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Aula 05

Direito Administrativo p/ TJ-SC (Técnico Judiciário Auxiliar) - Com videoaulas

Professor: Erick Alves


Direito'Administrativo'para'TJ2SC''
Técnico'Judiciário'Auxiliar'
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! Teoria'e'exercícios'comentados'
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AULA!05!

Ol‡ pessoal!

Na aula de hoje esgotaremos o tema Òatos administrativosÓ,


iniciado na aula passada. Os t—picos a serem estudados s‹o os seguintes:

SUMÁRIO!

Classificações.dos.atos.administrativos!..............................................................................................................!3!
Atos!vinculados!e!discricionários!............................................................................................................................!3!
Atos!gerais!e!individuais!..............................................................................................................................................!7!
Atos!internos!e!externos!..............................................................................................................................................!8!
Atos!simples,!complexos!e!compostos!...................................................................................................................!9!
Atos!de!império,!de!gestão!e!de!expediente!.....................................................................................................!13!
Ato!constitutivo,!extintivo,!modificativo!e!declaratório!.............................................................................!14!
Ato!válido,!nulo,!anulável!e!inexistente!..............................................................................................................!15!
Ato!perfeito,!eficaz,!pendente!e!consumado!....................................................................................................!16!
Espécies.de.atos.administrativos!..........................................................................................................................!21!
Atos!normativos!...........................................................................................................................................................!21!
Atos!ordinatórios!.........................................................................................................................................................!23!
Atos!negociais!................................................................................................................................................................!24!
Atos!enunciativos!.........................................................................................................................................................!30!
Atos!punitivos!................................................................................................................................................................!32!
Extinção.dos.atos.administrativos!.......................................................................................................................!33!
Anulação!..........................................................................................................................................................................!34!
Revogação!.......................................................................................................................................................................!36!
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Convalidação!.....................................................................................................................................................................!39!
Questões.de.prova!.........................................................................................................................................................!44!
Jurisprudência!.................................................................................................................................................................!65!
RESUMÃO.DA.AULA!.......................................................................................................................................................!67!
Questões.comentadas.na.aula!................................................................................................................................!70!
Gabarito!...............................................................................................................................................................................!82!
!

Preparados? Aos estudos!

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CLASSIFICAÇÕES.DOS.ATOS.ADMINISTRATIVOS.

As diversas classifica•›es dos atos administrativos constituem tema


recorrente nas provas de concurso. No geral, os atos s‹o classificados da
seguinte forma:

!! Quanto! ao! grau! de! liberdade! em! sua! prática:! atos! vinculados! e! atos!
discricionários;!
!! Quanto!aos!destinatários!do!ato:!atos!gerais!e!individuais;!
!! Quanto!à!situação!de!terceiros:!atos!internos!e!externos;!
!! Quanto!à!formação!de!vontade:!atos!simples,!complexos!e!compostos;!
!! Quanto! às! prerrogativas! com! que! atua! a! Administração:! atos! de! império,! de!
gestão!e!de!expediente;!
!! Quanto!aos!efeitos:!atos!constitutivos,!extintivos,!modificativos!e!declaratórios;!
!! Quanto!aos!requisitos!de!validade:!atos!válidos,!nulos,!anuláveis!e!inexistentes;!
!! Quanto!à!exequibilidade:!atos!perfeitos,!eficazes,!pendentes!e!consumados.!

Ressalte-se que n‹o h‡ um critŽrio de classifica•‹o œnico na doutrina.


Cada autor tem o seu. Assim, nosso objetivo aqui n‹o ser‡ esgotar o
assunto, e sim apresentar as classifica•›es mais comuns e com maior
probabilidade de serem cobradas na prova, ok?
Vamos l‡!

ATOS!VINCULADOS!E!DISCRICIONÁRIOS!

!! Atos!vinculados!são!aqueles!para!os!quais!a!lei!fixa!os!requisitos!e!condições!de!
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sua!realização,!não!deixando!liberdade!de!ação!para!a!Administração.!
!! Atos!discricionários!são!aqueles!em!que!a!Administração!tem!liberdade!de!ação!
dentro!de!determinados!parâmetros!previamente!definidos!em!lei.!

Nos atos vinculados todos os elementos (compet•ncia, finalidade,


forma, motivo e objeto) s‹o estabelecidos pela lei; por isso, n‹o h‡
liberdade para o administrador agir de forma diferente.
A rigor, a vincula•‹o ocorre entre o motivo previsto em lei e o
conteœdo (objeto) do ato, ou seja, se ocorrer determinado fato, a œnica

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conduta poss’vel ˆ Administra•‹o Ž praticar o ato da maneira exigida pela
lei.
Por exemplo: comprovado o nascimento do filho do servidor pœblico,
a Administra•‹o Ž obrigada a conceder-lhe licen•a-paternidade; se alguŽm
Ž aprovado no exame de tr‰nsito, o Detran Ž obrigado a emitir permiss‹o
para dirigir, na forma especificada em lei, e assim por diante. Nos atos
vinculados, a fun•‹o do administrador Ž apenas verificar a ocorr•ncia do
fato que deve dar origem ao ato vinculado definido na lei.
Nos atos discricion‡rios, a Administra•‹o possui certa liberdade
quanto ˆ valora•‹o dos motivos e ˆ escolha do conteœdo (objeto),
segundo critŽrios de conveni•ncia e oportunidade. Em outras palavras,
os agentes pœblicos t•m liberdade para, dentro dos limites da lei,
determinar Òse, quando e comoÓ o ato administrativo deve ser praticado.
Somente h‡ discricionariedade quanto ao mŽrito do ato (motivo e
objeto), e somente quando a lei expressamente d‡ liberdade para a
Administra•‹o escolher esses elementos, dentro de certos limites; s‹o as
hip—teses em que a lei explicita, por exemplo, que a Administra•‹o
Òpoder‡Ó prorrogar determinado prazo por ÒatŽ tantos diasÓ, ou que Ž
ÒfacultadoÓ ˆ Administra•‹o, Òa seu critŽrioÓ, conceder ou n‹o
determinada licen•a ou autoriza•‹o etc.
A discricionariedade tambŽm existe quando a lei usa, na descri•‹o do
motivo que enseja a pr‡tica do ato administrativo, conceitos jur’dicos
indeterminados, isto Ž, express›es de significado vago, impreciso, tais
como Òinsubordina•‹o graveÓ, Òconduta escandalosaÓ, Òboa-fŽÓ,
Òmoralidade pœblicaÓ e outras do g•nero.
Ressalte-se que os conceitos jur’dicos indeterminados geralmente
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possuem zonas de certeza positivas e negativas, nas quais Ž poss’vel


afirmar, de forma inequ’voca, se determinado fato se enquadra ou n‹o no
conceito; assim, nas zonas de certeza n‹o h‡ discricionariedade. Com
efeito, a liberdade do administrador est‡ restrita ˆs chamadas Òzonas
cinzentasÓ, nas quais o conceito jur’dico indeterminado permite mais de
uma interpreta•‹o leg’tima.
Por exemplo: desviar recursos da saœde para utilizar em proveito
pr—prio certamente n‹o Ž um ato de Òboa-fŽÓ do agente pœblico; ninguŽm
duvida disso. Portanto, ao se deparar com tal situa•‹o, o administrador
n‹o tem liberdade para enquadr‡-la como um ato de Òboa-fŽÓ, pois isso
seria completamente contr‡rio ao senso comum (o ato est‡ na zona de
certeza negativa do conceito de boa-fŽ). Agora, responda: seria ou n‹o

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um ato de boa-fŽ aplicar recursos da saœde em projetos de educa•‹o? E
em programas sociais ou culturais? Uns podem achar que n‹o, outros que
sim e outros, ainda, que depende do caso concreto. ƒ nessa Òzona
cinzentaÓ, de indetermina•‹o, que reside a discricionariedade; nesses
casos, n‹o ser‡ poss’vel estabelecer uma œnica atua•‹o juridicamente
v‡lida: a Administra•‹o tem liberdade para decidir acerca do
enquadramento, ou n‹o, da situa•‹o ˆ norma legal.
Ressalte-se que a discricionariedade jamais Ž absoluta, pois
sempre deve ser exercida dentro dos limites da lei e com observ‰ncia aos
princ’pios administrativos, especialmente os da razoabilidade, da
proporcionalidade e da moralidade 1 . Do contr‡rio, n‹o ter’amos
discricionariedade, e sim arbitrariedade, que Ž a pr‡tica de ato contr‡rio
ˆ lei, ou n‹o previsto em lei.

!
1.! (Cespe! –! TCU! 2011)! Incluem)se! na! classificação! de! atos! administrativos!
discricionários! os! praticados! em! decorrência! da! aplicação! de! norma! que! contenha!
conceitos!jurídicos!indeterminados.!
! Comentário:! O! item! está! correto.! Nem! sempre! o! mérito! administrativo! é!
previamente!definido!e!determinado!pela!lei.!O!legislador,!por!vezes,!utilizaDse!
de! conceitos! jurídicos! indeterminados! de! valor,! como! “interesse! público”,!
“moralidade! administrativa”,! “bemDestar! social”! e! “boaDfé”.! Nesses! casos,! a!
Administração! pode! utilizar! sua! discricionariedade! para! definir! o! alcance! do!
conceito!nas!situações!concretas.!
! Gabarito:!Certo!

2.! (Cespe!–!TCDF!2012)!O!fator!limitador!do!ato!administrativo!discricionário!é!o!
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critério!da!conveniência!e!oportunidade.!
! Comentário:!O!quesito!está!errado.!O!fator!limitador!do!ato!administrativo!
discricionário! é! a! lei,! pois! é! esta! que! define! os! limites! para! aplicação! dos!
critérios!de!conveniência!e!oportunidade!pelo!agente!público.!Também!podem!
ser! considerados! limitadores! da! discricionariedade! os! princípios! da!
razoabilidade,!da!proporcionalidade!e!da!moralidade.!
! Gabarito:!Errado!

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1!Outro! limite! à! discricionariedade! é! a! teoria. dos. motivos. determinantes,! pela! qual! os! atos! somente!

serão!válidos!se!os!motivos!indicados!para!sua!prática!forem!verdadeiros!e!legítimos.!

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3.! (Cespe!–!MJ!2013)!Ato!vinculado!é!aquele!analisado!apenas!sob!o!aspecto!da!
legalidadeB! o! ato! discricionário,! por! sua! vez,! é! analisado! sob! o! aspecto! não! só! da!
legalidade,!mas!também!do!mérito.!
! Comentário:!O!item!está!certo.!O!ato!vinculado!é!aquele!cujos!elementos!
de! formação! estão! rigidamente! fixados! na! lei,! não! deixando! margem! de!
escolha! ao! administrador! quanto! à! oportunidade! e! conveniência! da! sua!
edição.! Os! atos! discricionários,! ao! contrário,! permitem! certa! liberdade! de!
manobra!aos!agentes!públicos,!notadamente!na!escolha!dos!elementos!motivo!
e!objeto!segundo!critérios!de!conveniência!e!oportunidade,!o!chamado!mérito!
administrativo.! Dessa! forma,! podeDse! dizer! que! os! atos! vinculados! são!
analisados!apenas!sob!o!aspecto!da!legalidade!(mas!não!quanto!ao!mérito)[!já!
o!ato!discricionário!é!analisado!sob!o!aspecto!da!legalidade!(na!formação!dos!
elementos! competência,! finalidade! e! forma)! e! também! do! mérito! (motivo! e!
objeto,!desde!que!a!valoração!esteja!dentro!dos!limites!da!lei).!RessalteDse,!por!
fim,!que!a!análise!do!mérito!do!ato!discricionário!deve!ser!feita!exclusivamente!
pela!Administração,!não!sendo!alcançada!pelo!Poder!Judiciário,!a!menos!que!
extrapole!os!limites!legais.!
! Gabarito:!Certo!

4.! (Cespe! –! Bacen! 2013)! A! lei! estabelece! todos! os! critérios! e! condições! de!
realização! do! ato! vinculado,! sem! deixar! qualquer! margem! de! liberdade! ao!
administrador.!
! Comentário:!Para!Maria!Sylvia!Di!Pietro!e!Carvalho!Filho,!no!ato!vinculado!
o! legislador! estabelece! a! única! solução! possível! diante! de! determinada!
situação!de!fato,!sem!deixar!qualquer!margem!de!liberdade!ao!administrador,!
daí!o!gabarito!da!banca.!
! Não!obstante,!vale!saber!que!parte!da!doutrina!não!é!tão!taxativa!assim.!
Por! exemplo,! para! Hely! Lopes! Meirelles,! dificilmente! os! atos! administrativos!
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são! puramente! vinculados.! Segundo! o! autor,! “não% significa% que% nessa%


categoria% de% atos% [vinculados]% o% administrador% se% converta% em% cego% e%
automático% executor% da% lei.% Absolutamente,% não”.! É! que,! mesmo! nos! atos!
vinculados,! o! administrador! possui! alguma! dose! de! liberdade,! embora!
reduzida,! nos! claros! da! lei! ou! do! regulamento.! Afinal,! é! virtualmente!
impossível! ao! legislador! colocar! no! papel! todas! as! situações! possíveis! de!
ocorrer! no! diaDaDdia! da! Administração.! O! que! não! pode! é! o! administrador! se!
desviar!dos!elementos!que!estejam!previstos!na!lei.!
!!! Gabarito:!Certo!
!

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ATOS!GERAIS!E!INDIVIDUAIS!

!! Atos! gerais! são! aqueles! expedidos! sem! destinatários+ determinados,! com!


finalidade!normativa,!alcançando!todos!os!sujeitos!que!se!encontrem!na!mesma!
situação!de!fato!abrangida!por!seus!preceitos.!
!! !Atos! individuais! são! todos! aqueles! que! se! dirigem! a! destinatários+ certos,!
criandoClhes!situação!jurídica!particular.!

Os atos gerais s‹o dotados de Ògeneralidade e abstra•‹oÓ ou, em


outras palavras, de ÒnormatividadeÓ. Por isso, tambŽm s‹o chamados de
atos abstratos, impr—prios ou normativos.
Exemplos de atos gerais: regulamentos, instru•›es normativas,
portarias, circulares, resolu•›es, dentre outros.
O conteœdo dos atos gerais Ž sempre discricion‡rio, limitado,
porŽm, pelo conteœdo da lei. Ora, se a lei admite regulamenta•‹o, por
—bvio a Administra•‹o tem certa margem de liberdade para definir as
melhores formas de dar cumprimento aos comandos legais; o ato
normativo n‹o pode, contudo, ir alŽm do que a lei prev•.
Uma vez que seu conteœdo Ž discricion‡rio, os atos gerais podem ser
revogados a qualquer tempo, respeitados os direitos adquiridos durante
a sua vig•ncia.

Maria! Sylvia! Di! Pietro! assinala! que,! a! rigor,! os! atos!


gerais! são! atos! da! Administração,! podendo! ser!
considerados! atos! administrativos! apenas! em! sentido! formal,! já! que! emanados! da!
Administração!Pública!com!subordinação!à!lei;!porém,!quanto!ao!conteúdo,!não!são!
atos!administrativos,!porque!não!produzem!efeitos!imediatos,!no!caso!concreto.!
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De! igual! forma,! se! uma! lei! atingir! pessoas! determinadas,! sem! abstração! e!
generalidade,! será! considerada! lei! apenas! em! sentido! formal,! sendo,!
materialmente,!ou!seja,!quanto!ao!conteúdo,!ato!administrativo.!

Os atos individuais, por sua vez, s‹o os que produzem efeitos


jur’dicos no caso concreto. Regulam situa•›es concretas e destinam-se a
pessoas espec’ficas. Por isso tambŽm s‹o chamados de atos concretos
ou pr—prios.
Exemplos de atos individuais: nomea•‹o, exonera•‹o, tombamento,
decretos de desapropria•‹o, autoriza•‹o, licen•a etc.

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Detalhe importante Ž que o ato individual pode ter um œnico
destinat‡rio (ato singular) ou diversos destinat‡rios (ato plœrimo). O
que caracteriza o ato individual Ž o fato de seus destinat‡rios serem
certos e determinados.
Por exemplo: a nomea•‹o de aprovados em um concurso pœblico Ž
um ato plœrimo (v‡rios destinat‡rios certos); j‡ a exonera•‹o de um œnico
servidor Ž um ato singular, da mesma forma que um decreto declarando a
utilidade pœblica de um im—vel para fins de desapropria•‹o.
Os atos individuais podem ser vinculados ou discricion‡rios, e
normalmente geram direitos subjetivos para seus destinat‡rios.
A revoga•‹o de um ato individual somente Ž poss’vel se ele n‹o
tiver gerado direito adquirido para o seu destinat‡rio.
Os atos individuais, ao contr‡rio dos atos gerais, admitem
impugna•‹o direta por meio de recursos administrativos, bem como de
a•›es judiciais comuns (a•›es ordin‡rias) ou especiais (mandado de
seguran•a e a•‹o popular).
Por fim, importante destacar que os atos gerais prevalecem sobre
os individuais, uma vez que, na pr‡tica de atos individuais, a
Administra•‹o Ž obrigada a observar os atos gerais pertinentes ao caso.
Assim, por exemplo, uma nomea•‹o de servidor s— pode ser feita se em
conson‰ncia com uma Resolu•‹o que a oriente.

ATOS!INTERNOS!E!EXTERNOS!

!! Atos! internos! são! aqueles! que! produzem! efeitos! somente! no! âmbito! da!
Administração!Pública,!atingindo!apenas!órgãos!e!agentes!públicos.!
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!! Atos!externos!são!aqueles!cujos!efeitos!atingem!pessoas!de!fora!da!entidade!que!
o!produziu.!

Nos atos internos, os efeitos do ato atingem apenas os agentes e


—rg‹os da entidade que o editou.
Exemplos de atos internos: portaria de remo•‹o de um servidor;
ordens de servi•o em geral; portaria de cria•‹o de um grupo de trabalho;
designa•‹o de servidor para participar de um curso etc.
Nos atos externos, os efeitos do ato alcan•am os administrados em
geral, os contratantes e, em certos casos, os pr—prios servidores.

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Ressalte-se que os atos externos podem ser destinados tanto aos
particulares quanto ˆ pr—pria Administra•‹o; o que os distingue Ž o fato
de produzirem efeitos fora da reparti•‹o que os originou.
Exemplos de atos externos: atos normativos, nomea•‹o de
aprovados em um concurso pœblico, multas aplicadas a empresas
contratadas pela Administra•‹o, editais de licita•‹o etc.

!
5.! (Cespe! –! ICMBio! 2014)! Os! atos! administrativos! internos! são! destinados! a!
produzirem! efeitos! sobre! os! órgãos! e! os! agentes! da! administração! pública! que! os!
expediram.!
! Comentário:! O! quesito! está! correto,! pois! apresenta! a! exata! definição! de!
atos! administrativos! internos[! por! outro! lado,! os! atos! externos! produzem!
efeitos!para!fora!da!repartição!que!os!expediu,!atingindo!terceiros.!
! Gabarito:!Certo!

ATOS!SIMPLES,!COMPLEXOS!E!COMPOSTOS!

!! Atos! simples! são! os! que! decorrem! da! manifestação! de! um! único! órgão,!
unipessoal!ou!colegiado.!
!! Atos!complexos!são!os!que!decorrem!de!duas!ou!mais!manifestações!de!vontade!
autônomas,!provenientes!de!órgãos!diversos!(há!um!ato+único).!
!! Ato!composto!é!o!que!resulta!da!manifestação!de!dois!ou!mais!órgãos,!em!que!a!
vontade!de!um!é!instrumental!em!relação!à!do!outro!(existem!dois+atos).!
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Os atos simples s‹o aqueles produzidos pela manifesta•‹o de um


œnico —rg‹o, n‹o dependendo de outras manifesta•›es prŽvias ou
posteriores para ser considerado perfeito.
Nos atos simples, a manifesta•‹o de vontade pode emanar de apenas
uma pessoa (ato singular) ou de um grupo de pessoas (ato colegiado);
o que importa Ž haver apenas uma express‹o de vontade para dar origem
ao ato.
Assim, por exemplo, s‹o atos simples: portaria de demiss‹o de
servidor editada por Ministro de Estado (ato singular); despacho de um
chefe de se•‹o (ato singular); decis›es dos Tribunais de Contas
(ato colegiado); aprova•‹o do regimento interno de um Tribunal pela

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maioria absoluta dos desembargadores (ato colegiado); decis‹o de
recurso administrativo pelo Conselho Administrativo de Recursos do
MinistŽrio da Fazenda (ato colegiado).
Os atos complexos s‹o formados por duas ou mais manifesta•›es
de vontade aut™nomas, provenientes de —rg‹os diversos. O ponto
essencial que caracteriza os atos complexos Ž a conjuga•‹o de
vontades aut™nomas de —rg‹os diferentes para a forma•‹o de um
œnico ato.
O ato complexo s— se aperfei•oa com a manifesta•‹o de todos os
—rg‹os que devem contribuir para a sua forma•‹o, vale dizer, o ato n‹o
pode ser considerado perfeito (completo, conclu’do, formado) com a
manifesta•‹o de um s— —rg‹o ou autoridade dentre aqueles que deveriam
se pronunciar para formar o ato.
Maria Sylvia Di Pietro apresenta como exemplo de ato complexo o
decreto presidencial. Nos termos da Constitui•‹o Federal, o decreto
deve ser assinado pelo(s) Ministro(s) de Estado afetado(s) pela norma e
pelo Presidente da Repœblica. Assim, quando o Ministro de Estado assina a
minuta de decreto, sua vontade n‹o basta para que o ato administrativo
exista; da mesma forma, se o Presidente assinar sozinho n‹o h‡ ato
administrativo acabado. Este somente se forma quando houver a
conjuga•‹o da manifesta•‹o de vontade dos dois —rg‹os envolvidos
(MinistŽrio e Presid•ncia da Repœblica).
TambŽm s‹o exemplos de atos complexos:
!! Nomea•›es efetuadas pelo presidente da Repœblica que dependem da
aprova•‹o do nome da autoridade pelo Senado Federal2;

!! Concess‹o de determinados regimes de tributa•‹o que dependem de


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aprova•‹o de diferentes MinistŽrios (ex: redu•›es de tributos para alguns


bens de inform‡tica, que dependem da aprova•‹o do MDIC, do MinistŽrio
da Ci•ncia e da Tecnologia e do MinistŽrio da Fazenda);

!! Atos normativos editados conjuntamente por —rg‹os diferentes da


Administra•‹o Federal, a exemplo das portarias conjuntas da Receita
Federal e da Procuradoria da Fazenda Nacional.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
2!Maria! Sylvia! Di! Pietro! classifica! as! nomeações! de! autoridades! sujeitas! à! aprovação! prévia! do! Poder!
Legislativo! como! atos.compostos.! ! Não! obstante,! as! bancas! Cespe! e! ESAF! têm! adotado! posicionamento!
diverso,!classificando!tais!nomeações!como!atos.complexos.!

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Ato! complexo! não' se' confunde! com! procedimento!


administrativo.!
No!ato!complexo!integramCse!as!vontades!de!vários!órgãos!
para! a! obtenção! de! um! único! ato;! no! procedimento! administrativo! praticamCse!
diversos! atos! administrativos! intermediários,! todos! perfeitos! e! concluídos,! para! a!
obtenção! de! um! objetivo! final! ou! à! prática! de! um! ato! final! que! finaliza! o!
procedimento.!
Exemplos! de! procedimentos! administrativos! são! as! licitações! públicas! e! os!
concursos! públicos.! Veja! o! caso! da! licitação:! o! ato! final! e! principal! (adjudicação! da!
obra!ou!do!serviço)!é!precedido!de!vários!atos!autônomos!e!intermediários!(edital,!
verificação!de!inidoneidade,!julgamento!das!propostas!etc.).!

Os atos compostos, por sua vez, s‹o aqueles que resultam da


manifesta•‹o de dois ou mais —rg‹os, em que a vontade de um Ž
instrumental em rela•‹o ˆ de outro, que edita o ato principal;
praticam-se, em verdade, dois atos: um principal e outro acess—rio.
Hely Lopes Meirelles d‡ como exemplo de ato composto a autoriza•‹o
que depende do visto de uma autoridade. Este œltimo seria o ato
instrumental, necess‡rio para que o primeiro ganhe exequibilidade. Outro
exemplo de ato composto Ž a homologa•‹o, acess—ria no procedimento de
licita•‹o. De modo geral, os atos sujeitos a visto s‹o entendidos, para fins
de concursos pœblico, como atos compostos.
Repare que, nos atos compostos, h‡ apenas uma vontade (a do que
edita o ato principal) e n‹o uma conjuga•‹o de vontades aut™nomas,
como nos atos complexos. A fun•‹o do ato acess—rio Ž meramente 04810337340

instrumental: autorizar a pr‡tica do ato principal ou conferir efic‡cia a


este. O ato acess—rio ou instrumental em nada altera o conteœdo do ato
principal3.

No ato complexo existe um œnico ato. No


ato composto existem dois atos, um principal
e outro acess—rio.

Detalhe Ž que, nos atos compostos, o ato acess—rio pode ser prŽvio
ou posterior ao ato principal. Quando o ato acess—rio Ž prŽvio, sua
fun•‹o Ž autorizar a pr‡tica do ato principal; quando posterior, o ato
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3!Alexandrino!e!Paulo!(2014,!p.!465).!

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acess—rio tem a fun•‹o de conferir efic‡cia, exequibilidade ao ato
principal.

!
6.! (Cespe! –! Câmara! dos! Deputados! 2012)! Considere! que! um! servidor! público!
federal! tenha! sido! aposentado! mediante! portaria! publicada! no! ano! de! 2008! e! que,!
em! 2010,! o! TCU! tenha! homologado! o! ato! de! aposentadoria.! Nessa! situação!
hipotética,! esse! ato! caracteriza)se! como! complexo,! visto! que,! para! o! seu!
aperfeiçoamento,!é!necessária!a!atuação!do!TCU!e!do!órgão!público!a!que!estava!
vinculado!o!servidor.!
! Comentário:!O!item!está!correto.!Segundo!a!jurisprudência!do!STF,!o!ato!
de! aposentadoria! de! servidor! público! estatutário! é! um! ato! complexo.! Isso!
porque,!nos!termos!do!art.!71,!III!da!Constituição!Federal,!a!legalidade!dos!atos!
de!aposentadoria!editados!pela!Administração!deve!ser!apreciada,!para!fins!de!
registro,! pelo! Tribunal! de! Contas.! Assim,! de! acordo! com! o! entendimento! do!
STF,! antes! da! manifestação! do! Tribunal! de! Contas! para! fins! de! registro,! a!
formação! do! ato! de! aposentadoria! ainda! não! está! completa,! ou! seja,! o! ato!
ainda!não!é!um!ato!perfeito,!formado.!!
! RessalteDse,! contudo,! que! o! servidor! recebe! os! proventos! desde! o!
momento! em! que! a! aposentadoria! é! concedida! pela! Administração! (antes! do!
registro! no! Tribunal! de! Contas,! portanto),! ou! seja,! o! ato! produz! efeitos! antes!
de!sua!formação!estar!completa.!Tal!efeito!é!chamado!de!efeito!prodrômico!do!
ato,! termo! que! abrange! os! efeitos! que! podem! surgir! em! atos! complexos! ou!
compostos! antes! da! conclusão! dos! respectivos! ciclos! de! formação.! O! efeito!
prodrômico! é! considerado! um! efeito! atípico! do! ato! (o! efeito! típico! da!
aposentadoria! seria! acarretar! a! vacância! do! cargo! e! passar! o! servidor! para! a!
inatividade,!o!qual!só!ocorre,!de!fato,!quando!o!Tribunal!de!Contas!concede!o!
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registro).!
!!! Gabarito:!Certo!
!

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ATOS!DE!IMPÉRIO,!DE!GESTÃO!E!DE!EXPEDIENTE!

!! Atos! de! império! são! aqueles! que! a! Administração! pratica! usando! de! sua!
supremacia! sobre! os! administrados,! criando! para! eles! obrigações! ou! restrições,!
de!forma!unilateral.!
!! Atos! de! gestão! são! os! que! a! Administração! pratica! na! qualidade! de! gestora! de!
seus!bens!e!serviços,!sem!usar!de!sua!supremacia!sobre!os!destinatários.!
!! Atos!de!expediente!são!aqueles!que!se!destinam!a!dar!andamento!aos!processos!
e!papeis!administrativos,!sem!qualquer!conteúdo!decisório.!

