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1.1 Introdução.
O termo Anatomia é a ciência das estruturas e as relações entre as estruturas e Fisiologia é a ciência do
funcionamento do corpo, ou seja, como o corpo funciona. Função nunca pode ser separada inteiramente de
estrutura, entende-se melhor o corpo humano estudando anatomia e fisiologia juntos. As estruturas que formam o
corpo humano podem se organizar em diversos níveis, que podem ser: químico, celular, histológico (tecidos),
órgãos, sistemas e organismo.
1.3 Homeostase.
A homeostase é manutenção relativamente estável do corpo, permitindo que o ambiente interno do corpo
permaneça constante, mesmo que frentes a mudanças internas e externas do corpo. Uma boa parte do ambiente
interno consiste do líquido ao redor da célula, chamada de fluido intersticial. O volume, temperatura e
constituição de um fluido de células, são chamadas de Variáveis. Isto porque, seus valores flutuam dentro de
limites mínimos e máximos. É o que chamamos de equilíbrio dinâmico. Para mantermos a temperatura do corpo
constante utilizamos mecanismos de como o suor e o tremor. Outro exemplo é o nível de glicose no sangue que
também varia durante o dia, alto depois das refeições e baixo ao se passar algumas horas sem alimentação.
O controle da homeostase do corpo inicia pela comunicação dentro do corpo. Os sistemas envolvidos nestas
comunicações são o sistema nervoso e o sistema endócrino. Quando a temperatura corporal sobe, impulsos
nervosos fazem as glândulas sudoríparas liberarem mais suor. Já quando a glicose sobe muito, o pâncreas produz
o hormônio insulina para diminuir o nível de glicose no sangue.
O mecanismo de retroalimentação ou feedback é bastante utilizado para manter a homeostase. Os
componentes básicos de um mecanismo de retroalimentação são: Um receptor, um centro de controle e um efetor.
O receptor é uma estrutura do corpo que monitora as mudanças na homeostase e envia informações
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chamada de Entrada para o centro de controle. O centro de controle é uma célula, um órgão que avalia as
informações de Entrada e gera informações de Saída. O efetor receber as informações de saída do centro de
controle e produz uma resposta para retorno do estado de homeostase.
A retroalimentação pode ser negativa ou positiva. Um exemplo de retroalimentação negativa é a pressão
sanguínea. Neste caso, quando o coração bate mais rápido ou mais vigoroso a pressão sanguínea sobe. Nervos
sensíveis a mudanças na pressão chamados por Barorreceptores (receptor) estão localizados em certos vasos
sanguíneos enviam sinais de Entrada para o cérebro (centro de controle) que interpreta os impulsos e envia
sinais de Saída, os impulsos nervosos, que chegam ao coração (efetor) diminuindo as batidas do coração.
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A retroalimentação positiva aumenta o estímulo inicial que quebra a homeostase. Isto ocorre em eventos
que não frequentemente como parto, ovulação, coagulação sanguínea. Como a retroalimentação positiva aumenta
o estímulo que rompe a homeostase, ele deve ser desligado por um mecanismo externo a retroalimentação
positiva.
o plano sagital e transversal. Ao se estudar uma região do corpo, geralmente, se vê em seções. As seções são
cortes nos planos acimas descrito
(osso) até a coluna vertebral, e da primeira costela até ao diafragma, contendo todos os órgãos torácicos (coração,
esôfago, traqueia e vasos sanguíneos de grosso calibre), exceto os pulmões.
O diafragma é um músculo em forma de cúpula que separa a cavidade torácica da cavidade
abdominopélvica e auxilia na respiração. A cavidade abdominopélvica se estende do diafragma até a virilha.
Divide-se me duas partes. A porção superior é a cavidade abdominal e contém o estômago, baço, fígado, vesícula
biliar, intestino delgado e a maio parte do intestino grosso.
A cavidade pélvica possui a bexiga urinária, parte do intestino grosso e os órgãos do sistema reprodutor. Os
órgãos da cavidade torácica e abdominopélvica são chamadas de vísceras. Uma camada dupla fina e deslizante
que recobre as vísceras na cavidade torácica e abdominal, a membrana serosa.
A membrana serosa possui a camada parietal, próximo a parede das cavidades e a camada visceral que se
adere às vísceras. Entre as duas camadas, existe um líquido lubrificante, o fluido seroso. Este líquido serve para
reduzir o atrito, fazendo com que as vísceras deslizem durante os movimentos, como quando os pulmões inflam e
desinflam durante a respiração.
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Referências
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 5 ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 989p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
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2 Células Animais
2.1 Introdução.
O corpo humano é formado por 200 tipos diferentes de células. Cada célula é uma unidade estrutural e
funcional, representando a menor parte viva do corpo. Todas provêm de uma célula pré existente pelo processo de
divisão celular. A biologia celular estuda a estrutura e função das células. Uma célula animal é composta por 3
partes fundamentais: A membrana celular (plasmalema), citoplasma e núcleo.
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O transporte de substâncias através das células poder sem o gasto de energia, o transporte passivo, ou com
gasto de energia, o transporte ativo. O transporte passivo pode ser: difusão simples, difusão facilitada e osmose.
Na difusão simples, as substâncias solúveis na bicamada lipídica (oxigênio, gás carbônico, nitrogênio,
ácidos graxos, esteroides e vitaminas lipossolúveis) entram ou saem da célula a favor de um gradiente de
concentração. Na difusão facilitada, as substâncias também movem a favor de um gradiente de concentração,
mas utilizam transportadores para facilitar a sua entrada ou saída.como exemplo temos: canais de cálcio, canis de
cloro, canais de potássio, canais de sódio, transportadores de glicose, frutose, galactose e algumas vitaminas.
Na osmose, o movimento através da membrana é a água (solvente) e move-se de um meio de alta
concentração do solvente para um de baixa concentração, ou de um meio hipotônico para um meio hipertônico. A
água a travessa a membrana células por dois lugares: através da bicamada lipídica ou pela ajuda de proteínas
integrais chamadas de canal de água.
O transporte ativo é um processo que requer a utilização de energia e ocorre contra um gradiente de
concentração. O maior exemplo de transporte ativo é a bomba de sódio (Na +) e potássio (K+). Todas as células
possuem a bomba de Na+ e K+ mantém o nível de Na+ baixo bombeando-o para o meio extracelular. Ao mesmo
tempo, bombeia K+ para o interior das células, que ocorre contra um gradiente de concentração. Isto é crucial para
manter o balanço osmótico dos dois fluidos (intracelular e extracelular) e está envolvida no impulso nervoso.
Outro tipo de transporte ativo é o transporte por vesículas. A vesícula é uma pequena bolsa que brota
externamente da membrana celular. Pode obter substâncias do meio extracelular ou liberar substâncias para o
mesmo. Isto requer gasto de energia. Os 2 tipos principais são a endocitose (entra na célula) e exocitose (sai da
célula). Um exemplo de endocitose é a fagocitose, onde prolongamentos da membrana celular, os pseudópodes,
envolvem uma partícula sólida, e a pinocitose, onde são ingeridas gotas líquidas do fluido extracelular. A
exocitose é contrário da endocitose. O material liberado pela exocitose é chamado de secreção.
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2.5 Citoplasma.
O citoplasma é o fluido intracelular onde estão localizadas as organelas citoplasmáticas. A sua composição
é variável, dependendo do tipo celular. Estendendo-se pelo citoplasma existe o citoesqueleto, que é uma rede de
filamentos proteicos: os microfilamentos, filamentos intermediários e os microtúbulos.
Os microfilamentos são os menores componentes do citoesqueleto. Podem ser encontrados na periferia da
célula contribuindo para sustentação e forma das células. Auxiliam no movimento celular. Os filamentos
intermediários são encontrados em partes das células sujeitas a tensão, ajudam a manter organelas em seus
lugares. Os microtúbulos são longos e ocos, auxiliam na forma das células, movimento das organelas, e migração
dos cromossomos durante a divisão celular e ainda no movimento de cílios e flagelos.
As organelas citoplasmáticas incluem: o centrossomo (formação de microtúbulos, cílios, flagelos e fuso
mitótico na divisão celular); ribossomos (síntese de proteínas); retículo endoplasmático liso (transporte de
substâncias, síntese de ácidos graxos e esteroides); retículo endoplasmático rugoso(síntese de proteínas,
glicoproteínas e fosfolipídios); complexo de Golgi (modifica, separa e transporta proteínas; secreção); Lisossomo
(digestão celular, autofagia, autólise); peroxissomos (decompõe água oxigenada); mitocôndria (respiração
celular).
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Fonte: MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1100p.
2.6 Núcleo.
O núcleo da célula pode ser esfério ou oval e é o centro de controle da célula. A maioria das células possui
núcleo, com algumas exceções, como a hemácia madura (glóbulo vermelho do sangue). Outras como as células do
músculo esquelético tem várias.
A sua estrutura consiste de uma membrana dupla chamada de envoltório nuclear ou carioteca, que separa
o núcleo do citoplasma. Ambas, as membranas do envelope nuclear são semelhantes a membrana celular com uma
bicamada lipídica e proteínas. A membrana mais externa se continua com o retículo endoplasmático rugoso e se
assemelha em estrutura a este último. O envoltório nuclear possui numerosos poros chamados de poros nucleares
que controla o movimento de entrada e saída das substâncias no núcleo celular.
Internamente, o núcleo possui um fluido chamado nucleoplasma onde estão mergulhados o nucléolo e os
cromossomos. O nucléolo é uma estrutura onde estão sendo sintetizados os componentes para formas os
ribossomos.
Os cromossomos são filamentos de DNA (ácido desoxirribonucleico) e proteínas entrelaçados. Neles estão
contidos os nossos genes (fragmentos de DNA que codificam a síntese de proteínas e RNA (ácido ribonucleico)).
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Os genes determinam como nossas células funcionam, que por sua vez, influencia como nosso corpo funciona, e
determinando nossas características hereditárias. A espécia humana possui 46 cromossomos, que estão
organizados em 23 pares. Cada par possui cromossomos iguais (mesmos genes), sendo um herdado da mãe e outro
do pai. Toda a informação genética de uma célula é chamada de genoma.
A fase mitótica consiste na divisão celular chamada de mitose, que se caracteriza pela divisão do núcleo
seguida pela divisão do citoplasma, a citocinese. A mitose apresenta 4 fases: A prófase, metáfase, anáfase e
telófase.
Na prófase, as fibras de cromatinas se condensam (se enrolam) e se encurtam passando a ser chamados de
cromossomos. Estes se pareiam em cromossomos homólogos (pares de cromossomos que expressam o mesmo
gene) e uma região constrita segura as duas cromátides, o centrômero. Então, forma-se o fuso mitótico a partir dos
centríolos. O fuso é formado por microtúbulos que se prologam para extremidades opostas da célula. Finalmente,
a carioteca e o nucléolo desaparecem.
A metáfase se caracteriza pelo alinhamento do par de cromossomos homólogos no centro da célula. A
região central é chamada de placa metafásica. Na anáfase, os centrômeros se dividem, separando as cromátides,
que então se movem para os polos opostos da célula. Os cromossomos ao serem puxados pelo fuso mitótico
adquirem a forma da letra V.
Na telófase, o movimento dos cromossomos para e eles se desenrolam, se alongam formando a cromatina.
Ao mesmo tempo, a carioteca e o nucléolo se formam. O fuso mitótico desaparece e finalmente ocorre a
citocinese. Na citocinese, forma-se uma depressão na membrana celular no meio da célula, e se estendendo para o
centro da célula. Isto cria uma constrição como um cinto que eventualmente vão se separar em 2 células filhas.
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Referências.
MARIEB, E.N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
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3 Histologia Animal
3.1 Introdução
Os seres vivos dentro dos níveis de organização vão de níveis mais simples até aos níveis mais complexos.
Todos os seres vivos são formados por átomos, estes se organizam e formam as moléculas. As moléculas
interagem entre si de uma maneira estrutural e funcional construindo as células. As células se organizam em
grupos e adquirem formas e funções específicas dando origem aos tecidos. Os tecidos se agrupam formandos
órgãos, estes se agrupam em sistemas e finalmente o conjunto de todos os sistemas formam um ser vivo.
Os tecidos biológicos se dividem em 4 tipos básicos: Tecido epitelial ou epitélio; Tecido conjuntivo,
Tecido muscular e Tecido nervoso. Estes podem se dividir em subtipos, os quais serão descritos posteriormente.
O primeiro a ser estudado é o tecido epitelial, Este é um avascular que recobrem a superfície externa do corpo,
cavidade, incluindo vasos sanguíneos, ductos do corpo que se comunica com o exterior tais quais tratos
geniturinários, digestivo e respiratório.
As funções da lâmina basal são: estrutural, filtração de moléculas, a polaridade as células, regulam a
proliferação e diferenciação celular, estão envolvidas no metabolismo celular, organiza as proteínas das
membranas celulares das células adjacentes e dão caminho e suporte a migração celular. As fibras reticulares do
tecido conjuntivo, as vezes, se associam a lâmina basal. Este conjunto de fibras reticulares é o que chamados de
lâmina reticular.
As células epiteliais são bastante unidas entre si através das junções celulares. Estas junções podem
ser de adesão no sentido ápico-basal (de cima para baixo) (zônula de oclusão, zônula de adesão, desmossomos e
hemidesmossomos). As zônulas de oclusão ou junções estreitas é responsável pela adesão da membrana celular
das células adjacentes vedando o espaço intercelular. A sua estrutura consiste de proteínas transmembranas de
células vizinhas que se juntam no meio intercelular, formando uma rede com aspecto de linhas e sulcos. As
zônulas de adesão circunda toda a célula. Ela possui filamentos de actina inseridos placas de proteínas na
membrana celular com um aspecto de rede de fios.
O desmossomo ou mácula de adesão é uma estrutura em forma de disco presente nas membranas celulares
de células adjacentes. No lado voltado para o citoplasma das membranas celulares, há uma placa de circular de
proteínas chamada placa de ancoragem. Estas membranas são retas e paralelas entre si. Filamentos intermediários
de queratina se inserem no disco de ancoragem das células adjacentes, empurrando uma placa contra outra unindo
as células. Os hemidesmossomos são desmossomos que unem a superfície basal das células epiteliais com sua
lâmina basal, e a sua estrutura consiste de uma metade de um desmossomo.
Outro tipo de junções são aquelas que permitem a comunicação entre duas células como as Junções
comunicantes ou junções gap. Elas existem em várias lugares da superfície lateral das células epiteliais.
Estruturalmente consiste em por proteínas chamadas conexinas. Estas formam um hexâmero chamado conexon
que no seu interior existe um poro hidrofílico em ambas membranas de células adjacentes.
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A superfície das células epiteliais possui modificações para aumentar a sua superfície ou mover partículas.
Estas especializações são: Microvilos, esterocílios e cílios e flagelos. Os microvilos ou microvilosidades são
projeções do citoplasma e da membrana celular, que podem longas ou curtas em forma de dedos consistindo de
projeções de filamentos de actina ancoradas numa rede de fibras de actina chamada de rede terminal, e em células
absortivas o glicocálice é mais espesso do que nas outras células. O conjunto microvilos e glicocálice é visto
facilmente ao microscópio óptico sendo chamado de borda em escova ou borda estriada. Presentes
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Existem dois tipos de epitélios, o epitélio de revestimento e epitélio glandular. Obviamente, esta divisão
não é tão clara, pois há epitélios de revestimento que secretam como epitélio do estômago ou ocorre algumas
células glandulares espalhadas pelo epitélio de revestimento como células mucosas no intestino delgado e na
traquéia.
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O epitélio de revestimento recobre a superfície do corpo ou reveste as cavidades do corpo. Estes epitélios
podem possuir somente uma camada de célula, sendo chamado de epitélio simples, ou possuir várias camadas de
células, o epitélio estratificado, ou ainda possuir uma única camada de células que ao se organizarem parecem
possuir várias camadas, o epitélio pseudoestratificado.
Baseado na forma das células epiteliais, também podemos classificar o epitélio simples em pavimentoso e
cúbico, e o epitélio estratificado em pavimentoso, cúbico, prismático ou de transição de acordo com a forma das
células da camada mais superficial.
No ser humano, o epitélio da pele é o epitélio pavimentoso estratificado queratinizado e das mucosas
(da boca, esôfago e vagina) é o epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. O epitélio estratificado
colunar é raro e só encontrado na conjuntiva ocular e nos ductos excretores das glândulas salivares.
O epitélio de transição reveste a bexiga urinária, o ureter e parte superior da uretra, neste tipo de tecido a
forma das células muda de acordo com o grau de distensão da bexiga. O epitélio pseudoestratificado ocorre no
epitélio de revestimento da cavidade nasal, dos brônquios e da traquéia.
As células neuroepiteliais constituem os epitélios com funções sensoriais, como as papilas gustativas e
mucosa olfatória. As células mioepiteliais são ramificadas e possuem miosina e filamentos de actina com
capacidade de contração, são encontradas nas porções secretoras das glândulas mamárias, sudoríparas e salivares.
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Os epitélios glandulares são constituídos por células especializadas em secreção. As células glandulares
podem sintetizar, armazenar e secretar proteínas (pâncreas), lipídios (adrenal e glândulas sebáceas), ou complexos
de carboidratos e proteínas (glândulas salivares). As glândulas mamárias secretam todos os três tipos de
substâncias. Contudo, as glândulas sudoríparas têm baixa atividade sintética e secretam substâncias do sangue.
Os tipos de epitélios glandulares podem ser desde de glândulas unicelulares, geralmente isoladas e
glândulas multicelulares formada por grupamentos de células. As células caliciformes, produtoras de muco,
presentes no trato digestivo e respiratório dos vertebrados é bom exemplo de célula unicelular.
Glândulas, no período fetal, formam-se a partir de epitélios de revestimento na qual as células
proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente. As glândulas se classificam em três tipos principais, as
glândulas exócrinas, endócrinas e mistas.
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As glândulas exócrinas se caracterizam por secretar seus produtos diretamente na superfície do epitélio ou
através de ductos que as conduzem até a superfície. Diferentemente, as glândulas endócrinas perderam o sistema
de ductos, por isso seus produtos são lançados no sangue e transportados ate a célula-alvo, por exemplos, as
glândulas como hipófise, adrenal, tireóie e etc. As glândulas mistas possuem uma porção exócrina e uma porção
endócrina. Por exemplo, o pâncreas, o qual produz o suco pancreático (exócrina) e endócrina (insulina).
Em relação ao mecanismo de secreção das glândulas exócrinas podemos observar três tipos: Secreção
merócrina, em que o produto da secreção é eliminado por vesículas de exocitose, por exemplo nas células
acinosas pancreáticas. Na secreção apócrina, o produto é secretado junto aparte apical da célula, que
imediatamente se regenera, por exemplo nas glândulas mamárias, glândulas ciliares das pálpebras e glândulas
ceruminosas do canal auditivo externo. Na secreção holócrina o produto é secretado junto com célula já morta,
por exemplo as glândulas sebáceas e nas glândulas tarsal da pálpebra.
Em algumas células epiteliais, secretam substâncias que não atingem a corrente sanguínea. Mas, afetam
células no mesmo tecido ou o tecido conjuntivo subjacente, estas glândulas são chamadas de parácrinas. Como
exemplos temos as citocinas.
As glândulas exócrinas também podem ser classificadas pelo padrão de organização dos seus ductos.
Podem ser simples quando há só um ducto não ramificado, e se for ramificado é denominada de composta. Se a
porção secretória tem a forma de um tubo, é chamada de tubular; se possuir a forma de um frasco é dita alveolar
ou acinosa, e se o ducto terminar como uma dilatação como um saco e chamada de túbuloalveolar.
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As funções do tecido conjuntivo incluem: função estrutural, reserva de hormônios, troca de material entre
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as células e o sangue. O tipo de tecido conjuntivo é determinado pela variação na composição e na quantidade de
seus três componentes.
