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I - CONTROLE HISTÓRICO
HISTÓRICO
REVISÃO DATA Nº PÁGINAS ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
ALTERAÇÃO
Isadora Sofia
Emissão Fabiane
00 06/12/2017 14 Borges Saraiva Renata Lanna
inicial Scalabrini
Renan Bragança
1. Introdução
Sepse é definida como disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta
sistêmica desregulada do paciente à infecção. Representa importante causa de
morbimortalidade, aumento do tempo de permanência hospitalar e dos custos. A
instalação de terapia antimicrobiana precoce - bem como reposição intensiva de fluidos - é
crucial para obtenção de desfechos favoráveis.
2. Objetivo
Auxiliar o diagnóstico precoce de pacientes sépticos.
Orientar e sistematizar abordagem terapêutica antimicrobiana inicial.
Orientar práticas de terapia/suporte para controle das disfunções orgânicas.
3. Campos de aplicação
Esse procedimento se aplica a todos pacientes atendidos no SMU ou internados no HGIP
com suspeita clínica e/ou diagnóstico de sepse ou choque séptico.
4. Responsabilidade/ competência
Médico assistente: Reconhecer precocemente pacientes com suspeita clínica de sepse,
solicitar exames apropriados com urgência, prescrever ATB prontamente e avaliar
necessidade de suporte intensivo.
Médico da CCIH: conhecer o perfil de sensibilidade dos microorganismos mais isolados no
HGIP, promover o uso racional de antimicrobianos na instituição e estar disponível para
discussão dos casos sempre que solicitado.
Técnico em enfermagem: verificar sinais vitais e comunicar de imediato ao médico ou
enfermeiro responsável quando alterações sugestivas de quadro séptico. Administrar
terapias prescritas pelo médico assistente.
ASSINATURA E CARIMBO 1
PROTOCOLO CLÍNICO PTC CCIH - 007
I - CONTROLE HISTÓRICO
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Isadora Sofia
Emissão Fabiane
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5. Siglas
ATB: Antbiótico
PAM: Pressão arterial média
SOFA: Sequencial (sepsis related) Organ Failure
qSOFA: quick SOFA
HGIP: Hospital Governador Israel Pinheiro
CCIH: Centro de Controle de Infecções Hospitalares
SMU: Serviço Médico de Urgência
SNC: Sistema nervoso central
PAS: Pressão arterial sistólica
FR: Frequência respiratória
MRSA: Meticilin-resistant Staphylococcus aureus
VRE: Vancomicin-resistant Enterococcus
VM: ventilação mecânica
TVP: trombose venosa profunda
SNC: sistema nervoso central
PNM: pneumonia
ASSINATURA E CARIMBO 2
PROTOCOLO CLÍNICO PTC CCIH - 007
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Isadora Sofia
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6. Conceitos
Sepse: Infecção provocando resposta inflamatória sistêmica exacerbada acarretando
disfunção orgânica.
Choque séptico: Disfunção circulatório-metabólica grave que acarreta aumento da
mortalidade em pacientes sépticos. Definida como paciente com sepse que necessita de
drogas vasoativas para manutenção da PAM ≥ 65mmHg e lactato sérico maior que 2mmol/l
a despeito de adequada reposição volêmica.
Suspeita de sepse: pacientes com provável quadro infeccioso ou quadro infeccioso
estabelecido (alterações clínicas sugestivas como febre, acessos vasculares com
hiperemia, imagens sugestivas de processos infecciosos, processos supurativos que
apresentem escore qSOFA ≥ dois (2) pontos.
Disfunção orgânica: Mudança aguda no score SOFA ≥ dois (2) pontos.
qSOFA
Critério Pontuação
Escala de coma de Glasgow < 15 1
PAS < 100mmHg 1
FR ≥ 22 rpm 1
SOFA
1 2 3 4
Respiração <400 <300 <200 <100
PaO2/FiO2 mmHg Com suporte
respiratório
Coagulação <150 < 100 <50 <20
Plaquetas x
103/mm3
Fígado 1,2 – 1,9 2,0 – 5,9 6,0 – 11,9 > 20
Bilirrubina mg/dL
Cardiovascular ≤ 70mmHg Dopamina < 5 ou Dopamina 5,1-15 Dopamina ≥15
PAM mmHg dobutamina Adrenalina≤0,1 Adrenalina>0,1
Drogas µg/kg/min (qualquer dose) Noradrenalina Noradrenalina
≤0,1 >0,1
ASSINATURA E CARIMBO 3
PROTOCOLO CLÍNICO PTC CCIH - 007
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ASSINATURA E CARIMBO 4
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Renan Bragança
9. Terapia Antimicrobiana
Instalação de terapia antimicrobiana em no máximo uma hora após identificação de
pacientes com sepse ou choque séptico.
