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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E INSTALAÇÕES

MANUTENÇÃO DE MOTORES

Carlos Eduardo Cenci


João Kleber Golovat
João Paulo Pires
Vinicius Ferreira Batista

SOROCABA/SP
2018
SUMÁRIO

1 PRINCICIO DE FUNCIONAMENTO DE MOTORES ELÉTRICOS ........................... 3


2 ELETROMAGNETISMO ................................................................................................... 4
3 MANUTENÇÃO EM MOTORES ELÉTRICOS .............................................................. 5
3.1 Inspeções periódicas .............................................................................................. 5
3.2 Cuidados com a escova e o comutador ............................................................. 5
3.3 Testes de isolamento dos enrolamentos ........................................................... 6
3.4 Mantenha os motores limpos................................................................................ 6
3.5 Mantenha os motores secos ................................................................................. 6
3.6 Verifique a lubrificação ........................................................................................... 7
3.7 Verifique se há calor, ruído e vibração excessivos ........................................ 7
3.8 Excesso de partidas é a principal causa de falhas nos motores ................ 7
4 GUIAS DE ANÁLISE DE DEFEITOS ............................................................................. 7
4.1 O motor falha na partida......................................................................................... 8
4.2 O motor superaquece.............................................................................................. 9
4.3 Ruído do motor excessivo e vibração .............................................................. 10
4.4 Motor produz um choque elétrico quando tocado ........................................ 11
4.5 A proteção de sobrecarga do motor desarma continuamente .................. 11
5 NORMAS ........................................................................................................................... 12
5.1 NBR 17094-1:2013 - Dimensionamento ............................................................ 12
5.2 NBR IEC 60034-7:2013 - Classificação das formas construtivas e
montagens ........................................................................................................................... 12
5.3 NBR IEC 60034-5:2009 - Graus de proteção proporcionados pelo projeto
completo de máquinas elétricas girantes.................................................................... 12
5.4 NBR 5383-1:2002 - Ensaios.................................................................................. 12
5.5 NBR IEC 60034-9: 2011 - Limites de ruído ....................................................... 12
5.6 NBR 5410:2004 - Proteção e segurança ........................................................... 13
5.7 NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade ................ 13
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 13
7 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 14
1 PRINCICIO DE FUNCIONAMENTO DE
MOTORES ELÉTRICOS

Os motores elétricos são utilizados para converter energia elétrica em


energia mecânica e representam uma das invenções mais úteis na indústria
elétrica, 50% da eletricidade produzida nos Estados Unidos é usada para
alimentar motores. Um motor elétrico funciona com base em magnetismo e
correntes elétricas. Existem dois tipos básicos de categorias de motores: CA e
CC. Estes dois tipos usam as mesmas partes fundamentais, mas com variações
que lhes permitem operar com dois tipos diferentes de fonte de alimentação. O
magnetismo é a força que produz a rotação de um motor. Portanto, antes de
discutir o funcionamento básico do motor, cabe uma breve revisão de
magnetismo. Lembre-se de que um ímã permanente atrai e mantém materiais
magnéticos, como ferro e aço, quando tais objetos estão perto ou em contato
com o ímã. O ímã permanente é capaz de fazer isso por causa de sua força
magnética inerente, denominada campo magnético, podemos visualizar na
Figura 01 abaixo.

Figura 01 - Campo magnético de um ímã permanente em barra

O campo magnético de um ímã permanente em forma de barra é


representado pelas linhas de fluxo. Essas linhas de fluxo ajudam a visualizar o
campo magnético de qualquer ímã, mesmo que, na verdade, representem um
fenômeno invisível. O número de linhas de fluxo varia de um campo magnético
para outro, e quanto mais forte for o campo magnético, maior será o número de
linhas de fluxo. Considera-se que as linhas de fluxo têm um sentido de
movimento do polo N para o S de um ímã, como mostrado no diagrama.

2 ELETROMAGNETISMO

Um tipo semelhante de campo magnético é produzido em torno de um


condutor que transporta corrente. A força do campo magnético é diretamente
proporcional à intensidade da corrente no condutor e tem a forma de círculos
concêntricos em torno do fio. A Figura 02 ilustra o campo magnético em torno de
um condutor retilíneo percorrido por uma corrente.
Existe uma relação entre o sentido da corrente no condutor e o sentido do
campo magnético criado. Conhecida como regra da mão esquerda para o
condutor, ela usa o fluxo de elétrons do negativo para o positivo como a base
para o sentido da corrente. Quando você coloca sua mão esquerda de modo que
seu polegar aponte no sentido do fluxo de elétrons, os dedos curvados apontam
no sentido das linhas de fluxo que circundam o condutor. Quando um condutor
de corrente é enrolado na forma de uma bobina, as linhas de fluxo produzidas
pelas espiras formam um campo magnético mais forte. O campo magnético
produzido por uma bobina que transporta corrente se assemelha ao de um ímã
permanente, tal como acontece com um ímã permanente.

