio (o objetivo é iniciar ao fim desse tempo a
reprodução por memória). Com os lápis que estão de lado, sempre respeitando a ordem pela qual foram retirados, faz-
se um pequeno risco com cada um num dos cantos dessa folha (para mais tarde se saber a ordem em que foram usados).
Inicia-se então com o sujeito uma pequena conversa adequada ao preenchimento dos 3 minutos que, entretanto,
estão a ser contados. Muitas vezes esta faz algum comentário sobre o desenho que realizou, ou sobre as suas
capacidades para o desenho. Deve ter-se em conta que o tipo de conversa a manter nesse momento não deve
prejudicar a interrupção que dali a momentos se vai ter de fazer, evitando por isso algum assunto mais delicado.

Reprodução por Memória Imediata


Ao fim dos 3 minutos interrompe-se a conversa, e sem aviso prévio, coloca-se rapidamente sobre a mesa uma
nova folha branca formato A5 (esta deve também ser posta horizontalmente à frente do sujeito).
Pede-se-lhe agora que desenhe a figura que desenhou há pouco, o melhor que souber e o mais depressa que
puder. Se o sujeito comentar que não se lembra ou não sabe diz-se que faça o melhor que puder. Não se alimentam
conversas de forma a não prolongar mais o tempo de intervalo.
Procede-se não como da primeira vez, a diferença é que agora a folha do modelo já não é mostrada ao sujeito e
ele deve reproduzir a figura conforme se lembrar.
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Ao entregar os lápis a ordem pela qual se vão dando as cores não deve ser a mesma que se usou da primeira vez,
para evitar que isso possa auxiliar a memorização.
Anotam-se também na folha o Tempo de Execução e a ordem pela qual as cores foram usadas. Escreve-se a
palavra ‘Memória’, o nome do sujeito e a idade. Coloca-se também a data em que a prova está a ser realizada.

Reprodução por Memória Tardia


Quando a memória tardia também é avaliada, solicita-se ao examinando que reproduza a figura novamente após
30 minutos. Neste caso o examinador deve estar atento para não utilizar outros testes com memorização de figuras no
intervalo entre a aplicação da memória imediata e da memória tardia.
O procedimento é idêntico ao anterior, escrevendo-se agora na folha ‘Memória Tardia’.

Cotação
Utiliza-se a Folha de Cotação da Figura (que se encontra na última página deste documento). A cotação dos
Pontos faz-se de acordo com as instruções do Manual, e a atribuição de pontos tem a ver com a correção da execução,
tal que:
o A um elemento da figura que está correta e completamente desenhado e que se encontra no sítio certo atribui-
se o maior número de pontos;
o A um elemento da figura que está correta e completamente desenhado, mas que se encontra no sítio errado,
bem como a um elemento que está incorreta ou incompletamente desenhado, mas que se encontra no sítio
certo, atribui-se um menor número de pontos;
o A um elemento que está ausente da figura atribui-se 0.

Assim, atribuem-se pontos conforme os seguintes casos:


o Figura correta:
҉ Bem colocada – 2 pontos
҉ Mal colocada – 1 ponto
o Distorcida ou incompleta, mas reconhecível:
҉ Bem colocada – 1 ponto
҉ Mal colocada – ½ ponto
o Ausente ou irreconhecível – 0 pontos

Desta forma, para o total dos 18 elementos que compõem a figura, o número mínimo de pontos que se pode
obter é 0, e o número máximo é 36.
A atribuição dos pontos, de forma a cotar segundo os elementos da figura se encontram correta ou
incorretamente reproduzidos, bem ou mal colocados, faz-se tendo em atenção os elementos que compõem a figura e
que estão assinalados (a cores) na tabela abaixo.
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Elementos que Compõem a Figura Complexa de Rey