Utilizar antibióticos de amplo espectro, eventualmente com duas ou mais drogas
associadas para terapia inicial empírica. Direcionar cobertura conforme provável sítio
da infecção e histórico de exposição prévia de pacientes a serviços de saúde ou a
tratamento com antimicrobianos.
Atentar para cobertura de Gram positivos multirresistentes em caso de paciente com
instabilidade hemodinâmica.
Após identificação de microorganismo em cultura descalonar terapia conforme o perfil
de sensibilidade e sítio da infecção.
Em caso de dúvidas quanto à condução da antibioticoterapia consultar médico da
CCIH.
ASSINATURA E CARIMBO 5
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ASSINATURA E CARIMBO 6
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18. Nutrição
Preferir via enteral à parenteral para nutrição de pacientes sépticos.
Iniciar dieta enteral precocemente se condições clínicas permitirem.
ASSINATURA E CARIMBO 7
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ASSINATURA E CARIMBO 8
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ASSINATURA E CARIMBO 9
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Renan Bragança
B – Neutropenia febril
- Sugere-se terapia empírica inicial com cefepime 2g EV 8/8h
- Avaliar associação de vancomicina à terapia empírica inicial conforme orientações descritas
no PTC CCIH 003 - Tratamento do paciente neutropenico febril, disponível na intranet.
- Coletar culturas conforme orientações prévias.
- Guiar terapia sequencial conforme resultado de culturas.
- Ampliar espectro antimicrobiano ou associar antifúngicos conforme PTC CCIH 003 -
Tratamento do paciente neutropenico febril, disponível na intranet.
ASSINATURA E CARIMBO 10
PROTOCOLO CLÍNICO PTC CCIH - 007
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G- Pielonefrite:
- Ceftriaxona 1g BID ou ciprofloxacino 400mg BID ou aminoglicosídeo por 7 até 14 dias, a
depender da velocidade da resposta ao tratamento.
- Infecção associada a serviços de saúde: terapia empírica inicial com meropenem. Consultar
PTC CCIH 006 – Tratamento de Infecção do Trato Urinário disponível na Intranet.
*Coletar urina para cultura antes do início da antibioticoterapia.
I- Infecção intra-abdominal
- Paciente com infecções nosocomiais devem ser tratados empiricamente com cobertura para
germes gram negativos multirresistentes (ESBL, com B-lactamases indutíveis ou produtoras
de carbapemenases), anaeróbios e Gram positivos. Pacientes com instabilidade
hemodinâmica: terapia empírica inicial com meropenem + polimixina + vancomicina por 7
ASSINATURA E CARIMBO 11
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Renan Bragança
Observações:
- Dose do meropenem: 2g IV de 8/8h. Primeira dose infundir em 1h. Demais doses com infusão
prolongada, no maior tempo possível, até 3h.
- Dose do aminoglicosídeo: Amicacina 15mg/kg de peso ideal/dia em dose única diária (máx:2g)
Gentamicina 3-5mg/kg de peso ideal/dia em dose única diária
(máx:240mg)
Ajustar com base em nível sérico quando possível
Se endocardite, usar dose diária fracionada.
- Dose da polimixina B: 25.000ui/kg/dia divididos de 12/12h. Infundir em 1h.
- Dose da tigeciclina: 200mg em dose de ataque, seguido de 100mg 12/12h.
- Dose do ertapenem na associação com meropenem: 500mg 6/6h
20. Referências
Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and
Septic Shock: 2016
ASSINATURA E CARIMBO 13
PROTOCOLO CLÍNICO PTC CCIH - 007
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HISTÓRICO
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Renan Bragança
The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)
JAMA. 2016. 315 (8):801-810.
Clinical Practice Guidelines for the Diagnosis and Management of Intravascular
Catheter-Related Infection: 2009 Update by the Infectious Diseases Society of America
Clinical Practice Guidelines by the Infectious Diseases Society of America for the
Treatment of Methicillin-Resistant Staphylococcus Aureus Infections in Adults and Children.
ASSINATURA E CARIMBO 14