Figura 02 – Campo magnético em torno de um condutor retilíneo

Essas linhas de fluxo deixam o norte da bobina e retornam à bobina pelo


seu polo sul. O campo magnético de uma bobina de fio é muito maior que o
campo magnético em torno do fio antes de ele assumir a forma de uma bobina
e pode ser ainda mais reforçado com a colocação de um núcleo de ferro no
centro da bobina. O núcleo de ferro apresenta menor resistência às linhas de
fluxo do que o ar, aumentando assim a força do campo. É exatamente esta a
forma como uma bobina do estator do motor é construída: utilizando uma bobina
de fio com um núcleo de ferro. A polaridade dos polos de uma bobina inverte
sempre que a corrente através da bobina inverter. Sem este fenômeno, o
funcionamento dos motores elétricos não seria possível.

3 MANUTENÇÃO EM MOTORES ELÉTRICOS

Em geral, os motores são máquinas muito confiáveis que requerem pouca


manutenção. Embora um motor elétrico típico seja um item de baixa
manutenção, ele ainda requer uma manutenção regular para atingir o tempo de
vida útil mais longo possível.

3.1 Inspeções periódicas

Para minimizar problemas em motores é fundamental programar


inspeções de rotina e serviço. Mantenha registros de todas as manutenções
programadas e procedimentos realizados. A frequência e os procedimentos da
manutenção de rotina variam muito entre as aplicações. Os motores devem ser
inspecionados periodicamente quanto a alinhamento do eixo, aperto na fixação
da base do motor e condição da correia e seu tensionamento.

3.2 Cuidados com a escova e o comutador

Para motores CC, remova as tampas e faça verificações no desgaste da


escova, na tensão da mola e no desgaste (ou em marcas) do comutador.
Substitua as escovas se há alguma chance de que elas não vão durar até a
próxima data de inspeção. O comutador deve estar limpo, liso e ter uma
superfície polida de cor castanho onde as escovas deslizam. Observe as
escovas enquanto o motor está funcionando. As escovas devem deslizar
suavemente no comutador com pouca ou nenhuma faísca e não trepidar.
3.3 Testes de isolamento dos enrolamentos

Duas vezes por ano meça a resistência dos enrolamentos e do


enrolamento para o ponto de terra a fim de identificar problemas de isolamento.
Os motores que foram inundados devem ser cuidadosamente limpos e secos
antes de serem energizados. A seguir são apresentados valores mínimos de
resistência de isolamento do motor:

Resistência de isolação para a tensão nominal mínima do motor

600 V e abaixo 1,5 M Ω


2.300 V 3,5 M Ω
4.000 V 5,0 M Ω

3.4 Mantenha os motores limpos

Limpe, escove, aspire ou sopre a sujeira acumulada na armação e nas


passagens de ar do motor. Os motores sujos em funcionamento esquentam
quando a sujeira grossa isola o quadro, e passagens obstruídas reduzem o fluxo
de ar de arrefecimento. O calor diminui a vida útil do isolamento e, finalmente,
provoca falha no motor.

3.5 Mantenha os motores secos

Os motores usados continuamente não são propensos a problemas de


umidade. Esses problemas podem surgir em motores com utilização intermitente
ou que ficam em estado de espera para entrar em operação. Procure colocar o
motor em funcionamento pelo menos algumas horas por semana para eliminar
a umidade. Tenha cuidado para que vapor e água não sejam dirigidos para as
aberturas dos motores à prova de gotejamento.
3.6 Verifique a lubrificação

Lubrifique os motores de acordo com as especificações do fabricante.


Aplique graxas ou óleos de alta qualidade com cuidado para evitar contaminação
por sujeira ou água.

3.7 Verifique se há calor, ruído e vibração excessivos

Verifique a estrutura do motor e os rolamentos quanto a calor excessivo


ou vibração. Ouça com atenção qualquer ruído anormal no motor. Todos indicam
uma possível falha do sistema. Rapidamente identifique e elimine a fonte de
calor, ruído ou vibração.

3.8 Excesso de partidas é a principal causa de falhas nos


motores

O alto fluxo de corrente durante a partida contribui com uma grande


quantidade de calor para o motor. Para motores de 200 hp e abaixo, o tempo de
aceleração máximo que um motor conectado a uma carga de alta inércia pode
tolerar é cerca de 20 segundos. O motor não deve exceder mais do que
aproximadamente 150 “partidas-segundos” por dia.

