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PATO BRANCO
2016
DOUGLAS DALTON GEHLEN
PATO BRANCO
2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu falecido pai Ivanir Antônio Gehlen, por ter me ensinado a correr
atrás dos meus objetivos, a acreditar na minha capacidade e a ter me ensinado a ser
uma pessoa de princípios.
Agradeço a minha mãe Thania Maria Caminski Gehlen e a minha irmã Juliana Cristina
Gehlen, por terem acreditado e lutado comigo, nesse difícil trajeto.
Aos amigos Juliano da Silva Loff, Emanuel Rogério Padia e Tatiane Braz, por terem
acreditado e ajudado, cada um de sua maneira, a concretizar este sonho.
“Não creio que haja uma emoção, mais intensa para um inventor do que ver suas
criações funcionando. Essa emoção faz você esquecer de comer, de dormir,
de tudo. ”
Nikola Tesla
RESUMO
Foundations are structures responsible for receiving the loads of the superstructure
and transmitting them to the ground. The objective of this work is to size and compare
foundations in Franki, Continuous Propeller and Strauss stakes for a building located
in the city of Pato Branco, PR, indicating in the end the most technically and
economically viable solution. The work carried out a bibliographical research on
foundations, borings and soils, dimensioned the stakes geometrically, promoted the
sizing of the blocks through software, and elaborated the budget for the different
solutions. At the end, the comparative study was performed analyzing costs, executive
schedules, construction processes, and equipment mobilization. It was verified,
through the comparative realized that, for the conditions of this project, the cuttings
type Franki are the most viable option technically and economically. Through the work
carried out, it was possible to establish a calculation route for deep foundations, as
well as to determine the best alternative for the building under study.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 7
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 7
1.1.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 7
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 9
2.1 O MATERIAL SOLO NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................. 9
2.1.1 Histórico...... ....................................................................................................... 9
2.1.2 Características ................................................................................................. 10
2.2 INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICAS E GEOTÉCNICAS ....................................... 11
2.2.1 Sondagens.. ..................................................................................................... 12
2.2.1.1 Standard Penetration Test............................................................................. 13
2.2.2 Programação de Sondagens ............................................................................ 17
2.3 FUNDAÇÕES ...................................................................................................... 19
2.3.1 Fundações Superficiais .................................................................................... 20
2.3.2 Fundações Profundas ...................................................................................... 21
2.3.2.1 Estaca Franki ................................................................................................ 21
2.3.2.2 Estaca Hélice Contínua ................................................................................. 27
2.3.2.3 Estaca Strauss .............................................................................................. 33
2.3.3 Capacidade de Carga Axial de Estacas ........................................................... 36
2.3.3.1 Métodos Semi-empíricos ............................................................................... 37
2.3.3.2 Aoki e Velloso ................................................................................................ 38
2.4 ORÇAMENTO ..................................................................................................... 40
2.4.1 Blocos sobre Estacas ....................................................................................... 41
2.4.1.1 Escavação ..................................................................................................... 41
2.4.1.2 Fôrmas...........................................................................................................41
2.4.1.3 Armaduras ..................................................................................................... 42
2.4.1.4 Concreto... ..................................................................................................... 43
2.4.1.5 Lançamento de Concreto .............................................................................. 43
2.4.2 Estacas....... ...................................................................................................... 44
2.4.2.1 Franki..............................................................................................................44
2.4.2.2 Hélice Contínua ............................................................................................. 46
2.4.2.3 Strauss........................................................................................................... 48
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 50
3.1 ETAPAS DO TRABALHO .................................................................................. 50
4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 53
4.1 DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO ................................................................................ 53
4.2 ANÁLISE DE LAUDO DE SONDAGEM ............................................................. 54
4.3 DIMENSIONAMENTO DAS ETACAS ................................................................ 55
4.3.1 Diâmetros Adotados ......................................................................................... 55
4.3.2 Capacidade de Carga Axial .............................................................................. 55
4.4 ESTAQUEAMENTO E DIMENSIONAMENTO DE BLOCOS ............................. 60
4.4.1.1 Estacas Franki ............................................................................................... 61
4.4.1.2 Estacas Hélice Contínua ............................................................................... 63
4.4.1.3 Estacas Strauss ............................................................................................ 65
4.5 ORÇAMENTO ..................................................................................................... 69
4.6.1 Estacas Franki .................................................................................................. 74
4.6.2 Estaca Hélice Contínua .................................................................................... 74
5 ANÁLISE DE RESULTADOS E CONCLUSÃO ..................................................... 76
5.1 COMPARATIVO .................................................................................................. 76
5.2 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................... 79
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 82
7 APÊNDICES ........................................................................................................... 84
8 ANEXOS .............................................................................................................. 103
6
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1.1 Histórico
2.1.2 Características
2.2.1 Sondagens
2.3 FUNDAÇÕES
Segundo a NBR 6122, item 3.1, fundações superficiais (rasas ou diretas), são
elementos estruturais onde a carga é transferida ao solo pelas tensões distribuídas
sob a base da fundação. A profundidade de assentamento da base em relação ao
terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a sua menor dimensão (ABNT,
2010).