O primeiro componente a ser descrito será as células do tecido conjuntivo. Estas células podem ser
produzidas localmente e permanecerem no tecido ou virem de outros territórios e habitar temporariamente o
tecido. As células do tecido conjuntivo são: Fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, células adiposas
e leucócitos.
Os fibroblastos são responsáveis pela síntese de fibras de colágeno, elástica e reticular. Além de
glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas. Produzem também fatores de crescimento, que controlam o
crescimento e a diferenciação celular. Elas são as células mais comuns e modulam a sua atividade metabólica;
Quando as células estão em intensa atividade são chamadas de fibroblastos e células metabolicamente quiescentes
são chamadas de fibrócitos.
Macrófagos são células fagocitárias que ajudam o sistema imune. A origem dos macrófagos começa na
medula óssea vermelha que então passa para o sangue e é chamado de monócito. Este por sua vez, cruza a parede
dos capilares e penetram no tecido conjuntivo, onde amadurecem e adquirem características morfológicas de
macrófagos.
Os mastócitos são produzidos na medula óssea vermelha e migram através dos capilares até o tecido
conjuntivo. Também esta relacionado ao sistema imune e envolvido nos processos de inflamação e anafilaxia.
Plasmócitos tem a mesma origem das outras duas células citadas e migram somente em locais de penetração de
bactérias e proteínas estranhas e sendo abundantes nas inflamações crônicas. As células adiposas são células
especializadas em armazenar triglicerídeos e formam o tecido adiposo. Os leucócitos são constituintes normais do
sangue e oriundos do sangue. Eles são especializados na defesa do corpo.
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As fibras do tecido conjuntivo são formadas por proteínas que se polimerizam em estruturas muito
alongadas. Existem três tipos principais de fibras: fibras colágenas, reticulares e elásticas. As fibras colágenas e
reticulares são formadas pela proteína colágeno, e as fibras elásticas são formadas principalmente pela proteína
elastina.
O colágeno é a proteína mais abundante do organismo. Os colágenos dos vertebrados constituem uma
família de proteínas produzidas por diferentes tipos de células. Existem pelos vinte tipos de proteína colágeno. As
principais são: o colágeno tipo I mais abundante, presente na pele, osso, tendão e dentina. Fornece principalmente
resistência a tensão. O colágeno do tipo II e XI presente nas cartilagens e com função de resistência a pressão. O
colágeno do tipo IV presente nas lâminas basais da epiderme com função de filtração.
As fibras reticulares são formadas na sua maioria por colágeno do tipo III. Elas são finas e formam uma
rede em certos órgãos. Estão presentes no músculo liso, endoneuro, trabéculas dos órgãos hematopoéticos como
baço, nódulos linfáticos e medula óssea vermelha. O sistema elástico é formado pelas fibras oxitalânica,
elaunínica e elástica. Elas formam uma rede e podem ser encontradas na derme e glândulas sudoríparas. A
substância fundamental é formada por uma mistura hidratada de moléculas aniônicas, como
glicosaminoglicanas e proteoglicanas, e glicoproteínas multiadesivas.
Os tipos de tecidos conjuntivos podem ser: tecido conjuntivo propriamente dito (frouxo e denso) e tecido
conjuntivo especializado (tecido cartilaginoso, tecido adiposo, tecido ósseo, tecido sanguíneo).
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O tecido conjuntivo frouxo suporta tecidos sujeitos a pressão e atritos pequenos. Ele preenche espaços entre
células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos sanguíneos. O tecido
conjuntivo frouxo contém todos os componentes do tecido conjuntivo, e não há predominância de qualquer
componente.
O tecido conjuntivo denso fornece mais proteção e resistência aos tecidos. E formado pelos mesmos
componentes do tecido conjuntivo frouxo, mas existem menor número de células e há predominância de fibras
colágenas. O tecido conjuntivo denso é menos flexível e mais resistente do que o tecido conjuntivo frouxo. O
tecido conjuntivo denso pode ser modelado e não modelado. O não modelado ocorre quando as fibras colágenas
são organizadas sem uma orientação definida. O que promove resistência a tração exercida em qualquer direção.
Encontrado na derme profunda da pele.
O denso modelado apresenta feixes de colágenos paralelos entre si e alinhados com os fibroblastos. Isto
ocorreu em resposta as forças de tração num só sentido. Podemos encontrar nos tendões. O tecido é elástico e
formado por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. Entre as quais encontra-se fibras colágenas e
fibroblastos. No corpo humano pode ser encontrado na coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.
Tecido reticular forma uma rede que suporta alguns órgãos. Constitui-se por fibras reticulares associadas a
fibroblastos especializados chamados de células reticulares. O resultado desta associação forma uma estrutura
trabeculada parecida com uma esponja, dentro da qual célula e fluidos se movem livremente.
Tecido mucoso possui uma consistência gelatinosa devido a predominância de ácido hialurônico com
poucas fibras na matriz fundamental. É o principal componente do cordão umbilical.
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O primeiro tecido conjuntivo especializado é tecido adiposo. Este tecido possui as seguintes funções:
Armazena energia em forma de triglicerídeos, serve de coxins para evitar impacto como na palma da mão, serve
como isolante térmico, possui atividade secretora de hormônio como adiponectina e leptina e modela o corpo.
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O tecido adiposo pode ser: Adiposo multilocular ou marrom, devido a presença de grande quantidade e
mitocôndrias, encontrado em recém-nascidos e serve como isolante térmico. A medida que se cresce o tecido
marrom é substituído por tecido adiposo unilocular ou amarelo rico em triglicerídeos. A célula que formam o
tecido adiposo é chamada de célula adiposa ou adipócito.
Os triglicerídeos são obtidos pela alimentação, sintetizados no fígado e produzidos pelo adipócitos a partir
do açúcar. Estes fornecem 9,3 Kcal/g, enquanto o glicogênio fornece 4,1 Kcal/g. A quantidade de triglicerídeos se
renovam continuamente e o tecido adiposo é influenciado por estímulos nervosos e hormonais.
O tecido adiposo unilocular possui uma coloração de branco a amarelo-escuro, isto devido ao acúmulo de
carotenos dissolvidos nas gotículas de gordura. Ele forma o panículo adiposo localizado abaixo da pele. No
recém-nascidos é uniformemente distribuído, com a idade desaparece em certas áreas e desenvolve-se em outras.
O padrão da distribuição depende dos hormônios sexuais e pelos hormônios da camada cortical da glândula
adrenal.
O tecido adiposo multilocular possui uma coloração parda ou marrom, esta cor se deve a grande
vascularização e a presença de numerosas mitocôndrias. No feto e no recém-nascido, o tecido adiposo
multilocular possui uma localização específica. Este tecido é presente nos animais que hibernam e ao ser
estimulado acelera a lipólise e oxidação de ácidos graxos produzindo calor.
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O tecido cartilaginoso é um tecido de consistência rígida formada por células denominadas condrócitos.
Apresentam função de suporte de tecidos moles, revestimento das superfícies articulares, atua no crescimento dos
ossos longos. Este tecido não possui vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Geralmente, ele é envolvido por
uma bainha, o pericôndrio, com exceção nas articulações e na cartilagem fibrosa.
Existem 3 tipos de cartilagem: A cartilagem hialina rica em colágeno do tipo II, a cartilagem elástica com
grande quantidade de fibras elásticas e pouco colágeno do tipo II. A cartilagem fibrosa é abundante em colágeno
do tipo I. A cartilagem hialina é mais abundante do corpo humano. Ela forma o disco epifisário nos ossos que está
envolvido no crescimento em extensão dos ossos longos. Pode ser encontrado nas fossas nasais, traquéia,
brônquios, costelas e superfície articular. Esta cartilagem hialina é envolvida por pericôndrio, o qual é responsável
pela nutrição, oxigenação e eliminação de excretas.
Os condrócitos produzem colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas, e são influenciados pelos hormônios
tiroxina (tireóide) e testosterona (testículo). O hormônio do crescimento estimula a produção de somatomedina no
fígado, que por sua vez, estimula o crescimento das cartilagens.
A cartilagem elástica está presente no pavilhão auditivo, tuba auditiva, epiglote e laringe. A cartilagem
fibrosa é encontrada nos discos intervertebrais, tendões e ligamentos da sínfise pubiana, possui substância
fundamental escassa.
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Obs.: Os tecidos ósseos, muscular e nervoso serão estudados, respectivamente, nos sistemas esqueléticos,
muscular e nervoso.
Referências
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12.ed,. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. 556p.
ROSS, M.H.; PAULINA, W. Histology: a text and atlas: with correlated cell and molecular biology. 7th. Edition.
Philadelphia: Wolters Kluwer Health. 2016.1002p.
MESCHER, A.L. Junqueira's Basic Histology. 13th. Edtion. New York:McGraw-Hill Education. 2013. 559p.
43
4 Sistema Tegumentário
4.1 Introdução.
O sistema tegumentário ou tegumento é formado pela pele e seus anexos: pelo, unhas, glândulas
sudoríparas, glândulas mamárias e pelas mucosas. A pele é o maior órgão do corpo humano com uma área de 2
metros quadrados e pesa de 4 a 5 kg. Ela é uma cobertura a prova d'água, se estica, lavável que automaticamente
repara pequenos cortes, abrasões e queimaduras.
O tegumento recobre toda a superfície do corpo, incluindo a superfície dos olhos, membranas timpânicas,
narinas, lábios, ânus, abertura uretral, forra o sistema respiratório, digestivo, urinário e reprodutor.
A estrutura dos pêlos consiste um fio de células epidérmicas queratinizadas fundidas com duas regiões: a
46
raiz e a haste. A haste é porção superficial que se projeta acima da superfície da pele. A raiz é a porção mais
abaixo e penetra na derme e as vezes na hipoderme. Ao redor da raiz está o folículo piloso composto por duas
camadas de células epidérmicas, a externa e a interna, estas por sua vez estão envolvidas por uma camada de
tecido conjuntivo.
Ao redor de cada folículo piloso estão terminações nervosas, o plexo da raiz do pelo. A base do folículo
forma um alargamento, o bulbo. No bulbo podemos encontrar a papila do pelo, que contém muitos vasos
sanguíneos e provém nutrientes para o crescimento dos pelos. Também podem os encontrar a matriz do pelo, que
produz novos pelos por divisão celular quando os pelos mais velhos caem.
Associados aos pelos temos: as glândulas sebáceas e o músculo eretor do pelo. As glândulas sebáceas
produzem uma substância oleaginosa, o sebo, que evita o pelo de dissecar, evita a perda de água pela pele, evita o
crescimento de certas bactérias.
As glândulas sudoríparas produzem os suor que é liberado no folículo piloso ou na pele através de poros.
Possuem 2 tipos de glândulas sudoríparas: Écrina e Apócrina. As écrinas são as mais comuns, distribuídas pela
pele da maioria das regiões principalmente da testa, palmas das mãos e sola dos pés. A porção secretória está
localizada mais profundamente na derme, as vezes na camada subcutânea. O duto se estende pela derme e
epiderme e termina como um poro na superfície da epiderme.
As glândulas écrinas produzem cerca de 600ml de suor, que consiste de água, íons de Na e Cl, uréia, ácido
úrico, amônia, amino ácidos, glicose e ácido lático. A principal função da glândula écrina é regular a temperatura
corporal pela evaporação do suor, que libera calor ao fazê-lo.
As glândulas apócrinas são encontradas principalmente na pele da axila, virilha, aréola das mamas, na
barba de homens adultos. A porção secretória está na camada subcutânea e o duto excretor abre no folículo piloso.
A secreção é mais viscosa que da écrina e contém os mesmos componentes desta última, mas possuem lipídios e
47
proteínas. Quando o suor das glândulas apócrinas interage com as bactérias da pela, estas metabolizam e liberam
um odor forte chamado de odor corporal. Estas glândulas só começam a funcionar após a puberdade.
As glândulas ceruminosas produzem uma secreção e estão presentes no canal auditivo externo. A mistura
das secreções das glândulas ceruminosas e sebáceas forma a cera. Esta impede a entrada de corpos estranhos,
insetos, bactérias e fungos.
As unhas são placas de células epidérmicas queratinizadas mortas fortemente empacotadas e rígidas.
Dividem-se de corpo da unha, borda libre e a raiz. O corpo da unha é porção visível da unha. A borda livre é a
porção do corpo da unha que cresce passando a ponta dos dedos. A área branca semilunar é chamada de lúnula.
A raiz da unha é parte não visível. Mais profundamente na raiz da unha existe a matriz da unha. Nesta
região, as células superficiais se dividem por mitose para produzir novas células das unhas. A cutícula consiste de
um estrato córneo da epiderme.
As funções da pele incluem: regulação da temperatura corporal através da evaporação do suor e além disso,
vasos sanguíneos da derme se dilatam liberando mais sangue para a pele e aumentando a perda de calor do sangue
e diminuindo a temperatura corporal. Em baixas temperaturas, diminui a produção de suor e os vasos sanguíneos
da derme se contraem impedindo a perda de calor. A pele protege contra microrganismo, abrasões, queimaduras. É
responsável pela sensações táteis e excreção e absorção de substâncias.
48
Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
49
5 Sistema esquelético
5.1 Introdução.
O esqueleto humano é formado por ossos, cartilagens, ligamentos e outros tecidos conjuntivos que os
interconectam. Os ossos servem como estruturas onde os músculos se ancoram para fazer os movimentos. As
funções do esqueleto são:
1- Sustentação das partes moles do corpo e pontos de fixação dos músculos.
2- Proteção dos órgãos internos de danos como na caixa craniana e caixa torácica.
3- Auxiliam no movimento, pois os músculos ao se contraírem puxam os ossos e executam o movimento.
4- Armazena minerais como cálcio, fósforo que são liberados para o sangue quando necessários.
5- Produção de células sanguíneas através da medula óssea vermelha.
6- Armazenam triglicerídeos na medula óssea amarela como fonte de energia quando necessária.
componentes para formar a matriz extracelular. A medida que eles formam a matriz extracelular tornam-se presos
e diferenciam-se em osteócitos.
Os osteócitos são células ósseas maduras e as células principais dos ossos mantendo o metabolismo diário
como troca de nutrientes e excretas com o sangue. Já os osteoclastos, são células enormes derivadas da união de
50 monócitos (células sanguíneas fagocitárias) e são encontradas no endósteo. Eles liberam enzimas lisossômicas
que digerem a matriz extracelular, a reabsorção. Este processo aumenta os níveis de cálcio e fosfato nos fluidos
corporais.
Existe um balanço entre os osteoblastos e osteoclastos, quando os e osteoclastos removem sais de cálcio
da matriz mais rápido do que os osteoblasto podem repor, os ossos se tornam fracos. Quando os osteoblastos
predominam os ossos tornam-se fortes e mais massivos.
1) Desenvolvimento de um centro de ossificação, que é o local onde o osso se desenvolverá, na qual as células do
mesênquima se agrupam e se diferenciam, primeiramente em células osteogênicas depois osteoblastos, que por
sua vez secretam a matriz extracelular.
2) Calcificação, onde cálcio e outros minerais se depositam na matriz extracelular endurecendo-a.
3) Formação das trabéculas, em que a medida que as trabéculas se desenvolvem elas se fundem umas as outras
para formar o osso esponjoso.
4) Desenvolvimento do periósteo pela condensação do mesênquima da periferia das trabéculas. Posteriormente,
uma fina camada de osso compacto substitui a superfície de osso esponjoso, mas o osso esponjoso permanece no
centro (Figura 5).
A ossificação endocondral consiste na substituição de tecido cartilaginoso por tecido ósseo. E muito
comum nos ossos longos, processo consiste de:
1) Desenvolvimento do molde de cartilagem: no local onde será o osso as células do mesênquima se
agrupam e tomam a forma do futuro osso e as mesmas se diferenciam em condroblastos (células
cartilaginosas). Estas células produzem a matriz extracelular, o molde de cartilagem, formado de
cartilagem hialina. Ao redor do molde de cartilagem forma-se uma membrana chamada de
pericôndrio.
2) Crescimento do molde de cartilagem: depois que os condroblasto penetram fundo na matriz
extracelular, passam a ser chamado de condrócitos. O molde de cartilagem continua a crescer em
tamanho e a matriz ao redor deles começa a calcificar. Então os condrócitos morrem e o espaço
ocupado por eles fica vazio, a lacuna.
3) Desenvolvimento do centro de ossificação primária: a ossificação ocorre de fora para dentro. A
artéria penetra pelo pericôndrio and cartilagem molde em calcificação estimulando células
osteogênicas no pericôndrio se diferenciam em osteoblastos. A partir que pericôndrio passa a formar
osso ele é chamado de periósteo. Próximo ao centro do molde de cartilagem, vasos sanguíneos
crescem para cartilagem calcificada em desintegração formando o centro primário de ossificação. Os
osteoblastos começam a depositar matriz óssea formando as trabéculas do osso esponjoso. A
ossificação primária se espalha para as extremidades do molde de cartilagem.
4) Desenvolvimento da Cavidade medular: a medida que o centro de ossificação cresce para as
extremidades, os osteoclastos degradam as trabéculas recém-formadas, o que leva a formação de uma
cavidade central, a cavidade medular.
5) Desenvolvimento do centro de ossificação secundário: ocorre quando vasos sanguíneos entram nas
epífises, um centro secundário de ossificação se desenvolve, geralmente perto do nascimento. Neste
caso a ossificação ocorre de dentro para fora.
6) Formação da cartilagem articular e da lâmina epifisal ou placa epifisária: A cartilagem hialina recobre
as epífises e se torna a cartilagem articular. Até o término da fase de crescimento, a cartilagem hialina
permanece entre as epífises e a diáfise, formando a lâmina epifisal ou placa epifisária, que é
responsável pelo crescimento em comprimento dos ossos longos (Figura 6).
52
A partir da segunda vértebra cervical até o sacro e entre as vértebras existe o disco intervertebral. Cada
disco é um anel de cartilagem fibrosa. Os discos formam articulações que permitem vários movimentos da coluna
vertebral e absorvem impactos verticais.
As vértebras variam em formato, tamanho e detalhes dependendo da região da coluna vertebral em, que se
encontra (Figura 17, 18, 19, 20 e 21). Mas, uma vértebra típica possui:
1- Corpo: é a porção mais espessa, pesada e em forma de disco.
2- O arco vertebral: estende-se para trás do corpo.
5.10 Tórax
O termo tórax se refere ao busto inteiro. A caixa torácica é formada pelo esterno, costelas, cartilagens da
costela e o corpo das vértebras torácicas, ela protege os órgãos da cavidade torácica e da cavidade abdominal
superior e sustenta os ossos dos ombros e membros superiores (Figura 22).
Figura 1
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Figura 2
Figura 3
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Figura 4
Figura 5
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Figura 6
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Figura 7
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Figura 11
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Figura 29
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Figura 30
Figura 31
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Figura 32
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Figura 33
Figura 34
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Figura 35
Referências.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
80
6 Articulações ou Junturas
6.1 Introdução.
Os ossos são rígidos, por isso não podem ser dobrados. Por isso, tecido conjuntivo flexível mantém os
ossos unidos e em alguns casos permitem os movimentos, as chamadas articulações ou articulações. A artrologia é
a ciência que estuda as articulações e cinesiologia estuda os movimentos do corpo humano.
As articulações combinam força e flexibilidade. Dependendo se as articulações permitem ou não
movimento e de como ocorre este movimento, elas são classificadas em sinartrose (articulações imóveis);
anfiartrose (movimento discreto das articulações) e diartrose (permite uma grande movimentação). Contudo, o
movimento das articulações depende também de 1- o formato dos ossos articulantes, 2- a flexibilidade dos
ligamentos que unem os ossos e 3- a tensão associada aos músculos e tendões.
