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COMENTÁRIO

BÁSICO
DO NOVO
TESTAMENTO
WILLIAM MACDONALD

EBOOK - PRIMEIRA
EDIÇÃO - 2015
Traduzido do original em inglês:
New Testament Pocket Commentary
Everyday Publications Inc.
Ontário - Canadá.
ISBN 978-0-88873-707-6
Tradução: Edison Henrique Pesch
Revisão: Sérgio Homeni, Ione Haake, Celia
Korzanowski, Arthur Reinke
Edição: Arthur Reinke
Capa e Layout: Roberto Reinke
Passagens da Escritura segundo a versão
Almeida Revisada e Atualizada SBB (ARA),
exceto quando indicado em contrário: Nova
Versão Internacional (NVI), Almeida
Corrigida e Revisada Fiel (ACF), ou
Almeida Revista e Corrigida (ARC).
Todos os direitos reservados para os países
de língua portuguesa.
Copyright © 2015 Actual Edições
Ebook ISBN - 978-85-7720-117-4
R. Erechim, 978 – B. Nonoai
90830-000 – PORTO ALEGRE – RS/Brasil
Fones (51) 3241-5050 e 0300 789.5152
www.chamada.com.br -
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ÍNDICE

O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS


O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS
O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS
O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO
OS ATOS DOS APÓSTOLOS
A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO AOS
CORÍNTIOS
A SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS
CORÍNTIOS
A CARTA DE PAULO AOS GÁLATAS
A CARTA DE PAULO AOS EFÉSIOS
A CARTA DE PAULO AOS FILIPENSES
A CARTA DE PAULO AOS COLOSSENSES
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO AOS
TESSALONICENSES
A SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS
TESSALONICENSES
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO A TIMÓTEO
A SEGUNDA CARTA DE PAULO A TIMÓTEO
A CARTA DE PAULO A TITO
A CARTA A FILEMOM
A CARTA AOS HEBREUS
A CARTA DE TIAGO
A PRIMEIRA CARTA DE PEDRO
A SEGUNDA CARTA DE PEDRO
A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO
A SEGUNDA CARTA DE JOÃO
A TERCEIRA CARTA DE JOÃO
A CARTA DE JUDAS
APOCALIPSE
O EVANGELHO
SEGUNDO MATEUS

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DE MATEUS
Certo dia, Mateus estava coletando
impostos quando Jesus passou. Assim
que Jesus disse: “Siga-me”, Mateus
deixou tudo e se tornou um discípulo
fiel. Mais tarde, Jesus o nomeou como
um dos doze apóstolos e, ainda mais
tarde, ele foi escolhido para escrever o
primeiro Evangelho.
PROPÓSITO E PLANO DE
MATEUS
O propósito de Mateus neste
Evangelho é mostrar que Jesus de
Nazaré é o Rei Messias de Israel, o
único pretendente legítimo ao trono de
Davi. Ele dedica dois capítulos para o
nascimento e infância de Cristo;
dezesseis capítulos para seu ministério
na Galiléia; em torno de dois capítulos
para Seu ministério na Peréia, ao leste
do Jordão; em torno de sete capítulos
para Sua última semana em Jerusalém
que leva até à crucificação e um capítulo
para Suas aparições após a
Ressurreição. Não é um registro
completo de tudo que Jesus disse e fez,
mas incidentes de Sua vida e ministério
entrelaçados para revelá-lO como o
Ungido de Deus.
SUMÁRIO DE MATEUS
1. Genealogia e nascimento do Rei
Messias (Cap.1)
2. Primeiros anos do Rei Messias
(Cap.2)
3. Preparações para o ministério do
Messias e seu início (Cap.3–4)
4. A constituição do Reino (Cap.
5–7)
5. Os milagres do Messias de
poder e graça e as diferentes
reações (8.1–9.35)
6. Apóstolos do rei Messias
enviados para Israel (9.36–10.42)
7. Início da tensão (Cap. 11)
8. A crise da rejeição pelos líderes
judeus (Cap.12)
9. O Rei anuncia uma nova forma
interina do Reino por causa da
rejeição de Israel (13.1-52)
10. A abundante graça do Messias
frente à enorme hostilidade (13.53–
18.35)
11. A resolução do Rei de ir para
Jerusalém (Cap. 19–20)
12. O Rei esboça o curso da
história para Sua Segunda Vinda
(Cap. 24–25)
13. Últimos momentos antes da
Cruz entrar em cena (26.1–46)
14. O Rei crucificado (26.47–
27.66)
15. Ressurreição e reencontro na
Galiléia (Cap. 28)
1. GENEALOGIA E NASCIMENTO
DO REI MESSIAS (CAP. 1)
• A genealogia de Jesus (1.1-17)
Esta genealogia remonta ao direito
legal de Jesus ao trono de Davi, como o
filho adotado de José. Ela segue a
linhagem real desde Davi, Salomão e
pelos reis de Judá até José, o marido de
Maria, a qual deu à luz a Jesus.
• O nascimento de Jesus (1.18-
25)
Durante o tempo em que Maria
estava desposada de José, ela
engravidou de forma milagrosa pelo
Espírito Santo. Sem saber disso José
estava disposto a romper com o
relacionamento. Entretanto, um anjo
assegurou-lhe que ela estava com uma
criança gerada pelo Espírito Santo e que
a criança deveria se chamar Jesus
porque salvaria as pessoas de seus
pecados. José casou com a Virgem
Maria somente depois de a criança ter
nascido, cumprindo Isaías 7.14.
2. PRIMEIROS ANOS DO REI
MESSIAS (CAP.2)
• A visita dos magos (2.1-12)
Algum tempo após o nascimento de
Jesus, homens gentios vieram do Oriente
para adorar o Rei Messias. O rei
Herodes da Judéia, um convertido ao
judaísmo, ouviu que um menino havia
nascido e que deveria se tornar o Rei
dos Judeus. Temendo que sua própria
coroa estivesse ameaçada, perguntou
aos líderes religiosos onde o Messias
nasceria. Quando soube que o lugar era
Belém, enviou os sábios lá para
encontrá-lO para que, segundo ele,
pudesse ir também para “adorá-lO”. No
entanto, após terem encontrado Jesus e
Sua mãe e presenteado o menino,
retornaram por outro caminho.
• A fuga para o Egito (2.13-23)
Avisado por um anjo, José fugiu
para o Egito com Jesus e Maria (v.13-
15). Herodes ficou furioso que seus
esforços para localizar a criança haviam
sido frustrados, então ordenou o
massacre de todos os bebês com menos
de dois anos de idade em Belém e
arredores (v.16-18). José ficou no Egito
até após a morte de Herodes, depois
partiu com sua família para Nazaré e se
estabeleceu ali (v.19-23).
3. PREPARAÇÕES PARA O
MINISTÉRIO DO MESSIAS E SEU
INÍCIO (CAP.3-4)
• O ministério de João Batista
(3.1-12)
Entre os capítulos 2 e 3 há um
intervalo de 28 ou 29 anos. Com 30 anos
de idade o Senhor Jesus estava pronto
para começar Seu ministério público.
Primeiramente, porém, Ele foi
apresentado a João Batista, que
conclamava a nação de Israel a se
arrepender para estar moralmente pronta
para o Rei. O povo deveria demonstrar
seu arrependimento sendo batizado por
João, no rio Jordão. Muitos assim o
fizeram de forma sincera, mas outros,
como os fariseus e saduceus, estavam
apenas fingindo. João disse que
primeiramente haveria o batismo com o
Espírito Santo, mas que depois haveria
batismo com o fogo do julgamento
divino.
• O batismo de Jesus (3.13-17)
Quando Jesus se apresentou para
ser batizado, João protestou de que ele
não era digno de batizar o seu Senhor.
Certamente Jesus não tinha pecados dos
quais se arrepender, mas Ele explicou
que, ao ser batizado, estava se
identificando com o remanescente
arrependido de Israel. Ele também
estava dando uma lição de como
cumpriria toda a justiça, sendo batizado
na morte no Calvário e ressuscitando
novamente.
• A tentação de Jesus (4.1-11)
A tentação de Jesus por Satanás
demonstrou Sua perfeição moral e assim
a absoluta aptidão para ser Rei. As três
tentações eram (1) para viver apenas de
pão; (2) para tentar a Deus por uma
façanha espetacular e (3) para aceitar os
reinos do mundo do Diabo. Estas
tentações correspondem à tentação de
Eva – a árvore era boa para comer,
agradável aos olhos e desejável para
tornar a pessoa sábia (Gn 3.6) – e à
definição de mundo de João como a
concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da
vida (1 João 2.16). Jesus resistiu às três
tentações citando as Escrituras a partir
de Deuteronômio. Então o Diabo o
deixou.
• O início do ministério de Jesus
(4.12-25)
O grande ministério galileu do
Senhor começa aqui. Jesus se mudou de
Nazaré para Cafarnaum; pregou que o
Reino de Deus havia chegado (na pessoa
do Rei); chamou Pedro, André, Tiago e
João para serem discípulos; e
desenvolveu um extensivo ministério de
cura por toda a Galiléia. Mateus destaca
a profecia de Isaías concernente ao
resplandecer da luz na Galiléia, que
assim se cumpriu.
4. A CONSTITUIÇÃO DO REINO
(CAP. 5–7)
• As bem-aventuranças e as
comparações (5.1-16)
O Sermão do Monte (cap. 5–7) é a
constituição do Reino. Nas Bem-
aventuranças (v.1-12) temos um retrato
de cidadãos ideais; eles são comparados
ao sal e à luz (v.13-16). Depois, a partir
do verso 17 até cap. 6.34, é descrita a
justiça superior do Reino.
• O relacionamento de Cristo
com a Lei (5.17-19)
Em primeiro lugar, Cristo enfatizou
que não veio para revogar a lei, mas
para cumpri-la. Ele não somente a
obedeceu integralmente em Sua própria
vida, mas a cumpriu pagando o castigo
pleno por nós em Sua morte.
• Verdadeira justiça (5.20)
Ele insistiu que Seus discípulos
deveriam demonstrar uma justiça
superior daquela dos escribas e fariseus,
que era exterior e de pureza ritual e que
nunca transformou seus corações.
• Reconciliar antes de adorar
(5.21-26)
A lei dizia: “Não matarás”, mas
Jesus disse: “Não se ire contra seu
irmão” (v.21-22). A ira é o embrião do
homicídio. Por esta razão os cristãos
devem ser rápidos para ajustar as
diferenças que surgem antes que se
transformem em ira e processos
judiciais. A adoração é aceitável
somente quando somos reconciliados
com nossos irmãos (v.23-26).
• A fonte da luxúria (5.27-30)
A lei dizia: “Não adulterarás”,
mas Jesus disse: “Não olhe para uma
mulher com luxúria” (v.27-28). O
adultério começa no olhar impuro.
Somente quando os crentes controlarem
a fonte é que poderão dominar a
torrente que flui dela. Isto significa
tomar uma atitude positiva para
controlar nossos olhos – o que vemos e
nossas mãos – o que fazemos (v.29-30).
• Jesus e o divórcio (5.31-32)
A lei dizia que se um homem se
divorciasse de sua esposa, ele
simplesmente tinha que lhe dar uma
carta de divórcio, mas Jesus disse que a
única justificativa para o divórcio era a
infidelidade de um dos cônjuges.
Repudiar sua mulher por qualquer outra
razão é cometer adultério e casar com a
mulher repudiada é adultério também.
• Jesus proíbe juramentos (5.33-
37)
A lei dizia que se você jurasse teria
que cumprir o juramento, mas Jesus
proibiu jurar, não importando a razão.
Nosso discurso deve ser tão consistente
e honesto que não seja necessário
nenhum juramento. Alguns dizem que
isto se aplica aos juramentos de ação
futura apenas e não a juramentos que
atestam fidelidade de testemunho legal
(geralmente se referindo a eventos
testemunhados do passado).
• A outra face e a segunda milha
(5.38-42)
A lei dizia: “Pague o mal com a
mesma medida”, mas Jesus disse:
“Pague o mal com o bem. Vire a outra
face. Ande a segunda milha. Retribua
cada grosseria com uma bondade”.
• Um estilo de vida amoroso
(5.38-42)
A lei dizia: “Amarás o teu próximo
e odiarás o teu inimigo”, mas Jesus
disse: “Amai os vossos inimigos”.
Desta forma você vai mostrar que é filho
de Deus, pois Ele é bom para com
todos.
• Caridade sem ser visto (6.1-4)
A justiça do Reino proíbe a
hipocrisia religiosa ou a ostentação da
piedade de alguém (v.1). Doações de
caridade não devem feitas para serem
vistas (v.2-4).
• A oração modelo (6.5-15)
Os homens não devem orar para
parecerem santos ou se utilizar de
longas e repetitivas orações (v.5-8). No
geral, a oração deve começar com
adoração e depois colocar os interesses
de Deus antes dos nossos. Ela deve
incluir pedidos para nossas
necessidades diárias, perdão para os
outros e livramento do mal (v.9-13). Se
não perdoarmos aos outros, não
podemos esperar que nosso Pai nos
perdoe (v.14-15).
• Jejuar sem propaganda (6.16-
18)
Não devemos exibir nosso jejum,
mas devemos fazê-lo sem ostentação e
perante Deus somente.
• Tesouro no céu (6.19-24)
O Senhor tem um plano de
previdência para os cidadãos de Seu
Reino. Funciona mais ou menos assim:
Cidadãos são proibidos de gastar suas
vidas acumulando dinheiro para um
futuro incerto; seus juros e dividendos
seriam então divididos.
• O Senhor proverá (6.25-34)
Não devemos nos preocupar sobre
a providência da comida ou roupa para
um “dia chuvoso”. Se Deus provê
alimento para os pássaros e se Ele veste
as flores silvestres com beleza,
certamente cuidará daqueles que
colocam os interesses dEle em primeiro
lugar. Então o Senhor faz uma aliança
com Seu povo de que, se eles colocarem
o Seu Reino e justiça em primeiro plano,
Ele cuidaria de seu futuro. Isto irá tirar a
sua preocupação sobre o futuro e
libertá-los, para concentrarem toda sua
atenção inteiramente ao serviço ao
Senhor.
• Não julgue (7.1-5)
Não há lugar no Reino para um
espírito crítico, severo e censurador.
Certamente não temos o direito de
criticar os outros se temos os mesmos
defeitos em diferentes níveis.
• Pérolas aos porcos (7.6)
Não somos obrigados a
compartilhar as verdades do Reino com
pessoas que continuam a responder com
blasfêmia e violência.
• Perseverança na oração (7.7-
11)
Devemos perseverar na oração
com confiança total e inabalável,
sabendo que Deus deseja somente aquilo
que é para nosso bem.
• A regra de ouro (7.12)
A regra de ouro nas relações
interpessoais é tratar os outros como nós
gostaríamos de ser tratados.
• Os dois caminhos (7.13-14)
O portão do discipulado cristão é
estreito e a estrada é difícil, mas ela nos
leva à vida abundante. A vida
indisciplinada leva ao fracasso e à
perda. Não esqueça de aplicar o
Evangelho aqui.
• Como identificar um
verdadeiro profeta (7.15-20)
Um dos testes de um falso profeta é
seu caráter moral. Um verdadeiro
profeta pode ser detectado por sua vida
santa.
• Falsos discípulos (7.21-23)
Verdadeiros discípulos fazem a
vontade de Deus. Falsos discípulos
podem usar palavras religiosas e
desempenhar obras religiosas, mas no
final serão desmascarados.
• Construtores prudentes e
insensatos (7.24-27)
O homem prudente não somente
ouve as palavras de Jesus, mas Lhe
obedece. Ele constrói sua vida sobre um
firme fundamento. O insensato escolhe
seu próprio caminho e, então, não tem
em que se apoiar na hora da
adversidade.
• A reação da multidão (7.28-29)
Quando Jesus terminou estes
ensinos maravilhosos, a multidão estava
surpresa e perplexa pela autoridade com
que falava.
5. OS MILAGRES DO MESSIAS DE
PODER E GRAÇA E AS VARIADAS
REAÇÕES A ELES (CAP. 8.1 – 9.35)
• As curas milagrosas do Messias
(8.1-17)
De 8.1 a 9.35 temos alguns
milagres de poder e graça do Messias e
as diferentes reações a eles.
Primeiramente, Jesus curou um judeu
leproso simplesmente tocando nele (v.1-
4). A seguir curou um servo de um
centurião pela Sua palavra, mesmo não
estando fisicamente presente (v.5-13).
Depois foi restaurar a sogra de Pedro
tocando em sua mão (v.14-15).
Finalmente Ele curou multidões e
expeliu espíritos dos possessos (v.16-
17). Essas curas podem representar os
eventos na seguinte ordem cronológica:
(a) O ministério de Cristo para Israel
durante a Sua Primeira Vinda; (b) Seu
atual ministério aos gentios; (c) A
restauração dos crentes de Israel na Sua
Segunda Vinda; e (d) Seu ministério às
multidões durante o Milênio.
• Provando os que querem ser
Seus discípulos (8.18-22)
Dois candidatos a discípulos
aprenderam que seguir a Cristo pode
significar não ter casa para morar e que
é necessário colocá-lO acima dos
relacionamentos terrenos.
• O Mestre do vento e das ondas
(8.23-27)
As forças da natureza obedeceram
a Jesus. Uma impetuosa tempestade no
Mar da Galiléia acalmou-se pelo Seu
comando.
• Os demônios obedientes e os
porcos (8.28-34)
Os demônios obedeceram a Jesus.
Pela Sua palavra eles deixaram o corpo
de dois homens e então entraram em
2.000 porcos, que imediatamente se
precipitaram no mar.
As forças da natureza Lhe
obedeceram. Os demônios Lhe
obedeceram. Somente os seres humanos
são desobedientes!
• Curando um paralítico (9.1-8)
Quando o Salvador disse a um
homem paralítico que seus pecados
estavam perdoados, os escribas ficaram
furiosos, recusando-se a acreditar que
Ele poderia fazer isso. Portanto, para
mostrar-lhes a evidência visual de Seu
poder, Ele curou o paralítico. Se os
escribas não ficaram impressionados, a
multidão ficou.
• O testemunho do autor (9.9-13)
O escritor do Evangelho agora
relata sua própria conversão e sobre o
banquete que ele preparou para poder
apresentar seus amigos a Jesus. Quando
os fariseus criticaram Jesus por
confraternizar com uma turba de
pecadores, Ele lhes disse que veio para
chamar pecadores ao arrependimento e
não religiosos esnobes.
• Respondendo uma pergunta
sobre o jejum (9.14-17)
O Senhor separou um pouco de
tempo para responder às perguntas de
alguns discípulos de João. Primeiro, a
razão dos discípulos não jejuarem era
porque Jesus estava com eles; quando
Ele os deixasse, eles jejuariam.
Segundo, você não pode misturar lei e
graça, ou odres de vinho velhos do
Judaísmo com o vinho novo do
Cristianismo.
• Mais três milagres de curas
(9.18-35)
Os três milagres que seguem
mostram a ordem espiritual na
conversão de um pecador. Primeiro, o
morto é ressuscitado para a vida, como
ilustrado com a filha de um chefe (v.18-
19, 23-26). Segundo, cegos são curados,
como foi o caso dos dois que
reconheceram Jesus como o Messias e
tiveram as vistas abertas (v.27-31).
Terceiro, o convertido volta a falar
novamente para testificar de Jesus, como
visto na cura de um endemoninhado
mudo (v.32-34). Como esperado, os
inimigos de Cristo ficaram furiosos
quando viram os milagres.
O cura da filha do chefe foi
interrompida por uma mulher enferma,
que conseguiu se aproximar através da
multidão e tocar na orla da veste de
Jesus, sendo curada (v.20-22).
6. APÓSTOLOS DO REI MESSIAS
ENVIADOS PARA ISRAEL (CAP.
9.36-10.42)
• Compaixão pelos perdidos
(9.36-38)
Vendo a multidão errante, como
ovelhas sem pastor, o Salvador disse
aos Seus discípulos para orarem por
trabalhadores para Sua seara.
• Jesus envia os doze (10.1-15)
Um intervalo aqui no capítulo
interrompe a linha de pensamento. Deus
muitas vezes chama aqueles que oram
por missões. Os cristãos que pedem ao
Senhor para enviar trabalhadores devem
estar dispostos a ir, eles mesmos! Agora
o Rei Messias chama doze apóstolos
(v.1-4) e os envia às ovelhas perdidas
da casa de Israel (v.5-6). A missão era
anunciar a chegada do Reino dos Céus
na pessoa do Rei, para confirmar a
mensagem com sinais milagrosos e
compartilhar o Evangelho gratuito (v.7-
8). Deveriam confiar que o Senhor
supriria suas necessidades e aceitar
hospitalidade onde fosse oferecida.
Aqueles que rejeitassem a eles e à sua
mensagem também sofreriam por isso no
Dia do Julgamento (v.9-15).
• Jesus adverte sobre oposição
(10.16-39)
O Senhor advertiu Seus seguidores
sobre perseguição e ódio e os orientou
sobre como reagir (v.16-23). Eles não
deveriam esperar um tratamento melhor
do que Ele recebeu, deveriam temer a
Deus em vez dos homens, deveriam
lembrar que Seu Pai cuidava deles e que
deveriam confessar Cristo perante os
homens ousadamente (v.24-33). Ele lhes
ensinou alguns fatos difíceis sobre o
discipulado. A Sua vinda para uma casa
causaria divisão, portanto seria
necessário escolher entre Ele e a
família. Seus discípulos deveriam viver
em tal estado de renúncia por Jesus que
nem mesmo a própria morte seria um
preço muito alto a pagar. Amor por
Cristo deveria ser o sentimento
dominante sobre o instinto de
autopreservação (v.34-39).
• As recompensas dos
representantes de Cristo (10.40-42)
Os discípulos deveriam se lembrar
de que eram representantes somente de
Cristo. Aqueles que os recebessem
estavam recebendo a Cristo e qualquer
bondade demonstrada a eles seria
recompensada desta forma.
7. INÍCIO DA TENSÃO (CAP. 11)
• Jesus encoraja João Batista
(11.1-6)
Neste capítulo começa a tensão.
João Batista é aprisionado e começa a
questionar por que isso havia
acontecido, se Jesus realmente seria o
Messias. O Senhor havia enviado
mensageiros para lembrá-lo de que os
milagres profetizados do Messias
estavam sendo realizados por Ele.
• O tributo de Jesus a João
Batista (11.7-15)
Jesus faz um grande tributo a João
considerando-o mais do que apenas um
profeta: como Seu antecessor e por isso
com posicionamento maior do que
qualquer outra pessoa. Se o povo tivesse
aceitado João ele teria cumprido o papel
que foi predito de Elias.
• Rejeição e aceitação (11.16-30)
O Senhor descreveu Israel como
uma geração ou raça que era impossível
agradar (v.16-19) e denunciou três
cidades da Galiléia por causa de sua
descrença (v.20-24). Em face da enorme
rejeição, o Salvador se consolou nos
propósitos soberanos de Deus Pai (v.25-
27) e então convidou todos os que
estavam cansados e sobrecarregados
para virem a Ele, para receber descanso
de suas mentes e corações (v.28-30).
8. A CRISE DE REJEIÇÃO PELOS
LÍDERES JUDEUS (CAP. 12)
• Controvérsia sobre trabalhar
no sábado (12.1-9)
Os fariseus ficaram indignados
quando viram os discípulos colhendo
espigas no sábado. Jesus mostrou a eles,
no Antigo Testamento, que a Lei de
Moisés não proibia obras de
misericórdia ou de necessidade
realizadas no sábado. Disse-lhes que
misericórdia era mais importante do que
observações cerimoniais e que Ele era o
Senhor do sábado.
• Controvérsia sobre curas no
sábado (12.10-13)
Depois os fariseus criticaram Jesus
por ter curado, no sábado, um homem
com uma mão ressequida. O Senhor os
lembrou que eles certamente tirariam
uma ovelha de uma cova no sábado.
• A trama do sábado para
destruir Jesus (12.14-21)
Ele também poderia lembrar-lhes
que estavam tramando no sábado para
destruí-lo (v.14)! Mas Ele não o fez;
simplesmente continuou Seu ministério
de cura, em cumprimento de Isaías 41.9
e 42.1-4 – o Servo gentil fazendo a
justiça triunfar sem força ou alarde
(v.15-21).
• Blasfemando contra o Espírito
Santo (12.22-30)
Quando Jesus curou um
endemoninhado cego e mudo e a
multidão começou a questionar se Ele
era o Messias, os fariseus O acusaram
de realizar Seus milagres no poder de
Belzebu, maioral dos demônios. Na
verdade o Senhor realizou estes
milagres no poder do Espírito Santo,
portanto os fariseus estavam
blasfemando contra o Espírito Santo,
chamando-o de Satanás. O Mestre
primeiramente apontou a inconsistência
de tal acusação: então Satanás estaria
indo contra si mesmo. Daí Ele apontou
que, em razão de estar expulsando
demônios pelo Espírito de Deus, o
Reino de Deus havia vindo até eles.
Jesus veio para invadir o território do
Diabo, amarrá-lo e libertar os cativos.
• O pecado imperdoável (12.31-
37)
Neste ponto Jesus anunciou que os
fariseus haviam cometido o pecado
imperdoável por terem falado contra o
Espírito Santo. As palavras deles
expuseram seus corações. Este episódio
marcaria uma ruptura de Cristo e Israel.
A rejeição do Salvador pelos líderes
religiosos predisse Sua rejeição pela
nação como um todo. E exatamente isto
foi o que aconteceu de fato.
• Os fariseus pedem um sinal
(12.38-42)
Apesar de todos os Seus milagres,
alguns escribas e fariseus tiveram o
atrevimento de pedir um sinal a Jesus!
Ele respondeu que o único sinal que
teriam seria Sua ressurreição dos
mortos. Os habitantes gentios de Nínive
arrependeram-se quando Jonas foi até
eles. A rainha gentia de Sabá viajou uma
grande distância para ver Salomão. Mas
os judeus tinham o Filho de Deus entre
eles e O rejeitavam. Veja que Deus não
se agrada com o tipo de fé que pede
sinais.
• O endemoninhado restaurado
(12.43-45)
A história de Jesus sobre o
endemoninhado restaurado tinha um
significado especial para Seus ouvintes
judeus. O espírito imundo é a idolatria.
O homem representa Israel. A casa,
vazia e varrida, fala da libertação da
idolatria. Os outros sete espíritos
simbolizam a idolatria em sua pior e
mais completa forma.
A casa de Israel tinha se livrado da
idolatria durante o cativeiro babilônico.
A casa estava limpa e vazia. Porque eles
não permitiram, no entanto, que o Senhor
Jesus entrasse, no futuro sucumbirão a
uma forma muito pior de idolatria – a
adoração do Anticristo.
• A verdadeira família de Jesus
(12.46-50)
Quando a mãe e os irmãos do
Senhor vieram para falar com Ele, Jesus
apontou para Seus discípulos e disse
que eles eram Sua “mãe e irmãos”. Em
outras palavras, Ele estava ensinando
que os relacionamentos espirituais
tinham primazia sobre os
relacionamentos naturais. Isto era outro
indício da ruptura com Israel.
O escritor Ironside conclui: “Foi a
renúncia de todos os laços da carne. A
ruptura com Israel estava praticamente
completa: Ele estava almejando um
novo tempo completamente diferente”.
9. O REI ANUNCIA UMA FORMA
NOVA E TEMPORÁRIA DO REINO
POR CAUSA DA REJEIÇÃO DE
ISRAEL (CAP. 13.1-52)
• Jesus ensina à beira-mar (13.1-
2)
Como consequência da rejeição do
Rei e do Reino no capítulo anterior, este
teria uma nova forma durante o período
até Sua Segunda Vinda. Através de uma
série de parábolas descrevendo os
mistérios do Reino dos Céus, o Senhor
diz aos Seus discípulos o que podem
esperar durante Sua ausência.
• Parábola dos tipos de solo
(13.1-9, 18-23)
A parábola dos quatro tipos de
solos ensina que a mensagem do Reino
será frutífera em somente um deles. Os
outros três falam daqueles que podemos
chamar de crentes nominais; somente o
solo bom tipifica os verdadeiros
crentes.
• Porque Jesus falava em
parábolas (13.10-17)
Aquelas pessoas que estavam
sinceramente abertas para Seu ensino
compreenderiam, mas a verdade seria
encoberta para aqueles cujos corações
estavam determinados a não crer.
• Parábola do trigo e do joio
(13.24-30, 36-43)
A parábola do trigo e do joio
também mostra que o Reino inclui uma
profissão externa e realidade interna,
isto é, pessoas que são crentes
verdadeiros e outros que são apenas
discípulos nominais. Jesus é o
Semeador; o campo é o mundo (e não a
Igreja); a boa semente representa os
filhos do Reino; o joio, as pragas, são os
filhos do maligno; e o inimigo é Satanás.
Os anjos vão separar o trigo e o joio na
Segunda Vinda de Cristo. Os filhos do
Reino vão desfrutar do Reino milenar,
os outros serão destruídos.
• Parábola do grão de mostarda
(13.31-32)
A parábola do grão de mostarda
indica que o Reino teria um começo
humilde, mas que teria um crescimento
anormal e se tornaria infestado com
todos os tipos de falsos ensinamentos. É
uma descrição da cristandade de hoje,
mas não do Cristianismo verdadeiro.
• Parábola do fermento (13.33)
A parábola do fermento na comida
retrata a introdução da doutrina maligna
na comida espiritual do povo de Deus.
(Na Bíblia, fermento geralmente se
refere a algo mau.) Assim como o
fermento se espalha pela farinha, da
mesma forma o mal se espalha com
grande força pelo Reino.
• As parábolas cumprem a
profecia (13.34-43)
Mateus faz uma pausa para destacar
que o uso de parábolas pelo Senhor foi
um cumprimento da profecia de Asafe,
no Salmo 78.2.
• Parábola do tesouro escondido
(13.44)
A parábola do tesouro escondido
fala como Cristo vende tudo o que tem
para adquirir Israel, na cruz.
• Parábola da pérola de alto
preço (13.45-46)
A parábola da pérola de alto preço
nos lembra que o Senhor Jesus vendeu
tudo que tinha no Calvário para adquirir
a Igreja.
• Parábola da rede (13.47-50)
A sétima parábola descreve uma
rede lançada ao mar, trazendo todo tipo
de peixe. No final da Grande Tribulação
os anjos vão separar os justos dos
injustos. Os justos vão entrar no
Milênio; os injustos serão lançados na
fornalha acesa.
• Parábola do pai de família
(13.51-52)
Porque os discípulos disseram que
entendiam estas parábolas, o Senhor
lhes disse que eram obrigados a
compartilhar com outras pessoas, as
verdades do Antigo Testamento e as
novas verdades dos ensinamentos de
Jesus.
10. A GRAÇA INESGOTÁVEL DO
MESSIAS E A CRESCENTE
HOSTILIDADE (CAP. 13.53-18.35)
• Jesus rejeitado em Nazaré
(13.53-58)
No final, quando Jesus retornou a
Nazaré, percebeu que era um profeta
sem honra em Sua própria terra. Porque
as pessoas não O receberam, perderam
os benefícios de Seu ministério.
