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ANELISE DICK
ERICA KELLY SCHLLEMER
GIANA RACHINSKI D’AGOSTINI
LUANNA LIRIO BIESEK
JUAN VARASCHIN LINK
CONSTRUÇÕES METÁLICAS
PATO BRANCO
2017
ANELISE DICK
ERICA KELLY SCHLLEMER
GIANA RACHINSKI D’AGOSTINI
LUANNA LIRIO BIESEK
JUAN VARASCHIN LINK
PATO BRANCO
2017
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6
2. EDIFICAÇÃO .......................................................................................................... 7
2.1 DADOS DA EDIFICAÇÃO ..................................................................................... 7
2.2 RESPONSÁVEIS PELA EDIFICAÇÃO ................................................................. 8
2.3 ARQUITETURA ..................................................................................................... 9
3. SISTEMA ESTRUTURAL ...................................................................................... 13
3.1 FUNDAÇÕES ...................................................................................................... 13
3.2 ESTRUTURA ...................................................................................................... 15
3.3 LIGAÇÕES .......................................................................................................... 26
3.4 SUSTENTABILIDADE ......................................................................................... 28
4. CENTRO INTERNACIONAL DE MÍDIA DA PHOENIX TV .................................... 31
4.1 DADOS DA EDIFICAÇÃO ................................................................................... 31
4.2 ARQUITETURA ................................................................................................... 33
4.3 ESTRUTURA ...................................................................................................... 34
4.4 LIGAÇÕES .......................................................................................................... 35
4.5 SUSTENTABILIDADE ......................................................................................... 36
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 37
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 38
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1. INTRODUÇÃO
2. EDIFICAÇÃO
2.3 ARQUITETURA
conceito tão difundido e defendido na China, Feng Shui traduzido ao literal seriam
vento e água, que se caracteriza como uma filosofia que busca sempre manter
energias positivas nos ambientes e redirecionar as negativas, para que se tornem
positivas.
Um dos objetivos da equipe responsável pelo projeto em questão foi tentar
obter o máximo possível de espaço livre, pelo fato de o edifício se caracterizar por
um comércio, sendo um parte utilizada pelo próprio Banco da China, e o restante foi
alugado como salas comerciais para diversos fins. Esse fim foi atingido com sucesso
pelo fato de todo o prédio ser resistido por quatro colunas que ficam nos quatro
cantos do edifício, e por uma quinta coluna colocada no centro da edificação no 25º
andar, pois como as torres são de diferentes alturas, uma coluna central teve que
ser colocada para substituir a coluna que não existe mais, proveniente de uma torre
que acabou.
O Banco da China foi considerado o edifício mais agressivo do mundo pelo
Feng Shui, pelo fato de que as diagonais que ficam aparentes na fachada do prédio
formarem um ‘X’, o que para os chineses significa morte. Até foi um detalhe no qual
os arquitetos trabalharam para que esse formato ficasse mais próximo de um
diamante e não um ‘X’ para que a fachada não ficasse tão agressiva e ameaçadora.
Outro fato que o caracteriza como agressivo são as bordas do edifício que formam
cantos vivos, o que nessa cultura pode significar setas de veneno ou um ataque
para onde esses cantos apontam. Na China, o Feng Shui é levado extremamente a
sério, pois funciona mais como uma filosofia de vida do que apenas como um
conceito, portanto era importante tentar respeitar ao máximo as recomendações
impostas pelo Feng Shui.
A fachada do edifício, a qual é composta pelos vidros laminados reflexivos,
durante o dia reflete o céu e suas variações, e a noite, reflete as luzes da
movimentada cidade de Hong Kong. Toda essa fachada gera um edifício com o
visual mais futurista e moderno.
No 25º andar foi construído um átrio multi-piramidal, conforme a Figura 2,
percorrendo mais 17 andares para baixo, sua principal função seria iluminar a torre
com luz natural, esse átrio consegue iluminar até o 3º andar da construção.
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Existe um deck no 43º andar para visita, aberta ao público, promovendo belas
vistas.
Por fim, o Banco da China é rodeado por um passeio largo para pedestres e
por alguns jardins com água, como é demonstrado na Figura 3, que servem
principalmente para quebrar um pouco esse clima de cidade grande e movimentada,
aliviando também o ruído proveniente do movimento.
