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Historial de Albert Bandura (1925)

Doutor em psicologia social, Albert Bandura nasceu na província de Alberta no Canadá.


Licenciou-se em Psicologia, onde fez a sua formação na Universidade de British Columbia em
Vancouver, isto em 1949. Em 1952 obteve o seu Ph.D na Universidade de Iowa, onde entrou em
contato com a tradição condutista e a teoria da aprendizagem. Em 1953 começou seu trabalho
como professor na Universidade de Stanford, e foi eleito presidente American Psychological
Association e, em 1980, recebeu dessa entidade o premio por Contribuição Cientifica de
Destaque.

A Base da Aprendizagem de Observação


A ideia base de Bandura é que pode ocorrer aprendizagem por meio de observação ou exemplo e
não apenas por meio de reforço direto. Ele não nega a importância desse tipo de reforço como
um meio de influenciar o comportamento, mas questiona a noção de que o comportamento
somente pode ser aprendido ou modificado por meio de reforço direto. Pra ele o
condicionamento operante e resposta certa, é um meio ineficiente e potencialmente perigoso de
aprender habilidades como nadar ou gritar. Uma pessoa poderia vir a se afogar ou a bater o carro
antes de encontrar a sequência correta de comportamentos que o reforço positivo traz. Para
Bandura, a maior parte dos comportamentos humanos é aprendida por meio de exemplos, seja
intencional ou acidentalmente. Aprendemos ao observar as outras pessoas e ao modelarmos
nosso comportamento pelo delas.

Estudos com o João Bobo


Por meio da modelação, observando o comportamento de um modelo repetindo esse
comportamento, é possível adquirir respostas que nunca desempenhamos ou apresentamos
anteriormente e reforçar ou enfraquecer as já existentes. A demostração de modelação de
Bandura, que já tornou classe, utiliza um boneco João Bobo plástico e inflável que mede um
pouco mais de um metro de altura (BANDURA, ROSS E ROSS, 1963).
O experimento do boneco João Bobo é um dos mais conhecidos no mundo da psicologia. Ao
longo de 1961 e 1963, Bandura e sua equipe tentaram demonstrar a importância da
aprendizagem observacional em crianças e como a imitação de um modelo um adulto tem para
os pequenos mais relevância que o simples fato de oferecer ou tirar um reforço para estabelecer
um comportamento, uma aprendizagem. Participaram do experimento crianças entre 3 e 6 anos
que frequentavam a creche da Universidade de Stanford. A cena em si não poderia ser mais
impactam-ten. Em uma sala cheia de brinquedos, um adulto batia com um martelo em um
boneco de grandes dimensões sob o olhar de um grupo de crianças.
Em outro grupo exp erimental, o adulto representava um modelo não agressivo e para um
terceiro grupo a agressividade também estava acompanhada por insultos em relação ao boneco.
Os resultados não poderiam ser mais claros: a maioria das crianças expostas ao modelo agressivo
eram mais propensas a agir de maneira fisicamente agressiva que aquelas que não foram
expostas a esse modelo.

Por outro lado, algo que AlbertBandura também conseguiu demonstrar com esse experimento é
que existem 3 formas de aprendizagem observacional:
1. Através de um modelo vivo, como é o caso de uma pessoa real que realiza um
comportamento.
2. Através de uma instrução verbal, que implica contar detalhes e descrições de um
comportamento.
3. O terceiro faz referência a um modo simbólico, como podem ser os personagens fictícios
de um livro, um desenho em quadrinho, um filme ou até mesmo uma pessoa real cujo
comportamento é exibido nos meios de comunicação.

Os Mecanismos e Processo de Aprendizagem Por Observação


Bandura analisou a natureza da aprendizagem de observação e verificou que ela é governada por
quatro mecanismos relacionados entre se: processos de atenção, de retenção, de produção e
processos motivacionais e de incentivo.

