Вы находитесь на странице: 1из 7

Panorama das Exportações de Soja Brasileiras: Estado da Arte

​Jhonatan Mateus Borba Degarraes

Resumo
Este presente estudo analisará o impacto das exportações de soja no decorrer
do ano de 2017 e o volume de crescimento em relação ao ano anterior.
Também discutirá o comportamento do mercado brasileiro, face ás mudanças
econômicas, estruturais e políticas que o país atravessa, bem como as novas
demandas para que as empresas atinjam competitividade no novo panorama
do agronegócio brasileiro. Este estado da arte contempla novas estratégias de
plantio, usos da tecnologia no agronegócio, controle de pragas e recursos
hídricos e estruturais visando agregar maior valor à marca. As empresas estão
se modernizando fazendo com que nossa “Soja” atinja recordes de produção,
profissionalizando desde o plantio, até a entrega da safra propriamente dita.

Palavras-Chave: Soja, plantio, agronegócio, exportação

Introdução:

O ano de 2017 foi muito promissor no mercado brasileiro de Soja. Atingiram-se


safras recordes com um volume de produção gigantesco. Esse panorama
favorável fez com que o mercado voltasse sua atenção para as exportações.
Em 20 dias úteis os embarques brasileiros registram média de 213,6 toneladas
exportadas ao dia, três vezes maior se comparada à média no mesmo período
do ano passado. Os embarques totais foram de 4,27 mi/ton. Um outro dado
relevante aponta que esses números são significativos, pois as exportações de
soja em 2017 pelo Brasil, segundo maior produtor mundial do produto, já
superam o embarque registrado em todo o ano de 2016, segundo dados da
Secretaria de Comércio Exterior(Secex). ​Até a segunda semana de agosto, o
Brasil havia exportado 53,37 milhões de toneladas de ​soja​, ante 51,58 milhões
de toneladas de janeiro a dezembro de 2016, conforme dados da Secex e do
Ministério da Agricultura. A soja tornou-se o principal produto de exportação do
país.
As exportações maiores ocorrem após a colheita de uma safra recorde no país,
de 114 milhões de toneladas em 2016/17, ante 95,4 milhões na temporada
anterior, atingida pela seca. ​As exportações estão perto de superar o recorde
histórico de 54,3 milhões de toneladas, registrado em 2015. Isso significa que
um volume de cerca de 10 milhões de toneladas de ​soja​ ainda disputará
espaço com o milho nos terminais de exportação nos próximos meses. Esse
era o cenário da nossa soja no ano passado. Nova perspectiva para o ano
vindouro vislumbra um crescimento ainda maior, devido a uma tímida
recuperação da nossa economia e um refreio político. No cenário internacional
as flutuações das bolsas de valores, a volatilidade do câmbio e as incertezas
políticas da Europa e a excentricidade da era Trump, tende a segurar um
pouco as exportações do produto, mas a pujança da produção do País,
continua a todo vapor​.

As Exportações de soja cresceram 577,9% em relação a novembro de 2016,


diz MDIC (Ministério da Indústria e do Comércio). Embarques do grão pularam
de 316 mil toneladas no mesmo mês do ano 2016 para 2, 142 milhões de
toneladas em 2017. Diante desse cenário, concomitantemente ao
desenvolvimento do país, sugere-se uma avalanche de crédito para o
agronegócio e uma profissionalização ainda maior do setor de soja.

A história da soja

Sem dúvidas a soja é uma cultura importantíssima na economia do Brasil,


sendo o carro chefe da cultura do agronegócio do nosso país. Essa planta é
originária do nordeste da China, em um lugar chamado de Manchúria, sendo
levada para a Europa no século XVII, no período histórico das grandes
navegações, onde se manteve por cerca de 200 anos, mas nesse período era
apenas uma curiosidade botânica, enfeitando os jardins das cortes européias.

Aos Estados Unidos, a soja chegou por volta de 1890, sendo cultivada como
forrageira e tendo como o Brasil como país pioneiro na América do Sul, tendo a
sua primeira referência na Bahia em 1882, mas as mudas trazidas dos Estados
Unidos não se adaptaram bem na latitude do estado. Já em 1891, houve a
introdução da soja na área de Campinas, conseguindo um melhor
desempenho.

As mudas que foram trazidas pelos primeiros imigrantes japoneses lá em 1908,


eram mais específicas para o consumo humana, mas só foram realmente
introduzidas no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul em 1914, na região de
Santa Rosa, onde em 1924 começaram os plantios comerciais.

Algo que deve ser destacado e que teve um papel fundamental ao progresso
da soja no Brasil foram os diversos programas de melhoramento genético. Um
dos primeiros trabalhos relacionados justamente a isso teve início na década
de 70, onde a Secretaria de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul e o
Instituto de Pesquisa Agropecuária do Sul ( IPEAS) que lançaram as primeiras
mudas brasileiras que tiveram origem no cruzamento do material trazido e
introduzido do Sul dos Estados Unidos.