Em relação a estrutura as articulações podem ser fibrosas, não possui cavidade sinovial e os ossos são
mantidos juntos por uma rede de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. As articulações cartilaginosas não
possuem cavidade sinovial e os ossos são ligados por cartilagens. Já as articulações sinoviais possuem a cavidade
sinovial e os ossos são ligados por tecido conjuntivo com uma cápsula articular e ligamentos acessórios.
Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
MARTINI, F.H.; OBER, W.C.; BARTHOLOMEW, E.F.; NATH, J.L. Anatomia e Fisiologia Humana: Uma
Abordagem visual. 1ªEdição. São Paulo: Pearson Brasil. 2014. 792p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
90
7 O Sistema Muscular
7.1 Introdução.
Os movimentos corporais são dependentes de três fatores: os ossos, as junturas e aos músculos. Os
músculos são formados por tecido muscular que formar o sistema muscular. Dependendo da porcentagem de
gordura, gênero e exercício constitui 40 a 50% do peso corporal.
O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contêm grande quantidade de filan1entos
citoplasmáticos de proteínas contráteis, as quais, por sua vez, gera m as forças necessárias para a contração desse
tecido, utilizando a energia contida nas moléculas de ATP (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
Existem 3 tipos de tecidos musculares: o tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular estriado
cardíaco e tecido muscular liso. Os músculos estriados são assim chamados por possuir estrias, isto é, bandas
claras e escuras visíveis somente ao microscópio.
O tecido muscular estriado esquelético é ligado aos ossos e as partes móveis do esqueleto. Ele é
conscientemente contraído ou relaxado, isto é, voluntário. Este tecido possui poucas células que possam se dividir
e portanto, tem uma capacidade limitada para regeneração.
O tecido muscular estriado cardíaco é encontrado somente no coração. Contudo, ele é involuntário (suas
contrações não estão sob o controle consciente). O músculo cardíaco pode se regerar sob certas condições, onde
células tronco migram para o coração e se desenvolvem em células musculares cardíacas funcionais.
O tecido muscular liso é assim chamado por não possuir estrias. É encontrado na parede de estruturas
internas ocas como vasos sanguíneos, vias aéreas, o estômago e intestinos. Participa de processos internos como
digestão e controle da pressão sanguínea e é involuntário.
As funções do tecido muscular incluem: Produção dos movimentos corporais; Estabilização da posição
corporal; Armazenamento e transporte de substâncias dentro do corpo; Produção de calor.
91
sarcoplasmático (retículo endoplasmático) armazenam íons de cálcio necessários para a contração muscular.
Também no sarcoplasma existe a milhares de moléculas de mioglobina, um pigmento vermelho semelhante a
hemoglobina do sangue, que armazena oxigênio até ser necessário pela mitocôndria para produzir ATP.
Estendendo-se por todo o comprimento da fibra muscular estão estruturas cilíndricas chamadas
miofibrilas. Cada miofibrila é formada por filamentos grossos e finos, que se sobrepõem em padrões específicos
e formam compartimentos chamados sarcômeros.
Os sarcômeros são as unidades funcionais básicas dos músculos, e são separados uns dos outras zonas em
zigue-zague de material proteico denso, o disco Z. No interior de cada sarcômero há uma área escura, a banda A,
que se estendo por todo o filamento grosso.
No centro de cada banda A ocorre uma estreita zona, a zona H, que contém somente filamentos grossos.
Nas extremidades da banda A, filamentos grossos e finos se sobrepõem. Uma área de cor mais clara, a banda I,
contém o resto dos filamentos finos, mas não filamentos grossos. Cada banda I se estende em 2 sarcômeros,
divididos pela metade pelo disco Z. A alternância entre a zona escura de banda A e banda I mais clara da fibra
muscular a sua aparência estriada.
Os filamentos grossos são formados por proteína miosina com cabeças em forma de taco de golfe
entrelaçadas. As caudas de miosina formam uma haste do filamento grosso. As cabeças de miosina se projetam
para fora da haste.
Os filamentos finos são formados principalmente por actina, que por sua vez se junta com outra para
formar o filamento de actina que se dobra em forma de hélice. Cada molécula de actina contém um sítio de
ligação de miosina, onde se ligam as cabeças de miosina. Além da actina, os filamentos finos contêm duas outras
proteínas, a tropomiosina e a troponina.
No músculo relaxado, a miosina é bloqueada de se ligar a actina porque cadeias de tropomiosina cobrem os
sítios de ligação de miosina. As tropomiosinas são mantidas neste lugar pelas moléculas de troponinas.
93
94
O mecanismo pelo qual ocorre a contração muscular é baseada na teoria da contração do deslizamento dos
filamentos. Neste caso, as cabeças de miosina dos filamentos grossos puxam os filamentos finos e fazendo os
filamentos finos deslizarem para o centro do sarcômero. A medida que os filamentos finos deslizem, as bandas I e
H tornam-se estreitas e, eventualmente, desparecem.
A fisiologia da contração mostra que íons de cálcio (Ca2+) e energia em forma de ATP (adenosina
trifosfato). Quando o músculo está relaxado (sem se contrair), o nível de Ca2+ no sarcoplasma é baixo, por que o
retículo sarcoplasmático contém um transporte ativo que constantemente bombeia íons de Ca2+ do sarcoplasma
para o interior do retículo sarcoplasmático.
Contudo, quando o potencial de ação ocorre na sarcolema e no túbulo transverso abre os canais de Ca2+
que escapam para o sarcoplasma. Os íons de Ca2+ se ligam as moléculas de troponina dos filamentos finos,
causando a mudança na forma da troponina. Esta mudança afasta a tropomiosina dos sítios de ligação da miosina
da actina. Com os sítios deligação de miosina exposto ocorre os seguintes eventos relacionados a contração:
7) Hidrólise de ATP: As cabeças de miosina contêm ATPase, uma enzima que hidrolisa ATP em ADP
96
(adenosina difosfato) e P (grupo fosfato). Isto transfere energia para cabeça de miosina, embora ADP
e P se mantém ligados a miosina.
8) Formando as pontes cruzadas: as cabeças de miosina energizadas se ligam aos sítios de ligação de
miosina da actina, liberando o grupo fosfato. Esta ligação das cabeças de miosina e actina é chamada
de ponte cruzada.
9) Movimento de força: após a formação das pontes cruzadas, um movimento de força ocorre. Durante
esta etapa as pontes cruzadas rodam e giram liberando o ADP. Centenas de pontes cruzadas deslizam
o filamento fino para o centro do sarcômero.
10) Ligação de ATP e separação: No final de movimento de força, as pontes cruzadas ficam firmemente
ligadas a actina. Quando eles se ligam a outra molécula de ATP, as cabeças de miosina se separam de
actina.
O relaxamento dos músculos depois da contração ocorre da seguinte maneira: Primeiro, a acetilcolina é
rapidamente degrada pela enzima colinesterase. Isto faz com que os canais de Ca2+ se fechem. Segundo, íons de
Ca2+ são rapidamente transportados para o interior do retículo sarcoplasmático. Então, a tropomiosina desliza de
volta para os sítios de ligações de miosina da actina. Com estes sítios cobertos, os filamentos finos deslizam de
volta para posição de relaxamento.
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Os músculos se alternam em momentos de inatividade quando utilizam uma quantidade pequena de ATP, e
momentos de grande atividade quando utilizam ATP rapidamente. Contudo, a quantidade de ATP no interior da
fibra muscular é suficiente somente por alguns segundos. Se o exercício muscular continuar, ATP adicional dever
ser produzido. As fibras musculares possuem 3 fontes de produção de ATP: 1) Fosfato de Creatina; 2) Respiração
celular anaeróbia; 3) Respiração celular aeróbia.
Quando relaxado, as fibras musculares produzem mais ATP do que precisam. Este excesso de ATP é
utilizado para produzir fosfato de creatina, uma molécula rica em energia que ocorre somente nas fibras
musculares. Neste caso, um grupo fosfato do ATP é transferido para a creatina formando fosfato de creatina e
ADP.
A creatina é uma molécula semelhante a um aminoácido que é sintetizada no fígado, rins e pâncreas, e é
derivada de certos alimentos (leite, carne vermelha, peixe). Depois são transportados para as fibras musculares.
Durante a contração muscular o grupo fosfato retorna ao ADP formando ATP. Juntos fosfato de creatina e ATP
produzem energia por 15 segundos.
Se a contração continuar por mais 15 segundo, a próxima fonte de ATP é a glicólise, na qual uma molécula
de glicose é quebrada em 2 moléculas de ácido pirúvico e produz 2 ATPs. Quando o nível de oxigênio se torna
baixo devido a um exercício vigoroso, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, num processo chamado de
respiração celular anaeróbia. Esta última produz energia por 30 a 40 segundos.
Para que a atividade muscular demore mais de um minuto e meio depende do aumento da respiração celular
aeróbia, que é uma série reações que requerem oxigênio, produzem ATP e ocorrem nas mitocôndrias.
98
As fibras musculares possuem 2 fontes de oxigênio: 1) oxigênio oriundo do sangue e 2) oxigênio liberado
pela Mioglobina (pigmento que se liga ao oxigênio presente somente em fibras musculares). A respiração celular
aeróbia ocorre em atividades musculares por mais de 10 minutos.
O músculo liso tem menos retículo sarcoplasmático do que o músculo esquelético. O principal canal de
cálcio do retículo sarcoplasmático é o canal acoplado ao receptor de IP3 (trifosfato de inositol).
Depois o cálcio inicia uma cascata que termina com a fosforilação da miosina da seguinte maneira: O
cálcio se liga a calmodulina (uma proteína ligadora) que ativa uma enzima chamada cinase da cadeia leve da
Miosina (MLCK), que então fosforila as cadeias proteicas próximas a cabeça de miosina criando a cascata de
fosforilação da miosina, aumentando a atividade da ATPase da miosina. Que por sua vez, aumenta a ligação das
cabeças de miosina com actina e os ciclos das pontes cruzadas
Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 5 ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 989p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
102
8 O Sistema Nervoso.
8.1 Introdução.
Dentre os 11 sistemas do corpo o sistema nervoso e o sistema endócrino têm papel muito importante na
regulação da homeostase do corpo. O sistema nervoso responde mais rápido a qualquer mudança na homeostase,
enquanto o sistema endócrino opera mais lentamente através de hormônios liberados no sangue. Possui a função
sensorial detectam mudanças tanto internamente como externamente ao corpo; Integradora, analisando todas as
informações sensoriais, armazenando algumas e criando respostas; Função motora criando uma resposta motora
apropriada.
Todos os tecidos nervosos do corpo formam o sistema nervoso. O sistema nervoso dos animais tem como
função receber estímulos de um ou de vários receptores, interpretar estes estímulos nos centros nervosos e gerar
uma resposta consciente ou inconsciente. Esta resposta é executada pelos órgãos efetores (músculos e
glândulas).
Anatomicamente, o sistema nervoso divide-se em: Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso
Periférico (SNP). O SNC é constituído pelo Encéfalo e pela Medula Espinhal. O encéfalo, por sua vez, é
composto pelo cérebro, cerebelo, e tronco cerebral (ponte, bulbo e mesencéfalo). O SNP é formado pelo tecido
nervoso fora do SNC constituído pelos nervos, gânglios, plexos e terminações nervosas ou receptores
sensoriais espalhados pelo corpo.
Nervo é um feixe de centenas a milhares de axônios associados a tecido conjuntivo e vasos sanguíneos que
se estendem fora do cérebro e medula espinhal. Do cérebro emergem 12 pares de cranianos e da medula espinhal
emergem 31 pares de nervos raquidianos. Gânglios são pequenas massas de tecido nervo, constituído
principalmente de corpos celulares de neurônios.
Os plexos entéricos são uma rede extensa de neurônios localizados na parede do trato gastrointestinal. Os
receptores sensoriais se refere a estrutura do nervo que monitora qualquer mudança interna ou externa como
exemplo temos: receptores de tato na pele, fotorreceptores nos olhos, receptores olfatórios no nariz.
O SNP se divide em sistema nervoso somático (SNS), sistema nervoso autônomo (SNA) e sistema nervoso
entérico (SNE). O SNS é formado por neurônios sensoriais (visão, audição, olfato e paladar) que conduzem
informações para o SNC. E de neurônios motores que conduzem impulsos do SNC para os músculos esqueléticos.
Como as respostas deste sistema é conscientemente controlada ela é chamada de voluntária.
O SNA consiste de neurônios sensoriais localizado nos órgãos viscerais (estômago, pulmões) que levam
informações para o SNC, e de neurônios motores que conduzem informações do SNC para os músculos lisos,
cardíaco e glândulas. Como estas ações são de maneira inconsciente, elas são chamadas de involuntária.
A parte motora do SNA se divide em simpático e parassimpático. As ações motoras deste sistema são
geralmente opostas. Por exemplo, neurônios do SNA simpático aumentam o batimento cardíaco e os do SNA
parassimpático diminuem. De maneira geral, o simpático ajuda nos exercícios ou ações de emergência, a chamada
luta ou fuga. Diferentemente, o parassimpático envolve as ações de descanso e digestão.
O SNE é involuntário r consiste de 100 milhões de neurônios nos plexos entéricos que se estendem por
quase todo trato gastrointestinal. Muitos neurônios dos plexos entérico funcionam de certa forma
independentemente do SNA e SNC, embora se comunicam com SNA simpático e parassimpático. Os neurônios
103
sensoriais do SNE monitoram mudanças químicas no trato gastrointestinal e movimentos de suas paredes. O SNE
controla os movimentos peristálticos, secreções como suco gástrico e hormônios.
104
integradora, estima-se que 99,9% de todos os neurônios façam parte desta rede.
Esta ligação abre os canais de íons que atravessam a plasmalema 2.6- A medida que ocorre o influxo de íons a
voltagem da membrana muda levando a despolarização da mesma. 7- A despolarização ao chegar a um certo nível
inicia um ou mais impulsos nervosos.
O impulso nervoso ocorre devido a uma mudança no potencial de membrana. Existem dois potenciais de
membrana: O potencial de repouso e o potencial de ação. No potencial de repouso, o neurônio não está
transmitindo nenhum impulso nervoso. Existem uma diferença de cargas elétricas entre o meio intra e extracelular.
O meio intracelular é eletricamente negativo com uma diferença de potencial variando de -40mV (milivolts) a
-90mV, e a média de -70mV.
O potencial de repouso nasce de três fatores: 1) Distribuição desigual de íons, neste estado,o meio
extracelular é rico em íons de sódio (Na+) e cloro (Cl-). O meio intracelular é rico em potássio (K+) e cargas
negativas como fosfatos aderidos as moléculas orgânicas e aminoácidos em proteínas. Contudo, o nível K+ é alto
e o axolema (plasmalema do axônio) vaza grandes quantidades pelos canais de K+ diminuindo a sua concentração
no meio intracelular e o torna carregado negativamente. Ao mesmo tempo, a permeabilidade da membrana ao Na+
é muito baixa, mas permite um influxo de Na+ muito lento. Se nada ocorresse o potencial de repouso
desapareceria. Isto não ocorre devido a Bomba de Na+ e K+ que bombeia Na+ para fora mais rapidamente que
entra e trazendo para o interior da célula K+.
O potencial de ação é uma sequencia rápida de eventos que diminuem e invertem a potencial da membrana
celular e que eventualmente volta ao potencial de repouso. Ele possui 2 fases principais: a fase de despolarização e
de repolarização. Durante a despolarização o potencial negativo da membrana torna-se menos negativo, chega a
zero e fica positivo. Já na repolarização, a polarização da membrana é restaurada ao seu estado de repouso de
-70mV. As vezes, pode ocorrer a hiperpolarização em que o potencial de membrana torna-se mais negativo do
que o seu estado de repouso.
Ao ser estimulado, 1- os canais iônicos de Na+ se abrem produzindo um influxo rápido de Na+. Este
influxo torna o meio intracelular mais positivo com um potencial de +30mV, este fenômeno é chamado de
despolarização. Contudo, o potencial de +30mV fecha os canais de Na+ e ao mesmo tempo os canais de K+ se
abrem e devido à alta concentração intracelular, o K+ é liberado para o meio extracelular fazendo com que o
potencial de membrana volte a ser -70mV, a chamada repolarização.
A condução do impulso nervoso começa onde nascem, geralmente no cone de implantação e se
propagam até aos telodendros. No axônios mielinizados, os canais de Na+ e K+ são localizados nos nódulos de
Ranvier. As correntes carregadas de Na+ e K+ correm pelo fluido extracelular ao redor da bainha de mielina e
através do citoplasma de um nó para o outro. Por que o impulso corre somente nos nós, e o impulso salta de um
nó para outro (condução saltatória), a propagação do impulso é mais rápida. Nos axônios amielinizados a
condução é contínua.
Existem cerca de 100 substâncias conhecidas ou suspeitas de serem neurotransmissores. Os
neurotransmissores mais comuns são: acetilcolina, catecolaminas (epinefrina, norepinefrina e dopamina),
serotonina, aminoácidos (GABA, glutamato, aspartato, glicina), óxido nítrico (NO) e pequenos peptídeos
(substancia P, hormônio liberador do hipotálamo, encefalinas, peptídeo intestinal vasoativo,
colecistoquinina e neurotensina.
Os aminoácidos Glutamato e Aspartato têm efeitos excitatórios, enquanto GABA (ácido gama
aminobutírico) e glicina são neurotransmissores inibitórios. Drogas para combater a ansiedade como diazepam
aumenta a ação do GABA.
A acetilcolina é o neurotransmissor entre o axônio e o músculo estriado e também do SNC, neurônios
que utilizam acetilcolina como neurotransmissores são chamados de neurônios colinérgicos. Catecolaminas são
secretadas pelas células do SNC e estão envolvidos na regulação do movimento, humor e atenção. Neurônios que
utilizam adrenalina (epinefrina) são chamados de neurônios adrenérgicos.
A norepinefrina tem papel no “acordar do sono”. A dopamina é relacionado as respostas emocionais,
comportamentos viciantes e experiências prazerosas. A serotonina está envolvida na recepção sensorial,
regulação da temperatura, controle do humor, apetite e no acometimento do sono.
A serotonina atua no SNC e no sistema nervoso entérico (SNE), neurônios que utilizam este
neurotransmissor é chamado de serotonérgicos. O óxido nítrico é um gás e também um neurotransmissor em
concentrações baixas. Os neuropeptídeos são aminoácidos ligados por ligações peptídicas, como as endorfinas
que são analgésicos naturais do corpo.
Neurotransmissores do tipo de pequenos peptídeos são sintetizadas e liberadas no trato intestinal por
células entéricas e endócrinas. Podem ser agir sobre células vizinhas ou serem carregadas pelo sangue como
hormônios e agirem sobre células alvos. Também são liberados por órgãos endócrinos e por neurônios do
hipotálamo. Um exemplo são as endorfinas, que são anestésicos naturais do corpo.
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por membranas do tecido conjuntivo, as meninges. Existem três meninges, a dura-máter, pia-máter e aracnóide.
A dura-máter é mais externa em contato com o crânio, formada por tecido conjuntivo denso contínuo
com o periósteo dos ossos da caixa craniana. Na medula espinhal a dura-máter é separada do periósteo formado
um espaço chamado de espaço peridural.
A aracnóide é intermediária entre a dura-máter e a pia-máter. A porção em contato com a dura-máter e
em forma de membrana, e outra em contato com a pia-máter constituída por traves que as ligam. O liquido
cérebro espinhal ou cefalorraquidiano localiza-se no espaço entre a aracnoide e a pia-máter (espaço
subaracnoideo). Este líquido funciona como um colchão hidráulico, protegendo contra traumatismos. Em algumas
regiões as expansões da aracnóide perfuram a dura-máter formando as vilosidades da aracnóide, cuja função é
transferir líquido cefalorraquidiano para o sangue.