Os atos de impŽrio, como o pr—prio nome indica, referem-se aos


atos estatais cercados de todas as prerrogativas pœblicas, com
fundamento no princ’pio da supremacia do interesse pœblico. TambŽm
s‹o chamados de atos de autoridade, eis que praticados sempre de
forma unilateral pelo Estado, independentemente da anu•ncia dos
administrados atingidos pelo ato.
Exemplos de atos de impŽrio: a interdi•‹o de estabelecimento
comercial, a desapropria•‹o de im—vel, a apreens‹o de mercadorias, a
imposi•‹o de multas administrativas etc.
Os atos de gest‹o s‹o t’picos das atividades de administra•‹o de
bens e servi•os em geral, que n‹o exigem coer•‹o sobre os interessados,
assemelhando-se aos atos praticados pelas pessoas privadas.
Exemplos de atos de gest‹o: aliena•‹o ou aquisi•‹o de bens pela
Administra•‹o, o aluguel a um particular de um im—vel pertencente a uma
autarquia, os atos negociais em geral, como a autoriza•‹o ou a permiss‹o
de uso de um bem pœblico. 04810337340

Hely Lopes Meireles assinala que os atos de gest‹o ser‹o sempre


atos da Administra•‹o, mas nem sempre atos administrativos t’picos,
principalmente quando bilaterais.
Os atos de expediente s‹o atos de rotina interna, relacionados ao
andamento dos variados servi•os executados pela Administra•‹o. Sua
principal caracter’stica Ž a aus•ncia de conteœdo decis—rio.
Exemplos de atos de expediente: o protocolo de documentos, o
encaminhamento de processo ˆ autoridade que possua atribui•‹o de
decidir sobre seu mŽrito, o cadastramento de documentos em sistema
informatizado etc.

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ATO!CONSTITUTIVO,!EXTINTIVO,!MODIFICATIVO!E!DECLARATÓRIO!

!! Ato!constitutivo!é!aquele!que!cria!uma!nova!situação!jurídica!individual!para!seus!
destinatários,!em!relação!à!Administração.!
!! Ato! extintivo! ou! desconstitutivo! é! aquele! que! põe! fim! a! situações! jurídicas!
individuais!existentes.!
!! Ato! modificativo! é! o! que! tem! por! fim! alterar! situações! preexistentes,! sem!
suprimir!direitos!ou!obrigações.!
!! Ato!declaratório!é!o!que!visa!a!atestar!um!fato,!ou!reconhecer!um!direito!ou!uma!
obrigação!que!já!existia!antes!do!ato.!

Os atos constitutivos criam uma situa•‹o jur’dica nova para seus


destinat‡rios, situa•‹o que pode ser um novo direito ou uma
nova obriga•‹o, como as licen•as, as autoriza•›es, as nomea•›es de
servidores, a aplica•‹o de san•›es administrativas etc.
Os atos extintivos, ao contr‡rio, extinguem (desconstituem) direitos
e obriga•›es, de que s‹o exemplo a cassa•‹o de uma autoriza•‹o, a
encampa•‹o de servi•o pœblico, a demiss‹o de um servidor etc.
J‡ os atos modificativos alteram situa•›es jur’dicas preexistentes,
mas sem suprimir direitos e obriga•›es; s‹o exemplos: a altera•‹o do
hor‡rio de funcionamento do —rg‹o e a mudan•a de local de uma reuni‹o.
Os atos declarat—rios apenas afirmam a exist•ncia de um fato ou
de uma situa•‹o jur’dica anterior a eles, com o fim de reconhecer ou
mesmo de possibilitar o exerc’cio de direitos. S‹o exemplos a expedi•‹o
de certid›es, a emiss‹o de atestados por junta mŽdica oficial etc.
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!
7.! (Cespe! –! TCU! 2009)! A! permissão,! que! não! se! confunde! com! a! concessão! ou! a!
autorização,! é! o! ato! administrativo! por! meio! do! qual! a! administração! pública! consente!
que!o!particular!se!utilize!privativamente!de!um!bem!público!ou!execute!um!serviço!de!
utilidade! pública.! Tal! ato! é! classificado! como! declaratório,! na! medida! em! que! o! poder!
público!apenas!reconhece!um!direito!do!particular!previamente!existente.!
! Comentário:! A! permissão! é! o! ato! administrativo! por! meio! do! qual! a!
administração! pública! consente! que! o! particular! se! utilize! privativamente! de!
um! bem! público.! TrataDse,! portanto,! de! ato! que! confere! um! direito! ao!
particular,!ou!seja,!é!um!ato!constitutivo,!e!não!um!ato!declaratório.!
!!! Gabarito:!Errado!

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ATO!VÁLIDO,!NULO,!ANULÁVEL!E!INEXISTENTE!

!! Ato!válido!é!aquele!praticado!em!conformidade!com!a!lei,!sem!nenhum!vício.!
!! Ato! nulo! é! aquele! que! nasce! com! vício! insanável! por! ausência! ou! defeito!
substancial!em!um!dos!seus!elementos!constitutivos.!
!! Ao!anulável!é!o!que!apresenta!defeito!sanável,!ou!seja,!passível!de!convalidação!
pela!própria!Administração.!
!! Ato!inexistente!é!aquele!que!apenas!tem!aparência!de!manifestação!regular!da!
vontade! da! Administração,! mas,! em! verdade,! não! chega! a! entrar! no! mundo!
jurídico,!por!falta!de!um!elemento!essencial.!

O ato v‡lido Ž aquele que respeitou, em sua forma•‹o, todos os


requisitos legais relativos aos elementos compet•ncia, finalidade, forma,
motivo e objeto. Por outras palavras, Ž o ato que n‹o tem qualquer v’cio,
qualquer ilegalidade.
O ato nulo Ž aquele com v’cio insan‡vel em um dos seus
elementos constitutivos. Por exemplo, o ato com motivo inexistente, o ato
com objeto n‹o previsto em lei e o ato praticado com desvio de finalidade.
Ressalte-se que os atos nulos s‹o atos ilegais ou ileg’timos e, por
isso, n‹o podem ser convalidados; ao contr‡rio, devem ser anulados.
Lembrando que o administrado n‹o pode se negar a dar cumprimento ao
ato nulo atŽ que a nulidade seja reconhecida e declarada pela
Administra•‹o ou pelo Judici‡rio (atributo da presun•‹o de legitimidade
dos atos administrativos).
O ato anul‡vel Ž o que apresenta defeito san‡vel, ou seja,
pass’vel de convalida•‹o pela pr—pria Administra•‹o4 . S‹o san‡veis os
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v’cios de compet•ncia quanto ˆ pessoa (e n‹o quanto ˆ matŽria), exceto


se se tratar de compet•ncia exclusiva, e o v’cio de forma, a menos que
se trate de forma exigida pela lei como condi•‹o essencial ˆ validade do
ato.
O ato inexistente Ž aquele que apenas possui apar•ncia de ato
administrativo, mas, na verdade, possui algum defeito capital que o
impede de produzir efeitos no mundo jur’dico.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
4!Conforme! veremos! adiante,! o! ato! anulável! é! “passível”! de! convalidação.! Assim,! se! a! Administração!

entender!mais!conveniente!e!oportuno,!poderá!anular!o!ato!em!vez!de!convalidáhlo.!

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ƒ o caso dos atos praticados por usurpador de fun•‹o, ou seja, por
indiv’duo que se passa por agente pœblico sem ter sido investido em
nenhum cargo.
TambŽm s‹o considerados atos inexistentes os atos cujos objetos
sejam juridicamente imposs’veis, a exemplo de uma ordem para que o
subordinado execute um crime.
Quanto ao ato inexistente, vale ressaltar que parte da doutrina
considera irrelevante diferencia-lo do ato nulo, porque ambos conduzem
ao mesmo resultado: a invalidade do ato.
N‹o obstante, algumas diferen•as podem ser enumeradas. Por
exemplo, a anula•‹o de ato nulo possui efic‡cia retroativa (ex tunc), mas
admite-se a preserva•‹o dos efeitos j‡ produzidos perante terceiros de
boa-fŽ (pessoas que n‹o foram parte do ato, mas foram alcan•adas pelos
efeitos do ato, e desconheciam o seu v’cio). Em rela•‹o aos
atos inexistentes, nenhum efeito pode ser validamente mantido,
mesmo perante terceiros de boa-fŽ. Outra diferen•a Ž que a invalida•‹o
de ato inexistente n‹o se sujeita a prazo decadencial, ou seja, pode ser
feita a qualquer tempo, diferentemente da anula•‹o que, regra geral, tem
prazo para ser realizada (5 anos na esfera federal).

ATO!PERFEITO,!EFICAZ,!PENDENTE!E!CONSUMADO!

!! Ato!perfeito!é!aquele!que!já!concluiu!todas!as!etapas!da!sua!formação.!
!! Ato!eficaz!é!o!ato!perfeito!que!já!está!apto!a!produzir!efeitos,!não!dependendo!
de!nenhum!evento!posterior,!como!termo,!condição,!aprovação,!autorização!etc.!
!! Ato! pendente! é! o! ato! perfeito! que! ainda! depende! de! algum! evento! posterior!
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para!produzir!efeitos.!
!! Ato!consumado!ou!exaurido!é!o!que!já!produziu!todos!os!efeitos!que!estava!apto!
a!produzir.!

O ato perfeito Ž aquele que est‡ pronto, terminado, que j‡ concluiu


todas as fases necess‡rias a sua forma•‹o. Em outras palavras, o ato
perfeito Ž aquele que j‡ foi produzido, ou seja, Ž o que j‡ existe.
Exemplo de ato perfeito: portaria de demiss‹o de servidor que foi
escrita, motivada, assinada e publicada.
O ato perfeito n‹o se confunde com o ato v‡lido. A perfei•‹o se
refere ao processo de elabora•‹o do ato (Ž perfeito o ato que contŽm

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todos os elementos constitutivos previstos na lei); j‡ a validade diz
respeito ˆ conformidade dos elementos do ato com a lei e princ’pios da
Administra•‹o (Ž v‡lido o ato cujos elementos de forma•‹o n‹o
apresentam nenhum v’cio).
No exemplo acima, da demiss‹o do servidor, o ato perfeito tambŽm
ser‡ v‡lido se tiver sido emitido por autoridade competente, sem desvio
de finalidade, se a motiva•‹o tiver sido verdadeira, se a publica•‹o tiver
ocorrido na forma exigida na lei etc.
A partir desse exemplo, percebemos que podem existir atos
administrativos perfeitos, por j‡ terem completado seu ciclo de
forma•‹o, mas inv‡lidos, por apresentarem algum v’cio nos seus
elementos constitutivos.
Por outro lado, n‹o podem existir atos que sejam, ao mesmo tempo,
imperfeitos e v‡lidos, ou imperfeitos e inv‡lidos, eis que os atos
imperfeitos (atos que n‹o cumpriram todas as etapas de forma•‹o, isto Ž,
nos quais falta algum elemento) a rigor ainda n‹o existem como ato
administrativo. N‹o seria cab’vel, portanto, analisar a validade ou
invalidade de algo que ainda n‹o existe 5 . Assim, todo ato v‡lido ou
inv‡lido Ž necessariamente perfeito.

Um ato perfeito pode ser v‡lido ou inv‡lido, e


eficaz ou ineficaz.

O ato eficaz Ž aquele que j‡ est‡ apto para a produ•‹o dos efeitos
que lhe s‹o inerentes, vale dizer, o ato n‹o depende de um evento
posterior, como um termo, encargo ou condi•‹o suspensiva, ou ainda
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de autoriza•‹o, aprova•‹o ou homologa•‹o para produzir efeitos


t’picos ou pr—prios.
Como regra, a efic‡cia do ato Ž imediata ou posterior ˆ sua
produ•‹o, admitindo-se, excepcionalmente, a efic‡cia retroativa, como,
por exemplo, a anula•‹o e a reintegra•‹o, que operam efeitos retroativos.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
5!Alexandrino!e!Paulo!(2014,!p.!474).!

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Ao! tratar! da! eficácia! dos! atos! administrativos,! alguns!


autores!introduzem!o!conceito!de!exequibilidade.!
Por! exequibilidade! entendeCse! a! produção! imediata! de!
efeitos.! Para! esses! autores,! se! o! ato! está! produzindo! efeitos,! além! de! eficaz! ele! é!
exequível.! Se! o! ato! tem! aptidão! para! produzir! efeitos,! mas! ainda! não! os! está!
produzindo,!o!ato!é!eficaz,!mas!ainda!não!é!exequível.!
Exemplo:!a!decisão!de!comissão!de!licitação!que!inabilita!licitante.!É!ato!eficaz,!
porque!tem!a!aptidão!para!excluir!do!processo!referido!licitante,!mas!enquanto!não!
expirado!o!prazo!para!recurso!ou,!caso!este!tenha!sido!interposto,!enquanto!não!for!
julgado,!o!ato!não!é!exequível6.!
Os!autores!que!adotam!o!conceito!de!exequibilidade!consideram!que!todo!ato!
perfeito! é! eficaz,! ainda! que! dependa! de! termo! ou! condição! futuros! para! ser!
executado! (ou! seja,! ato! perfeito! e! ato! eficaz! seriam! a! mesma! coisa).! O! termo! ou!
condição!podem!constituir!óbices!à!exequibilidade!do!ato,!mas!não!a!sua!eficácia7.!
Em! provas! de! concurso,! no! entanto,! a! menos! que! a! questão! expressamente!
leve!a!entender!de!forma!diversa,!deveCse!adotar!o!raciocínio!de!que!ato!eficaz!é!o!
ato! perfeito! cujos! efeitos! não! dependem! de! termo,! condição,! autorização,!
aprovação! ou! outro! evento! futuro! qualquer;! do! contrário,! caso! os! efeitos! do! ato!
estejam!suspensos!por!alguma!razão,!o!ato!será!ineficaz!ou!pendente.!Ou!seja,!em!
concursos,!regra!geral,!não!se!faz!diferenciação!entre!eficácia!e!exequibilidade!(ato!
eficaz!é!sinônimo!de!ato!exequível).!

O ato pendente Ž o contr‡rio do ato eficaz, ou seja, Ž aquele que,


embora perfeito, depende de algum evento futuro para que comece a 04810337340

produzir efeitos.
O ato consumado ou exaurido Ž o que j‡ produziu todos os efeitos
que estava apto a produzir, que j‡ esgotou sua possibilidade de produzir
efeitos. Como exemplo, tem-se uma licen•a concedida a servidor que j‡
foi integralmente gozada.
De acordo com tais defini•›es, s‹o previstas, pela doutrina, quatro
combina•›es poss’veis. Assim, o ato administrativo pode ser:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
6!Lucas!Furtado!(2014,!p.!232).!
7!Carvalho!Filho!(2014,!p.!128).!

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a)! Perfeito, v‡lido e eficaz: quando cumpriu seu ciclo de forma•‹o
(perfeito), encontra-se em conformidade com a ordem jur’dica (v‡lido) e
dispon’vel para a produ•‹o dos efeitos que lhe s‹o t’picos (eficaz);
b)! Perfeito, inv‡lido e eficaz: quando, cumprido o ciclo de forma•‹o, o ato,
ainda que contr‡rio ˆ ordem jur’dica (inv‡lido, portanto), encontra-se
produzindo os efeitos que lhe s‹o inerentes.
c)! Perfeito, v‡lido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de forma•‹o,
encontra-se em conson‰ncia com a ordem jur’dica, contudo, ainda n‹o se
encontra dispon’vel para a produ•‹o dos efeitos que lhe s‹o pr—prios, por
depender de um termo inicial ou de uma condi•‹o suspensiva, ou
autoriza•‹o, aprova•‹o ou homologa•‹o.
d)! Perfeito, inv‡lido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de forma•‹o, o
ato encontra-se em desconformidade com a ordem jur’dica, ao tempo que
n‹o pode produzir seus efeitos por se encontrar na depend•ncia de algum
evento futuro necess‡rio a produ•‹o de seus efeitos.

!
8.! (Cespe! –! MPTCDF! 2013)! O! ato! administrativo! pode! ser! perfeito,! inválido! e!
eficaz.!
! Comentário:!O!quesito!está!correto.!Em!suma,!ato!perfeito!é!aquele!que!já!
completou!sua!formação[!ato!válido!é!o!que!não!possui!nenhum!vício[!e!eficaz!
é!o!ato!que!já!se!encontra!apto!a!produzir!efeitos.!Para!se!falar!em!validade!e!
eficácia,! o! ato! necessariamente! deve! ser! perfeito.! A! partir! daí,! qualquer!
combinação!é!possível:!o!ato!pode!ser!(i)!perfeito,!válido!e!eficaz[!(ii)!perfeito,!
válido! e! ineficaz[! (iv)! perfeito,! inválido! e! eficaz[! e! (v)! perfeito,! inválido! e!
ineficaz.!Por!outro!lado,!se!o!ato!for!imperfeito,!ou!seja,!se!nem!mesmo!estiver!
formado,!não!há!porque!se!falar!em!validade!e!eficácia.!
!!! Gabarito:!Certo!
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9.! (Cespe!–!TRE/RJ!2012)!Considera)se!que!o!ato!administrativo!é!válido!quando!
se!esgotam!todas!as!fases!necessárias!para!a!sua!produção.!
! Comentário:! O! quesito! está! errado.! O! ato! administrativo! que! completou!
todas!as!fases!necessárias!para!a!sua!produção!é!um!ato!perfeito.!Caso!o!ato!
perfeito! não! apresente! nenhum! vício! em! seus! elementos! de! formação,! aí! sim!
também! será! um! ato! válido.! ! RessalteDse! que! podem! existir! atos! perfeitos! e!
inválidos!quando,!cumprido!o!ciclo!de!formação,!o!ato!apresente!algum!vício!
em! seus! elementos! de! formação.! O! contrário,! porém,! não! é! verdadeiro,! ou!
seja,!não!existem!atos!imperfeitos!e!válidos,!pois!a!completa!formação!do!ato!
é!préDrequisito!para!o!exame!da!sua!validade.!!
!!! Gabarito:!Errado!

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10.! (Cespe! –! TRT10! 2013)! De! acordo! com! a! doutrina,! o! ato! administrativo! será!
considerado!perfeito,!inválido!e!eficaz,!quando,!concluído!o!seu!ciclo!de!formação,!e!não!
se! conformando! às! exigências! normativas,! ele! produzir! os! efeitos! que! lhe! seriam!
inerentes.!
! Comentário:! O! item! está! correto.! LembreDse! de! que,! pelo! atributo! da!
presunção!da!legitimidade,!o!ato!administrativo!perfeito!e!eficaz!produz!os!efeitos!
que! lhe! são! inerentes! ainda! que! contenha! algum! vício! em! seus! elementos! de!
formação,! ou! seja,! ainda! que! seja! um! ato! inválido.! A! produção! de! efeitos!
perdurará! até! que! o! ato! viciado! seja! anulado! pela! Administração! ou! pelo!
Judiciário! –! este,! se! provocado! –,! de! tal! sorte! que,! antes! disso,! o! administrado!
não!pode!se!recusar!a!cumpriDlo.!
!!! Gabarito:!Certo!

11.! (Cespe!–!MPU!2013)!Validade!e!eficácia!são!qualidades!do!ato!administrativo!cuja!
existência!seja!necessariamente!pressuposta!no!plano!fático.!
! Comentário:! O! item! está! correto.! Validade! e! eficácia! são! qualidades! do! ato!
administrativo! perfeito,! ou! seja,! do! ato! completo,! formado.! Nos! atos! imperfeitos,!
ao!contrário,!não!faz!sentido!se!falar!em!validade!e!eficácia,!afinal.!tais!atos!nem!
existem! ainda.! A! questão! chama! o! ato! perfeito! de! ato! “cuja% existência% seja%
necessariamente% pressuposta% no% plano% fático”,! o! que! é! correto,! pois,! como! dito,!
ato! perfeito! é! aquele! que! já! se! encontra! completamente! formado,! ou! seja,! que! já!
existe!no!plano!fático.!
!!! Gabarito:!Certo!

12.! (Cespe!–!MDIC!2014)!Suponha!que!determinado!ato!administrativo,!percorrido!seu!
ciclo! de! formação,! tenha! produzido! efeitos! na! sociedade! e,! posteriormente,! tenha! sido!
reputado,!pela!própria!administração!pública,!desconforme!em!relação!ao!ordenamento!
jurídico.!Nesse!caso,!considera)se!o!ato!perfeito,!eficaz!e!inválido.!
! Comentário:! O! item! está! correto.! O! ato! da! questão! é! perfeito! por! ter!
“percorrido! seu! ciclo! de! formação”[! é! eficaz! por! ter! “produzido! efeitos! na!
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sociedade”[! e! é! inválido! por! ter! sido! reputado! “desconforme! em! relação! ao!
ordenamento!jurídico”.!
!!! Gabarito:!Certo!

13.! (Cespe! –! TCU! 2012)! Os!atos!praticados!por!servidor!irregularmente!investido!na!


função!—!situação!que!caracteriza!a!função!de!fato!—!são!considerados!inexistentes.!
! Comentário:!A!função!de!fato!ocorre!quando!a!pessoa!que!pratica!o!ato!está!
irregularmente! investida! no! cargo,! emprego! ou! função,! mas! a! sua! situação! tem!
toda! a! aparência! de! legalidade.! Segundo! a! doutrina,! os! atos! praticados! pelos!
funcionários! de! fato,! pela! teoria! da! aparência,! são! considerados! válidos! e!
eficazes,! perante! terceiros! de! boaDfé,! precisamente! pela! aparência! de! legalidade!
de!que!se!revestem,!daí!o!erro.!
!!! Gabarito:!Errado!

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ESPÉCIES.DE.ATOS.ADMINISTRATIVOS.

Pessoal, alŽm das classifica•›es vistas anteriormente, temos mais


algumas para aprender. As espŽcies de atos administrativos apresentadas
adiante seguem a doutrina de Hely Lopes Meirelles.

ATOS!NORMATIVOS!

Atos normativos s‹o os atos com efeitos gerais e abstratos, e,


bem por isso, atingem todos aqueles que se situam em id•ntica situa•‹o
jur’dica (n‹o t•m destinat‡rios determinados). Correspondem aos Òatos
geraisÓ estudados no t—pico anterior.
Diz-se que os atos normativos s‹o atos administrativos apenas em
sentido formal, porque, materialmente (quanto ao conteœdo), s‹o
verdadeiras normas jur’dicas, em raz‹o da sua caracter’stica de
generalidade e abstra•‹o, assim como as leis.
Contudo, tais atos n‹o se confundem com as leis, pois estas s‹o
atos legislativos, produzidas a partir do processo legislativo e, por isso,
aptas a inovar o direito.
Os atos normativos, ao contr‡rio, s‹o praticados pela Administra•‹o e
n‹o podem inovar o ordenamento jur’dico, vale dizer, n‹o podem
criar direitos e obriga•›es que n‹o se encontrem previamente
estabelecidos em uma lei.
S‹o exemplos de atos normativos os regulamentos, portarias,
resolu•›es, circulares, instru•›es, delibera•›es e regimentos, os quais t•m
a fun•‹o de detalhar, explicitar o conteœdo das leis que regulamentam,
a fim de lhes dar fiel execu•‹o. 04810337340

Os atos normativos n‹o podem ser objeto de impugna•‹o direta por


meio de recursos administrativos ou a•‹o judicial ordin‡ria. Em
outras palavras, o administrado n‹o pode entrar com um recurso
administrativo ou com uma a•‹o ordin‡ria na Justi•a para requerer a
anula•‹o de um ato normativo; o que ele pode fazer Ž pedir a anula•‹o
dos efeitos provocados pelo ato sobre a sua situa•‹o particular, mas n‹o
a invalida•‹o do ato em si.
A rigor, para pleitear a invalida•‹o direta de um ato normativo geral,
deve ser utilizada a a•‹o direta de inconstitucionalidade (ADI), pelos
—rg‹os e autoridades constitucionalmente legitimados, desde que sejam
atendidos os pressupostos dessa a•‹o.

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A seguir, vamos listar os principais atos normativos previstos na
doutrina de Hely Lopes, destacando que a denomina•‹o utilizada na
pr‡tica pelos diferentes —rg‹os e entidades da Administra•‹o pode ser
diferente:
"! Decretos: s‹o atos resultantes da manifesta•‹o de vontade dos chefes
do Executivo (Presidente da Repœblica, Governadores e Prefeitos).

Os decretos podem ser gerais ou individuais.

Os decretos gerais t•m car‡ter normativo e tra•am regras gerais (ex:


decreto que regulamenta uma lei). Estes s‹o os que devem ser encarados
como atos normativos. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, um decreto
que produza efeitos gerais pode ser editado tanto em car‡ter
regulamentar (ou de execu•‹o), explicitando uma lei anteriormente
editada, como em car‡ter independente (o chamado decreto
aut™nomo), para disciplinar matŽria ainda n‹o regulada em lei.
Lembrando que, nos termos do art. 84, VI da CF, o decreto aut™nomo s— Ž
admitido nas hip—teses de (i) organiza•‹o e funcionamento da
administra•‹o federal, quando n‹o implicar aumento de despesa nem
cria•‹o ou extin•‹o de —rg‹os pœblicos; (ii) extin•‹o de fun•›es ou cargos
pœblicos, quando vagos.

J‡ os decretos individuais t•m destinat‡rios espec’ficos, individualizados


(ex: decreto de demiss‹o de servidor pœblico, decreto de desapropria•‹o),
n‹o sendo considerados atos normativos, pois n‹o apresentam
normatividade (efeitos gerais e abstratos).

"! Regulamentos: s‹o atos normativos que especificam, detalham, explicam


os mandamentos da lei. Destinam-se ˆ atua•‹o externa (normatividade
em rela•‹o aos particulares). S‹o postos em vig•ncia, em regra, por
Decretos do Poder Executivo. Como exemplo, tem-se o Regulamento da
ANATEL, aprovado pelo Decreto 2.338/1997.
04810337340

"! Instru•›es normativas: s‹o atos normativos expedidos pelos Ministros


de Estado para a execu•‹o das leis, decretos ou regulamentos.

"! Regimentos: s‹o atos administrativos normativos de atua•‹o interna,


dado que se destinam a reger o funcionamento de —rg‹os colegiados e de
corpora•›es legislativas. Derivam tambŽm do poder hier‡rquico da
Administra•‹o, j‡ que visam ˆ organiza•‹o interna de seus —rg‹os.

"! Resolu•›es: s‹o atos, normativos ou individuais, emanados de


autoridades de elevado escal‹o administrativo como, por exemplo,
Ministros e Secret‡rios de Estado ou Munic’pio, ou de algumas pessoas
administrativas ligadas ao Governo, como as ag•ncias reguladoras, e atŽ
de —rg‹os colegiados administrativos, como os Tribunais de Contas e o
CNJ. Constituem matŽrias das resolu•›es todas as que se inserem na

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compet•ncia espec’fica dos agentes ou pessoas jur’dicas respons‡veis por
sua expedi•‹o. Como exce•‹o, admitem-se resolu•›es com efeitos
individuais. Cite-se que as resolu•›es est‹o sempre abaixo dos
regimentos e regulamentos, n‹o podendo inov‡-los ou contrari‡-los.
Seus efeitos podem ser internos ou externos.

"! Delibera•›es: s‹o atos oriundos, em regra, de —rg‹os colegiados,


como conselhos, comiss›es, tribunais administrativos etc. Normalmente,
representam a vontade majorit‡ria de seus componentes. Quando
normativas, s‹o atos gerais (normativos); quando decis—rias, s‹o
atos individuais.

!
14.! (Cespe! –! TJDFT! 2013)! Os! atos! administrativos! regulamentares! e! as! leis! em!
geral! têm! efeitos! gerais! e! abstratos,! ou! seja,! não! diferem! por! sua! natureza!
normativa,!mas!pela!originalidade!com!que!instauram!situações!jurídicas!novas.!
! Comentário:! O! item! está! correto.! Da! mesma! forma! que! as! leis,! os! atos!
administrativos! regulamentares! (atos! normativos)! têm! efeitos! gerais! e!
abstratos,! isto! é,! não! possuem! destinatários! determinados! e! incidem! sobre!
todos!os!fatos!ou!situações!que!se!enquadrem!nas!hipóteses!neles!previstas.!
Porém,! ao! contrário! das! leis,! os! atos! normativos! não! podem! inovar! o! direito,!
vale! dizer,! não! podem! instaurar! situações! jurídicas! novas,! criando! direitos! e!
obrigações!aos!administrados.!Por!isso,!é!correto!afirmar!que!atos!normativos!
e!leis!não!diferem!por!sua!natureza!normativa!(afinal,!ambos!têm!efeitos!gerais!
e! abstratos),! mas! diferem! pela! originalidade! com! que! instauram! situações!
jurídicas! novas! (afinal,! leis! podem! inovar! originalmente! o! ordenamento!
jurídico,!e!os!atos!normativos!não).!!
!!! Gabarito:!Certo! 04810337340

ATOS!ORDINATÓRIOS!

Os atos ordinat—rios s‹o os atos com efeitos internos,


endere•ados aos servidores pœblicos, que visam a disciplinar o
funcionamento da Administra•‹o e a conduta funcional de seus agentes.
Possuem fundamento no poder hier‡rquico e, por isso, somente
alcan•am os servidores submetidos hierarquicamente ˆquele que expediu
o ato. De regra, os atos ordinat—rios n‹o atingem ou criam direitos e
obriga•›es aos particulares em geral.

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Os atos ordinat—rios s‹o inferiores em hierarquia aos atos
normativos. Ou seja, ao editar um ato ordinat—rio, a autoridade
administrativa deve observ‰ncia aos atos administrativos normativos que
tratem da matŽria a ele relacionada.
S‹o exemplos de atos ordinat—rios: as portarias (trazem
determina•›es gerais ou especiais aos que a elas se submetem, como as
portarias de delega•‹o de compet•ncia, de remo•‹o de um servidor, de
designa•‹o de comiss‹o de sindic‰ncia etc.), as circulares internas
(utilizadas para transmitir ordens internas para uniformizar o tratamento
dado a certa matŽria), as ordens de servi•o (determina•›es para
autorizar o in’cio de determinada tarefa), os avisos, os memorandos, os
of’cios, dentre outros.

