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~ BRASIL - ~4!!i?.!I
.:!iãQ~. -'
APRESENTAÇÃO, 07

. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA SOCIEDADE, 09


t
i
PRINCIPAIS TEORIAS DA SOCIEDADE, 13 l
!
Capa: Vi/son Maurio Mattos
- Teoria Estrutural Funcionalista, 13

------_._--------
- Materialismo Histórico, 18
-------1---- . ~ .. ._. ._ - _.0_'
\
_._~:~ _

..AGLAÉ·GASTILHO OLIVA O MODO DE PRODUÇÃO COMO BASE DA VIDA SOCIAL, 22

CRB 10/814 - Forças Produtivas, 23


B843i Bressan, Suimar - Relações de Produção, 23
Introdução à teoria da . _ Ação Recíproca entre Forças Produtivas e Relações de Produção, 24
Suimar Bressan e E1' socledade e estado /
lezer Pache ' I
- Base e Superestrutura, 30
UNI JU f Ed • , 1987 • -- 107 co. -- Ijul : Li" y.

sociais ; 5) p. <Coleção ciências


CAPITALISMO: ESTRUTURA E EVOLUÇÃO, 32
. 1.Estado - Teoria 2c' . _ A Origem do Capitalismo: A Revolução Industrial Inglesa, 32
3.Sociedade- Te . 4' apltaIlsmo, origem do
orla Au t ori . - O oesenvcivímento da Produção Capitalista, 33
5.Populismo - Estado 6"S ~rl~arlsmo - Estado
Oligarquia - Estad 8 ~ oClall~mo - Estado 7. - O Lucro Capitalista, 36
Estado IO.Estado ~ . emocracla 9.Marxismo -
'f
ormas de 11 . L'b I' TENDÊNCIAS E CONTRADiÇÕES DO CAPITALISMO, 39
tad o l2.Governo 1 era lsmo - Es-
- , ormas de 13 C . ,
çao do I.Pacheco EI' .,apltallsmo, evo1u
'. lezerll.Tltu10 111 .S'· ' .. - A Questão do Estado: Conceituação e Conteúdo, 42
.erle. -
CDF: 321.01:301.18
O ESTADO NA SÇ)CIEDADE DE CLASSES, 47
301. 18:321.01
- A Forma Tribal Gentãica de Organização da Sociedade, 47
- O Estado Escravista, 49
- O Estado Feudal, 50
- O Estado Nacional Moderno, 54
- O Estado Burguês no Período do Capital Monopolista, 55

O PENSAMENTO LIBERAL E O ESTADO, 60

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... :.~~:;.~;~:~~'-":--"-="-'_.,_.

2'}Qt~~~j~~~I~~~·&9~Ld~.:q~~~.~j!!~~!ri~n!qs~
deSenvolvem-se Sõb'Unia·rertá ordem· de "sucessão.' Ahumànidade não
=---:-:.:!.;;'::-z-:-~:.:.'.::~~...::~:;.~~~:..-~~s.:-E::T··~7~
P9de;·Por:exerrlplo, -paSsar~diréYãmente··do·machadO-dei'pedra á-PrOdi:iÇãO' de'
O MOD? DE PRODUÇÃO tOMO BASE DA' ~'DA S~C;~·.,-' .~.~'ênergiá at6mica-'Cadir aperteiçoarnentoou invenção está condicionado à
:. r ~. :;;'!' acumulação gradual da experiência produtiva, de hábitos de trabalho e de co-
t .~~~'nhecimentos no âmbito do próprio país ou de outro mais avançado.

Forças Discutimos a importância da produção (ou do


trabalho) como motor do desenvolvimento históri-
Produtivas co do homem e da sociedade. Vamos agora fa-
zer uma síntese das questões discutidas através

11.~;~~~I;;;~;~=I~I.~~~~~~~~JL_··_~oo~~de~~~~~e~~de~~ Chamamos forças produti ao con·unto dos meios de produ~o, dº-~ ~,~".
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f----- ~ hemeflS-e-€les-eenneéiinentes-a ui s-ae 0A 0-.. - . -.G-+)é,-.-_ ..
. -..-.-..- ..••• -. •....--,.- __ ••...
--....._-- - t" ,-

éS s forcas rodutivas indica o rau de o . . ce 0·';- .•


sobre a natureza Quanto mais desenvolvidas maior será a capacldade de>"
transformação e apropriação da natureza.
Para haver produção é preciso que o homem encontre na natureza
coisas que lhe possam ser úteis: a terra com suas plantas, as águas, o sub-
, . solo com seus minérios, as matérias-primas; tudo isso são;~b;etos de traba/Q.
",
quer dizer, objetos sobre os quais o homem exerce o seu trabalho. Para apro-
veitar esses objetos o homem utiliza-se de outros objetos: ferramentas, má-
quinas, meios de transporte, etc. Esse conjunto de objetos são osi!!trumentos
de trabalho (também chamados de meios de trabalho). Os objetos e instrumen-
tos de trabalho formam os meios de produ~ã9. 9u seja, os meios de que o ho-
mem dispõe para proouzjr os bens necessários à manutenção da vida. Para
deixar o conceito mais claro vamos exemplificar com os meios de produção
utilizados nas sociedades modernas: os bens naturais (terras, florestas, água,
subsolo, minérios); as matérias-primas (bens naturais já trabalhados); os ins-
trumentos de trabalho (ferramentas, máquinas); instalações necessárias à.ati-
vidade produtora; edifícios, minas, os meios de transporte de comunicação; e
instalações necessárias à distribuição e ao comércio (entrepostos, lojas, ar-
mazéns) e organismos de crédito (bancos).

Relações de A produção não é obra do homem isolado. Thm..


r
s :
1

\empre um caráter social. No processo de proou-


Produção . .çao de bêns, os homens, quer o queiram ou não,
relacionam-se de uma maneira ou de outra e o
trabalho de cada produtor converte-se numa parte do trabalho social. Mesmo
;..nasprimeiras fases: da história, os homens foram obrigados a unir-se para e.U
23 l~
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11
', .-~ ,:;'.. :.::-.- ..--.;.....--:.';:_. -._~ '~:'.-. -.-.- ..

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..•• v~nCla e'i'neéeSSariamenlê"'úinâ obra dê .,' .. __ :",-~anto, a sobrevi-)~·<le trabaljlO (forças.Il1]ldutiVas)são Os,elementos quê se roodiflCalll
• mêdldaque se desenvolve a divi _ . , colãbo"""", entre ()S homens. A '. _'mais ..pidez:Estas muctánç3s ProVOCám diferenCiações sociais rnivás e
pendência entreosprodurores. : ,:"",al do IraI5âffio aume!llâã1nferde- ,'do,mas de divisão do trabalho.
_ produzir
estão cada entre
ligados um por
si esi.dependeemClsamdodos
uns pr . ou ras palavras,
outros. Naosprodução,
homens não podem
os homens . " ';;':
. Por outro lado, as relaçiíes de produção, embora sofram algumas
__ ~:-:-=-:--:-::~~:...;::~::::.::.:.~u~n.:s~::s~o~u~t~ro~s..modificaçóes, dur nte a vigência de um determinado rodu - -o
As relações que os homens estab I . . '~s~lãl'ór exemplo, à ~iâlismo monopolista. tal co-
norninadas relações de produção Elas' di e ecem entre s ra produção ";;0 de- .' em nossos dias, ápresenta sensíveis diferenças se o compararmos
distribuem na sociedade, isto é . que o '~ ''(' a m:melra como os homens se com o capitalismo do século XIX. Contudo, a base das relações de produção
ra sociedade está diretamente 'vinculad09ar Iposição) ocupado pelos homens capitalista - a propriedade privada dos meios de produção - continua a ser a