Em relação aos tipos de fundações superficiais, a NBR 6122 define:
Bloco – elemento de fundação de concreto simples, dimensionado para
que as tensões de tração do elemento sejam resistidas pelo concreto, sem
a necessidade de armadura;
Sapata – elemento de fundação em concreto armado, dimensionado para
que as tensões de tração do elemento sejam absorvidas por armadura;
Sapata corrida – elemento de fundação sujeito a carga distribuída
linearmente, ou ainda, de pilares ao longo de um mesmo alinhamento;
Sapata associada – elemento de fundação comum a mais de um pilar;
Radier – elemento de fundação que abrange parte ou todos os pilares de
uma estrutura, distribuindo seus carregamentos (ABNT, 2010).
21
De acordo com a NBR 6122, item 3.7, fundações profundas são elementos
estruturais onde a carga é transmitida ao solo pela base (resistência de ponta), por
atrito lateral (resistência de fuste) ou pela combinação de ambas. Sua base deve estar
assentada a uma profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta,
e no mínimo a três metros de profundidade (ABNT, 2010).
Em relação aos tipos de fundações profundas, a NBR 6122 estabelece:
Estaca – elemento de fundação executado por equipamentos e
ferramentas, sem que, em qualquer etapa de sua execução, haja descida
de pessoas. Os materiais empregados podem ser aço, madeira, concreto
pré-moldado ou moldado in loco, ou por suas combinações;
Tubulão – elemento de fundação escavado no solo, onde em pelo menos
na sua etapa final, há descida de pessoas para o alargamento de sua base
ou limpeza do fundo da escavação, sendo que neste tipo de fundação as
cargas são transmitidas preponderantemente pela ponta (ABNT, 2010).
A estaca tipo Franki foi concebida a mais de 85 anos pelo engenheiro Edgar
Frankignoul na Bélgica. Dele, partiu-se a ideia de se cravar um tubo no terreno pelo
impacto de golpes de um pilão de queda livre numa bucha, de concreto seco ou seixo
rolado compactado, colocada dentro da extremidade inferior do tubo (HACHICH,
1998).
A estaca Franki foi muito bem aceita devido a sua qualidade e custo vantajoso,
pois, devido a sua base alargada, a estaca final apresenta comprimentos menores de
fuste, sendo que a concretagem da mesma ocorre apenas no comprimento necessário
(ultrapassando pouco a cota prevista de arrasamento) (VELLOSO; LOPES, 2010).
As etapas do processo original de execução de uma estaca Franki (Figuras 4
e 5), são:
Cravação do tubo: posiciona-se o tubo verticalmente, ou segundo a
inclinação prevista para a estaca, em seguida derrama-se em seu interior
22
As estacas tipo Franki são executadas a fim de e obter bitolas finais do fuste
de 300 mm, 350 mm, 400 mm, 450 mm, 520 mm, 600 mm e 700 mm (JOPPERT
JUNIOR, 2007).