A pia-máter é a membrana mais interna, e em contato com o encéfalo e medula espinhal. Bastante
vascularizada e aderente ao tecido nervoso. Mas, sem contato direto com as células nervosas. Entre a pia-máter e
as células nervosas aparecem os prolongamentos dos astrócitos. Os vasos sanguíneos penetram no tecido nervoso
por meio de passagens revestidas de por pia-máter, os espaços perivasculares. Contudo, os capilares do sistema
nervoso são envolvidos pelos prolongamentos dos astrócitos.
A partir deste ponto vamos estudar a histologia do SNP, que inclui os nervos, gânglios e terminações
nervosas. Podemos encontrar nervos associados ao encéfalo (nervos cranianos), associados a medula espinhal
(nervos espinhais) e espalhados pelo corpo (nervos periféricos). Os nervos são formados por um conjunto de
feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo.
As fibras nervosas são formadas pelo axônio e suas membranas envoltórias. Um detalhe interessante é
que quanto mais calibroso (mais espesso) é axônio maior o número de membranas envoltórias. As fibras
mielínicas possuem o axônio possuem bainha de mielina, que na verdade é um complexo lipoproteico branco
derivado da modificação da membrana celular das células de Schwann ou oligodendrócitos.
Tanto no SNC como no SNP existem fibras nervosas amielínicas (sem bainha de mielina). Porém, as
fibras amielínicas ainda estão associadas as células de Schwann e Oligodendrócito, que envolve uma única vez
vários axônios no interior do envoltório formando o mesaxônio. Não existe nódulos de Ranvier, pois o envoltório
é contínuo.
massa central de substância cinzenta em forma da letra “H”, no centro da substância cinzenta existe o canal
central que contém o líquido cérebro-espinhal ou cefalorraquidiano.
A substância branca da medula espinhal é formada por axônios mielinizados que se organizam em
regiões chamadas de funículos anterior, lateral e posterior. Cada funículo possui um ou mais tratos (feixes de
axônios com mesmas origens e destinos comuns, e carregam informação similar). Os tratos sensoriais carregam
informações ao cérebro. Os tratos que carregam informações para medula espinhal são chamados de tratos
motores.
Em relação a estrutura, s nervos espinhais possuem camadas de tecido conjuntivo para protegê-los.
Axônios individuais, mielinizados ou não, são envolvidos pelo endoneuro. Estes axônios, por sua vez, se
organizam em feixes chamados de fascículos, que então são envolvidos pelo perineuro. A cobertura de todo o
nervo espinhal é chamada de epineuro. Vasos sanguíneos nutrem os nervos dentro do perineuro e epineuro.
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porque seu efetor é o músculo quadríceps femoral, que se contrai e relaxa o alongamento iniciado pelo reflexo.
Em suma, o reflexo patelar provoca extensão do joelho com a contração do músculo quadríceps femoral, em
resposta a estímulo do ligamento patelar.
8.7.4 Encéfalo
O encéfalo no adulto possui a seguinte estruturais: 1) Hemisférios cerebrais; 2) Diencéfalo; 3) Tronco
cerebral(mesencéfalo, bulbo e ponte) e 4) Cerebelo. O cérebro possui cavidades ocas chamadas de ventrículos. A
superfície do cérebro é composta de uma fina camada de substância cinzenta, abaixo existe a substância branca.
Embora represente 2% do peso o cérebro utiliza 20% de suprimento de oxigênio do corpo, assim como
glicose não é armazenada no cérebro, o sangue é a fonte de oxigênio e glicose. Contudo, para proteger os
neurônios de substâncias químicas e patógenos existe a barreira hemato encefálica, que são capilares sanguíneos
vedados por ação dos astrócitos.
O fluido cérebro-espinhal ou líquido cefalorraquidiano é uma líquido transparente que contém oxigênio,
glicose e outras substâncias que o tecido nervoso necessita e remove excretas e substâncias tóxicas do SNC. Este
líquido circula no espaço subaracnoide (entre aracnoide e a pia-máter) ao redor do encéfalo e da medula espinhal e
através de cavidades do cérebro chamadas de ventrículos.
Os ventrículos cerebrais são contínuos uns com os outros e com o canal central da medula espinhal. As
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câmeras ocas dos ventrículos são preenchidos como líquido cérebro-espinhal e revestido por células ependimárias.
Os ventrículos laterias estão profundamente nos hemisférios cerebrais, são grandes com forma da letra “C”.
Anteriormente se separam por uma fina membrana chamada de septo pelúcido.
Estes ventrículos laterais se comunicam com o terceiro e estreito ventrículo no diencéfalo via um canal
chamada de forame interventricular. Este por sua vez, comunica-se com o quarto ventrículo via aqueduto cerebral
que corre no mesencéfalo. O quarto ventrículo se continua com o canal central da medula espinhal. Três
aberturas comunicam com o espaço subaracnoide, um par de aberturas laterais e abertura mediana.
Os hemisférios cerebrais são as partes mais evidentes do cérebro e com quase 83% do volume. As
protuberâncias elevadas, os giros, são separadas por depressões do tecido, os sulcos. As depressões mais
profundas são chamadas de fissuras e separam grandes regiões do cérebro.
Os giros e sulcos mais proeminentes são características anatômicas importantes e são similares em todos os
humanos. A fissura longitudinal mediana separa os hemisférios cerebrais. .A fissura transversa do cérebro separa
os hemisférios cerebrais do cerebelo abaixo.
Vários sulcos dividem os hemisférios em 5 lobos: frontal, parietal, temporal, ocipital e ínsula. Cada
hemisfério cerebral possui 3 regiões básicas: O córtex cerebral, a substancia branca interna e o núcleo basal,
que são ilhas de substancia cinzenta situadas profundamente na substancia branca.
O córtex cerebral é onde a nossa mente consciente reside. Permite-nos sabermos que estamos consciente,
sensações, comunicação, lembrança, entendimento e movimentos voluntários. Ele é composto de substancia
cinzenta (corpo celular do neurônio, dendritos, células da glia e vasos sanguíneos). Possui bilhões de neurônios
organizados em 6 camadas com 2 a 4 mm de espessura, mas é 40% da massa cerebral. As circunvoluções
triplicam a área da superfície.
Estudos envolvendo as imagens dos cérebros demonstram algumas regiões têm funções específicas em três
áreas funcionais: áreas motoras, áreas sensoriais e áreas associativas. A área motora controla o movimento
voluntário. A área sensorial está relacionada as sensações e a área associativa relacionam-se com a capacidade de
darmos uma resposta, armazena memória, decisão etc. A substância branca é responsável pela comunicação entre
as áreas cerebrais e entre o córtex cerebral é centros do SNC. Ela é composta pelas fibras mielinizadas agrupadas
em grandes tratos.
Os núcleos basais regiões de substancia cinzenta na substancia branca. O núcleo basal está localizado bem
fundo da substancia branca de cada hemisfério. As estruturas que formam o núcleo basal é um tema controverso,
mas muitos anatomistas concordam que cada hemisfério possui um núcleo caudado, putame e globo pálido. A
função do núcleo basal é discutível, mas sabemos que ele contribui junto com o cerebelo com a função motora.
Ele é importante para iniciar, parar e monitorar a intensidade do movimento executado pelo córtex.
Circundando a parte superior do tronco cerebral e o corpo caloso está um anel de estruturas que constitui o
sistema límbico. O sistema límbico é, às vezes chamado, de "cérebro emocional", porque ele desempenha um
papel principal numa gama de emoções, incluindo a dor, o prazer, a docilidade, carinho e raiva. Embora o
comportamento é uma função de todo o sistema nervoso, o sistema límbico controla a maior parte dos seus
aspectos involuntários relacionados com a sobrevivência. Experiências com animais sugerem que tem um papel
importante no controlo do padrão geral de comportamento. Em conjunto com as partes do cérebro, o sistema
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límbico também funciona na memória; danos no sistema límbico provoca enfraquecimento da memória.
8.7.4.1 Diencéfalo.
O diencéfalo forma o núcleo central do cérebro posterior, e é envolvido pelos hemisférios cerebrais. Possui
3 estruturas pares: o tálamo, hipotálamo e epitálamo. Estas estruturas cinzentas estão no interior do terceiro
ventrículo.
O tálamo é um núcleo bilateral em forma oval conectado pela aderência intertalâmica. O tálamo é um relé
para informação em direção ao córtex. Dentro do tálamo estão um grande número de núcleos. Cada núcleo tem
uma função especializada, e projeta fibras para e recebe fibras de uma região específica do cérebro.
Fibras aferentes (do SNP para SNC) de todos os sentidos e todas as partes do corpo convergem no tálamo.
Dentro do tálamo a informação é organizada e editada. Impulsos com funções similares são direcionadas como um
grupo.
O hipotálamo está localizado abaixo do tálamo e cobre o tronco cerebral. Ele se estende do quiasma óptico
até aos corpos mamilares. Estes últimos são pares de núcleos semelhantes a ervilha que conduz informações
olfatórias. Entre o quiasma óptico e os corpos mamilares, existe o infundíbulo, que é uma haste de tecido nervoso
que conecta a glândula pituitária (hipófise) a base do hipotálamo.
Mesmo em tamanho muito pequeno, o hipotálamo é centro de controle visceral e na homeostase corporal
da seguinte maneira: Controla o SNA, inicia a resposta física as emoções, regula a temperatura corporal, regula o
apetite, regula o balanço hídrico e a sede, regula o centro do sono, controla as funções do sistema endócrino.
O epitálamo é a porção mais dorsal do diencéfalo, nele se encontra a glândula pineal, que secreta o
hormônio melatonina que o sinal indutor e antioxidante e junto com hipotálamo regula o ciclo entre sono e
desperto.
8.7.4.3 Ponte.
É a região entre o mesencéfalo e o bulbo, e é composto de tratos de condução. Fibras partem dos centros
cerebrais superiores para a medula espinhal, outras fibras se conectam com o cerebelo. Uma parte da formação
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8.7.4.4 Bulbo.
É a parte mais inferior do tronco cerebral que se continua como medula espinhal. As estruturas do bulbo
incluem: 1) as pirâmides, que são 2 saliências na face ventral formada por grandes tratos piramidais vindo do
córtex motor. 2) Pedúnculo cerebelar inferior: tratos que conectam a medula espinhal com o cerebelo. 3)
Complexo olivar inferior: situada lateralmente as pirâmides, conduzem informações sensoriais no grau de
extensão dos músculos e junturas para o cerebelo.
As funções do bulbo incluem: 1) Centro cardiovascular: ajusta a força e o batimento cardíaco de acordo
com as necessidades do corpo, e é o centro vasomotor, pois muda o diâmetro dos vasos sanguíneos regulando a
pressão sanguínea. 2) Centro respiratório: gera o ritmo respiratório e controla a taxa e força da respiração. 3)
Reflexos autônomos como: vomitar, soluçar, engolir, tossir e espirrar.
8.7.4.5 Cerebelo.
O cerebelo é o segundo maior órgão do encéfalo, situado dorsalmente a ponte e a medula espinhal e no lobo
ocipital do cérebro. Ele processa impulsos do córtex motor do cérebro e proporciona o tempo exato, contrações
apropriadas do músculo esquelético para movimentos suaves, agilidade necessária para dirigir, digitar, escrever
etc... Estas atividades são feitas de maneira inconsciente. Diz-se que cerebelo refina os nossos movimentos.
A sua estrutura consiste de simetria bilateral, com 2 hemisférios cerebelares, a sua superfície tem um
aspecto foliáceo com giros orientados transversalmente. Fissuras dividem os hemisférios cerebelares em lobos:
anterior, posterior e folículo-nodular. Como o cérebro, possui um córtex externo de substancia cinzenta e
internamente substancia branca, onde se localiza os núcleos cerebelares (porções de substancia cinzenta).
No córtex cerebelar se encontra um tipo de neurônio chamado de células de Purkinje. Estas células grandes
são os únicos neurônios que enviam axônio do córtex cerebelar, passando pela substancia branca até os núcleos
centrais do cerebelo. O padrão de substancia branca no cerebelo se assemelha a uma árvore, por isso é chamada de
árvore da vida.
O processo de afinação das atividades motoras ocorre da seguinte maneira.
Áreas motoras do córtex cerebral, repassam informações para núcleos no tronco cerebral, que avisa o cerebelo de
iniciar a contração dos músculos esqueléticos.
Ao mesmo tempo, o cerebelo recebe informações de todo o corpo como tensão nos músculos, tendões, posição
das junturas, vias visuais e de equilíbrio. Isto permite que o cerebelo avalie a posição corporal.
O córtex cerebelar calcula a melhor maneira de coordenar a força, direção e extensão da contração muscular,
prevenindo um movimento a mais do que necessário, mantém a postura e assegura movimentos
coordenados suaves e refinados.
O cerebelo envia para o córtex cerebral o “mapa” para movimentos coordenados.
periférico (SNP). Eles são representados por numerais romanos e por nomes. Os numerais romanos indicam a
ordem em que saem do cérebro, e os nomes a distribuição e funções.
Os nervos cranianos podem emergir do nariz, olhos, ouvidos, tronco cerebral e medula espinhal. Três
nervos cranianos possuem somente axônio de neurônios sensoriais, chamados de nervos sensoriais. Cinco nervos
cranianos contém somente axônios de nervos motores que saem do cérebro e são chamados de nervos motores.
Outros quatro nervos cranianos são mistos, pois possuem axônios de nervos sensoriais e motores.
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A primeira diferença é na origem, o parassimpático é de origem crânio sacral (tronco cerebral e porção
sacral da medula espinhal) e o simpático é torácico lombar (porção torácica e lombar da medula espinhal).
A segunda diferença é na localização do gânglio. No parassimpático o gânglio está dentro do órgão
visceral ou bem próximo a ele. No simpático o gânglio esta bem próximo ao SNC.
As fibras nervosas pré-ganglionares no parassimpático são pouco ramificadas, enquanto no
simpático existem muitas ramificações.
O tamanho relativo das fibras nervosas pré-ganglionares e pós-ganglionares também difere. No
parassimpático, as fibras pré-ganglionares são longas e as pós-ganglionares são curtas, no simpático as
fibras pré-ganglionares são curtas e as pós-ganglionares são longas.
O papel fisiológico também se diferencia. No parassimpático tem como função conservar e armazenar
energia (descansar), diferentemente o simpático tem função de alarme (lute ou fuja). O que se traduz também em
diferenças nos neurotransmissores. No parassimpático, as fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares são
geralmente colinérgicas (acetilcolina) e no simpático as fibras são pré-ganglionares são colinérgicas e as pós-
ganglionares são adrenérgicas (adrenalina).
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(dor).
A sensação de dor é estimulada nos nociceptores, que são terminações nervosas livres. Os nociceptores
podem ser encontrados em praticamente quase todos os tecidos, exceto o cérebro. Eles respondem a uma série de
estímulos como alongamentos excessivos, contrações musculares prolongadas, fluxo inadequado de sangue para
algum órgão e presença de certas substâncias químicas.
As sensações proprioceptivas nos permite saber onde estão localizados os nossos membros e como eles se
movimentam. Mesmo sem ver podemos andar, digitar e se vestir. A cinestesia é a percepção dos movimentos do
corpo.
Proprioceptores são localizados nos músculos esqueléticos, tendões e ao redor das juntas sinoviais nos
informando o grau de contração dos músculos, a tensão nos tendões e a posição das junturas.
Células pilosas do ouvido interno detectam a posição da cabeça em relação ao solo quando nos
movimentamos. A propriocepção nos permite estimar o peso dos objetos e determinar o quanto de força é
necessária para mover este objeto.
primeiros neurônios da via olfatória. Vários cílios chamados de cílios olfatórios se projetam como “botões” nos
receptores olfatórios. Estes cílios respondem as substâncias químicas inaladas. Os axônios dos receptores
olfatórios se estendem do epitélio olfatório ao bulbo olfatório.
As células de sustentação são células epiteliais colunares da membrana da mucosa que forra a cavidade
nasal. Elas fornecem sustentação física, nutrientes e isolamento elétrico aos receptores olfatórios, e também
ajudam desintoxicar substâncias químicas que entrem em contato com o epitélio olfatório.
As células-tronco basais localizadas na base das células de sustentação continuamente sofre divisões
celulares para produzir novos receptores olfatórios, que vivem cerca de um mês. Glândulas olfatórias produzem
muco que umidifica a superfície do epitélio olfatório e serve como solvente para substâncias inaladas.
Os impulsos nervosos criados pelos receptores olfatórios se propagam por seus axônios, que então passam
pela placa cribriforme do osso etmoide e chega até o bulbo olfatório. Estes axônios são coletivamente de
nervos olfatórios esquerdo e direito. Axônios dos neurônios que saem do bulbo olfatório formam o trato
olfatório, que então se projetam para a área olfatória primária no lobo temporal.
A sensação do paladar é mais simples, pois somente 5 paladares primários são identificados
azedo, doce, amargo, salgado e umami ( 旨 味 ). O gosto umami está presente em alimentos que contenham
glutamato. Todos os sabores como de chocolate, pimenta e de café são combinações dos cincos gostos primários.
Odores da comida passam para a cavidade nasal estimulando os receptores olfatórios e porque o olfato é
muito mais sensível do que o paladar quando se está resfriado não se sente muito bem os sabores.
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Os receptores do paladar estão localizados nos botões gustativos. Estes estão localizados em elevações na
língua chamadas papilas gustativas. A papila circunvalada forma um “V” invertido na parte de trás da língua.
As papilas fungiformes são elevações em forma de cogumelo espalhadas por toda a superfície da língua.
Também se encontram papilas filiformes que possuem receptores de toque, mas não de gosto.
Cada botão gustativo é uma estrutura oval com 3 tipos de células: (1) células de sustentação que sustentam
cerca de 50 receptores gustativos. Um único e longo cílio gustativo se projeta de cada (2) célula receptora
gustativa para o poro gustativo. (3) As células basais são células-tronco que produzem células de sustentação,
que então se desenvolvem em células receptoras gustativas.As células receptoras gustativas não possuem axônios
e, por isso, fazem sinapses com dendritos de neurônios da via gustativa.
O sentido da visão é mediado pelos olhos como órgão que contém os fotorreceptores e processado pelo
córtex visual no cérebro. Os olhos possuem órgãos acessórios como sobrancelhas, pálpebras, músculos que
movem o globo ocular e as glândulas lacrimais.
As sobrancelhas e as pálpebras protegem o globo ocular de objetos estranhos, suor e luz direta do sol. As
pálpebras também auxiliam a espalhar as secreções lubrificantes durante o ato de piscar. Seis músculos cooperam
para mover o globo ocular para direita ou esquerda, para cima ou para baixo e diagonalmente.
As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, que são secretadas pelos ductos lacrimais na
superfície da pálpebra superior, que então passam pela superfície do globo ocular e depois para o nariz via ducto
nasolacrimal. As lágrimas contêm sais, muco e lisozima (substância bactericida). Elas evitam o ressecamento do
globo ocular.
O globo ocular mede 2,5 cm e possui 3 camadas: a túnica fibrosa, a túnica vascular e a retina. A túnica
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fibrosa é a camada mais externa do globo ocular e consiste de uma córnea anterior e uma esclera posterior. A
córnea é uma camada fibrosa que cobre a íris, sua curvatura ajuda a focalizar a imagem na retina. A esclera é o
branco dos olhos formada por tecido conjuntivo denso que cobre todo o globo ocular, exceto a córnea. As funções
da esclera incluem: dar forma ao globo ocular, fornecer rigidez e proteger suas estruturas internas. Uma camada
epitelial chamada conjuntiva recobre a esclera, excepto a córnea, e forra a superfície interna das pálpebras.
A túnica vascular é camada do meio e é composta pela coróide, corpo ciliar e íris. A coróide é uma
membrana fina que forra internamente a esclera contendo muitos vasos sanguíneos que nutrem a retina. Ela
também possui melanina o que dar a cor castanho escuro a esta camada.