• A morte de João Batista por
Herodes (14.1-12)
Quando as notícias do ministério
de Jesus chegaram até Herodes, ele
ficou atônito, temendo que João Batista,
a quem havia executado, tivesse
ressurgido dos mortos. Os versículos 3-
12 nos levam de volta ao tempo e à
forma da morte de João Batista. João
havia repreendido Herodes por viver um
relacionamento adúltero com sua
cunhada. Esta esperou até que Herodes
fizesse uma promessa precipitada, em
razão da dança de sua filha e então
persuadiu que a filha pedisse a cabeça
de João Batista. Os discípulos de João
sepultaram seu líder e então foram e
contaram a Jesus, seu líder maior.
• O Cristo compassivo (14.13-36)
Apesar da crescente hostilidade e
ódio para com Ele, o Salvador
continuou Seu ministério de compaixão.
Ele curou os doentes (v.13-14),
alimentou 5.000 homens, mais mulheres
e crianças, com cinco pães e dois peixes
(v.15-21); acalmou a tempestade para
Seus discípulos desesperados no Mar da
Galiléia (v.22-33); ainda proporcionou
um feriado aos médicos em Genesaré
curando todos os enfermos (v.34-36).
• A tradição humana versus
mandamentos divinos (15.1-9)
Os escribas e fariseus criticaram os
discípulos de Jesus por violar a tradição
dos anciãos, por não terem feito a
lavagem tradicional antes de comer.
Jesus lhes respondeu que eles, os
fariseus, violavam os mandamentos de
Deus pelas suas tradições. Por exemplo,
ensinavam que poderiam se desculpar
por não ajudar seus pais necessitados
simplesmente recitando uma fórmula: de
que o dinheiro deles era dedicado a
Deus.
• A verdadeira contaminação
vem do interior (15.10-20)
Então Jesus fez uma declaração
revolucionária dizendo que o que
contamina uma pessoa é o que vem do
coração e não o que entra pela boca. Os
fariseus ficaram ofendidos porque o
Senhor disse que não tinham nem vida,
nem visão divina.
• Cachorrinhos em baixo da mesa
(15.21-28)
No meio de tanta descrença em
Israel, a fé de uma mulher cananéia
brilhou de forma memorável. Para que
pudesse obter ajuda para sua filha, que
estava possessa, recusou-se a aceitar as
aparentes rejeições ao Salvador e se
colocou no lugar de um cachorrinho sem
valor (a palavra aqui significa um
cachorrinho de estimação). O Senhor
elogiou sua fé e libertou sua filha.
• Jesus cura grandes multidões
(15.29-31)
As multidões, que Jesus curou na
Galiléia, eram provavelmente gentios
que moravam em Decápolis. É
mencionado especificamente que
“glorificavam ao Deus de Israel”.
• Jesus alimenta mais de 4.000
(15.32-39)
Ainda ao leste do Mar da Galiléia,
Jesus alimentou 4.000 homens, mais
mulheres e crianças, com sete pães e
alguns peixinhos, sobejando sete cestos
cheios.
Uma nova dispensação parece
transparecer nesse capítulo. As
constantes discussões e murmurações
dos fariseus e escribas prenunciam a
rejeição ao Messias, por Israel. A fé da
mulher cananéia é uma figura para a
extensão do Evangelho aos gentios e a
alimentação dos 4.000 aponta para o
futuro Milênio com suas bênçãos de
saúde e prosperidade para o mundo
todo.
• Buscando um sinal do céu (16.1-
4)
Os fariseus e saduceus mais uma
vez revelam sua descarada falta de fé
pedindo um sinal de céu. O Senhor os
repreendeu por serem capazes de
reconhecer os sinais do clima, mas não
os sinais dos tempos, isto é, o advento
do Messias e todas as Suas
maravilhosas obras e palavras. O único
sinal que receberiam seria a
ressurreição do Senhor e isto seria uma
prova da condenação deles.
• O fermento dos fariseus e os
pães de Jesus (16.5-12)
Quando os discípulos se ajuntaram
ao Senhor novamente no lado leste do
lago, haviam se esquecido de levar
comida. Portanto, quando Jesus os
advertiu para terem cuidado com o
fermento dos fariseus e saduceus,
pensaram que Ele estava falando
literalmente de pão, mas na verdade
estava Se referindo à doutrina maligna.
Eles ainda estavam se preocupando
sobre a falta de comida, embora Aquele
que havia alimentado 5.000 e 4.000
homens estava com eles! Então o Mestre
discorreu sobre os detalhes das duas
multiplicações milagrosas, dando uma
lição sobre aritmética e operação
divinas. Ele alimentou 5.000 com 5 pães
e 2 peixes e sobraram 12 cestos. Ele
alimentou 4.000 com 7 pães e poucos
peixes, mas sobraram somente 7 cestos.
Em outras palavras, quanto menos o
Senhor tinha para trabalhar, mais Ele
alimentou e mais comida sobrou!
• A grande confissão de Pedro
(16.13-20)
Em Cesaréia de Filipe Jesus atingiu
o ponto alto de Seu ministério de ensino
com os discípulos. Era de suma
importância que tivessem um
conhecimento maduro de quem Ele era.
Se fosse apenas outro grande homem,
então sua causa seria frustrada e eles
seriam tolos em segui-lO. Quando Pedro
confessou que Ele era o Cristo – o Filho
do Deus vivo – o Senhor profetizou que
sua Igreja seria edificada nesta grande
verdade e que o inferno não
prevaleceria contra ela e, ainda, que
Pedro abriria a porta do Reino (como
em Pentecostes e noutras ocasiões).
• Jesus prediz Sua morte e
Ressurreição (16.21-27)
Os discípulos agora estavam
prontos para ouvir o pior: que Cristo
sofreria e seria morto e o melhor: que
Ele ressurgiria novamente no terceiro
dia. Pedro protestou contra esta idéia de
sofrimento e morte do Senhor, sem
compreender que Jesus os estava
chamando para segui-lO nesse caminho
de rejeição, sofrimento e até morte. Mas
Jesus explicou que além da morte
haveria a glória de Seu Reino terreno.
• O trio privilegiado (16.28)
Três dos discípulos: Pedro, Tiago e
João viveriam para ver o Filho do
Homem vindo neste Reino glorioso,
como trataremos no próximo capítulo.
• A transfiguração de Cristo
(17.1-8)
A experiência do Monte da
Transfiguração era uma prévia da vinda
de Jesus para reinar na terra.
Escrevendo sobre isso mais tarde, Pedro
disse, “Porque não vos demos a
conhecer o poder e a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas
engenhosamente inventadas (...)
quando estávamos com ele no monte
santo” (2Pe 1.16a, 18b). O Senhor
apareceu em glória revelada, assim
como será no Milênio. Moisés, Elias,
Pedro, Tiago e João representavam
várias classes no Reino, alguns
chegando ali através da morte, outros
por translação e alguns vivendo naquele
tempo. O Cordeiro será toda a glória da
terra do Emanuel, exaltado muito além
de Moisés e Elias. Ele terá o primeiro
lugar.
• O questionamento sobre Elias
(17.9-13)
Os discípulos estavam imaginando
como poderiam ter uma prévia do Reino
sem que Elias tivesse vindo, como
profetizado por Malaquias. Jesus
explicou que Elias tinha vindo, que os
homens o tinham matado e que também
matariam o Filho do Homem. Então os
discípulos entenderam que João Batista
tinha cumprido o papel de Elias.
• A necessidade por oração e
jejum (17.14-21)
Após a experiência no topo da
montanha veio o vale da necessidade
humana. Jesus curou um filho
endemoninhado após os discípulos
terem falhado em suas tentativas. Ele
explicou que a fé deles era insuficiente.
• Jesus prediz novamente Sua
morte e Ressurreição
(17.22-23)
Mais uma vez o Salvador predisse
Sua traição, morte e ressurreição. Os
discípulos ficaram entristecidos, talvez
por não terem compreendido totalmente
a promessa de Sua ressurreição.
• Jesus e Pedro pagam seus
impostos (17.24-27)
Pedro equivocadamente disse aos
coletores de impostos em Cafarnaum
que seu Mestre pagaria o imposto para o
templo. Jesus o corrigiu destacando que
o Filho de Deus não tinha que pagar
tributo para sustentar a casa de Seu Pai.
Mas para não escandalizar, enviou
Pedro ao Mar da Galiléia para pegar um
peixe, que tinha uma moeda em sua boca
e que a usasse para pagar o imposto do
Templo. Era o valor suficiente para
pagar a parte de Jesus e de Pedro
também.
• Humildade (18.1-4)
Mateus 18 tem sido chamado de
“discurso sobre a grandeza e o perdão”.
Ele esboça os princípios de conduta que
são apropriados para aqueles que
reivindicam pertencer a Cristo, o Rei.
Enquanto o Salvador estava Se
deparando com o sofrimento e a morte,
os discípulos estavam pensando sobre
posições de grandeza no Reino. Ele os
lembrou que teriam que ser convertidos
e se tornar como crianças para poder
entrar no Reino.
• Responsabilidade com os
pequeninos (18.5-6)
Quem recebesse Seus discípulos
estaria recebendo ao próprio Jesus, mas
qualquer um que ofendesse Seus
discípulos, talvez fazendo-os pecar, iria
sofrer um castigo pior do que ser
lançado ao mais profundo mar.
• Autodisciplina (18.7-9)
Os homens devem tomar qualquer
ação drástica necessária para evitar que
os outros tropecem.
• A sacralidade da vida (18.10-
14)
Até mesmo o crente mais humilde
não deve ser desprezado, porque ele é
representado por anjos na presença de
Deus e é um objeto especial da salvação
pelo Pastor amoroso. O Senhor não quer
que nem uma só ovelha se perca.
• Disciplina dos transgressores
(18.15-20)
Para tratar com um irmão que
pecou deve-se ir primeiramente ter com
ele sozinho. Se isto falhar, deve-se ir
acompanhado de uma ou duas pessoas.
Se o transgressor ainda não se
arrepender, o assunto vai para a igreja.
Se ele se recusar a ouvir, os crentes
devem se recusar a ter comunhão com
ele.
• Perdão ilimitado (18.21-35)
Em resposta a uma pergunta de
Pedro, o Senhor disse que devemos
perdoar um irmão faltoso toda vez que
ele se arrepender. Então Jesus deu uma
parábola sobre um servo que devia uma
quantia enorme para um rei e não podia
pagar. Em vez de vendê-lo à escravidão,
juntamente com sua família, o rei
compassivamente perdoou a dívida. O
servo, por sua vez, tinha um amigo que
devia uma quantia pequena. Em vez de
perdoá-lo, o servo agarrou o amigo e o
lançou na prisão.
O rei ficou tão enfurecido quando
ouviu sobre isso, que ordenou que o
servo, cuja dívida havia sido perdoada,
fosse aprisionado até que pagasse tudo o
que devia – uma sentença perpétua.
A lição é clara. Temos sido
perdoados de milhões por Deus e
devemos perdoar, por comparação,
nossos irmãos e irmãs mesmo somente
por alguns centavos.
11. A PARTIDA DO REI RUMO A
JERUSALÉM (CAP. 19-20)
• Jesus cura além do Jordão
(19.1-2)
Finalizando seu ministério na
Galiléia, o Senhor Jesus foi para a
Peréia, ao leste do Jordão. Seu
ministério na Peréia se estende do
capítulo 19.1 até 20.16.
• O ensino de Jesus sobre o
divórcio e sobre casar-se
novamente (19.3-9)
Os fariseus tentaram provar Jesus
com uma pergunta sobre o divórcio,
pensando que independente da Sua
resposta, Ele deixaria muitas pessoas de
fora. Jesus lembrou-lhes que o
relacionamento matrimonial deve
suplantar o relacionamento com os pais,
que no casamento duas pessoas se
tornam uma, que o divórcio foi
permitido no Antigo Testamento, mas
nunca foi o ideal de Deus e que de agora
em diante o único motivo permitido para
divorciar-se seria por imoralidade de
um dos cônjuges.
• O ensino de Jesus sobre o
celibato (19.10-12)
Os discípulos reagiram concluindo
que seria melhor nem casar, ao que
Jesus respondeu que a vida celibatária é
somente para aqueles que foram
forçados a ela por nascimento ou
aqueles que a escolhem por causa do
Reino dos Céus.
• Jesus ama as criancinhas
(19.13-15)
Apesar dos protestos dos
discípulos, Jesus tomou um tempo para
abençoar as criancinhas e considerá-las
como aceitáveis no Reino dos Céus.
• O jovem rico (19.13-15)
Um jovem rico perguntou a Jesus o
que ele precisava fazer para obter a vida
eterna. Primeiramente, Jesus o testou
para ver se ele O reconheceria como
Deus; o jovem falhou no teste. Então o
Senhor usou a Lei Mosaica para tentar
produzir a convicção do pecado no
coração do homem; o jovem falhou neste
teste também. Se realmente amasse seu
semelhante como a si mesmo, estaria
disposto a vender tudo e dar aos pobres,
mas ele foi embora triste porque possuía
muito. Jesus usou esta situação para
mostrar aos Seus discípulos o quanto é
impossível para um homem rico ser
salvo. E como o povo judeu
tradicionalmente associava riqueza com
a bênção de Deus, eles questionavam
quem então poderia ser salvo. A
resposta era que seria necessário um
milagre do poder divino.
• Recompensas no Reino (19.27-
30)
Em contraste ao jovem rico, Pedro
se vangloriou que os discípulos haviam
deixado tudo para seguir a Cristo e
perguntou qual seria sua recompensa. O
Senhor lhes prometeu posições de
proeminência no Milênio, além de ricas
recompensas nesta vida e na eternidade.
Mas Ele advertiu Pedro contra um
espírito de barganha, porque muitos que
foram primeiros no Reino, em relação
ao tempo, seriam os últimos quando
fossem entregues as recompensas.
• Graça versus justiça (20.1-16)
A parábola dos trabalhadores na
vinha ilustra a advertência de Jesus
contra um espírito de barganha com o
Senhor. Cedo de manhã, alguns
trabalhadores acertaram de trabalhar um
dia todo por um denário (um valor
padrão para os trabalhadores rurais
naquele tempo). Outros trabalhadores
foram contratados às 9 da manhã, às 15
e 17 horas, igualmente com o salário de
um denário ao dia. Quando todos
receberam um denário, no final do dia,
aqueles que foram contratados primeiro
reclamaram asperamente. Mas eles
foram lembrados que receberam o que
haviam combinado. Todos os outros
receberam graça. A graça é melhor que a
justiça. Os primeiros a serem
contratados seriam os últimos a
receberem e os últimos seriam os
primeiros.
• Jesus novamente prediz Sua
morte e ressurreição (20.17-19)
Agora, no último dia de Sua
viagem a Jerusalém, Jesus novamente
diz aos discípulos que Ele seria traído,
condenado, escarnecido, ferido e
crucificado. Mas havia sempre a
declaração de vitória: Ele ressuscitaria.
Sua ressurreição faria toda a diferença.
Seria a segurança deles, porque estavam
no lado vencedor.
• Uma mãe ambiciosa (20.20-28)
Quando a mãe de Tiago e João
pediu para que seus filhos tivessem
lugares de honra no Reino, Jesus
explicou que o Pai não premiaria com
estes lugares por favores pessoais, mas
como recompensas pelo sofrimento e até
morte por Cristo. Fez outro lembrete
que, em Seu Reino, a grandeza não será
medida pelo domínio sobre os outros,
mas pelo serviço que realizarem.
• Jesus cura dois cegos (20.29-
34)
Ao deixar Jericó rumo a Jerusalém,
dois homens cegos O reconheceram
como o Messias e clamaram
insistentemente para que pudessem ver.
Jesus os tocou, seus olhos foram abertos
e então seguiram a Jesus.
12. A ENTRADA TRIUNFAL DO REI
MESSIAS EM JERUSALÉM (CAP.
21-23)
• A entrada triunfal (21.1-11)
No lado leste do Monte das
Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos
a Betânia para buscar uma jumenta e seu
jumentinho, a qual Ele usou para sua
entrada em Jerusalém, em cumprimento
às profecias de Isaías e Zacarias. A
multidão O saudou jubilosamente,
cobrindo a estrada com ramos e vestes.
• A purificação do Templo
(21.12-16)
Jesus foi diretamente ao pátio do
templo e expulsou todos os cambistas,
acusando-os de tornar a casa de Deus
num covil de salteadores (v.12-13).
Quando os líderes religiosos se
indignaram por Seus milagres e por
permitir que as crianças O aclamassem
como o Messias, Ele os silenciou com o
Salmo 8.2 – os pequeninos vão adorá-lo
se os adultos não o fizerem (v.14-16)!
• A maldição da figueira (21.17-
22)
Após passar a noite em Betânia,
retornou a Jerusalém. No caminho Ele
amaldiçoou uma figueira deixando-a
imediatamente seca. Quando os
discípulos se espantaram, Jesus lhes
disse que, se tivessem fé, poderiam até
ordenar que montanhas se movessem e
também obter respostas ilimitadas de
oração. O fato de não ter havido figos da
primeira colheita em abril, era uma
evidência segura de que não haveria
uma colheita mais adiante em agosto.
• A autoridade do Rei desafiada
(21.23-27)
Nos pátios do templo, os líderes
desafiaram a autoridade de Cristo por
fazer as coisas que estava fazendo.
Sabendo que queriam tentá-lO, Ele os
desafiou perguntando se o ministério de
João Batista era de Deus. Se dissessem
“não”, alienariam a multidão. Se eles
dissessem “sim”, então por que não
obedeceram a João arrependendo-se e
crendo em Cristo? Quando recusaram
responder a Jesus, Ele também Se
recusou a responder-lhes.
• A parábola dos dois filhos
(21.28-32)
Com esta história Jesus repreendeu
os sacerdotes e anciãos por não
obedecerem ao chamamento de João ao
arrependimento e à fé. Eram como o
primeiro filho, que professava aprovar o
ministério de João, mas nunca
responderam a ele. Os publicanos e as
meretrizes eram como o segundo filho,
primeiramente irresponsáveis, mas
eventualmente obedientes.
• A parábola da vinha (21.33-46)
Nesta história Deus era o dono da
casa, Israel a vinha e os líderes
religiosos os lavradores. Os profetas
eram os servos enviados para buscar os
frutos. Jesus, naturalmente, era o Filho
de quem disseram: “Este é o herdeiro,
vamos matá-lo”.
Quando os principais sacerdotes e
fariseus condenaram os lavradores na
parábola como dignos de destruição,
eles condenaram terrivelmente a si
mesmos como culpados pela morte do
Filho de Deus. Citando o Salmo 118.22,
Jesus disse-lhes que eles eram os
construtores que O rejeitaram, a Pedra
angular. Ele seria exaltado e eles seriam
humilhados por causa do Reino ter sido
tirado deles e entregue aos crentes
gentios. Entenderam a mensagem e
queriam matá-lO, mas as multidões
ainda O consideravam como um profeta.
• A parábola da festa de
casamento (22.1-14)
Novamente Jesus retrata o
favorecido Israel sendo colocado de
lado e os desprezados gentios sentados
como convidados à mesa. Deus
preparou uma festa de casamento para
Seu Filho, enviou um convite preliminar
por João Batista e os discípulos. Um
segundo convite foi enviado quando a
festa já estava pronta, talvez retratando
os apóstolos pregando a Israel durante o
período do Livro de Atos. Ambos os
convites foram recusados. Deus enviou
suas “tropas”, as legiões de Tito que
destruíram Jerusalém em 70 d.C. Então
Deus enviou um terceiro convite para
todos que viessem e o banquete foi
repleto com crentes gentios. Mesmo
assim, os convidados precisavam ter
vestes nupciais providenciadas pelo
anfitrião – Cristo.
• Dá a César o que é de César
(22.15-22)
Os fariseus e os herodianos
buscaram enganar o Senhor na questão
da lealdade a César. Usando uma moeda
com a figura de César, Jesus insistiu na
necessidade maior de ser leal a Deus,
sem negar a obrigação de pagar tributo a
César.
• Sete irmãos para uma noiva
(22.23-33)
Os saduceus, que rejeitavam a
ressurreição, inventaram uma história de
uma mulher que casou com sete irmãos
em sequência; então perguntaram de qual
dos sete ela seria a esposa, no céu. Eles
tentaram tornar a ressurreição como algo
ridículo porque pensavam que causaria
dificuldades insuperáveis. O Senhor
respondeu-lhes que eram ignorantes da
Escritura e do poder de Deus. As
Escrituras descrevem Deus como o Deus
de Abraão, Isaque e Jacó, os quais todos
estão mortos. No entanto, Deus não é o
Deus dos mortos, mas dos vivos. Isto
significa que Deus vai ressuscitar da
sepultura os corpos dos patriarcas.
• O grande mandamento (22.34-
40)
Um intérprete da Lei de Moisés,
falando em nome dos fariseus,
perguntou: “Qual é o grande
mandamento na Lei?” Jesus lhe disse:
1) Amar a Deus com toda sua força
emocional, volitiva, intelectual e física;
e 2) Amar a seu próximo como a si
mesmo.
• Filho de Deus e Filho do
Homem (22.41-46)
Então Jesus perguntou aos fariseus
sobre quem seria o Messias? Eles
responderam, “O Filho de Davi”. Então
Jesus citou o Salmo 110.1, uma
passagem aceita como messiânica, onde
Davi fala sobre o Messias como seu
Senhor. Eles não conseguiam explicar
como o Messias poderia ser o Filho de
Davi e Senhor de Davi ao mesmo
tempo! Jesus era a própria resposta –
Filho de Davi na linhagem humana e
Senhor de Davi em sua deidade.
• Jesus descreve os fariseus
(23.1-12)
O nosso Salvador denuncia a falsa
linguagem de justiça dos fariseus. A
doutrina deles era ortodoxa, mas seu
comportamento não! Eles exigiam
muito das outras pessoas, mas não as
ajudavam em nada. Possuíam uma falsa
aparência de piedade, brigando por
lugares de destaque e amando os títulos
de honra. Isto fez com que Jesus
advertisse Seus discípulos para não
serem chamados de “guias” ou “pais”,
porque espiritualmente falando, estes
papéis e títulos pertencem somente às
Pessoas da Divindade. Aqueles que
desejam grandeza devem se humilhar e
servir.
• Jesus denuncia os fariseus
(23.13-33)
Depois Jesus profere oito ais
contra os religiosos hipócritas
orgulhosos. Eles não queriam a graça de
Deus para eles e não queriam que outros
a tivessem também. Extorquiam as
viúvas e então faziam longas orações
para parecerem santos. Demonstravam
extremo zelo para converter alguém e
depois o treinavam para torná-lo
extremamente ímpio. Ensinavam os
homens a fazer juramentos através de
falsos valores religiosos. Eram
meticulosos sobre o dízimo de simples
ervas, mas não se importavam com a
justiça, misericórdia e fidelidade. Eram
cuidadosos em manter uma aparência
externa de respeitabilidade, mas seus
corações estavam cheios de ganância e
egoísmo. Eram como sepulcros caiados,
parecendo limpos por fora, mas cheios
de imundícia em seu interior.
Exteriormente tributavam honra aos
profetas, mas por dentro estavam
tramando o homicídio do maior Profeta
de todos. Eram serpentes, uma geração
de víboras que não conseguiriam
escapar do inferno.
• Mártires de A a Z (23.34-36)
Estes escribas e fariseus iriam
açoitar, perseguir e matar os
mensageiros que o Senhor Jesus lhes
enviaria e assim juntariam sobre si
mesmos a culpa acumulada de martírio –
de Abel, o primeiro mártir (Gênesis),
até Zacarias, o último na ordem hebraica
das Escrituras (2 Crônicas).
• O amor de Jesus por Jerusalém
(23.37-39)
Após proferir sua mais forte
denúncia, o Senhor Jesus lamenta por
Jerusalém. E apesar do tratamento
selvagem do povo aos Seus
mensageiros, Ele o teria reunido em
amor. Mas o povo não quis. Como
resultado o Templo, a cidade e a nação
deles seria desolada até que uma
parcela fiel de Israel recebesse seu Rei
Messias em Sua Segunda Vinda.
“Os olhos do Senhor ainda
estão sobre nós,
Avistando-nos por todos os
lados,
Onde nesta imensidão
selvagem
Perambula um filho
angustiado.
E se o rebelde escolhe a ira,
Deus lamenta sua sorte.
Profundas pulsações do
coração de Deus:
‘Você não queria, mas Eu
sim’”.
13. O REI DESCREVE O CURSO DA
HISTÓRIA À SUA
SEGUNDA VINDA (CAP. 24-25)
• A destruição do templo (24.1-2)
Neste discurso, o Rei descreve a
história até o tempo de Sua Segunda
Vinda. Enquanto os discípulos estavam
distraídos com a beleza arquitetônica do
templo, Jesus estava pensando sobre sua
iminente destruição pelos romanos, em
70 d.C.
• Sinais do fim dos tempos (24.3-
14)
Em resposta às suas perguntas no
Monte das Oliveiras, o Senhor
primeiramente deu uma descrição das
condições durante este período, que vai
se intensificar durante a primeira metade
da Tribulação – falsos messias, guerras
e rumores de guerras, fomes, pragas,
terremotos, perseguição dos crentes,
traições, falsos profetas e esfriamento
do amor humano. Entretanto, a
verdadeira fé vai resistir e haverá uma
proclamação mundial do Evangelho do
Reino.
• A abominação da desolação
(24.15-28)
No meio da Tribulação um ídolo
abominável vai se instalar no templo em
Jerusalém, como profetizado pelo
profeta Daniel. Isto vai ser um sinal do
início da Grande Tribulação, o pior
período na história da humanidade.
Aqueles que estiverem na Judéia devem
fugir o mais rápido possível. Falsos
messias e falsos profetas vão enganar as
pessoas realizando grandes milagres.
Aparições do Messias em alguns lugares
serão falsas, porque a Vinda de Cristo
será tão visível e tão grande como um
relâmpago. Nenhum incrédulo ou
maldade vai escapar do julgamento
vindouro.
• O sinal da Vinda de Cristo
(24.29-35)
No fim da Grande Tribulação,
haverá perturbações e sinais celestiais.
Então o Filho do Homem virá a terra em
poder e grande glória. Os anjos reunirão
os judeus eleitos de volta a Israel,
vindos de todas as partes do mundo.
Assim como a renovação da figueira
significa que o verão está próximo, a
formação do Estado de Israel significa
que a Segunda Vinda do Messias está
próxima. A geração dos judeus que
rejeitaram Jesus não passaria até
acontecerem todas estas coisas.
• Ilustrações do período da Vinda
(24.36-51)
O dia e hora exata da Segunda
Vinda de Cristo é conhecida somente
por Deus. Ela acontecerá
inesperadamente, quando as pessoas
estiverem realizando seus afazeres
cotidianos, como ilustrado nos dias de
Noé. Uma pessoa será levada pelo
julgamento e a outra deixada para entrar
no Reino (v.36-41). As pessoas devem
ficar em alerta, porque o Senhor virá
quando menos se espera (v.42-44).
Servos sábios vão gastar seu tempo
sustentando a casa de Deus. Servos
maus vão negar a iminência da Volta de
Jesus e se tornarão abusivos e
beberrões. Quando o Rei vier Ele vai
punir os impostores ímpios e fazê-los ter
a mesma sorte de todos os outros
hipócritas.
• Dois tipos de noivas (25.1-13)
A importância de estar preparado é
reforçada na parábola das dez virgens
ou noivas. Estavam todas dormindo
quando repentinamente foi anunciado
que o noivo estava chegando! As virgens
sábias tinham óleo em suas lâmpadas
quando saíram para encontrá-lo. As
insensatas estavam despreparadas e
foram impedidas de irem à festa de
casamento. Cristo, naturalmente, é o
Noivo vindo à terra, para a festa de
casamento e não para o casamento. As
virgens sábias representam os
verdadeiros crentes, que vão entrar no
Milênio com o Senhor. As insensatas
são os crentes falsos, que professam
possuir a esperança messiânica, mas não
possuem o Espírito Santo.
• Os talentos foram dados para
serem usados (25.14-30)
A parábola dos talentos ensina que,
quando o Rei voltar, Ele vai
recompensar o serviço fiel de Seus
verdadeiros servos e punir a maldade
dos falsos. Os primeiros dois homens
receberam quantias diferentes, mas cada
um ganhou 100% em retorno e assim, na
verdade, receberam a mesma
recompensa. O terceiro homem não tinha
nada, mas apenas insultos para seu
mestre e desculpas para si. O Mestre
denunciou-o como mau e preguiçoso e o
lançou na escuridão que é o inferno.
• As ovelhas e os cabritos (25.31-
46)
Quando Cristo voltar, Ele vai
julgar as nações gentílicas aqui referidas
como ovelhas e cabritos. As ovelhas são
as nações que alimentaram, vestiram e
visitaram os irmãos judeus crentes em
Jesus durante o Período da Tribulação.
Os cabritos são as nações que,
rejeitando o povo de Cristo, na verdade
rejeitaram o próprio Cristo. As ovelhas
são nações que se alegram com o
reinado glorioso de Cristo; os cabritos
são as nações que foram expulsas para o
castigo eterno.
Isto não deve ser confundido com o
julgamento do Grande Trono Branco,
que acontecerá no final do Milênio.
14. OS ÚLTIMOS
ACONTECIMENTOS ANTES DA
CRUZ
(CAP. 26.1-46)
• O plano para matar Jesus
(26.1-5)
Ao mesmo tempo em que Jesus
avisava seus discípulos sobre Sua
iminente crucificação, os líderes
religiosos se ajuntavam para planejar
sua estratégia de homicídio.
• A unção em Betânia (26.6-13)
Uma mulher (identificada como
Maria de Betânia, em João 12.3) veio
até a casa de Simão, o leproso, em
Betânia e derramou um perfume muito
caro sobre a cabeça de Cristo. Os
discípulos em geral e Judas em
particular, julgaram o ato como um total
desperdício. O Senhor imortalizou seu
simples ato de amor e devoção, dizendo
que seria mencionado onde quer que o
Evangelho fosse pregado. E assim tem
sido.
• Trinta moedas de prata (26.14-
16)
Agora era a vez de Judas fixar um
preço para seu Mestre. Ele barganhou
com os principais sacerdotes para traí-
lO por 30 moedas de prata e a partir daí
esperou pela chance de fazê-lo.
• Celebrando a Páscoa (26.17-
25)
No primeiro dia da Festa dos Pães
Asmos, Jesus se encontrou com Seus
discípulos na parte superior de uma
casa, que havia designado como o lugar
de celebrar a Páscoa. Em meio à
refeição, Ele fez as revelações
chocantes que um deles O trairia.
Ficaram todos cheios de dúvidas até
Cristo dizer que seria aquele que
meteria a mão com Ele no prato,
identificando-o pelo nome e dizendo que
seria melhor que nunca tivesse nascido.
• Instituindo a Ceia do Senhor
(26.26-35)
O Salvador então instituiu a Ceia
do Senhor, usando o pão e o vinho como
símbolos de Seu corpo e sangue. Ele
disse aos discípulos de que não tomaria
mais vinho com eles novamente até que
retornasse à terra para reinar (v.26-29).
Após cantar um hino, o pequeno grupo
deixou Jerusalém e foi ao Jardim do
Getsêmani, no lado oeste do Monte das
Oliveiras. Ali Jesus declarou que todos
eles O abandonariam nas próximas
horas. Quando Pedro retrucou: “Nunca”!
