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julho/2013
Brasília/DF
TRF 1• REGIÃO
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A aprovação das contas de campanha como instrumento de
consolidação do princípio republicano:
impasses e discussões frente ao entendimento
do Tribunal Superior Eleitoral
Introdução
1
juiz federal substituto.
Escola de Magistratura Federal da 1ª Região )ornada de Direito Eleitoral das Escolas de Magistratura Federal
A comprovação da regularidade do exercício dos direitos políticos ridade na arrecadação e gastos com as campanhas. Tal controle busca coibir
ocorre mediante a apresentação da certidão de quitação eleitoral (art. 11, § 7º, o abuso do poder econômico, garantindo maior lisura e isonomia ao pleito.
da Lei 9.504/1997, com nova redação dada pela Lei 12.034/2009), que tam- Conforme ensina José Jairo Gomes (2008, p. 260):
bém faz prova do regular exercício do voto, do atendimento às convocações
É direito impostergável dos integrantes da comunhão política saber
da Justiça Eleitoral, da inexistência de multas aplicadas e da apresentação
quem financiou a campanha de seus mandatários e de que maneira
de contas de campanha eleitoral. esse financiamento se deu. Nesta seara, impõe-se a transparência ab -
Antes da alteração legislativa, em 2009, a emissão da certidão de soluta! Sem isso não é possível o exercício pleno da cidadania, já que se
quitação eleitoral dependia da aprovação de contas das campanhas eleito- subtrairiam do cidadão informações essenciais para a formação de sua
rais do candidato. Diante do vácuo legislativo sobre o assunto, a jurispru- consciência político-moral, relevantes, sobretudo para que ele aprecie
dência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consolidou-se no sentido de a estatura moral de seus representantes e até mesmo para exercer o
que a aprovação das contas de campanha era fundamental para a quitação sacrossanto direito de sufrágio 2 .
eleitoral. Havendo reprovação das contas, a quitação eleitoral permanecia É por meio da prestação de contas que se obtém acesso aos gastos
pendente, não conseguindo o candidato comprovar a regularidade de seus dispensados na campanha, que se toma ciência dos seus financiadores e tem
direitos políticos. conhecimento do nível de comprometimento do candidato com os fornece-
Assim, além da apresentação de contas da campanha, era necessária dores de recursos. Sem a prestação de contas, é impossível diagnosticar a
sua aprovação para que o candidato pudesse estar apto para participar do regularidade dos recursos arrecadados e os gastos efetuados durante o pleito
processo eleitoral. eleitoral. Torna-se difícil saber se o partido ou candidato recebeu dinheiro
Todavia, com a publicação da Lei 12.034/2009, a aprovação das con- de fontes vedadas, se patrocinou ações proibidas ou se cometeu abuso de
tas tornou-se despicienda, bastando sua simples apresentação para o candi- poder econômico.
dato ser considerado quite com a Justiça Eleitoral e, assim, poder participar Havendo arrecadação e aplicação correta das verbas de campanha,
do pleito seguinte. as contas são aprovadas, o que confere estatura moral ao candidato para
Nesse contexto, diante da alteração legislativa, surgem as indagações: assumir a função pública para a qual concorreu.
qual é a atual importância da prestação de contas no processo eleitoral diante Todavia, diagnosticadas falhas consideradas insanáveis, as contas
do advento da Lei 12.034/2009, que dispensa sua aprovação como condição são desaprovadas pela Justiça Eleitoral, o que significa que a campanha não
de elegibilidade? A participação de candidatos com contas de campanha foi conduzida dentro da legalidade esperada que, segundo Gomes (2008, p.
desaprovadas não configura ofensa ao princípio republicano? As contas de 266), é o mínimo exigido de qualquer agente estataJ3.