No Brasil, a partir da década de 70 houve a grande expansão e a safra de 2017


ainda conseguiu superar a safra de 2015/2016. Hoje o Brasil é o segundo
maior produtor mundial e entre os grandes produtores, Argentina e Estados
Unidos, é aquele que tem o maior potencial para expandir a área cultivada,
podendo, se depender de necessidades do mercado consumidor, mais do que
duplicar a produção dos grãos.

Tendo em vista isso, pode ocorrer que em um curto prazo, o Brasil se tornar o
maior produtor e exportador mundial de soja e seus produtos. Onde os
principais produtores do país são: o Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso,
Goiás e Mato Grosso do Sul.

No Brasil, ainda há um consumo restrito de soja na alimentação humana, isso


ocorre porque diferente de outros países, como os orientais, a soja não faz
parte do cardápio e hábito alimentar brasileiro. Para que esse hábito mude é
preciso haver a conscientização do mercado consumidor do país, abordando
os benefícios dos alimentos funcionais, demandando pesquisas com novas
culturas e produtos tendo a base da soja.

A evolução das exportações da soja brasileira

O aumento das exportações de soja começa a ser impulsionado em 1996, com


a criação da Lei Kandir, que desonerou os produtos voltados ao mercado
exterior com a redução do ICMS.
Os estados que mais produzem soja no Brasil consequentemente são também
os maiores exportadores, tendo Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e
Goiás como os estados que mais produzem. Abaixo a tabela dos países que
mais importaram soja do Brasil:
Nos primórdios dos anos 90, a produção de soja brasileira era bem menor em
relação aos seus dois principais concorrentes, Estados Unidos e Argentina. Por
mais que tenha ocorrido o aumento da produtividade desses dois ao longo da
década de 90, o Brasil conseguiu alcançar o mesmo nível de produtividade,
ficando como segundo maior produtor de soja do mundo.

A evolução da produção de soja no Brasil e a comparação da


produtividade entre os estados brasileiros

Nas décadas de 70 e 90 a produção de soja teve aumentos significativos


devido a elevação dos preços sofridos na década de 70 e pela ampliação da
fronteira agrícola dos Estados do Sul para o Centro-Oeste já na década de 90.

O plantio na Região Sul acaba oscilando mais que a produção da Região


Centro-Oeste devido às quebras da safra. Há a tendência que haja o aumento
da produtividade do plantio de soja no Brasil ao longo do tempo, tendo o Mato
Grosso com a maior produtividade do país, depois Paraná e Goiás, em relação
ao Rio Grande do Sul, percebe-se que a produtividade da soja oscila muito,
isso ocorre devido aos fatores climáticos que atingem os plantações.
O desempenho do sistema de produção de soja no Brasil, acaba tendo a
vantagem do baixo custo de terra, mas o custo dos fertilizantes é alto.

Caracterização dos Modais de Transporte

Os principais e mais básicos modais de transporte da soja no Brasil são: o


ferroviário, o aquaviário, o aéreo e o rodoviário. Cada um possui uma estrutura
de custos e características específicas, sendo eleitos de acordo com a
necessidade de cada região, operação e produto.

De acordo com Ballou (2010), quem utiliza o transporte para realizar a


movimentação de carga tem disponível uma ampla gama de serviços, que
diferem a capacidade de mover volumes diferentes, tempo de trânsitos, o custo
desse transporte e até mesmo qual o modal que está disponível entre a origem
e o destino.

Assim de acordo com essas opções de serviço, o usuário irá escolher qual o
melhor modal de transporte ou até mesmo um combo deles, proporcionando
assim a melhor opção entre o custo, qualidade e benefícios.

Modal Principais produtos transportados


Ferroviário Commodities agrícolas, Minerais, Matéria-prima de baixo
valor agregado.

Rodoviário Produtos agrícolas perecíveis, Produtos refrigerados,


Produtos de alto valor agregado, Carga fracionada.

Aquaviário ​ Commodities agrícolas, Veículos automotores, Produtos


químicos.

​Aeroviário ​ rodutos de alto valor agregado, Produtos perecíveis e


P
Produtos urgentes.
​ Fonte: Adaptação de Batalha (2010).

De acordo com o Quadro 1 (acima), para transportar os produtos agrícolas


para a exportação, que é o caso da soja, os transportes modais usados são o
rodoviário, o ferroviários e o hidroviário (BATALHA, 2012).

É claro que algumas questões ligadas a infraestrutura dos transportes ainda se


apresentam como uma espécie de gargalo que ainda não foi superado,
fazendo assim com que haja interferência diretamente na capacidade de
crescimento das nossas exportações.

Com relação ao modal rodoviário, cerca de 80% das rodovias são


pavimentadas e só 12% foram classificadas como em ótimo estado segundo os
termos de condição para tráfego (CNT, 2015).

Não é algo apenas restrito ao modal rodoviário, o ferroviário também tem déficit
de infraestrutura, apresentando problemas relacionados a falta de integração
de malha, à invasão das faixas de domínio, restrição a captação de novas
tecnologias e de materiais.