tt>/ processo
natureza odelugar
produção. Como
(posição) este ~~:'~
ocupado si . ~ ugar que os :nesmos
transfonnaçao ocupam da
e apropriação no mesma de modo que as leis fundamentais do capitalismo se mantêm em V"
V..t minado pelo tipo de apropriação (p . d ornens neste processo será deter- qor.' s modificações r icais nas relações de produção apresentam obrigato-
-:fI"- dução'..l\s reloçúes.de.produ _o-en ro~:,:de) dos meios necessários à pro- ríarnente o caráter de rup\Wlo significando a supressão das relações de pro-
~l~~ ;meios de produçao.lb onnas de distrib . _ .-@as-tormas re
propnedade cdo.=:s-----"a----dITÇâOVe7nas e a respeCtivaS{bstltUIÇãOpor novas, ou seja, o~!:~(;lmento d~._
", ~,\ ~ '.. . .. uiçao e consumo dos bens procuzídos. um novo modo de produção.
'"
i' ~ í Em termos mais praticas a q C
[caráter (tipo) das relações de produçâo é ao q~e se deve propor para definir o
------------ -_.-._-
-
O que caracteriza um modo de produção é o tipo de relação de pro-
/J duçáo? é a sociedade inteira? ou a 'fta quem .posSUIos meios de pro- duçâo que se estabelece entre os homens ou, o que é a mesma coisa,
o a for-
,>' l! se imediatamente compreenslvel ~:nas a guns tnd,v,duos ou grupos? Torna- ma dominante de propriedade dos meios de produção. QIl'i!.. ertão papel
I I soci",!ade inteira, as relações entre osh os meros de produção jlertencem à das fo"as produtivas no modo de produção?
. : boraçao e ajuda mútua Neste c ome~s podem ser relaçoes de cola- - - --- ------ar -,'
! é coletiva. Exemplo: sociedade pri "';" a propnedade dos meios de proouçâo {Em prÍm.irolug é preciso reconhecer que as forças produtivas e as
1 . irnrnva; sociedade socialista relações de produção são categorias inseparáveis, que não existem isolada-

ct; prodU~ c~ :;;!~O~i~~~= ;::,e ~st~ despro~dos de qualquer meio mente. ~~elaç~_d~d'y.@> definem~",-~ ..p.•rtir da.?I!:!~as~~,"

tem. A sociedade está dividida em CI:' à.disposlçâo d~queles que os de- de do~ meIos_de~uçáo, \ -
dede privada dos meios de prod _ . s.soclals antaqônicas, Há procrie- rOra, o que são os meios de produçáo senão parte das forças produti-
proprietários e não-proprietários ~ao, istode, a socl~ade está dividida em vas? Logo, é evidente que as relações de procuçáo estão condicionadas pelo
eseravista, sociedade feudal sociedadeca .e produçâo. Exemplos: sociedade nivel de desenvolvimento das torças produtiVas, de modo que as modifica·
,e capitalista. çóes que ocorrem nestas acarretarão mudanças naquelas~ Vejamos dois

i _R
A çao eClproc,aEntre
'
A u~idade entre forças produti-
exemplos:
a) até a pouco tempo as galinhas eram criadas soltas, alimentando-
orças Produtivas e vas e. re!a~s'-de' produção se de mínnocas, restos de alimentos e às vezes de um pouco de milho. Pu·
Relações
~ de Produção .constltul '!..ll1od<ldeproô\iijãD.Õ
modo de produção expreSsa
nham uma certa quantidade de <NOS e depois iam chocá-Ios durante serna-
nas seguidas. Mesmo que os ovos fossem retirados, periodicamente as gali-
duas relações: uma entre o ho- nhas paravam de botar e punham-se "em choco".

homens humana
ciedade entre si. é
A atese que está
história do d se ndo. exposta
mem afirma
~ a que
natureza; outradados
a história 50- M as I090 descob nu-se
. que esta parte d o processo d'e procnaçao
- das : i
t é esenvolvirnento dos mod d _. aves podia ser feita pela incubadorn (ou chocadeira) elétrica. E com maior
.' o ,das forças produtivas e relações de od _ os e produçao, 15- eficiência que a própria galinha, uma vez que este sistema permitia controlar
volvimento dos modos de produção? pr uçao. Como se explica o desen-
25
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.. ;gurr essa produção Intensiva fof ~reci~oo~~~I~ovos. ObvIamente para conse- psseí;~s'
(facas, machados, ianças, etc.}, "f~Üos"de~mãdeiri'::~iiifr~::~oo
- '.~,
.... rações) para as galinhas. Além de melhor ~Icar um~ nova alimentação (as: -.ossos, É óbvio que tais instrumentosnão eram suficientemente poderosos
nadas em pequenos cubículos m tálí allmentaç_ao,as aves foram confi- . .;,para colocar o homem em condições de lutar lsçladarnente contra as forças
e
gia ciscando. Estava construída u a lCOS;par~ q~e,nao desperdiçassem ener-~.,);'da natureza e os animais selvagens. Por isso o trabalho comum era uma exi-
entra ração, a matéria-prima' d ma ver adelra fabrica avícola": de um lado . .':;~jência para a própria sobrevivência do homem. Em conseqüência disso, os
vidade de procriação passou' a ~:ru~~trsaem os ?VOS,o produtO',Aprópria atí- ;;::;:'::"~eios de produção (as áreas de caça, terras de cultivo) eram propriedades í
produção de ovos se separou da rod~ ~amo dl:er,ente na mecíoa em quê a' ,},:::'c:omuns de toda a sociedade. A própria repartição dos bens produzidos era I :",,-

ção de matrizes (os pais e má : .çao de Pintinhos, E também a produ. ','.:.,feita e:n partes ig~ais, Porta~to: o baixo nível ~e desenvolvi~ento gas f~s i;L
. bém especializado Quer d' es os pIntinhos) passou a ser outro ramo tarn- ..' produtIvas determinava a eXlstenClade relaçoes de produçao baseadas na. <1
.quern produz pintinhos, com~~:~~~r~z:.em produz ovos, compra pintinhos; :'"c "propríeda~r<:>!;tiva e n~ i~Eiténc~~}e classes sociais antagônicas, -, ,
r- --'v1as-porque uma gallOha que nã h Quand.2..-<?.b9mem.,..ÇQ!Il~QJLa usar instrumEmlo~~.-m~Jp-' deLU.lm.
! ração, é mais adequada ao sistema ca o,c ,oca, presa nu~m=a-':g-::a-:-io-:'a-c-o-m-e-n-d-:-o~·-":'''e;;;;n;;;;o:r;rm;;;;r;-e=-;;'
s~am<0:,:;·n;;:;a~pr;;;0;uçâo.1JsnovjJs1nstrumentos-{a'-enxadãmetáfica,-o-ma---
i terreno das fazendas à procur d '. pltallsta que a outra, que ciscava no ~EiãaõdebrÕrize'ou'-éjeferro) aumentaram a produtividade do trabalho, possi-
'-ovos que a outra, a galinha que não mlnhoca,s? Ora, além de produzir mais bilitando a produção de excedentes. Ao mesmo tempo produziu-se uma nova
que fabrica gaiolas, chocadeiras ao choca da lucr?s ao produtor de ração, ao divisão.do 1!:a.palbo.c,om,aseparaçãodãàgilcúlturadas demãisativi~ades:6a
com isso? A resposta e' ób '. 'd que vende pritinbos, etc. Quem ganha mesma forma os progressos no trabalhodos metais e na olaria acarretaram a
vIa. os onos da . d" -
chocadeiras, etc. O pequeno produt r s I~ ustn~s .de raçao, de gaiola, de .se divisão do trabalho entre a agricultura e os ofícios e, conseqüentemente,
esse não Ele tem qu _o, que crra os plntmhos e vende os ovos a troca de produtos.
, e comprar raçao ga' " '
de grandes companhias e pa ' 10as, medIcamentos, pintinhos, tudo " A produção de excedentes criou condições para outras formas de di-
não consegue bons preços g~
caro p'?r essas coisas. Na hora de vender ele
grandes compradores. O preço ~q~ ~a~ tem poder de barganha frente aos i
,2 .visão do' trabalho como, por exemplo, o aparecimento de um grupo social
desvinculado da produção direta de bens: os sacerdotes. Além disso, possibí-
de galinhas para garantir a sua sObr~vi:~xo.que ele ?reCiS,acuidar de milhares = litou a acumelaçáo individual da produção, gerando formas de desigualdade
ganha relativamente menos, enca, Em smtess: ele trabalha mais e social que chegam ao limite' com o estabelecimento da propriedade privada
dos meios de produção diferentes daquelas que caracterizavam o modo de
. ~·f~ºr.lcéi. ,élv.í~o!a"só. se tornou possível . J produção primitivo (comunismo primitivo).
instrumentos 'de' r":;'
VO~Vlr:n.~~.t.?_.~?~
de produção (géné~-- ..-~.º~Ç,:l.o
,p.org~~_~_~~~l:l~m d~sen-
(ChocadeIras), da crencia e técnica
que perrnJtlu a produção de I' h ~
Como se pode observar nos exemplos citados, º-.9.esenvolvimento
da~forças produtivas gera mudanças nas jelações. ..de.produção, isto é, nas
-*
mais produtivas), ou seja, das for as r' novas m agens de aves,
ram !~~rpor~~~,~.na produ ão :an R odut~~, E~~s~~ ~~~da.,:m _q~e~o- relaçõês entre os homens. Ao adquirir novas forças produtivas os homens al- -
características mais it'l:s·'I-ve'
l'sÇd"a·.,s·I'
...- sf~~T_~~.~_as reTaçoesae prooução. As feramamãiíêira como-produzem os bens necessários à sua sobrevivência e
novas relaçoes d"'''~--- também as suas relações sociais. Isto fica evidente quando se afirméL9':!.~-º-
do produtor de aves às indústri e pr u~ sao a infegracão ,~
clalfiação), n~'vos mecanis~e u; a~m~~to da ~jvisão do trabalho (espe--: desenvolvimento das forças produtiVà:sãinptiã e aprofunda a divisão do tra-
palavras, o desaparecimento da od st~bUlçao SOCIalda riqueza. Em outras t5alho. Esta slgnifica.o. aparecimento de grupos çebom~0>_Ç,9f1Jjunçºesnovas
em seu lugar a implantação da P;Oduç~o arte,sa~al pré-capitalista de aves e nç:processo de produção (por exemplo, o surgimento do agricultor, artesão,
. priedade capitalista dos meios! uçao _capItalista de aves, isto é, da pro- .comerciante). Os meios 00 produçãoe a organização cb trabalho são diferentes
. '.de produçãoavícoJa . . produçao necessários a essa nova forma . para o caso do agricultor, cb artesão, cb comerciante, ete. Portanto, cada vez
p~i~QR.surçeuma nova função m processo ooproduçãoestabeLecem-se novas
26
27

