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~ BRASIL - ~4!!i?.!I
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APRESENTAÇÃO, 07
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- Materialismo Histórico, 18
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deSenvolvem-se Sõb'Unia·rertá ordem· de "sucessão.' Ahumànidade não
=---:-:.:!.;;'::-z-:-~:.:.'.::~~...::~:;.~~~:..-~~s.:-E::T··~7~
P9de;·Por:exerrlplo, -paSsar~diréYãmente··do·machadO-dei'pedra á-PrOdi:iÇãO' de'
O MOD? DE PRODUÇÃO tOMO BASE DA' ~'DA S~C;~·.,-' .~.~'ênergiá at6mica-'Cadir aperteiçoarnentoou invenção está condicionado à
:. r ~. :;;'!' acumulação gradual da experiência produtiva, de hábitos de trabalho e de co-
t .~~~'nhecimentos no âmbito do próprio país ou de outro mais avançado.
11.~;~~~I;;;~;~=I~I.~~~~~~~~JL_··_~oo~~de~~~~~e~~de~~ Chamamos forças produti ao con·unto dos meios de produ~o, dº-~ ~,~".
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f----- ~ hemeflS-e-€les-eenneéiinentes-a ui s-ae 0A 0-.. - . -.G-+)é,-.-_ ..
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..•• v~nCla e'i'neéeSSariamenlê"'úinâ obra dê .,' .. __ :",-~anto, a sobrevi-)~·<le trabaljlO (forças.Il1]ldutiVas)são Os,elementos quê se roodiflCalll
• mêdldaque se desenvolve a divi _ . , colãbo"""", entre ()S homens. A '. _'mais ..pidez:Estas muctánç3s ProVOCám diferenCiações sociais rnivás e
pendência entreosprodurores. : ,:"",al do IraI5âffio aume!llâã1nferde- ,'do,mas de divisão do trabalho.
_ produzir
estão cada entre
ligados um por
si esi.dependeemClsamdodos
uns pr . ou ras palavras,
outros. Naosprodução,
homens não podem
os homens . " ';;':
. Por outro lado, as relaçiíes de produção, embora sofram algumas
__ ~:-:-=-:--:-::~~:...;::~::::.::.:.~u~n.:s~::s~o~u~t~ro~s..modificaçóes, dur nte a vigência de um determinado rodu - -o
As relações que os homens estab I . . '~s~lãl'ór exemplo, à ~iâlismo monopolista. tal co-
norninadas relações de produção Elas' di e ecem entre s ra produção ";;0 de- .' em nossos dias, ápresenta sensíveis diferenças se o compararmos
distribuem na sociedade, isto é . que o '~ ''(' a m:melra como os homens se com o capitalismo do século XIX. Contudo, a base das relações de produção
ra sociedade está diretamente 'vinculad09ar Iposição) ocupado pelos homens capitalista - a propriedade privada dos meios de produção - continua a ser a
tt>/ processo
natureza odelugar
produção. Como
(posição) este ~~:'~
ocupado si . ~ ugar que os :nesmos
transfonnaçao ocupam da
e apropriação no mesma de modo que as leis fundamentais do capitalismo se mantêm em V"
V..t minado pelo tipo de apropriação (p . d ornens neste processo será deter- qor.' s modificações r icais nas relações de produção apresentam obrigato-
-:fI"- dução'..l\s reloçúes.de.produ _o-en ro~:,:de) dos meios necessários à pro- ríarnente o caráter de rup\Wlo significando a supressão das relações de pro-
~l~~ ;meios de produçao.lb onnas de distrib . _ .-@as-tormas re
propnedade cdo.=:s-----"a----dITÇâOVe7nas e a respeCtivaS{bstltUIÇãOpor novas, ou seja, o~!:~(;lmento d~._
", ~,\ ~ '.. . .. uiçao e consumo dos bens procuzídos. um novo modo de produção.
'"
i' ~ í Em termos mais praticas a q C
[caráter (tipo) das relações de produçâo é ao q~e se deve propor para definir o
------------ -_.-._-
-
O que caracteriza um modo de produção é o tipo de relação de pro-
/J duçáo? é a sociedade inteira? ou a 'fta quem .posSUIos meios de pro- duçâo que se estabelece entre os homens ou, o que é a mesma coisa,
o a for-
,>' l! se imediatamente compreenslvel ~:nas a guns tnd,v,duos ou grupos? Torna- ma dominante de propriedade dos meios de produção. QIl'i!.. ertão papel
I I soci",!ade inteira, as relações entre osh os meros de produção jlertencem à das fo"as produtivas no modo de produção?