Já o transporte hidroviário do Brasil acaba não sendo tão competitivo como os


demais transportes modais, principalmente com a falta de terminais de
transbordo (CNT, 2014).

Segundo Batalha (2010), a opção de um sistema de transporte mais eficiente,


gera mais competitividade, proporciona economia de escalas, reduz os custos
e diminui as perdas materiais e de tempo.

Com isso, nos últimos anos, os usuários têm optando na hora de transportar
mercadorias o uso de mais de um modal, visando os ganhos econômico,
utilizando o racional do sistema.

A dinâmica das rotas de soja


De acordo com Branco ( 2011a), o corredor Centro-Oeste, que abrange os
estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país, que são as áreas
que se destacam, dentre outras atividades, pela produção agrícola. Com o
corredor tendo como áreas de influência na exportação da soja brasileiros nos
estados do Mato Grosso e do Paraná, que também são polos produtores.

Com a recente integração do corredor Centro-Oeste com as regiões Nordeste e


Norte, acabou por originar o corredor Centro-Norte, tendo como áreas de
influência os estados do Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Tocantins,
Bahia e Pará.

Pelas diversas semelhanças relacionadas às características de escoamento de


suas commodities, acabam por compartilhar os mesmos modais de transporte,
este corredor favorecendo o escoamento do grão de soja para a exportação
(BRANCO et al, 2011b).

Com a crescente demanda por serviços de logísticas fez com que o Governo
Federal promove-se o estabelecimento dos projetos para fazer frente a
demanda pelo setor de transporte de acordo com as dimensões continentais do
Brasil.

Um dos principais exemplos é o Programa de Aceleração do Crescimento


(PAC), contando com uma linha específica para os projetos logísticos. Además
do resgate do processo de planejamento de transportes também acelerou
através do Plano Nacional de Logística e Transporte ( PNLT), que tem como
objetivo promover a viabilização e integração dos corredores de transporte
multimodais ( hidrovia, ferrovia e rodovia) ( PAC, 2015).

As iniciativas comentadas são capazes de aumentar a competitividade da soja,


gerando a integração das áreas de produção, dos centros de consumidores e
do mercado internacional. De acordo com a análise dos dados e relatórios do
PAC ( 2015) e do PNLT, os trechos pertencentes ao corredor Centro-Norte,
tendem a contribuir significativamente para melhorar as antigas rotas
intermodais de escoamento da soja.

REFERÊNCIAS

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística


Empresarial. 5 ed. Porto Alegre: Bookman Editora, 2010, p.149-158.

BATALHA, M. O. (coord.). Gestão agroindustrial: GEPAI : Grupo de Estudos e


Pesquisas Agroindustriais. 5. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2010. vol 2;
BATALHA, M. O. (coord.). Gestão agroindustrial: GEPAI : Grupo de Estudos e
Pesquisas Agroindustriais. 3. ed.. São Paulo, SP: Atlas, 2012. vol 1;

<
https://www.tradincom.com/relatorios/informativo-de-mercado-quarta-feira-17-d
e-maio-de-2017/​ > Acessado em Março de 2018.

< http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
producao-de-graos-na-safra-201617-deve-atingir-219-14-milhoes-de-toneladas,
70001659369 > Acessado em Março de 2018 .

<
http://blogs.canalrural.com.br/embrapasoja/2017/04/05/origem-e-historia-da-soj
a-no-brasil/​ > Acessado em abril de 2018.

< ​http://www.rastreabilidade.ufpr.br/soja%20brasileira.pdf​ > Acessado em abril


de 2018.

CNT. Confederação do Transporte Nacional. Relatório Gerencial. Pesquisa


CNT de Rodovias 2015. Disponível em <
http://pesquisarodoviascms.cnt.org.br/Relatorio%20Geral/PESQUISA_CNT201
5_BAIXA.pdf>. Acessado em abril de 2018.

CNT. Confederação do Transporte Nacional. Plano CNT de Transporte e


Logística 2014. Disponível em: ​ <

https://issuu.com/transporteatual/docs/plano_cnt_de_transporte_e_logistica/27
> Acessado em: Abr. 2018.

BRANCO, J. E. H. et al. Desafios para o desenvolvimento da multimodalidade


no transporte das safras agrícolas pelo corredor Centro-Oeste sob a ótica dos
agentes envolvidos. Revista de Estudos Sociais, v. 12, n. 23, 2011a.

BRANCO, J. E. H. et al. Otimização Logística para o Transporte Multimodal de


Safras Agrícolas pelo Corredor Centro-Norte: O que pensam as empresas e
instituições envolvidas? Amazônia: Ciência & Desenvolvimento, Belém, v. 6, n.
12, 2011b.

PAC. Programa de Aceleração do Crescimento. PAC 2. Disponível em:


<.​http://www.pac.gov.br/​ >Acessado em abril de 2018.

Вам также может понравиться