Jesus respondeu: “nesta mesma noite
...me negarás três vezes”.
• A agonia no jardim (26.36-46)
Estando no do jardim com Pedro,
Tiago e João, o Senhor Jesus agonizou
tanto em oração que Seu suor se tornou
como grandes gotas de sangue (Lucas
22.44). Três vezes Ele pediu para que
passasse este cálice, mas somente se
fosse a vontade de Deus. Por três vezes
os três discípulos dormiram. Agora era
chegado o momento de enfrentar a turba.
15. O REI CRUCIFICADO (CAP.
26.47 – 27.66)
• Traição e apreensão no
Getsêmani (26.47-56)
Vindo juntamente com a turba,
Judas foi até Jesus e O beijou: era o
sinal previamente combinado para
identificar o acusado. Um dos discípulos
(identificado como Pedro, em João
18.10) tirou sua espada e cortou a orelha
do servo do sumo sacerdote. Jesus
repreendeu Pedro, lembrando-o de que
Ele poderia chamar mais de 12 legiões
de anjos, mas que isto iria frustrar o
propósito pelo qual havia vindo ao
mundo. Então o Senhor apontou para a
multidão e para a incongruência de vir
com espadas e porretes para prender
Alguém que nunca incitou rebelião, mas
que somente ensinou calmamente. Neste
momento os discípulos abandonaram seu
Mestre, fugindo pela noite.
• Jesus perante Caifás (26.57-
68)
Houve dois julgamentos do Senhor
Jesus; um religioso e um civil, um
judaico e um romano. Cada um foi
realizado em três fases. Mateus começa
com a segunda fase do julgamento
judaico, um pré-julgamento perante
Caifás e o Sinédrio. Eventualmente duas
testemunhas testificaram que Jesus havia
ameaçado destruir o templo e
reconstruí-lo em três dias. Mas o clímax
aconteceu quando o Salvador testificou
sob juramento de que era o Cristo, o
Filho de Deus, que um dia voltaria em
poder e grande glória. Para o sumo
sacerdote isto era blasfêmia; e a
multidão gritava que Jesus era digno de
morte.
• Pedro nega três vezes (26.69-
75)
Fora, no pátio, Pedro estava tão
aterrorizado por sua própria segurança
que negou o Senhor três vezes
sucessivamente. Quando Pedro ouviu um
galo cantar, ele irrompeu em lágrimas.
• Jesus perante o Sinédrio (27.1-
2)
Porquanto os julgamentos noturnos
eram considerados irregulares, os
líderes religiosos convocaram uma
sessão na manhã seguinte para dar
validade à sentença de morte. Eles então
entregaram o Senhor Jesus para Pôncio
Pilatos, para a primeira fase do
julgamento romano.
• O remorso e suicídio de Judas
(27.3-10)
Compreendendo que havia pecado,
traindo seu Mestre, Judas tentou
persuadir os principais sacerdotes e
anciãos a aceitarem a devolução o
dinheiro. Quando recusaram, jogou o
dinheiro no Templo e foi cometer
suicídio. Os sacerdotes decidiram usar o
dinheiro para comprar um campo do
oleiro para cemitério de forasteiros.
• Jesus perante Pilatos (27.11-
26)
O julgamento perante Pilatos foi
uma farsa. O governador ficou
espantado diante do equilíbrio de Jesus,
não pôde achar nada contra Ele, mas
mesmo assim cedeu à pressão dos
judeus soltando Barrabás, um criminoso
e entregando Jesus para ser crucificado.
• Os soldados escarnecem de
Jesus (27.27-31)
Os soldados romanos levaram
Jesus ao pretório e escarneceram dEle
com um manto escarlate, uma coroa de
espinhos e um caniço. Eles queriam
considerá-lO como Rei e cuspiram nEle,
bateram com o caniço e O levaram ao
Calvário.
• Jesus é crucificado (27.32-44)
Os eventos então aconteceram
rapidamente. Simão cireneu foi forçado
a carregar a cruz. Os soldados
ofereceram uma bebida para aliviar a
dor, mas Ele recusou. Então aconteceu o
maior de todos os crimes: o Senhor da
vida e glória foi pregado numa cruz de
vergonha. Os soldados lançaram sortes
por Suas vestes e então colocaram uma
escrita de acusação sobre a cruz:
“ESTE É JESUS, O REI DOS
JUDEUS”.
Dois ladrões crucificados com o
Senhor, como também os líderes
religiosos e aqueles que iam passando,
zombavam dEle por que O julgavam
impotente de salvar a Si mesmo.
• Cristo morre pelos incrédulos
(27.45-56)
Após três horas de escuridão, nas
quais o Salvador pagou o castigo de
nossos pecados, Ele clamou em alta voz
e entregou Seu espírito. Naquele exato
momento o véu do Templo foi rasgado
em dois, a terra tremeu, fenderam-se as
rochas, abriram-se os sepulcros.
Aqueles que estavam vigiando o local
ficaram aterrorizados, percebendo que
Ele era o Filho de Deus. Ainda havia
algumas mulheres fiéis perto da cruz,
que tinham seguido e servido ao Senhor.
• Cristo é sepultado no túmulo de
José (27.57-61)
José de Arimatéia conseguiu
permissão de Pilatos para sepultar o
corpo de Jesus. Ele doou seu próprio
túmulo novo, que fora aberto na rocha.
Após envolver o corpo, ele O colocou
no túmulo, então rolou uma enorme
pedra em frente à entrada do sepulcro.
• A guarda romana do sepulcro
(27. 62-66)
No dia seguinte, os principais
sacerdotes e fariseus obtiveram
permissão para colocar uma equipe de
guarda no túmulo. Isto ocorreu para
prevenir que qualquer discípulo viesse e
roubasse Seu corpo, assim dando a
impressão de que havia ressuscitado o
que, para eles, seria pior do que Sua
reivindicação de ser o Messias e o Filho
de Deus.
16. RESSURREIÇÃO E
REENCONTRO NA GALILÉIA
(CAP. 28)
• As notícias maravilhosas (28.1-
10)
Quando as duas Marias foram ao
túmulo, muito cedo no domingo pela
manhã, houve um terremoto violento,
pois um anjo removeu a pedra. Ele
assegurou às mulheres que Cristo havia
ressuscitado e que encontraria os
discípulos na Galiléia. Quando se
apressaram para compartilhar das boas
novas, o próprio Senhor aproximou-Se
delas, recebeu sua adoração e as enviou
para contar aos outros o que haviam
visto.
• A grande mentira (28.11-15)
Neste meio tempo os guardas
haviam se recuperado do desmaio e
foram até os principais sacerdotes com
seu relatório embaraçoso. Os sacerdotes
subornaram os guardas para dizer que os
discípulos haviam roubado o corpo
enquanto eles, os guardas, estavam
dormindo – um álibi impossível que
nunca perdurou. (Como os soldados
poderiam saber o que aconteceu
enquanto dormiam?)
• A Grande Comissão (28.16-20)
Na Galiléia, o Senhor ressurreto
apareceu aos discípulos e os
comissionou para irem a todo o mundo e
fazer discípulos, para batizá-los e
ensiná-los a obedecer todos os Seus
mandamentos. Então prometeu que
estaria com eles até à consumação dos
séculos.
A Grande Comissão nunca foi
revogada. Ainda é a ordem permanente
para o Seu povo.
O EVANGELHO
SEGUNDO MARCOS

INTRODUÇÃO
O AUTOR
O segundo Evangelho foi escrito
por João Marcos, um servo do Senhor
que começou bem e depois saiu de cena
por um tempo (Atos 15.38), mas
posteriormente foi restaurado e tornou-
se útil novamente (2Tm 4.11).
• O propósito do autor
A intenção de Marcos é apresentar
o Senhor Jesus como o Servo perfeito.
Este é o Evangelho mais repleto de
ação. Um acontecimento segue ao outro
em uma rápida sucessão. Palavras como
“imediatamente” pontuam a narrativa em
várias ocasiões. O estilo é rápido,
enérgico e conciso. Marcos enfatiza os
feitos do Senhor mais do que Suas
palavras. Isto é visto pelo fato que ele
registra 19 milagres e somente 4
parábolas.
• O versículo chave
O versículo chave está no capítulo
10.45: “Pois o próprio Filho do
Homem não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos”.

ESBOÇO DO EVANGELHO
DE MARCOS
1. Eventos iniciais do ministério do
Servo (1.1-13)
2. As obras e palavras do Servo na
Galiléia e outras regiões (1.14–
9.50)
3. O ministério do Servo no
caminho a Jerusalém, via Peréia
(Cap. 10)
4. O fim do ministério do Servo em
Jerusalém (Cap. 11–13)
5. A morte do Servo em resgate de
muitos (Cap. 14–15)
6. A ressurreição e ascensão do
Servo (Cap. 16)
1. EVENTOS INICIAIS DO
MINISTÉRIO DO SERVO (CAP. 1.1-
13)
• O ministério de João Batista
(1.1-8)
Marcos omite a genealogia,
nascimento e primeiros anos de Jesus
porque isso não é importante no registro
do Servo. Em vez disso ele introduz
João Batista, o precursor do Messias,
que veio cumprir a profecia pregando o
batismo de arrependimento. Vivendo
como um asceta, João Batista enfatizou a
superioridade do ministério do Messias
sobre o seu próprio ministério.
• O batismo de Jesus (1.9-11)
Quando João batizou Jesus, o
Espírito Santo desceu sobre o Senhor
como uma pomba e Deus o validou do
céu como Seu Filho Amado.
• A tentação de Jesus (1.12-13)
Então o Salvador seguiu sozinho
para o deserto e foi tentado por Satanás,
por 40 dias entre as feras. No final
daquele período os anjos O serviram.
2. AS OBRAS E PALAVRAS NA
GALILÉIA E OUTRAS REGIÕES
(CAP. 1.14-9.50)
• O início do ministério de Jesus
(1.14-15)
Neste momento Marcos omite o
ministério do Senhor na Judéia (João
1.19–4.54) e começa a narrar Seu
grande ministério na Galiléia. Jesus
anunciou que Ele, o Rei, estava fazendo
uma oferta legítima do Reino e que as
pessoas deveriam se arrepender e crer
no Evangelho para poder entrar no
Reino.
• Jesus chama quatro pescadores
(1.16-20)
Junto ao Mar da Galiléia, o Senhor
chamou quatro pescadores: Simão,
André, Tiago e João. Todos eles
deixaram suas redes para se tornar
pescadores de homens.
• As curas milagrosas do Messias
(1.21-34)
Na sinagoga de Cafarnaum Jesus
ensinava com autoridade convincente.
Ele também curou um homem
endemoninhado, deixando as pessoas
maravilhadas. As notícias do milagre se
espalharam por toda Galiléia (v.21-28).
Logo depois, Ele curou a sogra de Pedro
de uma febre, curou muitos outros que
vieram à porta e expulsou muitos
demônios (v.29-34). Todos os milagres
nos versículos 21-34 aconteceram em
um dia.
• Jesus prega por toda a Galiléia
(1.35-39)
Após uma oração cedo pela manhã,
Jesus deixou Cafarnaum e começou uma
seqüência de pregações pela Galiléia.
• Jesus cura um leproso (1.40-45)
Em determinado lugar, o Senhor
respondeu à oração de um leproso
curando-o com um toque. Ele proibiu
sua divulgação, instruindo o homem a ir
até o sacerdote e oferecer o sacrifício
pela purificação como era determinado.
Entretanto, o leproso espalhou as
notícias e com isso Jesus Se retirou para
o deserto. Até lá as multidões O
seguiram.
• A cura de um paralítico (2.1-
12)
De volta a Cafarnaum muitas
pessoas se amontoaram em volta da
casa, impedindo que quatro homens
pudessem chegar perto com um
paralítico. Então eles o desceram
através do telhado, à presença de Jesus.
Quando o Senhor disse àquele homem
que seus pecados estavam perdoados,
alguns escribas protestaram que isso era
blasfêmia. Para que os murmuradores
pudessem ver que os pecados daquele
homem estavam perdoados, Jesus lhe
disse para se levantar, tomar o seu leito
e andar. O homem respondeu
imediatamente fazendo o povo se
maravilhar.
• Jesus chama Mateus, o coletor
de impostos (2.13-17)
Um coletor de impostos ouviu o
chamado de Cristo, deixou tudo e O
seguiu. Ele ofereceu um banquete aos
seus amigos para poder lhes apresentar
Jesus. Os escribas reclamaram com os
discípulos que seu Mestre comia com
notórios pecadores. O Senhor Jesus os
lembrou que havia vindo para chamar
pecadores e não os que se achavam
justificados.
• Respondendo uma pergunta
sobre o jejum (2.18-22)
Quando os discípulos de João e
dos fariseus perguntaram por que os
discípulos não jejuavam, Jesus lhes
respondeu que não havia necessidade
disso até que Ele os deixasse; então eles
jejuariam. Ele acrescentou duas
ilustrações para mostrar que um novo
tempo havia começado, em que a alegria
e agitação não poderiam se misturar com
as formas inflexíveis e rituais antigos.
Lei e graça são princípios opostos.
• Controvérsia sobre obras
essenciais no sábado (2.23-28)
O próximo incidente ilustra o
conflito entre as tradições do Judaísmo e
a liberdade do Evangelho. Os fariseus
criticaram os discípulos por colherem
espigas no sábado. Jesus lembrou-lhes
que Davi e seus homens comeram do
pão da proposição, que somente os
sacerdotes poderiam comer. Então o
Senhor destacou que o sábado foi dado
para o benefício do homem e não para
sua escravidão e que Ele, o Filho do
Homem, é o Senhor do sábado.
• Controvérsia sobre curar no
sábado (3.1-6)
Outra prova surgiu no sábado,
quando Jesus encontrou um homem com
uma mão ressequida na sinagoga. Antes
de curá-lo, Jesus perguntou aos fariseus
se a lei do sábado proibia de fazer o
bem. Eles achavam que seria errado
curar, mas não consideravam errado
conspirar um plano para matá-lo, no
sábado! Quando não puderam responder
sem condenarem a si mesmos, Jesus
curou o homem. Então os fariseus foram
até os herodianos, seus inimigos
tradicionais e tramaram um plano com
eles para matar o Senhor.
• Mais curas milagrosas (3.7-12)
Uma grande multidão se reuniu
quando Jesus estava no Mar da Galiléia
e Ele curou muitas pessoas. Espíritos
imundos O reconheciam como Filho de
Deus, mas Ele os proibiu de revelar Sua
identidade porque Seu tempo não havia
chegado, mesmo que os demônios
dificilmente o anunciariam.
• Jesus envia os doze (3.13-21)
Depois Jesus chama os 12
apóstolos para estar com Ele, para ir
pregar, curar e expulsar demônios (v.13-
19). Quando seus parentes ouviram de
suas atividades, vieram buscá-lo,
pensando que era insano (v.20-21). Que
triste! Pensar que não era apreciado pela
sua própria família!
• Blasfemando contra o Espírito
Santo (3.22-30)
Os escribas O acusaram de
expulsar demônios pelo poder de
Belzebu e por isso cometeram o pecado
imperdoável. Jesus refutou a acusação
mostrando que se fosse verdade, Satanás
estaria trabalhando contra si mesmo. Na
verdade, os milagres de Cristo
sinalizaram a ruína de Satanás, tendo em
vista que era ele quem estava saqueando
a casa do homem valente. Os escribas
eram culpados por atribuir os milagres
do Espírito Santo ao príncipe dos
demônios e por isso nunca seriam
perdoados.
• A verdadeira família de Jesus
(3.31-35)
Quando Maria e os irmãos de Jesus
vieram falar com Ele, Jesus anunciou
que a nova família de Deus eram
aqueles que fazem a vontade de Deus.
• A parábola dos tipos de solo
(4.1-20)
Utilizando um barco como púlpito,
Jesus ensinou parábolas do Reino de
Deus. A primeira trata de quatro tipos de
solo, cada um representando os
corações e sua receptividade à Palavra.
- O solo da beira do caminho –
muito duro para que a semente
alcançasse a terra boa. As aves vieram e
comeram a semente.
- O solo rochoso – coberto com
uma fina camada de terra, o que não era
suficiente para que a semente
desenvolvesse raízes.
- O solo espinhoso – a semente foi
sufocada pelos espinhos, bloqueando a
luz e a nutrição.
- O solo bom – profundo, solo
fértil, com condições favoráveis. Toda
esta semente deu frutos, em diferentes
medidas. O solo bom representa os
verdadeiros crentes. Somente estes
podem produzir frutos para Deus.
• A parábola da candeia (4.21-
25)
A parábola da candeia ensina a
responsabilidade daqueles que ouvem as
verdades de Deus em compartilhá-las
com os outros. Estas verdades não
podem ser escondidas debaixo de um
alqueire, mas permitir que, a todo
momento, estejam servindo ao Senhor.
Tampouco estas verdades devem estar
escondidas sob uma cama, isto é, não
permitir que o conforto, a facilidade ou
a preguiça atrapalhe a propagação da
mensagem. Os discípulos devem
explicar a verdade para os corações
receptivos, sempre que os encontrarem.
Toda vez que um discípulo recebe a
verdade pura e permite que ela se torne
parte de sua vida, ele haverá de receber
mais. Por outro lado, falhar em
responder à verdade resulta na perda do
que foi previamente adquirido.
• A parábola da semente (4.26-
29)
A parábola da semente crescendo
secretamente é encontrada somente no
Evangelho de Marcos. Ela retrata o
processo miraculoso e misterioso,
totalmente distinto da força e habilidade
do homem, em que a Palavra tem efeito
nos corações, produzindo frutos para
Deus. Quando chegar o tempo certo, o
fruto maduro é colhido.
• A parábola da semente de
mostarda (4.30-34)
A parábola da semente de mostarda
retrata o crescimento do Reino, de um
início pequeno a um tamanho anormal. É
anormal para uma hortaliça de mostarda
se tornar tão grande a ponto de se tornar
uma árvore, com tamanho suficiente para
que as aves fizessem ninhos ali. Da
mesma forma o Cristianismo se
desenvolveria em uma cristandade
confessional, que desta forma se tornaria
um ninho para todos os tipos de falsos
mestres.
• O Mestre do vento e do mar
(4.35-41)
Uma grande tempestade se levantou
quando Jesus e os discípulos estavam
cruzando o Mar da Galiléia à margem
leste. Temendo pelas suas vidas, os
discípulos acordaram o Mestre que
estava dormindo, repreendendo-O pela
aparente falta de preocupação. Jesus Se
levantou, repreendeu a tempestade, que
de imediato cessou e então questionou
Seus seguidores por não terem fé.
Estavam maravilhados pela
demonstração de poder – que até o vento
e as ondas Lhe obedeceram!
• Os demônios obedientes e os
porcos (5.1-20)
Na região dos gadarenos, Jesus
expulsou demônios de um homem muito
violento e então permitiu que os
demônios entrassem numa manada de
porcos. Como conseqüência, 2.000
porcos se precipitaram penhasco abaixo
e se afogaram no mar. Após os donos
dos porcos levarem a notícia até a
cidade, uma multidão veio para ver o
ex-endemoninhado. De início ficaram
com medo, mas depois pediram que
Jesus deixasse o local. O homem
restaurado queria agora acompanhar
Jesus, mas Jesus o enviou de volta para
casa como uma testemunha viva do
poder e misericórdia de Deus.
• Doze anos de vida e doze anos
de sofrimento (5.21-43)
Um dos principais da sinagoga
chamado Jairo implorou que o Senhor
curasse sua filha de 12 anos que estava
prestes a morrer. No caminho à casa de
Jairo, uma mulher interceptou Jesus. Ela
havia sofrido de um fluxo de sangue há
12 anos. Tentando chegar até Jesus,
através da multidão, ela tocou a orla de
Sua veste e ficou instantaneamente
curada. Antes que ela desaparecesse
entre a multidão, Jesus a chama para
reconhecê-lO como Salvador,
publicamente. Então Ele a despede em
paz.
Naquele momento, mensageiros
chegaram com a notícia que a filha de
Jairo havia morrido. Disseram que a
presença de Jesus não seria mais
necessária. Mas o Senhor levou Pedro,
Tiago e João àquela casa, ordenou que a
menina se levantasse e a restaurou,
devolvendo-a aos seus entes queridos.
Pediu para que não noticiassem o
milagre a fim de que a instável
popularidade de parte da multidão não
obstruísse Seu caminho à cruz.
• Jesus rejeitado em Nazaré
(6.1-6)
Quando Jesus retornou a Nazaré e
ensinou na sinagoga, o povo não deu
valor a Ele. Pensavam que era apenas
mais um de seus conterrâneos. O
Salvador disse que um profeta
geralmente é desprezado em sua própria
terra, ao passo que é valorizado em
outros lugares. A descrença do povo
impediu que Nazaré se beneficiasse de
Seu ministério e fosse surpreendida pelo
Filho de Deus. Ele partiu e foi aos
vilarejos vizinhos.
• Jesus comissiona os doze (6.7-
13)
Havia chegado o tempo de
comissionar os discípulos. Eles
deveriam sair, dois a dois, com poder
para expulsar demônios. Deveriam ir em
frente sem provisão alguma, confiando
em Deus para suprir suas necessidades.
Deveriam aceitar a hospitalidade onde
fosse oferecida e ficar naquela casa até
que deixassem a região. Se as pessoas
em qualquer lugar os rejeitassem, não
eram obrigados a permanecer. Portanto
eles seguiram adiante, pregando o
arrependimento, expulsando demônios,
ungindo e curando os doentes. Deixar de
recebê-los era o mesmo que não receber
o Senhor que os enviou. Tal rejeição
significaria um julgamento severo.
• O homicídio de João Batista
por Herodes (6.14-29)
Quando Herodes ouviu sobre os
milagres de Jesus, temeu que João
Batista, que ele havia executado, havia
ressuscitado dos mortos (v.14–16).
A narrativa agora faz um
retrospecto às circunstâncias que
envolveram a morte de João. João havia
repreendido Herodes por causa de um
casamento ilícito com Herodias, sua
cunhada. Herodias conseguiu sua chance
de vingança na festa de aniversário do
rei, quando sua filha agradou tanto
Herodes que ele prometeu dar à jovem
qualquer coisa, até metade de seu reino.
Persuadida por sua mãe, pediu a cabeça
de João Batista numa bandeja. Os
discípulos de João haviam buscado e
enterrado o corpo de João e então foram
e contaram a Jesus.
• Alimentando cinco mil (6.30-44)
Os apóstolos voltaram a Cafarnaum
precisando descansar, então Jesus os
levou a um lugar retirado na margem do
Mar da Galiléia. Mais uma vez uma
multidão os seguiu e Jesus ensinou-lhes
até o final daquela tarde. Apesar da
contrariedade dos discípulos, Ele
alimentou 5 mil homens com 5 pães e 2
peixes e ainda sobraram 12 cestos
cheios.
• Andando sobre as águas (6.45-
52)
Após enviar Seus discípulos de
volta à margem oeste por barco, Jesus
foi até uma montanha para orar. Vendo-
os na escuridão remando com
dificuldade contra o vento, foi até eles
sobre as águas. Primeiramente, ficaram
aterrorizados, pensando que fosse um
fantasma! Mas, quando Ele entrou no
barco, o vento parou. Mesmo tendo
presenciado o milagre de alimentar 5
mil, os discípulos ainda estavam
surpresos, sem se darem conta que Ele
podia fazer qualquer coisa.
• A multidão segue a Jesus até
Cafarnaum (6.53-56)
De volta à margem oeste do lago, o
Senhor foi assediado pelas pessoas
enfermas. Não importava onde fosse, os
enfermos eram trazidos até Ele em
macas. Quem tocava a orla de Suas
vestes era curado.
• A tradição humana versus
mandamentos divinos (7.1-13)
Os fariseus e escribas criticaram
Jesus porque Seus discípulos não
realizavam uma lavagem apropriada
antes de comer. O Senhor chamou de
hipócritas os que colocavam suas
tradições acima da Palavra de Deus.
Como exemplo, citou a tradição deles de
se desculparem da obrigação para com
seus pais simplesmente dizendo que o
dinheiro deles era dedicado ao Senhor
ou ao Templo. Desta forma anulavam o
mandamento de Deus que deveriam
honrar seus pais.
• A verdadeira contaminação
vem de dentro (7.14-23)
Jesus então completou que não é o
que entra na boca de um homem que o
contamina (tal como comer sem lavar as
mãos), mas o que vem de seu coração
(como tradições que colocam de lado a
Palavra de Deus). Ao dizer isso, Jesus
também aboliu a distinção do Antigo
Testamento entre comida kosher e não
kosher e declarou que todos os
alimentos eram limpos. O que realmente
contamina são pecados como
imoralidade, roubo, homicídio, engano e
orgulho.
A palavra do Senhor, declarando
que todo alimento estava limpo, deve ter
sido um grande choque aos discípulos
judeus.
• Cachorrinhos debaixo da mesa
(7.24-30)
Viajando ao noroeste, a Tiro e
Sidom, Jesus se deparou com uma gentia
que pediu ajuda por sua filha possuída
por demônios. O Senhor pareceu
recusar, de início, dizendo que era uma
gentia, enquanto que Sua missão
primária era para com os judeus que
consideravam os gentios como cães.
Porém, quanto mais Ele testava a fé
desta mulher, mais brilhante se tornou.
Finalmente, o Senhor a recompensou
curando sua filha mesmo de longe.
Quando a mulher chegou em casa, sua
filha estava recuperada.
• Jesus cura um surdo mudo
(7.31-37)
Retornando à margem leste do Mar
Galiléia, Jesus encontrou um homem
surdo que também tinha um impedimento
na fala. Afastando-o da multidão, Jesus
tocou os ouvidos e a língua daquele
homem, ordenou que se abrissem e
restaurou-os completamente. O Senhor
pediu ao povo para não divulgar o
milagre, mas eles desobedeceram,
perplexos pela Sua bondade e poder.
• Jesus alimenta mais de 4 mil
(8.1-9)
Novamente o Senhor alimentou uma
multidão faminta, desta vez
multiplicando sete pães e poucos peixes
para alimentar 4.000 pessoas, deixando
sete cestos que sobejaram. As pessoas
aqui eram provavelmente gentios, pois
Decápolis era uma região de gentios.
• Buscando um sinal dos céus
(8.10-12)
No lado oeste do lago, os fariseus
exigiam um sinal do céu. Com um
profundo suspiro, Jesus lhes disse que
não haveria mais sinais.
• O fermento dos fariseus e os
pães de Jesus (8.13-21)
Indo ao lado leste, o Senhor
advertiu Seus discípulos contra o
fermento dos fariseus (hipocrisia) e o
fermento de Herodes (ceticismo,
imoralidade e mundanismo). Eles
pensaram que estava falando de pão,
porque haviam esquecido de trazê-lo.
Então Ele lhes fez nove perguntas: as
primeiras cinco repreendendo-os por
sua estupidez e as últimas
repreendendo-os por se preocuparem
com suas necessidades enquanto
estivesse com eles.
• Jesus cura um homem cego em
Betsaida (8.22-26)
Porque o Senhor Jesus já tinha
condenado Betsaida (Mt 11.21-24), Ele
levou um homem cego fora da cidade
antes de restaurar sua visão. A cura,
apesar de gradual, foi perfeita. Jesus
proibiu o homem de dar seu testemunho
na cidade porque já não havia mais
retorno para ela.
• A grande confissão de Pedro
(8.27-30)
Em Cesaréia de Filipe, quando
Jesus teve uma entrevista pessoal com
seus discípulos, Pedro confessou que
Ele era o Cristo e não outro grande
homem como João Batista, Elias ou
algum dos profetas. Mais uma vez o
Senhor ordenou que os discípulos não
contassem a ninguém.
• Jesus prediz Sua morte e
ressurreição (8.31-33)
Então Ele lhes disse claramente
que deveria sofrer, ser rejeitado, morto
e ressurgir novamente. Pedro O advertiu
por dizer tais coisas, sendo repreendido
por Jesus, por estar falando como
Satanás – isto é, por se opor à vontade
de Deus.
• Tomando a cruz (8.34-38)
Se os discípulos fossem segui-lO,
Jesus explicou, deveriam negar a si
mesmos e deliberadamente tomar um
caminho que levaria à reprovação,
sofrimento e morte. Se vivessem para
eles mesmos, perderiam o melhor da
vida. Se perdessem suas vidas por
serviço a Cristo, experimentariam
verdadeiramente o melhor tipo de vida.
Seria um péssimo negócio ganhar o
mundo inteiro e perder a oportunidade
de tornar a vida relevante para a
eternidade. Aqueles que evitassem a
reprovação por causa dEle iriam sofrer
uma vergonha ainda maior quando Ele
retornasse a terra em poder e grande
glória.
• A transfiguração de Cristo
(9.1-10)
O episódio conhecido como a
Transfiguração continua o pensamento
do último versículo do capítulo anterior
– isto é, ele revela como será quando o
Filho do Homem voltar. A cena da
montanha foi uma prévia do Reino
Milenar de Cristo, revelando-O como o
Iminente em toda sua glória. Os santos
do Antigo e Novo Testamento também
estarão lá (v.1-4). A sugestão
imponderada de Pedro que Cristo
partilhasse honras semelhantes com
Moisés e Elias foi repreendida pela
nuvem de glória e pela voz do Pai
celestial. Ao descerem da montanha Ele
lhes disse para revelar o que haviam
visto apenas depois da Sua ressurreição
(v.5-10).
A Transfiguração deu aos
discípulos uma idéia prévia da glória
que seguiria uma vida de fidelidade a
Cristo. Embora o custo do discipulado
fosse alto nesta vida, eles seriam
recompensados com glória na
eternidade. Valeria tudo à pena.
• A pergunta sobre Elias (9.11-
13)
Os discípulos questionaram porque
Elias não havia vindo como precursor
do Messias, como profetizado por
Malaquias. Jesus disse que Elias havia
vindo (na pessoa de João Batista) e
havia sido rejeitado. A rejeição a João
confirmava as Escrituras do Antigo
Testamento dizendo que o Filho do
Homem deveria sofrer e ser desprezado.
• A necessidade de oração e
jejum (9.14-29)
Quando Jesus e os discípulos
voltaram ao pé do monte, encontraram
um pai perturbado com um filho
possuído por demônio e que o torturava.
Os discípulos foram impotentes para
expulsar o demônio. Quando Jesus
ordenou que o demônio deixasse a
criança, houve outra terrível convulsão e
o demônio saiu deixando o corpo como
se estivesse morto. O Salvador o
levantou gentilmente e o entregou ao seu
pai. Quando os discípulos perguntaram
por que não conseguiram fazer aquilo, o
Senhor respondeu que alguns milagres
exigem períodos de oração e jejum.
• Jesus novamente prediz Sua
morte e ressurreição (9.30-32)
O Salvador mais uma vez partiu
rumo ao sul, para Jerusalém – e à Cruz.
Mais uma vez, Ele comunicou aos Seus
discípulos o que estava pela frente.
• Humildade (9.33-37)
Porém, em vez dos discípulos
estarem preocupados com o Senhor,
discutiam qual deles seria o maior.
Quando chegaram a Cafarnaum, Jesus os
lembrou que o caminho à grandeza
passava pelo serviço humilde. Ele
explicou que qualquer ato de bondade a
uma criança seria considerado como se
tivesse sido feito ao próprio Senhor ou a
Deus Pai.