ATOS!NEGOCIAIS!

Os atos negociais s‹o aqueles em que a vontade da Administra•‹o


coincide com o interesse do administrado, sendo-lhe atribu’dos direitos e
vantagens.
Parte da doutrina chama os atos negociais de Òatos de
consentimentoÓ, pois s‹o editados em situa•›es nas quais o particular
deve obter anu•ncia prŽvia da Administra•‹o para realizar determinada
atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito.
S‹o exemplos os alvar‡s de constru•‹o, a licen•a para o exerc’cio de
uma profiss‹o, a licen•a para dirigir, a autoriza•‹o para prestar servi•o de
t‡xi etc.
Embora os atos negociais se caracterizem pela presen•a de
interesse rec’proco entre as partes, n‹o s‹o atos bilaterais, vale dizer,
04810337340

n‹o s‹o contratos administrativos. Ao contr‡rio, constituem manifesta•›es


unilaterais da Administra•‹o (atos administrativos) das quais se
originam neg—cios jur’dicos pœblicos. De toda maneira, os atos negociais
estabelecem efeitos jur’dicos entre a Administra•‹o e os administrados,
impondo a ambos a observ‰ncia de seu conteœdo e o respeito ˆs
condi•›es de sua execu•‹o.
A doutrina esclarece que n‹o cabe falar em imperatividade,
coercitividade ou autoexecutoriedade nos atos negociais, eis que esse tipo
de ato n‹o Ž imposto ao particular, mas Ž tambŽm do desejo dele. Afinal,
Ž o interessado que solicita o consentimento da Administra•‹o para

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realizar determinada atividade ou exercer algum direito; a Administra•‹o
cabe apenas verificar se ele atende os requisitos legais correspondentes.
Os atos negociais produzem efeitos concretos e individuais para o
administrado; diferem-se, assim, dos atos normativos, pois estes s‹o
gerais e abstratos.
Os atos negociais podem ser vinculados ou discricion‡rios.
Nos atos negociais vinculados, a lei estabelece os requisitos da
sua forma•‹o, os quais, uma vez atendidos pelo particular, geram para ele
direito subjetivo ˆ obten•‹o do ato, n‹o havendo outra escolha para a
Administra•‹o que n‹o seja a pr‡tica do ato conforme a lei determine.
Nessa hip—tese, enquadram-se as licen•as para exerc’cio de
atividade profissional (registro perante a Ordem dos Advogados do Brasil,
por exemplo) ou a admiss‹o em institui•‹o pœblica de ensino, ap—s a
aprova•‹o em exame vestibular (este œltimo ato Ž conhecido por
admiss‹o).
Os atos negociais discricion‡rios s‹o aqueles que podem, ou n‹o,
ser editados, conforme ju’zo de conveni•ncia e oportunidade da
Administra•‹o. N‹o constituem, portanto, direito subjetivo do
administrado, e sim mero interesse. Dessa forma, ainda que ele tenha
cumprido as exig•ncias legais necess‡rias para a solicita•‹o do ato, a
Administra•‹o pode neg‡-lo.
Os exemplos cl‡ssicos s‹o: (i) a autoriza•‹o para presta•‹o de
servi•os de utilidade pœblica, como referentes ao servi•o de t‡xi, e a
autoriza•‹o de porte de arma; e (i) a permiss‹o de uso de bens pœblicos,
tal como para se utilizar um espa•o em pra•a para montagem de banca de
revistas. 04810337340

Em outra vertente, os atos negociais podem ser prec‡rios ou


definitivos.
Os atos negociais prec‡rios s‹o aqueles que n‹o geram direito
adquirido ao administrado, podendo ser revogados a qualquer tempo
pela Administra•‹o, em regra, sem a necessidade de pagar indeniza•‹o
ao interessado 8 . E isso porque os atos prec‡rios atendem
predominantemente ao interesse do particular, sendo discricion‡rios
para a Administra•‹o, a exemplo de uma autoriza•‹o para realizar um
evento em pra•a pœblica.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
8!O! direito! a! indenização! pode! surgir! caso! a! autorização! seja! outorgado! por! prazo. certo! e! a! revogação!

ocorra!antes!do!termo!final!estipulado.!

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J‡ os atos negociais definitivos s‹o os atos produzidos com base
em direito individual do requerente. S‹o atos vinculados e que n‹o
podem, regra geral, serem revogados. Admitem apenas cassa•‹o e
anula•‹o: anula-se o ato negocial que tiver ilegalidade na sua origem ou
forma•‹o; cassa-se o ato quando ocorrer ilegalidade na sua execu•‹o (por
exemplo, quando houver desrespeito a alguma condi•‹o exigida do
particular para a manuten•‹o do ato).
Registre-se que a anula•‹o de ato negocial poder‡ gerar direito a
indeniza•‹o ao particular, caso o v’cio que levou ˆ invalidade do ato n‹o
tenha decorrido de causa a ele imput‡vel.

A! jurisprudência! do! STF! admite! que,! em!


casos! excepcionais,! a! licença! para! construir!
(ato! vinculado),! poderá! ser! revogada! (e! não!
anulada! ou! cassada)! por! conveniência! da! Administração,! desde! que! a! obra! não!
tenha!se!iniciado.!
Por!exemplo:!o!Poder!Público!emite!uma!licença!para!um!particular!iniciar!uma!
obra!de!um!edifício.!Depois!de!emitir!a!licença,!a!Administração!Pública!percebe!que!
a!referida!edificação!restringirá!o!arejamento!de!uma!praça!ao!lado.!Pode!revogar!o!
ato?! PODE,! em! caráter! excepcional,! dado! que! a! licença! para! construir! é! ato!
vinculado.! Mas! certamente! a! Administração! terá! o! dever! de! indenizar! o! particular!
pelos!prejuízos!que!lhe!foram!causados.!
Vejamos! a! ementa! do! julgado! no! qual! o! STF! chancelou! a! possibilidade! de!
revogação!de!licença!para!construir:!
“Licenca' para' construir.+ Revogação.+ Obra' não' iniciada.+ (...);+ II.+ Antes' de' iniciada' a'
obra,'a'licenca'para'construir'pode'ser'revogada'por'conveniencia'da'Administração'
04810337340

Pública,'sem'que'valha'o'argumento'do'direito'adquirido.'Precedentes+do+Supremo+
Tribunal.+ Recurso+ extraordinário+ não+ conhecido”! (STF,! 2ª! Turma,! RE! 105634! PR,! Rel.!
Min.!FRANCISCO!REZEK,!j.!em!19.09.1985,!p.!em!08.11.1985).!

O! detalhe! é! que,! segundo! a! referida! decisão! do! STF,! a! licença! de! obra! de!
construção! pode! ser! revogada! antes! de! iniciada! a! obra.! Depois! disso,! a!
jurisprudência!não!é!clara.!
O!STJ!também!possui!posicionamento!semelhante.!Vejamos:!
9.+A+jurisprudência+da+Primeira+Turma+firmou+orientação+de+que+aprovado+e+licenciado+
o+ projeto+ para+ construção+ de+ empreendimento+ pelo+ Poder+ Público+ competente,+ em+
obediência+ à+ legislação+ correspondente+ e+ às+ normas+ técnicas+ aplicáveis,+ a+ licença+

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então+ concedida+ trará+ a+ presunção' de' legitimidade' e' definitividade,+ e+ somente+
poderá+ser:+a)+cassada,+quando+comprovado+que+o+projeto+está+em+desacordo+com+os+
limites+e+termos+do+sistema+jurídico+em+que+aprovado;+b)+revogada,+quando+sobrevier+
interesse+público+relevante,+hipótese+na+qual+ficará+o+Município+obrigado+a+indenizar+
os+prejuízos+gerados+pela+paralisação+e+demolição+da+obra;+ou+c)+anulada,+na+hipótese+
de+ se+ apurar+ que+ o+ projeto+ foi+ aprovado+ em+ desacordo+ com+ as+ normas+ edilícias+
vigentes.! (STJ,! 1ª! Turma,! REsp! 1227328! SP,! Rel.! Min.! BENEDITO! GONÇALVES,! em!
20.05.2011).!

Enfim,! segundo! a! jurisprudência! de! nossos! tribunais! superiores,! é! correto!


afirmar! que,! mesmo! que! se! trate! de! um! ato! vinculado,! é! possível! revogar! uma!
licença!para!construir,!mas!em!condições!excepcionais.!

As principais espŽcies de atos negociais s‹o:


"! Licen•a: ato administrativo vinculado e definitivo, cuja fun•‹o Ž conferir
direitos ao particular que preencheu todos os requisitos legais. Trata-se de
um direito subjetivo; portanto, n‹o pode ser negado pela Administra•‹o.

Exemplos: concess‹o de alvar‡ para a realiza•‹o de uma obra ou para o


funcionamento de um comŽrcio; a licen•a para o exerc’cio de determinada
profiss‹o; a licen•a para dirigir etc.

"! Autoriza•‹o: ato administrativo discricion‡rio e prec‡rio pelo qual a


Administra•‹o Pœblica possibilita ao particular o exerc’cio de alguma
atividade material de predominante interesse dele e que, sem esse
consentimento, seria legalmente proibida (autoriza•‹o como ato de pol’cia),
ou a presta•‹o de servi•o pœblico n‹o exclusivo do Estado
(autoriza•‹o de servi•o pœblico), ou, ainda, a utiliza•‹o de um bem
pœblico (autoriza•‹o de uso). A autoriza•‹o normalmente Ž necess‡ria para
o exerc’cio de atividade potencialmente prejudicial ˆ coletividade ou de
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atividade de interesse social, raz‹o pela qual a lei exige a chancela do


Estado para fins de prote•‹o ao interesse pœblico.

Exemplos: autoriza•‹o para porte de arma de fogo; para a explora•‹o de


servi•os privados de educa•‹o e saœde; autoriza•‹o de uso das vias
pœblicas para realiza•‹o de feiras; autoriza•‹o para presta•‹o de servi•o de
t‡xi etc.

"! Permiss‹o: ato administrativo discricion‡rio e prec‡rio pelo qual a


Administra•‹o faculta ao particular o uso de bem pœblico. Ressalte-se que
a permiss‹o, enquanto ato administrativo, refere-se apenas ao uso de
bem pœblico; caso se refira ˆ delega•‹o de servi•os pœblicos, a permiss‹o
deve ser formalizada mediante um Òcontrato de ades‹oÓ, precedido de
licita•‹o (ou seja, n‹o constitui um ato administrativo).

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• Permite!ao!particular!exercer!direitos!subjetivos.
Licença • Ato!vinculado e!definitivo

• Permite!ao!particular!exercer!atividades!materiais,!
Autorização prestar!serviços!públicos!ou!utilizar!bem!público.
• Ato!discricionário e!precário

• Permite!ao!particular!utilizar!bem!público.
Permissão • Ato!discricionário e!precário

Afora essas espŽcies mais comuns, a doutrina apresenta ainda os


seguintes atos classificados como negociais:
"! Admiss‹o: ato administrativo vinculado em que a Administra•‹o Pœblica,
verificando o cumprimento dos requisitos pelo particular, defere-lhe a
situa•‹o jur’dica de seu interesse, tal como na admiss‹o em universidade
pœblica de candidato aprovado no vestibular e a admiss‹o nos
estabelecimentos de assist•ncia social.

"! Aprova•‹o: ato unilateral e discricion‡rio pelo qual se exerce o controle


prŽvio ou a posteriori do ato administrativo.

Exemplos: aprova•‹o prŽvia do Senado para escolha de autoridades;


aprova•‹o a posterior do Congresso Nacional acerca da decreta•‹o do
estado de defesa e da interven•‹o federal. Maria Sylvia Di Pietro esclarece
04810337340

que, nesses casos, a aprova•‹o constitui, quanto ao conteœdo, tipo ato


administrativo (de controle), embora formalmente integre os atos
legislativos (resolu•›es ou decretos legislativos).

"! Homologa•‹o: ato unilateral e vinculado pelo qual a Administra•‹o


Pœblica reconhece a legalidade de um ato jur’dico. Ela se realiza sempre a
posteriori e examina apenas o aspecto da legalidade, no que se distingue
da aprova•‹o, que Ž ato discricion‡rio e examina aspectos de conveni•ncia
e oportunidade.

Exemplo: homologa•‹o de licita•‹o.

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!
15.! (Cespe!–!MPU!2013)!A!autorização!é!ato!administrativo!discricionário!mediante!
o! qual! a! administração! pública! outorga! a! alguém! o! direito! de! realizar! determinada!
atividade!material.!
! Comentário:!O!quesito!está!correto.!A!regra!é!a!seguinte:!

"! Licenças:!atos!vinculados!e!definitivos.!
"! Autorizações:!atos!discricionários!e!precários.!

A! licença! é! editada! no! exercício! do! poder! de! polícia,! nas! situações! em!
que!a!lei!exige!obtenção!de!anuência!prévia!da!Administração!como!condição!
para! o! exercício,! pelo! particular,! de! um! direito! subjetivo! de! que! seja! titular!
(ex:!alvarás!de!construção).!
Já!a!autorização,!na!maior!parte!dos!casos,!também!configura!um!ato!de!
polícia!administrativa!–!quando!constitui!uma!condição!para!a!prática!de!uma!
atividade!material!privada!(ex:!autorização!para!porte!de!arma!de!fogo)!ou!para!
o! uso! de! um! bem! público! (ex:! autorização! para! utilização! das! vias! públicas!
para! a! realização! de! feiras! livres)! –,! mas! existem! também! autorizações! que!
representam! uma! modalidade! de! descentralização! mediante! delegação,!
visando! à! prestação! indireta! de! determinados! serviços! públicos!
(ex:!autorização!para!a!prestação!de!serviço!de!táxi).!
Por! fim,! cumpre! salientar! que! tanto! licenças! como! autorizações! nunca!
são! conferidas! ex% officio! pelo! Poder! Público,! eis! que! sempre! dependem! de!
pedido!do!interessado,!que!solicita!o!consentimento.!
!! Gabarito:!Certo!

16.! (Cespe! –! Câmara! dos! Deputados! 2012)! O!estabelecimento!que!obtenha!do!


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poder! público! licença! para! comercializar! produtos! farmacêuticos! não! poderá,! com!
fundamento!no!mesmo!ato,!comercializar!produtos!alimentícios,!visto!que!a!licença!
para! funcionamento! de! estabelecimento! comercial! constitui! ato! administrativo!
vinculado.!
! Comentário:! O! quesito! está! correto.! De! fato,! a! licença! é! um! ato!
administrativo! vinculado! e! definitivo,! ou! seja,! uma! vez! consignado! em! lei! o!
direito! à! atividade! desejada! pelo! administrado,! a! licença,! reconhecendoDlhe! a!
possibilidade! de! exercício! desse! direito,! não! pode! ser! desfeita! por! ato!
posterior! da! Administração! (a! não! ser! em! caso! de! anulação! e! cassação).!
Logicamente,!se!tal!restrição!é!imposta!à!Administração,!também!o!particular!
deve! obedecer! aos! condicionamentos! previstos! em! lei,! de! tal! sorte! que! a!
inobservância! pelo! particular! (por! exemplo,! comercializando! produtos!

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alimentícios! quando! a! licença! era! para! produtos! farmacêuticos)! acarretará! a!
cassação!da!licença.!!
!!! Gabarito:!Certo!

17.! (Cespe!–!IBAMA!2013)!O!IBAMA!multou!e!interditou!uma!fábrica!de!solventes!
que,!apesar!de!já!ter!sido!advertida,!insistia!em!dispensar!resíduos!tóxicos!em!um!rio!
próximo! a! suas! instalações.! Contra! esse! ato! a! empresa! impetrou! mandado! de!
segurança,!alegando!que!a!autoridade!administrativa!não!dispunha!de!poderes!para!
impedir! o! funcionamento! da! fábrica,! por! ser! esta! detentora! de! alvará! de!
funcionamento,!devendo!a!interdição!ter!sido!requerida!ao!Poder!Judiciário.!
Em!face!dessa!situação!hipotética,!julgue!o!item!seguinte.!
A! concessão! de! alvará! de! funcionamento! constitui! ato! administrativo! discricionário,!
razão!por!que!tal!ato!somente!pode!ser!anulado!por!autoridade!administrativa.!
! Comentário:! O! alvará! de! funcionamento! de! estabelecimentos! comerciais!
é! uma! das! formas! de! manifestação! da! licença! administrativa,! ato! que! é!
vinculado,! e! não! discricionário,! daí! o! primeiro! erro.! Outro! erro! é! que! atos!
inválidos!podem!ser!anulados!tanto!pela!Administração!como!pelo!Judiciário,!
e!não!somente!por!autoridade!administrativa.!
!!! Gabarito:!Errado!

ATOS!ENUNCIATIVOS!

Segundo Hely Lopes Meirelles, atos enunciativos s‹o aqueles que


atestam ou certificam uma situa•‹o preexistente, sem, contudo, haver
manifesta•‹o de vontade estatal propriamente dita. S‹o exemplos as
certid›es e os atestados.
Parte da doutrina considera que os atos de opini‹o que preparam
04810337340

outros de car‡ter decis—rio, a exemplo dos pareceres, tambŽm se


enquadram como atos enunciativos.
Por n‹o constitu’rem uma manifesta•‹o de vontade da Administra•‹o,
os atos enunciativos s‹o considerados meros atos da Administra•‹o e
n‹o propriamente atos administrativos. Na verdade, s‹o atos
administrativos apenas em sentido formal, mas n‹o material.
Os atos enunciativos mais conhecidos s‹o as certid›es, os
atestados, os pareceres e as apostilas.
Certid‹o Ž uma c—pia fiel de informa•›es registradas em algum
livro, processo, documento ou banco de dados eletr™nico em poder da
Administra•‹o e de interesse do administrado requerente. Lembrando que

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a Constitui•‹o Federal garante o direito ao fornecimento de certid›es para
o esclarecimento de Òsitua•›es de interesse pessoalÓ. As certid›es, em
regra, devem ser expedidas no prazo de 15 dias (Lei 9.051/1995), exceto
se houver previs‹o de prazo espec’fico em outra lei.
Exemplo: certid‹o negativa de dŽbitos de tributos e contribui•›es
federais, emitida pela Receita Federal.
Atestado Ž uma declara•‹o da Administra•‹o referente a uma
situa•‹o de que ela tem conhecimento em raz‹o da atividade de seus
agentes. A diferen•a essencial com rela•‹o ˆ certid‹o Ž que o fato ou
situa•‹o constante do atestado n‹o consta de livro ou arquivo da
administra•‹o.
Exemplo: atestado mŽdico emitido por junta oficial.
Parecer Ž uma manifesta•‹o tŽcnica, de car‡ter opinativo, emitida
por —rg‹o especializado na matŽria de que trata.
Os pareceres podem ser obrigat—rios ou facultativos.
No primeiro caso (obrigat—rios), a autoridade Ž obrigada a solicitar
a opini‹o do parecerista, em virtude de disposi•‹o da norma nesse
sentido. ƒ o que acontece, por exemplo, em processos licitat—rios, nos
quais a autoridade respons‡vel deve, obrigatoriamente, demandar a
opini‹o da ‡rea jur’dica do —rg‹o a respeito da legalidade das minutas de
editais (Lei 8.666/1993, art. 38, par‡grafo œnico). Ressalte-se que a
obrigatoriedade reside na solicita•‹o do parecer; este, ainda que
obrigat—rio, n‹o perde o seu car‡ter opinativo. N‹o obstante, a
autoridade que n‹o o acolher dever‡ motivar a sua decis‹o ou solicitar
novo parecer. De outra parte, o parecer Ž facultativo quando fica a
critŽrio da Administra•‹o solicit‡-lo ou n‹o.
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Os pareceres, de regra, n‹o vinculam a autoridade respons‡vel pela


tomada de decis‹o. Todavia, em alguns casos, o parecer pode contar com
efeito vinculante.
O parecer Ž vinculante quando a Administra•‹o Ž obrigada a
solicit‡-lo e a acatar a sua conclus‹o. ƒ o caso, por exemplo, da
aposentadoria por invalidez, em que a Administra•‹o tem que ouvir a
junta mŽdica oficial e n‹o pode decidir de forma contr‡ria ao seu parecer.
TambŽm s‹o exemplos os chamados pareceres normativos, isto Ž,
aqueles que, quando aprovados pela autoridade competente prevista em
lei, tornam-se obrigat—rios para outros —rg‹os e entidades da
Administra•‹o Pœblica, como Ž o caso dos pareceres expedidos pela

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Advocacia-Geral da Uni‹o aprovados pelo Presidente da Repœblica, que
vinculam a Administra•‹o Pœblica Federal.
Apostila Ž um ato aditivo utilizado para corrigir, atualizar ou
complementar dados constantes de um ato ou contrato administrativo.
Na pr‡tica administrativa, apostila equivale a uma Òaverba•‹oÓ.
Exemplo: anota•‹o de altera•›es na situa•‹o funcional de um
servidor, como promo•›es, locais de lota•‹o, aposentadoria etc.; registro
de reajuste de pre•os e penaliza•›es financeiras nos contratos
administrativos.

ATOS!PUNITIVOS!
Os atos punitivos s‹o aqueles que imp›em san•›es administrativas
aos que descumprirem normas legais ou administrativas. Podem ser de
ordem interna ou externa.
Os atos punitivos internos t•m como destinat‡rios os servidores
pœblicos. S‹o exemplos as penalidades disciplinares, como a advert•ncia,
suspens‹o, demiss‹o.
J‡ os atos punitivos externos t•m como destinat‡rios os
particulares que pratiquem infra•›es administrativas em geral. S‹o
exemplos as san•›es aplicadas aos particulares contratados pela
Administra•‹o Pœblica, previstas na Lei de Licita•›es e Contratos, bem
como as penalidades aplicadas no ‰mbito da atividade de pol’cia
administrativa (interdi•‹o de atividades, destrui•‹o de alimentos,
subst‰ncias ou objetos imprest‡veis, nocivos ao consumo ou, ainda,
proibidos em lei etc.).

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!
18.! (Cespe!–!MDIC!2014)!Um!aviso!é!uma!forma!de!ato!administrativo!classificado!
como!ato!punitivo,!ou!seja,!que!certifica!ou!atesta!um!fato!administrativo.!
! Comentário:! O! quesito! está! errado.! O! examinador! fez! uma! “salada”! com!
os! conceitos.! Um! aviso! é! exemplo! de! ato! administrativo! ordinatório,! assim!
como! as! portarias,! as! circulares! internas,! as! ordens! de! serviço! e! os!
memorandos.! Por! sua! vez,! um! ato! que! certifica! ou! atesta! um! fato!
administrativo!é!um!ato!enunciativo.!Já!um!ato!punitivo!é!o!que!impõe!sanções!
administrativas!tanto!aos!servidores!público!com!aos!particulares.!
!!! Gabarito:!Errado!

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EXTINÇÃO.DOS.ATOS.ADMINISTRATIVOS.

Um ato administrativo extingue-se por9:


"! Cumprimento de seus efeitos (extin•‹o natural), por exemplo,
o gozo de fŽrias pelo servidor, a execu•‹o da ordem de demoli•‹o
de uma casa, a chegada do termo final do ato etc.
"! Desaparecimento do sujeito (extin•‹o subjetiva) ou do
objeto (extin•‹o objetiva), por exemplo, a concess‹o de licen•a
para tratar de interesse particular a servidor que, posteriormente,
vem a falecer (extin•‹o subjetiva); a permiss‹o para uso de bem
pœblico que vem a ser destru’do por cat‡strofe natural (extin•‹o
objetiva).
"! Retirada, que abrange:
!! Revoga•‹o, em que a retirada se d‡ por raz›es de conveni•ncia
e oportunidade;
!! Anula•‹o ou invalida•‹o, por raz›es de legalidade;
!! Cassa•‹o, em que a retirada ocorre pelo descumprimento de
condi•‹o fundamental para que o ato pudesse ser mantido, por
exemplo, ultrapassar o nœmero m‡ximo de infra•›es de tr‰nsito
permitido em um ano, fazendo com que o infrator tenha sua
habilita•‹o cassada.
!! Caducidade, em que a retirada se d‡ porque uma norma
jur’dica posterior tornou invi‡vel a perman•ncia da situa•‹o
antes permitida pelo ato. O exemplo dado Ž a caducidade de
permiss‹o para explorar parque de divers›es em local que, em
face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompat’vel com
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aquele tipo de uso.


!! Contraposi•‹o, que se d‡ pela edi•‹o posterior de ato cujos
efeitos se contrap›em ao anteriormente emitido. ƒ o caso da
exonera•‹o de servidor, que tem efeitos contrapostos ˆ
nomea•‹o.
!! Renœncia, pela qual se extinguem os efeitos do ato porque o
pr—prio benefici‡rio abriu m‹o de uma vantagem de que
desfrutava. ƒ o caso, por exemplo, do servidor inativo que abre
m‹o da aposentadoria para reassumir cargo na Administra•‹o.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
9!Di!Pietro!(2009,!p.!235)!citando!Bandeira!de!Mello!(2008,!p.!436h438).!

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!
19.! (Cespe!–!TJ/RJ!2008)!O!ato!se!extingue!pelo!desfazimento!volitivo!quando!sua!
retirada! funda)se! no! advento! de! nova! legislação! que! impede! a! permanência! da!
situação!anteriormente!consentida.!
Comentário:! A! anulação,! a! revogação! e! a! cassação! são! classificadas!
como! formas! do! chamado! desfazimento! volitivo,! eis! que! são! resultantes! da!
manifestação! expressa! do! administrador! ou! do! Poder! Judiciário.! Todas! as!
demais!formas!de!extinção!vistas!no!tópico!acima,!inclusive!a!caducidade!de!
que! trata! o! item! em! questão,! independem! de! qualquer! manifestação! ou!
declaração,!daí!o!erro.!
!!! Gabarito:!Errado!

Vamos agora destrinchar um pouco mais as duas formas mais


conhecidas de extin•‹o dos atos administrativos: anula•‹o e revoga•‹o.

ANULAÇÃO!

Anula•‹o, tambŽm chamada de invalida•‹o, Ž o desfazimento do


ato administrativo por quest›es de legalidade ou de legitimidade
(ofensa ˆ lei e aos princ’pios).
Um v’cio de legalidade ou legitimidade pode ser san‡vel ou n‹o. A
anula•‹o do ato que contenha v’cio insan‡vel Ž obrigat—ria; j‡ o ato
que contenha v’cio san‡vel e n‹o acarrete les‹o ao interesse pœblico
nem preju’zo a terceiros pode ser anulado ou, se n‹o o for, deve ser
convalidado (veja que, no caso de v’cio san‡vel, a Administra•‹o n‹o
pode ficar sem fazer nada: ela deve anular ou convalidar o ato).
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A Administra•‹o deve anular os seus atos que


contenham v’cios insan‡veis, mas pode anular ou
convalidar os atos com v’cios san‡veis que n‹o
acarretem les‹o ao interesse pœblico nem preju’zo
a terceiros.

Segundo a jurisprud•ncia dos nossos tribunais superiores, a anula•‹o


(e tambŽm a revoga•‹o ou a cassa•‹o) de qualquer ato capaz de
repercutir desfavoravelmente sobre a esfera de interesses do
administrado deve ser precedida de procedimento administrativo em

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que se assegure, ao interessado, o efetivo exerc’cio do direito ao
contradit—rio e ˆ ampla defesa, mesmo que seja n’tida a ilegalidade10.
Detalhe importante Ž que o direito de defesa deve ser prŽvio ˆ
anula•‹o do ato, n‹o bastando a possibilidade de se interpor recurso
administrativo ou de acessar o Poder Judici‡rio posteriormente ˆ decis‹o
que tenha anulado o ato que beneficiava o interessado.
A anula•‹o produz efeitos retroativos ˆ data da pr‡tica do ato
(ex tunc), vale dizer, a anula•‹o desconstitui todos os efeitos j‡
produzidos pelo ato anulado, alŽm de impedir que o ato continue a
originar efeitos no futuro.
Isso equivale a dizer que o inv‡lido n‹o gera direito adquirido.
Entretanto, a jurisprud•ncia tem considerado que se deve proteger os
efeitos j‡ produzidos em rela•‹o aos terceiros de boa-fŽ. Assim, por
exemplo, caso o servidor tenha recebido, de boa-fŽ, verbas
remunerat—rias indevidas, n‹o h‡ obriga•‹o de restituir os valores. Da
mesma forma, Ž protegida a confian•a do terceiro de boa-fŽ no caso de
atos produzidos por servidores nomeados ilegalmente.
Ressalte-se que, no caso de terceiros de boa-fŽ, s‹o mantidos os
efeitos do ato anulado, e n‹o o ato em si.
A anula•‹o pode ser feita pela pr—pria Administra•‹o (autotutela),
de of’cio ou mediante provoca•‹o, ou pelo Poder Judici‡rio, apenas
mediante provoca•‹o. Em ambos os casos, o fundamento Ž o mesmo Ð o
dever de observ‰ncia do princ’pio da legalidade e da legitimidade.
A Lei 9.784/1999 estabelece em cinco anos o prazo para anula•‹o
de atos administrativos ilegais, quando os efeitos do ato forem favor‡veis
ao administrado, salvo comprovada m‡ fŽ. 04810337340

Art. 54. O direito da Administra•‹o de anular os atos administrativos de que


decorram efeitos favor‡veis para os destinat‡rios decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada m‡-fŽ.