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3. SISTEMA ESTRUTURAL
3.1 FUNDAÇÕES
3.2 ESTRUTURA
A estrutura é composta por 4 torres triangulares, onde cada uma atinge uma
altura diferente no seu quadrante, desta maneira as plantas vão se alterando
conforme a altura da edificação, conforme pode ser verificado na figura 7segundo
Hernández (2012) essas plantas são modificadas a cada 12 andares.
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A estrutura é sustentada por 4 colunas uma em cada canto até o 25º andar, a
partir do qual inicia uma 5ª coluna que se estende até topo da composição. A carga
desta 5º coluna é transferida para as colunas de canto no 25º andar. Essas colunas
são compostas por enormes perfis I reforçados com concreto, pode-se destacar
ainda que essas colunas possuem geometria irregular conforme pode ser observado
na figura 9 b– e.
Taranath (1998) relata que a quinta coluna composta no centro do prédio
começa no 25º andar e se estende até o topo, no 25º pavimento a carga do pilar
central principal é distribuído para os pilares de canto que se estendem até a
fundação, os pilares de canto são de dimensões enormes e possuem materiais
mistos sendo de concreto e aço chegando a mais de 4x7 metros de área de seção.
Conforme chega perto do 25º pavimento os pilares tendem a ter maior área de aço
na seção mista.
Assimetria da estrutura causa excentricidades nas colunas o que poderia
causar flexão, mas segundo Robertson (apud Christie, Krause e Wright, 2017)
quando se tem mais de uma linha de excentricidade que são unidas por um
mecanismo consegue-se neutralizar essas excentricidades e eliminar a flexão, desta
maneira a estrutura poderá ser mais leve e eficiente que uma estrutura convencional
de aço.
De acordo com Millais (2005), o edifício é composto por cinco ‘prédios’ de
doze pavimentos ‘empilhados’, cada um suportado pela megaestrutura. Abaixo de
cada ‘prédio’ de doze andares encontra-se um andar treliçado, conforme pode ser
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Figura 11 - Grafico de comparação das forças cisalhantes em prédios altos para algumas cidades
importantes e por terremotos em Los Angeles
Fonte: Konh; Katz(2002)
Figura 12 - Distribuição das cargas horizontais da face sudeste para toda estrutura
Fonte: Christie, Krause e Wright (2017)
Esses ventos que atingem a estrutura lateralmente, causam pressões que vão
aumentando gradativamente conforme podemos verificar na figura 13, sendo que
essas cargas são resistidas pelas treliças conforme constatado na figura 14,
ressaltando que essas treliças resistem simultaneamente as cargas horizontais e
verticais.
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Figura 15–Estrutura 3D com cargas laterais aplicadas, gráficos de momento fletor e esforço cortante
Fonte: Nichols (2008)
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3.3 LIGAÇÕES
3.4 SUSTENTABILIDADE
A edificação possui 65 mil metros quadrados de área total e com uma altura
de 55m, 12 andares, e 15 metros de subsolo, 3 andares. Desses 65 mil metros
quadrados de área total da construção, 41630 metros quadrados acima do subsolo e
33738 metros quadrados de área subterrânea.
Está localizada na área sudoeste do Parque Chaoyang. A concepção do
projeto do centro internacional de mídia da Phoenix TV iniciou em 2008 sendo
realizado pelo BIAD-UFo (Beijing Institute of Architectural Design – Un-Forbidden
office), o que foi um marco para a arquitetura chinesa. Pois uma obra desse
tamanho e de tal influência, não foi realizada por um arquiteto estrangeiro, mas sim
por uma equipe de arquitetos japoneses, que é a BIAD-UFo, sendo o principal Shao
Weiping.
A construção durou aproximadamente 3 anos, tendo início em 2009 e fim em
2012 e custou cerca de 850 milhões de Yuan, que é a moeda chinesa.
O centro de mídia da Phoenix TV é uma obra mista formada de concreto e
aço. Sendo os edifícios formados de concreto e a fachada formada de aço com
painéis de vidro. Os espaços internos a leste e a oeste, como segue a imagem a
seguir, os quais formam os espaços abertos já mencionados, são compostos por
rampas e plataformas de paisagens o que proporciona dinamicidade ao ambiente.
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4.2 ARQUITETURA
4.3 ESTRUTURA
A estrutura pode ser dividida em duas partes: a primeira é a parte interna, que
é construída em concreto, e que corresponde aos edifícios, já a segunda é a parte
externa, que é fabricada em aço, que proporciona ao edifício uma fachada moderna.
A fachada é uma dupla camada composta por teias de aço entrelaçadas
(Figura 28) e coberta com 3800 painéis de vidro, cada qual com dimensões
diferentes, e, além disso, seu formato liso e arredondado diminui os efeitos
causados pela força do vento.