Análise
A análise da Figura Complexa de Rey resulta da síntese integrada de todos estes aspetos.
1. Verbalizações, Corporalidade e Comportamentos (aspetos qualitativos do comportamento do examinando
durante a situação de prova);
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2. Qualidade da Reprodução - Através da análise percentílica dos Pontos (Cópia e Memória). Este aspeto deve
sempre ser apreciado em conjunto com o seguinte, refletindo a clareza de análise e síntese espaço-percetivas,
associadas à capacidade gráfica de execução motora fina;
3. Rapidez de Reprodução - Através da análise percentílica dos Tempos de Execução (Cópia e Memória). Tal como
o anterior, este aspeto deve sempre ser apreciado em conjunto com esse, sendo sensível a aspetos
comportamentais tais como situações de impulsividade, meticulosidade ou preciosismo;
4. Relação entre a Qualidade e a Rapidez da Reprodução - Entre os percentis dos Pontos e dos Tempos - (Cópia e
Memória)), como compreensão da adequação aos padrões do desenvolvimento grafo-perceptivo relativos às
várias faixas etárias;
5. Relação entre a Cópia e a Memória – Entre os parâmetros acima mencionados, nas figuras executadas nas duas
partes do teste. Deteta fatores tais como capacidades de atenção, análise, estruturação percetiva, e perdas do
rendimento mnésico de cariz patológico;
6. Estratégias de Organização da Informação Percetiva (Função Executiva) - Através dos Tipos de Reprodução,
como formas percetivas de aceder à adequação do desenvolvimento genético-evolutivo;
7. Projeção Corporal - Através da organização do desenho na folha de papel com implicação das coordenadas
espaciais que estruturam o corpo próprio, tendo em atenção os aspetos ligados à organização dos elementos:
esquerda/direita, interior/exterior, em cima/em baixo, como formas de aceder à projeção de uma delimitação
corporal, do espaço, e da lateralidade;
8. Tipo de Erros de Execução – Através das deformações primitivas, como formas de deteção de organicidade ou
psicopatologia.

1 . Verbalizações, Corporalidade e Comportamentos


Aspetos do comportamento do sujeito, no decorrer da prova, que se analisam em conjunto com os restantes
resultados. Assim, entre outros aspetos, deve-se prestar atenção aos seguintes elementos:
o Comentários, exclamações, perguntas, e outras verbalizações;
o Postura física (mais ou menos propícia à facilitação dos movimentos ao desenhar);
o Tensão muscular (mais ou menos facilitadora e que informa sobre a facilitação dos movimentos ao desenhar);
o Coordenação motora fina (grau de habilidade na coordenação interdigital que influencia o processo de escrita);
o Lateralidade (que informa sobre a mão dominante na escrita – lateralidade de uso);
o Presença de sincinesias de imitação (movimentos contra-laterais parasitas que se apresentam durante a escrita
e estão associados a imaturidade psicomotora);
o Outros comportamentos (podem informar sobre aspetos emocionais ou projetivos, e devem ser examinados
em relação aos restantes elementos concomitantes com o momento em que estes se manifestaram).

2. Qualidade da Reprodução (Cópia e Memória)


Faz-se através da observação dos percentis (que se encontram por observação da tabela constante do Manual, e
que estão construídos em relação às diversas idades – a partir dos 4 anos). Assim:
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o Um percentil igual a 50 corresponde à média. Um resultado a que corresponda o percentil 50 é um resultado


de qualidade média;
o Um percentil inferior a 50 corresponde a um resultado inferior à média, portanto, um resultado de qualidade
inferior;
o Um percentil superior a 50 corresponde a um resultado superior à média, portanto, um resultado de qualidade
superior.

3. Rapidez da Reprodução (Cópia e Memória)


Faz-se também através da observação dos percentis (que se encontram também por observação da tabela
respetiva, constante do Manual, e que estão construídos em relação às diversas idades – a partir dos 4 anos). Assim:
o Um percentil igual a 50 corresponde à média. Um tempo a que corresponda o percentil 50 é um resultado que
se encontra dentro da média;
o Um percentil inferior a 50 corresponde a um resultado inferior à média, portanto, o sujeito demorou-se muito
tempo a executar a figura, foi muito lento;
o Um percentil superior a 50 corresponde a um resultado superior à média, portanto, o sujeito demorou-se pouco
tempo a executar a figura, foi muito rápido.

4. Relação entre a Qualidade e a Rapidez da Reprodução (Cópia e Memória)


Faz-se através da comparação dos percentis (anteriormente encontrados e analisados). Assim, pode acontecer:
o Boa Qualidade e Rapidez de Execução – São os resultados de melhor nível;
o Boa Qualidade e Lentidão de Execução – Pode ser devida a meticulosidade, perfeccionismo e/ou a aspetos
defensivos de carácter rígido;
o Má Qualidade e Rapidez de Execução – Pode ser devida a impulsividade, impaciência, dispersão da atenção, ou
dificuldade de concentração.
o Má Qualidade e Lentidão da Execução – Pode ser devida a dificuldades percetivas ou de execução percetiva.