Conforme apresentado, a estaca Franki é implantada no solo através da
cravação do tubo de revestimento. O controle de cravação é feito através do registro
da energia mecânica despendida para isso. A energia é obtida pela expressão (1):
𝐸 = 𝑛×𝑃×ℎ (1)
Onde:
E – Energia de cravação (kN x m);
n – Número de golpes para a cravação de 50 cm do tubo;
P – Peso do pilão (kN);
h – Altura de queda do pilão (m) (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Na obra obtém-se o diagrama de cravação. Esta ferramenta de controle
determina o número de golpes necessários para se cravar 50 cm do tubo para um
pilão de peso (P) caindo de uma altura (h) (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Os pilões devem possuir peso e dimensões de acordo com a Tabela 1:
Para se cravar o tubo, o pilão deve ser elevado a alturas entre 5,00 e 7,00
metros, sempre se verificando a integridade da bucha durante a cravação, através de
uma marca feita no cabo, (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Conclui-se a cravação quando se obtém a energia mínima em dois trechos
consecutivos de 50 cm (JOPPERT JUNIOR, 2007).
25
As negas das estacas são obtidas pela cravação de 10 golpes do pilão caindo
de uma altura fixa de 1,00 metro e um único golpe do pilão caindo de uma altura de
5,00 metros (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Após a cravação deve-se sempre conferir o levantamento das estacas
próximas (JOPPERT JUNIOR, 2007).
A base alargada das estacas Franki deve ser executada de modo que se
atendam o volume e a energia mínima, obtida através da expressão (1), especificados
na Tabela 3:
A estaca tipo Strauss é uma estaca de concreto moldada in loco que requer um
equipamento relativamente simples. A qualidade deste tipo de estaca é reflexo direto
da equipe que a executa (VELLOSO; LOPES, 2010).
São executadas com o uso de revestimento metálico recuperável, de ponta
aberta, o qual permite a escavação do solo em seu interior com o auxílio de uma
sonda, também chamada de piteira (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Os equipamentos utilizados para a execução das estacas tipo Strauss são
(figura 4):
Tripé de madeira ou aço;
Guincho de 1 tf acoplado a um motor a explosão ou elétrico;
Sonda de percussão munida de válvula em sua extremidade para a
retirada de terra;
Soquete com peso entre 150 e 300 quilos;
Tubo de revestimento metálico com elementos de 2,00 a 3,00 metros de
comprimento, rosqueáveis entre si;
Guincho manual para retirada da tubulação;
Roldanas, cabos e demais ferramentas (JOPPERT JUNIOR, 2007).
O diâmetro das tubulações utilizadas para a execução das estacas, bem como
o diâmetro final das estacas (nominal), são indicados na Tabela 5:
34
𝑅𝑡 = 𝑅𝑝 + 𝑅𝑙 (2)
Onde:
Rt – resistência total (Kg ou tf ou kN);
Rl – resistência lateral (Kg ou tf ou kN);
Rp – resistência de ponta (Kg ou tf ou kN) (JOPPERT JUNIOR, 2007).
A resistência lateral é calculada conforme a equação (3):
𝑅𝑙 = 𝑟𝑙×𝑈𝑙×𝐿 (3)
Onde:
rl – resistência unitária lateral (kg/cm² ou tf/m² ou kN/m²);
Ul – perímetro lateral da estaca (cm ou m);
L – profundidade da estaca (cm ou m) (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Por fim, a resistência de ponta é calculada através da equação (4):
𝑅𝑝 = 𝑟𝑝×𝐴𝑝 (4)
Onde:
rp – resistência unitária de ponta (kg/cm² ou tf/m² ou kN/m²);
Ap – área da ponta da estaca (cm² ou m²) (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Percebe-se que os métodos visam estimar a resistência unitária lateral e a
resistência unitária de ponta, sendo os demais parâmetros, características
geométricas da estaca (JOPPERT JUNIOR, 2007).