4 GUIAS DE ANÁLISE DE DEFEITOS

Uma vez determinado que o motor está com defeito, podemos prosseguir
para identificar o problema com o motor. Um guia de análise de defeitos descreve
uma ampla variedade de problemas de motores. Geralmente, as categorias são
dispostas de acordo com os sintomas, oferecendo breves sugestões sobre o que
procurar ao investigar falhas do motor e muitas vezes fornecendo
aconselhamento sobre a forma de resolver o problema, uma vez identificado. As
orientações a seguir são um exemplo de um guia de análise de defeitos que
apresenta sintomas de falhas comuns à maioria dos tipos de motores.
4.1 O motor falha na partida.

Possíveis causas

 Fusível queimado ou disjuntor desarmado.

Verifique a tensão na entrada e na saída do dispositivo de proteção contra


sobre corrente. Se há tensão na entrada, mas não na saída, o fusível está
queimado ou o disjuntor está desarmado. Verifique a especificação do fusível ou
disjuntor. Ele deve ser de pelo menos 125% da corrente do motor a plena carga.

 Relé de sobrecarga do motor desarma na partida.

Permita que o relé de sobrecarga esfrie e rearme-o. Se o motor faz o relé


de sobrecarga abrir depois de um curto período, verifique o motor quanto a
curtos-circuitos e falhas à terra. Verifique a corrente de carga máxima do motor
e compare-a com a configuração do relé de sobrecarga.

 Baixa tensão ou nenhuma tensão aplicada ao motor

Verifique a tensão nos terminais do motor. A tensão deve ser em torno de


10% da indicada na placa de identificação do motor. Determine a causa da baixa
tensão. Suporte de fusível solto e conexões soltas nos terminais da chave
seccionadora ou disjuntor podem resultar em baixa tensão no motor.

 Sobrecarga mecânica

Gire o eixo do motor para ver se a ligação com a carga é o problema.


Verifique se há rolamentos travados. Verifique o entreferro entre o estator e o
rotor. Reduza a carga ou tente operar o motor sem carga aplicada.

 Defeitos nos enrolamentos do motor

Verifique a resistência dos enrolamentos do motor para saber se estão


abertos ou em curto-circuito ou se há uma falha à terra de algum enrolamento.
Uma indicação de infinito no ohmímetro em um conjunto de enrolamentos
significa que algum está aberto em algum lugar, às vezes é em uma extremidade
do enrolamento acessível para o reparo. Um curto-circuito em apenas algumas
espiras do enrolamento, apesar de difícil de detectar, resulta em
sobreaquecimento do motor. Uma maneira de testar um enrolamento em curto-
circuito é comparar a sua leitura da resistência com a de um enrolamento idêntico
reconhecidamente em bom estado.

 Motor queimado

Se um ou mais dos enrolamentos do motor parece enegrecido e cheira a


queimado, é mais provável que ele esteja queimado e precisa ser substituído.

4.2 O motor superaquece

Possíveis causas

 Carga

Uma regra básica é que o motor não deve ficar tão quente que não possa
ser tocado. Verifique a leitura do amperímetro e compare-a com a corrente de
carga máxima do motor. Para uma leitura de corrente maior do que a normal,
reduza a carga ou substitua o motor por um de maior porte.

 Refrigeração insuficiente

Remova qualquer acúmulo de detritos no motor e em torno dele.

 Temperatura ambiente

Temperatura ambiente maior do que o normal. Tome medidas para


melhorar a ventilação do motor e/ou diminuir a temperatura ambiente.
 Rolamentos e alinhamento

Rolamentos ruins ou acoplamento com desalinhamento podem aumentar


o atrito e o calor.

 Fonte de tensão

Se a tensão de funcionamento for muito alta ou muito baixa, o motor


operará a uma temperatura mais elevada. Corrija a tensão para em torno de 10%
da especificação do motor.

4.3 Ruído do motor excessivo e vibração

Possíveis causas

 Rolamentos

Com o motor parado, tente mover delicadamente o eixo para cima e para
baixo a fim de detectar o desgaste do rolamento. Use um estetoscópio para
verificar ruídos nos rolamentos. Quando o cabo de uma chave de fenda é
colocado no ouvido e a lâmina na carcaça do enrolamento, a chave de fenda
amplificará o barulho, como um estetoscópio. Substitua rolamentos desgastados
ou soltos. Substitua o óleo (ou a graxa) sujo ou desgastado.