Processos de Atenção
Não haverá aprendizagem de observação ou modelação a não ser que o individuo esteja atento ao
modelo ou seja para que a aprendizagem ocorra é necessário a atenção quanto aos
comportamentos exibidos pelo modelo e suas consequências. A valoração dada à actividade é
atribuída a sua utilidade, contribuindo para fortalecer a atenção.
Processos de Retenção
O comportamento observado é retido na memória por meio de um sistema de codificação para
que possa posteriormente ser resgatado. Esses acontecimentos são transformados na memória em
representações mentais, em forma de imagens simbólicas ou símbolos verbais. Os
comportamentos podem ser mentalmente praticados, antecipando prováveis consequências, dessa
forma tornam-se quase que automáticos, proporcionando a pessoa espaço para novas
aprendizagens.

Processos de Produção ou Reprodução Motora


Os indivíduos precisam recordar-se de aspectos significativos do comportamento do modelo para
repeti-lo depois para guardar que se assistiu, temos de codificar e representar simbolicamente o
evento. Nessa fase o comportamento observado é retido, organizado e adaptado pela utilização
posterior de acordo com as circunstâncias e capacidades individuais. Esses processos de
representação simbólica e de formação d imagem são cognitivos.

Processos de Reforço e Motivação


Nem todos os padrões comportamentais retidos pela memória são postos em prática, para
Bandura existe distinção entre aquisição e desempenho. O desempenho depende de
reforçamentos anteriores. Esses factores determinam a decisão de agir ou de manifestar alguma
atitude.

O Self
Na abordagem de Bandura quanto a personalidade, o Self não é uma espécie de agente psíquico
que determina ou que causa o comportamento, mas sim um conjunto de processos e estruturas
cognitivos relacionados a pensamentos e percepção. Dois aspectos importantes do Self são o
auto-reforço e a auto-eficácia.

Auto-reforço
O auto-reforço é tão importante quanto o reforço administrado pelos outros, especialmente para
crianças mais velhas e adultos. Estabelecemos padrões pessoas de comportamento e realizações.
Nós nos recompensamos por satisfazer ou superar tais padrões e nos punimos por nossos
fracassos.
O reforço auto-administrado pode ser tangível, como orgulho e satisfação por um trabalho bem-
feito. A punição auto-administrada pode expressar-se como vergonha, culpa ou depressão por
não nos comportarmos da maneira como desejaríamos. Auto-reforço parece ser conceitualmente
semelhante ao que outros teóricos chamam de consciência ou superego, mas Bandura nega que
sejam a mesma coisa.

Auto-eficácia
O quão bem satisfazemos nossos padrões de comportamento determina nossa auto-eficácia, que,
no sistema de Bandura, se refere a sentimentos de adequação, eficácia e competência para
lidarmos com via. A satisfação e a manutenção dos nossos padrões de desempenho realçam a
auto-eficácia; o fracasso em satisfazê-los e mantê-los a reduzem. Ou seja é senso de uma pessoa
de ser capaz de lidar efectivamente com uma tarefa particular. Muito de seu trabalho foi
desenvolvido estudando a motivação e a auto-eficácia . Em seus experimentos comprovou que
estabelecer vários objetivos próximos (fáceis de alcançar) é mais eficaz do que estabelecer
objetivos distantes (difíceis) ou não estabelecer objetivos. Também comprovou que a percepção
de competência torna uma equipe mais eficaz do que um grupo que se percebe incompetente
quando os desempenhos individuais foram semelhantes em um pré-teste.

Fontes de Informação sobre Auto-eficácia


O julgamento sobre nossa auto-eficácia basea-se em quatro fontes de informação:
1. Aquisição de desempenho.
2. Experiencias vicariantes
3. Persuasão verbal
4. Estimulação fisiológica e emocional
A fonte mais importante para os julgamentos de eficácia é a aquisição de desempenho.
Experiencias previas de sucesso oferecem indicações directas sobre nosso nível de domínio e
competência. Realizações anteriores atestam nossa capacidade e fortalecem nossos sentimentos
de auto-eficácia. Fracassos prévios, particularmente repetidos na infância, diminuem a auto-
eficácia. Fracassos breves na vida adulta podem reduzir a auto-eficácia.
As experiencias vicariantes – ver outras pessoas apresentarem bom desempenho – fortalecem a
auto-eficácia, particularmente se as pessoas que observamos são semelhantes em capacidade. É
como quem diz: “Se eles fazem, eu também faço”. Em contraposição, ver outras pessoas
fracassarem pode reduzir a auto-eficácia: “Se eles não conseguem fazer, eu também não
consigo”. Portanto, modelos eficientes são vitais para influenciar nossos sentimentos de
adequação e competência e também nos mostram estratégias adequadas para lidarmos com
situações difíceis.