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r: < ':,f ,;-i:.formasde apropnaçao da-!1aturl?Za;4~orem'estas modificações nao cnarn


" , . '. Est-&....J~ " portanto -um'lantagonismo
'si mesmas um"'i1Õvosistema'diipropriepadedosmeios de produçao•.;R . __.- 0"'- deprodtição 'capitalISta.- ~"'"" '. teressesdos
'-";no-céntanto;'pela':acumíJiãÇãcr{fe,:pequ'ênâS~'frSúcéssi~àS'inudanças'Crl.ar:, .- .relaçõe s de produção feudais (que,.expressay~-ºs _!n, ando .
"as _ -'t lista (representan os m-
'",condições objetivasc para -à"'iristitucíónalizaçãb:C(tornarperríiáriemé )'~um'~";' ,0" f dais) 'as ralaeões
hOres eu ais e Y"',,": ,
de produçaOcapi a I
f
,
s produtivas.
sistema de propriedade; Por essa razão é que se afirma que' as forças pr' "Ssés da burguesia) as quars Incorporam as novas orça "
tivas determinamo caráter (tipo) das relações de produção vigent~~- '--", , declínio da sociedade escravlsta exis-
"_ Exemplo nº 2: ~o penado de ceram um lonoo desenvolvimento no '
As forças produtivas mudam em primeiro lugar, mas não o fazem i .' """ novas forças produtlva~, que co~he rfeiçoamento do trabalho de fund!-
dependentemente das relações de produção. Se a cada mudança nas fo}ç " " ""'odo precedente, como e o caso o a: do do arado, descoberta do mOI-
produtivas ocorresse ao mesmo tempo uma mudança nas relações de prodtH ;t~f:!Çâoe de tratamento do ferro, USO ~e~er ~~o óleo e mel. Estas técnicas no-
ção a sociedade estaria sempre em equilíbrio. Obviamente não é isso :l':C~ho de água, progresso n~ produçao e~ d~ produção 6scravista Os escra-
~..",.::-"S en:.-avam em cont~adlçaocom 10 m balho pois faça o que fizer ele sera
ocorre, pois há momentos em gue.2- sociedade vive crises sociais profund
vós não têm nenhum Interesse ~e o tr? isso os escravos se revoltam, to- .
Aquestaoõásicã-é-qüeas forças prodüiivãsriaõ'têmé'Cé:âpâCidaéie'dé~
o/Sempre tratado da mesma ~Bl!elra. Alem di to de escravos que exigia guerra '
damente provocar mudanças radicais no modo de produção. Se isto fosse
, possível bastaria que o homem agisse no sentido de modemizar continua-
., -.-- , --. ;~;'gemfreqüentemente e o propno recruta~en_ o
t'r,prmanente toma-se mais difícil pela reslstencla que os POt am em cnoQue------'-
vos escravizados

______ rnentECãs-fô;:Çãs=prod;;;tiVãS;;~ríar::::-6ffiã'::SOCrOOã"oo em--quêâ riqueza' _.-.'-"1"- ,


'~\. ' comeÇam a ~por. ortadnto,_
P novas forças produtIvas en r
aSescravistas.Elas exigiam para continuar a de-
("prospenáã:de") fosse~distribulaaáe1õrTna"'cãaaVêZíTiãiSTgüãTífáTi{CAêxpe.: ". __com as relaçoes de pro uçao _
riência demonstraqüe' a realidade nãô-secOm~x)rtã-dessa maneirâ?Tomcmdo, .;-:-c 'senvolver-se novas relações de produçao.
'é··, , " d ue quando se estabelece o
como exemplo a sociedade norte-americana (EUA) observa-se que ela é a: Os exemplos perrmtem ÇQl!!P~~~!1-~·LÇj-,-- -.--'-----'--- 'd· de
-_,"~.,~_--_' __'o' - - 5 de produç9-0,ocorre lJITl peno 0_
mais próspera dentre as ocidentais, mas, ao mesmo tempo; compõe-se de
'conf~e fO~~!2Q~,Ig~Jl~@.I?Ç:rr;' ser assim explicadas: as rela~oes
desigualdades sociais cada vez mais profundas. Sem que haja mudanças nas .ifi~_~ê§.lJ5~ socl~l~'_Est~ lutas ~ incorporam as novas forças produtlV~s
relaçóes entre os homens e conseqüentemente na expressão institudonal de produçao que obstacullzam e nao dO. dade oue não t~rn)l}-
(política-jurídica) dessas relaçóes não acontecerá nenhuma mudança substan- o ao processo de produçao _
- reQresentam~arte_ a socie
'., --------;;;-~ivil~ios, Por outro
~=~--,_.--"-.
tiva na estrutura da sociedade. teresse na mudan~_~is el~ repre~n~,.h0 ~~~ sà p;~eda
sociedade que
As rel~ç~s d~oP!oqução, cujo desenvolvimento depende das forças
faêlo, as nõvãS--re1aÇíJes Oe produ~~ocorresp~nãOdominante. Percebe-se que
. depende da m~dança para a~qUlnr_un:at~~~ente vinculadas com as novas
produtivas, agem sobre. '1. desenvolvimento destas forças, acelerando-o ou
as novas relaçoes de produção estao I,nI , r cam em um novo tipo de
diminuindo-o.-As relaç6eSae produção desempenhaITí'úm papel de obstáculo. forças produtivas. Em outras palavras, elas irnp I
ao desenvolvimento das forças produtivas quando elas já não correspondem homem (novos valores, ideologIa, cultura).
ao progresso dessas forças. Ao contrário, representam um elemento esümula- . _ - timulam o desenvolvimento das
dor quando correspondem no essencial ao estado das forças produtivas, isto : As novas relaçoes d~ prod~çao es d ão não permanecem eter-
forças produtivas. Contudo, as relaçpe,s_de.pro ~~ecer e entram em choque
é, os progressos são incorporados na produção. Vamos exemplificar.' o
namente novas; elas, também, :omfeçam a ~n~~vo desenvolvimento. Perdem
Exemplo nº 1: a riqueza dos senhores feudais eram essencialmente a , ~rodutlvas que Ja so reram u , ara as quais se tomam um
terra e a apropriação de parte da produção realizada pelos servos. A riqueza o
da burguesia estava materializada nas mercadorias produzidas e simboliza- '
das ro dinheiro. O crescimento da produção mercantil ameaçava o poder dos ;
o papel de princ~p~I,motor das forç~s pr~u~~~:~s,
obstáculo e se íructa ~m novo_peno?o
o Assim, pode-se conclUIrgue aÇ?oreclp~o
c: lutas e mudança SOcial.) ".
entre fO!Çaserodutivas e relaçõey_ ;;)
oedades humanas.
-'-'de produção está na base do desenvolvImento das SOCI -~. '
senhores feudais que tinham ro reforçarnento cbs direitos feudais uma forma o
- h que fazem a nistona.
de proteção. Por isso, buscavam regulamentar a crescente força econômica da .. Para finalizar, um lembret~: ~ao os om~ns . O ue se quer enfa-
burguesia nos estreitos limites do sistema de corporaçóes. Assím, o modo de " : mas a fazem segundo os limites objetivos .de sua epoca. ,q te. está amarra-
produção feudal treiava o desenvolvimento das novas forças prOdutivase das . '. ., 'dança. embora seja também um ato coosceoe. .-
.uzare que amu . . 1 - "deproduçao. i

