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Título
Resumo
Palavras-chave
Assunto
Extração de argila
Demanda
Solução apresentada
1 Introdução
Dentre muitas definições para argila destaca-se a que considera a argila como silicato de
alumina que, pela absorção de uma certa quantidade de água, adquire um certo grau de
plasticidade suficiente para poder ser moldado, que é temporariamente perdido pela
secagem e permanentemente perdido pelo cozimento ao fogo.
2 Origem e transformação
3 Tipos de argila
Caulinos, bentonitas, argilas refratárias, terra fuler são tipos especiais de argilas que têm
4 Emprego da argila
As argilas possuem inúmeros usos inclusive medicinais. Por sua plasticidade enquanto
úmida e extrema dureza depois de cozida a mais de 800 oC, a argila é largamente
empregada na cerâmica para produzir vários artefatos que vão desde os tijolos até
semicondutores utilizados em computadores.
5 Características e propriedades
5.1 Características
A argila pura tem uma cor branca; não quer isso dizer, entretanto, que todas as argilas puras
sejam brancas. É vermelha, por causa do óxido de ferro, amarela pelo hidrato de óxido de
ferro e azul pelo protóxido de ferro e sulfureto de ferro.
5.2 Propriedades
Plasticidade
No estado seco as argilas são friáveis, absorvem água com avidez, tem fraca coesão e
aderem na língua. Têm cheiro particular, análogo ao que se desprende da terra molhada
depois de uma grande chuva. Desfazem-se facilmente na água. Brilham ao ser alisadas. A
adição de água transforma-as em pasta plástica, recebendo todas as formas que se lhes der
e consevando-as permanentemente.
Liga
A liga das argilas varia consideravelmente segundo sua plasticidade e teor de areia. Quanto
mais se adiciona areia a uma argila, mais diminui sua liga.
Se for traduzida a força de ligação de argila pela resistência à tração de argila secada ao ar,
veremos que ela varia de 1 a 20kg/cm2.
A presença de CaCO3 produz o mesmo efeito que a areia, isto é, diminui a liga da argila em
proporção a quantidade que ela representa no todo.
Contração
A argila com água diminui mais ou menos de volume quando ela é secada ao ar ou ao fogo.
Esta diminuição chama-se “contração”. Varia segundo a natureza das argilas e chega a
atingir 20%.
Uma mesma argila pode contrair, mais ou menos, segundo se lhe incorpora maior ou menor
volume de água, e se é submetida a uma temperatura mais elevada.
Por conseguinte, para diminuir tanto quanto possível a contração, reduz-se a adição de
água ao mínimo necessário à moldagem. Se a evaporação da água for muito rápida e
desigual sobre as diferentes partes do objeto moldado, este racha ou se deforma.
As argilas em geral não se encontram na natureza em estado de serem utilizadas tal qual
são escavadas das jazidas. Há necessidade de se retirar da matéria-prima sua estrutura
natural, desenvolver sua plasticidade, corrigi-la por meio de adição de modificadores,
eliminar as impurezas nocivas, hidratá-las no caso de usar processo úmido ou secá-las no
caso contrário.
6 Métodos de extração
6.1 No Brasil
6.2 No Exterior
Na Inglaterra usa-se, devido à natureza da argila, extração por meio de explosivos. Com os
mesmos utensílios da sondagem perfura-se o solo, fazendo os furos de acordo com a altura
dos degraus, que não devem exceder a 4m. A distância da fila de perfurações à parede do
banco deve regular metade da profundidade da perfuração, e o talude da parede do banco
uma quarta parte. No caso da parede ter inclinação maior, a distância deverá ser reduzida.
A extração mais interessante não só pelo lado prático, como econômico, é a que se faz por
meio de escavadoras mecânicas.
Este método só é aplicável onde as jazidas são uniformes e de boa espessura de camada.
Pode-se entretanto, com o auxílio de escavadoras menores, utilizá-las para extrair a capa e
depois trabalhar em degraus, extraindo, dessa forma, por camadas, de acordo com a
natureza do barreiro.
Uma das maiores vantagens da escavadora, não é somente a facilidade do manejo e sim a
mistura perfeita da argila, fato este que vem beneficiar de muitos modos a fabricação e
preparo da massa.
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Tratando-se então de casos onde é necessária uma secagem prévia à desintegração e
moagem, uma instalação adequada é de grande utilidade porque serve ao desaterro, com
aproveitamento de terrenos baixos, e inaproveitáveis, bem como para misturar os barros.
Neste caso pode-se conseguir uma seca mais fácil devido à forma em que o barro é
apanhado pelas canecas da escavadora.
7 Beneficiamento
Lavagem
O beneficiamento da argila se entende somente por lavá-las com água corrente para retirar
impurezas maiores, pedregulhos, areia, dentre outros, e passa-las por um filtro prensa para
retirar o excesso de água existente, que fará com que a argila possua uma determinada
porcentagem de umidade. A argila pode ser comercializada dessa forma já que existe uso
da argila assim.