A persuasão verbal, que significa lembrar as pessoas que elas possuem a capacidade de alcançar
o que quer que seja, pode realçar a auto-eficácia. Esta deve ser a mais comum entre as quatro
fontes de informação e é frequentemente fornecida pelos pais, professores, conjugês, treinadores,
amigos e terapeutas que dizem: “Você consegue fazer isso”. Para ser eficaz, a persuasão verbal
precisa ser realista.

Uma quarta fonte de reforçamento sobre na auto-eficácia é a estimulação físico-logica e


emocional. Qual o grau de medo ou tranquilidade que experienciamos numa situação ou stress?
Normalmente usamos esse tipo de informação como base do julgamento de nossa habilidade de
administrar tais situações. É mais provável que acreditemos em nossa capacidade de lidar
satisfatoriamente com um problema se não formos agitados, tensos ou sujeitos a dores de cabeça.
Quanto mais calmos nos sentimos, maior a nossa auto-eficácia. Por outro lado, quanto maior o
nosso nível de estimulação fisiológica e emocional, menor nossa auto-eficácia. Quanto maior o
medo, a ansiedade ou a tensão que experienciamos numa determinada situação, menos nos
sentimos capazes de lidar com ela.

Bandura concluiu que certas condições aumentam a auto-eficácia:


 Expor as pessoas em experiencias bem-sucedidas estabelecendo objectivos
alcançáveis aumenta o desempenho satisfatório.
 Expor as pessoas a modelos adequados que são bem-sucedidos realçam as
experiencias vicariantes de sucesso.
 Oferecer persuasão verbal incentiva as pessoas a acreditar que possuem habilidade de
um desempenho satisfatório.
 Fortalecer a estimulação fisiológica por meio de dieta apropriada, redução de stress e
programas de exercício aumentar a forca, a resistência e a capacidade de lidar com as
situações.

Os Estágios de Desenvolvimento de Modelação e Auto-Eficácia


Infância
Durante a infância, a modificação limita-se a imitação directa. Os bebes ainda não
desenvolveram a capacidade cognitiva (os sistemas de representação de imagens mentais de
reprodução verbal) necessária para imitar o comportamento de um modelo algum tempo depois
de observa-lo. Na infância infância, é fundamental que o comportamento modelado seja repetido
diversas vezes depois da primeira tentativa de o bebe executa-lo. Além disso, é necessário que o
comportamento modelado encontre-se dentro do limite de desenvolvimento sensório-motor do
bebe. Por volta dos dois anos, as crianças já desenvolveram suficientemente os processos de
atenção, retensão e reprodução para começar a imitar um comportamento algum tempo depois da
exposição a ele, e não imediatamente. A auto-eficácia também se desenvolve gradualmente. Os
bebes começam a desenvolve-la a medida que buscam exercer maior influencia sobre os seus
ambientes físico e social. Descobrem as consequências de suas próprias habilidades físicas e
social e sua competência na linguagem. A importância da influencia dos progenitores diminui a
medida que o mundo do bebe se expande e admite modelos adicionais, como irmãos, amigos e
outros adultos. Assim como Adler, Bandura também considerou a importância da ordem de
nascimento dentro da família.

Adolescência
As competências de transição da adolescência implicam lidar com novas demandas e pressões,
desde um maior interesse sexual ate a escolha de faculdade ou carreira a seguir. Os adolescentes
têm de estabelecer novas competências e avaliações para suas habilidades. Bandura observou
que o sucesso deste estágio depende do nível de auto-eficácia estabelecido durante a infância.

Vida Adulta
Bandura dividiu a vida adulta em dois períodos, adulta jovem e meia-idade. A primeira
compreende adaptações como casamento, paternidade ( ou maternidade) e ascensão profissional.
É necessário que exista elevada auto-eficácia para que essas experiencias apresentem resultados
positivos. As pessoas com reduzida auto-eficacia não são capazes de lidar com essas situações
adequadamente, e é provável que não consigam se adaptar.