'.odaao desenvo, 1virnen


. to 'das'forças'produtIVas e das re açoes , r
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• J.' -r-

.. o. :permitindo - asSimeStabelecedl,aexploiaçãOdo homem pelo no-


-it7està'novâ base"eCórlômica-baseadano trabalhó escravo deu Origem a
no~õs-·éõsiUmes, novas idéias ê inclusive ao próprio Estado;
_. d) as' transformações que levam ao estabelecimento da sociedade
regime ~conõmi~ constiiui::~~ r~~~~da°~~~uO ._~. socialista provocam mudanças radicais nas concepções ideológicas e nas
~i,ai~ ~Iíticas, jurídicas, filOS~;!'~ 1:I~a7strutura] ~a socieda~e. As idéias',
~~ normas de comportamento das pessoas. Por exemplo, no capitalismo a espe-
mstítuições e organizações (Estado I reí g os~, artlStl~S, morais, etc.) e as:
superestruture: Base e superestrutur~ f
ja, Partidos P~htICOS,etc ...) formam- a -:-
ff{:X culação (financeira, imobiliária) é uma profissão protegida e regulamentada
~:'pela lei assim como o profesSor, médico, advogado. Isto só pode ocorrer nu-
trutura é gerada pela base e com ela desar um todo ínseparável; a superés--
~tes em uma sociedade estão relac~~~:rece. P,ortanto, as idéias domi-' ••• ~i;'_'ma sociedade em que a exploraQáo do trabalho é protegida pela lei e na qual
meios de produçao quê nela domina e à as ~ tIpO de prom~-ª9.!LQºS ~ ..' o dinheiro constitui o valor supremo e o padrão pelo qual se medem todas as
. '. . s corres~~~en~es for~s Qr~~ji~ê;S. -: -" virtudes. Em contrapartida, no socialismo a atividade especulativa não só re-
_, A teoria da base e da superestru ' .- cebe a condenação moral da sociedade como é proibida por lei.
çao, determina, em última instãncia, tod tura explica como o, modo de produ-
-Afiffflaffle-S--~lde-a-base-determina-a-Sup.1l~rutura L~ uma mu-
--50elooade-histerieamente-determm.
.t ad a-teTlT"'a-slTClbas
os os aspectos da Vida social Cada
'f . dança da base faz mudar a superestrutura. Isto significa que uma mudãnça - -
res rutura correspondente. A forma dominant . ~ espec rca e a supe-
po de organização da sociedade o e de propnedade determina o ti- nas forças produtivas e nas relações de produção provoca alterações nas leis,
instituições políticas, das norma~ ·u~í~~~por sua _vez, d~termina o Caráter dás na organização política, na ideologia, na moral, ou seja, na superestrutura
alguns exemplos para tomar os co~ceito as e, da ideoloqia em geral. Vejamos Por outro lado, é necessário ressaltar que a superestrutura não é um simples
...p s mais claros. reflexo passivo da sua base; pelo contrário, ela é uma força que atua na con-
• ;o,\,~-7~ , ~) ~ relações de produção feudais - . A
solidação e fortalecimento da base. Exemplificando: é evidente que as insti-
10_ so econorrucarnas também pessoal d pr~sSupoem a dependencia não
da terra No direito feudal isto se e °
campones (ser:'0) em relação ao dono
tuições políticas do capitalismo (o Estado, o direito, a ideologia) têm um
grande papel na manutenção da propriedade capitalista, impedindo a sua
~amponeses e senhoré5. Estes, alé~~:s!va na d,eslgualdade jurídica entre
nam em todos os aspectos da vid d apropnarem do trabalho, interfe- substituição pela propriedade socialista dos meios de produção.
a os camponeses·
. b) a passagem para as relações d ' .- ,.
___ _-------=--'----- ...----..~..__. ,_..,._'
Na superestrutura de qualquer sociedade de classes prevalecem as __'__ A'.~- __ ~_·-~· .--,.' ~- __ o .' •

_idéias e as ~~~~_.~_
institUições •..-da~----or-~
classes-,~-dominante, isto é, a classe que., detém a
.; modificações profundas nas relaçõe s i 'd- e produção capitalistas provoca __ . .. - - - .- ....- -.-----.- ~_.-..•...
-_.~~ --
. dénci JUfl Icas A co - d' e!:~-ªºe_s.Qbr€LQ~_m~~~ 9.~p~~d_u..~?:Mas existem também as ideias e as
"~;:' enc~a, pessoal foram substituídas pela i u I· erça~ íreta e a depen-
. operano e o capitalista ("todos os hom g a d~d~ qu~ a lei estabelece entre o organizações das classes oprimidas que representam e expressam OS interes-
numa sociedade onde predomina a desiou: sao Iguais ~e~ante a lei"). Porém, ses destas classes. Assim, a divisão da sociedade burguesa em operários e
vada)a !9ualdade juridica é uma farsa~aldade econormca (propriedadepri- ,~ _ _ _ capitalistas reflete-se mais cedo ou mais tarde, na consciência de uns e de
dade jurídica, isto é, asSegúârada ~"'~"I'-~I .exlstencla da Igualdade e da liber- outros. Os operários começam a descobrir que têm interesses contrários à
, pe a el tem uma fu - .
cionamento do capitalismo' na medida em ' _ _ nçao Vital para o fun- classe burguesa. Em suma, começam a adquirir consciência de classe, o que
soal dos trabalhadores a um senhor que elimina (proíbe) o vínculo pes- faz com que eles se unam para lutar solidariamente contra os capitalistas. A
trabalhad?res para oferecerem a su~ ~:eg~ra-se, portanto, a liber?ade dos vanguarda (setores mais conscientes) da classe operária unem-se num parti-
r\
~
prar. Por ISSO,na filosofia e nas idéias f-
e trabalho a ~uem qinser com-
tava contra o feudalismo, falava-se co ~ mcas da burquesia, quando esta lu-
do político, fundam-se sindicatos e outras organizaçóes de massa dos traba-
p_a~atodos; ns antemente da igu~ldade -------_ ..•. _- --
e liberdade ~'. lhadores. •
Portanto, em qualquer soci~.d~_qr-ªiªr. das forças pí~vas e 0_
nível do seu 'desenVolvimento determiQ?m.-as_relações-.que-os.hornens..eSJ?.:..
c) na sociedade primitiva os risi -
tribos eram mortos e às vezes d p oneuos capturados nas guerras entre .§ecem na ~ dã sua "êXiSiê'õêiª"~Estas relações constituem a base
"form do '. , evorados Mais tarde ' ;.,
". a semescravos.Con:o':se.explica~m ,porem, foram ~rans- .'.sobre a qual se levanta uma superestrutura política e ideológica
o aumento da produtividade do trabalho _.._.udançade costumes? E-que
POSSibilitava a utilização do trabalho 31

30
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noscis. . -I terminava .que .os
,-o-foSseffi- ---tufai:1ôS e-e~tt~'es-'oom,.;eSaavõsá.:senhÕresricOs. .
O