Na parte da frente do olho a coróide se torna o corpo ciliar, que secreta um líquido chamado humor aquoso
e possui os músculos ciliares, um músculo liso que modela a lente para ver mais perto ou mais longe. A íris é a
parte colorida do globo ocular, inclui, ambos, músculos lisos circulares e radiais. No seu centro existe a pupila
que controla a passagem de luz através das lentes.
A terceira e a camada mais interna é a retina. Esta, por sua vez, possui duas camadas: a neural e a
pigmentada. A camada neural é pluriestratificada com a camada fotorreceptora, camada de células bipolares e a
camada de células ganglionares, separadas pela camada sináptica externa e interna. A luz passa através do gânglio
e camada de células bipolares e alcança a camada de fotorreceptores.
Os fotorreceptores são células especializadas em converter luz em impulsos nervosos. Existem 2 tipos: Os
bastonetes e os cones. Os bastonetes permitem enxergar branco e preto, já os cones permitem a visão em cores.
Existem 3 tipos de cones: Os cones azuis, sensíveis a cor azul; os cones verdes que detectam a cor verde; os cones
vermelhos, sensíveis a cor vermelha. Existem cerca de 6 milhões de cones e 120 milhões de bastonetes. Os cones
se concentram numa região chamada fóvea central.
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O sentido da audição e equilíbrio é fornecido pelo ouvido. O ouvido converte vibrações em sinais
elétricos. Além de receptores de som, o ouvido possui receptores de equilíbrio. O ouvido se divide em ouvido
externo (que conduz som para dentro); o ouvido médio que conduz as vibrações sonoras para a janela oval (janela
da cóclea); o ouvido interno que abriga os receptores da audição e equilíbrio.
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O ouvido externo coleta as ondas sonoras para dentro do ouvido, consiste de orelha, canal auditivo ou
meato acústico externo e a membrana timpânica. A orelha é formada por tecido cartilaginoso que colecta o som e
conduz para o canal auditivo, que é tubo curvo que conduz o som ao tímpano, este canal possui pelos e glândulas
ceruminosas (secretam o cerúmen) para proteger contra objetos estranhos. A membrana timpânica é uma
membrana fina semitransparente que separa o ouvido externo do médio. Os sons externos fazem vibrar a
membrana timpânica.
O ouvido médio é uma câmara ente o ouvido externo e interno. Uma abertura permite a comunicação do
ouvido médio com tuba auditiva, esta por sua vez, comunica-se com a nasofaringe. O ouvido médio possui 3
ossos auditivos: martelo, bigorna e estribo. Este último toca a janela oval do ouvido interno.
O ouvido interno se divide no labirinto ósseo (externo) e no labirinto membranoso (interno). O labirinto
ósseo é uma série de cavidades como: a cóclea, vestíbulo e os canais semicirculares. A cóclea é órgão da audição e
o vestíbulo e canais semicirculares são órgãos do equilíbrio. O labirinto ósseo possui um fluido chamado de
perilinfa.
A perilinfa envolve uma série de sacos e tubos com a mesma forma do labirinto ósseo, o labirinto
membranoso. Este possui um fluido chamado de endolinfa. O vestíbulo é uma parte mediana do labirinto ósseo e
de forma oval. Atrás do vestíbulo estão três canais semicirculares. A porção membranosa do labirinto que forra os
canais semicirculares é chamada de ductos semicirculares.
A cóclea é um canal espiral ósseo que lembra uma concha de moluscos se divide em 3 canais: o ducto
coclear, a rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano. O ducto coclear é uma continuação do labirinto membranoso
na cóclea e cheio de endolinfa. Acima do ducto coclear está a rampa do vestíbulo que termina na janela oval.
Abaixo do ducto coclear está a rampa do tímpano que termina na janela coclear.
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A fisiologia da audição começa com a orelha direcionando as ondas sonoras para o canal auditivo. As
ondas sonoras fazem vibrar o tímpano, que por sua vez faz vibrar sucessivamente o martelo, bigorna e
estribo. Este move a janela oval para a frente e para trás, que então pressiona ondas na perilinfa da cóclea.
Estas ondas são transmitidas para a rampa vestibular e da rampa timpânica e depois a membrana coclear. A
medida que estas ondas deformam as paredes da rampa do vestíbulo e timpânica cria-se uma pressão na endolinfa
no ducto coclear. As ondas de pressão na endolinfa causam a vibração da membrana tectória estimulando as
células pilosas a liberarem neurotransmissores para o nervo vestibulococlear.
Para entender a fisiologia do equilíbrio, primeiro deve-se entender que o existem 2 tipos de equilíbrios: o
equilíbrio estático e dinâmico. O equilíbrio estático se refere a manutenção da posição do corpo relativo a força
da gravidade. O equilíbrio dinâmico é a manutenção da posição do corpo em resposta a uma aceleração e
desaceleração rotacional.
Dentro do utrículo e sáculo da cóclea existem uma pequena região espessa chamada mácula. As duas
máculas são perpendiculares uma a outra, e são receptores do equilíbrio estático e também contribuem para o
equilíbrio dinâmico. As duas máculas possuem 2 tipos de células: as células ciliadas e as células de sustentação.
As células ciliadas se projetam numa substância gelatinosa espessa chamada membrana dos estatacônios.
Uma camada densa de cristais de carbonato de cálcio chamados otólitos cobre toda a membrana dos estatacônios.
Ao mover a cabeça a gravidade puxa a membrana de estatacônios e os otólitos que deslizam sobre os cílios na
mesma direção do movimento.
140
O equilíbrio dinâmico envolve os canais semicirculares, que se dispõem de maneira angular em três
planos diferentes. A porção dilatada de cada canal, as ampolas contém uma elevação chamada de crista ampular.
Cada crista ampular possui células ciliadas e células de sustentação. Cobrindo esta crista existem uma massa
gelatinosa chamada de cúpula ampular. Com o movimento a cúpula e as células ciliadas dos canais
semicirculares se movem fazendo a endolinfa se mover, que por sua vez, fazendo os cílios se moverem. Ambos os
equilíbrios transmitem suas informações via nervo vestibulococlear.
141
142
Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 5 ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 989p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
143
9 Sistema Endócrino
9.1 Introdução.
O sistema endócrino é formado por diversas glândulas endócrinas e células secretoras de hormônios em
certos órgãos que possuem outras funções além de secretar hormônio. O sistema endócrino libera hormônios no
líquido intersticial (entre as células) que então caem na corrente sanguínea. O sangue circulante entrega
hormônios por todo o corpo e as células que reconhecem um determinado hormônio irão responder.
O sistema nervoso e endócrino, geralmente, trabalham juntos e algumas vezes o impulso nervoso estimula
ou inibe a liberação de hormônios. O sistema endócrino age mais lentamente, mas seu efeito é mais duradouro
até que o hormônio desapareça do sangue.
As glândulas endócrinas produzem hormônios e secretam no fluido intersticial, então se difundem pelos
capilares sanguíneos e o sangue transporta por todo o corpo. As glândulas endócrinas são: a pituitária (hipófise),
tireóide, paratireoide, adrenal e pineal. Outros órgãos que não são glândulas endócrinas, mas tem células
endócrinas produtoras de hormônios são: hipotálamo, timo, pâncreas, ovários, testículos, rins, estômago,
fígado, intestino delgado, pele, coração, tecido adiposo e placenta.
Os hormônios hidrossolúveis não se difundem através da bicamada lipídica da plasmalema. Mas, ligam-se
a receptores na plasmalema agindo como primeiro mensageiro. Este causa a produção de um segundo mensageiro
no interior da célula. O AMPc (AMP cíclico) é um segundo mensageiro típico. Todo este processo da seguinte
maneira.
O hormônio hidrossolúvel (primeiro mensageiro) se difunde pelo sangue e se liga a receptores da
membrana celular da célula alvo. Esta ligação induz a produção de AMPc (segundo mensageiro). O AMPc ativa
várias proteínas como enzimas. Proteínas ativadas causam mudanças fisiológicas. Posteriormente, o AMPc é
inativado, desligando a resposta celular.
Os hormônios da pituitária anterior ou adeno-hipófise regulam várias atividades do corpo. Mas, a sua
147
secreção depende de hormônios liberadores e ou de hormônios inibidores, que são produzidos pelas células
neurossecretoras do hipotálamo e liberados via veias porto-hipofisárias. Esta rota direta permite a ação rápida dos
hormônios liberadores ou inibidores. Os seguintes hormônios são produzidos pela Adeno-Hipófise.
O 1)Hormônio de Crescimento (GH) é o mais abundante da adeno-hipófise. Ele promove a síntese e
secreção de fatores de crescimento semelhante a insulina (IGF) ou somatomedinas. O GH age nas células do
fígado, músculos esqueléticos, cartilagens, osso e outros tecidos, estimulando a secreção de IGFs.
As IGFs estimulam a síntese de proteínas para manter músculo e massa corporal, promovem a cura de
ferimentos e reparação de tecidos. Elas também promovem a quebra de triglicerídeos. Os hormônios
hipotalâmicos, hormônio liberador de GH e hormônio inibidor de GH, regula, respectivamente, a secreção de
GH e a supressão de GH.
O 2) hormônio estimulador da tireóide ou tireofina (TSH) estimula a síntese e secreção de hormônios
da tireoide. O hipotálamo produz o hormônio, hormônio liberador da tireotrofina (TRH) que regula a secreção
de TSH via retroalimentação negativa.
O 3)hormônio folículo estimulante (FSH) e o 4) hormônio luteinizante (LH) agem nos ovários das
mulheres. O FSH estimula o amadurecimento dos folículos ovarianos e o LH estimula a ovulação. Depois da
ovulação o LH estimula a formação do corpo lúteo no ovário. O corpo lúteo secreta progesterona. O FSH estimula
as células foliculares a produzirem estrógenos. Nos homens, o FSH estimula a produção de espermatozoides
nos testículos e o LH estimula os testículos a produzir testosterona. O hormônio liberador das
gonadotrofinas (GnRH) estimulam a liberação de FSH e LH. O GnRH é inibido via retroalimentação negativa
pelo estrogênio nas mulheres, e pela testosterona nos homens.
A 5) prolactina (PRL), junto com outros hormônios, iniciam e mantém a produção de leite pelas glândulas
mamárias. A ejeção de leite das glândulas mamárias depende do hormônio ocitocina, que é liberado pela neuro-
hipófise. Nas mulheres, o hormônio inibidor da prolactina (PIH) suprimi a secreção de prolactina na maior
parte do tempo. Mensalmente, antes de a menstruação começar o nível de PIH diminui é nível de prolactina
aumenta no sangue, mas não o suficiente para estimular a produção do leite. Na gravidez, os altos níveis de
estrógenos promovem a secreção do hormônio liberador da prolactina (PRH).
O6) hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) ou corticotropina controla a produção e secreção dos
hormônios chamados de glicocorticoides pelo córtex da adrenal. O hormônio liberador da corticotropina
(CRH) do hipotálamo estimula a secreção de ACTH. Glicocorticoides causam retroalimentação negativa de CRH
e ACTH.
O hormônio estimulador do melanócito (MSH) existe em pequenas quantidades em humanos. A sua
função exata no corpo humano é desconhecida. Em doses altas por muito tempo, escurece a cor da pele. A
presença de receptores de MSH no cérebro sugerindo certa a influência nas atividades cerebrais. Liberação de
CRH estimula a liberação de MSH e a dopamina inibe.
148
ele diminui o volume de urina. Nas glândulas sudoríparas, diminui a perda de água pela transpiração. No músculo
liso, o ADH estimula a contração dos vasos aumentando a pressão sanguínea.
150
rins do hormônio calcitriol, a forma ativa da vitamina D. O calcitriol age no trato gastrointestinal aumentando a
taxa de aborção de cálcio, magnésio e fosfato.
O nível de cálcio no sangue controla a secreção de calcitonina (CT) e hormônios da paratireoide via
retroalimentação negativa e os dois hormônios tem efeitos opostos nos níveis de cálcio no sangue da seguinte
maneira.
1- Um nível alto de cálcio no sangue estimula as células parafoliculares da tireoide a liberar calcitonina (CT).
2- A calcitonina inibe a atividade dos osteoclastos, diminuindo o nível de cálcio.
3- Um nível baixo de cálcio no sangue estimula as células da paratireoide a liberar paratormônio.
4- O paratormônio aumenta o número e atividade dos osteoclastos que desmineralizam os ossos liberando cálcio
no sangue. Ao mesmo tempo, o paratormônio diminui a perda de cálcio na urina. Ambas as ações levam a um
aumento dos níveis de cálcio no sangue.
5- O paratormônio estimula os rins a liberar calcitriol, a forma ativa da vitamina D.
6- O calcitriol estimula a absorção de cálcio dos alimentos pelo trato gastrointestinal, o que ajuda a aumentar o
nível de cálcio no sangue.
152
7 Ilhotas Pancreáticas.
O pâncreas é localizado na curva do duodeno, tem função endócrina e exócrina. A parte endócrina consiste
de um grupo de células chamadas ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans. Algumas células da ilhota, as
células alfa, secretam glucagon. Outras células, as células beta, secretam insulina.
O glucagon aumenta o nível de glicose no sangue, quando o nível baixa além do normal. Este aumento
fornece glicose para a produção de ATP para os neurônios. Diferentemente, a insulina move a glicose do sangue
para as células, principalmente para as fibras do músculo esquelética
O nível de glicose no sangue controla a secreção de insulina e glucagon via retroalimentação negativa da
seguinte maneira:
1) Baixo nível de glicose no sangue (hipoglicemia) estimula a secreção de glucagon.
2) Glucagon age nas células do fígado para promover a quebra do glicogênio (polímero de glicose) em
glicose e a formação de glicose a partir de ácido láctico e certos aminoácidos.
3) Com o fígado liberando glicose para o sangue, o nível de glicose sobe.
4) Ao atingir altos níveis de glicose no sangue(hiperglicemia) o glucagon é inibido por
153
retroalimentação negativa.
5) Ao mesmo tempo, a hiperglicemia estimula a secreção de insulina.
6) A insulina age em várias células do corpo facilitando a entrada de glicose para dentro da célula.
7) Como resultado o nível de glicose no sangue diminui.
8) Quando os níveis de glicose sanguíneo ficam abaixo do normal, este estado inibe a liberação de
insulina por retroalimentação negativa.
Além da insulina afetar o metabolismo da glicose, ela promove a entrada de aminoácidos para As células
do corpo e aumenta a síntese de proteínas e ácidos graxos no interior das células. A insulina é estimulada pelo
SNA parassimpático durante a refeição e o SNA simpático estimula a secreção de glucagon durante um exercício
físico.
154
Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
MARTINI, F.H.; OBER, W.C.; BARTHOLOMEW, E.F.; NATH, J.L. Anatomia e Fisiologia Humana: Uma
Abordagem visual. 1ªEdição. São Paulo: Pearson Brasil. 2014. 792p.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 5 ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 989p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
158
10 Sistema Cardiovascular
10.1 Introdução.
O sistema cardiovascular é formado por 3 componentes: o sangue, o coração e os vasos sanguíneos. Ele
transporta substâncias para dentro e para fora das células do corpo. Para isso, o sangue deve circular o corpo todo.
O coração é uma “bomba” que faz o sangue circular e os vasos sanguíneos transportam o sangue do coração para
o corpo e do corpo para o coração.
10.2 Sangue.
O sangue é um tipo de tecido conjuntivo em que a substância extracelular é abundante. Ele é mais denso
que a água com temperatura de 38ºC, pH em torno de 7,34 a 7,45. Um homem adulto possui de 5 a 6 litros e uma
mulher cerca de 4 a 5 litros. A suas principais funções são: 1) Transporte, no qual o sangue transporte oxigênio
para as células do corpo todo e gás carbônico das células para os pulmões. Também transporte de nutrientes do
trato gastrointestinal para as células, calor e excretas para fora da célula e hormônios para as células-alvo.
2) Regulação: o sangue ajuda a regular o pH dos fluidos corporais, a água retira calor do interior do corpo
para a pele. A pressão osmótica do sangue influencia a quantidade de água das células. 3) Proteção: a coagulação
do sangue protege contra a perda excessiva do sangue. Células brancas de defesa realizam fagocitose e produzem
anticorpos, interferons e do sistema complemento que protegem contra infecções.
O sangue apresenta duas partes: 1) Os elementos figurados como Hemácias ou células vermelhas,
Leucócitos ou células brancas e as plaquetas. 2) A parte líquida é o plasma, que é formado por proteínas, sais
minerais, hormônios. A figura abaixo demonstra a composição do sangue.
pluripotente, e são capazes de se diferenciar em muitos tipos de células. A partir delas e por estimulação
hormonal se desenvolvem em duas linhagens, a linhagem mieloide e a linhagem linfoide.
A linhagem mieloide origina, na medula óssea vermelha, as hemácias, plaquetas, eosinófilos, basófilos,
neutrófilos e monócitos. Já a linhagem linfoide começa a diferenciação na medula óssea vermelha e termina no
tecido linfoide, originando os linfócitos T, linfócitos B e células NK ou assassinas naturais.
160
10.2.3 Hemácias.
As hemácias ou eritrócitos são os glóbulos (células) vermelhos do sangue, esta coloração é devida a uma
proteína carreadora de oxigênio, a hemoglobina. A hemoglobina também transporta 23 % do gás carbônico. A
hemácia adulta é anuclear (sem núcleo celular), com forma de disco bicôncavo, em que a região central fina e as
margens são espessas. Esta forma permite uma alta flexibilidade para que as hemácias possam se espremer para
passar por capilares muito finos. A hemoglobina é uma proteína complexa com 4 subunidades. Em cada
subunidade existe um grupo Heme, que possui um íon de ferro. Este que forma a ligação com a molécula de
oxigênio ciclo de vida das hemácias é de aproximadamente 120 dias.
1- As células velhas ou danificadas são fagocitadas por macrófagos no baço, fígado e medula óssea vermelha. Isto
separa o grupo heme as globinas da hemoglobina.
2- As proteínas globinas são quebradas em aminoácidos que serão reutilizados para formar outras proteínas.
3- O ferro removido do grupo heme se liga a proteína transferrina que é um transportador.
4- O complexo ferro-transferrina é conduzido a medula óssea vermelha, onde percussores das hemácias utilizam
para sintetizar hemoglobina. A vitamina B12 é necessária para síntese de hemoglobina.
5- A eritropoese produz novas hemácias na medula óssea vermelha que caem na corrente sanguínea.
161
6- O ferro ao ser removido do grupo é convertido nos pigmentos biliverdina (verde) e bilirrubina (amarelo-
alaranjado). A bilirrubina é levado ao fígado via vasos sanguíneos e secretado em forma de bílis..
7- a bilirrubina chega ao intestino grosso e é convertida em urobilinogênio. Deste uma parte retorna ao sangue e
convertido em urobilina que é excretado na urina. Mas a maioria do urobilinogênio é convertido em
estercobilina (marrom).
Normalmente a destruição das hemácias e eritropoese (síntese de novas hemácias) ocorrem ao mesmo
tempo. Contudo, se a destruição seja mais rápida ocorrerá a hipóxia (deficiência de oxigênio), que então é
detectado pelos rins. Estes então secretam o hormônio eritropoietina (EPO) que circula no sangue, chega a medula
óssea vermelha e estimula a eritropoese.
162
10.2.4 Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são encontrados espalhados pelos tecidos. O que circulam no sangue
são em pequeno número. Os leucócitos têm como funções: defender contra patógenos, remover toxinas, excretas,
células anormais e danificadas. Possuem núcleos com formas e tamanhos diferentes. Existem duas classes de
leucócitos: 1) Leucócitos granulares ou granulócitos e 2) Leucócitos agranulares ou agranulócitos.