Essa forma dos perfis de aço não são apenas para fins arquitetônicos, elas
tem um fim estrutural também. A teia que a fachada de aço forma, faz que ocorra um
alívio de tensões entre todos os perfis de aço. Ocorrendo acumulo de tensões
apenas nas conexões.
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4.4 LIGAÇÕES
4.5 SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade do centro internacional de mídia da Phoenix TV foi
pensada em vários aspectos. Inicialmente, o edifício foi dividido em norte e sul para
que a iluminação solar se desse de forma igual tanto no prédio sul tanto quanto no
prédio norte, diminuindo assim custos elevados com iluminação artificial. Nesse
mesmo aspecto, de divisão norte e sul, foi levado em conta a ventilação da
edificação.
Sobre a coleta da água da chuva, ela não é feita de modo convencional. É
feita pela própria superfície da edificação. A água escorre na naturalmente pela
fachada e escorre até os tanques de coleta, nos quais a água coletada será filtrada e
posteriormente utilizada na irrigação das plantas e para fins decorativos.
Já sobre o conforto térmico do edifício, a “casca” que envolve todo o resto da
edificação gera um bom desempenho térmico durante todo o ano, sendo no verão
ou no inverno. Essa casca é formada por uma dupla camada de vidros, favorecendo
uma maior comodidade térmica.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Torre do Banco da China foi uma junção de alguns tipos de estruturas, que
deram origem ao arranha-céu mais alto da Ásia por três anos após a sua finalização.
A obra reuniu os conceitos da estrutura de tubos “empacotados”, que são
tubos agrupados, e também de treliças espaciais. O resultado disso foram quatro
tubos triangulares agrupados, que trabalham como um só, e um sistema de
travamentos que confere maior rigidez, e, por isso, menores deflexões, amenizando
as altas forças oriundas do vento, e assim transferindo apenas uma pequena parcela
desses esforços às megacolunas e consequentemente as fundações, o que torna a
estrutura menos robusta e mais leve.
Pelo edifício possuir poucas colunas consegue-se um melhor aproveitamento
dos espaços internos que valoriza a salas e como a estrutura é leve gastou-se muito
menos na construção do que seria necessário para uma estrutura em aço comum.
Na a época de sua construção a sua moderna fachada reflexível em vidro e
alumínio e seu formato pontiagudo teve grande repercussão entre os chineses que
seguem na filosofia do Feng Shui, que por algum tempo consideraram o banco como
sendo uma ameaça aos outros edifícios aos quais seus cantos afiados apontam.
Mesmo após duas décadas a Torre do Banco da China pode ser considerada
uma estrutura moderna e com um arranjo estrutural eficiente e econômico.
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REFERÊNCIAS
ARGUS MEDIA PVT LTD (Ed.). Bank of China Tower, Hong Kong. Disponível em:
<http://www.builtconstructions.in/OnlineMagazine/Bangalore/Pages/Bank-Of-China-
Tower,-Hong-Kong-609.aspx>. Acesso em: 18 maio 2017.
FARMER, Hugh. The Construction of the Bank Of China Tower – don’t look
down.2015. Disponível em: <http://industrialhistoryhk.org/construction-bank-china-
tower-dont-look/>. Acesso em: 17 maio 2017.
HERNÁNDEZ, José Miguel. Bank of China Tower, Hong Kong, China, 1985 —
1990. Disponível em: <http://www.jmhdezhdez.com/2013/07/bank-of-china-tower-
hong-kong-drawings.html>. Acesso em: 16 maio 2017.
KOHN, A. Eugene; KATZ, Paul. Building Type Basics for Office Buildings. Nova
York: John Wiley & Sons, 2002. 294 p. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=b3cPTXec89kC&hl=pt-
BR&source=gbs_navlinks_s>. Acesso em: 16 maio 2012.
MILLAIS, Malcolm. Building Structures: From concepts to design. 2. ed. Usa And
Canada: Taylor & Francis, 2005.
NICHOLS, Anne. Bank of China Hong Kong: Texas: Texas A&m University, 2008.
32 slides, color. Disponível em:
<http://faculty.arch.tamu.edu/media/cms_page_media/4433/BankofChina.pdf>.
Acesso em: 15 maio 2017
VSL INTERNATIONAL LTD. Bank of China Tower, Hong Kong – China. Disponível
em: <www.vsl.com>. Acesso em: 12 maio 2017.