. terio-Séciilo XVI for o na I lat 72.000 cam ne-


ridig6s. Este processo de expropnação da terra continuou ainda duran-
CAPITALISMO: ESTRUTURA E EVOLUÇÃO r:--.,o
e"""- o-"-s XVIII. Nesta altura, os camponeses passaram a ser colocados em
00 ílos (casas de trabalho), o que permitia ao Estado fornecer mão-de-obra
Uma das contribuições mais im ,; ís barata para a indústria em expansão.
refere-se à explicação sobre o modo deportant:s cont~da,nas teorias de M . _ ~ te rocesso de criaoão das condições de existência do cap~alis-
em linhas gerais, o pensame t d M produçao capitalista Vamos coloe ;mo - denominado :aCllmulaçao pnmUlva - use IS 105 maIs VI
origem, a estrutura básica e as ':o~tr
ed' ~ sobre esta questão, enfatizando ,~.tõSdahistócia da..humanidade.Além da brutal expropriação dos camponeses
- a IÇOeS presentes na sociedade capitalis ....
;e dos pequenos artesãos, povos inteiros foram pilhados, escravizados e ex-
~Jermjnados(um exemplo disso foi a Guerra do Paraguai). Na verdade, ocorreu
. A Origefn do C . li. .. 0":;':0 seguinte: os produtores diretqs foram violentamente privados s seus meIos ae
---, ~ ev - a12~taJSflla:---- __1LloglateJIa.-de ~~:>':~-tJ§80,lemanaJJ;se:ltvles_como pessoas.o Dão sao ma's servos), condição lfies
o oluçao lndustrlallnglesa de ? século XIII,
;f"~iiiJJunha vender a sua força de trabalho em tr~ sal 'o ara er sobreviver.
qUfJ

prateava em lar
:~;.; O:~ i5õ õutro lado, estabeleceu-se um pólo de acumulação de dinheiro e riquezas, como
nomia mercantil, na qual alcançou rand' " ga escala a eco- r: -Pressuposto para a criação de empresas industriais. Outras conseqüências desse
de lã para os mercados europeus. E~ta e:,m~rtancla a ~rodução e a venda
processo foram o prolongamento da jomada de trabalho até ao limite da re-
camponesa que ocorreu na Inglaterr em norma mercan~,Iea grande guerrao
Sistência física dos trabalhadores, a utilização em larga escala do trabalho
vamente a dependência pessoal do; cam 1381, foram elIminando pro_gressio
feminino e infantil, a acumulação de dinheiro, ouro e prata pelo comércio de
grandes proprietários de terra (senh f po~eses (seNOS) em relaçao aos.
escravos, pela usura e pela pirataria dos mares e a pilhagem e a escraviza-
sa força impulsionadora da fo ~res eudaIS). Isto constituiu uma podero-
9áo das populacões das Colônias.
capitalismo. Este processo acel:a~ao dabsmanufatura~ da primeira fase do
u se so retudo a partir do século XVI
Nesta époCa a Inglaterra já era
fragmentação em pequenos Estados um Estado ~nificado, ao contrário da
.
o Desenvolvimento A forma típica da produção
exemplo. A maior parte da população i~u,e car~~ten~avam a Alemanha, por . da Produção Capitalista anterior à Revolução Indus-
poneses tinham de pagar pelas s g esa VIvia ainda no campo. Os carn-] trial era a manufatura, em que
.. , uas pequenas pro .. d do"
nherro aos nobres latifundiários 01' pne a es, tributos em di-o o trabalho já' está dividido
gens para os rebanhos de ovelh
, que Utl Izavam as s
'_
t o ____. ode modo que cada um produz apenas uma determinada parte do
.uas . erras como pasta- • g~~l2~1
as para prodUZIrIa ' o _-0- -Iizando ferr si, leS~ o... _~ . __ -. - I:tf~~l '-b-
Os grandes deSCObrimentos do sécul o: '. se o 'eS', e _ 'a -:.;:-o < oa arte ai nde o artesão _
fato que gerou um aumento na
,
o XVI ampliaram os mercados :
procura da lá Os latif d'" , '
o.- e ecu á, uma após outr tooás as es do produto. Apé$ár disso, ~ c:" -f\; lJ--
consegUIrem aumentar as áreas de _~D_lanos Ingleses, para o ção manufatureira não tinha condições de aumentar a ução de mercado-
d d o--=-.
pastaQens...anropn~ram- . d •
C~
~lIIva, as JlS Cam~~ f"nção da~eC;;~::S-Qag , rias,_cuja de aumentava rapidamente. Os seus proprietários procura-
~ropnaram-se das propnas terras de cultivo ri 6 r euas, . . o'ovam, por isso, novos meios para aumentar a produção de mercadorias.
pnados das suas terras tiveram ~ses. Estes, expro- A necessidade de fio para as oficinas de tecelagem tomou-se parti-
, ue abandonar a ' ~c ----~_
ocupa ão, viram-se for dos •agncultura e, sem qualquer . "cularrnente urgente. Para fiar a quantidade fio que um tecelão era capaz de
-' leis foram criadas para castigar' . o e roubando. <
'de utilizar no seu tear era necessário o trabalho de oito a dez fiandenas. O
. ..' os mendIgos que estivessem esrrolando, À .:
32 .
33
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___________ + ••••• ." __ •• _: • .:... •• - _:- 0

u'----- ,-- -- -------- - , ' -- :.'" ---' ":-:-' _'CC •• _,,: ._ '~-----t~possível,através da
_aperfeiçoamento da técnica de fiação era uma necessidade social premen!e.~: <a 'IapOft. s.d 'li ação entre a máquina
'_"'Com- ô'Oesenvolvinie~tó_ dél.rTlá9U1~a
• 'lizaçãodé-Córreiasde _transmlssaocorno rTlet?S_e ~ - as de 1iar e
, . _" Tanha de se encontrar um instrumento de trabalho que libertasse a fiandeira :'
;:'_.~motriz-.eas outras, o funcionamento simultân~, de várias m qulO
á •

.
do rlíànejo ~~
- _ ..... -- . --
_de ,Um úniCo fuso (instrumento de fiar)•• -,:, '-'-- :-- . ,,,;
, - ," ~-de vários teares. - - - --- - - -
. .
.
- - . .
rt" 'a econômica do earvao.
O primeiro invento que provocou, na -Inglaterra, modificações radicais A máquina a vapor aumentou a írnpo ano . de Carvão
foi a JENNY. urna m ui ta máqui- s proximidades das minas '
Muitas fábricas deslocaram-se para a ld' m grandes cidades industriais.
era posta em movimento à mão e tinha 16 ou 18 fusos que apenas um transformando rapidamente pe~uenas a elas e todos os ramos da atividade
-operário fazia funcionar. Isto teve como resultado o aumento da produtividade Além disso, a produção industnal es~endeu-se~ em recedentes nos mo-
do fio de tal modo que os tecelões passaram a t8r à sua disposição fio em produtiva, provocando uma verdad.el~ revo~o, ~dOt~OS os setores da vi-
ffiaior quantidade do !:!!U!,quela que conseguiam utiliZar nos seus~ares.- dos de produção anteriores_ao cap,lt~hSmo, arca . _-
~-------
da social inclusive as relaçoes SOCiaIS. ,
Alguns homens que haviam acumulado grandes quantidades de di- - '. _ s-representou itória da máqUina
nheiro, principalmente através da usura, da especulação e do roubo, começa- Este _ _ redutores individuais de mercado-
ram.a montar a JENNY em grandes oficinas e a acioná-Ia com a torça hl- .~ ~~oduçao. m~ Os artes~s_ e P formados em o~âí1oS a~~ ~ _
dráulica Rcaram, assim....e_mwlJoiç,oo_s_de_(eduziLo..núrner:o-de,operát:ios-
edt:-----"'1iII~-------flas-f~salo ados- - , to u-se assim no avanço
fabricar e vender fio mais barato do que os fiandeiros que acionavam a sa]liiãd06o: Q...cuta+lÇO-----V-itor:ioS0-da-l+Iáqult:1a-tr.aos- u âo têxtil
JENNY manualmente. Estes não resistiram à concorrência e viram-se força- __ vitorioso do capitali®o. A tabela abaixo mostra a evoluçao da prod ça
dos, cada vez em maior número, a renunciar à sua condição de produtores iíO Reino Unido em apenas 35 anos. .
independentes e a vender a sua força de trabalho como assalariados. Número de fábricas e operários têxteis no Reino Unido