• Responsabilidade com os
pequeninos (9.38-41)
Depois, João relatou que haviam
proibido um homem que estava
expulsando demônios no Nome de Jesus.
O Senhor explicou que, no serviço
cristão, qualquer crente que não é contra
Ele está do lado dEle. Ele disse que
mesmo o menor ato de caridade em Seu
nome será recompensado.
• Autodisciplina (9.42-50)
Por outro lado, seria melhor
alguém ser violentamente afogado do
que ser o agente a provocar que um dos
pequeninos se desviasse do caminho da
santidade e verdade. Aqueles que
seguirem no caminho do verdadeiro
discipulado teriam que lutar
constantemente contra os desejos
naturais. Melhor seria perder um
membro do corpo do que tropeçar por
causa deste membro e ir para o inferno!
Se um crente perde sua salinidade por
não conseguir enfrentar seus desejos
pecaminosos, então sua vida será sem
sabor, sem valor e sem sentido.
3. O MINISTÉRIO DO SERVO
RUMO A JERUSALÉM,
VIA PERÉIA (CAP. 10)
• O ensino de Jesus sobre o
divórcio e casar-se novamente (10.1-
12)
Logo após o Senhor chegar a
Peréia, ao leste do Jordão, os fariseus
Lhe perguntaram se o divórcio era lícito.
O Salvador os levou de volta à Palavra
– não ao que Moisés permitiu, mas à
intenção original de Deus: que o laço do
casamento não deveria se romper.
Mesmo quando os discípulos tiveram
dificuldade com isto, o Senhor disse
enfaticamente que casar-se após o
divórcio era adultério. (Entretanto, em
Mateus 19.9, Ele fez uma exceção).
• Jesus ama as criancinhas
(10.13-16)
As crianças foram trazidas pelos
pais para serem abençoadas por Jesus.
No entanto, foram repreendidas pelos
discípulos, mas não pelo Senhor. Ele
explicou que o Reino pertence às
crianças e àqueles que têm fé e
humildade como uma criança.
• O jovem rico (10.17-22)
Quando um jovem rico perguntou o
que poderia fazer para herdar a vida
eterna, o Senhor mostrou-lhe a lei para
convencê-lo de sua profunda
necessidade e para mostrar-lhe que não
poderia herdar o Reino pelas obras. O
jovem confessou que havia cumprido as
cinco leis que tratam primariamente de
nossas relações com nossos
semelhantes. Mas se realmente amasse
seu próximo como a si mesmo, deveria
vender tudo e dar aos pobres. Ele foi
embora triste, porque possuía muitos
bens materiais.
• Recompensas no Reino (10.23-
31)
Jesus então comentou sobre a
dificuldade de os ricos entrarem no
Reino. Disse que seria mais fácil um
camelo passar pelo fundo de uma agulha
do que um rico entrar no Reino. Os
discípulos ficaram surpresos porque
consideravam as riquezas um sinal da
bênção de Deus. Jesus respondeu que,
aquilo que é humanamente impossível, é
possível para Deus, isto é, Deus pode
libertar um homem rico de confiar em
sua própria riqueza.
Quando Pedro perguntou o que ele
e os outros discípulos receberiam por
abandonar tudo, Jesus prometeu
10.000% de retorno nesta vida, além da
vida eterna. Advertiu, porém, a Pedro
que um espírito de barganha poderia
colocá-lo no final da fila quando fossem
entregues os galardões!
• Jesus novamente prediz Sua
morte e ressurreição (10.32-34)
O Salvador foi à frente dos
discípulos em direção a Jerusalém,
embora soubesse que seria entregue aos
líderes religiosos e aos gentios para ser
condenado, zombado, açoitado, cuspido
e morto – e ressuscitado ao terceiro dia.
Os discípulos ficaram espantados pela
Sua determinação em fazer a vontade de
Deus.
• Uma mãe ambiciosa (10.35-45)
Era realmente inoportuno para
Tiago e João estarem discutindo sobre
lugares de honra para eles no Reino!
Jesus explicou que estes lugares não
seriam atribuídos na base do patrocínio
pessoal, mas pelo grau do sofrimento de
alguém e pela fidelidade a Cristo.
Ouvindo a discussão, os outros
discípulos se aborreceram com Tiago e
João – provavelmente porque ansiavam
estes lugares de honra para eles
mesmos! Novamente Jesus lembrou que
o serviço é o caminho para a grandeza
no Reino. Ele é o exemplo supremo do
Servo Perfeito.
• Jesus devolve a visão a
Bartimeu (10.46-52)
O Senhor e Seus discípulos
cruzaram o Rio Jordão e vieram a
Jericó, onde encontraram o cego
Bartimeu. Embora fisicamente cego,
reconheceu Jesus como o Messias e
pediu-Lhe a visão. Seu pedido
específico recebeu uma resposta
específica – recebeu a visão e ele seguiu
a Jesus.
4. O FINAL DO MINISTÉRIO DO
SERVO (CAP. 11-13)
• A entrada triunfal (11.1-11)
O registro da última semana do
ministério de Jesus começa aqui. Ele
havia vindo à ladeira ao leste do Monte
das Oliveiras e estava pronto para se
apresentar abertamente como o Rei
Messias de Israel. Os discípulos haviam
achado um jumentinho como o Salvador
havia instruído. Nele o Senhor entrou em
Jerusalém sobre um tapete de roupas e
folhas de palmeiras. O povo clamava
entusiasticamente ao ver Jesus adentrar
à cidade até os pátios do Templo.
Naquela noite Ele voltou para Betânia.
• A maldição da figueira (11.12-
14)
No próximo dia, Jesus amaldiçoou
uma figueira porque não encontrou frutos
nela. Sabia que se não havia o primeiro
fruto, a árvore era permanentemente
infrutífera. A árvore simboliza Israel
que tinha folhas (confissão), mas nenhum
fruto para Deus. Os incrédulos restantes
da nação são amaldiçoados à
esterilidade perpétua. Entretanto,
israelitas crentes seriam salvos.
• A purificação do templo (11.15-
19)
Jesus então expulsou os cambistas
para fora da área do Templo. Os
escribas e fariseus ficaram furiosos e
desejavam matá-lO naquele exato
momento ali, mas temeram o
descontentamento do povo.
• O definhamento da figueira
(11.20-26)
Quando os discípulos viram que a
figueira havia secado durante a noite,
pediram ao Senhor que explicasse. Ele
destacou que a fé é o meio de remover
dificuldades. No entanto, acrescentou
que uma das condições básicas para uma
oração ser respondida é um espírito
perdoador.
• A autoridade do Rei desafiada
(11.27-33)
Os líderes religiosos desafiaram a
autoridade de Cristo. Ele perguntou se
João Batista foi divinamente
comissionado. Se eles dissessem não,
despertariam a ira do povo. Se
dissessem sim, deveriam ter obedecido
ao chamamento de João para o
arrependimento. Quando se recusaram a
responder, o Senhor se recusou a
discutir Sua autoridade.
• Parábola da vinha (12.1-12)
Na parábola da vinha, o Senhor
Jesus acusou as autoridades judaicas por
sua rejeição ao Filho de Deus. Deus é o
dono e a vinha era o lugar privilegiado
ocupado por Israel. Os limites eram a
Lei de Moisés e os lavradores eram os
líderes religiosos. Eles mataram os
servos de Deus, os profetas e finalmente
mataram Seu Filho amado. Por isso,
Deus os destruiria e daria a posição
privilegiada aos gentios. Tudo isso em
razão do cumprimento das Escrituras do
Antigo Testamento que predizia a
rejeição de Israel ao Messias e a
exaltação de Deus ao Seu Filho. Os
líderes judeus entenderam a mensagem e
queriam destruí-lO, mas não podiam
porque ainda não era o tempo.
• Obediência a César (12.13-17)
Os fariseus e os herodianos, que
normalmente eram inimigos ferrenhos,
se uniram em uma tentativa de tramar
algo contra Jesus perguntando se era
lícito pagar impostos ao governo
romano. Se Ele dissesse “sim”, alienaria
muitos dos judeus. Se dissesse “não”, O
entregariam como traidor. Usando uma
moeda como objeto de lição, disse-lhes
para pagar tributo a César e a Deus.
Eles já estavam tributando a César, mas
não a Deus.
• Sete irmãos e uma Noiva
(12.18-27)
Os saduceus tentaram ridicularizar
toda a história da ressurreição do corpo
com a história de uma mulher que casou
com sete irmãos, um após o outro. Então
ela morreu. Perguntaram de quem ela
seria esposa na ressurreição. Jesus lhes
disse que eram ignorantes acerca das
Escrituras que ensina sobre a
ressurreição e o poder de Deus que
levanta os mortos. Jesus disse que o
relacionamento marital não continua no
céu e mostrou que como Deus é Deus
dos vivos, Ele ressuscitaria Abraão,
Isaque e Jacó.
• O Grande Mandamento (12.28-
34)
Quando um escriba perguntou a
Jesus qual era o maior mandamento, Ele
respondeu “Ame a Deus totalmente e de
forma suprema”. E então acrescentou o
segundo: “Ame seu próximo como a si
mesmo”. Quando o escriba concordou
de forma sincera, o Salvador lhe disse
que ele não estava longe do Reino.
• Filho de Deus e Filho do
Homem (12.35-37)
Jesus agora coloca uma pergunta às
pessoas do pátio no Templo. Se (como
disseram corretamente os escribas) o
Messias seria Filho de Davi, como Davi
poderia falar do Messias (no Salmo
110.1) como seu Senhor? A resposta é
que como Filho de Davi, o Messias
seria humano e como Senhor de Davi,
Ele seria divino.
• Jesus denuncia os escribas
(12.38-40)
Depois Jesus denunciou os escribas
por seu amor pelas vestes longas, seu
amor pelos altos títulos, seu desejo por
lugares de honra e distinção social, por
roubarem das viúvas e por suas orações
hipócritas.
• As duas moedas da viúva
(12.41-44)
Em contraste à ganância dos
escribas, foi a devoção de uma viúva
que deu tudo que ela tinha ao Senhor, no
gazofilácio do Templo. Jesus apontou
que, enquanto os outros deram do que
sobrava, ela deu de sua profunda
pobreza. No reconhecimento do
Salvador, esta mulher deu mais do que
todos os outros juntos.
• A destruição do templo (13.1-2)
Quando um dos discípulos tentou
cativar o interesse do Salvador na
arquitetura do Templo, Ele declarou que
aquilo seria destruído de forma tão
terrível que não sobraria pedra sobre
pedra.
• Sinais do fim dos tempos (13.3-
8)
No Monte das Oliveiras, o Senhor
deu aos discípulos um quadro do futuro
próximo e distante. Neste discurso, a
destruição do Templo em 70 d.C.
aparece juntamente com os futuros
eventos da Tribulação e a Segunda
Vinda. No “início das dores”, Seu povo
não deveria deixar-se enganar por falsos
messias, como não deveria considerar
guerras e rumores de guerras como sinal
do fim do mundo. Ainda viria um
terrível período de dificuldades.
• Jesus adverte sobre a oposição
(13.9-13)
Seus seguidores serão colocados
em julgamento perante os tribunais
religiosos e civis. O Evangelho do
Reino será pregado em todas as nações.
Crentes perseguidos em julgamento
terão ajuda divina em suas defesas.
Aqueles que fossem leais ao Salvador
seriam traídos até pelos seus próprios
familiares. A segurança não estará em
renunciar a Cristo, mas em perseverar
até o fim.
• A abominação da desolação
(13.14-23)
No verso 14, chegamos ao meio da
Tribulação, quando um enorme ídolo
abominável será estabelecido no
Templo. Este será o tempo de fugir da
Judéia sem posses ou impedimentos.
Será o pior tempo na história da
humanidade, tão terrível que será
necessário encurtar os dias para salvar
Seu povo. Aparecerão outros “Messias”
com grandes milagres, mas os crentes
não deverão se deixar enganar por eles.
• O sinal da Vinda de Cristo
(13.24-27)
No fim da Tribulação, haverá
violentas convulsões nos céus,
sinalizando o retorno do Filho do
Homem em poder e grande glória. Seus
anjos irão juntar Seus eleitos de todos
os lugares do mundo para desfrutar das
bênçãos de seu Reino maravilhoso.
• Parábola da figueira (13.28-31)
Assim como as folhas em uma
figueira sinalizam que o verão está
próximo, da mesma forma os eventos
descritos significam que Sua Vinda está
próxima. A geração dos judeus que
rejeitou a Cristo não morreria até que
tudo se cumprisse.
• Ilustrações do período da Vinda
(13.32-37)
O tempo de sua vinda é
desconhecido. Até mesmo o Senhor
Jesus, como o Servo Perfeito, não
recebeu esta informação do Pai, isto é,
para revelar aos outros. Como um
homem que saiu em uma longa viagem, o
Salvador pode voltar a qualquer hora,
por isso Seu povo deve vigiar e orar.
5. A MORTE DO SERVO EM
RESGATE DE MUITOS (CAP. 14-15)
• A trama para matar Jesus
(14.1-2)
Era quarta-feira da última semana.
Os principais sacerdotes e escribas
queriam matar o Senhor Jesus, mas
hesitaram em fazê-lo no período da
Páscoa.
• A unção em Betânia (14.3-9)
Durante um banquete que Simão, o
leproso, ofereceu para honrar Jesus, uma
mulher desconhecida ungiu a cabeça do
Senhor com perfume valioso. Alguns
convidados acharam que foi um
desperdício, mas o Senhor repreendeu a
murmuração deles. Ela aproveitou esta
oportunidade para ungir o corpo de
Jesus para o enterro e seria lembrada
por todo o mundo por este ato.
• Trinta moedas de prata (14.10-
11)
A esta altura Judas concordou com
os principais sacerdotes para trair seu
Mestre por dinheiro.
• Celebrando a Páscoa (14.12-
21)
Era, provavelmente, quinta-feira.
Dois discípulos seguiram as instruções
de Jesus e encontraram um espaçoso
cenáculo. Ali todos celebraram a última
Páscoa, na qual Jesus identificou Seu
traidor como aquele que comia do
mesmo prato com o Senhor.
• Instituindo a Ceia do Senhor
(14.22-26)
Após Judas partir (João 13.30),
Jesus instituiu a Ceia do Senhor. Ao
final da Ceia, cantaram um hino e foram
em direção ao Monte das Oliveiras.
• Jesus prediz a negação de
Pedro (14.27-31)
Durante o caminho, o Salvador
avisou os discípulos que todos eles O
abandonariam naquela noite; contudo,
Ele não os rejeitaria, mas os encontraria
na Galiléia após Sua ressurreição.
Pedro protestou que ele nunca negaria
Jesus, mas Jesus corrigiu o “nunca” para
“três vezes”. Os outros discípulos se
juntaram a Pedro afirmando sua
lealdade.
• A agonia no jardim (14.32-42)
No Jardim do Getsêmani, Jesus
enfrentou a terrível perspectiva de
carregar os pecados do mundo – uma
carga de aflição e horror. Sua oração,
para que aquele cálice passasse, não foi
respondida, mostrando que não havia
outra maneira pela qual um homem
pecador pudesse ser salvo, senão que
Ele enfrentasse a cruz. Três vezes Jesus
retornou da oração para encontrar
Pedro, Tiago e João dormindo. Agora
era hora de partir.
• Traição e apreensão no
Getsêmani (14.43-52)
Aguardando do lado de fora com
um bando armado, Judas identificou o
Senhor com um sinal que fora
combinado; ele O beijou calorosamente.
Então os homens armados prenderam o
Senhor. Em um esforço para defendê-lo,
um dos discípulos (Pedro) cortou a
orelha do servo do sumo sacerdote.
(Jesus milagrosamente restaurou a
orelha, como aprendemos do Evangelho
de Lucas). Foi tão impróprio levarem o
Senhor por força, já que o Senhor esteve
com eles pacificamente ensinando na
área do Templo! Por que não o
prenderam naquele ocasião? Mas as
Escrituras tinham que se cumprir.
Possivelmente Marcos foi o jovem que,
no desespero de fugir, deixou suas
vestes nas mãos dos homens armados e
correu nu.
• Jesus perante Caifás (14.53-
54)
O julgamento religioso do Senhor
aconteceu em três fases. A primeira foi
perante o sumo sacerdote, enquanto
Pedro ficou ao lado de fora, aquecendo-
se ao fogo com os serventuários.
• Jesus perante o Sinédrio
(14.55-65)
O versículo 55 parece começar
com a segunda fase – um encontro do
Sinédrio à meia-noite. O relato da
testemunha estava deturpado e
contraditório. Primeiramente, Jesus não
respondeu ao sumo sacerdote. Mas
quando ele perguntou ao Senhor sob
juramento se era o Messias, o Salvador
respondeu afirmativamente e que um dia
voltaria à terra, manifesto publicamente
como Deus. O sumo sacerdote
compreendeu e o acusou de blasfêmia e
o Sinédrio O sentenciou à morte. Por
mais incrível que seja, cuspiram nEle,
vendaram Seus olhos e então O
desafiaram a profetizar.
• As três negações de Pedro
(14.66-72)
Do lado de fora, embaixo do pátio,
Pedro negou Jesus três vezes numa
rápida seqüência. Quando o galo cantou
pela segunda vez, Pedro se lembrou das
palavras do Senhor e então rompeu em
lágrimas e chorou amargamente. A culpa
da traição o oprimiu naquele momento.
• Jesus perante Pilatos (15.1-5)
O versículo 1 descreve a reunião
da manhã do Sinédrio, quem sabe, para
validar a ação da noite anterior. Esta era
a terceira fase do julgamento religioso.
O julgamento civil também aconteceu
em três estágios: perante Pilatos; perante
Herodes e novamente perante Pilatos.
Marcos não descreve o julgamento
perante Herodes e descreve somente um
comparecimento perante Pilatos. Jesus
admitiu a Pilatos que era o Rei dos
judeus, mas se recusou a responder às
acusações dos principais sacerdotes, o
que causou admiração em Pilatos.
• A liberação de Barrabás (15.6-
15)
Quando o governador ofereceu
soltar Jesus ou Barrabás à multidão,
pediram que soltasse Barrabás e a
condenação de Jesus à morte. O fraco
Pilatos consentiu.
• Jesus é escarnecido pelos
soldados (15.16-23)
Levando Jesus fora do pátio da
residência do governador, os soldados
O escarneceram, vestindo-O com uma
veste púrpura e uma coroa de espinhos.
Depois de um tempo de selvageria e
zombaria cruel, levaram-nO ao
Calvário, compelindo Simão, o cireneu,
a carregar sua Cruz.
Jesus recusou o vinho com mirra
que era dado a homens condenados.
• Jesus é Crucificado (15.24-36)
Eram nove horas da manhã quando
O crucificaram, com o título “REI DOS
JUDEUS” sobre sua cabeça e com um
ladrão crucificado de cada lado. Três
classes de pessoas blasfemavam dEle –
os que iam passando, os principais
sacerdotes e escribas e dois ladrões.
Entre meio-dia e três horas da tarde toda
terra estava coberta na escuridão. Ao
final de Sua agonia o Salvador clamou,
“Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” Alguns dos que ali
estavam pensaram que Ele estava
chamando por Elias. Um lhe ofereceu
vinagre numa esponja.
• Cristo morre pelos pecadores
(15.37-41)
Jesus então clamou em voz alta e
expirou. Naquele momento o véu do
Templo foi rasgado de cima abaixo. Em
grande espanto, um centurião romano
expressou sua crença que Jesus era o
Filho de Deus. Algumas das mulheres
fiéis que seguiam a Jesus estavam lá, em
pé junto à multidão.
6. A RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO
DO SERVO (CAP.16)
• As grandes Boas Novas (16.1-
8)
Após o pôr-do-sol no sábado, três
mulheres discípulas vieram ao túmulo
com aromas para o corpo de Jesus. Na
manhã de domingo, elas vieram
novamente, preocupando-se sobre como
remover a pedra da entrada do túmulo.
Então, porém, perceberam que já tinha
acontecido! Dentro do túmulo, viram um
anjo semelhante a um jovem que lhes
disse que Jesus as encontraria na
Galiléia. As mulheres fugiram
espantadas e não contaram o que tinha
acontecido a ninguém. (Três manuscritos
antigos do Novo Testamento omitem os
versículos 9-20, apesar de serem
encontrados em todo o restante dos
manuscritos da Bíblia Latina).
• Aparições pós-ressurreição
(16.9-13)
O Senhor ressurreto apareceu à
Maria Madalena, porém, mais tarde,
quando ela o relatou aos discípulos
entristecidos, estes não acreditaram. Ele
também apareceu a dois discípulos na
estrada de Emaús (Lucas 24.13-31), mas
encontraram a mesma falta de fé nos
discípulos quando voltaram a Jerusalém
e lhes contaram o ocorrido.
• A Grande Comissão (16.14-18)
Naquele mesmo domingo à noite,
Jesus apareceu aos discípulos e os
repreendeu por não crerem no
testemunho de Maria e nos outros dois.
Então Ele os comissionou a pregar o
Evangelho a toda criatura, batizando
aqueles que crerem e lhes disse que
certos milagres acompanhariam aqueles
que cressem. Estes sinais realmente
aconteceram, como vemos no livro de
Atos.
• A ascensão (16.19-20)
Quarenta dias após sua
ressurreição, nosso Senhor Jesus
ascendeu ao céu e assentou-se à destra
de Deus. Em obediência à Sua ordem, os
discípulos foram compartilhando as
boas novas de salvação pela fé somente
em Cristo e os milagres prometidos
acompanhavam sua pregação.
O EVANGELHO
SEGUNDO LUCAS

INTRODUÇÃO
AUTORIA E DATA
Lucas, o médico amado e
companheiro de viagem de Paulo,
escreveu seu Evangelho por volta do
ano 60 d.C., provavelmente em
Cesaréia.
ÊNFASE EM LUCAS
O Evangelho de Lucas apresenta o
Senhor Jesus como o Filho do Homem, o
Amigo de coletores de impostos e
pecadores e o Salvador da humanidade.
Certamente a humanidade de nosso
Senhor é proeminente. Sua vida de
oração, por exemplo, é mais citada em
Lucas do que em qualquer dos outros
Evangelhos. Sua simpatia e compaixão
são mencionadas freqüentemente. Talvez
isto seja porque mulheres e crianças
ocupam um lugar tão destacado. O
Evangelho de Lucas também é
conhecido como o evangelho
missionário. Aqui as Boas Novas
alcançam os gentios, apresentando Jesus
como o Salvador do mundo. Finalmente,
este Evangelho é um manual de
discipulado. Seguimos o caminho do
discipulado na vida de nosso Senhor e o
ouvimos explanar em seu treinamento
dos doze. Na vida do Homem Perfeito,
encontramos os elementos que perfazem
a vida ideal para todas as pessoas. Em
Suas palavras incomparáveis
encontramos o caminho da Cruz para o
qual Ele nos chama. Aqueles que ouvem
e obedecem encontram vida verdadeira.
ESBOÇO DO EVANGELHO
DE LUCAS
1. Prólogo (1.1-4)
2. O nascimento e juventude de
Jesus (1.5–2.52)
3. O precursor do Filho do Homem,
batismo, genealogia e tentação
(3.1–4.13)
4. As palavras e obras do Filho do
Homem na Galiléia (4.14–9.50)
5. O ministério do Salvador da
Galiléia, pela Peréia até Jerusalém
(9.51–19.27)
6. A última semana em Jerusalém,
culminada por Sua morte (19.28–
23.49)
7. O sepultamento, a ressurreição e
a ascensão de Cristo (23.50–24.53)
1. PRÓLOGO (CAP. 1.1-4)
Lucas, o escritor deste Evangelho,
inspirado pelo Espírito, não foi uma
testemunha ocular dos eventos que
registrou, mas se utilizou de registros
escritos e testemunhos orais de algumas
pessoas que foram testemunhas
oculares. Seu objetivo era que um
homem chamado Teófilo tivesse um
relato escrito, confirmando a fidelidade
de tudo o que havia aprendido
concernente a vida e ministério do
Senhor.
2. O NASCIMENTO E A
JUVENTUDE DE JESUS (CAP. 1.5-
2.52)
• Gabriel anuncia o nascimento
de João Batista para Zacarias (1.5-25)
Lucas começa apresentando
Zacarias e Izabel, os pais piedosos de
João Batista. Um dia, quando Zacarias
estava cumprindo seus deveres de
sacerdote no Templo, um anjo lhe
revelou que Izabel teria um filho que
deveria ser chamado de João. Este filho
seria uma grande personaliade,
espiritual e posicionalmente, isto é,
seria o precursor do Messias (v.5-17).
Quando Zacarias expressou dúvida, o
anjo, Gabriel, lhe disse que ele perderia
a fala até que a criança nascesse. O
sacerdote voltou ao povo que estava
aguardando no lado de fora e lhe
comunicou com linguagem de sinais.
Como foi anunciado, Izabel ficou
grávida e então se isolou por cinco
meses (v.18-25).
• Gabriel anuncia o nascimento
de Cristo a Maria (1.26-38)
Após seis meses, o anjo apareceu a
uma virgem em Nazaré, chamada Maria
que estava noiva de José. O anjo
prometeu a Maria que ela daria à luz um
Filho chamado Jesus e que Ele seria o
Messias prometido. Quando ela
questionou como isto poderia acontecer,
lhe foi assegurado que seria um milagre
do Espírito Santo. O anjo também lhe
disse que sua parenta, Izabel, estava
grávida de seis meses. Maria se
submeteu ao Senhor para o cumprimento
de Seu propósito maravilhoso.
• Maria visita Isabel (1.39-45)
Uma coisa estranha aconteceu
quando Maria foi visitar Isabel – seu
bebê pulou de alegria! Então Isabel
saudou Maria como a “mãe do meu
Senhor”, abençoando tanto a ela como a
seu Filho, ainda por nascer.
• O cântico de Maria (1.46-56)
Maria enalteceu o Senhor pelo que
lhe havia feito, pela Sua misericórdia
para com aqueles que O temem em todas
as gerações e pela Sua fidelidade em
manter as promessas que fez a Abraão e
à sua semente. Após ficar com Isabel
por três meses, Maria voltou a Nazaré.
• O nascimento e circuncisão de
João Batista (1.57-66)
No tempo determinado, Isabel deu
à luz ao filho prometido. Os parentes e
amigos supunham que seria chamado
Zacarias, mas Isabel lhes disse que seu
nome seria João. Para obter a decisão
final, perguntaram ao pai. Assim que ele
escreveu “João”, sua fala voltou.
• O cântico de Zacarias (1.67-80)
O hino eloqüente de Zacarias louva
a Deus pelo que Ele fez, por cumprir a
profecia e pela Sua fidelidade com Suas
promessas. Ele descreve a missão de
João como arauto do Rei e compara a
vinda de Cristo como o nascer do sol
(v.67-79). Jesus é a Alvorada do céu.
O capítulo termina com o
crescimento de João e sua reclusão,
antes de seu aparecimento público a
Israel (v.80).
• O nascimento de Jesus (2.1-7)
José levou Maria de Nazaré até
Belém para o registro do censo.
Incapazes de encontrar outras
acomodações, acamparam no estábulo
de uma hospedaria. Foi ali que Maria
deu à luz ao seu Filho e O colocou em
uma manjedoura.
• Glória a Deus nas alturas (2.8-
20)
Um anjo anunciou o nascimento
maravilhoso de Jesus para os pastores
nos campos. Ele lhes disse que
encontrariam o menino envolto em
faixas e deitado numa manjedoura.
Subitamente, uma grande multidão de
anjos rompeu em louvor jubiloso a
Deus.
• A circuncisão e apresentação
(2.21-24)
Após oito dias o bebê Jesus foi
circuncidado e nomeado oficialmente. E
quando Ele tinha 40 dias, Maria trouxe
dois pombinhos para sua própria
cerimônia de purificação (veja Lv 12.1-
6). Após isso, Maria e José levaram
Jesus ao Templo para apresentá-lO a
Deus.
• O cântico de Simeão (2.25-35)
Enquanto isto estava acontecendo,
um judeu piedoso chamado Simeão
tomou Jesus em seus braços e entoou um
cântico memorável, louvando a Deus
que o Prometido havia vindo.
• O testemunho de Ana para seu
Redentor (2.36-38)
Uma profetisa de idade avançada,
chamada Ana, também rompeu em
gratidão ao Senhor pela vinda do
Redentor. Ela falou sobre Jesus aos fiéis
em Jerusalém e que estavam aguardando
a redenção.
• Os primeiros anos de Jesus e
Sua primeira Páscoa (2.39-52)
Após Jesus ser apresentado, José e
Maria levaram-nO de volta a Nazaré,
onde Ele cresceu física, mental e
espiritualmente (v.39-40).
O relato agora vai direto à ida de
Jesus a Jerusalém para a Páscoa com a
idade de 12 anos. Na viagem de volta a
Nazaré, Ele havia desaparecido da
caravana. Os pais voltaram a Jerusalém
e O encontraram no Templo, ouvindo os
mestres e fazendo perguntas. José e
Maria não entenderam que as coisas de
Seu Pai tinham a prioridade para o
menino Jesus. E, mesmo assim, Ele
assumiu Seu lugar como um filho
obediente nesta humilde família judia,
crescendo mental, física, espiritual e
socialmente (v.41-52).
3. O PRECURSOR DO FILHO DO
HOMEM, BATISMO,
GENEALOGIA E TENTAÇÃO (CAP.
3.1-4.13)
• O ministério de João Batista
(3.1-17)
Lucas suprime os próximos 18 anos
nos quais Jesus passou em Nazaré como
o Filho adotivo de um carpinteiro e nos
leva ao início do ministério de João
Batista. Em cumprimento à profecia de
Isaías, o precursor veio preparar o povo
moralmente para a vinda do Messias.
Ele batizou os arrependidos no Rio
Jordão, mas repreendeu aqueles que
eram meros fingidores e exortou-os para
demonstrarem seu arrependimento por
uma vida transformada. Caso não o
fizessem, viria o julgamento. Ele se
considerou inferior a Cristo, explicando
que seu batismo era externo e físico,
enquanto o de Cristo seria interno e
espiritual. Ele exaltou o Senhor dizendo
que ele era indigno para desatar as
sandálias de Jesus.
• O aprisionamento de João
Batista (3.18-20)
Por volta de 18 meses mais tarde,
João foi aprisionado por Herodes,
porque havia repreendido o rei por
viver em um relacionamento adúltero
com sua cunhada.
• O batismo de Jesus (3.21-22)
Jesus agora inaugura seu ministério
público sendo batizado no Jordão. Foi
neste momento que o Espírito Santo
desceu sobre Ele e o Pai O aprova
publicamente.
• A genealogia de Jesus (3.23-38)
Uma vez que o propósito deste
Evangelho é apresentar o Senhor Jesus
como o Filho do Homem, é importante
mostrar que Ele descendeu de Adão – a
genealogia aqui demonstra a Sua
humanidade (v.38). Acredita-se que esta
genealogia remonta sua descendência
através de Maria. Eli (v.23) deve ter
sido o sogro de José. Jesus era o filho
verdadeiro de Maria e o filho adotivo
de José.
• A tentação de Jesus (4.1-13)
Tentado por Satanás no deserto,
Jesus demonstrou Sua perfeição moral.