38
(𝑞𝑐×α)
𝑟𝑙 =
𝐹2
(5)
𝑞𝑐
𝑟𝑝 =
𝐹1
(6)
Onde:
qc – resultado médio da resistência de ponta do cone de ensaio de CPT da
camada de solo em análise;
α – fator de correção da resistência de ponta e resistência lateral do cone de
ensaio CPT (depende do tipo de solo);
F1 e F2 – coeficientes que dependem do tipo de estaca (JOPPERT JUNIOR,
2007).
Os valores dos coeficientes F1 e F2 são apresentados na Tabela 6 (JOPPERT
JUNIOR, 2007):
1
AOKI, N.; e VELLOSO, D. A. An approximate method to estimate the bearing capacity of piles. In: PAN
AMERICAN CSMFE, 5., 1975, Buenos Aires. Proceedings ... Buenos Aires, 1975. v. 1, p. 367-376.
39
𝑅𝑙 = ∑𝑖×(𝑟𝑙𝑖×𝑈×𝛥𝐿𝑖) (7)
𝑞𝑐 = 𝐾×(𝑆𝑃𝑇) (8)
Onde:
SPT – NSPT da camada em análise (JOPPERT JUNIOR, 2007).
Conforme apresentado acima, o método utiliza-se dos coeficientes K e α que
variam de acordo com o solo, seus valores são apresentados na Tabela 7 (JOPPERT
JUNIOR, 2007):
40
𝑅𝑡
𝑅𝑎𝑑𝑚 =
2,0
(9)
Vale a pena salientar que, o fator de segurança 2,0, mostrado na equação (9)
está de acordo com o estabelecido pela NBR 6122, item 6.2.1.2.1.
2.4 ORÇAMENTO
2
AOKI, N.; e VELLOSO, D. A. An approximate method to estimate the bearing capacity of piles. In: PAN
AMERICAN CSMFE, 5., 1975, Buenos Aires. Proceedings ... Buenos Aires, 1975. v. 1, p. 367-376.
41
2.4.1.1 Escavação
2.4.1.2 Fôrmas
2.4.1.3 Armaduras
2.4.1.4 Concreto
3
Concreto com resistência característica de 20 Mpa.
44
2.4.2 Estacas
2.4.2.1 Franki
4
Composição adaptada para o uso de concreto preparado em obra, utilizado nos blocos.
46
2.4.2.3 Strauss
5
Composição adaptada para o uso de concreto rodado em obra, utilizado nos blocos.
49
3 METODOLOGIA
tipo Franki, Hélice Contínua e Strauss, visto que, na cidade de Pato Branco-PR,
verificou-se, através de conversas com empresas do ramo de fundações e
profissionais da área que, muitas são as edificações que se utilizaram de estacas
Franki e Strauss em suas fundações, porém, algumas poucas se utilizam de estacas
do tipo Hélice Contínua, o que fomentou o comparativo entre esses tipos de estaca.
Na segunda etapa, realizou-se a análise e levantamento de dados a partir do
laudo de sondagem do terreno de implantação do edifício em estudo, onde foram
obtidas informações necessárias ao projeto de fundações como, níveis d’água, tipos
de solo e profundidade dos furos.
A partir dos dados levantados no laudo de sondagem, a terceira etapa desse
trabalho contemplou o dimensionamento geométrico de estacas do tipo Franki, Hélice
Contínua e Strauss, para o edifício em estudo, utilizando-se do método proposto por
Aoki e Velloso para a determinação da capacidade de carga axial de estacas a partir
de ensaios in situ (CPT e SPT). Para se obter melhores resultados no estaqueamento,
optou-se em dimensionar as estacas, adotando-se três diâmetros comerciais para
cada uma das alternativas.
De posse da capacidade de carga axial das estacas, a quarta etapa desse
trabalho realizou o dimensionamento estrutural dos blocos sobre estacas através do
software de cálculo estrutural Eberick V96, onde foram geradas as plantas de locação
dos blocos e os quantitativos de materiais. Através do programa, realizou-se o
cadastramento das estacas dimensionadas e determinou-se condições para a
realização do estaqueamento como, distribuição de estacas buscando blocos de
menor área, espaçamento entre estacas, cobrimento mínimo dos blocos e altura
mínima dos blocos.