A - 'cio do sistema fabril inglês, que teve uma nova Operários


ANO Fábricas de Te- Teares Mecâni-
expansão com a Spinníng ThrostJe, inventada, em 1767, pe o iro Richard cidos cos
Arl<wright Çoncebi.9-ª_Rara a_utilização-de-uma-ferça- motriz mecânica, esta
n:@gyjna.-juf.ltamerlte-GGt+l--a-FRáfll:lil'la-a-vaJ*)r,-fei-a-iAv€r:lçáo-mecâl4ica...mais 116776 354684
1835 3156
importante do sécul .gutros inventos se sucederam e com a máquina de 298916 595082
1850 4330
cardação e de pré-fiaçáq (inventados pelo mesmo Arkwright) Q.sistema fabril 63,.,~ 490866 775534
1861 907230
p~ou a dominar completamente no setor de fiação. 6867 610004
1870
g
aperfeiçoamento da técnica da fia9áo impôs a necessidªº-e social
Fonte: Comerce and Indu~try, Londres, 1919. . _
do aperfeiçoamento da técnica da tecelagem. A esta necessidade respondeu bre
tõ rm te-m estabelecer as primeiras conclusoe
"I

o ~stor-ingles C~ht com a inven -o do tear mecânico nos últimos anos E tas ues e
do século XVIII. Já no início do século XIX seu invento estava em condições ...~. o caráter do modo de produção capita~ .
- Ia força do produtor direto
de concorrer vantajosamente com os tecelões manuais. Deste modo, tambétn fã:'ta acumulação primitiva - ~paraçao ~ - _ criou condiçóes para
e,ste grupo profissional foi arrastado para a luta impiedosa da concorrência (camWeses e artesãos) d~S seu~ m.elos de prod ~ação da mais-valia e a

-
capitalista.

Todas as máquinas redobraram de importância com a máquina a vapor


o surgimento da acumulaQí3.ocapitalista - a exprop
transformação desta em capital.
. . . de ma lado a concentraçao
-

de James 'Natt, inventada por volta de 1764 e utilizada desde 1785 como for-
@ a acumulação capitalista provoca, u - dos capitalis-
contínua e cada vez maior da produção e do ~ital nas maos
ça motriz das máquinas de fiação. Esta nova força motriz, ao contrário da for-
tas e, de outro, o rápido crescimento doproletanado.
ça hidráulica, trabalhava em qualquer estação do ano e em qualquer local.
35
34

I
,--••,~~~~-~~~;F~··~'~~Iação'~
, tre oS
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lhes-imPõe 'àUineOtár
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'-_,~.,.~~do PI'OCesso produtivo frwo-~


. . tstas brasileiros' discutem ã' aui --' ';.
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_ -
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-,',. ',-.
ccn'eulfôe---'--

. s:
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. , seqüênciaS~é a redução do em-omaçao, das suas errpesas). Uma das con- _:
_-0.'
> ,

~.C.'
,> . ·-:-
..
···f·

Assirn"osgarltlos .ObtidosrlOYe!áO t~eriam


""nO ~irivemo~-o-Evidentêmente
a
.

ser anulados pelas


-qüê~ó~lucro capitilísra: é 'uma'''reaJidaéJe
. ti'· prego de força de trabalho , 0=.,,: nteE{não~poaefía ií6atão SabOf das ,tíutúáçoes'dá"demãndif(prOCü.;
con ngente de desempregadoS e sub-em .: e o aumento 00 .:
, " pregados.. : • Isto indica qUe se deve buscar outro caminho para explicar a mais-valia;
para desvendareste segredo é preciso analisar o processo produtivo capitalis-
O Lucro
. li.
o
'" lucro é a força motora da SOCiedade
fia, pois é nele que a mais-valia se produz.
Cap ua tsta ele que move os capitarst E
-
~JSta.

O capitalista proprietário de O adquire mercadorias (M) para produzir
do I as. que detenruna o senn. '.outrasmercadorias (M1). Em que consistem as mercadorias M? Instrumentos
e o montante dos investimentos e que impullo:_-
as transformações técn' ~ Id ~~~:::, de trabalho (máquinas, equipamentos), matérias-primas e força de trabalho.
PfOCeSSoprodutivo. O objetivo do lucro _ 1C3S e a modernização do . .. De posse desses meios de produção e da força de trabalho o capitalista os
a aplicação de técn~ ffiQdemas e faz sempre o lucro máximo - ~ faz prcx:fuzirM1. É neste momento da produção - a transformação de M em
mente o grau de eficiência d;trabalho ~umentar quantitativa e ~ .. M1 que se produz a mais-valia exatamente porque nos componentes de' M
+:_.!.~~s crescerlt~~OOJpliação_dos in:C'~' Isto POSSibilitaa apropriação de está a força de trabalho, a única mercadoria que pode criar valor e portanto
exploração da classe trabalhadora P~r~timeAtes-às-:ustas-do-aument(ída 'ar rtlaiS valor(mais-vaHa};-Q-valor-ee-M-é-dadO-pOLOristo...é•...
o_v,aIQLGQnti.d9 .
provém o lucro capitalista? ' uma questão se coloca: de onde nos instrumentos de trabalho, matérias-primas e força de trabalhõ (salários).
_ ~imos que, no capitaJism . -O valor de M1 é O+d, isto é, o valor de O e a mais-valia.
~ - Instrumentos e matérias-pri hza os meios de pro- " A teoria marxista (materialismo histórico) parte do pressepostoce
da ffVJ"'-:>
de ttabaJho I mas - e outr • .,>
, ~.~ • sto, somado ao fat d 10 i~ ~ mente o trabalho - mais precisamente a força de trabalho - produz,ri-
fürÇa-ae trãEãl~ -~
flV, ~mem a COOOiçaood e que todas as coisas
--...
incI'
USlVea
f
quezas(cria valores)~o no cooita~isrI!.o._af9fÇade trabalho, além de cnar
de~=:i.:yçao~--_-Es~te:""
conjunto e-fu~ IÇQee mercadõría, gera um novo modo q seU P1ópriovaiar (sàlário), produz também outra quantidade de valor (mais
uma parte do trabal '. s e ermlOa
executado pelos Operários se' ue vaor) ue vai se constituir na mais-valia, base da explora -o da for de tra-
• ' a nte ~~Mas como a força de tr a e ser explorada se ela receb,e um
reséhama-se MA/S-VAllA e se ,: alho ex I' riada dos trabalhado- salário em troca da cessão de suas energias físicas e mentais por uma jorna-
<--- . constItUIna fonte do lucro capitaJista.
da de trabalho? Aqui reside o x da questão. É verdadeque o operário vence-a
A mais-valia não se origina da troca d .
que a troca não gera valores novos N ch e mercadonas na medida em sua força de trabalho por urna jornada de trabalho (8 horas, por exemplo) e
troca sua mercadoria M por dinh: ao amada troca simples um indivíduo A em troca recebe um salário. A quesjéo que precisa ser compreendida refere-
uma eira que por sua T se ao seguinte: o que é o valor da força de trabalho?
_ mercadoria de igual valor M1 (M-D-M1)'l' vez, unnza para obter
nao tem sentido do ponto d tst .,' oglcamente este procedimento A força de trabalho é uma mercadoria e como toda a mercadoria tem
, .. e VISa capItalIsta Neste
segumte forma: o capitalista Proprietário de ,c:aso, a troca ocorreria da um valor que é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para
(M) para obter mais dinheiro (O+d) tst é O (dinheIro) compra mercadorias... produzf-la. A produção da força de trabalho requer permanentemente uma
constitui a mais-valia Porém ser' ~ ISo ,D-M-O+d_ Este dinheiro novo (d) quantidade determinada de meios de subsistência (alimentos, roupas, remé-
V Ia Incorreto pensar qu fd) •
, ~ pensar com o seguinte exemplo' se u ..e" provem da troca dios, ete.) para repor as energias gastas diariamente. Estes Meios de subsis-
verao certamente no verão ele poder . • m ~ltaJlsta compra roupas de tência também são mercadorias que tem um proprietário; para obtê-Ias o ope-
e então ele estaria ganhando d' h ' á vende-Ias acima do preço de mercado rário utilizará o salário que ganha
m eira' porém certame
. pas de verão estocadas teriam se' '.. nte no inverno as rou-
• u preço redUZIdo em função da queda da Em síntese, para determinar o valor da força de trabalho temos que
36 .. somar o valor de todos os bens que a reproduzem continuamente. Em outras
r,paIavras, é preciso levar em consideração o tempo de trabaJho sociaJmente
e '- .