Velhice
As reavaliações de auto-eficácia na velhice são difíceis. O declínio das capacidades mental e
física, a aposentadoria e o afastamento da vida social exigem nova auto-avaliação. Uma
diminuição de auto-eficácia pode posteriormente afectar os funcionamentos físico e mental,
como um tipo de profecia auto-realizadora.
Bandura afirma que a auto-eficácia é o factor crucial na determinação do sucesso ou fracasso ao
longo de toda a vida.

Modificação de Comportamento
O objectivo de Bandura no desenvolvimento de sua teoria social-cognitiva era modificar ou
transformar os comportamentos adquiridos que a sociedade considera indesejáveis ou anormais.
Da mesma forma como a abordagem de Skinner a terapia, a de Bandura concentra-se em
aspectos externos, nos comportamentos inadequados ou destrutivos, na crença de que são
aprendidos, exactamente como todos os outros comportamentos. Ele não tenta lidar com
conflitos inconscientes subjacentes. É o comportamento ou o sintoma, e não nenhuma suposta
neurose interna, o alvo da abordagem da aprendizagem social.

Medos e Fobias
Se a modelação é a forma como originariamente aprendemos nossos comportamentos, então ela
também deve ser um modo eficaz de reaprender ou modificar o comportamento. Num clássico
estudo de fobia de cobras, Bandura e seus colaboradores eliminaram medos intensos de cobras
em adultos (Bandura, Blanchard e Ritter, 1969). Estes assistiram a um filme no qual crianças,
adolescentes e adultos tiveram contactos progressivamente mais estreitos com a cobra.
Inicialmente os modelos filmados manipularam cobras de plástico, depois tocaram cobras vivas e
no final, permitiram que uma grande cobra rastejasse sobre o seu corpo. Esses adultos com fobia
podiam interromper o filme em qualquer momento que as cenas se tornassem meio ameaçadoras.
O medo de cobras foi superado gradualmente.
Julian Rotter
Rotter, o mais jovem de três irmãos, nasceu no Brooklin, Nova York, dizia que eles "se
encaixavam bem nas descrições de Adler do primogénito, do intermediário e do casula" (1993, P.
273). A família vivia confortavelmente até o início da depressão económica de 1929, quando o
Pai perdeu o seu próprio negócio. Essa mudança dramática nas circunstâncias foi o evento
crucial para o garoto de 10 anos. Leitor insaciável, Rotter passou muito tempo na biblioteca
pública local quando jovem. Descobriu os textos de Freud e Adler e começou a interpretar
avidamente os sonhos dos seus amigos. Planejou estudar psicologia e acreditava que os Insights
de Adler sobre a natureza Humana influenciaram o seu entendimento sobre si mesmo e sua
família. Devido a situação económica ruim, não poderia pensar seriamente numa carreira de
psicologia. Assim como muitas pessoas daquela época. Dez dos seus professores encorajaram-no
a assumir um trabalho de graduados em psicologia na Universidade Estadual de Iowa, Rotter
chegou a Iowa com a bolsa de assistente de pesquisa. Após receber o seu título de Mestrado em
1938, aceitou um estágio em psicologia clínica no Worcester Stafe Hospital Massachusetts, um
importante centro de tratamento e pesquisas em psicologia clínica. No ano seguinte, foi para a
Universidade de Indiana, em Bloomington, onde obteve o seu Ph.D. em 1941.

A Teoria da Aprendizagem Social


São duas as suposições básicas da teoria de Rotter:
 A personalidade é aprendida
 A Personalidade é motivada em direcção a objectivos específicos. Os comportamentos
que nos conduzem a uma posição mais próxima de nossos objectivos previstos seram
reforçados mais fortemente que outros comportamentos.
Para explicar como a personalidade actua, Rotter propôs quatro conceitos primordiais:
 Potencial do comportamento
 Expectativas
 Valores de reforçamento
 Situação psicologia
Rotter descreveu as relações entre os conceitos desta maneira: “o potencial para que um
comportamento ocorra uma situação especifica é uma função da expectativa de que ele levara a
um reforçamento particular naquela situação e do valor daquele reforçamento” (1975, p.57).
Rotter completou o seu sistema propondo dois conceitos amplos: Liberdade de Movimento e
Nível mínimo de Objectivo.