5. Relação entre a Cópia e a Memória


o Cópia e Memória de boa qualidade – A situação mais desejável, nos parâmetros da normalidade, tanto melhor
quanto melhor for a qualidade e a rapidez da execução.
o Cópia melhor que a Memória – Indica dificuldades de memorização que devem ser integradas em conjunto com
os outros aspetos já analisados, devendo ser prestada uma atenção especial à capacidade de atenção e
concentração do sujeito.

Assim, a elaboração percetiva pode ser insuficiente por falta de conhecimentos e de métodos podendo distinguir-
se, entre os sujeitos carentes de instrução, os que apresentam perturbações precoces do desenvolvimento intelectual,
e aqueles em que se pode supor uma diminuição da capacidade de elaboração percetiva, já que anteriormente eram
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capazes de um nível de atividade normal. Noutros casos, é especificamente a reprodução de memória que está alterada,
podendo aí falar-se em deficit mnésico.

6. Estratégias de Organização Percetiva (Função Executiva) - Tipo de Reprodução


Osterrieth analisou os desenhos de acordo com o método utilizado pelo paciente para desenhar, bem como erros
de cópia específicos. Considerando a rapidez da cópia e a precisão dos resultados, identificou 7 tipos diferentes de
formas do sujeito realizar a figura:

1) Tipo I - Construção sobre a Estrutura - O sujeito começa pelo retângulo principal e os detalhes são adicionados em
relação a este;

Exemplo 1 – Construção sobre a Estrutura

2) Tipo II - Detalhes englobados na Estrutura (Tipo Intermédio) - O sujeito inicia com um detalhe ligado ao retângulo
principal, ou faz o retângulo incluindo nele um outro detalhe e depois termina a reprodução do retângulo;

Exemplo 2 – Detalhes Englobados na Estrutura

3) Tipo III - Contorno Geral da Figura - O sujeito começa com o contorno geral da figura, sem diferenciar o retângulo
central e então adiciona os detalhes internos;
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Exemplo 3 – Contorno Geral da Figura

4) Tipo IV - Justaposição de Detalhes - O sujeito realiza justaposição de detalhes um a um, sem uma estrutura
organizada

Exemplo 4 – Justaposição de Detalhes

5) Tipo V - Detalhes sobre Fundo Confuso - O sujeito copia partes do desenho sem nenhuma organização;

Exemplo 5 – Detalhes sobre Fundo Confuso

6) Tipo VI - Redução a um Esquema Familiar - O sujeito substitui o desenho por um objeto semelhante, tal como um
barco ou uma casa, ou uma figura humana;
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Exemplo 6 – Redução a um Esquema Familiar

7) Tipo VII - Reprodução Irreconhecível / Garatuja - O desenho é uma garatuja, na qual não se reconhecem os elementos
do modelo.

Exemplo 7 – Reprodução Irreconhecível / Garatuja

Tipos de Reprodução por Idades


Os Tipos de Reprodução evoluem, segundo Osterrieth, ao largo de três etapas:
o Na primeira etapa, aos 4 anos, domina o tipo V, aparecendo o IV como secundário. A perceção é global e
sintética;
o Na segunda etapa, entre os 5 e os 11 anos, domina o tipo IV, acompanhado de elementos infantis, tais como
deformações por interpretação, desestruturação, repetições, confusões, simplificações, insuficiente execução
gráfica, e outras manifestações infantis. Até aos 7 anos, aparece como secundário tipo III, e, a partir daí, o I e o
II;
o A terceira etapa, a partir dos 10, 12 anos, aparecem apenas como dominantes reproduções do tipo I e II,
surgindo o tipo IV como secundário.
o Adultos - Na amostra de Osterrieth, 83% dos sujeitos do grupo controle de adultos seguiram os procedimentos
do Tipo I e II, 15% o Tipo IV e nenhum usou o Tipo III.
o Crianças - Acima dos 7 anos, nenhuma criança utilizou os Tipos V, VI e VII, e a partir dos 13 anos, mais da metade
das crianças seguiram os Tipos I e II. Nenhuma criança ou adulto produziu o tipo VII.
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7. Projeção Corporal
A organização do desenho sobre a folha de papel implica a utilização das coordenadas espaciais que estruturam
o corpo próprio. Assim, ter-se-á atenção às organizações que implicam estas coordenadas:
o Esquerda / Direita – Implicam a lateralidade do sujeito:
҉ Em relação a si próprio – Observar a correção da correspondência entre os elementos da figura que se
encontram à esquerda e à direita, no modelo e na reprodução; Observar a ordem da reprodução
(através da ordem das cores utilizadas) dos diversos elementos – da esquerda para a direita, ou da
direita para a esquerda;
҉ Em relação ao outro – Observar se a reprodução da figura é executada corretamente ou em espelho. A
esta característica – Reprodução em Espelho – está geralmente associada a reprodução do tipo IV, a
Justaposição de Detalhes. Nestes casos, muitas vezes, o sujeito desenha também os elementos da
figura, da direita para a esquerda.