¤ 1o No caso de efeitos patrimoniais cont’nuos, o prazo de decad•ncia contar-


se-‡ da percep•‹o do primeiro pagamento.

¤ 2o Considera-se exerc’cio do direito de anular qualquer medida de autoridade


administrativa que importe impugna•‹o ˆ validade do ato.

Essa regra, porŽm, n‹o se aplica aos casos em que se constate


afronta flagrante a determina•‹o expressa da Constitui•‹o Federal;
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10!Ver!jurisprudência!ao!final!da!aula.!

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nessas hip—teses, a anula•‹o pode ocorrer a qualquer tempo, n‹o
estando sujeita ao prazo decadencial11.

REVOGAÇÃO!

Revoga•‹o Ž a retirada de um ato administrativo v‡lido do mundo


jur’dico por raz›es de conveni•ncia e oportunidade.
A revoga•‹o pressup›e, portanto, um ato legal e em vigor, mas que
se tornou inconveniente ou inoportuno ao interesse pœblico.
A revoga•‹o somente se aplica aos atos discricion‡rios (controle de
mŽrito), sendo ela pr—pria um ato discricion‡rio, uma vez que decorre
exclusivamente de critŽrio de oportunidade e conveni•ncia.
A revoga•‹o somente produz efeitos prospectivos, para frente
(ex nunc), afinal, o ato revogado era v‡lido, sem v’cio algum. Ademais,
deve respeitar os direitos adquiridos.
A revoga•‹o Ž ato privativo da Administra•‹o que praticou o ato a
ser revogado. Vale dizer que o Poder Judici‡rio, no exerc’cio da fun•‹o
jurisdicional, n‹o tem legitimidade para revogar atos administrativos de
outros Poderes (s— pode anul‡-los, em caso de ilegalidade). Em se
tratando de revoga•‹o, o Judici‡rio s— tem poder sobre seus pr—prios
atos, quando atua atipicamente como Administra•‹o, exercendo fun•›es
administrativas; nesse caso, somente o Judici‡rio poder‡ revogar seus
atos administrativos, mas n‹o no exerc’cio da fun•‹o jurisdicional, e sim
da fun•‹o administrativa.
O poder de revoga•‹o da Administra•‹o Pœblica n‹o Ž ilimitado.
Com efeito, existem atos que s‹o irrevog‡veis e tambŽm situa•›es em
que a revoga•‹o n‹o Ž cab’vel.
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Nesse sentido, n‹o s‹o pass’veis de revoga•‹o os atos:


!! exauridos ou consumados: afinal, o efeito da revoga•‹o Ž n‹o
retroativo, para o futuro; como o ato j‡ n‹o tem mais efeitos a produzir, a
sua revoga•‹o n‹o faz sentido;

!! vinculados: haja vista que a revoga•‹o tem por fundamento raz›es de


conveni•ncia e de oportunidade, inexistentes nos atos vinculados;

!! que geraram direitos adquiridos: Ž uma garantia constitucional (CF,


art. 5¼, XXXVI12); se nem a lei pode prejudicar um direito adquirido, muito
menos o poderia um ju’zo de conveni•ncia e oportunidade;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
11!STF!–!MS!28.273/DF!!

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!! integrantes de um procedimento administrativo: porque a pr‡tica do
ato sucessivo acarreta a preclus‹o do ato anterior, ou seja, ocorre a
preclus‹o administrativa em rela•‹o ˆ etapa anterior, tornando incab’vel
uma nova aprecia•‹o do ato anterior quanto ao seu mŽrito (ex: no
procedimento licitat—rio, a celebra•‹o de contrato administrativo impede a
revoga•‹o do ato de adjudica•‹o).

!! meros atos administrativos: como s‹o os atestados, os pareceres e as


certid›es, porque os efeitos deles decorrentes s‹o estabelecidos pela lei;

!! complexos: uma vez que tais atos s‹o formados pela conjuga•‹o de
vontades aut™nomas de —rg‹os diversos, e, com isso, a vontade de um
dos —rg‹os n‹o pode desfazer o ato; e

!! quando se exauriu a compet•ncia relativamente ao objeto do ato


(ex: o ato foi objeto de recurso administrativo cuja aprecia•‹o compete a
inst‰ncia superior; nesse caso, a autoridade que praticou o ato recorrido
n‹o mais poder‡ revoga-lo, pois sua compet•ncia no processo j‡ se
exauriu).

Por fim, cumpre registrar que, diferentemente da anula•‹o, n‹o h‡


prazo estabelecido em norma para a revoga•‹o de um ato que
proporciona direitos ao destinat‡rio.

! REVOGAÇÃO! ANULAÇÃO! CONVALIDAÇÃO!


Natureza! do! De!mérito! Legalidade!e! Legalidade!e!
controle! (sem!vício)! legitimidade! legitimidade!
(vícios!insanáveis)! (vícios!sanáveis)!
Eficácia! Ex+nunc!(não! Ex+tunc!(retroage)! Ex+tunc!(retroage)!
retroage)!
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Competência! Administração! Administração!e! Administração!


Judiciário!
Incidência! Atos!discricionários! Atos!vinculados!e! Atos!vinculados!e!
(não!existe!revogação! discricionários! discricionários!
de!ato!vinculado)!
Natureza! do! A!revogação!é!um! A!anulação!de!ato!com! A!convalidação!é!um!
desfazimento! ato!discricionário.! vício!insanável!é!um!ato! ato!discricionário!
vinculado.!A!anulação!de! (podeCse!optar!pela!
ato!com!vício!sanável! anulação!do!ato).!
passível!de!convalidação!
é!um!ato!discricionário.!

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
12!XXXVI!h!a!lei!não!prejudicará!o!direito!adquirido,!o!ato!jurídico!perfeito!e!a!coisa!julgada;!

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!
20.! (Cespe! –! AFT! 2013)! A! revogação! de! um! ato! administrativo! produz! efeitos!
retroativos!à!data!em!que!ele!tiver!sido!praticado.!
! Comentário:! O! item! está! errado.! A! revogação,! que! é! o! desfazimento! de!
atos!administrativo!por!razões!de!conveniência!e!oportunidade,!produz!efeitos!
prospectivos,! para! o! futuro! (ex! nunc),! ou! seja,! mantém! intactos! os! efeitos! já!
produzidos!pelo!ato!revogado.!
! Gabarito:!Errado!

21.! (Cespe! –! MPU! 2013)! A! revogação! do! ato! administrativo,! quando! legítima,!
exclui! o! dever! da! administração! pública! de! indenizar,! mesmo! que! esse! ato! tenha!
afetado!direito!de!alguém.!
! Comentário:!O!quesito!está!errado.!A!doutrina!ensina!que,!como!regra,!a!
revogação! não! gera! para! a! Administração! o! dever! de! indenizar! prejuízos!
sofridos!pelos!beneficiários!do!ato,!exceto!se!esse!ato!tenha!afetado!direito!de!
alguém.!Exemplo!clássico:!se!determinado!indivíduo!obtém!autorização!de!uso!
de! área! pública! por! prazo! determinado! e,! antes! de! expirado! o! prazo! fixado,! a!
Administração! decide! revogar! a! autorização.! Se! na! legislação! aplicável! ou! se!
no! próprio! ato! não! tiver! sido! expressamente! afastado! o! dever! da!
Administração! de! indenizar,! ela! deverá! ressarcir! os! prejuízos! sofridos! pelo!
beneficiário!do!ato.!
! Gabarito:!Errado!

22.! (Cespe!–!AGU!2012)!Embora!a!revogação!seja!ato!administrativo!discricionário!
da!administração,!são!insuscetíveis!de!revogação,!entre!outros,!os!atos!vinculados,!
os! que! exaurirem! seus! efeitos,! os! que! gerarem! direitos! adquiridos! e! os! chamados!
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meros!atos!administrativos,!como!certidões!e!atestados.!
! Comentário:!O!quesito!está!correto.!Determinados!atos!não!são!passíveis!
de! revogação.! Além! dos! atos! citados! no! comando! da! questão,! podemDse!
relacionar! também! os! atos! que! geraram! direitos! adquiridos,! os! atos!
integrantes!de!um!procedimento!administrativo!e!os!atos!complexos.!
! Gabarito:!Certo!
!
!

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CONVALIDAÇÃO.

Antes de tratar da convalida•‹o propriamente dita, vamos aprofundar


um pouco mais nos conceitos de atos nulos e atos anul‡veis.
Para a doutrina mais tradicional, o ato administrativo que apresente
qualquer v’cio deve necessariamente ser anulado, sem exce•‹o, ou seja,
n‹o se admite a possibilidade de corre•‹o do v’cio. ƒ a chamada teoria
monista ou unit‡ria, que recebe esse nome justamente pelo fato de
entender que todo e qualquer v’cio em um ato administrativo classifica-se
como v’cio insan‡vel, resultando, sempre, em um ato nulo.
Entretanto, a doutrina mais moderna, hoje majorit‡ria, Ž adepta da
teoria dualista que, como o pr—prio nome indica, defende a exist•ncia de
dois tipos de v’cios: os insan‡veis e os san‡veis, resultando em atos
nulos e anul‡veis, respectivamente. O fundamento da teoria dualista Ž
que, em alguns casos, Ž poss’vel que o interesse pœblico seja mais
adequadamente satisfeito com a manuten•‹o do ato portador de um v’cio
de menor gravidade, mediante a corre•‹o retroativa desse defeito, do
que com a anula•‹o do ato e a consequente desconstitui•‹o dos efeitos
que ele j‡ produziu13.
Quando o v’cio for san‡vel, caracteriza-se a hip—tese de nulidade
relativa; caso contr‡rio, isto Ž, se o v’cio for insan‡vel, a nulidade Ž
absoluta.
A’ Ž que entra a convalida•‹o. Com efeito, convalidar consiste na
faculdade que a Administra•‹o tem de corrigir e regularizar os v’cios
san‡veis dos atos administrativos.
Para a doutrina, v’cios san‡veis s‹o aqueles presentes nos
elementos compet•ncia (exceto compet•ncia exclusiva e compet•ncia
04810337340

quanto ˆ matŽria) e forma (exceto forma essencial ˆ validade do ato14).


J‡ os v’cios de motivo e objeto s‹o insan‡veis, ou seja, n‹o admitem
convalida•‹o.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
13!Paulo!e!Alexandrino!(2014,!p.!528).!

14!Por! exemplo,! uma! sanção! disciplinar! aplicada! sem! motivação! é! um! ato! nulo! por! vício! de! forma,! não!

convalidável,!pois!a!motivação!é!obrigatória!em!qualquer!ato!punitivo.!

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Vícios!sanáveis Vícios!insanáveis
(convalidação) (anulação)

Competência,!exceto
competência!exclusiva!e! Motivo
competência!quanto!à!matéria.

Forma,!exceto forma!essencial! Objeto


à!validade!do!ato.

A convalida•‹o Ž feita, em regra, pela Administra•‹o, mas


eventualmente poder‡ ser feita pelo administrado, quando a edi•‹o do
ato dependia da manifesta•‹o de sua vontade e a exig•ncia n‹o foi
observada; se o particular se manifestar posteriormente, estar‡
convalidando o ato15.
H‡ quem aponte, ainda, uma hip—tese de convalida•‹o Òt‡citaÓ, isto
Ž, uma convalida•‹o n‹o intencional. Trata-se dos atos ilegais favor‡veis
ao administrado que n‹o foram anulados dentro do prazo decadencial de
5 anos. Como a decad•ncia impossibilita o desfazimento do ato, ainda que
se trate de v’cio insan‡vel, haveria, nesse caso, uma espŽcie de
convalida•‹o t‡cita (pelo decurso do tempo). Alguns autores chamam
essa situa•‹o de estabiliza•‹o ou consolida•‹o do ato administrativo, e
reservam o termo convalida•‹o para os casos em que um ato expresso da
Administra•‹o corrige o defeito do ato.
A convalida•‹o produz efeitos retroativos (ex tunc), de tal modo
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que os efeitos produzidos pelo ato enquanto ainda apresentava o v’cio


passam a ser considerados v‡lidos, n‹o pass’veis de desconstitui•‹o. Essa
possibilidade de aproveitamento dos atos com v’cios san‡veis Ž que
representa a grande vantagem da convalida•‹o em rela•‹o ˆ anula•‹o,
pois gera economia de procedimentos e seguran•a jur’dica.
Ressalte-se que a convalida•‹o n‹o Ž controle de mŽrito, e sim
de legalidade, incidente sobre os v’cios san‡veis nos elementos
compet•ncia e forma. Assim, tanto atos vinculados como
discricion‡rios podem ser convalidados.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15!Di!Pietro!(2009,!p.!245).!

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Na esfera federal, a possibilidade de convalida•‹o est‡ prevista
expressamente na Lei 9.784/1999:

Art. 55. Em decis‹o na qual se evidencie n‹o acarretarem les‹o ao interesse


pœblico nem preju’zo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos san‡veis
poder‹o ser convalidados pela pr—pria Administra•‹o.

Da leitura do dispositivo percebe-se que, na esfera federal, a


convalida•‹o deve observar alguns requisitos indispens‡veis, quais
sejam:
#! n‹o pode prejudicar terceiros;
#! deve visar a realiza•‹o do interesse pœblico;
#! deve recair sobre v’cios san‡veis.

Ademais, a lei informa que a decis‹o de convalidar ou n‹o um ato Ž


discricion‡ria da Administra•‹o (...Ópoder‹oÓ ser convalidados);
contudo, se decidir n‹o convalidar, o ato deve ser anulado, afinal, ele
apresenta um v’cio.
Entretanto, cumpre assinalar que parte da doutrina 16 considera a
convalida•‹o um ato vinculado, a despeito do que prev• a
Lei 9.784/1999. Para os autores que perfilham esta tese, a Administra•‹o
n‹o tem poderes para escolher livremente entre convalidar ou anular um
ato: em caso de v’cio san‡veis, a Administra•‹o deveria,
obrigatoriamente, efetuar a convalida•‹o (e n‹o a anula•‹o), a fim de
preservar e dar validade aos efeitos j‡ produzidos, em homenagem aos
princ’pios da boa-fŽ e da seguran•a jur’dica. A discricionariedade na
decis‹o de convalidar ou anular estaria presente em apenas uma
hip—tese: v’cio de compet•ncia em ato discricion‡rio, caso em que a
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autoridade competente n‹o estaria obrigada a aceitar a mesma avalia•‹o


subjetiva feita pela autoridade incompetente.
N‹o obstante, por for•a da previs‹o expressa na Lei 9.784/1999, a
convalida•‹o Ž ato discricion‡rio, ao contr‡rio do que pensa parte de
nossa doutrina.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
16!Incluindo!Maria!Sylvia!Di!Pietro!e!Celso!Antônio!Bandeira!de!Mello!

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Alguns! termos! são! apresentados! como! sinônimos!


ou! assemelhados! à! convalidação,! tais! como!
ratificação,!confirmação,!reforma!e!conversão.!
A! ratificação! e! a! confirmação! podem! ser! consideradas! espécies! de!
convalidação.! Se! a! autoridade! que! convalida! o! ato! é! a! mesma! que! o! praticou,!
teremos! a! ratificação.! Se,! ao! contrário,! a! convalidação! for! feita! por! autoridade!
superior,!ocorrerá!a!confirmação.!!
A! reforma! incide! sobre! ato! válido! que! é! aperfeiçoado,! por! razões! de!
conveniência!e!oportunidade,!para!que!melhor!atenda!aos!interesses!públicos.!Maria!
Sylvia! Di! Pietro! dá! exemplo! de! um! decreto! que! expropria! parte! de! um! imóvel! e! é!
reformado!para!abranger!o!imóvel!inteiro.!A!reforma!se!distingue!da!convalidação,!
afinal!esta!recai!sobre!atos!ilegais,!e!aquela,!sobre!atos!legais.!
Por!sua!vez,!a!conversão!atinge!ato!inválido,!mudandoCo!para!outra!categoria,!
para!que!se!aproveitem!os!efeitos!já!produzidos.!Exemplo:!permissão!de!prestação!
de! serviços! públicos! sem! licitação,! convertida! em! autorização,! para! a! qual! não! se!
exige!licitação.!A!conversão!se!aproxima!da!convalidação,!porém,!na!conversão,!há!a!
substituição!do!ato;!na!convalidação,!aproveitaCse!o!ato!primário,!saneandoCo.!

!
23.! (Cespe!–!TRE/RJ!2012)!Tanto!o!direito!administrativo!quanto!o!direito!privado!
distinguem!os!atos!nulos!dos!atos!anuláveis.!Os!atos!e!negócios!jurídicos!contrários!
ao! ordenamento! jurídico! poderão,! no! âmbito! do! direito! privado,! estar! eivados! de!
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vícios! de! nulidade! ou! anulabilidade,! já! os! atos! administrativos! praticados! em!
desacordo!com!o!ordenamento!jurídico!serão!considerados!inválidos.!
! Comentário:!No!Direito!Civil,!os!vícios!podem!gerar!nulidade!absoluta!ou!
nulidade!relativa,!ou!seja,!os!atos!podem!ser!nulos!e!anuláveis!(Código!Civil,!
art.!166!e!171).!
No!Direito!Administrativo,!a!doutrina!tradicional!defende!a!teoria!monista,!
pela!qual!os!vícios!dos!atos!administrativos!só!podem!gerar!nulidade!absoluta,!
isto!é,!os!atos!com!vício,!de!qualquer!espécie,!são!necessariamente!nulos.!
Contudo,!atualmente!prevalece!a!teoria!dualista,!pela!qual,!à!semelhança!
do! direito! privado,! os! atos! administrativos! que! contenham! vício! podem! ser!
nulos!ou!anuláveis,!e!não!sumariamente!considerados!inválidos,!como!afirma!

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o! quesito,! daí! o! erro.! Atos! nulos! são! aqueles! com! vícios! insanáveis! nos!
elementos! motivo! e! objeto[! atos! anuláveis! apresentam! vícios! sanáveis! nos!
elementos!competência!e!forma.!
!!! Gabarito:!Errado!

24.! (Cespe! –! Polícia! Federal! 2013)! Quanto! um! ministério! pratica! ato!
administrativo!de!competência!de!outro,!fica!configurado!vício!de!incompetência!em!
razão!da!matéria,!que!pode!ser!convalidado!por!meio!de!ratificação.!
! Comentário:! O! vício! de! incompetência! em! razão! da! matéria! é! um! vício!
insanável,! ou! seja,! não! é! passível! de! convalidação,! daí! o! erro.! Da! mesma!
forma,! o! vício! também! é! insanável! no! caso! de! competência! exclusiva.! Nos!
demais! casos,! o! vício! de! incompetência! é! sanável! e,! por! isso,! admite!
convalidação.!
! Gabarito:!Errado!

*****

ƒ isso pessoal. Finalizamos aqui a teoria sobre atos administrativos.


Vamos agora resolver mais uma bateria de quest›es!

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QUESTÕES.DE.PROVA.

25.! (FGV! –! IBGE! 2016)! Em!matéria!de!classificação!do!ato!administrativo!quanto!


ao! critério! dos! efeitos,! um! parecer! elaborado! por! servidor! de! fundação! pública!
federal!a!pedido!de!seu!superior!hierárquico!possui!natureza!de!ato:!
a)!constitutivo,!pois!altera!uma!relação!jurídica,!criando,!modificando!ou!extinguindo!
direitos!e!os!efeitos!serão!suportados!obrigatoriamente!pelo!administradoB!
b)!declaratório,!pois!se!restringe!a!declarar!um!fato!preexistente!que!será!ratificado!
por!outro!agente!hierarquicamente!superiorB!
c)! vinculado,! pois! está! destinado! a! conferir! qualificação! jurídica! ao! fato! que! lhe! é!
apresentado,! mas! seus! efeitos! operar)se)ão! apenas! após! a! decisão! da! autoridade!
superiorB!
d)! enunciativo,! pois! indica! um! juízo! de! valor! sobre! o! fato! objeto! da! análise,!
dependendo,! ainda,! de! outro! ato! de! caráter! decisório! a! ser! praticado! pelo! agente!
competenteB!
e)!preliminar,!pois!enfrenta!apenas!as!questões!de!natureza!formal!sobre!o!fato!que!
lhe!é!apresentado,!outorgando!à!autoridade!competente!a!decisão!de!mérito!sobre!a!
matéria.!
! Comentário:! Os! pareceres! são! classificados! pela! doutrina! como! atos!
administrativos!enunciativos.!
! Gabarito:!alternativa!“d”!

26.! (FGV!–!MPE/RJ!2016)!Mônica!se!inscreveu!em!concurso!público,!pretendendo!
ingressar!no!serviço!público!estadual!do!Rio!de!Janeiro,!no!cargo!efetivo!de!auxiliar!
administrativo.! Após! realizar! a! prova! e! obter! classificação! entre! os! dez! primeiros!
candidatos,! Mônica! foi! nomeada! e! tomou! posse.! Ocorre! que,! seis! meses! após! a!
investidura,! a! Administração! Pública! recebeu! diversas! representações! dando! conta!
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de! que! houve! fraude! no! concurso,! envolvendo! alguns! candidatos.! Assim,! foram!
instaurados! os! necessários! processos! administrativos! em! face! de! cada! candidato,!
sobre! cuja! investidura! recaíam! indícios! de! irregularidade.! Ao! final! do! processo!
administrativo! relativo! a! Mônica,! ficou! fartamente! comprovado! que! a! candidata!
fraudou! o! concurso,! eis! que! obteve! as! respostas! durante! a! prova! utilizando! um!
aparelho!de!telefone!celular!que!manteve!escondido!sob!suas!vestes.!Dessa!forma,!
a!Administração!Pública!declarou!nulo!o!ato!de!investidura!de!Mônica,!com!base!na!
prerrogativa!da:!
a)! imperatividade,! que! permite! à! Administração! rever! seus! próprios! atos,! inclusive!
anulando!os!inoportunosB!
b)!autoexecutoriedade,!que!permite!à!Administração!rever!seus!próprios!atos,!após!
autorização!do!Poder!JudiciárioB!

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c)! discricionariedade,! que! permite! à! Administração! rever! seus! próprios! atos,!
inclusive!revogando!os!ilegaisB!
d)! autotutela,! que! permite! à! Administração! rever! seus! próprios! atos,! inclusive!
invalidando!os!ilegaisB!
e)! legalidade,! que! permite! à! Administração! rever! seus! próprios! atos,! inclusive!
revogando!os!vinculados.!
! Comentário:! A! autotutela! é! o! poder! que! permite! à! Administração! rever!
seus! próprios! atos,! anulando! os! ilegais! e! revogando! os! que! considerar!
inconvenientes!e!inoportunos.!
Gabarito:!alternativa!“d”!

27.! (FGV!–!MPE/RJ!2016)!Diretor!do!departamento!de!Recursos!Humanos!pratica!
determinado! ato! administrativo,! cuja! competência! não! é! exclusiva! do! Secretário)
Geral!do!Ministério!Público!do!Rio!de!Janeiro.!Concordando!com! o!ato!praticado!e!
com!o!escopo!de!suprir!o!vício!superável!de!competência!de!maneira!a!aproveitá)lo,!
o!Secretário)Geral!procede!à:!
a)!retificação!do!ato,!na!modalidade!aproveitamento,!com!efeitos!a!partir!da!data!do!
saneamentoB!
b)! conversão! do! ato,! na! modalidade! confirmação,! com! efeitos! a! partir! da! data! do!
aproveitamentoB!
c)!revogação!do!ato,!na!modalidade!discricionária,!com!efeitos!retroativos!à!data!em!
que!este!foi!praticadoB!
d)!convalidação!do!ato,!na!modalidade!ratificação,!com!efeitos!retroativos!à!data!em!
que!este!foi!praticadoB!
e)! revisão! do! ato,! na! modalidade! confirmação,! com! efeitos! a! partir! da! data! do!
aproveitamento.!
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! Comentários:!Para!suprir!o!vício!superável!de!competência!de!maneira!a!
aproveitar!os!efeitos!do!ato,!o!Secretário!deverá!proceder!à!convalidação.!
! Segundo!Carvalho!Filho,!há!três!formas!de!convalidação:!
"! POR! RATIFICAÇÃO:! quando! o! órgão! ou! autoridade! sana! um! ato!
inválido,! corrigindo! a! ilegalidade! que! o! vicia! (quem! praticou! ou! o!
superior).! Ex:! um! ato! com! vício! de! forma! pode! ser! posteriormente!
ratificado!com!a!adoção!da!forma!legal.!
"! POR! REFORMA:! quando! um! novo! ato! suprime! a! parte! inválida! do! ato!
anterior,!mantendo!a!sua!parte!válida!–!seria!uma!espécie!de!“anulação!
parcial”.!Ex:!ato!anterior!concedia!licença!e!férias!a!um!servidor[!se!for!
verificado! depois! que! não! tinha! direito! à! licença,! praticaDse! novo! ato!
retirando!essa!parte!do!ato!anterior!e!se!ratifica!a!parte!relativa!às!férias.!

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"! POR!CONVERSÃO:!pelo!meio!do!qual!a!Administração,!depois!de!retirar!
a! parte! inválida! do! ato! anterior,! faz! a! sua! substituição! por! uma! nova!
parte,! de! modo! que! o! novo! ato! passe! a! conter! a! parte! válida! anterior! e!
uma! nova! parte.! Ex:! um! ato! promoveu! A! e! B! por! merecimento! e!
antiguidade,! respectivamente[! verificando! após! que! não! deveria! ser! B!
mas! C! o! promovido! por! antiguidade,! pratica! novo! ato! mantendo! a!
promoção!de!A!(que!não!teve!vício)!e!insere!a!de!C,!retirando!a!de!B,!por!
ser!esta!inválida.!
Na! situação! em! análise,! podeDse! verificar! que! a! convalidação! se! deu! na!
modalidade!ratificação.!
! Gabarito:!alternativa!“d”!

28.! !(FGV!–!ISS!Niterói!2015)!De!acordo!com!a!doutrina!de!Direito!Administrativo,!
em!matéria!de!classificação!dos!atos!administrativos!quanto!ao!critério!da!liberdade!
de!ação,!quando!o!agente!público!pode!valorar!os!fatores!constitutivos!do!motivo!e!
do!objeto!do!ato,!apreciando!a!conveniência!e!a!oportunidade!de!sua!prática,!está)
se!diante!de!um!ato:!
a)!de!impérioB!
b)!de!gestãoB!
c)!discricionárioB!
d)!arbitrárioB!
e)!vinculado.!
! Comentários:! Quando! o! agente! público! pode! valorar! os! fatores!
constitutivos! do! motivo! e! do! objeto! do! ato,! apreciando! a! conveniência! e! a!
oportunidade! de! sua! prática,! estáDse! diante! de! um! ato! discricionário.!
Lembrando!que!a!discricionariedade!deve!ser!sempre!exercida!nos!limites!da!
lei.! 04810337340

! Gabarito:!alternativa!“c”!

29.! (FGV! –! GM! Paulínia! 2015)! Nos!casos!dos!chamados!cargos!em!comissão,!a!


autoridade!competente!se!vale!de!um!ato!administrativo!discricionário!para!promover!
a! nomeação! e! exoneração! de! seus! ocupantes.! Nesse! contexto,! em! matéria! de!
classificação! do! ato! administrativo,! quanto! ao! critério! da! liberdade! da! ação,! de!
acordo! com! a! doutrina! de! Direito! Administrativo,! nos! atos! discricionários,! o! agente!
público:!
a)! atua! de! forma! vinculada! e! pratica! o! ato! reproduzindo! os! elementos! que! a! lei!
previamente!estabeleceu,!sem!liberdade!de!apreciação!da!condutaB!
b)!pratica!o!ato!com!o!objetivo!de!alterar!uma!relação!jurídica,!criando,!modificando!
ou!extinguindo!direitos,!com!efeitos!para!a!Administração!e!para!os!administradosB!

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c)! declara! uma! situação! jurídica! preexistente,! por! meio! de! um! ato! que! deve! ser!
publicado!na!imprensa!oficial!para!ter!validadeB!
d)! constitui! uma! vontade! administrativa,! cuja! característica! é! indicar! um! juízo! de!
valor,!dependendo!de!outros!atos!de!caráter!decisórioB!
e)!age!com!critérios!de!oportunidade!e!conveniência!para!prática!do!ato,!visando!à!
finalidade!que!atenda!ao!interesse!público.!
! Comentários:! vamos! analisar! cada! alternativa,! procurando! a! correta!
definição!de!atos!discricionários:!
! a)!ERRADA.!O!item!define!os!atos!vinculados.!
! b)!ERRADA.!O!item!define!os!atos!constitutivos.!
! c)!ERRADA.!O!item!define!os!atos!declaratórios.!
! d)!ERRADA.!A!definição!apresentada!no!item!pode!se!enquadrar!nos!atos!
enunciativos!ou!nos!atos!de!expediente.!
! e)!CERTA.!O!item!apresenta!a!exata!definição!de!atos!discricionários.!
Gabarito:!alternativa!“e”!