. : boraçao e ajuda mútua Neste c ome~s podem ser relaçoes de cola- - - --- ------ar -,'
! é coletiva. Exemplo: sociedade pri "';" a propnedade dos meios de proouçâo {Em prÍm.irolug é preciso reconhecer que as forças produtivas e as
1 . irnrnva; sociedade socialista relações de produção são categorias inseparáveis, que não existem isolada-
ct; prodU~ c~ :;;!~O~i~~~= ;::,e ~st~ despro~dos de qualquer meio mente. ~~elaç~_d~d'y.@> definem~",-~ ..p.•rtir da.?I!:!~as~~,"
tem. A sociedade está dividida em CI:' à.disposlçâo d~queles que os de- de do~ meIos_de~uçáo, \ -
dede privada dos meios de prod _ . s.soclals antaqônicas, Há procrie- rOra, o que são os meios de produçáo senão parte das forças produti-
proprietários e não-proprietários ~ao, istode, a socl~ade está dividida em vas? Logo, é evidente que as relações de procuçáo estão condicionadas pelo
eseravista, sociedade feudal sociedadeca .e produçâo. Exemplos: sociedade nivel de desenvolvimento das torças produtiVas, de modo que as modifica·
,e capitalista. çóes que ocorrem nestas acarretarão mudanças naquelas~ Vejamos dois
i _R
A çao eClproc,aEntre
'
A u~idade entre forças produti-
exemplos:
a) até a pouco tempo as galinhas eram criadas soltas, alimentando-
orças Produtivas e vas e. re!a~s'-de' produção se de mínnocas, restos de alimentos e às vezes de um pouco de milho. Pu·
Relações
~ de Produção .constltul '!..ll1od<ldeproô\iijãD.Õ
modo de produção expreSsa
nham uma certa quantidade de <NOS e depois iam chocá-Ios durante serna-
nas seguidas. Mesmo que os ovos fossem retirados, periodicamente as gali-
duas relações: uma entre o ho- nhas paravam de botar e punham-se "em choco".
homens humana
ciedade entre si. é
A atese que está
história do d se ndo. exposta
mem afirma
~ a que
natureza; outradados
a história 50- M as I090 descob nu-se
. que esta parte d o processo d'e procnaçao
- das : i
t é esenvolvirnento dos mod d _. aves podia ser feita pela incubadorn (ou chocadeira) elétrica. E com maior
.' o ,das forças produtivas e relações de od _ os e produçao, 15- eficiência que a própria galinha, uma vez que este sistema permitia controlar
volvimento dos modos de produção? pr uçao. Como se explica o desen-
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ção de matrizes (os pais e má : .çao de Pintinhos, E também a produ. ','.:.,feita e:n partes ig~ais, Porta~to: o baixo nível ~e desenvolvi~ento gas f~s i;L
. bém especializado Quer d' es os pIntinhos) passou a ser outro ramo tarn- ..' produtIvas determinava a eXlstenClade relaçoes de produçao baseadas na. <1
.quern produz pintinhos, com~~:~~~r~z:.em produz ovos, compra pintinhos; :'"c "propríeda~r<:>!;tiva e n~ i~Eiténc~~}e classes sociais antagônicas, -, ,
r- --'v1as-porque uma gallOha que nã h Quand.2..-<?.b9mem.,..ÇQ!Il~QJLa usar instrumEmlo~~.-m~Jp-' deLU.lm.