37

I
- ·~v ~{f~~~'l,~:>'~
~': -r+r:': ~.,. -"-,.,-'-" ..---'---:.,'~-, .,-'-~:-.----',~, ',- -. _ ís valor (mais-valia,IUtro}.-paraque~o::=
"/>" - ~':~~ocontido em todos os bens (n:~doriasLque .ooperárie~me :., .::;::;,;:, determin~das r~laçgeSde~~ rélã~ se
-_.' ~paraAnanter::se ,comooper~o. Põrtãhte, e '.operário devem prOduzir o seu, ,--, ser. "",nitalista5 Além disso, e precISO,ass: processo produtIvo Isto
_'- ·_f!õ~()':#or~,(~@.o)eelé-naverdade,produ~ mais do que ~sso. ' -- - ~ .", ~ent~mente. Do ponto de ~ISta re roduzam como capi-
- - , .Óv.r Vamos utilizar um exemplo paraesclarecer melhor esta quesjão, Um ' ,fêProduzam pe e de um lado, os capitalistas se P ssibilita adquirir
'S,;>';é ~ível desde qu , .• da mais-valia que lhes PO odução de
capitalista compra a força de trabalho de um operário por um valor de Cz$ - ;~~~'tal' ':""'staS-mediante a apropnaçao de trabalho para continuar a pr àrios
40.000 para utílízá-la durante 8 horas diárias. O operário se põe a trabalhar e,o" I '. produção e força , _ e como operall ,
'(':'::fnajs meIos de ários devem reproduZIr5 , ' recebem
no finaJ das 8 horas, produziu Cz$ 80.000 ou Cz$ 10.000 em cada hora de ;~-, valia; de outro lado, os oper ab lho pois o salano que
_trabalho. Logo, ao cabo de 4 horas de trabalho o operário produziu uma quan-· l
tna 5- como vendedores da força de tr a si~ampara sobreviver.
é
tidade de mercadorias igual ao seu valor (Cz$ 40.000). Nas 4 horas restantes, isto '~eapenas a compra dos bens que neces o capital e o traba-
produziu mais Cz$ 40.000 de valor que foram apropriados gratuitamente pelo -. .Ó:pem11 A repetiçáo cotidiana desse processo tra~:~:~ras das relaç~S de
-

capitalista. O operário poderia trabalhar durante 4 horas e parar, pois já teria íais opostas, permanentes e 'I em qualquer npo de
produzido e seu valor; porém, ele deve continuar trabalhando porque vendeu lho em força~ ~ Assim não se pode falar de ~Plt~ rlTcapit-al-sé-e~iste----
sua força de trabalho para uma jornada de 8 horas. rod~tahsta. , ---'mltíVas por exem-po.
p , orno nas sociedades pn. '
------No-exemp10, com 4 hOras de trabalho do operário o capitalista recu- ,~ SOCIedade,c odo de prodúçáo capitalista.
perou todo o dinheiro investido em salário. Obviamente, também todos os ;:'"'' comotal no m
. valores contidos nos meios de produção, já que estes não produzem\ valor, V' , d . -e
S A Revolução Industrial
ências e Contra zÇO
Te nd
apenas transferem-se (eu são transferidos pela força de trabalho) para o pro- '~.- .: constituiu a base do de-
Z· ,
dute final. Tudo o que se produz nas 4 horas restantes é mais-valia, isto é,
o lucro do capitalista. Portanto, a mais-valia consiste na quantidade de valor-
~~
do Capita ismo
.
~;~~:U~áO
nto do modo
capitalista
d' al da manufatura arte-
produzido pelo operário durante o tempo em que continua a trabalhar para f rmação ra IC b 'm
completar a jornada de trabalho, mesmo já tendo produzido o valor da sua , em que produziu uma trans o sso representou tam e - .
na medIda , tema fabril capitalista. Este proce, to denavas relações·
_força de trabalho. Em síntese: é tempo de trabalho não pago, cedido gratui-
sanal para o SIS _ s de-produção com o surglmen ão e os operários
tamente ao capitalista, umaJT1udançanas r~laçoe 'tários dos meios de produÇ e camadas
. os capilallstas proRne Todas as classes
_este o "segredo" da exploração capitalista: a produção da m ' -va- de clas:>e. declores da força de trabalho. , ~ -se nas classes fun-
lia A 'ornada de tra a IVI I a em dois en a- assal~~nad?S v~~alistas tendem a se desagr~ar e In.~_~~ cada vez mais. -
. lho pago durante o qual o operário produz o valor da sua força de trabalho. sociaISpre-capl ue estas dlferencl
damentais. ao mesmo tempo em q, ocorrido segundo certa~ t:n-
croutro é o tempo de tr.abalho não pago durante o qual o operano cna a mais- , do capitalismo tem I ~,..,n!'L.P.x-isten-
valia (lucro) para o capitalista Para aumentar a mais-valia o capitalista pode . O desenvolVImento a -Com eterro;-ae-efl~ -,
r à sua ró na natureza. =--
prõíÕrÍgar ao máximo a jornada de trabalho (por exemplo, aumentar de 8 para dências, Inerentes segUIntes en encl .
'I· o observam-se as ~nci;' a...estaJD8""
12horas) ou reduzir o tempo de trabalho pago, isto é, reduzir o tempo de tr?- ~plta 15m , ,. ital: a concorre ,
~Qãf- 'o PãJã a reprõdu ão do valor da força~alho
I mediante o , ~ centração e a centra~lzaçao do cumula ão do capItal, o qu~
aumento da rcdutividade do trabalho e a modemiza ão do processo pr i- Ieee a ne;dade de. ampliar contln~:~:: ;;ita~~~~
"'. primeira forma é chamada mais-valia absoluta e a segunda, mais-valia rela- concentraçao naS m: os ~~ u_ I
~-
--------- -------------~--~-------- -Wvaa sua , f cQs,..na..roedtdae!l ruue:e~ asas derrotadas _pe a
ro~ Ao mesm~~ores (centralizaçao ao
Quando se fala em capital geralmente se pensa em dinheiro ou em o~ • 'das pelos concorrentes _
meios de produção. Entretanto, pela explicação desenvolvida, o dinheiro e os concolI:_~~·~'~a~~~oo~wrv~I~~~------------
meios de produção somente serão considerados capital se forem utilizados "'\',,~ 39

38

. \
,,------ - -----
. .._,~._ é
~_porem; "O deSenvOlvimento 00 ~italismo não um fenômeno' -finear"-":~' -'
mas ~e cootradj16rio eõttêãS
çgóttadiçOOSprincipais est~ ,
'. ... , ~Cont~çãoentre a'organização cada vez mai~~.lane· ... in-
. : terjQU!.as mnpresas ~ a ":ãnalqJJia" {aUsW~ja~oto
. ~o capitalista;
__ ~ a ~ição entre a eocializaQáodo processo de produção..e a
_s-p.ro.dU1os pelos caQÜalistas;

EMPRESÁRIOS E 1M- Wa oontradi -o entre as ibilidades ilimitadas de desenvolvimen-


ANOS ASSALARIADOS (%)
-;;-
1880 -::: ~D~E~PEN~~OENTE~~.
:S~~~~~__ '.' to
de das f
emancipação do ívas (ciência,
homem e o tecnologia,
imperativo máquinas) quefaz
do lucro que cria um que
com potencial
estas
1900 62.0 36.9 _ forças produtivas ~te sejom mobilizadas para a produçã,o se forem ca-

~;~g
1930
~:~
67.9
~
3O.B
: " odas ~
-
adições derof~e
"ta!.
uma contradi -o rincipal: a

