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11/05/2018 PSOL expressa antissemitismo, diz líder judeu - 10/05/2018 - Poder - Folha

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PSOL expressa antissemitismo, diz líder judeu


Presidente da Confederação Israelita diz que apoio a Bolsonaro, apesar de ruidoso, é
minoritário

10.mai.2018 às 2h00

EDIÇÃO IMPRESSA (//www1.folha.com.br/fsp/fac-simile/2018/05/10/)

Thais Bilenky

SÃO PAULO Para Fernando Lottenberg, presidente da Conib (Confederação Israelita do


Brasil), a ala do PSOL que considera Israel um estado genocida (https://www.psol50.org.br/psol-
repudia-ataque-de-israel-a-palestina/) é “a expressão contemporânea do antissemitismo.”

O dirigente não inclui no grupo o presidenciável do partido,


(http://www1.folha.uol.com.br/colunas/guilhermeboulos/2014/07/1493573-a-palestina-apagada-do-mapa.shtml)Guilherme

(http://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2018/05/09/inaugurando-campanha-internacional-boulos-acena-aos-palestinos/)Boulos

(http://www1.folha.uol.com.br/colunas/guilhermeboulos/2014/07/1493573-a-palestina-apagada-do-mapa.shtml),
que já acusou o
país de terrorismo. “Quando ele foi a Israel , teve o cuidado de ir ao Museu do
Holocausto, condenou explicitamente o antissemitismo.”

Segundo o dirigente, apesar de ruidoso, o apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro


(http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/04/1873049-entidade-judaica-condena-fala-de-bolsonaro-em-clube.shtml)(PSL) é
minoritário. “A sociedade é mais centrista que isso”, declara.

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11/05/2018 PSOL expressa antissemitismo, diz líder judeu - 10/05/2018 - Poder - Folha

O advogado Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib) - Avener


Prado/Folhapress

 
Como vê a defesa de Israel pela comunidade evangélica? Com muita simpatia. São
sinceros nas convicções, mostram apoio permanente às causas de Israel, é uma relação
de respeito. A gente não concorda em tudo. Na questão de direitos de gays, a gente não
tem posição contrária como os evangélicos. Ou o aborto. Em Israel, é permitido. Pelo
judaísmo, em determinadas circunstâncias, também. Divórcio não é proibido. 

Bolsonaro faz apelo ao eleitorado evangélico empunhando a bandeira de Israel e


com isso atrai parte da comunidade  judaica, rachando-a. Bolsonaro é candidato,
tem direito de ser. Tem pessoas da comunidade que o apoiam, não saberia dizer
quantos, não são 90% [como disse o empresário Meyer Nigri]. A Conib não é partidária,
não vamos apoiar candidato A, B ou C. 

Qual sua opinião sobre a aproximação do Bolsonaro com os judeus? É um


movimento legítimo. É mais um candidato, nada de especial ou extraordinário. Será
tratado por nós com todo o respeito, como mais um. Quando discordarmos, vamos
responder.

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Ele disse que o Estado não tem de ser laico, pois os brasileiros são cristãos, ‘quem
não gostar que se mude’. Um equívoco. O Estado brasileiro tem que respeitar todas as
religiões, mas não deve ser religioso, deve ser laico. 

Por que Bolsonaro tem apoio mesmo com colocações contra minorias? Há
preocupação? Por enquanto não, ele representa uma fração do eleitorado, me parece
que minoritária. A sociedade é mais tolerante, mais centrista que isso. 

O PSOL disse em nota que Israel é um Estado genocida. Além de profundamente


injusta e equivocada, é uma expressão contemporânea do antissemitismo. Identifica a
bandeira de Israel com a suástica. Quer ofensa maior? Ninguém diz que em Israel está
tudo certo, mas quando se diz que o Estado não tem direito de existir e judeus têm de ir
embora, aí já é demais.

Boulos foi a Israel a convite do BDS, movimento que prega o boicote ao país, que ele
chamou de terrorista. Está nesse grupo? Acho que não chega a tanto. Quando ele foi
a Israel, teve o cuidado de ir ao Museu do Holocausto, condenou explicitamente o
antissemitismo. Não concordo com ele, mas não chego ao ponto de dizer que seja
antissemita.

O antissionismo embute em alguns casos traços de antissemitismo? O


antissemitismo se transforma com o tempo como um vírus mutante. Hoje pega nos
direitos de expressão, de poder ser um povo como qualquer outro, aí vem o
antissemitismo como antissionismo. Não é mais politicamente correto ser antissemita.
Então, você vê em manifestações aquilo que vinha do antissemitismo tradicional, mas
com uma roupagem, aspas, progressistas. 

Há uma corrente na esquerda que defende a existência de Israel, uma posição em


geral associada à direita. Há uma mudança em curso? A gente está conseguindo
quebrar alguns paradigmas de automatismo. Existem questões em Israel que são
vanguarda. A maneira como as mulheres têm independência por direito e como os
LGBTs podem se expressar não são comum no Oriente Médio. Com temas de liberdade
intelectual e de expressão, quem tem posição progressista pode se identificar com
Israel. Jean Wyllys, Gregorio Duvivier foram ao país e puderam compreender a
complexidade, os vários pontos de vista. Têm crítica ao governo e não necessariamente
à existência do Estado.

Como o Brasil se posiciona diplomaticamente? A nossa política externa durante


muito tempo teve uma visão, pode não ser precisa a palavra, terceiromundista. O Brasil
tinha de estar com os países não alinhados, não com os desenvolvidos. Isso se
acentuou nos governos Lula e Dilma. O Brasil pode e deve ter relações boas com Israel
independentemente do conflito. Tem uma pauta econômica, um intercâmbio de US$ 1

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bilhão. A relação hoje está melhor. O [ex-chanceler tucano José] Serra resolveu a crise
dos embaixadores, Aloysio [Nunes (PSDB), atual chanceler] mostrou interesse.

Há um refluxo no antissemitismo. Como isso é sentido no Brasil? O antissemitismo


tradicional, neonazista, é esporádico. A coisa é mais forte, por exemplo, no edital na
Universidade Federal do ABC do ano passado, em que se perguntou quais seriam as
conexões entre racismo, apartheid, nazismo e sionismo. Foi revogado.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e a sua política externa ajudam a


fomentar o discurso anti-Israel? Não era melhor a situação de Israel
internacionalmente quando o governo era de esquerda. Existe uma antipatia por causa
do antissemitismo. Quando morreu Shimon Peres, que era um pacifista, Nobel da Paz,
setores da esquerda o chamaram de genocida. 

O sr. aprova o Netanyahu? É o primeiro-ministro eleito pela maioria dos israelenses.


Eu não voto em Israel. Será que alguém da comunidade japonesa aqui é questionado
sobre o primeiro-ministro de lá?

Há preocupação com o debate em torno do judaísmo nas redes sociais? As redes


sociais são o novo território do discurso do ódio. A gente procurou esses grupos
[Google, Facebook] e pedimos cuidado extra. A reação foi morna, protocolar. Eles não
estão se comportando como meios de comunicação que são. 

Fernando Lottenberg, 56
Advogado, é formado pela Universidade de São Paulo. Desde novembro de 2014,
preside a Conib (Confederação Israelita do Brasil), entidade apartidária de
representação política da comunidade judaica brasileira, cuja população é estimada em
120 mil pessoas

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