! ração, é mais adequada ao sistema ca o,c ,oca, presa nu~m=a-':g-::a-:-io-:'a-c-o-m-e-n-d-:-o~·-":'''e;;;;n;;;;o:r;rm;;;;r;-e=-;;'
s~am<0:,:;·n;;:;a~pr;;;0;uçâo.1JsnovjJs1nstrumentos-{a'-enxadãmetáfica,-o-ma---
i terreno das fazendas à procur d '. pltallsta que a outra, que ciscava no ~EiãaõdebrÕrize'ou'-éjeferro) aumentaram a produtividade do trabalho, possi-
'-ovos que a outra, a galinha que não mlnhoca,s? Ora, além de produzir mais bilitando a produção de excedentes. Ao mesmo tempo produziu-se uma nova
que fabrica gaiolas, chocadeiras ao choca da lucr?s ao produtor de ração, ao divisão.do 1!:a.palbo.c,om,aseparaçãodãàgilcúlturadas demãisativi~ades:6a
com isso? A resposta e' ób '. 'd que vende pritinbos, etc. Quem ganha mesma forma os progressos no trabalhodos metais e na olaria acarretaram a
vIa. os onos da . d" -
chocadeiras, etc. O pequeno produt r s I~ ustn~s .de raçao, de gaiola, de .se divisão do trabalho entre a agricultura e os ofícios e, conseqüentemente,
esse não Ele tem qu _o, que crra os plntmhos e vende os ovos a troca de produtos.
, e comprar raçao ga' " '
de grandes companhias e pa ' 10as, medIcamentos, pintinhos, tudo " A produção de excedentes criou condições para outras formas de di-
não consegue bons preços g~
caro p'?r essas coisas. Na hora de vender ele
grandes compradores. O preço ~q~ ~a~ tem poder de barganha frente aos i
,2 .visão do' trabalho como, por exemplo, o aparecimento de um grupo social
desvinculado da produção direta de bens: os sacerdotes. Além disso, possibí-
de galinhas para garantir a sua sObr~vi:~xo.que ele ?reCiS,acuidar de milhares = litou a acumelaçáo individual da produção, gerando formas de desigualdade
ganha relativamente menos, enca, Em smtess: ele trabalha mais e social que chegam ao limite' com o estabelecimento da propriedade privada
dos meios de produção diferentes daquelas que caracterizavam o modo de
. ~·f~ºr.lcéi. ,élv.í~o!a"só. se tornou possível . J produção primitivo (comunismo primitivo).
instrumentos 'de' r":;'
VO~Vlr:n.~~.t.?_.~?~
de produção (géné~-- ..-~.º~Ç,:l.o
,p.org~~_~_~~~l:l~m d~sen-
(ChocadeIras), da crencia e técnica
que perrnJtlu a produção de I' h ~
Como se pode observar nos exemplos citados, º-.9.esenvolvimento
da~forças produtivas gera mudanças nas jelações. ..de.produção, isto é, nas
-*
mais produtivas), ou seja, das for as r' novas m agens de aves,
ram !~~rpor~~~,~.na produ ão :an R odut~~, E~~s~~ ~~~da.,:m _q~e~o- relaçõês entre os homens. Ao adquirir novas forças produtivas os homens al- -
características mais it'l:s·'I-ve'
l'sÇd"a·.,s·I'
...- sf~~T_~~.~_as reTaçoesae prooução. As feramamãiíêira como-produzem os bens necessários à sua sobrevivência e
novas relaçoes d"'''~--- também as suas relações sociais. Isto fica evidente quando se afirméL9':!.~-º-
do produtor de aves às indústri e pr u~ sao a infegracão ,~
clalfiação), n~'vos mecanis~e u; a~m~~to da ~jvisão do trabalho (espe--: desenvolvimento das forças produtiVà:sãinptiã e aprofunda a divisão do tra-
palavras, o desaparecimento da od st~bUlçao SOCIalda riqueza. Em outras t5alho. Esta slgnifica.o. aparecimento de grupos çebom~0>_Ç,9f1Jjunçºesnovas
em seu lugar a implantação da P;Oduç~o arte,sa~al pré-capitalista de aves e nç:processo de produção (por exemplo, o surgimento do agricultor, artesão,
. priedade capitalista dos meios! uçao _capItalista de aves, isto é, da pro- .comerciante). Os meios 00 produçãoe a organização cb trabalho são diferentes
. '.de produçãoavícoJa . . produçao necessários a essa nova forma . para o caso do agricultor, cb artesão, cb comerciante, ete. Portanto, cada vez
p~i~QR.surçeuma nova função m processo ooproduçãoestabeLecem-se novas
26
27
• J.' -r-
_idéias e as ~~~~_.~_
institUições •..-da~----or-~
classes-,~-dominante, isto é, a classe que., detém a
.; modificações profundas nas relaçõe s i 'd- e produção capitalistas provoca __ . .. - - - .- ....- -.-----.- ~_.-..•...