Os granulócitos possuem grandes quantidades de grânulos no citoplasma. Existem 3 tipos de granulócitos:
Neutrófilo, eosinófilo e basófilo.
Os neutrófilos possuem grânulos neutros, que são enzimas bactericidas. Possui um núcleo muito denso,
dividido em lobos, chamado polimorfonucleares. Eles são fagócitos ativos especializados em digerir bactérias.
Eosinófilos possuem grânulos acidófilos com núcleo bilobado. Eles são células fagocíticas, aumentam em
infecção parasitária e tem papel na inflamação. Os basófilos possuem grânulos básicos (alcalinos). Eles migram
para tecidos danificados onde liberam grânulos para o fluido intersticial, que possuem histamina (envolvida nos
processos alérgicos) e heparina (evita a coagulação sanguínea), os quais aumentam os processos inflamatórios.
Os agranulócitos são os monócitos e linfócitos. Os monócitos são quase que esféricos e seu núcleo tem a
forma de um rim. Eles são células fagocíticas que quando migram para os tecidos passam a ser chamados de
macrófagos.
Os linfócitos são células com pouco citoplasma com núcleo grande, e são células principais do sistema
linfático. Eles são responsáveis pelo imunidade adaptativa. Existem 3 tipos de linfócitos: As células T, que entram
nos tecidos periféricos e atacam patógenos; As células B, que se diferenciam em plasmócitos, esta então produz
anticorpos; e as células NK (natural killer) responsáveis pela monitoramento imunitário, destruição de células
anormais e atuam na prevenção do câncer. As plaquetas são pedaços de citoplasma de uma célula chamada
megacariócito suas funções incluem: iniciam e controlam a coagulação sanguínea, criam uma barreira para evitar
a perda de água.
163
10.3 Coração.
Para que o sangue chegue a todos os tecidos do corpo, ele deve ser bombeado pelo coração. O coração bate
cerca de 100.000 vezes por dia, e está localizado na cavidade torácica entre os dois pulmões com 2/3 voltado para
o lado esquerdo do corpo. O seu tamanho é do mesmo tamanho de sua mão fechada.
A parte mais afunilada é o ápice do coração, que é formado pela ponta do ventrículo esquerdo. A base
do coração é formado pelos átrios. A membrana que envolve e protege o coração é o pericárdio. Este possui 2
partes: o pericárdio fibroso e o pericárdio seroso. O mais externo é o pericárdio fibroso, que é um tecido
conjuntivo denso não modelado duro e inelástico.
A camada mais interna é o pericárdio seroso, que é mais fina, delicada e formando uma membrana dupla
ao redor do coração. A mais externa é a camada parietal que se funde com o pericárdio fibroso. A mais interna é
a camada visceral ou epicárdio, que se adere firmemente a superfície do coração. Entre a camada parietal e
visceral existem um fluido chamado fluido pericardial, que reduz o atrito entre as membranas. Este fluido está
numa cavidade chamada de cavidade pericardial.
A parede do coração é formada por 3 camadas: o epicárdio (externa), miocárdio Meio, músculo cardíaco) e
endocárdio (interna). O epicárdio já foi descrito acima. O miocárdio é formado pelo tecido muscular cardíaco.
A suas fibras são involuntárias, ramificadas e organizadas em feixes entrelaçados. Cada fibra muscular possui 2
redes separadas, uma atrial e outra ventricular. Cada rede se contrai separadamente, ou seja, o átrio se contrai e o
ventrículo não o faz. O endocárdio é uma fina camada interna formado por tecido epitelial simples pavimentoso
que forra internamente o miocárdio e cobre as válvulas do coração e os tendões aderidos às válvulas.
O coração possui 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos. Entre o átrio esquerdo e o átrio direito tem uma
divisão chamada de septo interatrial. Na face anterior de cada átrio existe uma dobra chamada de aurícula. Entre
o ventrículo esquerdo e o direito existe o septo interventricular. As paredes das câmaras variam de acordo com o
volume de sangue que precisam bombear. Os átrios possuem membranas mais finas e os ventrículos mais
espessos. Sendo o ventrículo esquerdo o mais espesso, pois bombeia sangue para todo o corpo.
Chegam e saem grandes vasos no coração. O átrio direito recebe sangue desoxigenado (pouco oxigênio,
rico em gás carbônico) através de 3 veias: 1) a veia superior (traz sangue de partes do corpo acima do coração);
2) veia cava inferior (traz sangue de partes do corpo abaixo do coração); seio coronário (drena sangue da parede
do coração).
O átrio direito bombeia o sangue desoxigenado para o ventrículo direito, que então bombeia para o tronco
pulmonar. Este se divide em artéria pulmonar direita e esquerda, transportando sangue para o pulmão direito e
esquerdo.
Nos pulmões, o sangue desoxigenado descarrega gás carbônico (CO2) e adquiri oxigênio. O sangue agora
oxigenado (rico em oxigênio) entra no átrio esquerdo vias as 4 veias pulmonares. Do átrio esquerdo o sangue
passa para o ventrículo esquerdo, que então é bombeado para artéria aorta e da aorta para o corpo todo.
endotélio. As válvulas abrem ou fecham por mudanças de pressão a medida que o coração contrai ou relaxa.
As válvula atrioventriculares estão entre os átrios e os ventrículos. Ente o átrio direito e o ventrículo
direito está a válvula tricúspide (3 partes), em cada extremidade das partes se projetam para o ventrículo as
cordas tendíneas, que se conectam aos músculos papilares, que são projeções do músculo cardíaco para face
interna do ventrículo. A válvula entre o átrio esquerdo e ventrículo esquerdo é a válvula bicúspide ou mitral com
2 peças.
Próximo a origem do tronco pulmonar e a aorta estão as válvulas semilunares chamadas válvula do tronco
pulmonar e válvula da aorta. A válvula pulmonar se encontra onde o tronco pulmonar no ventrículo direito. A
válvula da aorta se localiza entre o ventrículo esquerdo e artéria aorta.
165
166
a taxa cardíaca mas não determinam. Estas células têm 2 funções principais: 1) Agem como um marcapasso,
configurando o ritmo do coração inteiro. 2) Sistema de condução que conduz os potenciais de ação por todo
músculo cardíaco. Esta condução assegura que as câmaras sejam estimuladas e contraiam de maneira coordenada.
O potencial de ação acontece da seguinte maneira:
14) Excitação cardíaca começa no nó sinoatrial, localizado no átrio direito logo abaixo da abertura da
veia cava superior. O potencial de ação nasce espontaneamente no nó sinoatrial e é conduzido pelas
fibras cardíacas atriais fazendo os dois átrios contraírem ao mesmo tempo.
15) Condução pelo músculo cardíaco atrial chega ao nó atrioventricular, localizado no septo interatrial
logo acima da abertura do seio coronário. No nó atrioventricular, o potencial de ação diminui muito,
dando tempo para que os átrios se esvaziem de sangue.
16) Do nó atrioventricular, o potencial de ação entra no fascículo atrioventricular (feixe de His) no
septo interventricular. Neste fascículo, é o único local onde o potencial de ação pode ser conduzido
dos átrios para os ventrículos.
17) O fascículo atrioventricular se divide em ramo direito e esquerdo em direção ao ápice do coração.
18) Destes ramos o potencial de ação chega as fibras de Purkinje, onde é rapidamente conduzido para
os ventrículos.
Período de relaxamento: este começa com fim do ciclo quando os ventrículos começam a relaxar e todas as
câmaras estão em diástole. A medida que os ventrículos relaxam a pressão dentro deles diminui. Quando a
pressão ventricular se torna mais baixa que a atrial, as válvulas abrem e começa a encher o ventrículo.
Cerca de 75% de enchimento ventricular ocorre depois da abertura das válvulas e antes da
contração atrial.
Sístole atrial: Um potencial de ação do nó sinoatrial causa despolarização atrial. Quando os átrios contraem, eles
empurram pelo menos 25% de sangue nos ventrículos. No final da sístole atrial, cada ventrículo possui
130ml de sangue. As válvulas atrioventricular ainda estão abertas e as semilunares ainda estão fechadas.
Sístole ventricular: Ocorre a despolarização ventricular. A contração dos ventrículos empurram o sangue pelas
válvulas atrioventriculares forçando-as a fecharem. Com o tempo a pressão ventricular sobe. Quando a
pressão do ventrículo direito é maior do que a do tronco pulmonar e quando a pressão do ventrículo
esquerdo é maior que a da artéria aorta, ambas válvulas semilunares se abrem. O volume expelido de
sangue durante a sístole ventricular é cerca de 70ml. Quando os ventrículos começam a relaxar, as válvulas
semilunares fecham e começa um novo período de relaxamento.
170
O fluxo de sangue nos capilares é regulada por fibras de músculo liso nas paredes das arteríolas e pelos
esfíncteres pré-capilares. Estes são anéis de músculo liso nos locais onde os capilares se ramificam das
arteríolas.
As trocas capilares ocorrem de maneira devagar, uma vez que, o fluxo de sangue é mais lento do que nos
vasos maiores. A pressão sanguínea capilar é a pressão do sangue contra as paredes dos capilares, empurrando o
fluido para fora dos capilares para o líquido intersticial. A pressão oposta, a pressão coloidosmótica sanguínea
puxa o fluido para o interior dos capilares.
A pressão sanguínea capilar é maior que a pressão coloidosmótica na metade de um vaso capilar
típico. Portanto, água e solutos fluem do capilar sanguíneo para o líquido intersticial, este movimento é chamado
de filtração.
A medida que o sangue flui no capilar, a pressão sanguínea diminui progressivamente, e na metade do
capilar cai abaixo da pressão coloidosmótica, fazendo a água e os solutos se moverem do líquido intersticial para o
interior do vaso capilar, a chamada reabsorção. Cerca de 85% do líquido filtrado é reabsorvido.
As vênulas são a união de vários capilares, que então drenam o sangue para as veias. Estas
transportam para o coração. A estrutura das vênulas é parecida com as das arteríolas com paredes mais finas
próximo ao capilar e progressivamente engrossa quanto mais se aproxima do coração.
As veias são estruturalmente semelhantes as artérias, mas suas túnicas médias e internas são mais
delgadas (finas). A túnica externa é a mais espessa e o lúmen é mais amplo do que a da artéria. Algumas
veias possuem dobras da túnica interna que formam as válvulas venosas. Estas impedem o refluxo de sangue.
Como as veias retornam o sangue para o coração? De três maneiras: 1) Contrações do coração; 2)
Bomba do músculo esquelético; 3) Bomba respiratória.
As contrações ventriculares criam uma diferença de pressão entre as vênulas e o átrio direito. Contudo,
esta diferença de pressão é somente suficiente para superar a força da gravidade. Mas, é necessário os outros 2
mecanismos para trazer o sangue de volta para o coração.
A bomba do músculo esquelético funciona da seguinte maneira: A medida que você se locomove, como
no caso das pernas, os músculos comprimem as veias empurrando o sangue para cima através das válvulas mais
próximas do coração, a chamada ordenha. Depois do relaxamento muscular, a pressão sanguínea cai e a válvula
se fecha.
A bomba respiratória ocorre da seguinte maneira: Durante a inspiração, o diafragma se move para baixo,
diminuindo a pressão na cavidade torácica e aumentando na cavidade abdominal. Com isso as veias da cavidade
abdominal se comprimem empurrando o sangue para a cavidade torácica e para o átrio direito. Na expiração, a
pressão se inverte, e as válvulas venosas impedem o refluxo de sangue da cavidade torácica para a abdominal.
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Referências
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
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TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
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excesso ao sangue; 2)Transportam lipídeos e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo trato
gastrointestinal; 3) Realizar as respostas imunes.
Os vasos linfáticos começam como capilares linfáticos. Estes capilares, localizados entre espaços entre
células, são fechados na extremidade. Eles convergem e formam unidades mais largas, os vasos linfáticos. Os
capilares linfáticos possuem permeabilidade maior do que os capilares sanguíneos e podem absorver molécu las
grandes como proteínas e lipídeos. Eles também são mais largos em diâmetro do que os capilares sanguíneos, e
isto permite que o líquido intersticial flui para dentro e não para fora.
O fluido intersticial passa para os capilares linfáticos da seguinte maneira: As extremidades das células
endoteliais que formam a parede do vaso linfático se sobrepõem. Quando a pressão é maior no fluido intersticial
do que na linfa, as células ligeiramente se afastam é o líquido intersticial entra no capilar linfático. Quando
apressão é maior no capilar linfático as células endoteliais se aderem mais e não permitem que a linfa retorne para
o líquido intersticial. Apressão é liberada a medida que a linfa se move no capilar.
Quando ocorre o excesso de fluido intersticial, este se acumula e causa o inchaço do tecido. Então, os
filamentos de ancoragem (fibras proteicas que ligam as células endoteliais do capilar linfático as células
adjacentes) são puxados aumentando a abertura entre as células para que mais fluido intersticial entre no capilar
linfático.
No intestino delgado, capilares linfáticos especializados chamados Lácteos, transportam os lipídeos da
dieta para os vasos linfáticos e finalmente para o sangue. A linfa passa dos capilares linfáticos para vasos linfáticos
e então para os linfonodos.
Os componentes do plasma sanguíneo como nutrientes, gases e hormônios passam livremente pelas paredes dos
capilares sanguíneos formando o líquido intersticial. Mas, quando mais fluido é liberado pelos capilares do que
reabsorvidos. O excesso deste fluido, cerca de 3 litros, é drenado para os vasos linfáticos e se torna a linfa.
As proteínas do plasma são muitos grandes para deixar os vasos sanguíneos, por isso, o fluido intersticial
possui uma pequena quantidade de proteínas. Estas que deixam os vasos sanguíneos não podem voltar aos vasos
sanguíneos contra um gradiente de concentração. Porém, podem se mover livremente para os vasos linfáticos,
estes por sua vez, retornam as proteínas do plasma para a corrente sanguínea.
Os vasos linfáticos contêm válvulas, que assegura o movimento da linfa num única mão. O sistema
linfático não possui um órgão que funcione como uma bomba. Por isso, o sistema linfático utiliza os mesmos
mecanismos que ajudam a retornar o sangue venoso ao coração.
Estes mecanismos são as contrações dos músculos esqueléticos que comprime os vasos linfáticos. O
movimento respiratório muda a pressão durante a inalação de ar e a linfa move da região abdominal, onde a
pressão é maior, para a região torácica, onde a pressão é menor. Durante a exalação de ar a pressão reverte mais as
válvulas impedem o refluxo da linfa. Além disso, vasos linfáticos são embrulhados junto com folhas de tecido
conjuntivo e vasos sanguíneos, e pulsações de artérias vizinhas também promovem o fluxo da linfa.
178
179
ingeridas ou inaladas. As 7 tonsilas são: uma única na parede posterior da nasofaringe, a tonsila faríngea ou
adenóide. Duas na região posterior da cavidade oral, um de cada lado, as tonsilas palatinas. Um par de tonsilas
localizadas na base da língua, as tonsilas linguais. Existe ainda uma pequena tonsila próxima a abertura da tuba
auditiva na faringe
imunocompetentes. Isto é, capaz de gerar uma resposta imune. Os órgãos primários são a medula óssea vermelha
e o timo.
Os órgãos linfoides secundários são os locais onde ocorre a maioria da resposta imune. Eles incluem o
linfonodo e o baço. Os nódulos linfáticos não são considerados órgãos e sim tecidos, por que não envolvidos por
uma cápsula de tecido conjuntivo.
A medula óssea é o local de origem da maioria células maduras da corrente sanguínea, incluindo glóbulos
vermelhos, granulócitos e monócitos, e o local de maturação dos linfócitos B. A hematopoese (geração de células
sanguíneas) após o nascimento ocorre em quase todos os ossos do esqueleto. Mas, fica restrito aos ossos chatos na
puberdade.
A medula consiste de uma estrutura reticular semelhante a uma esponja entre longas trabéculas (Projeções
do tecido). Os espaços nesta estrutura contêm uma rede de capilares sinusóides cheios de sangue forrado por
células endoteliais aderidos a uma membrana basal descontínua.
Externamente aos sinusóides, há classes de precursores de células do sangue em vários estágios de
desenvolvimento. As células do sangue amadurecem e migram através da membrana basal do sinusóide e entre as
células endoteliais para entrar na circulação vascular. Quando a medula óssea sofre algum dano ou uma grande
demanda de células de sangue, o fígado e baço tornam locais de hematopoese.
As células vermelhas, granulócitos, células dendríticas, plaquetas, linfócitos T e B e células NK, todas se
originam de uma célula-tronco comum hematopoética. Estas células tronco ao se dividirem em duas. Uma
mantém a s propriedades das células-tronco, e a outra se diferencia numa linhagem particular. Depois estas células
dão origem a duas linhagens multipotentes, a linhagem linfoide e a linhagem mieloide.
A linhagem linfoide origina precursores de células T, células B e células NK. A maioria dos passos de
maturação dos linfócitos B ocorre na medula. Mas, os eventos finais ocorrem após entrarem nos tecidos linfoides
secundários, principalmente no baço. As células T amadurecem inteiramente no timo. As células NK amadurecem
inteiramente na medula óssea.
A linhagem mieloide origina linhagens de células progenitoras megacariocítica, granulocítica e
monocítica, que por sua vez origina glóbulos vermelhos maduros, plaquetas, granulócitos (neutrófilos, eosinófilo,
basófilo) e monócitos. A maioria das células dendríticas se origina da linhagem monocítica.
O timo é um órgão bilobado (dois lobos) localizado no mediastino entre o esterno e a aorta. Uma camada
de tecido conjuntivo mantém os dois lobos unidos. Mas, cada lobo é envolvido pela cápsula de tecido conjuntivo,
separando os dois lobos. Extensões da cápsula, as trabéculas, penetram nos lobos dividindo-os em lóbulos.
Cada lóbulo é formado por uma região mais escura e periférica, o córtex, e uma região mais central mais
clara, a medula. O córtex é composto por uma grande quantidade de células T e células dendríticas, epiteliais e
macrófagos espalhados. Células T imaturas migram da medula óssea vermelha para o córtex, onde proliferam e
começam a amadurecer, e as células dendríticas auxiliam no amadurecimento.
As células epiteliais do córtex possuem prolongamentos que circundam e servem como estrutura para cerca
de 50 células T. Estas células “educam” as pré-células T num processo chamado de seleção positiva. Mais ainda,
elas produzem hormônios do timo que podem estar envolvida na maturação das células T. Somente, 2% das
células do córtex sobrevivem, as restantes morrem via apoptosis. Os macrófagos do timo ajudam a remover as
182
nódulos linfáticos secundários possui uma região clara nomeada de centro germinal. No centro germinal existem
células B e células dendríticas foliculares e macrófagos. As células dendríticas foliculares apresentam um
antígeno, as células B se desenvolvem em plasmócitos (células produtoras de anticorpos) e células B de memória.
As células B que não se desenvolvem apropriadamente sofrem apoptoses. A região nódulo linfático secundário ao
redor do centro germinal é composta de acumulações densas de células B que migraram para fora do local de
origem.
O córtex interno não contém nódulo linfático. Ele é formado principalmente de células T e células
dendríticas que entram no linfonodo. As células dendríticas apresentam antígenos para células T, causando sua
proliferação.A medula do linfonodo contém células B, plasmócitos que migram do córtex externo e macrófagos.
Estas células estão mergulhadas numa rede de fibras reticulares e células reticulares.
O fluxo da linfa ocorre numa única direção, ela entra pelos vasos linfáticos aferentes, que penetra no
linfonodo. Os vasos linfáticos aferentes contêm válvulas que abrem para o centro do linfonodo.
No interior do linfonodo, a linfa entre nos seios, que são uma rede de canais irregulares com fibras
reticulares, linfócitos e macrófagos. Dos vasos linfáticos aferentes a linfa flui para os seis subcapsulares (logo
abaixo da cápsula), depois para os seios trabeculares e para os seios medulares.