Conceitos Básicos
Potencial de Comportamento
Potencial de comportamento, é a probabilidade de que entre todas as formas, que possamos
escolher, para agir numa determinada situação, seja exibido um comportamento (ou resposta)
específica. Nossa selecção de um comportamento em detrimento de outro é baseada na nossa
impressão subjectiva da situação.
Diferente de Skinner (que trabalhou com eventos objectivamente observáveis), Rotter abrangiu
tanto acções observáveis como encobertas. As acções encobertas são os nossos processos
cognitivos internos (racionalizaco, repressão, ponderação de alternativas e planejamento), que
influenciam a maneira como percebemos e agimos em situações de estímulo. Para Rotter, os
processos cognitivos podem ser observados objectivamente e mensurados indirectamente, tal
como inferindo-os através de nosso comportamento visível. Ex: pode se inferir/supor o
comportamento de resolução de problemas por meio da observação de pessoas tentando
completar uma determinada tarefa. Se uma pessoa leva mais tempo para resolver um problema
que a outra, então essa é uma evidencia de que elas estão considerando soluções alternativas.

Expectativa
A expectativa refere-se a crença de que, se nos comportamos de determinada maneira numa dada
situação, então poderemos prever a recompensa que se seguirá. Temos essa crença, ou
expectativa, em termos de uma probabilidade ou semelhança numa escala de 0-100% de que
ocorrerá o reforçador. Esse grau de expectativa é grandemente dado por reforçamentos passados
e generalizações.
Consideramos a natureza de reforçamentos passados por comportarmo-nos daquela maneira em
situação semelhante. Recebemos a recompensa apenas uma ou muitas vezes? o comportamento
foi reforçado ocasionalmente ou toda a vez que ocorreu? Dessa maneira, reforçamentos
anteriores influenciarão nossa expectativa sobre reforçamentos futuros.
Generalização
A Generalização a ideia de que respostas dadas em uma situação também serão apresentadas em
situações similares. A expectativa também depende da extensão da generalização de situações
semelhantes, porém não idênticas. Expectativas generalizadas, são particularmente importantes
quando enfrentamos novas situações, pois não podemos prever se um determinado
comportamento leverá a um dado reforço sem jamais termos estado naquela situação.

Valor de Reforçamento
O Valor de Reforçamento, Refere-se à extensão da preferência que se tem por uma recompensa
em detrimento da outra. Se você estiver numa situação na qual é igualmente provável que possa
ocorrer qualquer um entre diversos reforçadores, qual o valor que atribuirá a cada um deles?
As pessoas diferem em termos do que elas consideram reforçador. Ex: para se ocupar durante
uma calma tarde de domingo, alguns preferem ir ao cinema, outros, assistir a um jogo de football
pela televisão. Há os que gostam de escrever cartas ou fazer palavras cruzadas, ao passo que
outros reservam o tempo para tarefas domesticas. Actividades diferentes fornecem graus
diferenciados de satisfação e reforçamento. Essas preferências originam-se na associação de
reforçadores passados com os presentes , a apartir do que desenvolvemos expectativas por
reforçamentos futuros. Rotter relaciona os conceitos de expectativas e de valor de reforçamento:
cada um deles pode servir como “Dica” para o outro.

Situação Psicológica
Situação Psicológica é a combinação de factores internos e externos que influencia nossa
percepção e resposta a um estímulo. Reagimos continuamente aos nossos ambientes interno e
externo, os quais, por sua vez, interagem. Rotter chamou isso de situação psicológica, por
respondermos de acordo com nossoa percepção psicológica da situação de estímulo externo. Para
Rotter, o comportamento é previsível apenas quando conhecemos a situação psicológica, e não a
partir do conhecimento do que alguns teóricos da personalidade chamam de “essência” da
personalidade. Na abordagem da essência, a predição do comportamento é baseada na suposição
de elementos pessoas relativamente constantes, como motivos e traços. Geralmente, espera-se
que uma pessoa que possua um traço ou uma característica pessoal particular comporte-se de
determinada maneira, independentemente da situação externa. Ex: espera-se que a pessoa que um
teórico freudiano rotula de personalidade Anal-Agressiva comporte-se agressivamente sob
quaisquer circunstâncias.