campanha não perderam seu fundamento ao se tornarem simples condi- O Tribunal Superior Eleitoral estabeleceu severa sanção na hipótese
cionante formal? de desaprovação das contas, determinando, no art. 41, § 3º, da Resolução
São essas inquietudes que pretendemos trazer à tona nessas des- 22.715/2008, que "a decisão que desaprovar as contas de candidato im-
pretensiosas linhas. plicará o impedimento de obter a certidão de quitação eleitoral durante o
curso do mandato ao qual concorrer". Sem a certidão de quitação eleitoral,
2 Prestação de contas de campanha: a jurisprudência do Tribunal o cidadão não consegue comprovar a plenitude dos seus direitos políticos,
Superior Eleitoral e as discussões sobre a necessidade de sua ficando impedido não apenas de assumir o mandato, se por um acaso foi
aprovação
A lei impõe aos candidatos a obrigação de prestarem contas à Justiça 2 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 3 . ed. Belo Horizonte: Ed. Del Rey, 2008. p. 260.
Eleitoral após o término das eleições, com o objetivo de averiguar a regula- 3 GOMES, José Jairo, op. cit., p. 266.
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Escola de Magistratura Federa l da 1 Região Jornada de Direito Eleitoral das Escolas de Magistratura Federal
eleito, mas também de participar de qualquer pleito eleitoral, pois não con- para a participação no processo democrático de escolha dos representantes
segue o registro da candidatura. do povo.
O TSE, comprometido com a efetividade da prestação de contas, que Ora, tal circunstância não fere o princípio da isonomia, prejudicando o
não apenas confere a transparência ao processo eleitoral, mas também espe- candidato obediente às normas em detrimento daquele que desrespeitou as
cialmente busca garantir o respeito ao princípio republicano, num primeiro disposições sobre prestação de contas? Além disso, o princípio republicano
momento, entendeu que, para fins de quitação eleitoral e, por sua vez, para a não estaria patentemente ofendido diante da possibilidade de permitir a par-
própria participação nas eleições, era necessária a aprovação das contas de ticipação no pleito de candidatos a cargos públicos com contas reprovadas?
campanha eleitoral. Entender o contrário, segundo o Tribunal, seria esvaziar
por completo esse importante instrumento de controle da normalidade e 3 A aprovação das contas de campanha, o princípio republicano e
da legitimidade do pleito, transformando-o numa mera formalidade, sem
a garantia da isonomia
repercussão direta na esfera jurídica do candidato.
Assim, o candidato somente conseguiria demonstrar a plenitude do O princípio republicano está expresso no primeiro artigo do texto
exercício de seus direitos políticos mediante a aprovação de suas contas constitucional de 1988, o que, por si, evidencia a dimensão de sua impor-
de campanha, pois somente dessa maneira obteria a certidão de quitação tância. Consiste na base do ordenamento jurídico interno, que irradia seus
eleitoral. efeitos sobre as demais normas, que devem ser interpretadas e consolidadas
Todavia, com o advento da Lei 12.034/2009, a importância da pres- sob a compreensão do bem público.
tação de contas foi reduzida diante do fato de não ser mais necessária sua Conforme ensinam Paulo Márcio Cruz e Sérgio Antônio Schmitz
aprovação para se conseguir a quitação eleitoral e, por sua vez, para se poder (2008, p. 43-54), "o princípio republicano foi a opção feita pelos constituintes
participar do processo eleitoral. A referida lei deu nova redação ao art. 11, § brasileiros originários de 1988, que o estabeleceram como o fundamento de
7º, da Lei 9.504/1997, exigindo tão somente a apresentação de contas para todo o sistema normativo"\ exercendo influência sobre os demais valores
emissão da certidão de quitação eleitoral. Com a inovação, tornou-se suficien- jurídicos.
te a entrega das contas, observados seus requisitos formais, para o pretenso Pois bem. A realização do princípio republicano exige não apenas a
candidato ser habilitado a figurar como mais uma opção aos eleitores. adoção de eleições periódicas para a escolha de representantes temporá-
Diante desse contexto, o TSE reverteu seu entendimento, concluindo rios. Impõe a obrigação de o mandatário sempre pautar sua atuação pela
ser suficiente a apresentação das contas para o candidato ser considerado satisfação do interesse comum. Além da eletividade e da periodicidade, é
apto à participação do processo eleitoral (REsp 4423-63). Segundo ficou sua característica fundamental a responsabilidade durante o exercício do
consolidado, eventuais irregularidades na prestação de contas relativas à ar- mandato.
