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Como ocorre com outros gêneros musicais, existem inúmeras discussões entre
os pesquisadores sobre a gênese da palavra “choro”. Dentre as versões
conhecidas, uma diz respeito que o termo surgiu de uma fusão entre “choro”,
do verbo chorar, e “chorus”, que em latim significa “coro”. Para Lúcio Rangel e
José Ramos Tinhorão, a expressão choro pode derivar da maneira chorosa de
se tocar as músicas estrangeiras no final do século XIX e os que a apreciavam
passaram a chamá-la de música de fazer chorar. Por extensão, próprio conjunto
de choro passou a ser denominado pelo termo, por exemplo, “Choro do
Calado”. Já Ari Vasconcelos vê a palavra choro seria uma corruptela de
choromeleiros, corporações de músicos que tiveram atuação importante no
período colonial brasileiro. Os choromeleiros não executavam apenas acharam
ela, mas outros instrumentos de sopro. O termo passou a designar,
popularmente qualquer conjunto instrumental. Câmara Cascudo arrisca que o
termo pode também derivar de “xolo”, um tipo de baile que reunia os escravos
das fazendas, expressão que, por confusão com a parônima portuguesa,
passou a ser conhecida como “xoro” e finalmente, na cidade, a expressão
começou a ser grafada com “ch”.
Patápio (1880-1907)
A partir de 1995 o gênero foi reforçado por grupos que se dedicaram à sua
divulgação e modernização e pelo lançamento de CDs.
O choro entra no terceiro século da sua existência, com uma bagagem de mais
de 130 anos, completamente firmado como um dos principais gêneros musicais
do Brasil. São milhares de discos gravados e centenas de chorões que
marcaram presença. O choro além de ser um gênero musical rico e complexo, é
também um fenômeno artístico, histórico e social.
Link relacionado: • Casa do Choro – o ICC – Instituto Casa do Choro atua nas
áreas de educação musical e preservação da História do Choro.