30.! (FGV! –! PGE/RO! 2015)! O! Governador! do! Estado! exonerou,! com! motivação!
genérica! de! atender! ao! interesse! público,! Juliano,! ocupante! exclusivamente! do!
cargo! em! comissão! de! Assessor! Parlamentar! de! seu! gabinete.! Inconformado,!
Juliano! ingressa! com! pedido! administrativo! de! reconsideração,! pretendendo! voltar!
ao! cargo.! Instada! a! opinar! sobre! a! matéria,! a! Procuradoria)Geral! do! Estado! emite,!
corretamente,!parecer!no!sentido!da:!
a)!inviabilidade!do!pleito,!eis!que!o!cargo!em!comissão!é!de!livre!exoneração,!razão!
pela! qual! o! Governador,! no! regular! exercício! da! discricionariedade! administrativa,!
por!razões!de!oportunidade!e!conveniência,!pode!praticar!o!ato!sem!necessidade!de!
especificar!a!motivaçãoB! 04810337340

b)!inviabilidade!do!pleito,!eis!que!a!exoneração!é!ato!administrativo!vinculado!e,!por!
isso,!o!Governador!pode!praticá)lo!por!motivos!de!oportunidade!e!conveniência!que!
não!precisam!ser!expostos,!desde!que!o!ato!tenha!sido!regularmente!publicado!na!
imprensa!oficialB!
c)! viabilidade! do! pleito,! eis! que! a! exoneração! é! ato! administrativo! vinculado! e,! por!
isso,! o! Governador! deveria! ter! praticado! o! ato! com! observância! de! todos! os! seus!
requisitos,!dentre!eles!a!motivação!específica!que!o!levou!a!tal!decisãoB!
d)!viabilidade!do!pleito,!eis!que!o!Governador!agiu!com!abuso!de!poder,!na!medida!
em! que! deveria! motivar! seu! ato! de! exoneração,! dando! ao! interessado! a!
oportunidade!de!exercer!seu!direito!ao!contraditório!e!à!ampla!defesaB!

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e)!viabilidade!do!pleito,!eis!que!o!Governador!agiu!com!abuso!de!poder,!na!medida!
em! que! deveria! ter! instaurado! prévio! processo! administrativo! disciplinar! para!
demonstrar!os!motivos!que!o!levaram!a!romper!o!princípio!da!confiança!para!com!o!
servidor.!
! Comentário:! A! nomeação! e! a! exoneração! de! agentes! para! cargos! de!
provimento! em! comissão! constituem! exemplos! clássicos! de! atos!
discricionários,! uma! vez! que! a! Constituição! diz! que! esses! cargos! são! de!
“livre”! nomeação! e! exoneração.! Exatamente! por! conta! dessa! liberdade!
conferida!pela!Constituição,!a!doutrina!enfatiza!que!mesmo!a!motivação!do!ato!
é! desnecessária.! Logo,! na! situação! em! análise,! podeDse! dizer! que! o! pleito! de!
Juliano!é!inviável,!“eis!que!o!cargo!em!comissão!é!de!livre!exoneração,!razão!
pela! qual! o! Governador,! no! regular! exercício! da! discricionariedade!
administrativa,!por!razões!de!oportunidade!e!conveniência,!pode!praticar!o!ato!
sem!necessidade!de!especificar!a!motivação”.!
Gabarito:!alternativa!“a”!

31.! (FGV!–!Codemig!2015)!Advogado!de!determinada!empresa!pública!estadual,!a!
pedido! de! um! diretor! da! empresa,! emite! parecer! sobre! a! viabilidade! jurídica! da!
celebração!de!um!contrato!na!área!de!fomento!à!indústria!criativa.!De!acordo!com!a!
doutrina! de! Direito! Administrativo,! em! especial! em! matéria! de! classificação! do! ato!
administrativo!quanto!ao!critério!dos!efeitos,!o!parecer!subscrito!pelo!advogado!tem!
natureza!de!ato!administrativo:!
a)! constitutivo,! que! se! caracteriza! por! alterar! uma! relação! jurídica,! criando,!
modificando!ou!extinguindo!direitosB!
b)! enunciativo,! que! se! caracteriza! por! um! juízo! de! valor,! dependendo,! ainda,! de!
outros!atos!de!caráter!decisórioB!
c)! declaratório,! que! se! caracteriza! por! alterar! uma! relação! jurídica,! declarando,!
modificando!ou!extinguindo!direitosB! 04810337340

d)! revogável,! que! se! caracteriza! por! poder! ser! revogado! apenas! pela! autoridade!
solicitante,!caso!não!concorde!com!seu!conteúdoB!
e)! não! autoexecutório,! que! se! caracteriza! por! não! poder! ser! executado! enquanto!
não!aprovado!pela!maioria!dos!integrantes!da!diretoria)geral.!
! Comentário:! Os! pareceres! são! classificados! pela! doutrina! como! atos!
administrativos!enunciativos.!
Gabarito:!alternativa!“b”!

32.! (FGV!–!DPE/RO!2015)!Fernando,!servidor!público!estadual!ocupante!de!cargo!
efetivo,! requereu! sua! remoção! para! outro! departamento! no! dia! 01/02/15.! A!
autoridade! competente! deferiu! seu! pleito,! com! efeitos! a! partir! do! dia! 01/05/15.!

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Ocorre!que,!no!dia!01/04/15,!com!base!em!estudos!estratégicos!complementares,!a!
mesma! autoridade! revogou! tal! ato,! alegando! excesso! de! pessoal! no! departamento!
de! destino! e! carência! no! órgão! de! origem.! Inconformado,! Fernando! impetrou!
mandado!de!segurança,!pretendendo!concretizar!sua!remoção.!No!caso!em!tela,!ao!
servidor!Fernando:!
a)!assiste!razão,!porque!o!Judiciário!pode,!em!regra,!revogar!os!atos!administrativos!
inoportunos,!mediante!o!controle!de!seu!méritoB!
b)!assiste!razão,!porque!a!revogação!da!remoção!é!um!ato!administrativo!vinculado!
que!somente!pode!ser!anulado!pelo!Poder!JudiciárioB!
c)! não! assiste! razão,! porque! a! revogação! da! remoção! é! um! ato! administrativo!
vinculado!que!somente!pode!ser!anulado!pelo!próprio!AdministradorB!
d)!não!assiste!razão,!porque,!pelo!atributo!da!discricionariedade,!o!Administrador!e!o!
Poder!Judiciário!podem!rever!o!ato!administrativo!e!anulá)lo!caso!seja!inoportunoB!
e)!não!assiste!razão,!porque,!pelo!atributo!da!autotutela,!o!Administrador!pode!rever!
seu!próprio!ato!discricionário!e!revogá)lo!caso!seja!inoportuno.!
! Comentários:!vamos!analisar!cada!alternativa:!
! a)!ERRADA.!O!Judiciário,!no!exercício!do!controle!jurisdicional,!não!pode!
revogar! atos! administrativos! praticados! pela! Administração! Pública.! O!
Judiciário! somente! revoga! seus! próprios! atos,! mas! isso! quando! exerce! a!
função! administrativa,! e! não! a! jurisdicional.! Nesse! caso,! o! Judiciário! atua!
como!Administração!Pública,!e!não!como!Poder!Judiciário!propriamente!dito.!
! b)! ERRADA.! A! revogação! de! remoção! é! um! ato! administrativo!
discricionário.! Aliás,! qualquer! espécie! de! revogação! constitui! um! ato!
discricionário,!e!somente!pode!ser!feita!pela!própria!Administração,!e!não!pelo!
Poder!Judiciário.!
! c)!ERRADA.!Como!dito,!a!revogação!de!remoção!é!um!ato!administrativo!
04810337340

discricionário.!
! d)! ERRADA.! Caso! o! ato! seja! inoportuno,! ele! deve! ser! revogado,! e! não!
anulado.!A!anulação!somente!atinge!atos!ilegais.!Ademais,!a!revogação!pode!
ser!feita!somente!pela!própria!Administração,!jamais!pelo!Judiciário.!
! e)!CERTA.!O!poder!de!autotutela!permite!que!a!Administração!anule!seus!
atos!ilegais!e!revogue!aqueles!que!considerar!inoportunos!e!inconvenientes.!
Gabarito:!alternativa!“e”!

33.! (FGV!–!ISS!Niterói!2015)!De!acordo!com!os!ensinamentos!doutrinários!sobre!a!
invalidação!e!revogação!do!ato!administrativo!discricionário,!é!correto!afirmar!que:!
a)!a!própria!Administração!Pública!pode!revê)lo!(seja!revogando)o,!caso!inoportuno!
ou! inconveniente,! seja! invalidando)o,! caso! ilegal),! e! o! Poder! Judiciário,! em! regra,!

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somente!pode!invalidá)lo!por!vício!de!legalidade,!mas!não!revogá)lo!por!questão!de!
mérito!administrativoB!
b)! os! Poderes! Judiciário! e! Legislativo! podem! invalidá)lo! (por! vício! de! legalidade)! e!
revogá)lo! (por! questão! de! mérito! administrativo,! caso! o! ato! seja! considerado!
inoportuno! ou! inconveniente! ao! interesse! público),! pelo! sistema! constitucional! de!
freios!e!contrapesosB!
c)!a!própria!Administração!Pública!pode!revê)lo!apenas!mediante!a!invalidação,!caso!
haja!algum!vício!de!legalidade,!e!o!Poder!Judiciário!pode,!em!regra,!revogar!o!ato,!
caso!o!considere!inoportuno!ou!inconveniente!ao!interesse!público,!pelo!princípio!da!
inafastabilidade!da!jurisdiçãoB!
d)!tanto!a!própria!Administração!Pública!quanto!o!Poder!Judiciário!podem,!em!regra,!
revê)lo,! seja! mediante! a! revogação,! quando! o! ato! for! considerado! inoportuno! ou!
inconveniente,!seja!pela!invalidação,!caso!seja!considerado!ilegalB!
e)!somente!a!própria!Administração!Pública!pode,!em!regra,!revê)lo,!seja!mediante!a!
revogação,! quando! o! ato! for! considerado! inoportuno! ou! inconveniente,! seja! pela!
invalidação,!caso!seja!considerado!ilegal,!e!os!Poderes!Judiciário!e!Legislativo!não!
podem!se!imiscuir!na!matéria,!pelo!princípio!da!separação!de!poderes.!
! Comentários:!vamos!analisar!cada!alternativa:!
! a)!CERTA.!O!poder!de!autotutela!permite!que!a!Administração!anule!seus!
atos! ilegais! e! revogue! aqueles! que! considerar! inoportunos! e! inconvenientes,!
por! razões! de! mérito.! O! Poder! Judiciário,! por! sua! vez,! quando! exerce! o!
controle! judicial! dos! atos! administrativos,! somente! pode! anular! aqueles! que!
apresentem! vício! de! legalidade.! O! Judiciário! jamais! revoga! atos!
administrativos.!
! b)!ERRADA.!Apenas!a!própria!Administração!pode!revogar!seus!atos!por!
razões! de! conveniência! e! oportunidade.! Os! Poderes! Judiciário! e! Legislativo!
não!podem.! 04810337340

! c)! ERRADA.! A! Administração! pode! tanto! anular! como! revogar! seus! atos!
administrativos.! O! Judiciário,! por! sua! vez,! somente! pode! anular! os! atos!
administrativos!da!Administração!(jamais!revogar),!quando!identificar!vício!de!
legalidade.!
! d)!ERRADA.!O!Poder!Judiciário!não!pode!revogar!atos!administrativos.!
! e)!ERRADA.!Os!Poderes!Judiciário!e!Legislativo!podem!sim!se!imiscuir!na!
matéria.! O! Poder! Judiciário,! quando! provocado,! pode! anular! os! atos!
administrativos! ilegais.! O! Poder! Legislativo,! por! sua! vez,! com! o! auxílio! do!
Tribunal! de! Contas,! no! exercício! do! controle! externo! da! Administração!
Pública,! pode! sustar! a! execução! (ou! seja,! suspender! os! efeitos)! de! atos! e!

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contratos! ilegais,! assim! como! aplicar! sanções! aos! responsáveis! por! praticáD
los.!
!Gabarito:!alternativa!“a”!

34.! (FGV! –! ISS! Niterói! 2015)! Ao!realizar!diligência!fiscalizatória,!André,!Fiscal!de!


Posturas! Municipal,! lavrou! auto! de! infração! em! desfavor! do! cidadão! Hamilton,! por!
realizar!atividade!sem!a!respectiva!licença,!não!obstante!lhe!tenha!sido!apresentado!
o! documento! necessário.! No! prazo! legal,! Hamilton! apresentou! defesa! e! logrou!
comprovar! que! possuía! a! necessária! licença,! que! foi! desconsiderada! pelo! agente!
público! no! momento! da! fiscalização.! Assim! sendo,! o! Município! concluiu! pela!
procedência!da!impugnação!e!declarou!a!invalidade!do!auto!de!infração.!A!decisão!
da! municipalidade! de! revisar! seu! próprio! ato! (por! provocação! ou! até! de! ofício)! foi!
baseada!no!princípio!implícito!de!Direito!Administrativo!da:!
a)! revogabilidade,! que! obriga! a! Administração! Pública! a! rever! seus! próprios! atos,!
revogando!os!ilegais,!sem!necessidade!de!prévia!provocação!do!Poder!JudiciárioB!
b)! anulação,! que! possibilita! a! Administração! Pública! de! rever! seus! próprios! atos,!
revogando!os!ilegais,!sem!necessidade!de!prévia!provocação!do!Poder!JudiciárioB!
c)! conveniência,! que! obriga! a! Administração! Pública! a! rever! seus! próprios! atos,!
anulando!os!ilegais,!com!prévia!autorização!do!Poder!JudiciárioB!
d)! normatividade,! que! possibilita! a! Administração! Pública! de! rever! seus! próprios!
atos,!invalidando!os!ilegais,!com!prévia!autorização!do!Poder!JudiciárioB!
e)! autotutela,! que! possibilita! a! Administração! Pública! de! rever! seus! próprios! atos,!
invalidando!os!ilegais,!sem!necessidade!de!prévia!provocação!do!Poder!Judiciário.!
! Comentários:! O! princípio! que! permite! à! Administração! revisar! seus!
próprios! atos,! por! provocação! ou! iniciativa! própria,! anulando! os! ilegais! e!
revogando!os!inconvenientes!e!inoportunos,!é!a!autotutela.!
Gabarito:!alternativa!“e”! 04810337340

35.! (FGV!–!GM!Paulínia!2015)!Em!relação!à!invalidação!de!um!ato!administrativo!
vinculado! praticado! por! agente! público! do! Poder! Executivo! municipal,! o! ato! pode!
ser:!
a)! invalidado,! por! vício! de! legalidade,! pelo! próprio! Poder! Executivo! e! pelo! Poder!
JudiciárioB!
b)! invalidado! e! revogado,! respectivamente! por! questão! de! mérito! e! de! legalidade,!
pelo!próprio!Poder!Executivo!e!pelo!Poder!JudiciárioB!
c)! invalidado! e! revogado,! respectivamente! por! questão! de! mérito! e! de! legalidade,!
apenas!pelo!próprio!Poder!ExecutivoB!

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d)!revogado,!por!questão!de!mérito!administrativo,!pelo!Poder!Judiciário,!ou!anulado,!
por!vício!de!legalidade,!pelo!próprio!Poder!ExecutivoB!
e)!revogado!e!anulado,!respectivamente,!por!questão!de!mérito!e!legalidade,!pelos!
Poderes!Executivo,!Legislativo!e!Judiciário.!
! Comentários:! Os! atos! administrativos! vinculados! não! podem! ser!
revogados,! mas! apenas! anulados! por! vício! de! legalidade.! Quem! pode! anular!
os!atos!ilegais!é!o!próprio!Poder!que!praticou!o!ato,!no!exercício!da!autotutela,!
e! o! Poder! Judiciário,! no! exercício! do! controle! judicial.! Portanto,! apenas! a!
alternativa! “a”! está! correta,! pois! todas! as! demais! dizem! que! o! ato! vinculado!
poderá!ser!revogado.!
Gabarito:!alternativa!“a”!

36.! (FGV! –! TJ/BA! 2015)! O! Secretário! Estadual! de! Educação! determinou! a!


remoção! ex! officio! de! Mariana,! professora! de! matemática! de! colégio! estadual!
situado!em!Salvador!para!um!colégio!do!interior.!Mariana!conseguiu!reunir!provas!de!
que! o! ato! administrativo! que! determinou! sua! remoção,! em! verdade,! ocorreu! por!
retaliação! e! não! para! atender! ao! interesse! público,! já! que! são! antigos! desafetos!
pessoais.!O!ato!do!Secretário!de!Educação:!
a)!não!poderá!ser!invalidado,!porque,!em!se!tratando!de!ato!discricionário,!o!agente!
público!tem!liberdade!na!valoração!de!todos!os!elementos!do!ato!administrativoB!
b)!não!poderá!ser!invalidado,!porque,!em!se!tratando!de!ato!vinculado,!basta!que!o!
agente! público! observe! as! formalidades! legais! para! a! sua! prática! e! alegue! que!
atendeu!ao!interesse!públicoB!
c)! poderá! ser! invalidado,! porque,! não! obstante! se! tratar! de! ato! discricionário,! o!
agente!agiu!com!abuso!de!poder,!por!usurpação!de!função,!com!vício!no!elemento!
do!ato!administrativo!da!formaB!
d)!poderá!ser!invalidado,!porque,!não!obstante!se!tratar!de!ato!vinculado,!o!agente!
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agiu! com! abuso! de! poder,! por! excesso! de! poder,! com! vício! no! elemento! do! ato!
administrativo!da!competênciaB!
e)! poderá! ser! invalidado,! porque,! não! obstante! se! tratar! de! ato! discricionário,! o!
agente!agiu!com!abuso!de!poder,!por!desvio!de!poder,!com!vício!no!elemento!do!ato!
administrativo!da!finalidade.!
! Comentários:! O! Secretário! de! Educação,! ao! determinar! a! remoção! da!
servidora!por!razões!diversas!do!interesse!público,!agiu!com!abuso!de!poder,!
na! modalidade! desvio! de! poder,! pois! praticou! um! ato! com! vício! no! elemento!
finalidade.! Uma! vez! que! o! vício! de! finalidade! é! insanável,! o! ato! deverá! ser!
invalidado! (anulado),! ainda! que! se! trate! de! ato! discricionário.! Correta,!
portanto,!a!alternativa!“e”.!

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! Das! demais! alternativas,! cabe! comentar! a! opção! “c”,! cujo! erro! está! em!
afirmar!que!o!Secretário!praticou!usurpação!de!função.!Ele!não!praticou,!pois!
não! há! nada! na! questão! indicando! que! o! Secretário! não! estava! investido! no!
seu!cargo.!Ademais,!outro!erro!é!afirmar!que!houve!vício!no!elemento!forma,!
pois! o! vício! é! de! finalidade.! Na! alternativa! “d”,! por! sua! vez,! o! erro! é! que! o!
Secretário!não!agiu!como!excesso!de!poder,!pois!praticou!um!ato!dentro!dos!
limites! da! sua! competência,! embora! com! vício.! Além! disso,! o! vício! é! de!
finalidade,!e!não!de!competência.!
Gabarito:!alternativa!“e”!

37.! (FGV! –! DPE/MT! 2015)! José! da! Silva,! servidor! público! federal,! requereu!suas!
férias,! mediante! formulário! específico,! para! o! mês! de! junho.! Por! algum! equívoco,!
seu! pedido! não! foi! analisado! por! seu! chefe! competente! para! o! deferimento! ou!
indeferimento,! mas! pelo! encarregado! de! outro! setor,! que,! desatento,! as! deferiu.!
José!da!Silva,!então,!saiu!de!férias,!e,!no!terceiro!dia,!seu!chefe,!que!nada!sabia!a!
respeito! das! férias! e,! aquela! altura,! estranhava! a! ausência! do! zeloso! servidor,!
descobriu!o!equívoco.!
Sobre!o!caso!apresentado,!assinale!a!afirmativa!correta.!
a)!José!da!Silva!deverá!retornar!ao!serviço,!tendo!em!vista!o!vício!insanável!no!ato!
administrativo!que!deferiu!as!férias.!
b)!José!da!Silva!poderá!prosseguir!com!suas!férias,!ainda!que!instado!a!retornar!ao!
serviço,!tendo!em!vista!sua!boa)fé.!
c)! É! possível! a! convalidação! do! ato! administrativo! que! deferiu! as! férias! a! José! da!
Silva,!com!efeitos!retroativos.!
d)! É! possível! a! convalidação! do! ato! administrativo! que! deferiu! as! férias! a! José! da!
Silva,! sem! efeitos! retroativos,! devendo! as! ausências! do! ! servidor! ser! descontadas!
como!faltas!ao!serviço.!
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e)!Não!há!qualquer!vício!no!ato!administrativo!que!deferiu!as!férias!do!servidor,!pois!
a!competência!é!extrínseca!ao!ato.!
! Comentário:!O!ato!que!deferiu!as!férias!de!José!da!Silva!foi!praticado!com!
vício!de!competência,!uma!vez!que!o!agente!que!o!editou!não!era!competente!
para! tanto.! Como! a! questão! não! afirma! se! tratar! de! um! ato! de! competência!
exclusiva!ou!de!competência!quanto!à!matéria,!então!podeDse!considerar!que!o!
vício! é! sanável,! sendo,! portanto,! passível! de! convalidação,! com! efeitos!
retroativos.! No! caso,! para! efetivar! a! convalidação,! o! chefe! de! José! da! Silva!
deve!deferir!as!férias!do!servidor.!Esse!ato!passaria!a!ter!efeito!desde!a!data!
em!que!José!da!Silva!efetivamente!saiu!de!férias.!!
Gabarito:!alternativa!“c”!

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38.! (FGV!–!ISS!Niterói!2015)!De!acordo!com!a!doutrina!de!Direito!Administrativo,!a!
convalidação! do! ato! administrativo! é! o! processo! de! que! se! vale! a! Administração!
Pública!para:!
a)! anular! atos! administrativos! praticados! com! vício! de! legalidade,! com! base! na!
prerrogativa!da!autotutela,!que!possibilita!ao!agente!público!rever!seus!próprios!atos,!
para!atender!ao!ordenamento!jurídicoB!
b)!revogar!atos!administrativos!praticados!com!vício!em!seu!mérito,!por!questões!de!
oportunidade! e! conveniência,! com! base! na! prerrogativa! da! discricionariedade,! que!
possibilita!ao!agente!público!rever!seus!próprios!atosB!
c)!retificar!atos!administrativos!que,!embora!praticados!sem!quaisquer!vícios,!devem!
ser!modificados!para!melhor!atender!aos!fins!públicos!a!que!se!destinam,!com!base!
no!princípio!da!eficiênciaB!
d)!aperfeiçoar!atos!administrativos!com!qualquer!tipo!de!vício,!de!forma!a!ratificá)los!
em! sua! totalidade,! com! efeitos! ex! nunc,! isto! é,! contados! a! partir! do! momento! da!
ratificação!
e)!aproveitar!atos!administrativos!com!vícios!superáveis,!de!forma!a!confirmá)los!no!
todo! ou! em! parte,! com! efeitos! ex! tunc,! ou! seja,! retroage! ao! momento! em! que! foi!
praticado!o!ato!originário.!
! Comentários:!Convalidar!consiste!na!faculdade!que!a!Administração!tem!
de!corrigir!e!regularizar!os!vícios!sanáveis!dos!atos!administrativos,!de!forma!
a!confirmáDlos!no!todo!ou!em!parte.!A!convalidação!produz!efeitos!retroativos!
(ex% tunc),! de! tal! modo! que! os! efeitos! produzidos! pelo! ato! enquanto! ainda!
apresentava! o! vício! passam! a! ser! considerados! válidos,! não! passíveis! de!
desconstituição.! Essa! possibilidade! de! aproveitamento! dos! atos! com! vícios!
sanáveis! é! que! representa! a! grande! vantagem! da! convalidação! em! relação! à!
anulação,!pois!gera!economia!de!procedimentos!e!segurança!jurídica.!
Gabarito:!alternativa!“e”! 04810337340

39.! (FGV!–!TJ/BA!2015)!Em!matéria!de!ato!administrativo,!é!correto!afirmar!que!a!
convalidação!do!ato:!
a)! produz! efeitos! apenas! ex! nunc,! ou! seja,! a! partir! do! momento! em! que! o! vício! foi!
sanado,!não!podendo!retroagir!em!seus!efeitos!ao!momento!em!que!foi!praticado!o!
ato!originariamenteB!
b)!é!o!processo!de!que!se!vale!a!Administração!para!aproveitar!atos!administrativos!
com!vícios!superáveis!ou!sanáveis,!de!forma!a!confirmá)los!no!todo!ou!em!parteB!
c)! ocorre! quando! a! autoridade! competente! ratifica! um! ato! praticado! indevidamente!
por!agente!administrativo!sem!poderes!para!tal,!aproveitando!necessariamente!todo!
o!atoB!

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d)!pressupõe!a!retificação!de!vícios!sanáveis!e!necessariamente!ocorre!sobre!todo!o!
ato,!não!podendo!ocorrer!convalidação!parcial,!hipótese!em!que!somente!caberia!a!
invalidação!do!ato!e!edição!de!um!novoB!
e)! pode! recair! sobre! todo! e! qualquer! vício! do! ato,! desde! que! seja! realizada! por!
autoridade!competente,!no!regular!exercício!de!seu!poder!discricionário.!
! Comentários:!vamos!analisar!cada!alternativa:!
! a)!ERRADA.!A!convalidação!produz!efeitos!ex%tunc.!
! b)! CERTA.! A! convalidação! serve! justamente! para! que! a! Administração!
aproveite!atos!administrativos!com!vícios!superáveis!ou!sanáveis,!de!forma!a!
confirmáDlos!no!todo!ou!em!parte!e!evitando!que!sejam!anulados,!o!que!gera!
maior!eficiência!e!segurança!jurídica.!
! c)! ERRADA.! A! convalidação! não! necessariamente! aproveita! todo! o! ato.!
Ele!pode!ser!confirmado!no!todo!ou!em!parte.!
! d)!ERRADA.!Pode!sim!ocorrer!a!convalidação!parcial!do!ato.!
! e)!ERRADA.!A!convalidação!pode!recair!apenas!sobre!os!vícios!sanáveis!
do!ato.!Os!vícios!insanáveis!devem!necessariamente!levar!à!anulação!do!ato.!
Gabarito:!alternativa!“c”!

40.! (FGV!–!OAB!2013)!O!Estado!X!concedeu!a!Fulano!autorização!para!a!prática!
de! determinada! atividade.! Posteriormente,! é! editada! lei! vedando! a! realização!
daquela! atividade.! Diante! do! exposto,! e! considerando! as! formas! de! extinção! dos!
atos!administrativos,!assinale!a!afirmativa!correta.!
A)!Deve!ser!declarada!a!nulidade!do!ato!em!questão.!
B)!Deve!ser!declarada!a!caducidade!do!ato!em!questão.!
C)!O!ato!em!questão!deve!ser!cassado.!
D)!O!ato!em!questão!deve!ser!revogado.!
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! Comentário:! No! caso,! o! ato! de! autorização! deve! ser! extinto! mediante!
caducidade,! modalidade! de! retirada! aplicável! aos! casos! em! que! uma! norma%
jurídica! posterior! torna! inviável! a! permanência! da! situação! antes! permitida!
pelo!ato.!
! Gabarito:!alternativa!“b”!

41.! (FGV! –! OAB! 2012)! Acerca! das! modalidades! de! extinção! dos! atos!
administrativos,!assinale!a!alternativa!correta.!
A)! A! renúncia! configura! modalidade! de! extinção! por! meio! da! qual! são! extintos! os!
efeitos!do!ato!por!motivo!de!interesse!público.!

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B)!A!cassação!configura!modalidade!de!extinção!em!que!a!retirada!do!ato!decorre!
de!razões!de!oportunidade!e!conveniência.!
C)!A!revogação!configura!modalidade!de!extinção!que!ocorre!quando!a!retirada!do!
ato!se!dá!por!ter!sido!praticado!em!contrariedade!com!a!lei.!
D)!A!caducidade!configura!modalidade!de!extinção!em!que!ocorre!a!retirada!do!ato!
por! ter! sobrevindo! norma! jurídica! que! tornou! inadmissível! situação! antes! permitida!
pelo!direito!e!outorgada!pelo!ato!precedente.!
! Comentários:!vamos!corrigir!os!erros!de!cada!alternativa:!
! a)!ERRADA.!A!renúncia%revogação!configura!modalidade!de!extinção!por!
meio!da!qual!são!extintos!os!efeitos!do!ato!por!motivo!de!interesse!público.!
! b)!ERRADA.!A!cassação!revogação!configura!modalidade!de!extinção!em!
que!a!retirada!do!ato!decorre!de!razões!de!oportunidade!e!conveniência.!
! c)!ERRADA.!A!revogação!anulação!configura!modalidade!de!extinção!que!
ocorre!quando!a!retirada!do!ato!se!dá!por!ter!sido!praticado!em!contrariedade!
com!a!lei.!
! d)!CERTA.!A!caducidade!configura!modalidade!de!extinção!em!que!ocorre!
a! retirada! do! ato! por! ter! sobrevindo! norma! jurídica! que! tornou! inadmissível!
situação!antes!permitida!pelo!direito!e!outorgada!pelo!ato!precedente!(fonte:!Di!
Pietro).!
! Gabarito:!alternativa!“d”!