CONCEITOS MAIS AMPLOS


Liberdade de Movimento
A liberdade de Movimento (Grau de expectativa de que um certo comportamento trará um
determinado reforçamento) é análoga à expectativa e envolve a crença de uma pessoa de que
certos comportamentos levarão à satisfação de uma necessidade. Suponhamos que você tenha
uma grande necessidade de reconhecimento. Você poderia tentar satisfaze-la por meio de varias
maneiras estudando arduamente para tirar boas notas na faculdade, treinando activamente para
obter reconhecimento como jogador de ténis, desenvolvendo suas habilidades sócias para
aumentar sua popularidade ou treinando informática para se sobressair no trabalho. Caso seja
bem-sucedido em qualquer um desses comportamentos, então você terá uma alta expectativa de
que esses comportamentos e outros semelhantes o conduziram ao sucesso na satisfação de sua
necessidade de reconhecimento. Essa condição conduz a liberdade de movimento. Se nenhum
dos comportamentos resultar em satisfação da necessidade de reconhecimento, então o seu baixo
nível de expectativa leva a baixa liberdade de movimento (que pode estar/ser relacionada a falta
de conhecimento sobre como atingir um objectivo particular). Uma pessoa com alta liberdade de
movimento antecipa o sucesso em atingir objectivos., mas uma outra com baixa liberdade de
movimento, prevê fracasso ou até mesmo punição.
Quando a liberdade de movimento é baixa em relação a um objecto, ou a uma necessidade, que
possui um grande valor, experienciamos uma situação de conflito. Podemos desenvolver
comportamentos de evitação e tentar atingir o objectivo

Potencial de Necessidade
Nossos com portamentos, necessidades e objectivos operam dentro de sistemas funcionalmente
relacionados. A potencial de necessidade é a Possibilidade de que comportamentos relacionados
que levam a reforçadores iguais ou semelhantes venham a ocorrer ao mesmo tempo. Os tipos de
comportamentos que ele agrupou em sistemas funcionalmente relacionados variam de acções
observáveis a cognições encobertas. Além disso, os sistemas são organizados em hierarquias;
necessidades mais altas na escala podem incluir necessidades mais baixas na escala. Ex: o
potencial de necessidade de reconhecimento é uma categoria ampla que contem potenciais de
necessidades mais baixas- reconhecimento em sala de aula ou na quadra desportiva.

Categorias de Necessidades
Rotter propôs seis categorias de necessidades (Rotter, Chance e Phares, 1972):
1. Necessidade de Reconhecimento/Status: necessidade de ser considerado competente em
actividades profissionais, sociais, ocupacionais ou recreativas. A necessidade de
progredir em posição social ou vocacional, de ser visto como mais habilidoso ou melhor
que outras pessoas.
2. Necessidades de Protecção/Dependência. A necessidade de ter outra pessoa ou grupo
actuando em nosso beneficio para prevenir frustração ou punição ou para providenciar
satisfação de outras necessidades nossas.
3. Necessidades de Dominaçao. A necessidade de dirigir e controlar as acções de outras
pessoas, incluindo membros de família e amigos. A necessidade de que alguma acção
efectuada por outros seja a que sugerimos.
4. Necessidade de Independência. A necessidade de tomar as nossas próprias decisões e de
contar com nos mesmos. A necessidade de desenvolver habilidades para obter satisfação
directamente, sem a mediação de outras pessoas.
5. Necessidades de Amor e Afeição. A necessidade de ser aceito e apreciado pelos outros.
6. Necessidade de conforto Físico. A necessidade de satisfação física que esta associada ao
alcance de segurança.

Locus de Controle (nossa crença sobre a fonte de controle de reforço).