Dos seios medulares a linfa é drenada nos vasos linfáticos eferentes, mais espessos e em maior número do
que os vasos linfáticos aferentes. Os vasos linfáticos eferentes emergem de um lado do linfonodo numa ligeira
depressão chamada de hilo. Vasos sanguíneos entrem e saem do hilo.
Os linfonodos funcionam como um filtro. A linfa entre por uma extremidade, as substâncias estranhas são
os nas fibras reticulares. Então, macrófagos destroem algumas delas por fagocitose e linfócitos destroem os outros
pelas respostas imunes. A linfa filtrada deixa pela outra extremidade.
Desde que existem mais vasos linfáticos aferentes, trazendo a linfa, do que vasos eferentes, transportando
linfa para fora. O fluxo de linfa dentro do linfonodo é lento fornecendo mais temo para a linfa ser filtrada. Além
disso, a linfa passa por vários linfonodos diferentes, expondo-a a vários eventos de filtração antes de retornar ao
sangue.
Uma simples infecção ou ferimento pode levar a um aumento do tamanho do linfonodo, o que se chama
popularmente de íngua. Isto ocorre pelo aumento do número de linfócitos e macrófagos nos linfonodos. O inchaço
crônico do linfonodo é chamado de linfadenopatia. O que pode ocorrer em resposta a uma infecção viral ou
bacterial, distúrbio endócrino ou câncer (Martini, 2012).
O baço é a maior massa de tecido linfoide do corpo com 12 cm, localiza-se entre o estômago e diafragma.
A superfície do baço é lisa e convexa. A inferior é côncava e possui um hilo, onde passa a artéria esplênica, veia
esplênica e vasos linfáticos eferentes.
A cápsula de tecido conjuntivo denso envolve o baço, que é por sua vez, recoberta por uma membrana
serosa, o peritônio visceral. Trabéculas se projetam para dentro da cápsula. A cápsula, trabécula, fibras reticulares
e fibroblastos formam o estroma.
O parênquima é formado por dois tipos de tecidos chamado de polpa branca e polpa vermelha. A polpa
branca é tecido linfoide, consistindo de principalmente de linfócitos e macrófagos organizados ao redor de ramos
da artéria esplênica, chamada de artérias centrais.
184
A polpa vermelha consiste de seios venosos cheios de sangue e cordões esplênicos ou cordões de Billroth.
Os cordões esplênicos consistem de glóbulos vermelhos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos e granulócitos. As
veias estão associadas com a polpa vermelha.
O fluxo de sangue entra no baço pela artéria esplênica e passa para as artérias centrais da polpa branca.
Dentro da polpa branca, as células B e T realizam suas funções imunológicas semelhantes aos dos linfonodos.
Na polpa vermelha, o baço realiza 3 funções em relação as células vermelhas. A primeira é a remoção pelos
macrófagos de células rompidas, velhas ou defeituosas, e plaquetas. Segundo, armazena plaquetas, em até um 1/3
do suprimento do corpo. Terceiro, produção de células sanguíneas durante a vida fetal.
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Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
MARTINI, F.H.; OBER, W.C.; BARTHOLOMEW, E.F.; NATH, J.L. Anatomia e Fisiologia Humana: Uma
Abordagem visual. 1ªEdição. São Paulo: Pearson Brasil. 2014. 792p.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 5 ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 989p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Prinicples of Anatomy and Physiology. 14Th Edition. Danvers: John
Wiley & Sons. 2014. 1237p.
186
12 Sistema Respiratório
12.1 Introdução.
As células do corpo precisam de oxigênio (O2) para as reações metabólicas que liberam energia dos
nutrientes e produção de ATP. Estas mesmas reações produzem excesso de dióxido de carbono ou gás carbônico
(CO2) que deve ser eliminado o mais rápido possível, pois é tóxico as células.
O sistema respiratório inclui: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Ele fornece a troca
gasosa, que é a absorção de O 2 e a liberação de CO2.. O sistema respiratório ajuda a regula o pH do sangue (muito
CO2 o sangue fica ácido), contém receptores de cheiro, filtra, aquece e umidifica o ar na inspiração, produz sons
(cordas vocais na laringe), libera água e calor durante a expiração.
A troca gasosa que acontece no corpo, chama-se respiração e ocorre em 3 passos básicos: 1) Ventilação
pulmonar, que é o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões; 2) Respiração externa, que é a troca gasosa
entre os alvéolos pulmonares e o sangue nos capilares pulmonares, sendo que o sangue ganha O 2 e perde CO2; 3)
Transporte dos gases respiratórios, em que o oxigênio é transportado dos pulmões para os tecidos e gás
carbônico é transportado dos tecidos para os pulmões. O sistema responsável neste caso é o sistema
cardiovascular. 4) Respiração interna, onde ocorre a troca gasosa entre o sangue e os capilares dos tecidos. Neste
caso, o oxigênio passa do sangue para os tecidos e gás carbônico passa dos tecidos para o sangue.
O sistema respiratório é responsável pelos dois primeiros e os 2 últimos pelo sistema cardiovascular. Assim,
estes 2 sistemas são muito próximos. A utilização do oxigênio e a produção de gás carbônico ocorrem nas células,
a chamada respiração celular. É através desta que as células retiram energia dos compostos orgânicos.
187
A traqueia se divide em brônquio primário direto e esquerdo. A aua estrutura cartilaginosa é igual a da
traqueia. Ao entrar nos pulmões, o brônquio primário se divide em brônquio secundário para cada lobo do
pulmão. Estes brônquios secundário se dividem em terciários, que então se divide ainda mais em bronquíolos.
Estes se ramificam em bronquíolos menores chamados de bronquíolos terminais.
Os pulmões são dois órgãos cônicos esponjosos na cavidade torácica. Eles estão separados pelo coração e
outras estruturas no mediastino. A membrana pleural é uma membrana serosa dupla que envolve e protege os
pulmões. A camada mais externa é ligada a parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é chamada de pleura
parietal. A mais interna, a pleura visceral, é aderida aos pulmões. Entre as duas pleuras existe um pequeno
espaço, a cavidade pleural, que contém um líquido lubrificante. Este líquido reduz o atrito entre as membranas,
permitindo que as duas deslizam durante a respiração.
A parte mais larga de cada pulmão é a base e parte mais estreita é o ápice. O pulmão esquerdo possui uma
depressão, a incisura cardíaca, na qual se localiza o coração. Isto faz com que o pulmão esquerdo seja 10%
menor que o direito.
Fissura dividem os pulmões em lobos. A fissura oblíqua divide o pulmão esquerdo em 2 lobos, o
superior e o inferior. As fissuras oblíqua e horizontal divide o pulmão direito em superior, médio e inferior.
Cada lobo se divide em segmentos menores supridos pelos brônquios terciários. Estes segmentos, então, dividem-
se em compartimentos menores, os lóbulos.
Cada lóbulo possui um vaso linfático, uma arteríola, uma vênula e um brônquio terminal. Os
bronquíolos terminais se dividem em ramos microscópicos chamados de bronquíolos respiratórios. Estes se
subdividem em ductos alveolares. Quando 2 ou mais alvéolos compartilham a mesma abertura de um ducto
alveolar são chamados de sacos alveolares.
Os alvéolos possuem a parede formada por células alveolares delgadas, que são células epiteliais
pavimentosas. Nelas ocorrem a troca gasosa (hematose). Entre estas células, estão espalhadas células secretoras
de surfactante, que secretam o fluido alveolar. Este é uma mistura de fosfolipídio e lipoproteína que reduzem a
tendência dos alvéolos se colapsarem. Macrófagos alveolares são encontrado e removem poeiras e outros debris.
Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
MARTINI, F.H.; OBER, W.C.; BARTHOLOMEW, E.F.; NATH, J.L. Anatomia e Fisiologia Humana: Uma
Abordagem visual. 1ªEdição. São Paulo: Pearson Brasil. 2014. 792p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
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13 Sistema Digestório.
13.1 Introdução.
Os alimentos que consumimos sofrem vários processos até chegarem ao nível de moléculas. Estas são
absorvidas pelo trato gastrointestinal (GI) e tem 3 destinos básicos: 1) Fornecem energia para manter a vida
como transporte ativo, replicação de DNA, síntese de proteínas, contração muscular, manutenção da temperatura
corpórea e divisão celular; 2) Função estrutural fornecendo as moléculas que serão utilizadas para formar
moléculas complexas, como proteínas musculares, hormônios e enzimas; 3) Armazenadas para utilização
futura como o glicogênio é armazenado no fígado e triglicerídeos são armazenados no tecido adiposo.
Os nutrientes são substâncias químicas dos alimentos que as células utilizam para crescimento,
manutenção e reparo. Os seis tipos principais de nutrientes são carboidratos, lipídios, proteínas, água, minerais e
vitaminas.
Os alimentos são as fontes destes nutrientes. Mas, geralmente estão na forma complexa e muito grandes
para serem absorvidas. Portanto, os alimentos devem ser quebrados em moléculas menores o suficiente para
serem absorvidas, num processo chamado digestão. O conjunto de órgãos que realizam a digestão formam o
sistema digestivo.
O sistema digestivo é formado por dois grupos: O trato gastrointestinal (GI) e os órgãos acessórios. O
trato (GI) é um tubo contínuo que se estende da boca ao ânus, e incluem: boca, faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso e ânus. O trato GI possui de 5 a 7 metros numa pessoas adultas. Os órgãos
acessórios incluem: os dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas.
De maneira geral o sistema digestivo realiza seis processos básicos:
1 Ingestão: envolve trazer comida e líquidos a boca.
2 Secreção: o sistema digestivo secreta um total de 7 litros de água, ácidos, tampões e enzimas no lúmen do trato
GI.
3 Mistura e propulsão: os músculos lisos da parede do trato GI se alternam em contração e relaxamento
misturando os alimentos e secreções, e movendo em direção ao ânus.
4 Digestão: processos mecânicos e químicos quebram a comida ingerida em moléculas pequenas. Na digestão
mecânica, os dentes cortam e moemos alimentos antes de serem engolidos, e músculos lisos do estômago e do
intestino delgado os trituram. Isto resulta na mistura dos alimentos com as enzimas digestivas. Na digestão
química, os carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos são quebradas em moléculas menores pelas
enzimas digestivas.
5 Absorção: É a passagem de água, íons, moléculas pequenas que são produtos da digestão pelas células epiteliais
que forram o trato GI. As moléculas absorvidas passam para o fluido intersticial e então para sangue ou linfa, e
então circulam para células de todo o corpo.
6 Defecação: substâncias não digeridas, bactérias, materiais digeridos mas não absorvidos deixam o trato GI
através do ânus. O material eliminado é chamado de fezes.
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A túnica serosa é a camada mais externa formada por tecido epitelial pavimentoso e tecido conjuntivo
frouxo. Ela secreta um fluido aquoso e deslizante que permite o trato GI se mover próximos a outros órgãos. A
serosa também, é chamada de peritônio seroso.
A boca ou cavidade oral é formada pelas bochechas, palatos duro e mole, e a língua. As bochechas
formam as paredes laterais da cavidade oral. Os lábios estão ao redor da abertura da boca. A boca e os lábios são
cobertos externamente pela pele e internamente pela mucosa bucal.
O palato duro consiste da maxila e dos ossos do palato, formando o “céu” da boca. O restante é formado
pelo palato mole muscular. Pendurado no palato mole está a úvula que impede que líquidos e alimentos entrem na
cavidade nasal. Atrás do palato mole, a boca se abre na orofaringe e as tonsilas palatinas estão após a abertura.
A língua forma o “assoalho” da cavidade oral. E um órgão acessório do sistema digestivo constituído por
músculo esquelético envolvido por mucosa. As suas funções incluem: mover a comida para mastigação, modelar a
comida num bolo (bolo alimentar), ajuda a comida a ser engolida e está envolvida na fala. O frênulo da língua é
uma dobra de mucosa na linha mediana da parte de baixo da língua e limita o movimento da língua.
A superfície superior ou dorso e as laterias são cobertas por projeções chamadas papilas e algumas delas
possuem botões gustativos envolvidos na sensação de sabores. Glândulas da língua secretam uma enzima
chamada de lipase lingual que inicia a digestão de triglicerídeos em ácidos graxos, uma vez que estejam no
ambiente ácido do estômago.
Os três pares glândulas salivares secretam a saliva na cavidade oral. As glândulas parótidas estão
localizadas inferior e anteriormente as orelhas entre a pele e o músculo masseter. As submandibulares estão no
assoalho da boca parcialmente inferior à mandíbula. As sublinguais estão debaixo da língua.
A saliva é formada por 99,5% de água e 0,5% de solutos. Um destes solutos é a amilase salivar que digere
carboidratos. A secreção da saliva, a salivação é controlada por sistema nervoso autônomo.
Os dentes estão localizados nos alvéolos dentais da maxila e da mandíbula. Os alvéolos dentais são
cobertos pela mucosa gengival e unidos aos dentes por ligamentos periodontais. A estrutura de um dente consiste
da coroa, a raiz e o colo.
A coroa é a parte visível do dente e acima da gengiva. A raiz são projeções embebidas nos alvéolos dentais
e o colo é a linha de junção entre a raiz e a coroa. Internamente, a dentina forma a maior parte do dente. A dentina
é um tecido conjuntivo calcificado, que na coroa é coberta pelo esmalte. Este é formado basicamente por
carbonato de cálcio e fosfato, e é a substância mais dura do corpo protegendo a dentina contra o desgaste e de
ácidos.
A dentina da raiz é coberta pelo cemento, que conecta a raiz aos ligamentos periodontais. A dentina
envolve a cavidade pulpar, que é preenchido pela polpa. A polpa é um tecido conjunto rico em vasos sanguíneos,
vasos linfáticos e nervos.
Nos seres humanos, pode-se encontrar dois conjuntos de dentes. Os decíduos que aparecem aos seis meses
de idade até atingirem o número de 20 dentes. Estes são perdidos entre 6 e 12 anos de idade. Os dentes
permanentes começam a aparecer aos 6 anos até a idade adulta.
Uma pessoa adulta possui 32 dentes, que se divide em 4 grupos: Os incisivos, próximos a linha mediana
adaptados para cortar; os caninos, próximos aos incisivos com superfície pontiaguda ou cúspides para lacerar e
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rasgar os alimentos; os pré-molares com duas cúspides para esmagar e triturar e molares com 3 ou mais cúspides
cegas para esmagar e triturar os alimentos.
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O alimento a ser ingerido passa da boca para a faringe, um tubo em forma de funil composto por músculo
esquelético e forrado por mucosa. Possui 3 partes:a nasofaringe envolvida na respiração; a orofaringe logo após a
boca e a laringofaringe próxima a laringe. O movimento muscular a orofaringe e da laringofaringe ajudam a
mover o alimento em direção ao esôfago.
O esôfago é um tubo muscular forrado por tecido epitelial estratificado escamoso, transporta o alimento
para o estômago e secreta muco. Em cada extremidade do esôfago se forma dois esfíncteres. O esfíncter
esofagiano superior formado por músculo esquelético que controla a passagem de alimento da faringe para o
esôfago. O esfíncter esofagiano inferior formado por músculo liso e controla a passagem do alimento do esôfago
para o estômago.
204
A é o movimento do alimento da boca para o estômago e envolve a boca, faringe e esôfago, sendo
auxiliada pela saliva e muco. A deglutição se divide em 3 estágios: 1) Voluntário, onde o bolo alimentar e forçado
cavidade oral para orofaringe. 2) Faríngea, estágio involuntário que corre quando o bolo alimentar passa pela
orofaringe. 3) esofágica, quando o alimento é empurrado pelo esôfago pela peristalse.
O estômago é um alargamento do trato GI em forma da letra “J”, e conecta o esôfago ao duodeno (primeira
porção do intestino delgado). O estômago armazena os alimentos que posteriormente serão digeridos e absorvidos.
Gradativamente, uma pequena quantidade de comida ingerida é liberada para o duodeno. Ele é dividido em 4
regiões: cardia, fundo, corpo e piloro.
A cárdia cerca a abertura superior do estômago. O estômago se dobra para cima e para esquerda formando
o fundo. Inferiormente ao fundo está a parte central e maior do estômago, o corpo. A porção inferior e mais
estreita é a região pilórica. Esta região consiste o canal pilórico, que se conecta com o corpo. O piloro se conecta
com o duodeno através do músculo esfíncter do piloro.
205
A parede do estômago é composta de 4 camadas básicas assim como todo o resto do trato GI, são elas:
túnica mucosa, túnica submucosa, túnica muscular e túnica serosa. A mucosa gástrica que forra internamente o
estômago forma dobras quando este está vazio, chamadas de pregas gástricas. A superfície da mucosa é formada
por uma camada de células epiteliais simples colunar não ciliada, as células mucosas de superfície.
Na mucosa gástrica, existem as glândulas gástricas que forram canais estreitos, as fovéolas gástricas.
Estas se dividem em 3 tipos de células exócrinas, são elas: as células mucosas do colo que secretam o muco. As
células principais que secretam uma enzima inativa o pepsinogênio. As células parietais que produzem o ácido
clorídrico, que matam muitos microrganismos e ajudam a converter o pepsinogênio em pepsina (forma ativa da
enzima), e também produzem o fator intrínseco, que está envolvido na absorção da vitamina B12.
O conjunto de muco das células mucosas, secreção das células principais e das células parietais forma o
suco gástrico. Um quarto tipo de célula, a célula G secreta um hormônio chamado gastrina, que entra na
corrente sanguínea. A gastrina é liberada quando a comida entra no estômago estimulando a secreção das células
principais e parietais, e promove a estimulação do músculo liso da parede do estômago. O movimento do
estômago mistura os alimentos com o suco gástrico produzindo o quimo.
Do estômago, o quimo passa para o intestino delgado. A digestão química do intestino delgado depende
das atividades do pâncreas, fígado e vesícula biliar. O pâncreas está localizada atrás do estômago. As secreções
passam do pâncreas para o duodeno via ducto pancreático, que se une com o ducto hepático do fígado e da
vesícula biliar, penetrando no duodeno como um ducto único, o ducto colédoco.
O pâncreas é feito de pequenos grupos de células epiteliais glandulares, sendo a maioria dispostas em
grupamento chamados de ácinos. Estes formam a porção exócrina do pâncreas, que então secretam uma mistura
de líquidos e enzimas digestivas, o suco pancreático.
O suco pancreático consiste de água, sais, bicarbonato de sódio e enzimas. O bicarbonato de sódio torna
o suco pancreático ligeiramente alcalino (pH 7.1 a 8.2), que inativa o pepsina. As enzimas do suco pancreático
incluem a amilase pancreática (digere carboidratos), várias enzimas que degradam proteínas (proteases) como
a tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidase, a lipase pancreática (digere triglicerídeos), ribonuclease
(digere RNA) e desoxirribonuclease (digere DNA).
206
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As enzimas que digerem proteínas são produzidas na forma inativa, impedindo de digerir o próprio
pâncreas. Ao chegar no intestino delgado, por exemplo, a tripsina é ativada pela enteroquinase. A tripsina, por
sua vez, ativa as outras proteases pancreáticas.
O fígado, no adulto, pesa 1,4 kg e é o segundo maior órgão do corpo humano. Está localizado abaixo do
diafragma do lado direito do corpo. Uma cápsula de tecido conjuntivo envolve o fígado. Na margem frontal e
inferior do fígado encontra-se a vesícula biliar, um saco em forma de pêra.