 Mecanismo de acoplamento

Verifique se o eixo do motor ou carga está torto. Corrija se necessário.


Meça o alinhamento dos acoplamentos. Realinhe se necessário.

 Peças soltas

Aperte todos os componentes soltos no motor e na carga. Verifique os


prendedores do motor e da carga. Mecanismos centrífugos, escovas, anéis de
deslizamento e comutadores podem causar ruído devido ao desgaste e folgas
destes mecanismos.
4.4 Motor produz um choque elétrico quando tocado

Possíveis causas

 Aterramento

O condutor de aterramento do equipamento está partido ou


desconectado. Enrolamento do motor em curto-circuito com a carcaça. Verifique
na caixa de conexões do motor se há conexões frouxas, isolação danificada ou
terminais em contato elétrico com a carcaça.

4.5 A proteção de sobrecarga do motor desarma


continuamente

Possíveis causas

 Carga

Excesso de carga. Verifique se a carga não está presa. Remova a carga


do motor e meça a corrente sem carga. Ela deve ser notavelmente menor do que
a especificação com carga máxima estampada na plaqueta de identificação.

 Temperatura ambiente muito alta

Verifique se o motor está recebendo ar para uma refrigeração adequada.

 Protetor de sobrecarga pode estar com defeito

Substitua o protetor de motor por um com especificação correta.

 Enrolamento em curto-circuito ou aterrado

Inspecione os enrolamentos quanto a defeitos e fios soltos ou cortes que


podem criar um caminho para a terra.
5 NORMAS

5.1 NBR 17094-1:2013 - Dimensionamento

Esta Norma fixa os requisitos básicos a serem atendidos pelos motores


de indução.

5.2 NBR IEC 60034-7:2013 - Classificação das formas


construtivas e montagens

Esta Norma especifica a classificação dos tipos de construção, sistemas


de montagem e posição da caixa de ligações de máquinas elétricas rotativas.

5.3 NBR IEC 60034-5:2009 - Graus de proteção


proporcionados pelo projeto completo de máquinas elétricas girantes

Esta Norma se aplica à classificação de graus de proteção providos por


invólucros de máquinas elétricas girantes. Ela define os requisitos para
invólucros de proteção que são, em todos os aspectos, adequados para
aplicação pretendida e a qual, do ponto de vista de materiais e mão-de-obra,
assegura que as propriedades definidas nesta Norma são mantidas sob
condições normais de utilização.

5.4 NBR 5383-1:2002 - Ensaios

Esta Norma prescreve os ensaios aplicáveis para a determinação das


características de desempenho de motores de indução trifásico e verificação de
sua conformidade com a ABNT NBR 7094.

5.5 NBR IEC 60034-9: 2011 - Limites de ruído

Esta parte da ABNT NBR IEC 60034 especifica métodos de ensaio para
a determinação do nível de potência sonora de máquinas elétricas girantes.
5.6 NBR 5410:2004 - Proteção e segurança

Norma que rege os procedimentos com foco na proteção e segurança das


instalações, de forma a serem evitados choques elétricos fatais e aquecimentos
perigosos. Aborda a especificação completa de quadros terminais de
distribuição, respectivos alimentadores e as exigências de segurança da NR 10.

5.7 NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em


Eletricidade

A Norma Regulamentadora 10 – Segurança em Instalações e Serviços


em Eletricidade, possui como objetivo regulamentar quanto a segurança dos
serviços que de algum modo envolvam a eletricidade. Assim fazendo, essa
norma também tem como responsabilidade garantir a saúde, a segurança e a
integridade física dos profissionais que estão envolvidos de forma direta ou
indireta na prestação desse tipo de atividades e serviços.

6 CONCLUSÃO

Podemos verificar que a manutenção dos motores elétricos é um dos


pontos chaves para um alto rendimento e vida útil do equipamento. Realiza-la de
forma correta e eficaz só trará benefícios. Em partes resume-se em um inspeção
periódica quanto aos níveis de isolamento, elevação de temperatura, desgastes
excessivos, correta lubrificação dos rolamentos e eventuais exames visuais. A
frequência com que devem ser feitas as inspeções, dependerá do tipo de motor
e das condições do local de instalação do motor, toda e qualquer manutenção
deve ser amparada pelas normas informadas no tópico 5 deste relatório.
7 BIBLIOGRAFIA

Frank D. Petruzella. Motores Elétricos e Acionamentos. 1 ed. Porto


Alegre, 2013.
Bim Edson. Maquinas Elétricas e Acionamentos. 3 ed. Rio de Janeiro,
2012.
<http://www.abntcatalogo.com.br> Acesso em: 03 de Abril de 2018.

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