recadação ou gastos de recursos de campanha podem fundamentar a propo- Isso porque o candidato, ao apresentar seu nome para representar
situra de ação por captação ilícita de recursos (art. 30-A da Lei 9.504/1997). o povo, assume o compromisso de defender o interesse da sociedade. Uma
Logo, a reprovação das contas, apesar de não impedir a comprovação do vez não satisfeito o interesse coletivo, deve ser responsabilizado, pois des-
regular gozo dos direitos políticos, pode ensejar, unicamente, a ação para a toante dos motivos que justificaram sua eleição: atender a vontade do povo,
cassação do mandato. verdadeiro titular do poder.
Portanto, o candidato que não respeita as normas de apuração dos
recursos necessários para a campanha, ou que tampouco consiga justificar
seus gastos, consegue obter, da mesma forma daquele que observou a correta
contabilidade, a certidão de quitação eleitoral, fazendo prova, assim, da ple- 4 CRUZ. Paulo Márcio; SCHMlTZ, Sérgio Antônio. Sobre o Princípio Republicano. NEJ. v. 13. n . 1. P.
nitude dos seus direitos políticos, conforme exigido pelo texto constitucional 43-54. jan-jun. 2008.
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)ornada de Direito Eleitoral das Escolas de Magistratura Federal \
Escola de Magistratura Federal da l a- Regrao
·-
I
- Nesses termos, no regime re ubl"
sao obrigados a realizar o intere p !cano, os representantes do povo
Nesse contexto, a inobservância das normas que regem as contas de
campanha já é suficiente para configurar profunda ofensa aos postulados I
suas con d utas e ações quando d t
sse comum sob pe d
' na e responderem por
es oantes de tal desiderato
republicanos, pois a desobediência legal é, por si, um ato de irresponsabili-
dade. E, ainda que não o fosse, soaria incompatível com a estatura ética que
I
. Portanto, é contraditória aos v I .
d!datos ímprobos descompro . d a ores republicanos a eleição de can
' missa os com a , · -
.
-
os representantes do povo devem possuir a possibilidade de participação I
sequer as regras do pleito eleit I etica, que nao respeitam nem
ora no que tange à -
na eleição de indivíduo que, já no processo eleitoral, não respeita as normas
relativas à prestação de contas de campanha.
I
recursos utilizados em campa h
n a.
prestaçao de contas dos
Não bastasse, a participação em eleições de candidato com contas de I
O candidato que não consegue a a -
nha, já desde o início demon t
s regras estabelecidas para di. . r·
provaçao de suas contas de campa
s ra seu total des ·
respeito com a coisa pública
-
campanha desaprovadas ofende o princípio da isonomia. É da essência do
processo eleitoral a garantia da igualdade entre os concorrentes. A eleição
I
A
·
mstituídas para serem obser d
sc1p mar a cont bTd d
. a I I a e das campanhas são
· é realizada para que todos os interessados possam colocar os seus nomes à I
rIsura d o processo eleitoral. va as, na medida em que b uscam garantir a disposição do eleitorado de maneira uniforme e isonômica.