As tentações foram direcionadas à
concupiscência da carne,
concupiscência dos olhos e à soberba da
vida, isto é, apetite físico, o desejo de
poder e posses e o desejo por
reconhecimento público. Em todos os
três, Satanás usou de linguagem
religiosa, até mesmo citando as
Escrituras. Nosso Senhor resistiu
aplicando a Escritura da forma correta.
4. AS PALAVRAS E OBRAS DO
FILHO DO HOMEM DA GALILÉIA
(CAP. 4.14-9.50)
• O início do ministério de Jesus
(4.14-15)
Entre os versículos 13 e 14 há um
espaço de tempo de mais ou menos um
ano, quando o Senhor ministrou na
Judéia (veja João 2–5). Lucas vai direto
ao grande ministério realizado na
Galiléia.
• Jesus é rejeitado em Nazaré
(4.16-30)
Em uma visita à sinagoga em
Nazaré, o Senhor Jesus leu Isaías 61.1-
2a e então declarou que era o Messias
de quem Isaías falou. Ele havia vindo
para libertar a humanidade dos enormes
problemas que a afligiam e para
proclamar um novo tempo (v.16-21). Em
um primeiro momento, as pessoas
reagiram favoravelmente, mas, quando
Ele predisse Sua rejeição pela cidade
de Nazaré e da nação de Israel e quando
sugeriu que iria Se voltar aos gentios,
tentaram jogá-lO de um precipício! Ele
deixou Nazaré e, até onde sabemos,
nunca voltou para lá (v.22-30).
• As curas milagrosas do Messias
(4.31-41)
Em um sábado em Cafarnaum, Ele
expulsou um demônio, curou a sogra de
Pedro e curou multidões de outras
pessoas, desta forma revelando-Se como
Mestre sobre os demônios e doenças. Os
demônios expulsos sabiam que Jesus era
o Filho de Deus, mas Ele os proibiu de
testificar este fato. Ele não aceitaria o
testemunho de espíritos malignos.
• Jesus prega por toda Galiléia
(4.42-44)
No dia seguinte, quando Se afastou
a um lugar retirado perto de Cafarnaum,
as multidões O encontraram e rogaram
para não deixá-los, mas Jesus tinha mais
obras a realizar nas outras cidades da
Galiléia e então partiu.
• Jesus chama pescadores (5.1-
11)
Em pé no barco de Pedro, junto à
praia do lago, Jesus ensinou o povo.
Deu uma lição sobre pesca aos
habilidosos pescadores e chamou Pedro
para ser pescador de homens. Pedro,
Tiago e João largaram tudo e seguiram a
Jesus.
• Jesus purifica um leproso (5.12-
16)
Após curar um homem cheio de
lepra, Jesus lhe disse para ir ao
sacerdote e oferecer o sacrifício pela
purificação, mas para não divulgar o
milagre. Ao invés disso, o leproso
espalhou a notícia, atraindo uma grande
multidão que queria a cura. Por isso,
Jesus Se retirou ao deserto para orar.
• Curando um paralítico (5.17-
26)
Quando as notícias de Seu
ministério se espalharam e os hostis
fariseus e mestres da lei se reuniram
para achar uma falta nEle, viram muitas
pessoas curadas. Quatro homens
trouxeram um paralítico numa maca até a
casa onde Jesus estava curando.
Incapazes de chegar a Ele por causa da
multidão, desceram o homem através de
uma abertura no telhado. Jesus disse:
“Seus pecados estão perdoados” e isto
enfureceu os fariseus e escribas.
Chamaram aquilo de blasfêmia. Para
provar que os pecados daquele homem
estavam perdoados, o Senhor disse para
ele apanhar sua cama e andar. Quando o
ex-paralítico obedeceu, o povo se
maravilhou.
• Jesus chama Mateus, o
cobrador de impostos (5.27-32)
Levi, isto é, Mateus, respondeu
imediatamente ao chamado de Cristo e
então convidou seus velhos camaradas
para um banquete onde iria apresentá-
lO. Quando os líderes religiosos
criticaram Jesus por comer com
pecadores, Ele respondeu que não havia
vindo para chamar os justos, mas os
pecadores ao arrependimento.
• Respondendo uma pergunta
sobre jejum (5.33-39)
Depois eles criticaram Seus
discípulos por não jejuarem. Ele
respondeu que não havia razão para
jejuarem enquanto estava com eles, mas
que jejuariam quando Ele fosse levado
para a morte.
Na parábola das roupas novas e
vinhos novos, Jesus ensinou que a nova
era da graça não poderia se misturar
com a religião vazia dos fariseus. Suas
tradições e rituais eram muito rígidos e
inflexíveis para carregar a alegria,
exuberância e energia do Cristianismo.
• Controvérsia sobre as obras
necessárias no sábado (6.1-5)
Novamente, os fariseus criticaram
os discípulos, desta vez por apanhar
grãos no sábado. O Senhor lembrou-lhes
que Deus permitiu que Davi e seus
homens comessem o pão da propiciação,
embora fosse reservado apenas para os
sacerdotes. Deus fez uma exceção
porque o rei justo foi rejeitado, assim
como o Senhor Jesus foi agora rejeitado.
Ademais, Cristo é o Senhor do sábado e
Ele é mais bem qualificado para
interpretar seu verdadeiro sentido
espiritual.
• Controvérsia sobre a cura no
sábado (6.6-11)
Noutro sábado, Jesus curou um
homem com uma mão ressequida. O
Senhor destacou para os líderes como
era inconsistente criticá-lO por fazer o
bem no sábado, quando na verdade
estavam maquinando matá-lO naquele
mesmo dia! O sábado foi criado por
Deus para o benefício do homem e
quando compreendido corretamente, não
proibia uma obra necessária ou uma
obra de misericórdia.
• Jesus escolhe os doze (6.12-16)
Após passar uma noite em oração
Jesus escolheu 12 discípulos. Ele os
envia, como lemos em Mateus 10.1-15,
como homens pobres e não ricos;
famintos e não com fartura; pesarosos e
não frívolos, perseguidos e não
populares – tudo isso pela causa do
Filho do Homem.
• As Bem-aventuranças (6.17-26)
Depois, enquanto curava a muitos
numa planície, Jesus começou a
doutrinar os discípulos nos princípios
do Reino. Ele pronunciou os “ais” para
aqueles que eram ricos, fartos, levianos
e populares.
• Um estilo de vida afetuoso
(6.27-28; 31-36)
O amor dos discípulos deve ir além
da mera afeição humana que ama
aqueles que o amam, que recompensa
bondade com bondade, que empresta por
lucro. Deve ser igual ao amor de Deus
que é derramado a todos, sem
discriminação.
• A outra face e a segunda milha
(6.29-30)
O Senhor ensinou um novo tipo de
amor ao mundo – um amor que é
dedicado aos inimigos, blasfemadores e
perseguidores. Ele se manifesta na não
retaliação, em dar mais do que é pedido,
em esperar nada em retorno. Ele trata
outros da mesma forma que quer ser
tratado.
• Não julgue (6.37-42)
Este amor é misericordioso, não
censurador, perdoador e generoso. Jesus
explicou que a extensão na qual os
discípulos poderiam ser uma bênção aos
outros seria limitada pela sua própria
condição espiritual. O ministério deles
seria um ministério de caráter. Eles não
poderiam liderar o caminho se não
soubessem para onde iriam ou ensinar o
que não soubessem. Eles não poderiam
esperar o progresso de seus discípulos
além do que eles, os instrutores,
pudessem viver. Tampouco poderiam
ajudar seus discípulos com problemas
que não foram solucionados em suas
próprias vidas.
• Como identificar um
verdadeiro profeta (6.43-45)
Eles somente poderiam dar frutos
de acordo com o caráter deles; o que
eles são, na verdade, seria mais
importante do que qualquer coisa que
poderiam dizer ou fazer.
• Construtores sábios e tolos
(6.46-49)
Chamar Jesus de Senhor e não
obedecê-lo é um absurdo. O homem
sábio não somente vem a Cristo e ouve
Suas palavras, mas também obedece.
Sua vida pode suportar as tempestades
da vida. O homem tolo ouve os
ensinamentos sobre discipulado, mas
vive da forma que quer. Nas crises da
vida, ele se encontra sem um sólido
fundamento e porquanto sua alma pode
estar salva, sua vida pode estar perdida.
• Jesus cura o servo de um
centurião (7.1-10)
Um centurião gentio, amado e
respeitado pelos judeus, pediu a alguns
anciãos dos judeus para interceder com
Jesus em favor de seu servo doente.
Enquanto Jesus ainda estava a caminho,
o centurião disse que não era necessário
Ele vir, pois poderia curar somente
falando uma palavra. Jesus se
maravilhou porque não havia encontrado
fé igual àquela dentre os judeus. O servo
foi curado à distância pelo Senhor.
• Jesus levanta o filho da viúva
de Naim (7.11-17)
Ao se aproximar da cidade de
Naim, Jesus viu uma procissão de
funeral levando o filho único de uma
viúva. O Senhor ordenou que o jovem se
levantasse e a sua vida retornou
imediatamente, devolvendo o rapaz à
sua mãe. As pessoas estavam atônitas e
espalharam as notícias da visitação do
Senhor por toda a região.
• Jesus encoraja João Batista
(7.18-23)
Quando as notícias dos milagres de
Jesus chegaram até João Batista, na
prisão, ele enviou dois mensageiros
para perguntar se Jesus era realmente o
Messias, como querendo dizer, “se
realmente for, porque ainda estou na
prisão?” Jesus respondeu-lhe que estava
realizando os milagres profetizados
sobre o Messias e depois encorajou a fé
perseverante. Há uma bênção para
aqueles que não têm dúvidas sobre
Jesus.
• O tributo de Jesus a João
Batista (7.24-35)
Depois Jesus exaltou seu precursor
perante o povo, dizendo que João não
era oportunista nem bajulador moderno.
Ao invés disso, era maior do que um
profeta, porque era o arauto de Jesus.
Enquanto as pessoas comuns
reconheciam a justiça de Deus,
submetendo-se ao batismo de João, os
líderes religiosos rejeitaram o programa
de Deus rejeitando Seu mensageiro
(v.24-30).
O Senhor destacou que era
impossível agradar àquela geração
judaica. João veio como um asceta e
eles disseram que estava possuído por
demônios. Jesus veio comendo e
bebendo de uma forma normal e eles O
chamaram de glutão e beberrão.
Entretanto, os discípulos de Jesus
provaram de Suas declarações e
sabedoria (v.31-35), como visto no
próximo acontecimento.
• Jesus perdoa uma mulher
pecadora (7.36-50)
Quando Jesus visitou a casa de
Simão, um fariseu, uma mulher pecadora
veio e lavou Seus pés com lágrimas,
enxugou-os com seu cabelo, beijou-os e
ungiu-os. Simão protestou dizendo que
verdadeiros profetas devem ser
separados dos pecadores. Então o
Senhor lhe contou a história de dois
devedores falidos cuja dívida foi
cancelada. Simão admitiu que aquele a
quem foi perdoado mais, amaria mais o
credor e ao dizer isso condenou a si
mesmo. Ele nem tinha demonstrado
cortesia ao Senhor, ao passo que a
mulher derramou amor sobre Ele. Jesus
declarou publicamente à mulher que
seus pecados estavam perdoados.
Quando alguns questionaram seu direito
de perdoar pecados, mais uma vez
assegurou à mulher sobre sua salvação e
a despediu em paz.
• Muitas mulheres ajudavam
Jesus (8.1-3)
Ao continuar Seu ministério na
Galiléia, pregando as Boas Novas do
Reino, o Senhor era ajudado por
mulheres que haviam sido ajudadas por
Ele.
• Parábola dos quatro tipos de
solo (8.4-15)
A parábola dos quatro tipos de solo
ensina que o Reino inclui tanto a
confissão (os primeiros três) como a fé
genuína (o quarto tipo). Isto forma a
base de uma advertência séria sobre
como ouvimos e obedecemos à Palavra
de Deus.
• Parábola da candeia (8.16-18)
A Parábola da candeia significa
que os discípulos não devem permitir
que os negócios (vaso ou alqueire) ou a
preguiça (a cama) atrapalhe a
propagação da verdade, pois a
negligência e o fracasso serão
revelados. Se formos fiéis em
compartilhar a verdade com os outros,
Deus irá revelar novas verdades a nós,
mas se não usarmos o que temos, vamos
perdê-lO.
• A verdadeira família de Jesus
(8.19-21)
Durante uma visita da mãe e dos
irmãos de Jesus, o Senhor enfatizou que
a verdadeira relação com Ele depende
da obediência à Palavra e não de laços
familiares.
• O Mestre do vento e das ondas
(8.22-25)
No restante do capítulo, Jesus é
Senhor sobre a natureza, demônios,
enfermidade e morte. Somente o homem
se recusa a obedecê-lO. Ele acalmou
uma tempestade violenta no Mar da
Galiléia, assim como o medo nos
corações de Seus discípulos.
• Os demônios obedientes e os
porcos (8.26-39)
Ele expulsou muitos demônios de
um gadareno, permitindo que eles
entrassem numa manada de porcos que
se destruíram precipitando-se dentro do
mar. Os gadarenos pediram que Jesus Se
retirasse dali, o que Ele fez, mas deixou
um homem liberto dos demônios para
testemunhar por Ele.
• Doze anos de vida e doze anos
de sofrimento (8.40-56)
No caminho para encontrar a filha
doente de Jairo, o Salvador Se atrasou
em razão da multidão o impedir de
andar. Uma mulher com um sangramento
crônico conseguiu passar por entre a
multidão, tocou na orla de sua veste e
foi curada instantaneamente. Antes dela
partir, Jesus a chamou para sua
confissão pública e então a elogiou pela
sua fé e a despediu em paz (v.40-48).
Naquele momento, um mensageiro havia
chegado para dizer que a filha de Jairo
tinha morrido e que Jesus não precisava
ir até lá. Mas o Senhor foi até aquela
casa e devolveu a vida à menina,
dizendo aos pais para não noticiar o
milagre. Ele não estava interessado em
notoriedade (v.49-56).
• Jesus envia os doze (9.1-6)
Ao iniciar o terceiro ano de Seu
ministério público, Cristo enviou os
doze para pregar e curar. Eles deveriam
confiar nEle para suprir suas
necessidades, deveriam viver de forma
simples, aceitar hospitalidade onde
fosse primeiramente oferecida e deixar
qualquer cidade onde a mensagem fosse
rejeitada.
É verdade, ainda, que os servos de
Deus devem viver pela fé – suas vidas
deveriam ser caracterizadas pela
simplicidade – e não pela procura das
melhores acomodações – e ir onde Deus
está trabalhando.
• Herodes perplexo depois do
homicídio de João Batista (9.7-9)
Quando Herodes ouviu que Alguém
estava realizando grandes milagres,
ficou perplexo. Sabia que não era João
Batista e estava ansioso para encontrar
esta Pessoa, quem quer que fosse.
• O Cristo compassivo (9.10-17)
Após os discípulos terem relatado
os resultados de sua missão ao Senhor,
Ele os levou a um deserto, mas a
multidão os seguiu, eliminando qualquer
esperança de descanso e tranquilidade.
Jesus pregou às pessoas, curou os
doentes e então alimentou 5.000 homens,
mais mulheres e crianças, com 5 pães e
2 peixes. Isto nos ensina que se dermos
a Ele o que tivermos, Ele pode
multiplicá-lo para alimentar
espiritualmente uma multidão faminta.
• A grande confissão de Pedro
(9.18-21)
Talvez Deus usou este milagre para
mostrar a Pedro que Jesus é o Messias,
o Filho do Deus vivo. Agora os
discípulos sabiam que Ele não era
apenas outro grande homem; Ele era e é
o Único. Mas Ele os advertiu para não
contar aos outros, para que um eventual
pequeno movimento popular não
atrapalhasse Seu caminho até a Cruz.
• Jesus prediz Sua morte e
ressurreição (9.22-27)
Os discípulos agora aprenderam
que Jesus sofreria, seria rejeitado, morto
e se levantaria novamente. Ele os
chamou para seguí-lO e a negarem a si
mesmos, carregando sua cruz e se
sacrificando por Ele. Finalmente, Jesus
lhes prometeu honra futura no Seu
Reino. Versículo 27 se refere a Pedro,
Tiago e João. Isso foi cumprido nos
versículos 28-36.
• A transfiguração de Cristo
(9.28-36)
A transfiguração proporcionou a
Pedro, Tiago e João uma idéia da glória
futura, uma miniatura do Reino Milenar
de Cristo. Em Seu esplendor, Ele ofusca
todos os outros. Ele tem a proeminência
sobre todas as coisas e o Pai O
reconhece abertamente.
• A necessidade de orar e jejuar
(9.37-42)
Seguindo a experiência no topo da
montanha, Jesus se deparou com um
menino possuído por demônios que
precisava de ajuda desesperadamente,
mas a quem os discípulos não
conseguiram ajudar. Jesus repreendeu a
incapacidade deles e então expulsou o
demônio e libertou o menino,
entregando-o ao seu pai.
• Jesus novamente prediz Sua
morte e ressurreição (9.43-50)
Mais uma vez, Jesus adverte sobre
Sua morte iminente, mas os discípulos
não compreenderam e não ousaram fazer
perguntas. Quando começaram a discutir
sobre quem dentre eles era o maior, o
Senhor ensinou-lhes que grandeza era
uma questão de identificar-se com os
menores entre os filhos de Deus. Ele
também lhes disse que no serviço
cristão, qualquer um que não está
trabalhando contra Cristo está do Seu
lado.
5. O MINISTÉRIO DO SALVADOR
DA GALILÉIA, PELA PERÉIA, ATÉ
JERUSALÉM (CAP. 9.51-19.27)
• Jesus repreende a intolerância
(9.51-56)
O Senhor repreendeu a intolerância
dos discípulos quando quiseram destruir
um vilarejo samaritano que não O
recebeu, porque Ele estava indo a
Jerusalém (capital judaica). Ele não
havia vindo para destruir, mas para
salvar.
• Testando possíveis discípulos
(9.57-62)
Três homens professaram estar
prontos para seguir ao Senhor como
discípulos, mas não estavam preparados
para pagar o preço. O primeiro não
estava disposto a abrir mão do conforto
e conveniências da vida. O segundo
estava preso a este mundo por permitir
que os laços naturais fossem mais
importantes que a chamada de Cristo. O
terceiro colocou as despedidas (que
eram longos negócios) antes da
obediência imediata. Ele olhou para trás
após colocar sua mão no arado.
• Jesus envia os setenta (10.1-
12)
Anteriormente, o Senhor tinha
enviado os doze para as localidades do
norte. Agora Ele envia os setenta
discípulos ao longo da rota que Ele
estava tomando rumo ao sul, a
Jerusalém. A missão era temporária,
mas muitas das instruções dadas a eles
são de valor permanente. Elas se
assemelham às instruções do Senhor aos
doze em 9.1-5.
• Rejeição e recepção (10.13-16)
Jesus pronunciou julgamento em
Corazim, Betsaida e Cafarnaum, três
cidades da Galiléia, por não
responderem ao Seu ministério. Ele
disse que se Tiro e Sidom tivessem tal
privilégio, teriam se arrependido em
pano de saco e cinza.
• Os setenta retornam com
júbilo (10.17-20)
Ao retornarem de sua missão, os
setenta estavam extasiados – até mesmo
os demônios lhes obedeciam! A resposta
do Senhor pode ter sido uma advertência
contra o orgulho ou Ele poderia estar
dizendo que o sucesso deles era uma
mostra da razão da queda de Satanás.
Ele lhes assegurou que eram imortais
até que a obra deles terminasse. No
entanto, não deveriam se alegrar de seu
poder sobre demônios, mas que seus
nomes estavam escritos no céu.
• Jesus oferece descanso (10.21-
24)
O Senhor Jesus tinha prazer em
Seus simples e genuínos seguidores. O
Pai tinha entregue todas as coisas para
Ele e Ele havia feito o Pai conhecido,
embora fosse, em Si mesmo,
humanamente incognoscível. Ele disse
aos Seus discípulos que estavam
vivendo dias de privilégio sem
precedentes; estavam vivendo nos dias
do Messias.
• Parábola do bom samaritano
(10.25-37)
Quando um intérprete da lei
perguntou como poderia herdar a vida
eterna, Jesus lhe disse para amar a Deus
completamente e seu próximo como a si
mesmo. Em um esforço para se
justificar, ele perguntou, “Quem é o meu
próximo?” Em resposta, o Senhor contou
a história do bom samaritano. Para o
samaritano, um judeu em necessidade
era seu próximo. Portanto, para o
advogado judeu, qualquer pessoa em
necessidade era seu próximo.
• Jesus é adorado e servido por
Maria e Marta (10.38-42)
Em uma das visitas do Senhor a
casa delas, em Betânia, Maria sentou
aos Seus pés e ouviu Sua palavra,
enquanto Marta ficou ocupada com seu
trabalho na cozinha. Ao invés de
repreender Maria por não ajudar, Ele a
elogiou por escolher a mais alta
prioridade e repreendeu a Marta pela
sua irritação.
• A oração modelo (11.1-8)
Respondendo a um pedido de um
discípulo, por uma lição sobre oração, o
Senhor Jesus deu uma oração modelo,
não para ser repetida automaticamente,
mas para esboçar os assuntos básicos
para orar.
• Perseverança na oração (11.9-
13)
Então Ele acrescentou a história de
alguém insistente que recebeu o que
precisava por causa de sua absoluta
audácia e perseverança. Portanto
devemos ser persistentes em pedir,
buscar e bater à porta, seguros que Deus
nunca nos dará algo que não seja bom.
Ao contrário, ele nos dará o que mais
precisamos – poder do Espírito Santo.
• Blasfemando o Espírito Santo
(11.14-23)
Após Jesus devolver a fala a um
mudo, alguns dos que estavam ali O
acusaram de realizar o milagre pelo
poder de Belzebu, o príncipe dos
demônios. Outros pediam um milagre
vindo do céu. A acusação é respondida
nos versículos 17-26, o pedido por um
sinal, no versículo 29. Se Jesus estava
expulsando demônios por Belzebu, então
o Diabo estava trabalhando contra seus
próprios interesses. Além disso,
condenar a Jesus era condenar seus
próprios exorcistas judeus. A verdade
era que Ele expulsava demônios pelo
dedo de Deus, ou seja, pelo Espírito
Santo e isto era um sinal claro que o
Reino de Deus havia chegado. Até
então, Satanás obtinha controle completo
sobre suas vítimas. Mas agora o Senhor
o estava derrotando e libertando seus
cativos. Os acusadores de Cristo não
estavam com ele e, portanto, estavam
trabalhando contra ele.
Há pelo menos três pecados
imperdoáveis:
- Blasfêmia contra o Espírito
Santo;
- Apostasia;
- Morrer rejeitando a Cristo.
• O endemoninhado reformado
(11.24-26)
A nação judaica já tinha sido
dominada pelo demônio da idolatria. O
cativeiro babilônico, porém, os livrou
deste espírito maligno. Sua casa se
tornou limpa e ornamentada, mas eles
recusaram permitir que o Senhor Jesus
entrasse e tomasse posse. Por isso, Ele
advertiu que eles seriam possessos por
uma pior forma de idolatria que nunca
acontecera antes. Isto se refere à
adoração futura ao Anticristo. O castigo
para este pecado será maior do que
qualquer outro que a nação já suportou.
• A bênção de Jesus para os
praticantes da Palavra (11.27-28)
Quando uma mulher desconhecida
abençoou Maria por ser a mãe de Jesus,
Ele destacou que uma pessoa que ouve e
obedece à Palavra de Deus é mais
abençoada.
• Os fariseus pedem um sinal
(11.29-32)
Em resposta à solicitação anterior
por um sinal do céu (16), Jesus disse
que não haveria sinal exceto o de Jonas,
referindo-Se à Sua própria ressurreição.
Jesus era maior do que Salomão e maior
do que Jonas, por isso as pessoas de
Seus dias eram mais privilegiadas do
que a Rainha de Sabá e os homens de
Nínive e, assim, mais responsáveis.
• A candeia do corpo (11.33-36)
Depois Jesus lembra Seus ouvintes
que nenhum homem coloca uma candeia
no porão ou em baixo de um alqueire;
em vez disso ele a coloca em um
velador onde irá prover luz para todos
que entrarem. A aplicação é esta: Deus
possui uma candeia acesa. Na Pessoa e
obra do Senhor Jesus, Ele proveu luz
para a escuridão do mundo. Se um
homem escolhe não ver a Luz, não é
culpa de Deus (v.33). Se o olho de um
homem é saudável, isto é, se tem um
desejo sincero de conhecer a verdade,
Deus a revelará a ele. Se seus motivos
não forem puros, ele será impedido de
ver a verdade. Jesus advertiu seus
ouvintes que a luz deles poderia se
tornar em escuridão. Ele disse que a
pessoa que abre seu ser completamente
ao Senhor, a Luz do mundo, é inundando
com iluminação espiritual, assim como
seu corpo é iluminado quando senta à
luz da candeia (v.34-36).
• Jesus descreve os fariseus
(11.37-44)
Quando um fariseu ficou surpreso
que Jesus não realizou toda a lavagem
cerimonial antes de comer, o Senhor
advertiu os fariseus pela sua avareza,
maldade, injustiça, falta de amor por
Deus, orgulho e corrupção em seus
corações.
• Jesus denuncia os fariseus
(11.45-54)
Um fariseu protestou que a
confissão legal também havia sido
ofendida. Então Jesus começou a
enumerar os pecados dos fariseus:
oprimiam as pessoas com regras
irrealizáveis; eram assassinos hipócritas
dos servos de Deus; impediam que a
Palavra de Deus chegasse ao povo
(v.45-52). Irado pelas sérias acusações
do Salvador, os fariseus e mestres da lei
começaram a provocá-lO e tentaram
confundi-lO para encontrar alguma
acusação contra Ele (v.53-54).
• Tema a Deus e não aos homens
(12.1-12)
O Senhor usou o acontecimento
anterior para advertir seus discípulos
contra o fermento (hipocrisia) dos
fariseus. Ele lhes disse que tudo que
haviam feito em oculto seria exposto e
que a verdade de Deus iria triunfar. Os
discípulos não deveriam temer a morte
física que os fariseus infligiriam sobre
eles, deveriam antes temer a Deus, que
cuida dos pardais, mas que cuida muito
mais de seus servos. Todos que O
confessarem agora serão confessados
diante dos anjos de Deus. Aqueles que
O rejeitarem agora também serão
rejeitados e aqueles que blasfemarem o
Espírito Santo (o que alguns dos judeus
haviam feito – cap. 11.15) nunca serão
perdoados. Os discípulos não
precisariam preparar sua defesa agora; o
Espírito lhes dará as respostas
apropriadas.
• Parábola do rico tolo (12.13-21)
Um homem surgiu da multidão e
pediu ao Senhor que resolvesse uma
disputa sobre uma herança entre ele e
seu irmão. Jesus tinha coisas maiores a
fazer, então advertiu o homem contra a
avareza, relacionando a parábola ao
rico tolo. Este homem tinha um campo
que produziu em abundância e então
resolveu construir mais celeiros e silos
e então se aposentar. Deus lhe disse que
iria morrer naquela mesma noite e
deixaria tudo para trás. Jesus comentou
que seria melhor se ele fosse rico para
com Deus.
• O Senhor proverá (12.22-34)
Os discípulos deveriam, pois,
viver despreocupados quanto a prover
para um futuro desconhecido é
desnecessário e também impossível. Se
eles colocassem os interesses do Senhor
acima de tudo, Ele cuidaria para que
nunca lhes faltasse comida e roupa. Já
que estão seguros de herdarem o Reino,
não precisariam se preocupar sobre
como isso aconteceria. Já que estavam
em uma longa jornada, deveriam viajar
com pouca bagagem!
O coração do homem está onde está
o seu tesouro. Pode estar no céu ou no
banco, porém, neste caso está sujeito a
perder.
• Ninguém sabe o dia ou a hora
(12.35-40)
Eles deveriam viver na expectativa
de Seu retorno, porque Ele virá quando
menos esperado e será bom para eles se
Jesus encontrá-los vigiando.
• O desafio do serviço fiel
(12.41-48)
A conversa anterior sobre
vigilância foi direcionada para todos
que são despenseiros de Deus. Quando o
Senhor vier e encontrar um de Seus
servos trabalhando com interesse
genuíno no bem espiritual de homens e
mulheres, este discípulo será
recompensado, deliberadamente. Se
alguém deseja ser um servo, mas abusa e
rouba o povo de Deus e vive de forma
carnal, será castigado com todos os
outros ímpios. Quanto maior o
privilégio que uma pessoa tem, maior a
responsabilidade. Haverá graus de
recompensa no céu e graus de castigo no
inferno.
• Jesus traz a espada (12.49-53)
O resultado inevitável da vinda de
Jesus foi causar divisão, contenda,
perseguição e derramamento de sangue e
isso já havia começado. Ele próprio
seria batizado na morte na Cruz e estava
ansioso para realizar tal redenção. Os
discípulos poderiam esperar famílias
divididas como resultado de sua relação
com Ele.
• Buscando um sinal do céu
(12.54-59)
Os ímpios poderiam prever o
tempo, Jesus disse, mas não poderiam
perceber o tempo significativo que havia
chegado na história da humanidade. Se
eles realmente sentissem a importância
dos dias em que viviam, estariam com
pressa para ser reconciliados a Deus.
Eles deveriam se arrepender ou iriam
perecer.
• Jesus prega o arrependimento
(13.1-5)
O assunto do arrependimento
continua. As pessoas estavam em grande
temor em razão de duas calamidades
locais – o massacre de alguns galileus
por Herodes e a morte de 18 pessoas,
quando uma torre em Siloé caiu e as
matou. Jesus advertiu as pessoas que, a
menos que se arrependessem, também
pereceriam espiritualmente, da mesma
forma que as outras pessoas haviam
perecido fisicamente.
• Parábola da figueira estéril
(13.6-9)
Na parábola da figueira estéril, a
árvore era Israel e a vinha representava
a Palestina. Quando a árvore não deu
seu fruto por três anos (os anos do
ministério público do Senhor), o Dono
(Deus) mandou cortá-la. Mas o
Viticultor (Cristo ou o Espírito Santo)
pediu por mais um ano (talvez até a
morte de Estevão). Se até o término
deste período continuar estéril, então
será cortada. E assim aconteceu –
Jerusalém foi destruída e as pessoas
espalhadas.
• Jesus cura uma mulher no
sábado (13.10-17)
O chefe da sinagoga protestou
porque Jesus curou uma mulher no
sábado. O Senhor lembrou o hipócrita
que ele não hesitaria em dar água aos
seus animais no sábado. Por que então
seria errado curar uma judia com fé? Os
críticos ficaram envergonhados; as
pessoas comuns se alegraram.
Se o hipócrita estivesse doente, ele
aceitaria a cura em qualquer dia da
semana.
• Parábola do grão de mostarda
(13.18-19)
O Senhor comparou o Reino de
Deus a uma semente de mostarda que
cresceu anormalmente numa árvore e se
tornou um lugar para ninhos de pássaros.
Da mesma forma o Cristianismo se
tornou grande e popular e se tornou o
lugar de refúgio para todos os tipos de
corrupção moral e doutrinária.