-_.~~ --
. dénci JUfl Icas A co - d' e!:~-ªºe_s.Qbr€LQ~_m~~~ 9.~p~~d_u..~?:Mas existem também as ideias e as
"~;:' enc~a, pessoal foram substituídas pela i u I· erça~ íreta e a depen-
. operano e o capitalista ("todos os hom g a d~d~ qu~ a lei estabelece entre o organizações das classes oprimidas que representam e expressam OS interes-
numa sociedade onde predomina a desiou: sao Iguais ~e~ante a lei"). Porém, ses destas classes. Assim, a divisão da sociedade burguesa em operários e
vada)a !9ualdade juridica é uma farsa~aldade econormca (propriedadepri- ,~ _ _ _ capitalistas reflete-se mais cedo ou mais tarde, na consciência de uns e de
dade jurídica, isto é, asSegúârada ~"'~"I'-~I .exlstencla da Igualdade e da liber- outros. Os operários começam a descobrir que têm interesses contrários à
, pe a el tem uma fu - .
cionamento do capitalismo' na medida em ' _ _ nçao Vital para o fun- classe burguesa. Em suma, começam a adquirir consciência de classe, o que
soal dos trabalhadores a um senhor que elimina (proíbe) o vínculo pes- faz com que eles se unam para lutar solidariamente contra os capitalistas. A
trabalhad?res para oferecerem a su~ ~:eg~ra-se, portanto, a liber?ade dos vanguarda (setores mais conscientes) da classe operária unem-se num parti-
r\
~
prar. Por ISSO,na filosofia e nas idéias f-
e trabalho a ~uem qinser com-
tava contra o feudalismo, falava-se co ~ mcas da burquesia, quando esta lu-
do político, fundam-se sindicatos e outras organizaçóes de massa dos traba-
p_a~atodos; ns antemente da igu~ldade -------_ ..•. _- --
e liberdade ~'. lhadores. •
Portanto, em qualquer soci~.d~_qr-ªiªr. das forças pí~vas e 0_
nível do seu 'desenVolvimento determiQ?m.-as_relações-.que-os.hornens..eSJ?.:..
c) na sociedade primitiva os risi -
tribos eram mortos e às vezes d p oneuos capturados nas guerras entre .§ecem na ~ dã sua "êXiSiê'õêiª"~Estas relações constituem a base
"form do '. , evorados Mais tarde ' ;.,
". a semescravos.Con:o':se.explica~m ,porem, foram ~rans- .'.sobre a qual se levanta uma superestrutura política e ideológica
o aumento da produtividade do trabalho _.._.udançade costumes? E-que
POSSibilitava a utilização do trabalho 31
30
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O
prateava em lar
:~;.; O:~ i5õ õutro lado, estabeleceu-se um pólo de acumulação de dinheiro e riquezas, como
nomia mercantil, na qual alcançou rand' " ga escala a eco- r: -Pressuposto para a criação de empresas industriais. Outras conseqüências desse
de lã para os mercados europeus. E~ta e:,m~rtancla a ~rodução e a venda
processo foram o prolongamento da jomada de trabalho até ao limite da re-
camponesa que ocorreu na Inglaterr em norma mercan~,Iea grande guerrao
Sistência física dos trabalhadores, a utilização em larga escala do trabalho
vamente a dependência pessoal do; cam 1381, foram elIminando pro_gressio
feminino e infantil, a acumulação de dinheiro, ouro e prata pelo comércio de
grandes proprietários de terra (senh f po~eses (seNOS) em relaçao aos.
escravos, pela usura e pela pirataria dos mares e a pilhagem e a escraviza-
sa força impulsionadora da fo ~res eudaIS). Isto constituiu uma podero-
9áo das populacões das Colônias.
capitalismo. Este processo acel:a~ao dabsmanufatura~ da primeira fase do
u se so retudo a partir do século XVI
Nesta époCa a Inglaterra já era
fragmentação em pequenos Estados um Estado ~nificado, ao contrário da
.