Ao se autorizar o registro de candidato com conta reprovada, ocorre
Se não prestou obediência a tais n , o desnivelamento dos concorrentes, pois aquele que sempre obedeceu às
se preocupar em prestar contas do armas, e certo que também não irá
.d seu mandato E nã h normas de regência do processo eleitoral passa a competir com quem nunca
o cand I ato eleito irá admin·ISt rara coisa
. publica
, . ' t o avendo esse temor•
1 respeitou as condicionantes impostas à prestação de contas. E isso pode
o em comum, o que ofend d . . em ota descompasso com
b . e e maneira direta 0 · , · trazer grande proveito ao infrator, pois lhe permite, no atual pleito, utilizar-
sua d Imensão da responsabilid d pnncipiO republicano em
a e. -se de alguma vantagem pretérita auferida graças à omissão de contas. Por
E mais. A desaprovação das contas e .. , , exemplo, recursos não contabilizados em outras campanhas podem vir a
de ofensa aos postulados republ" . m_si Ja e uma autêntica forma
na utilização de recursos apli dicanos, pois evidencia a irresponsabilidade ser utilizados no processo eleitoral seguinte por vias escusas, configurando,
, ca os em um process . inclusive, abuso de poder econômico.
que e o pleito para a escolha d o genumamente público
, , os representantes do povo. ' A isonomia é um princípio a ser aplicado nas eleições para garantir a
Ora. So ha efetivamente uma re úbl" paridade dos participantes, buscando, dessa forma, fazer com que o resultado
do povo são responsáveis pelos p Ica em que os representantes
seus atos E ser re , das urnas se aproxime ao máximo da vontade popular.
apenas em reparar danos eventu I . sponsavel consiste não
t a mente causados t b, Aceitar o registro de candidato com contas desaprovadas resulta
men e, em ser diligente e obedient , , mas am em, especial-
. , D e as normas para a . . num desequilíbrio da competição, conforme já mencionado, o que acaba
p reJmzo. essa forma, a responsabTd d . , ssim, evitar qualquer
de simples respeito às leis que - I I a e consiste numa atitude preventiva por interferir na escolha do povo. E isso é perigoso, pois atinge as bases do
' sao sempre instit 'd ' sistema democrático, que é a prevalência da verdadeira vontade popular.
a co etividade. UI as em benefício de toda
I
Diante de todo esse contexto, a permissão para a participação de
. Assim, como é possível permitir a el . - candidato com contas reprovadas deve ser analisada com parcimônia, pois
dencwu estar de costas para a Ie r· d d e Içao de uma pessoa que já evi-
desde a campanha eleitoral? ga I a e, demonstrando-se irresponsável produz reflexos em postulados estruturantes do Estado brasileiro (art. 1 º
da CR/1988), quais sejam: democracia, república e isonomia.
Afronta o princípio republicano o fato de . É por envolver essa complexa rede de postulados que o tema ainda
de campanha rejeitadas parti . d o candidato com contas
· cipar e outro pleito el ·t 1 não se encontra pacificado. Apesar de ter havido alteração legislativa recente
normatização instituída para reg 1 ei ora · O desrespeito à
el ·t 1 · u ar os gastos dos ca d'd permitindo a participação de candidato com contas rejeitadas, sendo sufi-
ei ora evidencia a irresponsabiii' d d , . n I atos no processo
tir sua participação
· · nas eleiçõ , a e et1ca e. moral do t ransgressor. Permi- ciente sua apresentação para a emissão da certidão de quitação eleitoral, o
es e um verdadeiro paradoxo em uma república.
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Escola de Magistratura Federal da 1 ª Região jornada de Direito Eleitoral das Escolas de Magistratura Fede ral
Tribunal Superior Eleitoral editou recente resolução que, novamente, trouxe 4 Conclusão
o assunto à discussão. Trata-se da Resolução 23.376/2012, que disciplina a
A aprovação das contas de campanha como con~içã~ para a p~rti.ci
arrecadação e gastos da campanha eleitoral de 2012.
pação no processo eleitoral é fundamental para a consohdaçao da Repubhca
Em seu art. 52,§ 2º, a resolução dispôs que a decisão que desapro- e para a manutenção da própria democracia.
var as contas de candidato implicará o impedimento de obter a certidão de A simples publicidade dos gastos e da origem dos recursos arreca-
quitação eleitoral. dados durante as eleições viabiliza unicamente a transparência da gestão
Tal posição do TSE causou indignação nos candidatos com contas financeira dos candidatos, que pode ser, inclusive, deturpada se desneces-
rejeitadas, o que ensejou pedido de reconsideração contra a decisão que sária a prévia aprovação das contas pelas autoridades competentes.