É uma forma de expectativa generalizada para explicar diferenças de personalidade nas crenças
das pessoas sobre a fonte de reforço. Já dissemos que as pessoas diferem em sua percepção sobre
se um dado evento é satisfatório ou reforçador.
Podemos sugerir alguma similaridade entre o locus de controle w o conceito de Bandura de auto-
eficácia. Ambos tratam de nossa percepção ou crença sobre o grau de controle que temos sobre
os eventos em nossa vida e de nossa habilidade de lidar com eles. Entretanto, uma diferença
importante entre tais conceitos é que o locus de controle pode ser generalizado para muitas
situações e a auto-eficácia tende a ser especifica a uma situação particular.
Locus de Controle Interno. (Crença dce que o reforço é produzido pelo nosso próprio
comportamento). As pessoas que são caracterizadas como personalidades de locus interno de
controle acreditam que o reforço que recebem esta sob controle de seus próprios
comportamentos e atributos. Tais pessoas pensam que outras pessoas ou o acaso controlam as
recompensas que elas recebem, ou seja, elas estão convencidas de que são importantes com
relação as forças externas. Crêem que possuem um firme domínio sobre a sua situação e se
comportam de acordo com isso. Tem um desempenho de nível mais alto nas tarefas, são menos
susceptíveis as tentativas de influencia-las, dao maior valor as suas habilidades e estão mais
alertas as pistas ambientais para orientar seu comportamento.

Locus de controle Externo. (Crença de que o reforço está sob o controle de outras ou do acaso)
– acreditam tais pessoas, que os seus comportamentos e habilidades não fazem nenhuma
diferença sobre os reforços que recebem, possivelmente veem pouca vantagem em exercer
qualquer reforço para melhorar a sua situação. (Porque deveriam tentar, quando possuem pouca
expectativa de controlar eventos presentes ou futuros?)

Componentes de Controle Percebido


Uma análise factorial das pontuações de 3.033 adolescentes suíços de ambos os sexos (idades de
14 a 20), em um questionário avaliando a percepção do controle em nove situações quotidianas,
sugeriram dois factores ou componentes do conceito de locus controle: expectativa e avaliação
(Grob, Flammer e Wearing, 1995). O componente expectativa o que frequentemente pensamos
quando nos pedem para descrever a ideia controle: “Posso fazer isso? Posso alcançar aquilo?
Acha que posso enfrentar isso?” O componente avaliação envolve a questão de quão importante
é a situação e quão necessário é termos controle dela: “Interessa para mim se tenho ou não
controle da situação?” Obviamente, se ela não for importante para nós, então é irrelevante termos
ou não controle sobre ela.
Assim, se os controles internos ou externos não se aplicam a todas as situações, então o local de
controle pode não ser um traço generalizado da personalidade, independentemente da situação de
estímulo. É possível que tenhamos necessidade de acreditar em nossa capacidade de exercer
controle apenas em situações que não são relevantes e com um componente de alta avaliação.
Confiança interpessoal
Rotter identificou uma outra forma de expectativa generalizada, a confiança interpessoal, que
definiu como expectativa de que “se pode confiar na palavra, promessa, relato oral ou escrito de
outra pessoa ou grupo” (1980, p. 1).
A pesquisa de Rotter mostra que pessoas com alta confiança interpessoal são menos propensas,
enganar ou roubar que as com baixa confiança interpessoal. As que obtêm pontuações elevadas
são mais inclinadas a respeitar os direitos dos outros e dar-lhes uma segunda chance. No entanto,
as que são altamente confiantes não são mais propensas a ser ingénuas ou facilmente enganadas.
A confiança interpessoal elevada pode trazer consequências benéficas. Tem-se descoberto que as
pessoas com alta confiança são mais populares e menos propensas a ser infelizes, desajustadas
ou perturbadas por conflitos do que as com baixa confiança interpessoal.
Bibliográfica

 SCHULTZ, Duane P. e SCHULTZ, Sydney Ellen. Teorias da Personalidade, São Paulo,


Editora Pioneira Thomson Learning, 2004.
 FADMAN, James e FRAGER, Robert. Teorias da Personalidade, Editora Harbara, S.
Paulo, 1986.

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