Depois de secá-las ao ar livre, a argila estará com um alto grau de purificação, e o uso será
em fabricação de peças técnicas de laboratório (cadinhos, cubas, etc.), pois não existirão
substâncias que possam reagir com produtos ou reagentes.
Para a fabricação de produtos cerâmicos vermelhos (tijolos, blocos, telhas, etc.), a argila
utilizada será simplesmente retirada da jazida, sem nenhum beneficiamento.
Levignação
Quando as impurezas contidas nas argilas se apresentam sob forma de grãos muito finos,
de tal modo que a separação manual torna-se impossível, ou quando uma argila refratária
de boa qualidade se encontra muito magra por causa da presença de areia ou pedregulho, o
melhor processo de separação é a levignação.
A levignação nada mais é do que a separação dos elementos que constituem a argila bruta
por suspensão na água.
Usa-se para este processo lavadores rotativos verticais ou horizontais, fazendo depois o
líquido passar por uma espécie de labirinto, onde vai depositando a areia no percurso, para
depois estagiar em grandes tanques onde a água é evaporada.
É na passagem por este labirinto que se coloca, às vezes, eletro-ímãs para retirar o ferro, no
caso das argilas, que serão destinadas à fabricação de louças ou ladrilhos de grés branco.
Neste processo é necessário britar ou desintegrar a argila como no processo por via úmida
de modo a separar os grãos de areia. Depois desta preparação preliminar, a argila é levada
em contato com um ventilador aspirante, que aspira a argila finamente dividida e mais leve,
e a conduz para um grande depósito, ao passo que os grãos mais pesados, de quartzo, por
exemplo, decaem no solo. São vários os compartimentos nesse depósito de modo que,
conforme diminui a velocidade do ar, as partes mais finas e mais puras se depositam nos
últimos compartimentos.
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Vantagens: pouco espaço, grande produção, grãos finíssimos, funcionamento sem poeira e
pouca força motriz.
Peneiras
A fim de adaptar as argilas de maneira a poderem ser utilizadas em vários processos de
fabricação, é necessário peneirá-las. Para esta fase do processamento são utilizados vários
tipos de peneiras: as que operam por gravidade, apenas inclinadas, peneiras rotativas e as
peneiras vibratórias.
Atmosferização
Certas argilas, tais como são extraídas, são tão duras, que se tornam difíceis de ser
trabalhadas imediatamente, sendo possível modificar-se completamente essa propriedade
desvantajosa, deixando-as em repouso ao relento.
O carbonato de cal fica transformado pelo calor do forno em cal viva, e pelo fato de sua
afinidade pela água atmosférica, aumenta de volume e arrebenta o produto.
Em todo caso, este fato só se dá com os materiais cozidos a baixas temperaturas, porque
em temperaturas mais elevadas a cal é queimada completamente.
Apodrecimento
As argilas logo depois de retiradas dos barreiros são colocadas em fossas ou sobre
plataformas e constantemente regadas. Este processo é usado hoje em dia, quase que
somente nas pequenas olarias e fábricas de material cerâmico ordinário. Os resultados não
compensam o trabalho, podendo por meio de máquinas modernas, conseguir-se mais
economicamente e mais prontamente resultados idênticos e melhores produtos.
Secagem da argila
Secar um material é remover a água que ele contém. No caso de produto de argila o nome
“secagem” é bem aplicado, porque representa somente a remoção física da umidade de
combinação, sem ocorrência de mudanças químicas ou bioquímicas. A secagem da argila é,
portanto, um simples processo físico.
Para remover a água, é necessário aplicar calor. Mas o problema não se resolve com “mais
calor- maior secagem”. Cada material possui certas características físicos e químicas, que
limitam o tempo da secagem e a maneira de secar.
A secagem natural, nos terreiros ao sol, faz com que a umidade da região da periferia
evapore depressa, mas, aquela do interior demora, e ao evaporar-se racha o material.
Um método, portanto, tem que ser delineado, de modo a evaporar a água do interior sem
evaporar aquela da periferia. É necessário controlar a umidade do ar e da temperatura. Para
uso do processo de fabricação a seco, quer que trate de argila lavada, ou não, para o
fabrico de ladrilhos, como de argila sem lavar para o fabrico de telhas ou refratários, a argila
tem que ser secada antes da moagem.
As olarias são “mini-fábricas” que produzem normalmente tijolos, telhas e ladrilhos. Estas
não utilizam máquinas, portanto, todo trabalho é manual.
Conclusões e recomendações
Sugere-se a leitura da Resposta Técnica registrada no banco de dados do SBRT, que trata
das características e aplicação das argilas, que pode ser acessada em:
Fontes consultadas
Elaborado por
Data de finalização
21 jan. 2007