o Desenvolvimento A forma típica da produção
exemplo. A maior parte da população i~u,e car~~ten~avam a Alemanha, por . da Produção Capitalista anterior à Revolução Indus-
poneses tinham de pagar pelas s g esa VIvia ainda no campo. Os carn-] trial era a manufatura, em que
.. , uas pequenas pro .. d do"
nherro aos nobres latifundiários 01' pne a es, tributos em di-o o trabalho já' está dividido
gens para os rebanhos de ovelh
, que Utl Izavam as s
'_
t o ____. ode modo que cada um produz apenas uma determinada parte do
.uas . erras como pasta- • g~~l2~1
as para prodUZIrIa ' o _-0- -Iizando ferr si, leS~ o... _~ . __ -. - I:tf~~l '-b-
Os grandes deSCObrimentos do sécul o: '. se o 'eS', e _ 'a -:.;:-o < oa arte ai nde o artesão _
fato que gerou um aumento na
,
o XVI ampliaram os mercados :
procura da lá Os latif d'" , '
o.- e ecu á, uma após outr tooás as es do produto. Apé$ár disso, ~ c:" -f\; lJ--
consegUIrem aumentar as áreas de _~D_lanos Ingleses, para o ção manufatureira não tinha condições de aumentar a ução de mercado-
d d o--=-.
pastaQens...anropn~ram- . d •
C~
~lIIva, as JlS Cam~~ f"nção da~eC;;~::S-Qag , rias,_cuja de aumentava rapidamente. Os seus proprietários procura-
~ropnaram-se das propnas terras de cultivo ri 6 r euas, . . o'ovam, por isso, novos meios para aumentar a produção de mercadorias.
pnados das suas terras tiveram ~ses. Estes, expro- A necessidade de fio para as oficinas de tecelagem tomou-se parti-
, ue abandonar a ' ~c ----~_
ocupa ão, viram-se for dos •agncultura e, sem qualquer . "cularrnente urgente. Para fiar a quantidade fio que um tecelão era capaz de
-' leis foram criadas para castigar' . o e roubando. <
'de utilizar no seu tear era necessário o trabalho de oito a dez fiandenas. O
. ..' os mendIgos que estivessem esrrolando, À .:
32 .
33
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___________ + ••••• ." __ •• _: • .:... •• - _:- 0
u'----- ,-- -- -------- - , ' -- :.'" ---' ":-:-' _'CC •• _,,: ._ '~-----t~possível,através da
_aperfeiçoamento da técnica de fiação era uma necessidade social premen!e.~: <a 'IapOft. s.d 'li ação entre a máquina
'_"'Com- ô'Oesenvolvinie~tó_ dél.rTlá9U1~a
• 'lizaçãodé-Córreiasde _transmlssaocorno rTlet?S_e ~ - as de 1iar e
, . _" Tanha de se encontrar um instrumento de trabalho que libertasse a fiandeira :'
;:'_.~motriz-.eas outras, o funcionamento simultân~, de várias m qulO
á •
.
do rlíànejo ~~
- _ ..... -- . --
_de ,Um úniCo fuso (instrumento de fiar)•• -,:, '-'-- :-- . ,,,;
, - ," ~-de vários teares. - - - --- - - -
. .
.
- - . .
rt" 'a econômica do earvao.
O primeiro invento que provocou, na -Inglaterra, modificações radicais A máquina a vapor aumentou a írnpo ano . de Carvão
foi a JENNY. urna m ui ta máqui- s proximidades das minas '
Muitas fábricas deslocaram-se para a ld' m grandes cidades industriais.