aprovou a norma, ficando definido que a desaprovação não impede a obten- Prestar contas como simples formalidade é mais uma burocracia
ção da certidão de quitação eleitoral para a participação nas eleições de 2012. inútil, atitude tipicamente brasileira, que preza por procedimentos dispe~
Portanto, percebe-se que o assunto ainda não está pacificado, con- sáveis. Qual a razão da prestação de contas se sua aprovação ou reprovaçao
tinuando as oscilações. Ora prevalece o entendimento de ser suficiente a não acarreta nenhum efeito em si?
apresentação das contas para a participação nas eleições, ora exige-se a A reprovação das contas deve produzir implicações pró_rri.a:, .inde-
aprovação como condição do registro de candidatura. pendentemente de posterior propositura de ação por captaçao 1h;1ta de
Com a edição da resolução, o TSE buscou conferir nova interpretação recursos. E essa é a razão de existir da prestação de contas em um pa1s onde
ao termo "apresentação de contas de campanha eleitoral" inserido pela Lei 0
princípio republicano é a base do ordenamento ju~ídico: gerar r:spo~
12.034/2009, concluindo que a necessidade de aprovação das contas não sabilidade sobre candidato negligente, desobediente as normas eleitorais.
implica ofensa à lei e melhor se coaduna com a própria legitimidade das Responsabilidade que, não observada, impede não apenas ~assunção do
eleições. mandato, como também sua participação em eleições postenores.
Entendeu não poder considerar quite com a Justiça Eleitoral o candi- Nesses termos, configura autêntico paradoxo, em uma república,
dato que teve as contas desaprovadas, porque isso retiraria a própria razão legitimar candidaturas cujos candidatos tiveram suas contas.desapr~vadas.
de existir da prestação de contas, além de não poder equiparar o concorrente Esse, inclusive, era o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral ate 2009.
negligente com aquele que observou os seus deveres. Todavia, em sentido contrário à jurisprudência firmada pelo TSE, foi
Enfim, o TSE conferiu interpretação prospectiva à referida resolução, publicada a Lei 12.034/2009, que, alterando o art. 11, § 7º, da Lei 9.504e 997,
concluindo que a necessidade de aprovação das contas não se aplica para as permitiu 0 registro de candidaturas independentemente da aprovaçao das
eleições de 2012. Em relação aos pleitos vindouros, o imbróglio permanece- contas de campanha.
rá e caberá ao Tribunal decidir se aplica a letra fria da lei ou se busca uma Por sua vez, o TSE modificou seu entendimento em obediência à lei,
interpretação constitucional, comprometida com a defesa dos princípios passando a aplicar sua letra pura. Contudo, re_cent_ement:, buscando co~
republicanos e democráticos. ferir interpretação teleológica à inovação legislativa, editou a Resoluçao
A importância da prestação de contas não pode cair no vazio, tornan- 23.376/2012, estabelecendo que a desaprovação das conta~ de ca~~~nha
do-se uma singela obrigação formal, despida de qualquer outra finalidade. impede a emissão da certidão de quitação eleitoral, o que lmposslblhta o
A possibilidade do ajuizamento de ações decorrentes da captação ilícita de registro da candidatura.
recursos não pode retirar o valor que a prestação de contas, em si, agrega, Após o pedido de reconsideração formulado por candidatos, o _Tribu-
pois somente com sua aprovação o princípio republicano é respeitado e a nal concluiu que o impedimento não se aplica às eleições de 2012, ficando
legitimidade do processo democrático é garantida. em aberto a situação em relação aos próximos pleitos eleitorais.
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Escola de Magistratura Fed eral da 1~ Região
Referências
GOMES, José Jairo. Direito eleitoral. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
Referências consultadas
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