De posse das plantas de locação e dos quantitativos dos materiais, a quinta
etapa desse trabalho contemplou o orçamento das soluções apresentadas. O
orçamento, referente às estacas, utilizou-se de composições geradas através do
Gerador de Preços da CYPE. Quanto ao orçamento dos blocos, esse utilizou-se de
composições obtidas através da Paraná Edificações. Os custos referentes a execução
das estacas e a mobilização dos equipamentos necessários, foram levantados junto
6
Software produzido por S3ENG Tecnologia Aplicada à Engenharia S/A, Licença 77076-8 de propriedade de
Jairo Trombetta.
52
4 ESTUDO DE CASO
𝐿 = 1,00 𝑚
𝑆𝑃𝑇 = 3
𝐾 = 220 𝑘𝑃𝑎
α = 0,04
𝐴 = 0,1590 𝑚²
𝑈𝑙 = 1,41 𝑚
𝑉𝑏 = 360 𝑙
𝐴𝑝 = 0,6118 𝑚²
𝐹1 = 2,5
𝐹2 = 5,0
𝑞𝑐 = 𝐾×(𝑆𝑃𝑇) (8)
𝑞𝑐 = 220×(3)
𝑞𝑐 = 660 𝑘𝑃𝑎
(𝑞𝑐×α)
𝑟𝑙 =
𝐹2
(5)
(660×0,04)
𝑟𝑙 =
5
𝑟𝑙 = 5,28 𝑘𝑃𝑎
𝑞𝑐
𝑟𝑝 =
𝐹1
(6)
660
𝑟𝑝 =
2,5
𝑟𝑝 = 264 𝑘𝑃𝑎
𝑅𝑙 = 𝑟𝑙×𝑈𝑙×𝐿 (3)
𝑅𝑙 = 5,28×1,41×1,00
𝑅𝑙 = 7,46 𝑘𝑁
𝑅𝑝 = 𝑟𝑝×𝐴𝑝 (4)
𝑅𝑝 = 264×0,6118
𝑅𝑝 = 161,52 𝑘𝑁
𝑅𝑡 = 𝑅𝑝 + 𝑅𝑙 (2)
𝑅𝑡 = 161,52 + 7,46
𝑅𝑡 = 168,98 𝑘𝑁
𝑅𝑡
𝑅𝑎𝑑𝑚 =
2,0
(9)
168,98
𝑅𝑎𝑑𝑚 =
2,0
𝑅𝑎𝑑𝑚 = 84,49 𝑘𝑁
7
Valor recomendado por Alonso, Exercícios de Fundações, 2010, p. 76.
8
Valor superior ao indicado na NBR: 6118, 2014, item 7.4, Tabela 7.2, p. 20.
61
Como visto acima, não se fez uso estacas de 40 cm de diâmetro. Isso se deve
a capacidade de carga da mesma, que, quando utilizada, resultava em um maior
número de estacas e, consequentemente, blocos de maior área.
4.5 ORÇAMENTO
Tabela 37 – Materiais
Materiais para a execução de estacas e blocos Und. Preço (R$)
Aço CA-50 10,0 mm kg 3,20
Aço CA-50 20,0 mm kg 2,85
Aço CA-60 5,0 mm kg 3,18
Arame recozido 18 BWG kg 7,70
Areia média sem frete m³ 56,00
Brita n° 1 sem frete m³ 42,00
Cimento Portland composto CP-II 32 kg 0,48
Concreto usinado bombeável C20 com brita n° 0 m³ 318,75
Espaçador de armaduras plástico und 0,12
Peça de madeira nativa regional (1x4”) n/ aparelhada m 1,37
Prego 18 x 27 kg 7,25
Tábua de madeira de 2ª (1x12”) n/ aparelhada m 8,07
Fonte: SINAPI (2016).
Tabela 39 – Equipamentos
Equipamentos Und. Preço (R$)
Betoneira 600l h 1,24
Caminhão basculante carga 12 t h 126,86
Caminhão bomba estacionado na obra h 384,47
Vibrador de imersão h 1,08
Fonte: SINAPI (2016).