era posta em movimento à mão e tinha 16 ou 18 fusos que apenas um transformando rapidamente pe~uenas a elas e todos os ramos da atividade
-operário fazia funcionar. Isto teve como resultado o aumento da produtividade Além disso, a produção industnal es~endeu-se~ em recedentes nos mo-
do fio de tal modo que os tecelões passaram a t8r à sua disposição fio em produtiva, provocando uma verdad.el~ revo~o, ~dOt~OS os setores da vi-
ffiaior quantidade do !:!!U!,quela que conseguiam utiliZar nos seus~ares.- dos de produção anteriores_ao cap,lt~hSmo, arca . _-
~-------
da social inclusive as relaçoes SOCiaIS. ,
Alguns homens que haviam acumulado grandes quantidades de di- - '. _ s-representou itória da máqUina
nheiro, principalmente através da usura, da especulação e do roubo, começa- Este _ _ redutores individuais de mercado-
ram.a montar a JENNY em grandes oficinas e a acioná-Ia com a torça hl- .~ ~~oduçao. m~ Os artes~s_ e P formados em o~âí1oS a~~ ~ _
dráulica Rcaram, assim....e_mwlJoiç,oo_s_de_(eduziLo..núrner:o-de,operát:ios-
edt:-----"'1iII~-------flas-f~salo ados- - , to u-se assim no avanço
fabricar e vender fio mais barato do que os fiandeiros que acionavam a sa]liiãd06o: Q...cuta+lÇO-----V-itor:ioS0-da-l+Iáqult:1a-tr.aos- u âo têxtil
JENNY manualmente. Estes não resistiram à concorrência e viram-se força- __ vitorioso do capitali®o. A tabela abaixo mostra a evoluçao da prod ça
dos, cada vez em maior número, a renunciar à sua condição de produtores iíO Reino Unido em apenas 35 anos. .
independentes e a vender a sua força de trabalho como assalariados. Número de fábricas e operários têxteis no Reino Unido
o ~stor-ingles C~ht com a inven -o do tear mecânico nos últimos anos E tas ues e
do século XVIII. Já no início do século XIX seu invento estava em condições ...~. o caráter do modo de produção capita~ .
- Ia força do produtor direto
de concorrer vantajosamente com os tecelões manuais. Deste modo, tambétn fã:'ta acumulação primitiva - ~paraçao ~ - _ criou condiçóes para
e,ste grupo profissional foi arrastado para a luta impiedosa da concorrência (camWeses e artesãos) d~S seu~ m.elos de prod ~ação da mais-valia e a
-
capitalista.
de James 'Natt, inventada por volta de 1764 e utilizada desde 1785 como for-
@ a acumulação capitalista provoca, u - dos capitalis-
contínua e cada vez maior da produção e do ~ital nas maos
ça motriz das máquinas de fiação. Esta nova força motriz, ao contrário da for-
tas e, de outro, o rápido crescimento doproletanado.
ça hidráulica, trabalhava em qualquer estação do ano e em qualquer local.
35
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"/>" - ~':~~ocontido em todos os bens (n:~doriasLque .ooperárie~me :., .::;::;,;:, determin~das r~laçgeSde~~ rélã~ se
-_.' ~paraAnanter::se ,comooper~o. Põrtãhte, e '.operário devem prOduzir o seu, ,--, ser. "",nitalista5 Além disso, e precISO,ass: processo produtIvo Isto
_'- ·_f!õ~()':#or~,(~@.o)eelé-naverdade,produ~ mais do que ~sso. ' -- - ~ .", ~ent~mente. Do ponto de ~ISta re roduzam como capi-
- - , .Óv.r Vamos utilizar um exemplo paraesclarecer melhor esta quesjão, Um ' ,fêProduzam pe e de um lado, os capitalistas se P ssibilita adquirir
'S,;>';é ~ível desde qu , .• da mais-valia que lhes PO odução de
capitalista compra a força de trabalho de um operário por um valor de Cz$ - ;~~~'tal' ':""'staS-mediante a apropnaçao de trabalho para continuar a pr àrios
40.000 para utílízá-la durante 8 horas diárias. O operário se põe a trabalhar e,o" I '. produção e força , _ e como operall ,
'(':'::fnajs meIos de ários devem reproduZIr5 , ' recebem
no finaJ das 8 horas, produziu Cz$ 80.000 ou Cz$ 10.000 em cada hora de ;~-, valia; de outro lado, os oper ab lho pois o salano que
_trabalho. Logo, ao cabo de 4 horas de trabalho o operário produziu uma quan-· l
tna 5- como vendedores da força de tr a si~ampara sobreviver.