~ cíasse. nao Qropnerá~que-se-veem-oongaoos-a~OJQa::de----.---.....,


_
___________ B~9=B~==~~~~~~~~~~~~~~1=======:==~.~~~-~~~x~~~~~·~c~~~~~~~o~~~~~~-d~ade~aO~do~~d~a
• .~ trabal 9_-paraso~·
h
-==--=------ -
duzir-se-ão a apenas um
Evidentemente ou' tendê
esta a nCISea _ quer dizer que. os empresários re- -d;---
.. n~o g Este conJ'unto de contradiçoe-s..geramperiodicamente crises econôrrú-
por exemplo. a luta social dos produtores
zero. . d
na negar as oon1J&tef1dênci como r
~ cas violentas que ",,"'aMeS"", nos fenorneros da recessac. da Irlflaçáo e
t dO
A

sáríos em defesa dos seus interesses; m ependentes e pequenos ~ desemprego. As ",!ses """,Iam-se trág~as porque impõem o sofrimento. a
1 tq aumento da utiliz~ção de meios de r _. . < fome e a misária a milhares de indivíduos. principalmente aos trabalhadores.
,
.~ma parte crescente dos capitais não obtenha lucros suficientes . ..os
~ aça _ rça. de trabalbove (capital vadá I)' _ ) ,;. ~I~empre na busca-ea-ltlere-teAdem ti redllzir os in-
dências anteriores ocaslonand , este fato decorre das ten-
por máquinas e equipamentos °caudmaeresc~nte substituição de trabalhadores -Ó:
vestimentos, não importandO que isso gere desemprego..Aliás, o desemprego
_
semQr~ e o sui><lrnpregç;
. a vez mais moderno
S o QUeaumenta o de- ~
prõVàCa uma redução nos salários eJ conseqüentemente, aumenta a mais-va-
lia. Da mesma forma, muitas empresas vão à falência, abrindo espaças no
~ueda
c~ tendencial da taxa de I . ~, mercado para as empresas mais fortes.
p~oduç~o capitalista. A substituição da for uc~o.o lucro é o móvel principal da
A crise obriga os capitalistas a tomarem medidas para sair dela. Con-
~retlra do processo) de prodllção a fonr! e tr~alho ~ ~ios de produ-
evitar a queda da taxa de lucro (relação t que C:=larnais-vaíia (lucro). para traditoriament~, a única maneira é aprofundar a crise para criar as condiçôes
capitalistas precisam aumentar a rod e_nre a m~ls-valia e o capital total) os para a retomada da acumulação capitalista (por exemplO), a política econômi-
ploração dos trabalhadores ou reduzindo o da mais-valia, intensificando a ex- ca recessiva adot?da, no Brasil, pelo ministro Delfim Neto a partir dos anos
semprego, por exemplo);' o o valor dos salários (através do de- 80), que ocorrerá num patamar de concentração e centralização do capital
muito mais acentuado. O objetivo é recuperar a taxa de lucro para viabilizar
~ a socialização do processo de rod - os investimentos capitalistas. Esta é a lógica da produção capitalista
lismo cada empresa era uma .d d P uçao: nos prim6rdios do <:apita-
desenvolwenro dê t9Gl101 ia U~I a e relativ~ente independente. Com o A crise econômica acentua as contradições sociais e W desembQ:,
dependência cada vez mai: en~rQrçasprodutivas) estabe!ece-se urnãiíjü; car numa situação revolucionarir.- ua"os 00 cima" (capitalista) nâo.con-
Este fenômeno levou Marx a conc~u~s ~mpres~ e, entre os próprios pa§es.. si~alsin1PôfãSfegras dominantes"· baixo" (trabalhadores) não se \

. vas para o estabelecimento da socledq de o caplt~hsmo aia as bases objeti- disponham a aceitá- as. Abre-se, então, um ~ríodo de revolu - o social.-- !
"~"supressão da propriedade privada ~s meios
a ~ comunista, ~.
de produçao. : paa isso, a 41 II
i
40 \ .
i :
'. -". ..~"." _,o _'.' _, .
~;;;c:~;:~'~.~·~·;...~'~~i~
:··'>d~or'cUl11...a?lljunto de relações sócKrproduti~~nquanto"o Estado constitui
;:,"".'um reflexo e conseqüência destas relaçõe.s;não podemos cair numa interpre-
•.••..
,••-_ .• ". C'"

: ·----taçáo-fnecai1icistadeste fenômeno,típica de
.. /
/

um
• .

materialismo vulgar.
'

A QUESTÃO DO ESTADO: CONCEITUAÇÃO E CONTEÚDO· . // .


Ném das relações econômicas, o desenvolvimento e as característi-
cas de um Estado são influenciadas pelas relações entre as classes e as na-
Encarando apenas o seu aspecto externo .
como um conjunto territorial e demo •f ' podemos defimr o Estado ções. Mesmo porque não se pode reduzir o Estado à classe ou aliança de
nação política Portanto o Est do gra ICO_ sobre o qual se exerce uma domi- classes que controla uma determinada sociedade num determinado momento
, a pressupoe a exist' . d histórico. Principalmente nas sociedades modemas, a dominação runca é
~_o,-,'
po,---v_o_e"-..::.:te::.rr:.:it::ó::ri.::o,~c:o~m~o~é~le:!!.merUós
int I' d . ~cla .: um e<2Qe-'J?OJi!!.~ I
_,_.~r.Jg~-ºs e Ind/ssoclaveis. absoluta porque, de um/lado, Q Estado precisa se apresentar à socIE?da_de.
. O surgimento do Estado está li ad ~ ...• como algo "acima das cI~,~§l~: e que represente a-SOCiéd~dero~o u~ todo,-
de classes. Sua função básica é d g o ao aparecImento da sociedade
I a e manter a organiza - - pois é isto que lhe dá legitimidade.
amentaÇláo da sociedad_e_declasses çao, coesao e regu-
Isto faz com que-õ-Éstado adquira necessariamente certa autonomia,
Desta forma, ao Estado com ete ". . .
sempre no sentido de süã reprodu ão p- o eqUl"bn~ da soc~~ade,?J~.~.s!9 tanto em relação às classes que o controlam, como em relação às demais
sôdãJs nos diverso :--. ._~nquanto tal,,"flltrando" as contradições classes e grupos sociais. De outro iado, os quadros dirigentes do Estado bur-
". s nrvels>-.QQlSpara ele co ---" -- guês conseguem ter uma visão de conjunto do processo histórico que a pró-
~ste equilíbrio estabelecido peIOEst~cio-iiã .n?~~rg~l1]~s for~_~_~qy~~
tISfazer equitativamente as demanda ~ e, entretanto, no sentJdode sa- pria burguesia, enquanto c/asse, muitas vezes não consegue ter. Daí, parado-
contrário, de garantir a sobreviv' . s das d/:erentes classes SOCiaismas, ao xalmente, o tato de o Estado ter de defender os interesses da burguesia con-
nantes. Por isto, só podemos en:~~:r do proJ~to histórico das classes domi- tra a própria burguesia em algumas oportunidades. Em outras palavras, o Es-
de análise das classes da SOCI'~~~d determmada forma de Estado através tado burguês toma medidas que aparentemente colidem com interesses ime-
t::\.Jd e onde ele t" .
de forças estabelecidas entre I es a rnsendo e da correlação diatos da burguesia, quando na verdade está procurando viabilizar o projeto
e as. histórico da própria burguesia.
Em decorrência disto, todo o Estado
ca~a~~~r!s~?~~_?_ ?E-mínio de uma class~-- . ~ef!e~e..~~ sua estruturação e Apesar de o desenvolvimento do Estado ser determinado, em última
de uma aliança 'de-ClassesáS--' __,:._._o~'.o que e rnars comum, o d0lT!íniô~ instância, pelo desenvolvimento econômico da sociedade, ele possui também
,. '--- ". ,quals submetem seu dorrurno
•. '. --_..-----. -' .- '.
segmento-s-soc--'-"--E'.-----;-.,---
.'_.._ lalS. sta aliança ---t - __ -- -.-.-,.-...
o

_.' aos.' oemats


.'. a possi~_e de if1fJyic§9'p!~ desenvolvimento econômico. O Estado pede
I' ------'-:-.--.- en re as classes domlnant -, ',-
a go estahelecldo sem a existência de . _. es nao e, porem, acererãr o processo de desenvolvim;'tõ-oo;nômiéõ:ãssim'-como pode colo-
poder é distribuído de maneira idê r contrad/çoes entre elas, pois nunca o car obstáculos ao mesmo. Além disso, ele tem seu suporte social na burocra-
··'existirá no interior do bloco do ~~ca entr~ a: classes dominantes. Sempre cia que não pode se apresentar apenas como a serviço da dominação, mas a
um que deterá em suas mãos ~U/dO pe/~s classes dominantes, serviço da ·sociedade em gerar, ou seja, da concretização da relação entre
disto, embora o Estado goze d ~ ?esta aliança Em decorrência govemantes e governados.
.
do rrunarn.não e certa autonomIa em rei - .
tem força política em I açao as classes que o
ses sociais que o compõem. Ele ~ mes":o ma~ su~ forca emana das elas- Nesta' relação o Estado exerce a função de~~
. ráter público a estas forças. ,nas artIcula, Instltucionaliza e dá um ca- da sociedade, ao mesmo tempo ~er-ee-a1UriÇão de mediação e com-

42
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promissos entre os in..ter.ess-es-aaclasse que controla a sociedade e seus

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