42.! (FGV!–!OAB!2011)!A!revogação!representa!uma!das!formas!de!extinção!de!um!
ato!administrativo.!Quanto!a!esse!instituto,!é!correto!afirmar!que!
(A)!pode!se!dar!tanto!em!relação!a!atos!viciados!de!ilegalidade!ou!não,!desde!que!
praticados!dentro!de!uma!competência!discricionária.!
(B)! produz! efeitos! retroativos,! retirando! o! ato! do! mundo,! de! forma! a! nunca! ter!
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existido.!
(C)! apenas! pode! se! dar! em! relação! aos! atos! válidos,! praticados! dentro! de! uma!
competência!discricionária,!produzindo!efeitos!ex!nunc.!
(D)! pode! se! dar! em! relação! aos! atos! vinculados! ou! discricionários,! produzindo! ora!
efeito!ex!tunc,!ora!efeito!ex!nunc.!
! Comentários:!vamos!analisar!cada!alternativa:!
! a)! ERRADA.! Os! atos! viciados! de! ilegalidade! devem! ser! anulados,! e! não!
revogados.!A!revogação!atinge!apenas!os!atos!que,!embora!legais,!tornaramD
se!inoportunos!ou!inconvenientes.!
! b)! ERRADA.! A! revogação! produz! efeitos! prospectivos,! para! frente!
(ex%nunc).!

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Técnico'Judiciário'Auxiliar'
!
! Teoria'e'exercícios'comentados'
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! c)!CERTA.!É!uma!síntese!do!que!foi!dito!nos!dois!comentários!anteriores.!
! d)! ERRADA.! A! revogação! pode! se! dar! apenas! em! relação! aos! atos!
discricionários! (e! não! aos! vinculados),! e! somente! produz! efeito! ex% nunc!
(jamais!ex%tunc).!
! Gabarito:!alternativa!“c”!

43.! (FCC! –! Procurador! TCM/GO! 2015)! Existência,! validade! e! eficácia! do! ato!
administrativo!são!conceitos!correlatos,!porém!distintos.!Esses!aspectos!interagem!e!
se! relacionam! na! análise! casuística! dos! atos! administrativos,! sendo,! contudo,!
correto!afirmar!que!a!
a)!validade!do!ato!jurídico!pode!ser!aferida!no!momento!de!seu!aperfeiçoamento,!ou!
seja,!quando!é!produzido,!muito!embora!alterações!normativas!posteriores!convidem!
a! sucessivas! reanálises! sobre! a! validade! dos! atos! cuja! produção! de! efeitos! se!
perpetua!no!tempo.!
b)! existência! é! pressuposto! dos! demais! aspectos,! na! medida! em! que! é! ela! que!
atesta!a!conformidade!do!ato!ao!ordenamento!jurídico!em!vigor.!
c)!eficácia!precede!o!exame!de!validade,!posto!que!somente!pode!ser!válido!o!ato!
que!está!apto!a!produzir!efeitos.!
d)! edição! de! um! ato! administrativo! apócrifo! o! predica! como! inválido,! mas! pode!
produzir!efeitos!jurídicos!caso!se!demonstre!que!havia!firme!propósito!em!praticá)lo.!
e)! eficácia! não! é! relevante! para! fins! de! análise! da! estrutura! do! ato! administrativo,!
tendo!em!vista!que!a!análise!da!produção!de!efeitos!é!prescindível!para!exame!dos!
direitos!que!decorrem!para!os!administrados.!
! Comentários:!vamos!analisar!cada!item:!
! a)! CERTA.! A! validade! do! ato! diz! respeito! à! conformidade! dos! seus!
elementos!com!a!lei!e!os!princípios!da!Administração.!Logicamente,!a!validade!
do! ato! é! aferida! no! momento! de! sua! produção,! considerando! o! ordenamento!
04810337340

jurídico! em! vigor.! Não! obstante,! alterações! normativas! posteriores! podem!


fundamentar!a!reanálise!sobre!a!validade!dos!atos!cuja!produção!de!efeitos!se!
perpetua! no! tempo.! Tais! alterações! normativas! podem,! inclusive,! levar! à!
extinção! do! ato,! caso! algum! de! seus! elementos! se! torne! incompatível! com! o!
novo! ordenamento.! Exemplo! disso! ocorre! nos! casos! de! extinção! de! atos! por!
caducidade,!em!que!uma!norma!jurídica!posterior!torna!inviável!a!permanência!
da!situação!antes!permitida!pelo!ato!(ex:!caducidade!de!um!ato!de!permissão!
para! explorar! comércio! de! rua! em! local! que,! em! faze! de! uma! nova! lei! de!
zoneamento!urbano,!passou!a!ser!destinado!a!estacionamento!público).!
! b)! ERRADA.! Existência,! no! caso,! é! sinônimo! de! ato! perfeito,! ou! seja,! de!
ato!que!já!completou!o!seu!processo!de!formação.!!Mas!a!existência!não!atesta!
a! conformidade! do! ato! ao! ordenamento! jurídico! em! vigor,! e! sim! a! validade.!

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Com! efeito,! o! ato! perfeito! não! se! confunde! com! o! ato! válido.! A! perfeição! se!
refere!ao!processo!de!elaboração!do!ato!(é!perfeito!o!ato!que!contém!todos!os!
elementos! constitutivos! previstos! na! lei)[! já! a! validade! diz! respeito! à!
conformidade!dos!elementos!do!ato!com!a!lei!e!princípios!da!Administração!(é!
válido!o!ato!cujos!elementos!de!formação!não!apresentam!nenhum!vício).!
! c)!ERRADA.!O!exame!de!eficácia!independe!do!exame!de!validade.!Um!ato!
pode! ser,! por! exemplo,! válido! e! ineficaz! ou! inválido! e! eficaz.! A! validade! diz!
respeito! à! conformidade! do! ato! com! a! ordem! jurídica,! e! a! eficácia,! com! a!
aptidão!do!ato!para!produzir!os!efeitos!que!lhe!são!inerentes.!
! d)!ERRADA.!!Um!ato!administrativo!apócrifo!é!aquele!que!não!tem!origem!
conhecida,!ou!seja,!que!não!se!sabe!quem!o!produziu.!Logo,!trataDse!de!um!ato!
que! não! apresenta! o! elemento! competência! e,! ante! a! ausência! de! um! dos!
pressupostos!básicos!de!formação,!é!considerado!um!ato!inexistente.!!Detalhe!
é! que,! segundo! ensina! Hely! Lopes! Meirelles,! é! irrelevante! e! sem! interesse!
prático!a!distinção!entre!nulidade!e!inexistência,!porque!ambas!conduzem!ao!
mesmo! resultado! –! a! invalidade! –! e! subordinam! às! mesmas! regras! de!
invalidação.!Ato!inexistente!e!ato!nulo!é!ato!ilegal!e!imprestável,!desde!o!seu!
nascedouro.!
! e)! ERRADA.! De! fato,! a! eficácia! não! é! relevante! para! fins! de! análise! da!
estrutura!do!ato!administrativo,!pois!isso!é!papel!da!validade.!Mas!a!eficácia!é!
sim!prescindível!para!exame!dos!direitos!que!decorrem!para!os!administrados,!
pois!é!ela!que!determina!a!produção!de!efeitos!do!ato.!Um!ato!que!não!produz!
efeitos!não!tem!o!condão!de!gerar!nenhum!direito!para!os!administrados.!
! Gabarito:!alternativa!“a”!

44.! (FCC! –! Manausprev! 2015)! A! Administração! pública! atua! por! meio! da! edição!
de! atos! administrativos,! de! diferentes! espécies! e! conteúdos,! que! se! relacionam.!
Essa! relação! é! válida! e! condizente! com! o! ordenamento! jurídico,! por! exemplo,! no!
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caso!
a)!dos!pareceres,!que!têm!natureza!vinculada!e!veiculam!atos!de!polícia.!
b)! dos! despachos,! que! veiculam! decisões! de! natureza! declaratório)vinculadas,! tais!
como!as!autorizações!e!admissões.!
c)! dos! decretos! regulamentares,! que! veiculam! atos! de! qualquer! natureza,! como!
licenças!ou!autorizações.!
d)! dos! alvarás,! que! podem! veicular! atos! de! natureza! vinculada,! tais! como! as!
licenças.!
e)!das!certidões,!atos!discricionários!que!veiculam!decisões!e!despachos.!
! Comentários:!vamos!analisar!cada!item:!

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! a)!ERRADO.!Os!pareceres,!como!regra,!não!têm!natureza!vinculada,!e!sim!
opinativa.! Excepcionalmente,! contudo,! podem! ser! emitidos! pareceres!
vinculantes.! Ademais,! os! pareceres! são! atos! internos,! não! decorrentes! do!
poder! de! polícia,! cujos! atos! produzem! efeitos! externos,! vale! dizer,! são!
direcionados!aos!administrados.!
! b)! ERRADO.! Segundo! Maria! Sylvia! Di! Pietro,! despacho! é! o! ato!
administrativo! que! contém! decisão! das! autoridades! administrativas! sobre!
assunto! de! interesse! individual! ou! coletivo! submetido! à! sua! apreciação.! O!
despacho! não! se! presta! a! veicular! autorizações! e! admissões.! Ademais,!
autorizações! são! atos! discricionários,! ao! contrário! das! admissões,! que! são!
atos!vinculados.!
! c)! ERRADO.! Os! decretos! regulamentares! são! expedidos! para! dar! fiel!
execução! à! lei.! Não! servem! para! veicular! licenças! e! autorizações,! que! são!
expedidas!por!meio!de!alvarás.!
! d)! CERTO.! Conforme! Maria! Sylvia! Di! Pietro,! alvará! é! o! instrumento! pelo!
qual!a!Administração!Pública!confere!licença!ou!autorização!para!a!prática!de!
ato! ou! exercício! de! atividade! sujeitos! ao! poder! de! polícia! do! Estado.! Mais!
resumidamente,!o!alvará!é!o!instrumento!da!licença!ou!da!autorização.!Ele!é!a!
forma,!o!revestimento!exterior!do!ato[!a!licença!e!a!autorização!são!o!conteúdo!
do!ato.!
! e)! ERRADO.! As! decisões! e! despachos! podem! ser! veiculadas! mediante!
circulares,!e!não!por!certidões.!As!certidões!servem!para!veicular!informações!
registradas! em! algum! livro,! processo,! documento! ou! banco! de! dados!
eletrônico! em! poder! da! Administração! e! de! interesse! do! administrado!
requerente.!
! Gabarito:!alternativa!“d”!

45.! !(FCC! –! Procurador! TCM/RJ! 2015)! Foi! submetida! à! assessoria! jurídica! de!
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determinada! Secretaria! Municipal! uma! proposta! de! aditivo! em! contrato! de! obra!
viária,! com! valor! que,! caso! se! tratasse! de! alteração! quantitativa,! excederia! o! limite!
autorizado! pela! Lei! nº! 8.666/1993.! A! descrição! dos! serviços! descritos! como!
necessários! deixavam! dúvidas! se! a! proposta! se! consubstanciava! em! alteração!
qualitativa! ou! verdadeira! alteração! de! objeto,! esta! que! é! vedada! por! lei,! qualquer!
que!seja!o!seu!valor.!Por!outro!lado,!havia!uma!certa!margem!de!apreciação!técnica!
que! não! era! passível! de! confrontação! pelo! assessor! jurídico,! visto! que! o! órgão!
técnico! endossou! a! proposta! de! aditamento,! sob! o! fundamento! de! superveniente!
necessidade!de!adequação!técnica!na!metodologia!de!execução!da!obra.!O!parecer!
jurídico! foi,! assim,! favorável! ao! aditamento.! O! contrato! foi! executado! e! a! obra!
concluída! e! integralmente! paga.! Em! processo! de! regular! tomada! de! contas,! o!
Tribunal!de!Contas!discordou!do!entendimento!dado!ao!aditamento!e!lançou!parecer!
contrário! àquela! despesa,! recomendando! a! adoção! de! inúmeras! medidas!

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sancionatórias!e!de!cunho!responsabilizatório,!inclusive!na!esfera!de!improbidade.!A!
autoridade!ordenadora!de!despesas!e!que!representou!o!Município!no!contrato,!nos!
diversos!processos!a!que!foi!submetida,!apresentou!repetida!defesa!de!que!firmou!o!
aditamento!diante!de!prévia!análise!de!viabilidade!jurídica!de!sua!assessoria.!Essa!
linha! de! argumentação,! levando! em! consideração! o! entendimento! do! Supremo!
Tribunal!Federal!a!respeito!do!tema,!
a)! não! pode! ser! suficiente! para! eximir! o! gestor! público! de! sua! responsabilidade,!
sendo! adequado! considerar! a! peça! opinativa! como! subsídio! para! a! tomada! de!
decisão! pelo! administrador,! sendo! que,! em! sendo! o! parecer! desfavorável,! seria!
inequívoca!a!responsabilidade!do!administrador.!
b)! representa! entendimento! pacífico! naquele! Tribunal,! que! entende! o! parecer!
jurídico! como! sempre! vinculante! para! o! gestor! público! em! matéria! de! licitações! e!
contratos,!não!permitindo!juízo!de!decisão!sobre!a!celebração!ou!não!dos!negócios!
jurídicos.!
c)! é! frontalmente! contrária! ao! entendimento! do! Tribunal,! na! medida! em! que! o!
parecer!jurídico!proferido!em!matéria!de!licitações!e!contratos!não!é!obrigatório,!de!
modo!que!não!pode!se!tornar!vinculante.!
d)!depende!da!comprovação!de!culpa!por!parte!do!parecerista,!ou!seja,!de!que!havia!
apenas! uma! solução! legal! correta! e! viável! para! o! caso! analisado,! diversa! da!
sugerida! pela! assessoria! jurídica,! o! que! eximiria! o! gestor! de! qualquer!
responsabilização.!
e)!é!procedente!para!afastar!a!responsabilidade!do!gestor!nos!casos!em!que!não!há!
documentos! e! informação! técnica,! de! modo! que! a! decisão! fica! a! cargo! do!
parecerista,! a! quem! cabe! estabelecer! as! premissas! para! o! negócio! jurídico! em!
questão.!
! Comentário:! O! entendimento! do! STF! a! respeito! da! responsabilidade! da!
autoridade! competente! e! do! parecerista! está! expresso! no! MS! 24.631/DF,! cuja!
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ementa!é!a!seguinte:!
EMENTA:' CONSTITUCIONAL.' ADMINISTRATIVO.' CONTROLE' EXTERNO.'
AUDITORIA'PELO'TCU.'RESPONSABILIDADE'DE'PROCURADOR'DE'AUTARQUIA'
POR' EMISSÃO' DE' PARECER' TÉCNICO8JURÍDICO' DE' NATUREZA' OPINATIVA.'
SEGURANÇA' DEFERIDA.' I.' Repercussões' da' natureza' jurídico8administrativa' do'
parecer'jurídico:'(i)'quando%a%consulta%é%facultativa,'a%autoridade%não%se%vincula%ao%
parecer% proferido,% sendo% que% seu% poder% de% decisão% não% se% altera% pela%
manifestação% do% órgão% consultivoT' (ii)' quando% a% consulta% é% obrigatória,' a%
autoridade% administrativa% se% vincula% a% emitir% o% ato% tal% como% submetido% à%
consultoria,% com% parecer% favorável% ou% contrário,% e% se% pretender% praticar% ato% de%
forma%diversa%da%apresentada%à%consultoria,%deverá%submetêGlo%a%novo%parecerT'
(iii)'quando% a% lei% estabelece% a% obrigação% de% decidir% à% luz% de% parecer% vinculante,'
essa% manifestação% de% teor% jurídica% deixa% de% ser% meramente% opinativa% e% o%
administrador%não%poderá%decidir%senão%nos%termos%da%conclusão%do%parecer%ou,%

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então,% não% decidir.% II.' No' caso' de' que' cuidam' os' autos,' o' parecer' emitido' pelo'
impetrante'não'tinha'caráter'vinculante.'Sua'aprovação'pelo'superior'hierárquico'não'
desvirtua'sua'natureza'opinativa,'nem'o'torna'parte'de'ato'administrativo'posterior'do'
qual' possa' eventualmente' decorrer' dano' ao' erário,' mas' apenas' incorpora' sua'
fundamentação' ao' ato.' III.' Controle' externo:' É' lícito' concluir' que' é' abusiva' a'
responsabilização'do'parecerista'à'luz'de'uma'alargada'relação'de'causalidade'entre'
seu' parecer' e' o' ato' administrativo' do' qual' tenha' resultado' dano' ao' erário.' Salvo%
demonstração% de% culpa% ou% erro% grosseiro,% submetida% às% instâncias%
administrativoGdisciplinares% ou% jurisdicionais% próprias,% não% cabe% a%
responsabilização% do% advogado% público% pelo% conteúdo% de% seu% parecer% de%
natureza%meramente%opinativa.'Mandado'de'segurança'deferido.'

! O! parecer! jurídico! previsto! na! Lei! de! Licitações,! que! deve! preceder! a!
celebração!de!contratos!administrativos,!é!de!natureza!obrigatória.!Assim,!no!
caso!narrado!na!questão,!incide!o!item!II!da!decisão!do!STF,!no!sentido!de!que!
a! autoridade! deve! decidir! conforme! informado! no! parecer.! Não! obstante,! a!
obrigatoriedade! do! parecer! de! forma! alguma! isenta! a! responsabilidade! da!
autoridade! vez! que,! conforme! informado! na! decisão! do! STF,! ela! poderia!
decidir! de! forma! diferente,! desde! que! submetesse! o! ato! a! novo! parecer.!
Detalhe! é! que! a! responsabilidade! da! autoridade! ficaria! agravada! caso!
decidisse! de! forma! contrária! ao! parecer! de! natureza! obrigatória.! Correta,!
portanto,!a!alternativa!“a”.!
! Vamos!analisar!as!demais:!
! b)! ERRADA.! O! parecer! jurídico,! em! matéria! de! licitações! e! contratos,! é!
obrigatório,! mas! não! vinculante,! sendo! sim! permitido! à! autoridade! decidir! se!
celebra!ou!não!os!negócios!jurídicos.!Caso!o!parecer!jurídico!seja!contrário!à!
celebração! do! negócio,! e! a! autoridade! entenda! que! o! ato! é! legal,! deverá!
submetêDlo!a!novo!parecer!que!ampare!seu!entendimento.!
! c)! ERRADA.! O! parecer! jurídico! proferido! em! matéria! de! licitações! e!
contratos!é!sim!obrigatório.! 04810337340

! d)! ERRADA.! A! demonstração! de! culpa! do! parecerista! não! isenta! a!


responsabilidade! do! gestor.! Mais! que! isso,! permite! incluir! na!
responsabilização!o!próprio!parecerista.!
! e)! ERRADA.! O! parecerista,! em! matéria! de! licitações! e! contratos,! pratica!
um! ato! de! natureza! opinativa,! não! vinculante.! Ele! só! poderá! ser!
responsabilizado!em!caso!de!culpa!ou!erro!grosseiro,!mesmo!assim,!de!forma!
solidária! com! o! gestor! competente,! e! não! sozinho,! pois! não! é! o! responsável!
pela!decisão.!
! Gabarito:!alternativa!“a”!

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46.! (FCC!–!Conselheiro!Substituto!–!TCM/GO!2015)!É!certo!que!a!Administração!
se! manifesta! por! meio! de! atos! administrativos.! No! que! concerne! ao! desfazimento!
dos!atos!administrativos!e!seus!efeitos,!é!correto!afirmar!que:!
a)!Pode!ocorrer!por!atuação!da!própria!Administração,!na!hipótese!de!estar!presente!
vício!de!legalidade,!não!sendo!possível!à!Administração,!no!entanto,!desfazer!seus!
próprios!atos!por!motivos!de!conveniência!e!oportunidade,!em!razão!do!princípio!da!
segurança!jurídica.!
b)!Pode!ocorrer!por!atuação!da!própria!administração,!a!qualquer!tempo,!por!motivo!
de! legalidade,! independentemente! de! terem,! os! atos,! produzido! efeitos! favoráveis!
aos!destinatários,!sendo!que!a!invalidação,!nesse!caso,!produzirá!efeitos!ex!tunc.!
c)!Quando!presente!vício!de!legalidade,!a!Administração!tem!o!dever!de!anular!o!ato!
administrativo,!dever!este!que!encontra!limite,!sempre!que,!nos!termos!da!lei,!tenha!
transcorrido!prazo!razoável!e!dos!atos!decorram!efeitos!favoráveis!para!destinatários!
de!boa)fé.!
d)! Em! razão! do! princípio! da! inafastabilidade! da! jurisdição,! o! Poder! Judiciário! pode!
anular! os! atos! administrativos! ilegais! e! revogar,! a! qualquer! tempo,! os! atos!
administrativos! inoportunos,! operando,! nesse! último! caso,! automático! retorno! da!
situação!jurídica!ao!status!quo!ante.!
e)!A!Administração!pode!revogar!os!atos!administrativos!por!razão!de!conveniência!
e! oportunidade! e! anular! os! atos! eivados! de! vício! de! legalidade,! no! entanto,! no!
primeiro! caso,! deve! recorrer! ao! judiciário,! porque! não! incide,! na! espécie,! a!
autotutela.!
! Comentários:!vamos!analisar!cada!alternativa:!
! a)! ERRADA.! Em! visto! do! seu! poder! de! autotutela,! a! Administração! pode!
tanto! anular! seus! próprios! atos,! por! motivos! de! legalidade,! como! revogaDlos!
por!razões!de!conveniência!e!oportunidade.!
! b)!ERRADA.!É!certo!que!a!invalidação!por!motivo!de!legalidade!(anulação)!
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produz!efeitos!ex%tunc.!Porém,!a!anulação!se!sujeita!a!prazo!decadencial,!não!
podendo! ser! feita! a! qualquer! tempo,! notadamente! nos! casos! em! que! o! ato! a!
ser! anulado! tenha! produzido! efeitos! favoráveis! aos! destinatários.! Na! esfera!
federal,!a!Lei!9.784/99!dispõe!que!“o%direito%da%Administração%de%anular%os%atos%
administrativos%de%que%decorram%efeitos%favoráveis%para%os%destinatários%decai%
em%cinco%anos,%contados%da%data%em%que%foram%praticados,%salvo%comprovada%
máGfé”.!
! c)! CERTA.! Em! razão! do! princípio! da! legalidade,! a! Administração! tem! o!
dever!de!anular!seus!atos!ilegais.!Todavia,!tal!dever!é!mitigado!pelo!princípio!
da! segurança! jurídica,! no! sentido! de! que! a! anulação! não! mais! poderá! ser!
promovida!sempre!que,!nos!termos!da!lei,!tenha!transcorrido!prazo!razoável!e!
dos! atos! decorram! efeitos! favoráveis! para! destinatários! de! boaDfé.! Na! esfera!

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! Teoria'e'exercícios'comentados'
! Prof.'Erick'Alves'–'Aula'5!
federal,! como! visto! na! alternativa! anterior,! o! prazo! de! decadência! para! a!
anulação!é!de!5!anos.!
! d)! ERRADA.! O! Poder! Judiciário,! no! exercício! do! controle! judicial,!
somente!pode!anular!os!atos!administrativos!ilegais,!mas!jamais!pode!revogar!
atos! administrativos! que! considere! inoportunos! e! inconvenientes,! uma! vez!
que!não!realiza!controle!de!mérito,!mas!apenas!de!legalidade.!
! e)! ERRADA.! O! poder! de! autotutela! permite! à! Administração! anular! e!
revogar! seus! próprios! atos! administrativos,! no! primeiro! caso! por! razões! de!
legalidade!e!no!segundo!por!motivo!de!conveniência!e!oportunidade.!
! Gabarito:!alternativa!“c”!

47.! (ESAF! –! PGFN! 2015)! Correlacione! as! colunas! abaixo! e,! ao! final,! assinale! a!
opção!que!contenha!a!sequência!correta!para!a!coluna!II.!

COLUNA!I! COLUNA!II!

(1)!É!a!extinção!do!ato!administrativo!quando!
o! seu! beneficiário! deixa! de! cumprir! os!
(!)!Caducidade!
requisitos! que! deveria! permanecer!
atendendo.!

(2)! Ocorre! quando! uma! nova! legislação!


impede! a! permanência! da! situação! (!)!Contraposição!
anteriormente!consentida!pelo!poder!público.!

(3)! Ocorre! quando! um! ato,! emitido! com!


fundamento! em! determinada! competência,!
extingue!outro!ato,!anterior,!editado!com!base!
(!)!Conversão!
em! competência! diversa,! ocorrendo! a!
extinção! porque! os! efeitos! daquele! são!
opostos!aos!deste.! 04810337340

(4)! Consiste,! segundo! orientação! majoritária,!


em!um!ato!privativo!da!Administração!Pública,!
mediante!o!qual!ela!aproveita!um!ato!nulo!de!
uma! determinada! espécie,! transformando)o,! (!)!Cassação!
retroativamente! em! ato! válido! de! outra!
categoria,! pela! modificação! de!
enquadramento!legal.!

a)!1,!3,!4,!2!
b)!2,!3,!4,!1!
c)!3,!2,!1,!4!

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! Teoria'e'exercícios'comentados'
! Prof.'Erick'Alves'–'Aula'5!
d)!1,!3,!2,!4!
e)!2,!4,!1,!3!
Comentário:!A!correlação!correta!é!a!seguinte:!
(2)! Caducidade:! ocorre! quando! uma! nova! legislação! impede! a!
permanência!da!situação!anteriormente!consentida!pelo!poder!público.!
(3)! Contraposição:! ocorre! quando! um! ato,! emitido! com! fundamento! em!
determinada! competência,! extingue! outro! ato,! anterior,! editado! com! base! em!
competência! diversa,! ocorrendo! a! extinção! porque! os! efeitos! daquele! são!
opostos!aos!deste.!
(4)! Conversão:! consiste,! segundo! orientação! majoritária,! em! um! ato!
privativo!da!Administração!Pública,!mediante!o!qual!ela!aproveita!um!ato!nulo!
de! uma! determinada! espécie,! transformandoDo,! retroativamente! em! ato! válido!
de!outra!categoria,!pela!modificação!de!enquadramento!legal.!
(1)! Cassação:! é! a! extinção! do! ato! administrativo! quando! o! seu!
beneficiário!deixa!de!cumprir!os!requisitos!que!deveria!permanecer!atendendo.!
Gabarito:!alternativa!“b”!
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JURISPRUDÊNCIA.

STJ AgRg no REsp 882200 / RJ (12/4/2010)


ÒEste Superior Tribunal possui entendimento de que todo ato administrativo que
repercuta na esfera individual do administrado, no caso, servidor pœblico, tem de
ser precedido de processo administrativo que assegure a este o contradit—rio e a
ampla defesa. Trata-se de mitiga•‹o do enunciado da Sœmula 473/STF, com
intuito de conferir seguran•a jur’dica ao administrado, bem como resguardar
direitos conquistados por esteÓ.

STJ - RMS 27440 / AL (22/9/2009)


4. Sempre que a decis‹o administrativa afetar interesses de particulares, Ž
imprescind’vel a observ‰ncia do contradit—rio e da ampla defesa para que se
aprecie a nulidade do processo licitat—rio. Precedentes do STF e do STJ.
Consequentemente, mesmo que haja fortes ind’cios de ilegalidade do certame
pœblico, n‹o h‡ inutilidade na prŽvia oitiva das partes interessadas, pois n‹o se
pode afastar a hip—tese, ainda que remota, de surgirem novos esclarecimentos
que afetem o ju’zo decis—rio, a exemplo da comprova•‹o de que os v’cios
apontados n‹o trouxeram preju’zos ao interesse pœblico.

STF Ð Informativo 732


Processo administrativo: contradit—rio e ampla defesa

Por ofensa aos princ’pios do contradit—rio e da ampla defesa, a 2» Turma deu


provimento a recurso ordin‡rio em mandado de seguran•a para declarar nulo ato
administrativo e seus consect‡rios, a fim de garantir ˆ impetrante manifesta•‹o
prŽvia em processo administrativo destinado a verificar a regularidade da
concess‹o de benef’cio fiscal. Asseverou-se que a prerrogativa de a
Administra•‹o Pœblica controlar seus pr—prios atos n‹o dispensaria a observ‰ncia
dos postulados supramencionados em ‰mbito administrativo. Ademais,
ressaltou-se que a manifesta•‹o em recurso administrativo n‹o supriria a
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aus•ncia de intima•‹o da recorrente. Pontuou-se que caberia ˆ


Administra•‹o dar oportunidade ao interessado em momento pr—prio e que a
impugna•‹o, mediante recurso, de ato que anulara benef’cio anteriormente
concedido, mesmo diante de exame exaustivo das raz›es de defesa
apresentadas, n‹o satisfaria o direito de defesa da impetrante. RMS 31661/DF,
rel. Min. Gilmar Mendes, 10.12.2013. (RMS-31661)

STF Ð MS 28.273/DF (13/12/2012)


ÒO Supremo Tribunal Federal sempre se pronunciou no sentido de que, sob a
Žgide da Constitui•‹o de 1988, Ž inconstitucional qualquer forma de provimento
dos servi•os notariais e de registro que n‹o por concurso pœblico; II Ð N‹o h‡
direito adquirido ˆ efetiva•‹o em serventia vaga sob a Žgide da Constitui•‹o de
1988; III Ð O exame da investidura na titularidade de cart—rio sem

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concurso pœblico n‹o est‡ sujeito ao prazo previsto no art. 54 da Lei
9.784/1999, por se tratar de ato manifestamente inconstitucionalÓ.