é
tidade de mercadorias igual ao seu valor (Cz$ 40.000). Nas 4 horas restantes, isto '~eapenas a compra dos bens que neces o capital e o traba-
produziu mais Cz$ 40.000 de valor que foram apropriados gratuitamente pelo -. .Ó:pem11 A repetiçáo cotidiana desse processo tra~:~:~ras das relaç~S de
-
capitalista. O operário poderia trabalhar durante 4 horas e parar, pois já teria íais opostas, permanentes e 'I em qualquer npo de
produzido e seu valor; porém, ele deve continuar trabalhando porque vendeu lho em força~ ~ Assim não se pode falar de ~Plt~ rlTcapit-al-sé-e~iste----
sua força de trabalho para uma jornada de 8 horas. rod~tahsta. , ---'mltíVas por exem-po.
p , orno nas sociedades pn. '
------No-exemp10, com 4 hOras de trabalho do operário o capitalista recu- ,~ SOCIedade,c odo de prodúçáo capitalista.
perou todo o dinheiro investido em salário. Obviamente, também todos os ;:'"'' comotal no m
. valores contidos nos meios de produção, já que estes não produzem\ valor, V' , d . -e
S A Revolução Industrial
ências e Contra zÇO
Te nd
apenas transferem-se (eu são transferidos pela força de trabalho) para o pro- '~.- .: constituiu a base do de-
Z· ,
dute final. Tudo o que se produz nas 4 horas restantes é mais-valia, isto é,
o lucro do capitalista. Portanto, a mais-valia consiste na quantidade de valor-
~~
do Capita ismo
.
~;~~:U~áO
nto do modo
capitalista
d' al da manufatura arte-
produzido pelo operário durante o tempo em que continua a trabalhar para f rmação ra IC b 'm
completar a jornada de trabalho, mesmo já tendo produzido o valor da sua , em que produziu uma trans o sso representou tam e - .
na medIda , tema fabril capitalista. Este proce, to denavas relações·
_força de trabalho. Em síntese: é tempo de trabalho não pago, cedido gratui-
sanal para o SIS _ s de-produção com o surglmen ão e os operários
tamente ao capitalista, umaJT1udançanas r~laçoe 'tários dos meios de produÇ e camadas
. os capilallstas proRne Todas as classes
_este o "segredo" da exploração capitalista: a produção da m ' -va- de clas:>e. declores da força de trabalho. , ~ -se nas classes fun-
lia A 'ornada de tra a IVI I a em dois en a- assal~~nad?S v~~alistas tendem a se desagr~ar e In.~_~~ cada vez mais. -
. lho pago durante o qual o operário produz o valor da sua força de trabalho. sociaISpre-capl ue estas dlferencl
damentais. ao mesmo tempo em q, ocorrido segundo certa~ t:n-
croutro é o tempo de tr.abalho não pago durante o qual o operano cna a mais- , do capitalismo tem I ~,..,n!'L.P.x-isten-
valia (lucro) para o capitalista Para aumentar a mais-valia o capitalista pode . O desenvolVImento a -Com eterro;-ae-efl~ -,
r à sua ró na natureza. =--
prõíÕrÍgar ao máximo a jornada de trabalho (por exemplo, aumentar de 8 para dências, Inerentes segUIntes en encl .
'I· o observam-se as ~nci;' a...estaJD8""
12horas) ou reduzir o tempo de trabalho pago, isto é, reduzir o tempo de tr?- ~plta 15m , ,. ital: a concorre ,
~Qãf- 'o PãJã a reprõdu ão do valor da força~alho
I mediante o , ~ centração e a centra~lzaçao do cumula ão do capItal, o qu~
aumento da rcdutividade do trabalho e a modemiza ão do processo pr i- Ieee a ne;dade de. ampliar contln~:~:: ;;ita~~~~
"'. primeira forma é chamada mais-valia absoluta e a segunda, mais-valia rela- concentraçao naS m: os ~~ u_ I
~-
--------- -------------~--~-------- -Wvaa sua , f cQs,..na..roedtdae!l ruue:e~ asas derrotadas _pe a
ro~ Ao mesm~~ores (centralizaçao ao
Quando se fala em capital geralmente se pensa em dinheiro ou em o~ • 'das pelos concorrentes _
meios de produção. Entretanto, pela explicação desenvolvida, o dinheiro e os concolI:_~~·~'~a~~~oo~wrv~I~~~------------
meios de produção somente serão considerados capital se forem utilizados "'\',,~ 39
38
. \
,,------ - -----
. .._,~._ é
~_porem; "O deSenvOlvimento 00 ~italismo não um fenômeno' -finear"-":~' -'
mas ~e cootradj16rio eõttêãS
çgóttadiçOOSprincipais est~ ,
'. ... , ~Cont~çãoentre a'organização cada vez mai~~.lane· ... in-
. : terjQU!.as mnpresas ~ a ":ãnalqJJia" {aUsW~ja~oto
. ~o capitalista;
__ ~ a ~ição entre a eocializaQáodo processo de produção..e a
_s-p.ro.dU1os pelos caQÜalistas;
~;~g
1930
~:~
67.9
~
3O.B
: " odas ~
-
adições derof~e
"ta!.