• Parábola do fermento (13.20-
21)
Jesus também comparou o Reino ao
fermento que uma mulher escondeu na
comida. Assim o falso ensino estava
escondido na comida do povo de Deus e
havia corrompido o corpo da doutrina.
• Os dois caminhos (13.22-24)
No caminho a Jerusalém, alguém
perguntou a Jesus se somente algumas
pessoas seriam salvas. Ele respondeu
esta pergunta com um mandamento
dizendo que se esforçassem para passar
pela porta estreita.
• Falsos mestres (13.25-30)
Haverá um dia em que será muito
tarde: as pessoas tentarão entrar,
reivindicando ter comunhão com Ele,
mas Ele os expulsará como praticantes
da iniqüidade. Judeus descrentes verão
os patriarcas no Reino a certa distância,
ao passo que gentios crentes vão
desfrutar das bênçãos maravilhosas do
Reino. Portanto, o primeiro será o
último e o último será o primeiro.
• O plano de Herodes contra
Jesus (13.31-33)
Alguns fariseus advertiram Jesus
(provavelmente de forma insincera) a Se
retirar, porque Herodes estava
planejando matá-lO. O Senhor disse-
lhes para comunicar àquela “raposa”
que continuaria Seu trabalho por pouco
tempo e depois completaria no terceiro
dia, quando seria morto em Jerusalém,
uma cidade notória por matar os
profetas de Deus.
• O amor de Jesus por Jerusalém
(13.34-35)
Tendo falado assim sobre
Jerusalém, Jesus lamenta sobre ela. Ele
queria poupá-la, mas agora sua sentença
estava selada. O Templo e a terra seriam
desolados até que os judeus O
recebessem como o Rei, em sua Segunda
Vinda.
• Jesus cura um homem no
sábado (14.1-6)
Na casa de um fariseu, o Senhor
curou um homem no sábado.
Antecipando suas críticas, Jesus
lembrou os mestres e fariseus que eles
tirariam um boi do poço no sábado.
Quanto mais misericórdia deveria ser
dedicada a um homem com lepra!
• Jesus ensina humildade e
hospitalidade (14.7-14)
Percebendo que os convidados
brigavam pelos melhores lugares à
mesa, Cristo os advertiu contra a auto-
promoção. Disse-lhes que deveriam
tomar o último lugar até que fossem
convidados a uma posição melhor (v.7-
11). Então, voltando-Se ao Seu anfitrião
– o fariseu – deu-lhe a regra de
hospitalidade do Reino: convidar
aqueles que não podem recompensá-lo,
ou seja, os pobres, os aleijados, os
coxos, os cegos. A recompensa virá na
ressurreição (v.12-14).
• Parábola da festa de
casamento (14.15-24)
Quando um dos convidados
observou como seria maravilhoso
participar das bênçãos do Reino, Jesus
respondeu em uma parábola que muitos,
que são convidados a entrar no Reino,
dão todos os tipos de desculpas tolas
para não aceitar o convite. Se aqueles
da lista original dos convidados (os
judeus) O rejeitarem, então Deus irá
persuadir outros (os gentios) a vir.
• O preço do discipulado (14.25-
33)
O Senhor viu grandes multidões
seguindo-O, então começou a testá-los
com exigências rigorosas do discipulado
cristão. Qualquer um que O segue deve
amá-lO acima de todas as coisas. Um
verdadeiro discípulo deve tomar sua
própria cruz e segui-lO. Duas
ilustrações enfatizam a necessidade de
avaliar o custo antes de começar a
seguí-lO: o homem que constrói uma
torre e o rei que vai à guerra contra
forças numericamente superiores. O
discípulo deve deixar tudo para seguir a
Cristo.
• Os crentes são sal e luz (14.34-
35)
O crente, como o sal, tem uma
razão básica para sua existência. Se ele
falhar nisto, se torna objeto de desprezo
e julgamento.
• Parábola da ovelha perdida
(15.1-7)
Os escribas e fariseus se ofendiam
com o fato de Jesus comer junto com os
pecadores. Para responder ao
julgamento deles, o Senhor contou três
parábolas para mostrar que Deus
realmente se alegra e se satisfaz quando
vê pecadores se arrependendo, ao passo
que não tem prazer algum de hipócritas
que se auto-justificam e que são
orgulhosos demais para admitir sua
miséria pecaminosa.
Na parábola da ovelha perdida,
Jesus é o Pastor, a ovelha perdida é um
terrível pecador que se arrepende e as
noventa e nove são os escribas e
fariseus que não sentiram necessidade
de arrependimento.
• Parábola da moeda perdida
(15.8-10)
Na segunda parábola, a moeda
perdida, representa o pecador
arrependido, a mulher é o Espírito
Santo, a lâmpada é a Palavra de Deus e
as outras nove moedas são os escribas e
fariseus e todos os outros que são
orgulhosos demais para confessar seu
estado pecaminoso.
• Parábola do filho pródigo
(15.11-32)
Na parábola do filho pródigo (ou
melhor, perdulário), Deus é descrito
como um pai que tem dois filhos. O filho
mais novo retrata o pecador que
reconhece sua culpa. O filho mais velho
ilustra os escribas e os fariseus e todos
os outros religiosos hipócritas que não
se agradam que Deus estende Sua
misericórdia para pecadores incrédulos.
Os impenitentes nunca trazem
contentamento ao coração de Deus.
• Parábola do administrador
infiel (16.1-13)
Jesus agora transfere sua atenção
dos fariseus para dar uma lição sobre
mordomia aos Seus discípulos. Na
parábola do mordomo infiel, o homem
rico é o próprio Deus. O mordomo era
claramente desonesto, mas ele planejou
o tempo em que sua mordomia iria
terminar. Ele foi elogiado por causa de
sua previdência. Assim como ele tomou
medidas para assegurar que teria amigos
durante sua aposentadoria, assim o
cristão deve usar os bens de seu Mestre
de tal forma a garantir um comitê de
boas-vindas quando ele chegar ao céu.
Se formos fiéis em lidar com aquilo que
é pouco (dinheiro), então seremos fiéis
em lidar com aquilo que é muito
(tesouros espirituais). Qualquer um que
não é honesto com o dinheiro do Senhor
não pode esperar que Ele lhe confie
verdadeiras riquezas. É impossível
viver para o dinheiro e para Deus ao
mesmo tempo.
• O Reino e a lei (16.14-18)
Quando os fariseus zombaram
destes ensinamentos, Jesus os
considerou como pessoas gananciosas e
que se auto-justificam. Uma nova
Dispensação havia começado e homens,
especialmente coletores de impostos e
pecadores, estavam adentrando este
novo tempo. No entanto, a nova
Dispensação não aboliu verdades
morais básicas como a lei do casamento.
• O homem rico e Lázaro (16.19-
31)
Para concluir seu discurso sobre
mordomia, o Senhor contou a história do
homem rico e Lázaro – duas vidas, duas
mortes e dois futuros. O homem rico foi
para o Hades e o pobre ao seio de
Abraão. O homem rico não foi
condenado por causa de sua riqueza; foi
sua negligência para com o pobre que
mostrou que ele não tinha uma fé
salvadora. O Antigo Testamento ensinou
que as riquezas eram um sinal da bênção
e favor de Deus. Como poderia um
judeu rico ir para o Hades? O Senhor
Jesus havia acabado de inaugurar uma
nova Dispensação. Daqui em diante, as
riquezas são um teste e não um sinal de
bênção.
O Capítulo 16 termina com uma
advertência solene aos fariseus e para
todos que vivem para o dinheiro. É um
grande perigo para suas almas. Como
disse alguém: “É melhor mendigar o pão
na terra do que mendigar água no
inferno”.
• Jesus adverte sobre escândalos
(17.1-3a)
Jesus advertiu os discípulos sobre
a seriedade de induzir outros a pecar,
dizendo que uma morte violenta por
afogamento seria melhor!
• Perdão ilimitado (17.3b-6)
Outro perigo é recusar a perdoar
repetidamente um irmão que se
arrepende repetidamente. O pensamento
de perdoar sete vezes em um dia fez os
discípulos pedir um acréscimo de fé. O
Senhor respondeu que não era uma
questão de quantidade de fé, mas na
qualidade e no fato de usar efetivamente
a fé que possuíam.
• Fé e dever (17.7-10)
O servo de Cristo deve “estar
disposto a aceitar uma carga após a
outra, sem esperar qualquer
reconhecimento” (Hession). Não
importa quão incansavelmente servimos
ao Senhor, continuamos sendo servos
inúteis que realizamos somente nosso
dever.
• Jesus cura os dez leprosos
(17.11-19)
A história dos dez leprosos destaca
o pecado da ingratidão. Todos foram
curados, mas somente um voltou para
agradecer ao Senhor e este era um
samaritano e não um judeu. Enquanto os
nove foram libertos somente da lepra, o
décimo foi liberto também do pecado.
• A natureza do Reino de Deus
(17.20-21)
Respondendo a uma interrogação
de um fariseu, o Senhor disse que o
Reino de Deus não viria com sinais
visíveis, mas que já estava no meio
deles, isto é, o Rei estava presente com
eles.
• Jesus prenuncia sobre os falsos
cristos no final (17.22-25)
Então Ele lhes disse que viria o
tempo quando os discípulos teriam
saudades daqueles dias em que Jesus
estava com eles na terra e quando tinham
comunhão com Ele. Falsos cristos se
levantariam e haveria falsos rumores
sobre a Vinda do Messias. Na verdade,
Sua Segunda Vinda será tão visível e
inconfundível como o relâmpago. Mas,
primeiramente, Ele deveria sofrer e ser
rejeitado.
• Ilustrações do período do
Advento (17.26-37)
Anterior à Segunda Vinda de
Cristo, as pessoas estarão vivendo como
se fazia nos dias de Noé e Ló,
indiferentes à destruição repentina que
enfrentarão (v.26-29).
Naquele dia, tentativas de salvar
posses materiais será fatal; somente
aqueles que fugirem sem olhar para trás
irão escapar. A verdadeira segurança se
encontrará em perder sua vida por causa
de Cristo. Será um tempo de separação,
em que alguns serão levados para
julgamento e outros poupados para
entrar no Reino de Cristo. O julgamento
cairá sobre toda forma de incredulidade
e rebelião contra Deus, com os abutres
representando o julgamento divino e as
carcaças representando tanto o judaísmo
apóstata como o cristianismo apóstata
(v.30-37).
• Parábola da viúva persistente
(18.1-8)
A parábola da viúva perseverante
ensina que devemos ser incansavelmente
persistentes em nossas orações e que
Deus vingará Seu povo oprimido que
ora desta forma. Jesus questionou se Ele
acharia fé igual à dessa viúva quando
voltasse a terra. Quando observamos o
declínio espiritual dos dias atuais,
admitimos que Sua pergunta é muito
pertinente.
• Parábola do fariseu e do
cobrador de impostos (18.9-14)
A parábola do fariseu e do
cobrador de impostos focaliza as
pessoas que se auto-justificam e que
desprezam os outros. O fariseu fez toda
uma encenação sem orar de verdade. O
cobrador de impostos tomou o lugar de
um pecador, chorou diante de Deus por
misericórdia e foi para casa justificado.
• Jesus ama as criancinhas
(18.15-17)
Os discípulos estavam irritados
com as mães que traziam suas crianças a
Jesus e tentaram afastá-las dEle, mas
Jesus usou este fato para ensinar que a fé
simples e a humildade de uma criança
são as qualidades que lhe dão acesso ao
Reino.
• O jovem rico (18.18-23)
Um jovem rico perguntou a Jesus o
que deveria fazer para herdar a vida
eterna. O Senhor usou a Lei para tentar
condená-lo pelo seu pecado, mas o
jovem se orgulhou pelo fato de ter
sempre guardado a Lei. Em resposta,
Jesus disse: “Se você ama seu próximo
como a você mesmo, venda suas posses,
dê aos pobres e venha Me seguir”. O
jovem ficou muito triste porque era
muito rico e não estava disposto a
entregar suas riquezas.
• Recompensas do Reino (18.24-
30)
Então o Senhor comentou sobre a
impossibilidade das pessoas ricas
entrarem no Reino. O amor e a
dependência deles pelo dinheiro os
impede de confiar no Salvador. Quando
Pedro lembrou o Senhor que os
discípulos tinham deixado tudo para
seguí-lO, o Salvador assegurou-lhes que
uma vida de sacrifício assim receberá
dividendos agora e na vida futura.
• Jesus novamente prediz Sua
morte e ressurreição (18.31-34)
Agora, Jesus toma os discípulos e
prediz Sua morte e ressurreição com
precisão perfeita, mas por alguma razão
eles não puderam compreender.
• Jesus cura um cego (18.35-43)
O Senhor Jesus agora deixa a
Peréia, cruzando o Rio Jordão e vai aos
arredores de Jericó. Um pedinte cego
reconheceu-O como o Messias e clamou
insistentemente por visão. Pela palavra
do Senhor, o homem recebeu a visão,
tornou-se um seguidor do Senhor e
glorificou a Deus.
• Jesus visita a casa de Zaqueu
(19.1-10)
A história de Zaqueu reforça a
verdade de 18.27, mostrando que para
Deus é possível também a conversão de
um homem rico. Em razão de ser um
homem baixo, este coletor de impostos
incomum subiu em uma árvore para ver
Jesus. O Senhor o viu e Se ofereceu para
ir à sua casa. Zaqueu creu no Senhor e,
como resultado de sua salvação,
determinou dar metade de suas posses
aos pobres e de restituir a qualquer um
que tenha defraudado. Quando a
oposição criticou Jesus, por comer com
pecadores como Zaqueu e seus amigos,
Ele disse que havia vindo para buscar e
salvar os perdidos.
• A parábola das minas (19.11-
27)
Na parábola das minas, Jesus é o
homem nobre, Seus discípulos são os
dez servos e os concidadãos são a nação
judaica. As dez minas representam
coisas que todos os discípulos têm em
comum – o tempo, o Evangelho, a
responsabilidade de testemunhar de
Cristo, etc. O povo judeu (concidadãos)
rejeitou Cristo como seu Messias e Rei.
Os servos (discípulos) são julgados de
acordo com seu investimento das minas.
Os primeiros recebem posições de
autoridade, de acordo com o seu ganho.
O terceiro, representando as pessoas
ímpias, perde tudo. Os concidadãos são
denunciados como inimigos e
condenados à morte. A parábola desfaz
a impressão que o Reino de Deus
apareceria imediatamente (veja
versículo 11), mostrando que haveria um
intervalo entre a Primeira e a Segunda
Vinda de Cristo em que seus discípulos
estariam servindo-O ativamente.
6. A ÚLTIMA SEMANA EM
JERUSALÉM CULMINA COM A
MORTE DE JESUS (CAP. 19.28 -
23.49)
• A entrada triunfal (19.28-40)
No domingo antes de Sua
crucificação, Jesus chegou ao Monte das
Oliveiras e enviou dois discípulos
buscar o filhote de um jumento, para que
Ele o montasse a caminho de Jerusalém.
As pessoas fizeram um tapete de suas
roupas e espalharam suas vestes pelo
caminho. Ao entrar na cidade, Seus
seguidores romperam em louvor. Os
fariseus estavam indignados, mas Jesus
respondeu que se Seus discípulos não O
aclamassem, as pedras o fariam!
• Jesus chora por Jerusalém
(19.41-44)
Chegando perto de Jerusalém,
Cristo chorou pela cidade que havia
desperdiçado sua chance. Se as pessoas
O tivessem recebido, haveria paz para
eles, mas agora era tarde demais. Eles O
rejeitaram e estavam condenados à
destruição. Este juízo aconteceu no ano
de 70 d.C. quando Tito destruiu
Jerusalém.
• A limpeza do Templo (19.45-48)
Chegando a fase final de Seu breve
ministério, o Salvador entrou nos pátios
do Templo e expulsou os cambistas pela
segunda vez (a primeira vez foi no inicio
de seu ministério público, cfe. João
2.13-17).
Os lideres judeus buscavam uma
desculpa para matar Jesus, mas as
pessoas comuns ainda admiravam este
Nazareno que realizava milagres.
• A autoridade do Rei é
desafiada (20.1-8)
Quando os principais sacerdotes e
escribas, insolentemente, questionaram a
autoridade de Jesus, Ele perguntou se o
ministério de João Batista era ordenado
por Deus ou somente da autoridade
humana. Se eles dissessem que era de
Deus deveriam se arrepender e receber
o Messias a Quem João anunciava. Se
dissessem que era de autoridade
humana, eles enfureceriam o povo, que
reconhecia João como um profeta de
Deus. Quando se recusaram a responder,
Jesus também não lhes respondeu.
• Parábola da vinha (20.9-19)
Na parábola da vinha, Deus é o
dono da vinha. Ele arrendou a vinha
(Israel) para lavradores (os líderes da
nação). Os servos, a quem Ele enviou
para coletar os frutos, eram os profetas.
Quando os lavradores rejeitaram estes
servos, Deus enviou Seu Filho, mas os
lavradores O expulsaram da vinha e O
mataram. Jesus então anunciou que
aqueles malvados lavradores seriam
destruídos e que Deus traria os gentios
para uma posição privilegiada. Os
construtores judeus haviam rejeitado a
Cristo, a Pedra, mas Deus estava
determinado a dar-Lhe uma posição de
preeminência, tornando-O a pedra de
esquina. Aqueles que caíssem sobre Ele
seriam destruídos (a nação judaica foi
destruída pelos romanos). Quando Ele
voltar dissipará os incrédulos como
poeira.
• Submissão a César (20.20-26)
Alguns espias dos líderes
religiosos tentaram trapacear o Senhor,
perguntando se era certo para um judeu
pagar tributos a Cesar. Uma resposta
negativa O faria culpado de traição, ao
passo que uma resposta positiva
alienaria os herodianos e a maioria do
restante dos judeus. Emprestando um
denário, o Senhor respondeu, “Dai,
pois, a César o que é de César e a Deus
o que é de Deus”. Foi uma resposta
perfeita.
• Sete irmãos e uma noiva
(20.27-38)
Os saduceus tentaram apoiar sua
recusa da ressurreição corporal com
uma história ridícula e, na prática,
impossível. Uma mulher casou com sete
irmãos numa rápida sucessão, mas ela
morre sem filho algum. “...no dia da
ressurreição, de qual deles será
esposa?”, perguntaram eles. Jesus
respondeu que o relacionamento de
casamento não continua no céu. Ele citou
Êxodo 3.6 para mostrar o caráter de
Deus como o Deus dos vivos e não de
mortos.
• Filho de Deus e Filho do
Homem (20.39-44)
Quando os escribas pareciam
admitir a força de seu argumento, Ele
citou o Salmo 110.1 e perguntou-lhes
como o Messias poderia ser o Senhor e
o Filho de Davi ao mesmo tempo. Ele
mesmo era a resposta; como Deus, Ele
era o Senhor de Davi, como Homem,
Ele era o Filho de Davi.
• Jesus pronuncia os “ais” aos
escribas (20.45-47)
Então o Senhor sendo ouvido pela
multidão, advertiu os discípulos a se
guardarem dos escribas. Jesus disse que
eles fingiam piedade, amavam as
honrarias, conseguiam os lugares de
destaque, mas ao mesmo tempo
roubavam as viúvas e faziam longas
orações. A hipocrisia seria severamente
castigada.
• As moedas da viúva (21.1-4)
Ao ver as pessoas depositando
suas ofertas no gazofilácio do Templo, o
Salvador destacou que uma pobre viúva
havia lançado mais do que todos os
outros, porque deu tudo o que tinha (ela
poderia, afinal, ter guardado uma das
moedas para suas próprias necessidades
– já que era uma moeda tão pequena).
• Sinais do fim dos tempos (21.5-
33)
Nos versículos 5-33, Jesus esboça
os futuros eventos nos quais a destruição
de Jerusalém parece coincidir com Sua
Segunda Vinda:
- A destruição de Jerusalém (v.5-
6).
- Um retrato geral dos eventos que
precedem Sua Segunda Vinda (v.7-19).
- A queda de Jerusalém seguida da
Tribulação (v.20-24).
- Os sinais que antecedem Sua
vinda e a proximidade da redenção
nacional de Israel (v.25-26).
- O sinal da figueira e de todas as
árvores, isto é, o restabelecimento de
Israel como uma nação e o aumento do
nacionalismo por todo o mundo (v.29-
33).
• Vigilância por Sua Vinda
(21.34-38)
O capítulo encerra com uma
advertência para estarmos atentos e um
apelo para vigiar e orar por Sua Vinda.
O Salvador ensinou diariamente na
área do Templo e então dormiu na
entrada do Monte das Oliveiras. Cada
manhã as pessoas voltavam para ouvi-
lO ensinar mais.
• O Plano para matar Jesus
(22.1-2)
Os líderes religiosos estavam
buscando uma forma de matar Jesus sem
enfurecer o povo.
• Trinta moedas de prata (22.3-6)
Ao se aproximar a Páscoa, Judas
fez uma terrível barganha para trair
Jesus por uma quantia fixa.
• Celebrando a Páscoa (22.7-20)
O Senhor enviou Pedro e João à
cidade, para preparar a refeição da
Páscoa. Ali, em um aposento no andar
de cima, Ele e os discípulos passaram a
Páscoa e a primeira Ceia do Senhor.
• Jesus prediz a traição de Judas
(22.21-23)
Judas estava presente para a
Páscoa, mas, após ser lhe passado
aquele pedaço de pão especial, saiu
(João 13.30) e não esteve presente para
a Ceia. A traição, sofrimentos e morte
de Jesus eram inevitáveis, mas Judas
deliberadamente escolheu o papel do
traidor.
• Os discípulos discutem sobre
grandeza (22.24-30)
Neste momento crucial, quando a
morte do Salvador se aproximava, os
discípulos estavam, na verdade,
discutindo sobre quem deles era o
maior! Jesus pacientemente lembrou-
lhes que Seus seguidores demonstram
grandeza tomando o lugar do menor e
servindo. Então, graciosamente,
elogiando-os por permanecer com Ele
em Suas aflições, prometeu aos
discípulos posições de autoridade em
seu Reino.
• Jesus prediz a negação de
Pedro (22.31-34)
Além da traição de Judas e da
ambição egoísta dos discípulos,
aconteceriam as negações de Pedro.
Satanás queria peneirar Pedro, mas
Jesus orou por ele e ele seria restaurado
e acabaria fortalecendo os outros
discípulos.
• Bolsa, alforje e espada (22.35-
38)
Agora o Senhor emitiu novas
ordens para a guerra. Como estava
prestes a deixar os discípulos, seria
necessário que fizessem provisão para
suas necessidades atuais – uma bolsa,
um alforje e uma espada. Os discípulos
não compreenderam a referência dEle
quanto à espada, pensando que deveriam
usar espadas para protegê-lO da morte.
Até mesmo comentaristas modernos se
confundem quanto à referência de Jesus
sobre a espada, no versículo 36.
• A agonia no jardim (22.39-46)
Após a Ceia do Senhor, o Salvador
foi com os discípulos ao Jardim do
Getsêmani. Então, deixando-os sozinhos,
foi e orou três vezes para que aquele
cálice passasse, mas, acima de tudo, que
a vontade de Deus fosse feita. Em cada
vez que retornava, via os discípulos
dormindo.
• Traição e aprisionamento no
Getsêmani (22.47-53)
Então Judas, chegando com uma
turba para prender o Filho de Deus, O
identificou com um beijo. Um dos
discípulos (Pedro) tentou resgatar o
Senhor, cortando a orelha do servo do
sumo sacerdote, mas Ele repreendeu
Pedro e curou o servo. Daí Jesus
apontou para a inconsistência dessa
prisão, pois era apenas um calmo
Mestre e não um rebelde violento.
Sabia, porém, que agora era o tempo
deles e por isso não reagiu.
• Jesus perante Caifás (22.54-
65)
A turba levou Jesus ao sumo
sacerdote para um falso julgamento.
Fora, no pátio, Pedro negou o Senhor
três vezes, assim como o Salvador havia
predito.
Os guardas que detinham Jesus
zombavam dEle e O espancavam,
vendaram os olhos, bateram nEle e O
provocavam, pedindo que profetizasse
quem estava batendo.
• Jesus perante o Sinédrio
(22.66-71)
Ao amanhecer, levaram Jesus ao
Sinédrio. Os membros do concílio
perguntaram-Lhe se era o Messias. O
Senhor sabia que era inútil discutir o
assunto, mas os advertiu que um dia
estaria sentado à destra de Deus.
Quando Lhe perguntaram se Ele era o
Filho de Deus, Jesus confirmou. Para
eles, isso era blasfêmia e merecia pena
de morte.
• Jesus perante Pilatos (23.1-12)
Após sua apresentação perante o
Sinédrio na sexta pela manhã, o Senhor
Jesus foi trazido perante Pilatos e
acusado de apoiar a desobediência a
Roma, proibindo os judeus de pagar
impostos e de fazê-lo rei. Jesus disse
que era o Rei dos judeus. Pilatos o
considerou inocente, mas a turba insistiu
e, então, Pilatos enviou Jesus a Herodes.
O Senhor recusou-Se a responder às
perguntas insolentes de Herodes, então
este rei iníquo zombou dEle e O enviou
de volta a Pilatos.
• Barrabás é solto (23.13-25)
Embora convencido que Jesus era
inocente, Pilatos apaziguou a multidão
soltando Barrabás, um criminoso famoso
e entregou Jesus para ser crucificado.
• Jesus é crucificado (23.26-43)
Muitas mulheres choravam e
lamentavam quando o Senhor foi levado,
mas Ele lhes disse para lamentarem por
elas mesmas, por seus filhos e pela
terrível destruição que atingiria a
cidade.
Chegando ao Calvário, os soldados
crucificaram o Senhor da vida e glória,
com um criminoso em cada lado. Após
isso, se seguiram a oração do Senhor
pelo perdão de Deus àquelas pessoas, a
divisão de Suas vestes, a zombaria dos
oficiais e soldados, a inscrição
colocada sobre Ele e a conversão de um
dos malfeitores.
• Cristo morre pelos incrédulos
(23.44-49)
A escuridão cobriu a terra do meio-
dia até às três da tarde. O véu do
Templo foi rasgado de cima para baixo.
Entregando Seu espírito ao Pai, Jesus
morreu. A história é contada com grande
simplicidade, mas vai exigir a
eternidade para que seu significado seja
entendido.
7. O SEPULTAMENTO,
RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DE
CRISTO (CAP. 23.50-24.53)
• Cristo é sepultado na tumba de
José (23.50-56)
Um membro do Sinédrio, chamado
José de Arimatéia, um crente secreto, foi
até Pilatos e obteve permissão para
levar o corpo de Jesus e enterrá-lo. Ele
envolveu o corpo em um lençol de linho
e o colocou em um sepulcro novo, feito
de rocha sólida. Mulheres fiéis da
Galiléia acompanharam José e
resolveram voltar com mais especiarias
e bálsamos para o corpo dAquele que
amavam.
• As maravilhosas boas notícias
(24.1-12)
Após descansar no sábado, as
mulheres voltaram ao túmulo com
aromas e o encontraram aberto e sem o
corpo do Senhor! Dois anjos
asseguraram-lhes que Jesus havia
ressuscitado, assim como havia
prometido quando estava com eles, na
Galiléia (v.1-8).
Elas se apressaram para levar as
boas notícias à cidade, mas os onze não
acreditaram. Mesmo após Pedro ter
visto por si mesmo, ainda continuava
perplexo (v.9-12).
• A estrada a Emaús (24.13-27)
Mais tarde naquele dia, o Senhor
ressurreto apareceu a dois discípulos ao
retornarem para Emaús. Sem
perceberem Quem era, eles Lhe
contaram dos eventos traumáticos dos
últimos dias. Ele lhes mostrou que tudo
que havia acontecido era exatamente o
que os profetas predisseram concernente
ao Messias.
• Jesus é reconhecido pelos
discípulos de Emaús (24.28-35)
Eles não reconheceram o Salvador
senão após entrarem em sua casa e
tomarem a refeição.
Então Ele desapareceu e os dois
discípulos voltaram a Jerusalém para
contar aos onze tudo que aconteceu.
• A grande comissão (24.36-49)
No domingo à noite, os discípulos
estavam tomados de pavor quando Jesus
apareceu no recinto. Somente quando
Ele lhes mostrou as cicatrizes de Sua
paixão em Suas mãos e pés, começaram
a compreender. Para poder convencê-los
que realmente era Ele, comeu peixe
assado e favo de mel com eles. Então
explicou aos discípulos como Sua
ressurreição era o cumprimento daquilo
que lhes havia falado e das escrituras do
Antigo Testamento. Já que eram
testemunhas da ressurreição, eram
responsáveis para pregar
arrependimento e perdão de pecados
entre todas as nações (v.36-48). Mas
eles deveriam primeiramente esperar
pela vinda do Espírito Santo em
Jerusalém (v.49).
• A ascensão (24.50-53)
Quarenta dias após sua
ressurreição, Jesus levou seus
discípulos à parte leste do Monte das
Oliveiras, os abençoou e depois
ascendeu aos céus. Eles adoraram e
depois voltaram a Jerusalém com as
notícias. Eles gastaram os dez dias
seguintes louvando e bendizendo ao
Senhor nos pátios do Templo.
Assim encerra o que o cético
francês Renan chamou de “o livro mais
lindo do mundo”.
O EVANGELHO
SEGUNDO JOÃO

INTRODUÇÃO
PROPÓSITO SINGULAR DE JOÃO
João, o filho de Zebedeu e o
“discípulo a quem Jesus amava”, dá o
propósito de seu Evangelho em João
20.31: “Estes, porém, foram
registrados para que creiais que Jesus
é o Cristo, o Filho de Deus e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome”. Isto
faz com que somente este Evangelho
tenha o ímpeto evangelístico, embora,
naturalmente, todos os Evangelhos
levem a Cristo como o Salvador. Este
retrato de Jesus como Filho de Deus e
Salvador do mundo é enfatizado ao
longo de toda esta narrativa.
CONTEÚDO ÚNICO E DATA DE
JOÃO
Mais de 90% do conteúdo de João
é único e não é encontrado nos outros
Evangelhos. Acredita-se que ele
escreveu no fim do primeiro século
(algo em torno de 85-95 d.C.) e
propositadamente suplementou Mateus,
Marcos e Lucas. O ministério na Judéia,
por exemplo, é encontrado somente em
João (1.15-4.54).
OS SETE “EU SOU” DE JOÃO
Os sete “Eu sou” deste Evangelho
são familiares: o Pão da Vida; a Luz do
Mundo; a Porta: o Bom Pastor; a
Ressurreição e a Vida; o Caminho, a
Verdade e a Vida; e a Videira. Nem tão
familiares são as sete vezes em que
Jesus Se referiu como EU SOU sem
nenhuma descrição a mais (4.26; 6.20;
8.24, 28, 58; 13.19; 18.5, 8. A última
ocorrência é dupla). Ao usar este título,
Ele fez uma reivindicação direta de ser
o YAHWEH do Antigo Testamento (o
“EU SOU”, do verbo hebraico “ser”).