9
Considerado para as estacas aço CA-50, bitola de 20,0 mm.
73
10
Para o cálculo do volume de solo foi considerado uma taxa de empolamento de 40%.
76
5.1 COMPARATIVO
221,095.58
152,531.00
144,054.65
109,701.13
64,040.93
37,829.87
13,000.00
5,000.00
11
Valor médio repassado por empresa (Fungeo, Fundações e Geologia).
78
Branco-PR, no que diz respeito a fundações profundas, muitos são os edifícios que
se utilizam de fundações em estaca tipo Franki e Strauss, enquanto, alguns poucos
se utilizam de fundações em estacas do tipo Hélice Contínua. O objetivo deste
trabalho foi dimensionar e comparar fundações em estacas do tipo Franki, Hélice
Contínua e Strauss, buscando encontrar ao final, a solução mais viável técnica e
economicamente para o caso em estudo.
O trabalho realizou revisão bibliográfica sobre fundações, solos e sondagens,
onde foi possível conhecer o material solo e sua influência nas estruturas de
fundações, métodos de sondagens para o reconhecimento do solo, os processos
executivos e as características das estacas tipo Franki, Hélice Contínua e Strauss, os
métodos de cálculo da capacidade de carga de estacas e toda a normativa envolvida
para a concepção de projetos de fundações.
A análise e interpretação do laudo de sondagens foi realizada com êxito,
levantando dados de grande importância ao projeto de fundações como níveis d’água,
tipos de solo, NSPT das camadas. A correta análise se deu devido ao conhecimento
adquirido através da revisão bibliográfica.
O dimensionamento geométrico das estacas tipo Franki, Hélice Contínua e
Strauss foi realizado sem grandes dificuldades, uma vez que os dados necessários
para se utilizar o método proposto por Aoki e Velloso, foram levantados a partir da
análise do laudo de sondagens. A única dificuldade encontrada nesta etapa, foi a falta
de critério específico para a determinação da cota de assentamento de estacas na
bibliografia, quando se utiliza mais de um único furo de sondagem, sendo então
dimensionadas as estacas para todos os furos (SP1 à SP5), até a cota da última
camada de ensaio de cada um, adotando ao final as estacas com menor capacidade
de carga axial, buscando a pior situação de projeto.
O dimensionamento dos blocos via software ocorreu sem nenhum problema,
atendendo as recomendações da bibliografia, bem como da normativa vigente, sendo
todo o aporte necessário para o compreensão e domínio do software fornecidos pelo
engenheiro civil Jairo Trombetta.
O orçamento das soluções, ocorreu utilizando-se de composições obtidas
através da Paraná Edificações e do Gerador de Preços CYPE, buscando se aproximar
ao máximo dos valores praticados no mercado. Porém, sabe-se que, empresas
81
6 REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 6484 – Solo- Sondagens de simples reconhecimento com SPT- Método
de ensaio. Rio de Janeiro, 2001.
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício até sua cobertura: Prática da construção civil.
2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1977.
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações: fundamentos. V.1.
6. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
83
HACHICH, Waldemar (ed.) et al. Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Pini,
1998.
SOUZA, Karine Cunha de. Configurando estacas no Eberick. 2013. Disponível em:
<http://faq.altoqi.com.br/content/232/257/pt-br/configurando-estacas-no-
eberick.html>. Acesso em: 15 de out. 2016.
TCPO. TCPO 12: Tabela de composições de preços para orçamentos. 12. ed. São
Paulo: Pini, 2003.
.
84
7 APÊNDICES
Peso total (kg) Vol. concreto total (m³) Área de forma total (m²)
CA – 50 2068.7 C20 32.9 163.71
CA – 60 194.1
90
Peso total (kg) Vol. concreto total (m³) Área de forma total (m²)
CA – 50 2976.4 C20 68.4 255.88
CA – 60 270.7
96
Peso total (kg) Vol. concreto total (m³) Área de forma total (m²)
CA – 50 3085.2 C20 168.8 359.94
CA – 60 791.6
103
8 ANEXOS