uma contradi -o rincipal: a
sáríos em defesa dos seus interesses; m ependentes e pequenos ~ desemprego. As ",!ses """,Iam-se trág~as porque impõem o sofrimento. a
1 tq aumento da utiliz~ção de meios de r _. . < fome e a misária a milhares de indivíduos. principalmente aos trabalhadores.
,
.~ma parte crescente dos capitais não obtenha lucros suficientes . ..os
~ aça _ rça. de trabalbove (capital vadá I)' _ ) ,;. ~I~empre na busca-ea-ltlere-teAdem ti redllzir os in-
dências anteriores ocaslonand , este fato decorre das ten-
por máquinas e equipamentos °caudmaeresc~nte substituição de trabalhadores -Ó:
vestimentos, não importandO que isso gere desemprego..Aliás, o desemprego
_
semQr~ e o sui><lrnpregç;
. a vez mais moderno
S o QUeaumenta o de- ~
prõVàCa uma redução nos salários eJ conseqüentemente, aumenta a mais-va-
lia. Da mesma forma, muitas empresas vão à falência, abrindo espaças no
~ueda
c~ tendencial da taxa de I . ~, mercado para as empresas mais fortes.
p~oduç~o capitalista. A substituição da for uc~o.o lucro é o móvel principal da
A crise obriga os capitalistas a tomarem medidas para sair dela. Con-
~retlra do processo) de prodllção a fonr! e tr~alho ~ ~ios de produ-
evitar a queda da taxa de lucro (relação t que C:=larnais-vaíia (lucro). para traditoriament~, a única maneira é aprofundar a crise para criar as condiçôes
capitalistas precisam aumentar a rod e_nre a m~ls-valia e o capital total) os para a retomada da acumulação capitalista (por exemplO), a política econômi-
ploração dos trabalhadores ou reduzindo o da mais-valia, intensificando a ex- ca recessiva adot?da, no Brasil, pelo ministro Delfim Neto a partir dos anos
semprego, por exemplo);' o o valor dos salários (através do de- 80), que ocorrerá num patamar de concentração e centralização do capital
muito mais acentuado. O objetivo é recuperar a taxa de lucro para viabilizar
~ a socialização do processo de rod - os investimentos capitalistas. Esta é a lógica da produção capitalista
lismo cada empresa era uma .d d P uçao: nos prim6rdios do <:apita-
desenvolwenro dê t9Gl101 ia U~I a e relativ~ente independente. Com o A crise econômica acentua as contradições sociais e W desembQ:,
dependência cada vez mai: en~rQrçasprodutivas) estabe!ece-se urnãiíjü; car numa situação revolucionarir.- ua"os 00 cima" (capitalista) nâo.con-
Este fenômeno levou Marx a conc~u~s ~mpres~ e, entre os próprios pa§es.. si~alsin1PôfãSfegras dominantes"· baixo" (trabalhadores) não se \
. vas para o estabelecimento da socledq de o caplt~hsmo aia as bases objeti- disponham a aceitá- as. Abre-se, então, um ~ríodo de revolu - o social.-- !
"~"supressão da propriedade privada ~s meios
a ~ comunista, ~.
de produçao. : paa isso, a 41 II
i
40 \ .
i :
'. -". ..~"." _,o _'.' _, .
~;;;c:~;:~'~.~·~·;...~'~~i~
:··'>d~or'cUl11...a?lljunto de relações sócKrproduti~~nquanto"o Estado constitui
;:,"".'um reflexo e conseqüência destas relaçõe.s;não podemos cair numa interpre-
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: ·----taçáo-fnecai1icistadeste fenômeno,típica de
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materialismo vulgar.
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promissos entre os in..ter.ess-es-aaclasse que controla a sociedade e seus
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