A estrutura do fígado consiste de: 1) Hepatócitos, que são as células funcionais do fígado com papéis
metabólicos, secretórias e endócrinas. 2) Canalículos biliares, que são pequenos ductos entre os hepatócitos que
coletam a bílis produzida pelos hepatócitos. Dos canalículos, a bílis passa para o ducto biliar, este se unem e
formam ductos hepáticos direito e esquerdo, que então se unem num ducto hepático comum. O ducto hepático
comum se une ao ducto cístico da vesícula biliar formando o ducto colédoco. 3) Os sinusóides hepáticos são
capilares sanguíneos altamente permeáveis entre as colunas de hepatócitos recebendo sangue oxigenado.
A bile é formada por sais biliares que emulsificam, isto é, quebra as partículas grandes de lipídios numa
suspensão de pequenos glóbulos de lipídios, que então são digeridas rapidamente pela lipase pancreática. O
principal pigmento da bílis é a bilirrubina, derivada do grupo heme. As células vermelhas do sangue aos serem
quebradas liberam ferro, globina e bilirrubina. A globina e o ferro são reciclados. A bilirrubina é excretada na bílis,
quebrada no intestino delgado e um dos seus produtos, a estercobilina, dá as fezes a sua coloração característica.
As funções do fígado são:
1 Metabolismo de carboidratos: O fígado auxilia na homeostase da glicose, quando o nível de glicose no sangue
está baixo, o fígado quebra as moléculas de glicogênio em glicose, que então passa para o sangue. Ele,
também, converte certos aminoácidos e ácido láctico em glicose, e alguns açucares como frutose e
galactose em glicose. Quando o nível de glicose no sangue é alto, ele converte em glicose e triglicerídeos.
2 Metabolismo de Lipídios: hepatócitos armazenam triglicerídeos, que quebrados produzem ATP(adenosina
trifosfato), sintetizam lipoproteínas e colesterol e utilizamo colesterol para fazer sais biliares.
3 Metabolismo de proteínas: hepatócitos removem o grupo amina dos aminoácidos que então são utilizados para
produzir ATP ou convertidos em carboidratos e lipídios. Também convertem a amônia, que é tóxica, em
uréia (menos tóxica) que será excretada pela urina. Hepatócitos sintetizam a maioria das proteínas do
plasma como globulinas, albuminas, protrombinas e fibrinogênio.
4 Processamento de fármacos e hormônios: o fígado destoxifica substâncias como álcool ou secretam como
penicilina, eritromicina e sulfonamidas na bílis. Inativam hormônios da tireoide e esteróides como
estrógenos e aldosterona.
5 Excreção da bilirrubina: produtos da degradação das hemácias são absorvidas pelo fígado e secretam na bílis.
6 Armazenam vitaminas e sais minerais: armazenam vitaminas A, D, E e K e minerais como ferro e cobre.
7 Ativação da Vitamina D: a pele, fígado e rins participam da síntese da forma ativa da vitamina D
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Após 2 a 4 horas de comer o estômago esvazia seu conteúdo no intestino delgado, onde os principais
eventos da digestão e absorção ocorrem. O intestino delgado possui 3 metros de comprimento e se divide em três
partes: o duodeno, jejuno e o íleo.
O duodeno, a primeira porção, é a mais curta com 25 cm e se liga ao piloro do estômago. A próxima é o
jejuno com 1 metro de comprimento. A porção final é o íleo com 2 metros e se liga ao intestino grosso pela papila
ileal ou válvula ileocecal.
A camada epitelial da mucosa do intestino delgado é formado por células epiteliais simples colunar com
muitos tipos celulares como: Células absortivas que liberam enzimas digestivas e possuem microvilosidades que
absorvem nutrientes. As células caliciformes que secretam muco. Além destas, o intestino delgado possui células
endócrinas que secretam hormônios na corrente sanguínea, que são: células S secretam secretina, células CCK
secretam colecistocinina ou CCK e células CK secretam peptídio insulinotrópico glicose dependente ou GIP.
Projeções da mucosa, as vilosidades que aumentam a área de absorção do epitélio intestinal. Dentro das
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O intestino grosso é a porção terminal do sistema digestório. Ele termina a absorção de alguns nutrientes,
produz certas vitaminas, forma e expulsa as fezes. Seu tamanho é de cerca de 1, 5 metros com 6,5 cm de diâmetro,
estende-se do íleo até ao ânus.
Entre o íleo e o intestino grosso se localiza o esfíncter íleocecal. Logo abaixo está o ceco e nele está
aderido o apêndice vermiforme. Acima do ceco surge um tubo grande chamado cólon, que se divide em cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide. Logo em seguida está o reto com 15 cm,
depois o canal anal com 2-3. A abertura do canal, o ânus, é guardado pelo esfíncter anal interna (músculo liso) e
pelo esfíncter anal externo (músculo esquelético).
O tecido do intestino grosso consiste das 4 camadas típicas do trato GI: mucosa, submucosa, muscular e
serosa. O epitélio que forra o intestino grosso consiste de células absortivas e células caliciformes. As células
absortivas absorvem principalmente água e as células caliciformes liberam muco para lubrificação. A
mucosa do intestino grosso não possui adaptações para aumentar a absorção de nutrientes.
A digestão química no intestino grosso ocorre no cólon pela atividade das bactérias que habitam o
lúmen. Não ocorre a secreção de enzimas. O quimo se forma pela ação de bactérias que fermentam carboidratos e
liberam hidrogênio, dióxido de carbono e metano. Estes gases formam o FLÁTUS no cólon, que rotineiramente é
liberado.
As bactérias também convertem proteínas em aminoácidos e quebram estes aminoácidos em substâncias
mais simples como indol e ácido sulfídrico e ácidos graxos. Estas bactérias decompõem bilirrubina em
pigmentos mais simples, incluindo estercobilina. Ao mesmo tempo, produtos bacterianos são absorvidos pelo
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Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
MARTINI, F.H.; OBER, W.C.; BARTHOLOMEW, E.F.; NATH, J.L. Anatomia e Fisiologia Humana: Uma
Abordagem visual. 1ªEdição. São Paulo: Pearson Brasil. 2014. 792p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
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14 Sistema Urinário.
14.1 Introdução.
A medida que as células realizam seu metabolismo, elas produzem substâncias desnecessárias e as vezes até
tóxicas ao organismo. Sistema urinário é responsável pela eliminação destas substâncias, as excretas. O
sistema urinário consiste de: dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. A urina é o produto da
filtração do sangue constituída de água e solutos.
Estes se unem e formam as veias peritubulares que então forma a veia renal.
Os Néfrons são as unidades funcionais dos rins, chegando a um milhão em cada rim. Eles consistem de
duas partes: Um corpúsculo renal onde o plasma sanguíneo é filtrado, e um túbulo renal no qual passa o líquido
filtrado, chamado de filtrado glomerular. A medida que líquido circula pelos túbulos renais, os resíduos e
excesso de substâncias são adicionadas e os materiais úteis retornam ao sangue.
O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo e a cápsula glomerular ou cápsula de Bowman. Esta é
formada por uma camada dupla de células epiteliais. O filtrado glomerular entra na cápsula de Bowman e passa
para os túbulos renais. O fluido passa, respectivamente, nestas três secções dos túbulos renais: túbulo
contorcido proximal, depois para a alça de Henle e túbulo contorcido distal. O glomérulo, a cápsula de
Bowman, o túbulo contorcido próxima e distal ficam no córtex renal e parte da alça de Henle alcança a
medula renal. Os túbulos contorcidos distais de diversos néfrons terminam num único túbulo, o túbulo coletor.
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Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.
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15 Sistema Reprodutor
15.1 Introdução.
A reprodução é o processo de gerar descendentes contendo as características dos progenitores. No ser
humano, primeiramente devem ser produzidas as células germinativas ou gametas. No caso do homem, os
gametas são os espermatozoides e na mulher os óvulos. Estes gametas são produzidos nas nos órgãos sexuais
primários, as gônadas. A fecundação ou fertilização ocorre quando o espermatozoide entra no óvulo
No homem, a gônada é o testículo e na mulher é o ovário. As gônadas são responsáveis pela gametogênese
(produção de gametas) por meio de meiose, e produzem hormônios sexuais. Os órgãos sexuais acessórios ou
secundários incluem: ductos, glândulas e genitálias. As genitálias podem ser internas (dentro do corpo) ou
externas (visíveis).
cauda. A cabeça contém o material genético (DNA) no núcleo celular e um acrossoma, uma vesícula contendo
enzimas que ajudam-no a penetrar nos óvulos.
A cauda é subdividida em 4 partes: O colo, uma região constrita depois da cabeça; a peça intermediária
contém mitocôndrias que fornecem ATP para locomoção; A peça principal que é a parte mais longa da cauda e
peça terminal que se afila.
O epidídimo é um órgão em forma de vírgula localizada em cima dos testículos. Cada epidídimo possui
vários ductos do epidídimo fortemente espiralado. Nestes ductos, ocorre o amadurecimento dos
espermatozoides. Neste processo o espermatozoide adquiri motilidade e a capacidade fecundar um óvulo, o
que ocorre entre 10 a 14 dias. Os ductos dos epidídimos armazenam os espermatozoides e ajudam a propelir
durante a ejaculação por peristalse dos músculos lisos do canal deferente.
O canal deferente está localizado após o epidídimo, penetram no canal inguinal e entram na cavidade
pélvica. Este ducto possui tem uma densa túnica de 3 camadas musculares. Também, armazenam espermatozoides
por vários meses e os movem para uretra via peristalse
O Ducto ejaculatório é a união entre 2 ductos, o canal deferente e ducto da vesícula seminal. A uretra é a
porção terminal dos ductos do sistema reprodutor masculino. Ela serve tanto para o sistema urinário quanto
reprodutor. Nos homens, a uretra passa pelo pênis.
As glândulas sexuais acessórias secretam a maior parte do líquido que forma o esperma. O par de vesícula
seminal localizada na posteriormente a base da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Elas produzem fluido
viscoso alcalino que contém frutose, prostaglandinas e proteínas de coagulação.
A natureza alcalina do fluido auxiliam na neutralização da acidez da uretra do homem e da vagina. A
frutose é utilizada para fornecer ATP para o espermatozoide. As prostaglandinas auxiliam na motilidade e
viabilidade do espermatozoide, e possivelmente ajudam na contração muscular do trato reprodutivo feminino.
As proteínas coaguladoras coagulam o esperma depois da ejaculação, O fluido da vesícula seminal constitui
60% do fluido do esperma.
A próstata é única em forma de anel do tamanho de uma bola de golfe. Esta localizada inferiormente a
bexiga. A próstata aumenta de tamanho vagarosamente do nascimento a puberdade, e então aumenta rapidamente.
Ao atinge 30 anos permanece do mesmo tamanho até os 45 anos, e depois começa a crescer novamente. Ela
secreta um fluido leitoso ligeiramente ácido contendo ácido cítrico, que pode ser utilizado para produção de
ATP via ciclo de Krebs; Fosfatase com função desconhecida e proteinase como antígeno prostático específico
(PSA) que compõe 25% do volume do esperma.
O pare de glândulas bulbouretrais são do tamanho de ervilhas. Estão localizadas inferiormente a próstata
em cada lado da uretra. Durante o ato sexual, as glândulas bulbouretrais e secretam uma substancia alcalina na
uretra que protege o esperma neutralizando a acidez da urna na uretra. Ao mesmo tempo, secretam um
muco que lubrifica a extremidade do pênis.
O pênis contém uretra é a passagem do esperma e urina. Tem a forma cilíndrica e consiste de raiz, corpo e
glande do pênis. A raiz do pênis é a porção fixa. Corpo do pênis é composto de 3 massas cilíndricas de tecidos.
Duas massas dorsolaterais chamadas de copros cavernosos e uma massa mediano ventral, o corpo esponjoso que
contém a uretra. Todos são envolvidos por fáscia (camada de tecido conjuntivo fibroso), pele e consistem em
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ovulação, que é liberação do óvulo pelos ovários (conceito mais conhecido pela maioria das pessoas). Mas na
verdade a ovulação é a liberação dos ovócitos I.
O processo da ovulação envolve a formação de uma estrutura chamada folículo ovariano ou folículo de
Graff. A formação do folículo ovariano acontece da seguinte maneira: Células foliculares se multiplicam e
mudam a forma de chatas para cúbicas, chamadas de células granulosas, e formam uma camada estratificada ao
redor do ovócito I, que então passar a ser chamado de folículo primário. Esta camada estratificada é chamada de
corona radiata. As células granulosas e o ovócito secretam uma camada de glicoproteínas na superfície do
ovócito chamada de zona pelúcida.
A partir deste ponto surge espaços cheios de fluido em torno das células, que depois se agregam e formam
uma única cavidade grande contendo líquido folicular chamada antro. Com a formação do antro o folículo
ovariano passar a ser chamado folículo secundário. Nesta fase também o ovócito I se desloca do centro para
periferia e fica rodeado de células foliculares, o cumulus oophorus.
Com o crescimento do folículo, começa a formar uma saliência na superfície do ovário e passa a ser
chamado folículo ovariano maduro. Logo após a ovulação o ovócito I termina a meiose I e produz duas células-
filhas haploides de tamanho desigual.
A primeira contém a maior parte do citoplasma e é chamada de ovócito II e outra é uma célula de tamanho
muito reduzido e que não participa da fecundação, chamada de corpúsculo polar. O ovócito II prosseguirá com
meiose II até a fase de metáfase II onde se interrompe. Após a fertilização pelo espermatozoide a meiose II
termina com um ovócito fertilizado e outro corpúsculo polar que se degenera.
Na fecundação ou fertilização, o espermatozoide se une ao óvulo para produzir um zigoto, que por sua vez,
vai se desenvolver embrião. A fecundação ocorre na tuba uterina. A fecundação se divide em fases, que são:
Primeiramente, o espermatozoide tem que atravessar a corona radiata. Para isso o acrossoma do
espermatozoide produz hialuronidase que em conjunto com enzimas da mucosa da tuba uterina também auxiliam
nesta fase.
Na segunda fase o espermatozoide precisa passar pela zona pelúcida. Para atravessar a zona pelúcida o
espermatozoide primeiro se liga a ela. A zona pelúcida possui três principais glicoproteínas: ZP1, ZP2 e ZP3.
O espermatozoide se liga a ZP3 (receptor) e promove a reação do acrossoma com liberação de enzimas,
principalmente as esterases, acrosina e neuraminidase. Uma vez que o espermatozoide penetra na zona
pelúcida. Ocorre uma mudança nas propriedades da zona pelúcida, tornando-a impermeável a outros
espermatozoides. Estas mudanças incluem quebra do receptor ZP3.
O próximo passo é a fusão das membranas celulares do ovócito, em que a cabeça e a cauda do
espermatozoide entram mas a plasmalema não. Ao mesmo tempo ocorre o término da meiose II e forma-se o pro-
núcleo feminino. No outro lado no espermatozoide o núcleo aumenta de tamanho e a cauda degenera.
Finalmente, as membranas do pro-núcleos se degeneram e os cromossomos se condensam para a divisão
mitótica. O processo de fertilização pode terminar em até 24 horas após a ovulação. A fusão dos pro-núcleos
é chamada de anfimixia.
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ovários ao útero. A porção alargada em forma de funil é o infundíbulo e situado próximo aos ovários. Ele possui
um projeções digitiformes chamadas fímbrias, que produzem uma corrente para trazer o óvulo para as tubas
uterinas. A fecundação ocorre na tuba uterina, o que ocorre em 24 horas e leva até 7 dias para ser
transportado até ao útero.
O útero é a via de acesso do espermatozoide que vem da vagina em direção a tuba uterina. É nele também
que ocorre a nidação, isto é, a implantação do embrião no útero e o desenvolvimento do feto até ao nascimento.
Quando não ocorre a fecundação o útero é a fonte do fluxo menstrual.
Estruturalmente o útero possui: O fundo do útero que é uma porção em forma de domo; o corpo do útero
que é a porção central afunilada; colo do útero ou cérvix uterino que é a porção estreita que se abre para vagina.
O interior do corpo do útero é a cavidade uterina.
A parede do útero é formada por 3 camadas: A camada mais externa é o perimétrio ou serosa composta de
tecido epitelial. A camada do meio é o miométrio, a camada muscular, formada por músculo liso que durante o
parto produz contrações para expelir o feto. A camada mais interna é o endométrio que é uma mucosa altamente
vascularizada responsável pela nutrição do feto ou parte é eliminada mensalmente pela menstruação.
Vagina é canal tubular que se estende do exterior para o colo do útero. Ela é o receptáculo do pênis durante
o ato sexual, saída do fluxo menstrual e via de passagem do parto. Uma abóbada ou arco circunda o colo uterino,
o fórnix.
A mucosa vaginal contém grandes quantidades de glicogênio que ao se decompor produz ácidos orgânicos
aumentando acidez da vagina. Esta acidez evita que microrganismos cresçam, mas também é prejudicial para o
espermatozoide. A camada muscular de músculo liso se alonga durante o ato sexual e no parto. Existe uma
membrana mucosa que cobre o óstio vaginal (abertura da vagina).
O períneo é uma região losangular entre as coxas e as nádegas, que contém as genitálias externas e o ânus.
A vulva ou pudendo feminino é a genitália externa feminina. Nela podemos encontrar o monte do púbis que é
uma elevação de tecido adiposo recoberto por pelos pubianos. Do monte do púbis surgem duas dobras
longitudinais de pele, os lábios maiores ou grandes lábios. Estes possuem tecido adiposo, glândulas sebáceas e
sudoríparas, e como o púbis é recoberto por pelos.
Medialmente aos lábios maiores existem duas dobras de pele, os lábios menores ou pequenos lábios.
Estes não possuem pelos ou tecido adiposo. Possuem poucas glândulas sudoríparas, mas possuem numerosas
glândulas sebáceas.
O clitóris é uma pequena massa cilíndrica de tecido erétil e nervos. Um prepúcio se forma no ponto de
união entre os pequenos lábios e cobrem o corpo do clitóris. A porção exposta do clitóris é a glande do clitóris,
e como o pênis aumenta de tamanho sob estimulação sexual.
O vestíbulo da vagina é a região entre os pequenos lábios, onde pode-se encontrar o hímen, abertura da
vagina, abertura da uretra. Em cada lado da vagina existem as glândulas vestibulares maiores, que produzem
uma grande quantidade de muco para lubrificação durante o ato sexual.
As glândulas mamárias estão localizadas nas mamas e são glândulas sudoríparas modificadas que
produzem o leite. Em cada mama encontra-se uma projeção pigmentada, a papila mamária ou mamilo com uma
série de aberturas de ductos onde emergem o leite. A área da pele pigmentada ao redor do mamilo é chamada de
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aréola.
Internamente, cada glândula mamária consiste de 15 a 20 lobos organizados de maneira radial e separados
por tecido adiposo e faixas de tecido conjuntivo chamados de ligamentos suspensórios da mama. Em cada lobo
existem pequenos lóbulos, nos quais se encontram as glândulas secretoras de leite, chamadas de alvéolos.
Ao nascimento as glândulas mamárias não estão desenvolvidas e na puberdade sob a influência de
estrógenos e progesterona se desenvolvem. As função são síntese, secreção e ejeção do leite, a chamada
Lactação. A produção do leite é estimulada pela prolactina em conjunto com estrógenos e progesterona. Já a
ejeção do leite é estimulada pela ocitocina em resposta a sucção dos mamilos pelo bebê.
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Referências.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3ª Edição. Porto Alegre: Artmed. 2009. 1072p.
MARIEB, E. N.; WHIHELM, P.B.; MALLAT J.. Anatomia Humana. 7ª Edição. São Paulo: Pearson. 2014. 912p.
MARTINI, F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia Humana. 6ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2009. 1100p.
MARTINI, F.H.; OBER, W.C.; BARTHOLOMEW, E.F.; NATH, J.L. Anatomia e Fisiologia Humana: Uma
Abordagem visual. 1ªEdição. São Paulo: Pearson Brasil. 2014. 792p.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 5 ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 989p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Porto Alegre: Artmed.
2012. 712p.