Exemplo de Reprodução em Espelho

o Interior/Exterior – Existência de delimitação entre o interno e o externo. Importância das reproduções com ou
sem contornos fechados, e à organização dos elementos da figura que pode chegar a apresentar-se caótica,
refletindo estes aspetos características associadas às da integridade ou dispersão/fragmentação da imagem
corporal.
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o Em cima/em baixo – Associada às características da reprodução em espelho.

8. Tipo de Erros de Execução


Devem ser analisadas as formas pelas quais o sujeito errou na reprodução da figura, tendo em conta categorias
mais frequentes de erro verificadas na execução da prova, normais na infância, mas com características patológicas
numa progressão etária, conhecidas como deformações primitivas.
É importante relacionar as deformações com os restantes aspetos da análise da figura, com o propósito de aferir
do seu grau de normatividade, psicopatologia, ou organicidade (possíveis danos neurológicos).
O critério mais lato é o da normalidade do aparecimento de deformações nos traçados de crianças pequenas,
variando a severidade da patologia em função direta da destruturação da figura, com associação de características
psicopatológicas à multiplicidade de elementos interpretativos associados; aspetos instrumentais relacionados com
imaturidade gráfica ou dificuldades de lateralização; aspetos de déficit cognitivo relacionados com simplificações; e
características de organicidade associadas a rotações ou perseveração de elementos, traçados trémulos ou inacabados,
ou dispersão de elementos sofrivelmente reproduzidos enquanto formas individuais mas caoticamente dispostos no
conjunto do traçado.

Deformações Primitivas
1. Deformação por interpretação – Detalhes da figura completados conforme a interpretação do sujeito;
2. Deformação por ausência de estruturação – Acumulação caótica de formas vagas, que podem, contudo,
apresentar-se dentro de uma linha fechada, podendo alguns detalhes estar situados fora da figura;
3. Deformação por repetição – Repetição estereotipada de um elemento da figura;
4. Deformação por faltas de atenção – Confusão total ou parcial de uns elementos da figura com outros,
elementos colocados de forma invertida, rotação de elementos, zonas parciais de elementos da figura que se
intersectam simplificando e confundindo o todo;
5. Deformação por simplificação – Execução reducionista do desenho que é reduzido a uma figura simples, com
escamoteação, alteração ou ausência de alguns dos seus elementos;
6. Deformação por falta de competência gráfica – Aspeto distorcido da figura provocado por tentativas de
correção da forma ou das posições relativas dos elementos da figura que executou.
7. Deformação por tendência para a simetria – Distorção, repetição ou escamoteação de elementos da figura,
devida a uma alteração do traçado geral conducente à simetria do conjunto.

NOTA – A síntese de todos os elementos avaliativos desta prova não deve ser esquecida, pois é a sua integração que
permite a correta contribuição para o diagnóstico do paciente, bem como para o prognóstico final.

Assim, por exemplo, no caso de uma criança de 12 anos, em que a correção da reprodução por cópia seja abaixo
da média (percentil 40), e a da memória se situe num nível ainda inferior (percentil 15), se o tipo de reprodução
empregue for de um nível mais elevado em termos de organização grafo-percetiva (tipo III), este último facto permite
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um prognóstico mais favorável, mesmo em face dos elementos anteriores. Não esquecer, no entanto, que os dados que
esta prova fornece para a avaliação devem ser também, por sua vez, integrados na restante avaliação a que se houver
procedido, e que esta ganha sentido como resposta às hipóteses diagnósticas formuladas perante a história do paciente
até aí elaborada.

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