OS SETE SINAIS DE JOÃO
Há sete milagres ou sinais
públicos, designados a mostrar que
Jesus é Deus: a transformação de água
em vinho; a cura do filho de um oficial;
a multiplicação de pães para a multidão
de 5.000 homens; a caminhada sobre o
Mar da Galiléia; a cura do cego de
nascença e a ressurreição de Lázaro
dentre os mortos. Além disso, após Sua
ressurreição, Ele proporcionou uma
pesca milagrosa para Seus discípulos.
ESTILO E MATERIAL DE JOÃO
O vocabulário e a estrutura das
frases de João são geralmente simples;
entretanto, os pensamentos que ele
expressa são inesgotáveis.

ESBOÇO DO EVANGELHO
DE JOÃO
1. Prólogo: A Palavra eterna se
torna carne (1.1-14)
2. O testemunho de João Batista
sobre Jesus (1.15-34)
3. O primeiro ano do ministério de
Jesus (1.35–4.54)
4. O ministério em Jerusalém
durante o segundo ano (Cap. 5)
5. O ministério na Galiléia durante
o terceiro ano (Cap. 6)
6. O ministério em Jerusalém
durante o terceiro ano
(7.1 – 10.39)
7. O ministério na Peréia durante o
terceiro ano (10.40 – 11.57)
8. O ministério público final
(Cap.12)
9. O discurso do cenáculo
(Cap.13–16)
10. A oração sacerdotal de Jesus
(Cap.17)
11. A traição, julgamentos e
crucificação (Cap.18–19)
12. A ressurreição (Cap.20)
13. O Cristo ressurreto com os
Seus na Galiléia (Cap.21)
1. PRÓLOGO: A PALAVRA
ETERNA SE TORNA CARNE
(CAP. 1.1-14)
Jesus é a Palavra eterna (o Logos),
que estava com Deus, é Deus, é Criador,
Vida e Luz. João Batista testificou que
Ele era a Luz verdadeira. A Palavra se
encarnou e habitou neste mundo. Ele foi
rejeitado por Seu próprio povo, os
judeus, mas aqueles que O recebem,
judeus ou gentios, se tornam filhos de
Deus por um nascimento espiritual
sobrenatural.
2. O TESTEMUNHO DE JOÃO
BATISTA SOBRE JESUS
(CAP. 1.15-34)
• A exposição de Deus por Jesus
(1.15-18)
João anunciou que a Palavra era
pré-existente, que Ele trouxe graça e
verdade em vez da lei e que era o Filho
de Deus que revelou a Deus totalmente.
• O testemunho de João aos
sacerdotes e levitas (1.19-28)
Quando o Sinédrio enviou uma
delegação para identificar João que
estava batizando no Rio Jordão, ele
disse que não era o Messias, ou Elias ou
o Profeta que Moisés havia prometido.
Como o precursor do Messias, ele
batizou somente com água e não se
considerava digno de ser comparado
com o próprio Messias.
• O testemunho de João no
batismo de Cristo (1.29-34)
No dia seguinte, João identificou
Jesus publicamente como o Cordeiro de
Deus, o Messias de Israel, Aquele que
batiza com o Espírito Santo, o Filho de
Deus. Ele primeiramente reconheceu
Jesus como o Messias quando viu o
Espírito descendo sobre ele em Seu
batismo.
3. O PRIMEIRO ANO DO
MINISTÉRIO DE JESUS
(CAP. 1.35-4.54)
• Os primeiros discípulos de
Jesus (1.35-51)
Dois dos discípulos de João viram
Jesus e O seguiram. Um deles, André,
foi e trouxe seu irmão Pedro e o
apresentou a Jesus. No dia seguinte,
Jesus chama Filipe e este, por sua vez,
trouxe Natanael. Este último, de início
foi cético, mas logo reconheceu Jesus
como o Filho de Deus e Rei de Israel. O
Senhor prometeu que sua fé seria
recompensada com maiores visões.
• O casamento em Caná (2.1-11)
O primeiro milagre de Jesus foi a
transformação de água em vinho em um
casamento em Caná. Foi o melhor vinho
e foi produzido em abundância.
• Cristo promove a limpeza do
Templo (2.12-22)
Após uma breve visita a
Cafarnaum, o Senhor foi a Jerusalém
para a Páscoa. Ali Ele expulsou os
cambistas para fora dos pátios do
Templo, uma demonstração de zelo pela
casa de Seu Pai. Quando os judeus Lhe
pediram um sinal, os encorajou a
destruir “este templo” e Ele o
levantaria em três dias. Eles entenderam
que Ele fez referência ao Templo
construído por Herodes, mas Ele quis
dizer Seu corpo. Foi somente após a
ressurreição que seus discípulos se
lembraram disso e o compreenderam.
• Cristo conhece a todos os
homens (2.23-25)
Na Páscoa, muitas pessoas
professavam crer em Jesus quando viam
milagres, mas Ele sabia que eram
crentes apenas nominais e não
discípulos genuínos.
• Você tem que nascer de novo
(3.1-21)
Nicodemos era um rígido fariseu e
um dos principais sacerdotes. Quando
Jesus lhe disse que teria que nascer de
novo para entrar no Reino de Deus,
Nicodemos pensou na impossibilidade
de experimentar o nascimento físico
novamente. Então o Senhor lhe explicou
que o novo nascimento é uma obra
misteriosa, maravilhosa e miraculosa do
Espírito de Deus e isto acontece quando
um pecador crê no filho unigênito de
Deus. Aquele que crê tem a vida eterna,
mas aquele que não crê já está
condenado. Naturalmente falando, as
pessoas não querem crer porque amam a
escuridão moral (pecado) mais do que a
luz (justiça).
• João batista exalta Jesus (3.22-
36)
Por um tempo, Jesus e João Batista
exerceram ministérios paralelos na
Judéia. Quando os judeus disseram a
João que Jesus estava, aparentemente,
atraindo mais pessoas, João disse que
assim teria que ser, de fato. Jesus era o
Messias, João não era. Jesus era o
Noivo, João era apenas Seu amigo.
Jesus deve crescer, João deve diminuir.
Jesus era de origem celestial, João era
de pais humanos. Apesar disso, poucas
pessoas estavam dispostas a receber os
ensinamentos do Salvador. Mas aqueles
que realmente creram nEle receberam a
oferta da salvação de Deus e ganharam a
vida eterna. Aqueles que não creram
colocaram-se debaixo da ira de Deus.
• Uma mulher samaritana
encontra seu Messias judeu (4.1-30)
Talvez os discípulos de João
estavam com inveja que Jesus, através
de Seus discípulos, estava batizando
mais pessoas que João. Seja qual for a
razão, Jesus deixou a Judéia e iniciou
Seu ministério ao norte da Galiléia. No
caminho, Ele parou no poço de Jacó em
Samaria e pediu água para uma mulher.
Na conversa que se seguiu, o Senhor lhe
falou sobre a água viva que satisfaz
eternamente, expôs a necessidade que
ela tinha dessa água (ela estava vivendo
em pecado) e revelou a verdadeira
forma de adoração. Voltando de suas
incumbências, os discípulos ficaram
surpresos por encontrá-lO falando com
uma mulher, principalmente, por ser uma
samaritana! Então a mulher voltou a
Sicar com as notícias de que havia
encontrado o Messias, o que resultou no
afluxo de pessoas para vê-lO.
• A ceifa das almas (4.31-38)
Quando os discípulos expressaram
a preocupação de que Jesus não havia
comido, ele explicou que a alegria de
fazer a vontade de Deus transcendia a
satisfação do apetite físico. Ele, então,
os encorajou a experimentar esta grande
alegria, ceifando as almas nos campos
que já estavam maduros. Outros haviam
semeado; eles tinham o privilégio de
colher o fruto do trabalho alheio.
• O Salvador do mundo (4.39-45)
Muitos samaritanos creram por
causa do testemunho da mulher, outros
por causa das palavras do próprio
Senhor. Hospedou-se com eles por dois
dias e então foi para a Galiléia onde
teve uma melhor recepção do que na
Judéia.
• A cura do filho de um oficial
(4.46-54)
Em Caná, um oficial do rei
implorou que Jesus curasse seu filho.
Quando o oficial mostrou que ele não
precisava de um sinal para crer, Jesus
disse: “teu filho vive”. Mais tarde o
oficial descobriu que seu filho foi
curado no exato momento que o Senhor
havia pronunciado estas palavras.
4. O MINISTÉRIO EM JERUSALÉM
DURANTE O SEGUNDO ANO
(CAP. 5)
• Cura no tanque de Betesda
(5.1-9)
Quando Jesus foi a Jerusalém para
uma das festas judaicas, Ele curou um
homem que era aleijado havia 38 anos.
Este homem havia tentado, sem sucesso,
entrar no Tanque de Betesda para ser
curado, mas os outros sempre chegavam
antes dele. Jesus ordenou que tomasse
seu leito e ele foi curado
instantaneamente.
• Uma reação negativa (5.10-16)
Alguns judeus criticaram o homem
por carregar seu leito em um sábado,
embora eles nunca tivessem sido
capazes de ajudá-lo, mas receberiam a
cura abertamente em qualquer dia da
semana se fosse para eles mesmos.
Naquele momento, ele não conseguia
identificar Aquele que o curou, mas
após encontrar o Senhor nos pátios do
Templo, disse aos judeus que foi Jesus
que o deixara bem. E então os judeus,
furiosos, tentaram matar Jesus por,
supostamente, descumprir o descanso do
sábado.
• Igualdade do Pai e do Filho
(5.17-27)
Eles ficaram ainda mais resolutos
em seus esforços quando Jesus
reivindicou ser igual a Deus por chamá-
lO de Pai. Ele lhes respondeu dizendo
que fazia tudo o que Seu Pai realizava;
mantendo-se igual a Deus em
conhecimento e em poder para
ressuscitar os mortos; dizendo que o Pai
havia delegado todo julgamento a Ele;
afirmando o direito de igual honra com o
Pai; reivindicando ser igual a Deus em
dar a vida eterna e por ser igual com o
Pai em auto-existência.
• As duas ressurreições (5.28-30)
Jesus continuou dizendo que um dia
todos os mortos ouviriam Sua voz e
ressurgiriam, embora em duas
ressurreições distintas. Ele também
reivindicou que era tão moralmente
perfeito que não poderia agir por Sua
própria vontade, mas somente em
obediência à vontade do Pai.
• Os quatro testemunhos (5.31-
40)
Nos versículos restantes do
capítulo, o Senhor Jesus descreveu os
vários testemunhos à Sua divindade. Ele
reconheceu que Seu testemunho
concernente a Ele mesmo, embora
verdadeiro, não seria considerado
adequado. Entretanto, também tinha o
testemunho de João Batista, de Suas
obras, de Seu Pai e das Escrituras do
Antigo Testamento.
• A honra dos homens versus a
honra de Deus (5.41-47)
O problema dos judeus se
encontrava em sua própria vontade; eles
não queriam vir até Cristo. Eles amavam
a si mesmos em vez de amarem a Deus.
Estavam mais interessados na aprovação
dos homens do que na de Deus. Não
queriam recebê-lO, mas nos tempos
futuros receberiam o Anticristo. Jesus
não os acusaria perante o Pai; os
escritos de Moisés seriam suficientes
para condená-los.
5. O MINISTÉRIO NA GALILÉIA
DURANTE O TERCEIRO ANO
(CAP. 6)
• Alimentando os cinco mil (6.1-
14)
Em algum lugar, ao leste ou ao
norte do Mar da Galiléia, o Senhor
multiplicou cinco pães e dois peixes
pequenos que puderam alimentar 5.000
homens, mais mulheres e crianças e
ainda encheram 12 cestos com as
sobras. Como resultado, muitos creram
que era o profeta prometido e
esperavam que Ele os libertasse do jugo
romano.
• Andando sobre as águas (6.15-
21)
Para escapar do desejo carnal de
torná-lO rei, Jesus foi sozinho ao topo
de uma montanha. Quando os discípulos
estavam voltando de barco para
Cafarnaum, levantou-se uma tempestade.
Jesus veio andando sobre as águas até
eles e então acalmou a tempestade e
revelou-Se como o grande “EU SOU”
(“Sou eu”). Imediatamente chegaram ao
seu destino.
• Multidão segue Jesus a
Cafarnaum (6.22-24)
No dia seguinte, a multidão seguiu
Jesus pelo mar da Galiléia a Cafarnaum.
Suas perguntas culminaram no discurso
do Pão da Vida. Em um primeiro
momento, Jesus lhes respondeu com
declarações simples e compreensíveis,
mas como a incredulidade deles se
tornava cada vez mais forte, Seu ensino
se tornou mais profundo.
• Comida perecível e vida eterna
(6.25-27)
A pergunta inicial deles parecia
evidenciar um interesse pelo Senhor,
mas Ele lhes disse que estavam
interessados somente porque os havia
alimentado. Eles deveriam trabalhar por
comida espiritual, que garantiria vida
eterna.
• A obra de Deus é crer em
Cristo (6.28-29)
Que tipo de obra é esta?,
perguntaram-Lhe. A resposta dEle foi
“Crer em mim”.
• Jesus, o Pão do Céu (6.30-33)
Eles pediram um sinal, como o
maná que Moisés deu. Ele respondeu
que o maná não dava vida, mas o
verdadeiro Pão de Deus dá a vida.
• Jesus, o Pão da Vida (6.34-40)
Eles pediram, “...dá-nos sempre
desse pão”, ao que Ele respondeu,
“venha, ...e creia”. Mas Ele sabia que
não estavam dispostos a crer. Entretanto,
também sabia que a vontade de Deus
triunfaria, apesar da falta de fé deles.
• Apropriar-se de Jesus traz vida
eterna (6.41-51)
Os judeus se ofenderam por Ele ter
afirmado que desceu do céu. Então Jesus
lembrou-lhes que existem dois lados
para a salvação. Primeiro, Deus traz a
pessoa. Então esta pessoa deve crer
nEle para ter vida eterna. Isso é o
mesmo que comer o Pão vivo e comer a
Sua carne.
• Jesus ensina sobre Seu corpo e
sangue (6.52-59)
A multidão ficou confusa pela
declaração que Ele daria sua carne para
comer. Ao invés de explicar, o Senhor
insistiu que a única forma de obter vida
eterna é comer de Sua carne e beber Seu
sangue. Sabemos que isto significa crer
nEle, mas Jesus não explicou isso por
causa da incredulidade deles.
• Muitos seguidores abandonam
Jesus (6.60-66)
Muitos se ofenderam com a idéia
de comer carne humana e beber sangue.
Ele respondeu que a dificuldade de fazer
isto literalmente aumentaria quando
ascendesse ao céu. Mas Ele não quis
dizer que deveriam comer Sua carne
literalmente, mas “comer” Suas
palavras, isto é, crer naquilo que dizia.
• A confissão de fé de Pedro
(6.67-71)
A partir deste momento muitos
discípulos nominais O deixaram. Mas
Pedro disse, “...nós [os doze] temos
crido e conhecido que tu és o Santo de
Deus”. O Senhor respondeu, de fato,
não os doze entre vocês – somente onze,
porque sabia que Judas O trairia.
6. O MINISTÉRIO EM JERUSALÉM
DURANTE O TERCEIRO ANO
(CAP. 7.1-10.39)
• A incredulidade dos irmãos de
Jesus (7.1-9)
No tempo da Festa dos
Tabernáculos os irmãos de Jesus, com
desprezo, sugeriram que Ele fosse à
Judéia mostrar Suas obras. Ele
respondeu que ainda não era o tempo de
Deus para Sua manifestação pública.
Eles viviam a seu bel-prazer sem
considerar a vontade de Deus. Não
precisavam enfrentar o ódio do mundo
porque pertenciam a esse mundo.
• Jesus ensina na Festa dos
Tabernáculos (7.10-24)
Após Seus irmãos partirem, Jesus
realmente foi a Jerusalém sozinho.
Alguns judeus O procuraram, alguns O
adoraram e alguns O condenaram, mas
nenhum se atrevia a apoiá-lO
abertamente.
Na metade da festa, o Senhor
começou a ensinar nos pátios do
Templo. Ele disse que Sua doutrina era
de Deus e se alguém sinceramente
desejasse conhecer a verdade, Deus lhe
revelaria. Ele acusou os judeus de
quebrar a lei de Moisés tramando um
plano para matá-lO. Eles negaram isso,
acusando-O de estar possesso de
demônios. Mas Ele lembrou da fúria
deles quando curou um homem no
sábado, embora os judeus realizassem
uma cirurgia (circuncisão) nas crianças
no sábado.
• A pessoa de Jesus é um
mistério para o povo (7.25-29)
As pessoas de Jerusalém
questionavam porque os líderes
permitiram que Jesus continuasse
pregando sendo que, ao mesmo tempo,
estavam tramando matá-lO. Será que os
líderes concluíram que era o Messias?
Ele não poderia ser o Messias,
pensavam, porque sabiam quem Ele era
e de onde vinha. Jesus respondeu que O
conheciam como Homem, mas não
perceberam que era também de Deus,
uma reivindicação de Sua deidade.
• Jesus evita ser preso (7.30-36)
A dúvida do povo quanto a Jesus
ser, de fato, o Messias impeliu os
líderes religiosos a enviar os guardas do
Templo para prendê-lO. Jesus confundiu
os principais sacerdotes dizendo que
logo os deixaria e que estariam
separados dEle para sempre.
• Jesus promete o Espírito Santo
(7.37-39)
No último dia da festa, o Senhor
prometeu publicamente que o Espírito
Santo viria e habitaria naqueles que
cressem nEle – uma promessa que foi
cumprida no dia de Pentecostes.
• Opiniões divididas sobre Jesus
(7.40-44)
Mais uma vez as pessoas
expressaram opiniões diferentes
concernentes a Ele.
• Jesus rejeita os líderes (7.45-
52)
Quando os guardas do Templo
voltaram sem Cristo e falaram
favoravelmente dEle, os fariseus os
acusaram de terem sido enganados.
Quando Nicodemos insistiu que Ele
tivesse uma audiência justa, zombaram
dEle, perguntando se era um galileu
ignorante.
Uma adúltera perante a Luz do
Mundo (7.53-8.11)
Embora muitos manuscritos antigos
do Novo Testamento não contenham
João 7.53 – 8.11, a maioria deles
contém esta passagem. Agostinho disse
que foi tirada de alguns textos pelo
medo de que encorajaria imoralidade! O
primeiro versículo do capítulo 8 está
conectado com 7.53. Quando a multidão
foi para casa, Jesus, sem lar, foi para o
Monte das Oliveiras.
Na manhã seguinte Jesus voltou ao
Templo. Ali os fariseus trouxeram uma
mulher que foi pega em adultério e então
pediram o veredicto de Jesus, querendo
acusá-lO. (Por que eles não trouxeram
também o homem envolvido?) O Senhor
sustentou a Lei, concordando que ela
deveria ser apedrejada, mas chamou
qualquer um que não tivesse culpa para
iniciar a sentença. Quando ninguém se
manifestou, disse a ela para ir e não
pecar mais. Esta benevolência é
característica da atitude de nosso Senhor
para com os pecadores. Acreditamos
que esta passagem seja autêntica.
• Jesus defende Sua pessoa
(8.12-20)
Tudo que Jesus dizia provocava um
duelo com os judeus. Quando Ele
anunciou ser a luz do mundo, negaram
que o testemunho de uma pessoa sobre
ela mesma fosse aceitável como
verdade. Ele insistiu que era válido
neste caso e que Seu Pai o confirmava.
Eles, desdenhosamente, perguntaram
onde estava seu Pai. Jesus respondeu
que, por causa da rejeição deles, não O
aceitando como Filho de Deus, ficou
impossível que eles conhecessem o Pai.
• Jesus prediz sua partida (8.21-
29)
Jesus disse que deixaria os judeus,
que eles O buscariam em vão,
morreriam em seus pecados e seriam
eternamente impedidos de estar no céu.
Pensaram que Ele estava ameaçando o
suicídio! Ele os repreendeu pela sua
ignorância espiritual e repetiu a sentença
de condenação deles. Respondendo a
pergunta sobre quem Ele era, disse que
era o Messias, como sempre havia lhes
falado. Havia muito que lhes poderia ser
dito, mas Jesus falou somente das coisas
que seu Pai havia indicado. Depois que
O crucificassem, saberiam que Ele era o
Messias e o grande EU SOU, que
mantinha uma íntima comunhão com o
Pai.
• A verdade vos libertará (8.30-
32)
A todos que professaram acreditar
nEle, o Senhor disse que a obediência
contínua à Sua Palavra provaria se
realmente eram discípulos e os livraria
de seus pecados e faltas.
• Os judeus incrédulos que não
eram descendentes espirituais de
Abraão (8.33-47)
Isto reacendeu o debate com os
judeus incrédulos. Eles se vangloriavam
que eram a semente de Abraão e que
nunca estiveram em escravidão.
Repetindo sua oferta de liberdade, Jesus
disse que embora fossem descendentes
de Abraão, não eram seus filhos. Tinham
o sangue dele em suas veias, mas seus
corações não herdaram a sua fé dele.
Com o desejo de matar Jesus, mostraram
quem realmente era o seu pai – Satanás.
Disseram que não nasceram de
fornicação (talvez inferindo que Ele era)
e que Deus era o Pai deles. Jesus
lembrou-lhes que se amassem a Deus, O
amariam também. Não conseguiram
entender o uso figurativo de Suas
palavras porque não estavam dispostos
a tolerar Seus ensinamentos. Eram
assassinos e mentirosos, assim como o
pai deles, o Diabo. Não criam em Jesus,
apesar de não conseguirem achar um
traço de pecado nEle. Recusando a
verdade, provaram que não pertenciam a
Deus.
• A verdadeira identidade de
Jesus revelada (8.48-59)
Eles acusaram Jesus de ser um
samaritano possuído por demônios. A
verdade é que Ele honrava seu Pai e não
a Si mesmo e qualquer um que O
obedecesse nunca veria a morte (eterna).
Os judeus desafiaram esta última
declaração, destacando que Abraão e os
profetas estavam mortos. Ele deveria
estar reivindicando ser maior que
Abraão! Jesus respondeu que aquele que
chamavam de seu Deus era Aquele que
O honrava. Disse que conhecia Deus e
era igual a Deus e se Ele negasse isso,
estaria mentindo. Então acrescentou que
Abraão se alegrou esperando este dia
acontecer, o dia do Messias e ficou feliz
quando pôde vê-lO. Portanto Jesus
afirmou ser o cumprimento de todas as
profecias messiânicas. Primeiramente os
judeus O ridicularizaram e depois se
prepararam para apedrejá-lO, mas Ele
escapou do pátio do Templo.
• A cura de um cego de nascença
(9.1-12)
Um homem nascido cego
providenciou o trampolim para que
Jesus realizasse um milagre de cura. O
Salvador ungiu os olhos do cego com
terra e saliva e então mandou que se
lavasse e o milagre aconteceu – o cego
recebeu a visão imediatamente. Os
vizinhos estavam todos cheios de
perguntas, às quais o homem respondeu
da melhor maneira que podia.
• Os fariseus interrogam o
convertido (9.13-17)
Perturbados porque uma cura se
deu no sábado, os fariseus interrogaram
o homem. Ele lhes contou como
aconteceu, negou que uma pessoa que
fazia milagre assim pudesse ser um
pecador e disse que achava que Jesus
era profeta.
• Os fariseus interrogam os pais
do convertido (9.18-23)
Depois os judeus interrogam os
pais daquele homem, duvidando que
Jesus tivesse dado vista ao cego. Os
pais confirmam a cura, mas recusam a se
envolver mais pelo medo de serem
excomungados.
• Jesus fortalece a fé do
convertido (9.35-38)
Quando o expulsaram, Jesus estava
esperando por ele para revelar-Se como
o Filho de Deus. O homem creu e O
adorou.
• Jesus ensina sobre a cegueira
espiritual (9.39-41)
Então o Senhor comentou que o
julgamento era o resultado inevitável de
Sua vinda. Aqueles que reconhecessem
sua cegueira espiritual veriam; aqueles
que não tivessem nenhum senso de
necessidade seriam confirmados em sua
cegueira. Se os fariseus apenas
admitissem sua incapacidade de ver, o
seu pecado seria relativamente
insignificante. Mas eles não podiam e
não iriam ver o Filho de Deus que
estava entre eles; por isso, não haveria
milagre de visão espiritual.
• O Bom Pastor (10.1-18)
O discurso do Bom Pastor continua
no assunto do capítulo 9. O pastor é o
Senhor Jesus. O aprisco é a nação de
Israel. O porteiro é o Espírito Santo
trabalhando através de João Batista.
Aqueles que não entrarem no aprisco
pela porta são aqueles que, como os
fariseus, reivindicaram jurisdição sobre
o povo judeu, mas que não tinham
credenciais apropriadas. Eles eram
ladrões, salteadores, estranhos e
mercenários. As outras ovelhas “não
deste aprisco” são os gentios. O
rebanho único é a Igreja, composta de
judeus crentes e gentios. Jesus veio com
todas as credenciais do Messias e as
verdadeiras ovelhas O reconheceram.
Ele guia e alimenta Suas ovelhas, morre
por elas, ressurge novamente e lhes dá
vida abundante.
• Uma casa dividida (10.19-21)
Os judeus tomaram partidos, a
favor ou contra Jesus. Parece que não
havia meio termo.
• Jesus proclama Sua divindade
na Festa das Luzes (10.22-30)
Mais tarde, na Festa da Dedicação
(Luzes), quando os judeus perguntaram
se Jesus era o Messias, Ele não somente
confirmou o fato, mas afirmou igualdade
com Seu Pai para dar vida eterna às
Suas ovelhas.
• As reivindicações de Jesus são
rejeitadas (10.31-39)
Os judeus estavam prontos para
apedrejá-lO por falar esta “blasfêmia”.
Jesus respondeu, de fato, que, se Deus
usou a palavra “deuses” para descrever
juízes meramente humanos no Antigo
Testamento, mesmo sendo apenas
representantes de Deus, quanto mais
direito Ele teria de Se chamar de Filho
de Deus? Afinal, o Pai O havia enviado
do céu ao mundo. Ademais, se não
acreditassem em Suas palavras, teriam
que se convencer pelos milagres que
mostravam Sua igualdade em poder com
o Pai.
7. MINISTÉRIO NA PERÉIA
DURANTE O TERCEIRO ANO
(CAP. 10.40-11.57)
• Muitos crêem em Jesus (10.40-
42)
Novamente tentaram capturá-lo,
mas Ele escapou para o leste do Jordão.
Ali, muitos creram nEle, admitindo que
o testemunho de João concernente a
Jesus era verdade.
• A morte de Lázaro (11.1-16)
Quando Maria e Marta avisaram a
Jesus que seu irmão Lázaro estava
enfermo, Ele disse aos discípulos que a
enfermidade resultaria em glória para
Deus ao invés de morte final. Após dois
dias, Ele sugeriu voltar à Judéia, onde
estava Lázaro. Os discípulos
lembraram-Lhe das tentativas recentes
dos judeus para apedrejá-lO ali. Jesus
respondeu que nada poderia acontecer
até que Sua obra terminasse. Ele sabia
que Lázaro havia morrido, embora
tivesse usado a palavra “dormir”
primeiramente como um sinônimo para
morte.
• Jesus é a ressurreição e a vida
(11.17-37)
Chegando quatro dias depois de
Lázaro ter morrido, Jesus consolou
Marta assegurando que o irmão dela
ressurgiria novamente, não apenas no
último dia, mas agora. Então
acrescentou a maravilhosa revelação
que, em Sua vinda, aqueles que haviam
morrido com fé viveriam e que os
crentes vivos iriam para o céu sem
morrer. Marta o reconheceu como o
Messias e Filho de Deus e então foi até
sua casa e trouxe Maria que,
aparentemente, estava se lamentando
sobre o atraso do Senhor.
• Lázaro é ressuscitado dos
mortos (11.38-44)
Após a pedra ser removida do
túmulo, obedecendo à ordem de Jesus, o
Senhor ordenou que Lázaro saísse de lá.
Lázaro apareceu, sem andar, mas ainda
envolto nas roupas de sepultamento.
Assim que o desenrolaram, ele foi
embora.
• A trama para matar Jesus
(11.45-54)
O Sinédrio ficou ciente que alguns
judeus creram em Jesus. Se este
movimento popular continuasse, temiam
que os romanos pudessem destruir o
Templo e dispersar o povo. Caifás, o
sumo sacerdote, respondeu com
palavras que tinham um significado mais
profundo do que pretendia. Ele disse
profeticamente que os judeus não
pereceriam por causa de Jesus, mas que
Jesus morreria pela nação e também
reuniria Seus eleitos dentre os gentios.
Esta profecia parecia encorajar os
judeus a conspirar contra Jesus. Então
Ele Se retirou com os discípulos para
um vilarejo próximo ao deserto.
• Procurando Jesus (11.55-57)
Ao se aproximar o tempo da
Páscoa, as pessoas iam a Jerusalém com
a intenção de ver Jesus. Os líderes
religiosos também estavam procurando-
O – para prender e matá-lO.
8. O MINISTÉRIO PÚBLICO FINAL
(CAP. 12)
• Jesus ungido em Betânia (12.1-
8)
A caminho de Jerusalém para a
Páscoa, Jesus parou na casa de Lázaro,
Maria e Marta. Quando Maria ungiu os
pés de seu Senhor com perfume caro,
Judas Iscariotes contestou, fingindo ter
preocupação pelos pobres enquanto
escondia sua própria avareza. Mas o
Senhor defendeu Maria dizendo que tais
oportunidades de ministrar a Ele eram
limitadas, enquanto que sempre haveria
oportunidades para cuidar dos pobres.
• O plano para matar Lázaro
(12.9-11)
Enquanto isso os principais
sacerdotes estavam tramando matar
Lázaro porque sua ressurreição fez
muitos judeus acreditarem em Jesus.
• A entrada triunfal (12.12-19)
Parecia que o povo de Jerusalém
deu calorosas boas-vindas a Jesus,
pavimentando o caminho com ramos de
palmeiras e exaltando-O como o Rei de
Israel. Contudo, sabemos que para
muitos destes, seus cumprimentos logo
se transformariam em clamor para tirar
Sua vida. Primeiramente clamaram
“hosana” para seu Rei; depois
“crucifiquem-no!” com toda sua força.
• A lei da colheita (12.20-26)
Alguns gregos buscaram ter um
encontro com o Senhor através de Felipe
e André (quem sabe com a intenção de
tê-lO como líder de uma nova escola de
filosofia na Grécia). O Salvador
respondeu que a lei da semeadura exigia
morte para haver fecundidade. Ele seria
glorificado por Sua morte sacrificial em
vez de viver uma vida confortável de um
guru. Seus servos deveriam seguir Seu
exemplo de auto-sacrifício.
• Jesus prediz eventos vindouros
(12.27-33)
Jesus não orou por livramento da
hora vindoura, mas que o nome do
Senhor fosse glorificado. Neste
momento, Deus falou audivelmente do
céu que Sua oração foi respondida. Em
uma rápida sucessão, Jesus anunciou a
condenação do mundo, a derrota de
Satanás, Sua própria crucificação e o
ajuntamento de todas as classes de
pessoas a Ele.
• Quem é o Filho do Homem?
(12.34-36)
Alguns questionavam como Jesus
poderia ser o Messias e, mesmo assim,
morrer; entendiam das Escrituras que o
Messias viveria para sempre. “Quem é
esse Filho do Homem?” perguntavam.