*****

Por hoje Ž s— pessoal!

Bons estudos!

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RESUMÃO.DA.AULA.
CLASSIFICAÇÃO!DOS!ATOS!ADMINISTRATIVOS!

!!Atos! vinculados:! a! lei! fixa! os! requisitos! e! condições! de! sua! realização,! não! deixando!
Quanto!ao! liberdade!de!ação!para!a!Administração.!
grau!de!
!!Atos! discricionários:! a! Administração! tem! liberdade! de! ação! dentro! de! determinados!
liberdade!
parâmetros!previamente!definidos!em!lei.!
!

!!Atos! gerais:! possuem! destinatários! indeterminados;! são! dotados! de! generalidade! e!


Quanto!aos! abstração;!prevalecem!sobre!os!atos!individuais.!Ex:!atos!normativos.!
destinatários! !!Atos! individuais:! possuem! destinatários! certos! e! determinados;! pode! ser! um! destinatário!
(ato!singular)!ou!vários!(ato!plúrimo).!Ex:!nomeação,!exoneração,!autorização,!licença.!
!

Quanto!à! !!Atos!internos:!atingem!apenas!o!órgão!que!os!editou.!Ex:!portaria!de!remoção!de!servidor.!
situação!de! !!Atos! externos:! também! atingem! terceiros.! Ex:! multas! a! empresas! contratadas,! editais! de!
terceiros! licitação,!atos!normativos!etc.!!
!

!!Atos! simples:!decorrem!da!manifestação!de!um! único! órgão,!unipessoal!ou!colegiado.!Ex:!


despacho!de!um!chefe!de!seção,!decisões!de!conselhos!administrativos.!
!!Atos! complexos:! decorrem! de! duas! ou! mais! manifestações! de! vontade! autônomas,!
Quanto!à! provenientes! de! órgãos! diversos! (há! um! ato' único).! Ex:! aposentadoria! de! servidor!
formação!de!
estatutário,!portarias!conjuntas.!
vontade!
!!Atos!compostos:!resulta!da!manifestação!de!dois+ou+mais+órgãos,!em!que!a!vontade!de!um!
é!instrumental!em!relação!à!do!outro!(existem!dois+atos).!Ex:!autorização!que!depende!de!
visto.!
!

!!Atos!de!império:!praticados!com!supremacia!sobre!os!administrados.!Ex:!desapropriação.!
Quanto!às! !!Atos!de!gestão:!praticados!sem!supremacia!sobre!os!administrados;!são!atos!próprios!da!
prerrogativas! gestão!de!bens!e!serviços.!Ex:!alienação!de!bens,!aluguéis!de!imóveis.!
da!
Administração! !!Atos!de!expediente:!se!destinam!a!dar!andamento!aos!processos!e!papeis!administrativos,!
sem!qualquer!conteúdo!decisório.!Ex:!protocolo!de!documentos.!
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!!Ato! constitutivo,! extintivo! ou! modificativo:! respectivamente! criam,! extinguem! ou!


modificam!direitos!e!obrigações!para!seus!destinatários.!Ex:!licenças,!nomeações,!aplicação!
Quanto!aos! de! sanções! (constitutivos);! cassação! de! autorização,! demissão! de! servidor! (extintivos);!
efeitos! alteração!de!horário!de!funcionamento!do!órgão!(modificativo).!
!!Ato!declaratório:!atesta!um!fato!ou!reconhece!um!direito!ou!uma!obrigação!que!já!existia!
antes!do!ato.!Ex:!expedição!de!certidões!e!atestados.!
!

!!Ato!válido:!é!aquele!praticado!em!conformidade!com!a!lei,!sem!nenhum!vício.!
!!Ato!nulo:!é!aquele!que!nasce!com!vício!insanável.!Ex:!ato!com!motivo!inexistente,!ato!com!
Quanto!aos! objeto!não!previsto!em!lei!e!ato!praticado!com!desvio!de!finalidade.!
requisitos!de!
!!Ato!anulável:!é!o!que!apresenta!vício!sanável.!Ex:!vícios!de!competência!e!de!forma!(regra).!
validade!
!!Ato!inexistente:!apenas!tem!aparência!de!ato!administrativo,!mas,!em!verdade,!não!chega!a!
entrar!no!mundo!jurídico,!por!falta!de!um!elemento!essencial.!Ex:!usurpador!de!função.!

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!
!!Ato!perfeito:!aquele!que!já!concluiu!todas!as!etapas!da!sua!formação.!
!!Ato! eficaz:! é! o! ato! perfeito! que! já! está! apto! a! produzir! efeitos,! não! dependendo! de!
Quanto!à! nenhum!evento!posterior,!como!termo,!condição,!aprovação,!autorização!etc.!
exequibilidade! !!Ato! pendente:! é! o! ato! perfeito! que! ainda! depende! de! algum! evento! posterior! para!
produzir!efeitos.!
!!Ato!consumado:!é!o!que!já!produziu!todos!os!efeitos!que!estava!apto!a!produzir.!
!

ESPÉCIES!DE!ATOS!ADMINISTRATIVOS!

"!Atos!normativos!
!! Possuem! efeitos! gerais! e! abstratos,! atingindo! todos! aqueles! que! se! situam! em! idêntica! situação! jurídica!
(não!têm!destinatários!determinados).!Correspondem!aos!“atos!gerais”.!
!! Não!podem!inovar!o!ordenamento!jurídico!(ao!contrário!das!leis).!
!! São!atos!administrativos!apenas!em!sentido!formal!(e!não!em!sentido!material).!
!! Não! podem! ser! objeto! de! impugnação! direta! por! meio! de! recursos! administrativos! ou! ação! judicial!
ordinária;!devem!ser!impugnados!por!ação!direta!de!inconstitucionalidade.!
!! Exemplos:!regulamentos,!portarias,!circulares,!instruções!normativas.!

"!Atos!ordinatórios!
!! São! os! atos! com! efeitos! internos,! endereçados! aos! servidores! públicos,! que! visam! a! disciplinar! o!
funcionamento!da!Administração!e!a!conduta!funcional!de!seus!agentes.!
!! Possuem!fundamento!no!poder!hierárquico;!de!regra,!não!atingem!os!particulares!em!geral.!
!! São!inferiores!em!hierarquia!aos!atos!normativos.!
!! Exemplos:!portarias!de!delegação!de!competência,!circulares!internas,!ordens!de!serviço,!avisos.!

"!Atos!negociais!
!! São!aqueles!em!que!a!vontade!da!Administração!coincide!com!o!interesse!do!administrado.!
!! Representam! a! anuência! prévia! da! Administração! para! o! particular! realizar! determinada! atividade! de!
interesse!dele,!ou!exercer!determinado!direito!(“atos!de!consentimento”).!
!! Não!cabe!falar!em!imperatividade,!coercitividade!ou!autoexecutoriedade!nos!atos!negociais.!
!! Licença:!
o! Ato!administrativo!vinculado!e!definitivo.!Permite!ao!particular!exercer!direitos!subjetivos.!
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o! Não! pode,! em! regra,! ser! revogada! (exceto! licença! para! construir).! Admite! apenas! cassação! (vício! na!
execução)! ou! anulação! (vício! na! origem).! Pode! gerar! direito! a! indenização! ao! particular,! caso! ele! não!
tenha!dado!causa!à!invalidação!da!licença.!
!! Autorização:!
o! Ato!administrativo!discricionário!e!precário.!Permite!ao!particular!exercer!atividades!materiais,!prestar!
serviços!públicos!ou!utilizar!bem!público.!
o! Pode! ser! revogada! a! qualquer! tempo! pela! Administração,! em! regra,! sem! a! necessidade! de! pagar!
indenização!ao!interessado.!
!! Permissão:!ato!administrativo!discricionário!e!precário.!Enquanto!ato!administrativo,!refereCse!apenas!ao!
uso! de! bem! público;! em! caso! de! delegação+ de+ serviços+ públicos,! a! permissão! deve! ser! formalizada!
mediante!um!“contrato!de!adesão”,!precedido!de!licitação!(ou!seja,!não!constitui!um!ato!administrativo).!
!! Outros!exemplos:!admissão,!aprovação!e!homologação.!
!

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"!Atos!enunciativos!
!! São! aqueles! que! atestam! ou! certificam! uma! situação! preexistente! (ex:! certidões! e! atestados)! ou! que!
emitem!uma!opinião!para!preparar!outro!ato!de!caráter!decisório!(pareceres).!
!! A! rigor,! não! constituírem! uma! manifestação! de! vontade! da! Administração;! por! isso,! são! considerados!
meros!atos!da!Administração!(são!atos!administrativos!apenas!em!sentido!formal,!mas!não!material).!
!! Exemplos:! certidão! (cópia! fiel! de! informações! registradas! em! livros! ou! banco! de! dados);! atestado!
(declaração!sobre!fato!que!não!consta!em!livro!ou!arquivo),!parecer!(pode!ser!obrigatório!ou!facultativo!e,!
em!alguns!casos,!pode!ter!efeito!vinculante);!apostila!(averbação!para!corrigir!ou!atualizar!dados).!

"!Atos!punitivos!
!! Os!atos!punitivos!são!aqueles!que!impõem!sanções!administrativas.!
!! Podem! ser! de! ordem! interna! (ex:! penalidades! disciplinares! a! servidores! públicos)! ou! externa! (sanções!
aplicadas!a!particulares).!
!

EXTINÇÃO!E!CONVALIDAÇÃO!DE!ATOS!ADMINISTRATIVOS!

! REVOGAÇÃO! ANULAÇÃO! CONVALIDAÇÃO!

Natureza! do! De!mérito! Legalidade!e!legitimidade! Legalidade!e!legitimidade!


controle! (sem!vício)! (vícios!insanáveis)! (vícios!sanáveis)!

Eficácia! Ex+nunc!(não!retroage)! Ex+tunc!(retroage)! Ex+tunc!(retroage)!

Competência! Administração! Administração!e!Judiciário! Administração!

Incidência! Atos!discricionários!(não! Atos!vinculados!e!discricionários! Atos!vinculados!e!


existe!revogação!de!ato! discricionários!
vinculado)!

Natureza! do! A! revogação! é! um! A! anulação! de! ato! com! vício! A! convalidação! é! um! ato!
desfazimento! ato!discricionário.! insanável! é! um! ato! vinculado.! A! discricionário! (podeCse!
anulação! de! ato! com! vício! optar! pela! anulação! do!
sanável! passível! de! convalidação! ato).!
é!um!ato!discricionário.!

"! Outras!formas!de!extinção!do!ato!administrativo:!
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!! Extinção!natural:!cumprimento!dos!efeitos!do!ato;!
!! Extinção!subjetiva:!desaparecimento!do!sujeito!(ex:!falecimento!do!servidor!que!estava!em!licença);!
!! Extinção!objetiva:!desaparecimento!do!objeto!(ex:!destruição!do!bem!objeto!de!autorização!de!uso);!
!! Cassação:!descumprimento!de!condição!fundamental!para!que!o!ato!pudesse!ser!mantido!(ex:!excesso!de!
multas!de!trânsito);!
!! Caducidade:!norma!jurídica!posterior!tornou!inviável!a!permanência!da!situação!antes!permitida!pelo!ato;!
!! Contraposição:! edição! posterior! de! ato! cujos! efeitos! se! contrapõem! ao! anteriormente! emitido! (ex:!
exoneração!versus!nomeação);!
!! Renúncia:!o!próprio!beneficiário!abre!mão!de!uma!vantagem!de!que!desfrutava.!
!! Conversão:! atinge! ato! inválido,! mudandoCo! para! outra! categoria,! para! que! se! aproveitem! os! efeitos! já!
produzidos.!
! !

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QUESTÕES.COMENTADAS.NA.AULA.

1.! (Cespe! –! TCU! 2011)! Incluem)se! na! classificação! de! atos! administrativos!
discricionários!os!praticados!em!decorrência!da!aplicação!de!norma!que!contenha!conceitos!
jurídicos!indeterminados.!

2.! (Cespe!–!TCDF!2012)!O!fator!limitador!do!ato!administrativo!discricionário!é!o!critério!
da!conveniência!e!oportunidade.!

3.! (Cespe! –! MJ! 2013)! Ato! vinculado! é! aquele! analisado! apenas! sob! o! aspecto! da!
legalidadeB!o!ato!discricionário,!por!sua!vez,!é!analisado!sob!o!aspecto!não!só!da!legalidade,!
mas!também!do!mérito.!

4.! (Cespe! –! Bacen! 2013)! A! lei! estabelece! todos! os! critérios! e! condições! de! realização!
do!ato!vinculado,!sem!deixar!qualquer!margem!de!liberdade!ao!administrador.!

5.! (Cespe!–!ICMBio!2014)!Os!atos!administrativos!internos!são!destinados!a!produzirem!
efeitos!sobre!os!órgãos!e!os!agentes!da!administração!pública!que!os!expediram.!

6.! (Cespe! –! Câmara! dos! Deputados! 2012)! Considere!que!um!servidor!público!federal!


tenha!sido!aposentado!mediante!portaria!publicada!no!ano!de!2008!e!que,!em!2010,!o!TCU!
tenha!homologado!o!ato!de!aposentadoria.!Nessa!situação!hipotética,!esse!ato!caracteriza)
se!como!complexo,!visto!que,!para!o!seu!aperfeiçoamento,!é!necessária!a!atuação!do!TCU!
e!do!órgão!público!a!que!estava!vinculado!o!servidor.!

7.! (Cespe! –! TCU! 2009)! A! permissão,! que! não! se! confunde! com! a! concessão! ou! a!
autorização,!é!o!ato!administrativo!por!meio!do!qual!a!administração!pública!consente!que!o!
particular! se! utilize! privativamente! de! um! bem! público! ou! execute! um! serviço! de! utilidade!
pública.!Tal!ato!é!classificado!como!declaratório,!na!medida!em!que!o!poder!público!apenas!
reconhece!um!direito!do!particular!previamente!existente.!

8.! (Cespe!–!MPTCDF!2013)!O!ato!administrativo!pode!ser!perfeito,!inválido!e!eficaz.!

9.! (Cespe! –! TRE/RJ! 2012)! Considera)se! que! o! ato! administrativo! é! válido! quando! se!
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esgotam!todas!as!fases!necessárias!para!a!sua!produção.!

10.! (Cespe! –! TRT10! 2013)! De! acordo! com! a! doutrina,! o! ato! administrativo! será!
considerado!perfeito,!inválido!e!eficaz,!quando,!concluído!o!seu!ciclo!de!formação,!e!não!se!
conformando!às!exigências!normativas,!ele!produzir!os!efeitos!que!lhe!seriam!inerentes.!

11.! (Cespe! –! MPU! 2013)! Validade! e! eficácia! são! qualidades! do! ato! administrativo! cuja!
existência!seja!necessariamente!pressuposta!no!plano!fático.!

12.! (Cespe! –! MDIC! 2014)! Suponha! que! determinado! ato! administrativo,! percorrido! seu!
ciclo! de! formação,! tenha! produzido! efeitos! na! sociedade! e,! posteriormente,! tenha! sido!
reputado,! pela! própria! administração! pública,! desconforme! em! relação! ao! ordenamento!
jurídico.!Nesse!caso,!considera)se!o!ato!perfeito,!eficaz!e!inválido.!

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13.! (Cespe! –! TCU! 2012)! Os! atos! praticados! por! servidor! irregularmente! investido! na!
função!—!situação!que!caracteriza!a!função!de!fato!—!são!considerados!inexistentes.!

14.! (Cespe!–!TJDFT!2013)!Os!atos!administrativos!regulamentares!e!as!leis!em!geral!têm!
efeitos! gerais! e! abstratos,! ou! seja,! não! diferem! por! sua! natureza! normativa,! mas! pela!
originalidade!com!que!instauram!situações!jurídicas!novas.!

15.! (Cespe!–!MPU!2013)!A!autorização!é!ato!administrativo!discricionário!mediante!o!qual!
a! administração! pública! outorga! a! alguém! o! direito! de! realizar! determinada! atividade!
material.!

16.! (Cespe! –! Câmara! dos! Deputados! 2012)! O! estabelecimento! que! obtenha! do! poder!
público!licença!para!comercializar!produtos!farmacêuticos!não!poderá,!com!fundamento!no!
mesmo!ato,!comercializar!produtos!alimentícios,!visto!que!a!licença!para!funcionamento!de!
estabelecimento!comercial!constitui!ato!administrativo!vinculado.!

17.! (Cespe! –! IBAMA! 2013)! O! IBAMA! multou! e! interditou! uma! fábrica! de! solventes! que,!
apesar!de!já!ter!sido!advertida,!insistia!em!dispensar!resíduos!tóxicos!em!um!rio!próximo!a!
suas! instalações.! Contra! esse! ato! a! empresa! impetrou! mandado! de! segurança,! alegando!
que!a!autoridade!administrativa!não!dispunha!de!poderes!para!impedir!o!funcionamento!da!
fábrica,! por! ser! esta! detentora! de! alvará! de! funcionamento,! devendo! a! interdição! ter! sido!
requerida!ao!Poder!Judiciário.!
Em!face!dessa!situação!hipotética,!julgue!o!item!seguinte.!
A! concessão! de! alvará! de! funcionamento! constitui! ato! administrativo! discricionário,! razão!
por!que!tal!ato!somente!pode!ser!anulado!por!autoridade!administrativa.!

18.! (Cespe!–!MDIC!2014)!Um!aviso!é!uma!forma!de!ato!administrativo!classificado!como!
ato!punitivo,!ou!seja,!que!certifica!ou!atesta!um!fato!administrativo.!

19.! (Cespe! –! TJ/RJ! 2008)! O! ato! se! extingue! pelo! desfazimento! volitivo! quando! sua!
retirada! funda)se! no! advento! de! nova! legislação! que! impede! a! permanência! da! situação!
anteriormente!consentida.!
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20.! (Cespe!–!AFT!2013)!A!revogação!de!um!ato!administrativo!produz!efeitos!retroativos!à!
data!em!que!ele!tiver!sido!praticado.!

21.! (Cespe! –! MPU! 2013)! A! revogação! do! ato! administrativo,! quando! legítima,! exclui! o!
dever!da!administração!pública!de!indenizar,!mesmo!que!esse!ato!tenha!afetado!direito!de!
alguém.!

22.! (Cespe! –! AGU! 2012)! Embora! a! revogação! seja! ato! administrativo! discricionário! da!
administração,! são! insuscetíveis! de! revogação,! entre! outros,! os! atos! vinculados,! os! que!
exaurirem! seus! efeitos,! os! que! gerarem! direitos! adquiridos! e! os! chamados! meros! atos!
administrativos,!como!certidões!e!atestados.!

23.! (Cespe! –! TRE/RJ! 2012)! Tanto! o! direito! administrativo! quanto! o! direito! privado!
distinguem! os! atos! nulos! dos! atos! anuláveis.! Os! atos! e! negócios! jurídicos! contrários! ao!

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ordenamento! jurídico! poderão,! no! âmbito! do! direito! privado,! estar! eivados! de! vícios! de!
nulidade! ou! anulabilidade,! já! os! atos! administrativos! praticados! em! desacordo! com! o!
ordenamento!jurídico!serão!considerados!inválidos.!

24.! (Cespe! –! Polícia! Federal! 2013)! Quanto! um! ministério! pratica! ato! administrativo! de!
competência! de! outro,! fica! configurado! vício! de! incompetência! em! razão! da! matéria,! que!
pode!ser!convalidado!por!meio!de!ratificação.!

25.! (FGV! –! IBGE! 2016)! Em! matéria! de! classificação! do! ato! administrativo! quanto! ao!
critério!dos!efeitos,!um!parecer!elaborado!por!servidor!de!fundação!pública!federal!a!pedido!
de!seu!superior!hierárquico!possui!natureza!de!ato:!
a)!constitutivo,!pois!altera!uma!relação!jurídica,!criando,!modificando!ou!extinguindo!direitos!
e!os!efeitos!serão!suportados!obrigatoriamente!pelo!administradoB!
b)!declaratório,!pois!se!restringe!a!declarar!um!fato!preexistente!que!será!ratificado!por!outro!
agente!hierarquicamente!superiorB!
c)! vinculado,! pois! está! destinado! a! conferir! qualificação! jurídica! ao! fato! que! lhe! é!
apresentado,!mas!seus!efeitos!operar)se)ão!apenas!após!a!decisão!da!autoridade!superiorB!
d)! enunciativo,! pois! indica! um! juízo! de! valor! sobre! o! fato! objeto! da! análise,! dependendo,!
ainda,!de!outro!ato!de!caráter!decisório!a!ser!praticado!pelo!agente!competenteB!
e)! preliminar,! pois! enfrenta! apenas! as! questões! de! natureza! formal! sobre! o! fato! que! lhe! é!
apresentado,!outorgando!à!autoridade!competente!a!decisão!de!mérito!sobre!a!matéria.!

26.! (FGV! –! MPE/RJ! 2016)! Mônica! se! inscreveu! em! concurso! público,! pretendendo!
ingressar! no! serviço! público! estadual! do! Rio! de! Janeiro,! no! cargo! efetivo! de! auxiliar!
administrativo.!Após!realizar!a!prova!e!obter!classificação!entre!os!dez!primeiros!candidatos,!
Mônica! foi! nomeada! e! tomou! posse.! Ocorre! que,! seis! meses! após! a! investidura,! a!
Administração! Pública! recebeu! diversas! representações! dando! conta! de! que! houve! fraude!
no! concurso,! envolvendo! alguns! candidatos.! Assim,! foram! instaurados! os! necessários!
processos! administrativos! em! face! de! cada! candidato,! sobre! cuja! investidura! recaíam!
indícios! de! irregularidade.! Ao! final! do! processo! administrativo! relativo! a! Mônica,! ficou!
fartamente! comprovado! que! a! candidata! fraudou! o! concurso,! eis! que! obteve! as! respostas!
04810337340

durante!a!prova!utilizando!um!aparelho!de!telefone!celular!que!manteve!escondido!sob!suas!
vestes.!Dessa!forma,!a!Administração!Pública!declarou!nulo!o!ato!de!investidura!de!Mônica,!
com!base!na!prerrogativa!da:!
a)!imperatividade,!que!permite!à!Administração!rever!seus!próprios!atos,!inclusive!anulando!
os!inoportunosB!
b)! autoexecutoriedade,! que! permite! à! Administração! rever! seus! próprios! atos,! após!
autorização!do!Poder!JudiciárioB!
c)! discricionariedade,! que! permite! à! Administração! rever! seus! próprios! atos,! inclusive!
revogando!os!ilegaisB!
d)!autotutela,!que!permite!à!Administração!rever!seus!próprios!atos,!inclusive!invalidando!os!
ilegaisB!

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e)!legalidade,!que!permite!à!Administração!rever!seus!próprios!atos,!inclusive!revogando!os!
vinculados.!

27.! (FGV! –! MPE/RJ! 2016)! Diretor! do! departamento! de! Recursos! Humanos! pratica!
determinado! ato! administrativo,! cuja! competência! não! é! exclusiva! do! Secretário)Geral! do!
Ministério!Público!do!Rio!de!Janeiro.!Concordando!com!o!ato!praticado!e!com!o!escopo!de!
suprir! o! vício! superável! de! competência! de! maneira! a! aproveitá)lo,! o! Secretário)Geral!
procede!à:!
a)! retificação! do! ato,! na! modalidade! aproveitamento,! com! efeitos! a! partir! da! data! do!
saneamentoB!
b)! conversão! do! ato,! na! modalidade! confirmação,! com! efeitos! a! partir! da! data! do!
aproveitamentoB!
c)! revogação! do! ato,! na! modalidade! discricionária,! com! efeitos! retroativos! à! data! em! que!
este!foi!praticadoB!
d)! convalidação! do! ato,! na! modalidade! ratificação,! com! efeitos! retroativos! à! data! em! que!
este!foi!praticadoB!
e)! revisão! do! ato,! na! modalidade! confirmação,! com! efeitos! a! partir! da! data! do!
aproveitamento.!

28.! (FGV! –! ISS! Niterói! 2015)! De! acordo! com! a! doutrina! de! Direito! Administrativo,! em!
matéria! de! classificação! dos! atos! administrativos! quanto! ao! critério! da! liberdade! de! ação,!
quando!o!agente!público!pode!valorar!os!fatores!constitutivos!do!motivo!e!do!objeto!do!ato,!
apreciando!a!conveniência!e!a!oportunidade!de!sua!prática,!está)se!diante!de!um!ato:!
a)!de!impérioB!
b)!de!gestãoB!
c)!discricionárioB!
d)!arbitrárioB!
e)!vinculado.!
04810337340

29.! (FGV! –! GM! Paulínia! 2015)! Nos! casos! dos! chamados! cargos! em! comissão,! a!
autoridade! competente! se! vale! de! um! ato! administrativo! discricionário! para! promover! a!
nomeação! e! exoneração! de! seus! ocupantes.! Nesse! contexto,! em! matéria! de! classificação!
do!ato!administrativo,!quanto!ao!critério!da!liberdade!da!ação,!de!acordo!com!a!doutrina!de!
Direito!Administrativo,!nos!atos!discricionários,!o!agente!público:!
a)!atua!de!forma!vinculada!e!pratica!o!ato!reproduzindo!os!elementos!que!a!lei!previamente!
estabeleceu,!sem!liberdade!de!apreciação!da!condutaB!
b)! pratica! o! ato! com! o! objetivo! de! alterar! uma! relação! jurídica,! criando,! modificando! ou!
extinguindo!direitos,!com!efeitos!para!a!Administração!e!para!os!administradosB!
c)!declara!uma!situação!jurídica!preexistente,!por!meio!de!um!ato!que!deve!ser!publicado!na!
imprensa!oficial!para!ter!validadeB!

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d)! constitui! uma! vontade! administrativa,! cuja! característica! é! indicar! um! juízo! de! valor,!
dependendo!de!outros!atos!de!caráter!decisórioB!
e)! age! com! critérios! de! oportunidade! e! conveniência! para! prática! do! ato,! visando! à!
finalidade!que!atenda!ao!interesse!público.!

30.! (FGC! –! PGE/RO! 2015)! O!Governador!do!Estado!exonerou,!com!motivação!genérica!


de! atender! ao! interesse! público,! Juliano,! ocupante! exclusivamente! do! cargo! em! comissão!
de! Assessor! Parlamentar! de! seu! gabinete.! Inconformado,! Juliano! ingressa! com! pedido!
administrativo! de! reconsideração,! pretendendo! voltar! ao! cargo.! Instada! a! opinar! sobre! a!
matéria,!a!Procuradoria)Geral!do!Estado!emite,!corretamente,!parecer!no!sentido!da:!
a)! inviabilidade! do! pleito,! eis! que! o! cargo! em! comissão! é! de! livre! exoneração,! razão! pela!
qual!o!Governador,!no!regular!exercício!da!discricionariedade!administrativa,!por!razões!de!
oportunidade! e! conveniência,! pode! praticar! o! ato! sem! necessidade! de! especificar! a!
motivaçãoB!
b)!inviabilidade!do!pleito,!eis!que!a!exoneração!é!ato!administrativo!vinculado!e,!por!isso,!o!
Governador!pode!praticá)lo!por!motivos!de!oportunidade!e!conveniência!que!não!precisam!
ser!expostos,!desde!que!o!ato!tenha!sido!regularmente!publicado!na!imprensa!oficialB!
c)! viabilidade! do! pleito,! eis! que! a! exoneração! é! ato! administrativo! vinculado! e,! por! isso,! o!
Governador!deveria!ter!praticado!o!ato!com!observância!de!todos!os!seus!requisitos,!dentre!
eles!a!motivação!específica!que!o!levou!a!tal!decisãoB!
d)!viabilidade!do!pleito,!eis!que!o!Governador!agiu!com!abuso!de!poder,!na!medida!em!que!
deveria! motivar! seu! ato! de! exoneração,! dando! ao! interessado! a! oportunidade! de! exercer!
seu!direito!ao!contraditório!e!à!ampla!defesaB!
e)!viabilidade!do!pleito,!eis!que!o!Governador!agiu!com!abuso!de!poder,!na!medida!em!que!
deveria!ter!instaurado!prévio!processo!administrativo!disciplinar!para!demonstrar!os!motivos!
que!o!levaram!a!romper!o!princípio!da!confiança!para!com!o!servidor.!

31.! (FGV! –! Codemig! 2015)! Advogado! de! determinada! empresa! pública! estadual,! a!
pedido!de!um!diretor!da!empresa,!emite!parecer!sobre!a!viabilidade!jurídica!da!celebração!
de!um!contrato!na!área!de!fomento!à!indústria!criativa.!De!acordo!com!a!doutrina!de!Direito!
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Administrativo,! em! especial! em! matéria! de! classificação! do! ato! administrativo! quanto! ao!
critério!dos!efeitos,!o!parecer!subscrito!pelo!advogado!tem!natureza!de!ato!administrativo:!
a)!constitutivo,!que!se!caracteriza!por!alterar!uma!relação!jurídica,!criando,!modificando!ou!
extinguindo!direitosB!
b)!enunciativo,!que!se!caracteriza!por!um!juízo!de!valor,!dependendo,!ainda,!de!outros!atos!
de!caráter!decisórioB!
c)!declaratório,!que!se!caracteriza!por!alterar!uma!relação!jurídica,!declarando,!modificando!
ou!extinguindo!direitosB!
d)!revogável,!que!se!caracteriza!por!poder!ser!revogado!apenas!pela!autoridade!solicitante,!
caso!não!concorde!com!seu!conteúdoB!
e)! não! autoexecutório,! que! se! caracteriza! por! não! poder! ser! executado! enquanto! não!
aprovado!pela!maioria!dos!integrantes!da!diretoria)geral.!

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32.! (FGV!–!DPE/RO!2015)!Fernando,!servidor!público!estadual!ocupante!de!cargo!efetivo,!
requereu!sua!remoção!para!outro!departamento!no!dia!01/02/15.!A!autoridade!competente!
deferiu! seu! pleito,! com! efeitos! a! partir! do! dia! 01/05/15.! Ocorre! que,! no! dia! 01/04/15,! com!
base! em! estudos! estratégicos! complementares,! a! mesma! autoridade! revogou! tal! ato,!
alegando!excesso!de!pessoal!no!departamento!de!destino!e!carência!no!órgão!de!origem.!
Inconformado,! Fernando! impetrou! mandado! de! segurança,! pretendendo! concretizar! sua!
remoção.!No!caso!em!tela,!ao!servidor!Fernando:!
a)! assiste! razão,! porque! o! Judiciário! pode,! em! regra,! revogar! os! atos! administrativos!
inoportunos,!mediante!o!controle!de!seu!méritoB!
b)! assiste! razão,! porque! a! revogação! da! remoção! é! um! ato! administrativo! vinculado! que!
somente!pode!ser!anulado!pelo!Poder!JudiciárioB!
c)!não!assiste!razão,!porque!a!revogação!da!remoção!é!um!ato!administrativo!vinculado!que!
somente!pode!ser!anulado!pelo!próprio!AdministradorB!
d)!não!assiste!razão,!porque,!pelo!atributo!da!discricionariedade,!o!Administrador!e!o!Poder!
Judiciário!podem!rever!o!ato!administrativo!e!anulá)lo!caso!seja!inoportunoB!
e)! não! assiste! razão,! porque,! pelo! atributo! da! autotutela,! o! Administrador! pode! rever! seu!
próprio!ato!discricionário!e!revogá)lo!caso!seja!inoportuno.!

33.! (FGV! –! ISS! Niterói! 2015)! De! acordo! com! os! ensinamentos! doutrinários! sobre! a!
invalidação!e!revogação!do!ato!administrativo!discricionário,!é!correto!afirmar!que:!
a)! a! própria! Administração! Pública! pode! revê)lo! (seja! revogando)o,! caso! inoportuno! ou!
inconveniente,! seja! invalidando)o,! caso! ilegal),! e! o! Poder! Judiciário,! em! regra,! somente!
pode! invalidá)lo! por! vício! de! legalidade,! mas! não! revogá)lo! por! questão! de! mérito!
administrativoB!
b)!os!Poderes!Judiciário!e!Legislativo!podem!invalidá)lo!(por!vício!de!legalidade)!e!revogá)lo!
(por! questão! de! mérito! administrativo,! caso! o! ato! seja! considerado! inoportuno! ou!
inconveniente!ao!interesse!público),!pelo!sistema!constitucional!de!freios!e!contrapesosB!
c)! a! própria! Administração! Pública! pode! revê)lo! apenas! mediante! a! invalidação,! caso! haja!
algum! vício! de! legalidade,! e! o! Poder! Judiciário! pode,! em! regra,! revogar! o! ato,! caso! o!
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considere! inoportuno! ou! inconveniente! ao! interesse! público,! pelo! princípio! da!
inafastabilidade!da!jurisdiçãoB!
d)!tanto!a!própria!Administração!Pública!quanto!o!Poder!Judiciário!podem,!em!regra,!revê)lo,!
seja!mediante!a!revogação,!quando!o!ato!for!considerado!inoportuno!ou!inconveniente,!seja!
pela!invalidação,!caso!seja!considerado!ilegalB!
e)! somente! a! própria! Administração! Pública! pode,! em! regra,! revê)lo,! seja! mediante! a!
revogação,!quando!o!ato!for!considerado!inoportuno!ou!inconveniente,!seja!pela!invalidação,!
caso!seja!considerado!ilegal,!e!os!Poderes!Judiciário!e!Legislativo!não!podem!se!imiscuir!na!
matéria,!pelo!princípio!da!separação!de!poderes.!

34.! (FGV! –! ISS! Niterói! 2015)! Ao! realizar! diligência! fiscalizatória,! André,! Fiscal! de!
Posturas! Municipal,! lavrou! auto! de! infração! em! desfavor! do! cidadão! Hamilton,! por! realizar!
atividade! sem! a! respectiva! licença,! não! obstante! lhe! tenha! sido! apresentado! o! documento!

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necessário.!No!prazo!legal,!Hamilton!apresentou!defesa!e!logrou!comprovar!que!possuía!a!
necessária!licença,!que!foi!desconsiderada!pelo!agente!público!no!momento!da!fiscalização.!
Assim!sendo,!o!Município!concluiu!pela!procedência!da!impugnação!e!declarou!a!invalidade!
do!auto!de!infração.!A!decisão!da!municipalidade!de!revisar!seu!próprio!ato!(por!provocação!
ou!até!de!ofício)!foi!baseada!no!princípio!implícito!de!Direito!Administrativo!da:!
a)!revogabilidade,!que!obriga!a!Administração!Pública!a!rever!seus!próprios!atos,!revogando!
os!ilegais,!sem!necessidade!de!prévia!provocação!do!Poder!JudiciárioB!
b)!anulação,!que!possibilita!a!Administração!Pública!de!rever!seus!próprios!atos,!revogando!
os!ilegais,!sem!necessidade!de!prévia!provocação!do!Poder!JudiciárioB!
c)!conveniência,!que!obriga!a!Administração!Pública!a!rever!seus!próprios!atos,!anulando!os!
ilegais,!com!prévia!autorização!do!Poder!JudiciárioB!
d)! normatividade,! que! possibilita! a! Administração! Pública! de! rever! seus! próprios! atos,!
invalidando!os!ilegais,!com!prévia!autorização!do!Poder!JudiciárioB!
e)! autotutela,! que! possibilita! a! Administração! Pública! de! rever! seus! próprios! atos,!
invalidando!os!ilegais,!sem!necessidade!de!prévia!provocação!do!Poder!Judiciário.!

35.! (FGV! –! GM! Paulínia! 2015)! Em! relação! à! invalidação! de! um! ato! administrativo!
vinculado!praticado!por!agente!público!do!Poder!Executivo!municipal,!o!ato!pode!ser:!
a)!invalidado,!por!vício!de!legalidade,!pelo!próprio!Poder!Executivo!e!pelo!Poder!JudiciárioB!
b)! invalidado! e! revogado,! respectivamente! por! questão! de! mérito! e! de! legalidade,! pelo!
próprio!Poder!Executivo!e!pelo!Poder!JudiciárioB!
c)! invalidado! e! revogado,! respectivamente! por! questão! de! mérito! e! de! legalidade,! apenas!
pelo!próprio!Poder!ExecutivoB!
d)! revogado,! por! questão! de! mérito! administrativo,! pelo! Poder! Judiciário,! ou! anulado,! por!
vício!de!legalidade,!pelo!próprio!Poder!ExecutivoB!
e)!revogado!e!anulado,!respectivamente,!por!questão!de!mérito!e!legalidade,!pelos!Poderes!
Executivo,!Legislativo!e!Judiciário.!

36.! (FGV! –! TJ/BA! 2015)! O! Secretário! Estadual! de! Educação! determinou! a! remoção! ex!
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officio!de!Mariana,!professora!de!matemática!de!colégio!estadual!situado!em!Salvador!para!
um! colégio! do! interior.! Mariana! conseguiu! reunir! provas! de! que! o! ato! administrativo! que!
determinou! sua! remoção,! em! verdade,! ocorreu! por! retaliação! e! não! para! atender! ao!
interesse!público,!já!que!são!antigos!desafetos!pessoais.!O!ato!do!Secretário!de!Educação:!
a)!não!poderá!ser!invalidado,!porque,!em!se!tratando!de!ato!discricionário,!o!agente!público!
tem!liberdade!na!valoração!de!todos!os!elementos!do!ato!administrativoB!
b)!não!poderá!ser!invalidado,!porque,!em!se!tratando!de!ato!vinculado,!basta!que!o!agente!
público!observe!as!formalidades!legais!para!a!sua!prática!e!alegue!que!atendeu!ao!interesse!
públicoB!
c)!poderá!ser!invalidado,!porque,!não!obstante!se!tratar!de!ato!discricionário,!o!agente!agiu!
com!abuso!de!poder,!por!usurpação!de!função,!com!vício!no!elemento!do!ato!administrativo!
da!formaB!

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d)!poderá!ser!invalidado,!porque,!não!obstante!se!tratar!de!ato!vinculado,!o!agente!agiu!com!
abuso! de! poder,! por! excesso! de! poder,! com! vício! no! elemento! do! ato! administrativo! da!
competênciaB!
e)!poderá!ser!invalidado,!porque,!não!obstante!se!tratar!de!ato!discricionário,!o!agente!agiu!
com!abuso!de!poder,!por!desvio!de!poder,!com!vício!no!elemento!do!ato!administrativo!da!
finalidade.!

37.! (FGV! –! DPE/MT! 2015)! José! da! Silva,! servidor! público! federal,! requereu! suas! férias,!
mediante!formulário!específico,!para!o!mês!de!junho.!Por!algum!equívoco,!seu!pedido!não!
foi! analisado! por! seu! chefe! competente! para! o! deferimento! ou! indeferimento,! mas! pelo!
encarregado!de!outro!setor,!que,!desatento,!as!deferiu.!José!da!Silva,!então,!saiu!de!férias,!
e,! no! terceiro! dia,! seu! chefe,! que! nada! sabia! a! respeito! das! férias! e,! aquela! altura,!
estranhava!a!ausência!do!zeloso!servidor,!descobriu!o!equívoco.!
Sobre!o!caso!apresentado,!assinale!a!afirmativa!correta.!
a)! José! da! Silva! deverá! retornar! ao! serviço,! tendo! em! vista! o! vício! insanável! no! ato!
administrativo!que!deferiu!as!férias.!
b)!José!da!Silva!poderá!prosseguir!com!suas!férias,!ainda!que!instado!a!retornar!ao!serviço,!
tendo!em!vista!sua!boa)fé.!
c)!É!possível!a!convalidação!do!ato!administrativo!que!deferiu!as!férias!a!José!da!Silva,!com!
efeitos!retroativos.!
d)!É!possível!a!convalidação!do!ato!administrativo!que!deferiu!as!férias!a!José!da!Silva,!sem!
efeitos! retroativos,! devendo! as! ausências! do! ! servidor! ser! descontadas! como! faltas! ao!
serviço.!
e)! Não! há! qualquer! vício! no! ato! administrativo! que! deferiu! as! férias! do! servidor,! pois! a!
competência!é!extrínseca!ao!ato.!

38.! (FGV! –! ISS! Niterói! 2015)! De! acordo! com! a! doutrina! de! Direito! Administrativo,! a!
convalidação! do! ato! administrativo! é! o! processo! de! que! se! vale! a! Administração! Pública!
para:!
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a)!anular!atos!administrativos!praticados!com!vício!de!legalidade,!com!base!na!prerrogativa!
da! autotutela,! que! possibilita! ao! agente! público! rever! seus! próprios! atos,! para! atender! ao!
ordenamento!jurídicoB!
b)! revogar! atos! administrativos! praticados! com! vício! em! seu! mérito,! por! questões! de!
oportunidade! e! conveniência,! com! base! na! prerrogativa! da! discricionariedade,! que!
possibilita!ao!agente!público!rever!seus!próprios!atosB!
c)! retificar! atos! administrativos! que,! embora! praticados! sem! quaisquer! vícios,! devem! ser!
modificados!para!melhor!atender!aos!fins!públicos!a!que!se!destinam,!com!base!no!princípio!
da!eficiênciaB!
d)!aperfeiçoar!atos!administrativos!com!qualquer!tipo!de!vício,!de!forma!a!ratificá)los!em!sua!
totalidade,!com!efeitos!ex!nunc,!isto!é,!contados!a!partir!do!momento!da!ratificação!

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e)!aproveitar!atos!administrativos!com!vícios!superáveis,!de!forma!a!confirmá)los!no!todo!ou!
em! parte,! com! efeitos! ex! tunc,! ou! seja,! retroage! ao! momento! em! que! foi! praticado! o! ato!
originário.!

39.! (FGV! –! TJ/BA! 2015)! Em! matéria! de! ato! administrativo,! é! correto! afirmar! que! a!
convalidação!do!ato:!
a)!produz!efeitos!apenas!ex!nunc,!ou!seja,!a!partir!do!momento!em!que!o!vício!foi!sanado,!
não! podendo! retroagir! em! seus! efeitos! ao! momento! em! que! foi! praticado! o! ato!
originariamenteB!
b)! é! o! processo! de! que! se! vale! a! Administração! para! aproveitar! atos! administrativos! com!
vícios!superáveis!ou!sanáveis,!de!forma!a!confirmá)los!no!todo!ou!em!parteB!
c)! ocorre! quando! a! autoridade! competente! ratifica! um! ato! praticado! indevidamente! por!
agente!administrativo!sem!poderes!para!tal,!aproveitando!necessariamente!todo!o!atoB!
d)! pressupõe! a! retificação! de! vícios! sanáveis! e! necessariamente! ocorre! sobre! todo! o! ato,!
não!podendo!ocorrer!convalidação!parcial,!hipótese!em!que!somente!caberia!a!invalidação!
do!ato!e!edição!de!um!novoB!
e)!pode!recair!sobre!todo!e!qualquer!vício!do!ato,!desde!que!seja!realizada!por!autoridade!
competente,!no!regular!exercício!de!seu!poder!discricionário.!

40.! (FGV! –! OAB! 2013)! O! Estado! X! concedeu! a! Fulano! autorização! para! a! prática! de!
determinada! atividade.! Posteriormente,! é! editada! lei! vedando! a! realização! daquela!
atividade.! Diante! do! exposto,! e! considerando! as! formas! de! extinção! dos! atos!
administrativos,!assinale!a!afirmativa!correta.!
A)!Deve!ser!declarada!a!nulidade!do!ato!em!questão.!
B)!Deve!ser!declarada!a!caducidade!do!ato!em!questão.!
C)!O!ato!em!questão!deve!ser!cassado.!
D)!O!ato!em!questão!deve!ser!revogado.!

41.! (FGV! –! OAB! 2012)! Acerca! das! modalidades! de! extinção! dos! atos! administrativos,!
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assinale!a!alternativa!correta.!
A)!A!renúncia!configura!modalidade!de!extinção!por!meio!da!qual!são!extintos!os!efeitos!do!
ato!por!motivo!de!interesse!público.!
B)!A!cassação!configura!modalidade!de!extinção!em!que!a!retirada!do!ato!decorre!de!razões!
de!oportunidade!e!conveniência.!
C)!A!revogação!configura!modalidade!de!extinção!que!ocorre!quando!a!retirada!do!ato!se!dá!
por!ter!sido!praticado!em!contrariedade!com!a!lei.!
D)!A!caducidade!configura!modalidade!de!extinção!em!que!ocorre!a!retirada!do!ato!por!ter!
sobrevindo! norma! jurídica! que! tornou! inadmissível! situação! antes! permitida! pelo! direito! e!
outorgada!pelo!ato!precedente.!

42.! (FGV! –! OAB! 2011)! A! revogação! representa! uma! das! formas! de! extinção! de! um! ato!
administrativo.!Quanto!a!esse!instituto,!é!correto!afirmar!que!

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(A)! pode! se! dar! tanto! em! relação! a! atos! viciados! de! ilegalidade! ou! não,! desde! que!
praticados!dentro!de!uma!competência!discricionária.!
(B)!produz!efeitos!retroativos,!retirando!o!ato!do!mundo,!de!forma!a!nunca!ter!existido.!
(C)!apenas!pode!se!dar!em!relação!aos!atos!válidos,!praticados!dentro!de!uma!competência!
discricionária,!produzindo!efeitos!ex!nunc.!
(D)!pode!se!dar!em!relação!aos!atos!vinculados!ou!discricionários,!produzindo!ora!efeito!ex!
tunc,!ora!efeito!ex!nunc.!

43.! (FCC! –! Procurador! TCM/GO! 2015)! Existência,! validade! e! eficácia! do! ato!
administrativo! são! conceitos! correlatos,! porém! distintos.! Esses! aspectos! interagem! e! se!
relacionam! na! análise! casuística! dos! atos! administrativos,! sendo,! contudo,! correto! afirmar!
que!a!
a)! validade! do! ato! jurídico! pode! ser! aferida! no! momento! de! seu! aperfeiçoamento,! ou! seja,!
quando! é! produzido,! muito! embora! alterações! normativas! posteriores! convidem! a!
sucessivas! reanálises! sobre! a! validade! dos! atos! cuja! produção! de! efeitos! se! perpetua! no!
tempo.!
b)! existência! é! pressuposto! dos! demais! aspectos,! na! medida! em! que! é! ela! que! atesta! a!
conformidade!do!ato!ao!ordenamento!jurídico!em!vigor.!
c)!eficácia!precede!o!exame!de!validade,!posto!que!somente!pode!ser!válido!o!ato!que!está!
apto!a!produzir!efeitos.!
d)! edição! de! um! ato! administrativo! apócrifo! o! predica! como! inválido,! mas! pode! produzir!
efeitos!jurídicos!caso!se!demonstre!que!havia!firme!propósito!em!praticá)lo.!
e)!eficácia!não!é!relevante!para!fins!de!análise!da!estrutura!do!ato!administrativo,!tendo!em!
vista! que! a! análise! da! produção! de! efeitos! é! prescindível! para! exame! dos! direitos! que!
decorrem!para!os!administrados.!

44.! (FCC! –! Manausprev! 2015)! A!Administração!pública!atua!por!meio!da!edição!de!atos!


administrativos,! de! diferentes! espécies! e! conteúdos,! que! se! relacionam.! Essa! relação! é!
válida!e!condizente!com!o!ordenamento!jurídico,!por!exemplo,!no!caso!
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a)!dos!pareceres,!que!têm!natureza!vinculada!e!veiculam!atos!de!polícia.!
b)!dos!despachos,!que!veiculam!decisões!de!natureza!declaratório)vinculadas,!tais!como!as!
autorizações!e!admissões.!
c)!dos!decretos!regulamentares,!que!veiculam!atos!de!qualquer!natureza,!como!licenças!ou!
autorizações.!
d)!dos!alvarás,!que!podem!veicular!atos!de!natureza!vinculada,!tais!como!as!licenças.!
e)!das!certidões,!atos!discricionários!que!veiculam!decisões!e!despachos.!

45.! (FCC! –! Procurador! TCM/RJ! 2015)! Foi! submetida! à! assessoria! jurídica! de!
determinada!Secretaria!Municipal!uma!proposta!de!aditivo!em!contrato!de!obra!viária,!com!
valor!que,!caso!se!tratasse!de!alteração!quantitativa,!excederia!o!limite!autorizado!pela!Lei!
nº!8.666/1993.!A!descrição!dos!serviços!descritos!como!necessários!deixavam!dúvidas!se!a!

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Direito'Administrativo'para'TJ2SC''
Técnico'Judiciário'Auxiliar'
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proposta! se! consubstanciava! em! alteração! qualitativa! ou! verdadeira! alteração! de! objeto,!
esta! que! é! vedada! por! lei,! qualquer! que! seja! o! seu! valor.! Por! outro! lado,! havia! uma! certa!
margem!de!apreciação!técnica!que!não!era!passível!de!confrontação!pelo!assessor!jurídico,!
visto! que! o! órgão! técnico! endossou! a! proposta! de! aditamento,! sob! o! fundamento! de!
superveniente!necessidade!de!adequação!técnica!na!metodologia!de!execução!da!obra.!O!
parecer! jurídico! foi,! assim,! favorável! ao! aditamento.! O! contrato! foi! executado! e! a! obra!
concluída! e! integralmente! paga.! Em! processo! de! regular! tomada! de! contas,! o! Tribunal! de!
Contas! discordou! do! entendimento! dado! ao! aditamento! e! lançou! parecer! contrário! àquela!
despesa,! recomendando! a! adoção! de! inúmeras! medidas! sancionatórias! e! de! cunho!
responsabilizatório,! inclusive! na! esfera! de! improbidade.! A! autoridade! ordenadora! de!
despesas! e! que! representou! o! Município! no! contrato,! nos! diversos! processos! a! que! foi!
submetida,!apresentou!repetida!defesa!de!que!firmou!o!aditamento!diante!de!prévia!análise!
de! viabilidade! jurídica! de! sua! assessoria.! Essa! linha! de! argumentação,! levando! em!
consideração!o!entendimento!do!Supremo!Tribunal!Federal!a!respeito!do!tema,!
a)! não! pode! ser! suficiente! para! eximir! o! gestor! público! de! sua! responsabilidade,! sendo!
adequado! considerar! a! peça! opinativa! como! subsídio! para! a! tomada! de! decisão! pelo!
administrador,! sendo! que,! em! sendo! o! parecer! desfavorável,! seria! inequívoca! a!
responsabilidade!do!administrador.!
b)!representa!entendimento!pacífico!naquele!Tribunal,!que!entende!o!parecer!jurídico!como!
sempre!vinculante!para!o!gestor!público!em!matéria!de!licitações!e!contratos,!não!permitindo!
juízo!de!decisão!sobre!a!celebração!ou!não!dos!negócios!jurídicos.!
c)! é! frontalmente! contrária! ao! entendimento! do! Tribunal,! na! medida! em! que! o! parecer!
jurídico! proferido! em! matéria! de! licitações! e! contratos! não! é! obrigatório,! de! modo! que! não!
pode!se!tornar!vinculante.!
d)! depende! da! comprovação! de! culpa! por! parte! do! parecerista,! ou! seja,! de! que! havia!
apenas!uma!solução!legal!correta!e!viável!para!o!caso!analisado,!diversa!da!sugerida!pela!
assessoria!jurídica,!o!que!eximiria!o!gestor!de!qualquer!responsabilização.!
e)! é! procedente! para! afastar! a! responsabilidade! do! gestor! nos! casos! em! que! não! há!
documentos! e! informação! técnica,! de! modo! que! a! decisão! fica! a! cargo! do! parecerista,! a!
quem!cabe!estabelecer!as!premissas!para!o!negócio!jurídico!em!questão.!
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46.! !(FCC! –! Conselheiro! Substituto! –! TCM/GO! 2015)! É! certo! que! a! Administração! se!
manifesta! por! meio! de! atos! administrativos.! No! que! concerne! ao! desfazimento! dos! atos!
administrativos!e!seus!efeitos,!é!correto!afirmar!que:!
a)! Pode! ocorrer! por! atuação! da! própria! Administração,! na! hipótese! de! estar! presente! vício!
de!legalidade,!não!sendo!possível!à!Administração,!no!entanto,!desfazer!seus!próprios!atos!
por!motivos!de!conveniência!e!oportunidade,!em!razão!do!princípio!da!segurança!jurídica.!
b)! Pode! ocorrer! por! atuação! da! própria! administração,! a! qualquer! tempo,! por! motivo! de!
legalidade,! independentemente! de! terem,! os! atos,! produzido! efeitos! favoráveis! aos!
destinatários,!sendo!que!a!invalidação,!nesse!caso,!produzirá!efeitos!ex!tunc.!
c)! Quando! presente! vício! de! legalidade,! a! Administração! tem! o! dever! de! anular! o! ato!
administrativo,! dever! este! que! encontra! limite,! sempre! que,! nos! termos! da! lei,! tenha!

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transcorrido! prazo! razoável! e! dos! atos! decorram! efeitos! favoráveis! para! destinatários! de!
boa)fé.!
d)!Em!razão!do!princípio!da!inafastabilidade!da!jurisdição,!o!Poder!Judiciário!pode!anular!os!
atos! administrativos! ilegais! e! revogar,! a! qualquer! tempo,! os! atos! administrativos!
inoportunos,!operando,!nesse!último!caso,!automático!retorno!da!situação!jurídica!ao!status!
quo!ante.!
e)! A! Administração! pode! revogar! os! atos! administrativos! por! razão! de! conveniência! e!
oportunidade!e!anular!os!atos!eivados!de!vício!de!legalidade,!no!entanto,!no!primeiro!caso,!
deve!recorrer!ao!judiciário,!porque!não!incide,!na!espécie,!a!autotutela.!

47.! (ESAF!–!PGFN!2015)!Correlacione!as!colunas!abaixo!e,!ao!final,!assinale!a!opção!que!
contenha!a!sequência!correta!para!a!coluna!II.!

COLUNA!I! COLUNA!II!

(1)! É! a! extinção! do! ato! administrativo! quando! o!


seu!beneficiário!deixa!de!cumprir!os!requisitos!que! (!)!Caducidade!
deveria!permanecer!atendendo.!

(2)! Ocorre! quando! uma! nova! legislação! impede! a!


permanência! da! situação! anteriormente! (!)!Contraposição!
consentida!pelo!poder!público.!

(3)! Ocorre! quando! um! ato,! emitido! com!


fundamento! em! determinada! competência,!
extingue!outro!ato,!anterior,!editado!com!base!em! (!)!Conversão!
competência!diversa,!ocorrendo!a!extinção!porque!
os!efeitos!daquele!são!opostos!aos!deste.!

(4)! Consiste,! segundo! orientação! majoritária,! em!


um! ato! privativo! da! Administração! Pública,!
mediante!o!qual!ela!aproveita!um!ato!nulo!de!uma!
(!)!Cassação!
determinada! espécie,! transformando)o,!
retroativamente! em! ato! válido! de! outra! categoria,!
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pela!modificação!de!enquadramento!legal.!

a)!1,!3,!4,!2!
b)!2,!3,!4,!1!
c)!3,!2,!1,!4!
d)!1,!3,!2,!4!
e)!2,!4,!1,!3!
! !

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GABARITO.

2)! E 3)! C 4)! C 5)! C


1)! C
7)! E 8)! C 9)! E 10)! C
6)! C
12)! C 13)! E 14)! C 15)! C
11)! C
17)! E 18)! E 19)! E 20)! E
16)! C
22)! C 23)! E 24)! E 25)! d
21)! E
27)! d 28)! c 29)! e 30)! a
26)! d
32)! e 33)! a 34)! e 35)! a
31)! b
37)! c 38)! e 39)! c 40)! b
36)! e
42)! c 43)! a 44)! d 45)! a
41)! d
47)! b
46)! c

.
Referências:.
Alexandrino,! M.! Paulo,! V.! Direito. Administrativo. Descomplicado.! 22ª! ed.! São! Paulo:!
Método,!2014.!
Bandeira!de!Mello,!C.!A.!Curso.de.Direito.Administrativo.!32ª!ed.!São!Paulo:!Malheiros,!
2015.!
Borges,!C.;!Sá,!A.!Direito.Administrativo.Facilitado.!São!Paulo:!Método,!2015.!
Carvalho!Filho,!J.!S.!Manual.de.Direito.Administrativo.!27ª!ed.!São!Paulo:!Atlas,!2014.!
Di!Pietro,!M.!S.!Z.!Direito.Administrativo.!28ª!ed.!São!Paulo:!Editora!Atlas,!2014.!
Furtado,!L.!R.!Curso.de.Direito.Administrativo.!4ª!ed.!Belo!Horizonte:!Fórum,!2013.!
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Knoplock,! G.! M.! Manual. de. Direito. Administrativo:. teoria. e. questões.! 7ª! ed.! Rio! de!
Janeiro:!Elsevier,!2013.!
Justen! Filho,! Marçal.! Curso. de. direito. administrativo.! 10ª! ed.! São! Paulo:! Revista! dos!
Tribunais,!2014.!
Marrara,!Thiago.!As!fontes!do!direito!administrativo!e!o!princípio!da!legalidade.!Revista.
Digital.de.Direito.Administrativo.!Ribeirão!Preto.!V.!1,!n.!1,!p.!23h51,!2014.!
Meirelles,!H.!L.!Direito.administrativo.brasileiro.!41ª!ed.!São!Paulo:!Malheiros,!2015.!
Scatolino,!G.!Trindade,!J.!Manual.de.Direito.Administrativo.!2ª!ed.!JusPODIVM,!2014.!
!

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