Ele falava que era a Luz e os aconselhou
a andar na Luz, o que significava que
deveriam crer nEle enquanto tinham a
oportunidade.
• Quem creu em nossa
pregação? (12.37-43)
Apesar dos muitos milagres de
Jesus, somente algumas pessoas creram
nEle, assim como Isaías profetizou. Por
causa de sua incredulidade o restante
permaneceu judicialmente cego,
novamente como Isaías havia
profetizado. Alguns líderes religiosos
professaram crer nEle, mas não O
confessaram abertamente por medo de
serem excomungados.
• Jesus adverte contra a
incredulidade (12.44-50)
Isto levou o Salvador a falar contra
os perigos da incredulidade. Crer nEle
também significava crer em Seu Pai. Vê-
lO, era ver a Deus. O propósito de Sua
vinda era ser luz e não juiz. Aqueles que
O rejeitarem serão julgados por Seus
ensinamentos no dia vindouro. Ele
entregou fielmente a mensagem de vida
eterna que Deus havia dado para
declarar.
9. O DISCURSO DO CENÁCULO
(CAP. 13-16)
• O Mestre toma o lugar do
escravo (13.1-11)
Na noite anterior à crucificação,
Jesus reuniu seus discípulos em um
cenáculo em Jerusalém. Durante a ceia,
o Diabo deu o sinal para Judas trair o
Senhor. Totalmente consciente de Sua
missão e Seu destino, nosso Senhor
tomou o lugar do escravo e começou a
lavar os pés dos discípulos. Quando
Pedro protestou, Jesus deu uma lição
espiritual. Seus discípulos precisam ser
lavados apenas uma vez, isto é, com o
banho da regeneração. Mas precisariam
dos “pés lavados muitas vezes” para
terem comunhão com Ele. Estas
freqüentes lavagens pela Palavra
limpam da poluição deste mundo
pecaminoso que os atinge. Os
discípulos, exceto Judas, estavam todos
limpos, isto é, lavados.
• Jesus explica Seu exemplo
(13.12-20)
Depois o Senhor deu outra lição. Já
que O reconheciam como Mestre e
Senhor, deveriam seguir Seu exemplo
lavando os pés uns dos outros; não
literalmente, mas espiritualmente; não
com a água, mas com a Palavra (v.12-
17). Ao falar estas coisas, Jesus excluiu
Judas. Ele identificou Judas de antemão
aos discípulos para que, quando a
predição se cumprisse, saberiam que
Ele era o EU SOU do Antigo Testamento
(v.18-20).
• Jesus prediz a traição de Judas
(13.21-30)
Quando Jesus repetiu que um dos
discípulos O trairia, estavam incertos
sobre quem poderia ser. Finalmente, Ele
indicou claramente colocando o pão no
molho e o entregou a Judas. O traidor
saiu imediatamente.
• O novo mandamento (13.31-35)
Antecipando o Calvário, Jesus
disse que Deus foi glorificado e que
também O glorificaria levantando-O dos
mortos de uma vez por todas. Então lhes
disse que estaria partindo e que não
poderiam segui-lO. Mas lhes deixou um
novo mandamento – amar uns aos outros;
isto seria o marco distintivo de seus
discípulos.
• Jesus prediz a negação de
Pedro (13.36-38)
Pedro rogou para ir com Ele, até
mesmo dar sua vida por Ele. Mas Jesus
revelou que, pelo contrário, Pedro O
negaria três vezes antes do amanhecer!
• Jesus encoraja seus discípulos
(14.1-11)
O Discurso do cenáculo continua
com a promessa do Salvador que viria
novamente para levar Seu povo para o
céu. Respondendo à pergunta de Tomé,
de como isso seria, Jesus disse que Ele
era o caminho, o único caminho ao Pai.
Isto incitou Felipe a pedir a Jesus que os
levasse para ver o Pai. Jesus explicou
que era tão intimamente ligado ao Pai
que aqueles que O viam, viam ao Pai.
As palavras que falava e os milagres
que realizava eram palavras e obras do
Pai. Estes milagres deveriam convencer
os discípulos da íntima união entre as
duas Pessoas da Divindade.
• Oração em nome de Jesus
(14.12-14)
Cristo disse aos Seus discípulos
que através da oração em Seu nome,
eles realizariam maiores milagres, isto
é, maiores na proporção da área mundial
e maiores no número de pessoas
envolvidas.
• Outro Consolador (14.15-21)
Depois o Salvador prometeu pedir
ao Pai para enviar “outro Consolador”,
isto é, o Espírito Santo, que habitaria e
estaria com os discípulos. Assim Jesus
não os deixaria órfãos, mas voltaria
para eles (na Pessoa do Espírito). Pela
fé eles O veriam e desfrutariam de uma
íntima comunhão com Ele. Pela
obediência, demonstrariam seu amor
pelo Senhor e experimentariam o amor
do Pai e do Filho.
• Comunhão com Jesus e Seu Pai
(14.22-24)
Quando o outro Judas perguntou
por que Jesus Se revelaria a eles, mas
não ao mundo (ver v.22), o Senhor
respondeu que somente aqueles que O
amam e obedecem podem desfrutar de
comunhão com o Pai e com Ele.
• O legado da paz de Jesus
(14.25-27)
Na ausência de Cristo, o
Consolador ensinaria os discípulos e os
lembraria das palavras do Salvador.
Jesus deixaria Sua paz com eles para
que seus corações não ficassem
perturbados ou atemorizados.
• Alegria do reencontro de Jesus
com Seu Pai (14.28-31)
Se os discípulos O amavam, se
alegrariam por Ele estar retornando ao
céu, onde não estaria mais sujeito à
injuria dos homens. Enquanto Jesus
estivesse na terra, o Pai era maior do
que Ele quanto à posição externa, mas
não quanto à Pessoa ou divindade
(v.28). Eles creriam quando Ele
retornasse ao céu. Mas agora o Diabo
estava se manifestando e o Senhor tinha
que avançar para fazer a vontade de Seu
Pai (v.29-31). Satanás é o príncipe deste
mundo, um fato confirmado diariamente
na mídia.
• A videira verdadeira (15.1-8)
É muito importante perceber o
contexto aqui: o discurso sobre a videira
e os ramos tem a ver com serviço e não
salvação. Jesus é a videira verdadeira,
seu Pai é o agricultor. O ramo infrutífero
é o crente carnal que sofre o castigo de
Deus. O ramo frutífero, ou seja, o
cristão que cresce espiritualmente é
podado para que se torne mais frutífero.
A única forma para um ramo ser
frutífero é permanecer na videira. Um
cristão que não permanece em Cristo
perde seu testemunho; as pessoas
desconsideram totalmente sua reputação.
Permanecendo em Cristo, um crente tem
uma vida de oração efetiva e, por
manifestar o fruto do Espírito, glorifica
a Deus e se afirma como um verdadeiro
discípulo de Jesus.
• Amor e alegria através da
obediência (15.9-17)
Amor, obediência e alegria estão
entrelaçados. Amor por Cristo leva à
obediência aos Seus mandamentos e a
obediência garante a permanência em
Seu amor. Isto, por sua vez, leva à
plenitude de alegria. Obediência
significa amar uns aos outros até ao
ponto de morrer. Isto torna os crentes
amigos de Cristo e não apenas servos e,
como amigos, vêm a conhecer os
negócios do Mestre. Cristãos são
chamados para produzir frutos que
permanecem e desta forma têm poder na
oração. Entretanto, o mandamento
básico é que amem uns aos outros.
• Ódio do mundo (15.18-25)
Os discípulos deveriam esperar
ódio e perseguição do mundo, já que não
pertencem ao mundo. Os servos não
devem esperar melhor tratamento que
seu Mestre. Se Jesus não viesse e
tivesse falado ao mundo e realizado
milagres singulares, o pecado do povo
seria comparativamente menor. Mas
agora são culpados de odiar tanto o Pai
como o Filho, sem razão. Eles não têm
desculpas.
• Testemunho futuro de Cristo
(15.26-27)
O Consolador prometido irá
testificar sobre Cristo e os discípulos
têm que testificar também do que eles
têm visto e ouvido desde o início.
• A futura rejeição (16.1-4)
Jesus alertou Seus discípulos que
os homens os excomungariam e até os
matariam. Esta perseguição se originaria
da rejeição do povo a Jesus e também
ao Pai. Por saber disso
antecipadamente, os discípulos ficariam
desiludidos.
• O ministério do Espírito Santo
(16.5-15)
Mesmo que os discípulos ficassem
tristes, Jesus havia lhes dito que haveria
de partir e não estaria mais com eles.
No entanto, Ele enviaria o Espírito
Santo, cuja presença no mundo iria
condená-los pelo pecado de rejeitar a
Cristo; convenceria o mundo que Jesus
estava certo e seria o parâmetro do
julgamento de Satanás e de todos os
ímpios. Havia outras coisas que o
Salvador poderia compartilhar com os
discípulos se estivessem preparados,
mas o Espírito viria e os guiaria em toda
verdade, falaria somente dirigido pelo
Pai e glorificaria a Cristo.
• Tristeza vira alegria (16.16-22)
Os discípulos ficariam tristes
quando Jesus morresse e, depois,
quando voltasse aos céus. Mas ficariam
alegres quando O vissem na
ressurreição, quando o Espírito Santo
viesse e, mais tarde, quando Ele
voltasse novamente. A tristeza ligada a
Sua ausência seria rapidamente
esquecida quando O vissem novamente.
• Cristo – o vencedor do mundo
(16.23-33)
Enquanto Jesus estava com eles, os
discípulos haviam feito todos os seus
pedidos a Ele. Agora poderiam orar
diretamente ao Pai em Nome de Jesus e
estar seguros das respostas e desta
forma poderiam se alegrar. Até agora, o
Senhor Jesus havia falado em uma
linguagem figurativa, com significados
abaixo da superfície. Através da vinda
do Espírito Santo, falaria claramente e
os discípulos poderiam orar ao Pai em
Seu Nome. O Pai os amava porque eles
amavam o Filho e criam que Ele havia
vindo do Pai. Os discípulos pareciam
entender estas coisas. Entretanto, Jesus
disse que nas horas escuras à frente,
todos O abandonariam – todos menos o
Pai. Então acrescentou que o propósito
deste discurso era para que tivessem paz
no meio da tribulação, porque Ele havia
vencido o mundo.
10. A ORAÇÃO SACERDOTAL DE
JESUS (CAP. 17)
Como Sumo Sacerdote, nosso
Senhor orou pelos Seus e não pelo
mundo. Não há crítica aos Seus
seguidores, apesar de seus pecados e
falhas. Ele ora pela prosperidade
espiritual deles em vez de riquezas
materiais. Existem sete pedidos na
oração, dois para Ele, três para os
discípulos e dois para aqueles que iriam
crer nEle no futuro.
• O primeiro pedido (17.1-4)
O primeiro pedido é que o Pai
glorificasse o Senhor Jesus levantando-
O dos mortos, para que Ele glorificasse
o Pai dando vida eterna àqueles que o
Pai havia Lhe dado.
• O segundo pedido (17.5)
Agora Jesus pede ao Pai que O
honre no céu em Sua glória pré-
encarnada, tanto agora como Homem e
também como Deus.
• Jesus revelando o Pai (17.6-10)
Além dos pedidos, o Senhor Jesus
falou de como havia revelado o Pai aos
discípulos, como havia lhes transmitido
as palavras que Deus havia Lhe dado e
de como agora sabiam que Ele havia
vindo do Pai. Como Sumo Sacerdote,
orou pelos Seus, não pelo mundo. Mas
isto não nega Seu amor pela humanidade
perdida.
• O terceiro pedido (17.11-12)
O terceiro pedido é para que Deus
guarde Seus discípulos, provavelmente
no sentido de guardá-los na fé
verdadeira, já que Judas é
imediatamente mencionado como aquele
que falhou.
• Jesus trazendo alegria (17.13-
14)
Jesus estava dizendo estas coisas
no mundo, para que a alegria dos
discípulos pudesse ser completa, apesar
do ódio do mundo.
• O quarto pedido (17.15-16)
O quarto pedido é para que os
discípulos fossem guardados do mal, já
que não pertencem à esfera de Satanás,
isto é, o mundo.
• O quinto pedido (17.17-19)
O quinto é que os discípulos
fossem separados na verdade de Deus.
• O sexto pedido (17.20-23)
O sexto é que todos os futuros
crentes fossem um em Cristo, de caráter
piedoso para que o mundo pudesse crer
que Deus enviou o Senhor Jesus.
• O sétimo pedido (17.24)
Finalmente, Cristo ora para que
todos os crentes pudessem
eventualmente estar com Ele no céu para
contemplar todo Seu esplendor.
• O epílogo (17.25-26)
Os últimos dois versículos formam
um epílogo nos quais nosso Senhor fala
de Sua completa, mas contínua, obra na
vida de Seus discípulos.
11. A TRAIÇÃO, JULGAMENTOS E
CRUCIFICAÇÃO (CAP. 18-19)
• Traição e aprisionamento no
Getsêmani (18.1-11)
Após Jesus ter ido com Seus
discípulos ao Jardim do Getsêmani,
Judas chegou com um destacamento
militar bem armado para prendê-lO. Os
soldados e oficiais ficaram pasmos por
um momento quando o Senhor falou de
Si mesmo, como o EU SOU, isto é, o
Jeová do Antigo Testamento. Pedro
tentou impedi-los, golpeando o servo do
sumo sacerdote com uma espada, mas
ouviu Jesus mandando-o desistir.
• Jesus perante Caifás e as três
negações de Pedro (18.12-27)
O destacamento militar prendeu o
Salvador e O leva para Anás, o sogro de
Caifás, para a primeira fase do
julgamento religioso. Fora do pátio do
sumo sacerdote, Pedro nega ser um
discípulo de Jesus (v.12-18).
Quando, sob interrogatório, o
Senhor nega ter dito ou feito algo de
errado em algum momento, um dos
oficiais lhe dá uma bofetada no rosto.
Jesus questionou o direito deles em Lhe
ferir quando não poderiam provar
qualquer acusação contra Ele. Então
Anás envia-O para Caifás, o sumo
sacerdote, para a segunda fase do
julgamento religioso, que não está
registrado no Evangelho de João.
Durante este julgamento, cedo pela
manhã, Pedro nega Jesus mais duas
vezes (v.19-27). A terceira fase era um
julgamento pela manhã perante o
Sinédrio (Mt 27.1).
• Jesus perante Pilatos (18.28-
40)
O primeiro lugar do julgamento
civil foi perante Pilatos. Este
governador romano tentou jogar o caso
de volta às mãos dos judeus, mas eles o
lembraram que não tinham permissão
para executar alguém. Após examinar
Jesus, Pilatos O declarou inocente e
então sugeriu libertá-lO na tradicional
anistia pascal. Mas a multidão clamou
para que o salteador chamado Barrabás
fosse solto.
• Os soldados zombam de Jesus
(19.1-16)
Quanto mais Pilatos insistia na
inocência do Acusado, mais a multidão
insistia na Sua crucificação. As
chicotadas, a coroa de espinhos, o manto
de púrpura, o escárnio e a violência dos
soldados – estas eram as formas nas
quais as criaturas trataram seu Criador.
O governador ficou temeroso quando
ouviu que Jesus reivindicou ser o Filho
de Deus, mas finalmente cedeu à pressão
da turba que clamou que o Senhor era
um rival de César.
• Jesus é crucificado (19.17-27)
Os soldados levaram Jesus e O
crucificaram no Gólgota entre dois
bandidos. Quando Pilatos ordenou que
fosse colocada uma placa, proclamando
Jesus como Rei dos Judeus, os
principais sacerdotes protestaram, mas o
governador não mudou a placa. Os
soldados dividiram as vestes do
Salvador entre si e lançaram sortes por
Sua túnica sem costura. Olhando do alto
da cruz, Jesus entregou sua mãe ao
cuidado do apóstolo João.
• Cristo morre pelos pecadores
(19.28-30)
Atendendo ao clamor de estar com
sede, os soldados deram a Jesus um
pouco de vinagre. Após bebê-lo,
bradou: “Está consumado!” –
significando Sua morte sacrificial pela
salvação dos pecadores – e assim
rendeu Seu Espírito.
• O lado de Jesus é ferido (19.31-
37)
Para acelerar a morte de Jesus
antes da chegada do sábado, os soldados
quebraram as pernas dos ladrões, mas
vendo que Jesus já estava morto, não
quebraram nenhum de Seus ossos.
Entretanto, um soldado feriu seu lado,
“...e logo saiu sangue e água”.
• Cristo é enterrado no sepulcro
de José (19.38-42)
Com a permissão de Pilatos, José
de Arimatéia tomou o corpo de Jesus,
envolveu-o em lençóis e aromas e o
sepultou em seu próprio sepulcro novo.
12. A RESSURREIÇÃO (CAP. 20)
• O sepulcro vazio (20.1-10)
Quando Maria Madalena chegou ao
sepulcro, domingo de manhã cedo e o
encontrou vazio, levou a notícia até
Pedro e João. Na corrida deles até o
sepulcro, João chegou antes, mas Pedro
foi o primeiro a entrar e ver os panos do
sepultamento. Então João entrou, viu e
creu.
• O grande momento de Maria
Madalena (20.11-18)
Ao invés de voltar para casa com
os dois discípulos, Maria ficou no
sepulcro. Primeiramente, viu dois anjos
e depois o próprio Jesus. Tão logo Jesus
falou seu nome, ela O reconheceu e
aparentemente queria abraçar os Seus
pés. Mas Ele lhe falou que voltaria para
o Pai, talvez sugerindo que quando
viesse o Espírito Santo, ela O
conheceria melhor do que antes. Em
obediência à Sua palavra, Maria foi
comunicar as maravilhosas notícias aos
discípulos.
• A comissão dos discípulos
(20.19-23)
Naquela mesma noite, o Senhor
Jesus apareceu aos discípulos, acalmou
seus temores, mostrou-lhes Suas feridas
e os enviou com um antegosto da
autoridade, da presença e do poder do
Espírito Santo. Entretanto, o Espírito
somente seria dado como um Ajudador
permanente no Pentecostes.
• O incrédulo Tomé vê e crê
(20.24-29)
Quando Tomé ouviu o que tinha
acontecido, ficou cético. Porém uma
semana mais tarde, Jesus apareceu aos
discípulos novamente e Tomé ficou
convencido pelas marcas da
crucificação de Cristo. Seria melhor,
naturalmente, se tivesse crido sem
precisar de uma prova.
• O objetivo do Evangelho de
João (20.30-31)
O propósito do Evangelho é dado
aqui: “...para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome”.
Portanto, este é um livro evangelístico.
13. O CRISTO RESSURRETO COM
OS SEUS NA GALILÉIA
(CAP. 21)
• Café da manhã com Jesus
(21.1-14)
Depois, o Senhor ressurreto
apareceu aos discípulos após estes
passarem uma noite de pescaria
fracassada no Lago da Galiléia. Ao Seu
comando, lançaram a rede no lado
direito do barco e a puxaram repleta de
153 peixes grandes! Ao chegarem na
praia, encontraram Jesus com o café da
manhã pronto para eles.
• Jesus restaura Pedro (21.15-
23)
Após o café da manhã, Jesus
carinhosamente inquiriu Pedro com
perguntas sobre seu amor por Ele. Após
as três afirmações de Pedro, Ele
ordenou, por três vezes, que Pedro
apascentasse Suas ovelhas. Então Jesus
predisse a morte de Pedro como um
mártir e lhe disse para não se preocupar
sobre o futuro dos outros discípulos. A
responsabilidade de Pedro, disse-lhe
Jesus, era seguí-lO por si só. O mesmo
vale para todos nós.
• A conclusão do discípulo amado
(21.24-25)
João não alegou ter feito um
registro completo das obras de Jesus.
Não haveria espaço suficiente no mundo
em que coubessem os livros para
registrar tudo o que o Senhor fez.
Amém!
OS ATOS DOS
APÓSTOLOS

INTRODUÇÃO
O SEGUNDO VOLUME DE LUCAS
Lucas retoma a narrativa de Atos
exatamente onde ele parou no seu
Evangelho, a saber, na ascensão de
Cristo. E então ele descreve a chama
espalhadora do cristianismo sobre a
próxima geração (em torno de 34 anos).
UMA HISTÓRIA SELETIVA E
ESPIRITUAL
O texto não dá uma história
completa, mas eventos isolados
escolhidos pelo Espírito Santo para
mostrar o desenvolvimento espiritual da
Igreja primitiva. Ele descreve o
cumprimento histórico do mandamento
de Cristo que o Evangelho deveria ser
pregado ao judeu primeiro e depois ao
gentio. O movimento do Livro de Atos
corresponde às palavras do Senhor em
Atos 1.8, “...em Jerusalém, como em
toda Judéia e Samaria e até aos confins
da terra”. Pedro, o apóstolo para os
judeus, ocupa um papel central nos
primeiros 12 capítulos, mas a partir daí,
Paulo, o apóstolo aos incircuncisos (isto
é, os gentios), tem o papel central.
A CHAMADA DE DEUS A ISRAEL
Durante o período de Atos, o
Espírito de Deus ainda está chamando a
nação de Israel para receber o Senhor
Jesus como o Rei Messias. Mas por
causa de sua inflexível recusa, Israel é
colocado de lado como nação e os
gentios são trazidos a uma posição
favorável.
A TRANSIÇÃO DE ISRAEL PARA
IGREJA
Em um primeiro momento, a Igreja
tinha fortes associações judaicas, mas
começou um processo de afastamento e,
ao final do livro, a Igreja havia lançado
fora as mortalhas do judaísmo e
demonstrava agora seu caráter distinto
como uma nova sociedade na qual
judeus e gentios são um em Cristo.

ESBOÇO DE ATOS
1. A promessa do Espírito pelo
Senhor Ressurreto (1.1-5)
2. O mandamento aos Apóstolos na
Ascensão do Senhor (1.6-11)
3. Os discípulos devotos esperando
em Jerusalém (1.12-26)
4. O dia de Pentecostes e o
nascimento da Igreja (Cap.2)
5. A cura de um coxo e a acusação
de Pedro a Israel (Cap.3)
6. A perseguição e crescimento da
Igreja (Caps.4-8)
7. A conversão de Saulo de Tarso
(9.1-31)
8. Pedro leva o Evangelho aos
gentios (9.32-11.18)
9. A implantação da Igreja em
Antioquia (11.19-30)
10. A perseguição de Herodes e
sua morte (12.1-23)
11. A primeira viagem missionária
de Paulo – Galácia (12.24-14.28)
12. O conselho em Jerusalém
(15.1-35)
13. A segunda viagem missionária
de Paulo – Ásia Menor e Grécia
(15.36-18.22)
14. A terceira viagem missionária
de Paulo – Ásia Menor e Grécia
(18.23-21.25)
15. O aprisionamento e julgamentos
de Paulo (21.26-26.32)
16. A viagem a Roma e naufrágio
(27.1-28.16)
17. A prisão domiciliar de Paulo e
testemunho aos judeus em Roma
(28.17-31)
1. A PROMESSA DO ESPÍRITO
PELO SENHOR RESSURRETO
(1.1-5)
Já passaram 40 dias da
ressurreição de Cristo. O cenário é
Jerusalém. O Senhor Jesus ordenou que
os discípulos ficassem ali até que
acontecesse o batismo prometido do
Espírito Santo. No Monte das Oliveiras,
eles questionaram sobre a restauração
do reino de Israel. O Salvador lhes
disse que deveriam ser primeiramente
testemunhas dEle em todas as partes do
mundo.
2. O MANDAMENTO AOS
APÓSTOLOS NA ASCENSÃO DO
SENHOR (1.6-11)
Imediatamente após o Senhor Jesus
ascender ao céu, dois anjos, vestidos de
branco, asseguraram aos discípulos que
Ele voltaria novamente, assim como O
viram partir.
3. OS DISCÍPULOS DEVOTOS
ESPERANDO EM JERUSALÉM
(1.12-26)
De volta à cidade, enquanto os
discípulos estavam orando juntos, Pedro
se lembrou das Escrituras do Antigo
Testamento de que um sucessor de Judas
Iscariotes deveria ser escolhido. Teria
que ser alguém que tivesse andado com
o Senhor Jesus durante Seu ministério
terreno e alguém que O viu ressurreto.
Sortes foram lançadas e Matias foi
escolhido.
4. O DIA DE PENTECOSTES E O
NASCIMENTO DA IGREJA (CAP.2)
• O Milagre do Pentecostes (2.1-
13)
O dia de Pentecostes foi dez dias
depois da ascensão de Cristo. Enquanto
os discípulos estavam reunidos, o
Espírito do Senhor foi derramado como
prometido, acompanhado de um ruído
como de um vento forte, de línguas como
que de fogo e do dom miraculoso de
falar outros idiomas instantaneamente.
Judeus de quinze regiões adjacentes
ouviram os discípulos galileus falando
as obras maravilhosas de Deus em
dialetos que nunca haviam falado antes.
• A mensagem do Pentecostes
(2.14-21)
Pedro aproveitou a oportunidade
para explicar que o fenômeno das
línguas, longe de ser causado pela
embriaguez, estava associado de alguma
forma com a profecia de Joel
concernente ao derramamento do
Espírito (embora nem todas as coisas
que Joel profetizou aconteceram no
Pentecostes e não vão acontecer até
Cristo voltar para reinar).
• O desafio do Pentecostes
(2.22-36)
Ousadamente, Pedro acusou os
homens de Israel de matar Jesus de
Nazaré e então acrescentou o anúncio
eletrizante de que Deus O havia
ressuscitado dos mortos. Explicou que,
quando Davi falou em ser ressurreto,
não estava falando de si, mas sobre o
Messias. Agora aconteceu – Jesus era o
Messias que havia ressurgido, foi
exaltado à destra de Deus e então lhes
havia enviado o Espírito de Deus.
• O resultado do Pentecostes
(2.37-47)
A acusação de que o povo de Israel
havia crucificado seu próprio Messias
causou uma convicção profunda do
pecado. Em resposta ao seu apelo
desesperado por algum conselho, Pedro
lhes disse: “Arrependei-vos, e cada um
seja batizado em nome de Jesus Cristo
para remissão de vossos pecados”,
para que recebessem o Espírito Santo e
fossem salvos da geração que crucificou
o Salvador. Em torno de 3 mil
responderam e a Igreja nasceu. Os novos
convertidos se reuniam fielmente, viam
milagres através dos apóstolos,
partilhavam de posses materiais onde
fosse necessário e louvavam a Deus
pela fé recém-nascida.
Eles continuaram andando
fielmente nos ensinos dos apóstolos, na
comunhão, no partir do pão e na oração
– quatro importantes práticas de uma
Igreja do Novo Testamento.
5. A CURA DE UM COXO E A
ACUSAÇÃO DE PEDRO A ISRAEL
(CAP.3)
• A Cura de um coxo (3.1-11)
Um dia, quando Pedro e João
estavam a caminho do Templo,
encontraram um coxo que lhes pediu um
esmola. No entanto, deram-lhe algo
melhor que dinheiro: pelo poder de
Jesus, ele foi curado! Ao invés de
esmolas, deram-lhe pernas para andar. O
milagre atraiu uma multidão de pessoas
maravilhadas.
• O sermão evangelístico de
Pedro (3.12-26)
Isto deu a oportunidade para que
Pedro lhes pregasse o Evangelho.
Explicou que não fora ele ou João quem
curou o homem. Ao invés disso, foi
Deus Quem o fez, o Pai do Senhor Jesus.
O povo judeu tinha entregue Jesus aos
gentios, negaram-nO, pediram Barrabás
e tiveram o Senhor executado pelos
romanos. Mas Deus O levantou dos
mortos e agora este milagre realizou-se
pela fé em Seu Nome. Pedro
graciosamente admitiu que o povo havia
agido por ignorância e que ainda havia
esperança. Se Israel se arrependesse,
Deus iria perdoar seus pecados e enviar
Jesus de volta. De outro modo, com
relação a Israel, o Senhor ficaria no céu
até que retornasse para estabelecer Seu
Reino na terra. Esta seria a era dourada
de paz e prosperidade predita por
Moisés e todos os profetas. Os ouvintes
de Pedro estavam entre o povo para
quem as promessas do Reino haviam
sido feitas. Se eles recebessem o
Messias, Ele os perdoaria de suas
iniqüidades. Aqueles que recusassem a
ouvir o Profeta de Deus seriam
destruídos.
6. A PERSEGUIÇÃO E
CRESCIMENTO DA IGREJA (CAP.
4-8)
• Pedro e João presos (4.1-4)
Oposição! Os líderes religiosos
estavam furiosos que Pedro e João
estavam pregando sobre Jesus e a
ressurreição, então os mantiveram em
uma espécie de prisão domiciliar até o
dia seguinte. Neste momento 5 mil
homens já tinham entrado na comunhão
cristã.
• Discursando no Sinédrio (4.5-
12)
No dia seguinte, os discípulos
estavam perante o Sinédrio para
explicar o poder e autoridade pelos
quais estavam agindo. Era tudo que
Pedro queria para poder testificar sobre
Cristo! Ele, ousadamente, anunciou que
ele e João estavam agindo no Nome de
Jesus, o qual as autoridades judaicas
haviam assassinado e a Quem Deus
ressuscitou e havia curado um coxo
pedinte. Jesus havia sido rejeitado pelos
líderes judeus, exaltado à destra de
Deus e era o único Caminho pelo qual
os homens podiam ser salvos.
• O Sinédrio proíbe pregar em
Nome de Jesus (4.13-18)
Os membros do Sinédrio estavam
impressionados com os apóstolos e não
podiam negar o milagre da cura. No
entanto, sua decisão era a de que os
seguidores de Jesus não deveriam mais
falar ao povo sobre Jesus.
• Ouvir a Deus ao invés dos
homens (4.19-22)
Pedro e João explicaram que
tinham que obedecer a Deus ao invés
dos homens; havia uma compulsão
divina sobre eles para pregar a
mensagem. Após ameaçá-los, o Sinédrio
os liberou ao perceber que o povo
estava apoiando os discípulos.
• Uma oração por ousadia (4.23-
31)
Quando outros cristãos souberam o
que havia acontecido com Pedro e João,
foram ao Senhor em oração.
Encontrando um paralelo entre o
segundo Salmo e eventos recentes,
pediram a Deus para dar ousadia aos
Seus servos e para continuar a operar
milagres através deles. O lugar tremeu,
os discípulos ficaram cheios do Espírito
Santo e então pregaram com intrepidez.
• Compartilhando todas as coisas
(4.32-37)
Os crentes de Jerusalém tinham tão
pouco apego às suas posses que
vendiam suas propriedades para poder
suprir as necessidades da comunidade.
Barnabé foi um daqueles que vendeu sua
terra e trouxe o dinheiro para os
apóstolos, para distribuição aos
necessitados.
• Mentindo ao Espírito Santo
(5.1-16)
Ananias e Safira também venderam
uma propriedade e simularam dar todo o
valor aos apóstolos, mas retiveram parte
dele. Quando Pedro confrontou Ananias
com esta mentira, este caiu morto. Então
Safira entrou e Pedro confrontou-a
também. Ela reconheceu que a acusação
era verdadeira e caiu morta também. O
povo então percebeu que Deus julga o
pecado na Igreja, freqüentemente de uma
forma dramática. Perceberam que era
coisa séria identificar-se com a
comunidade cristã. Contudo multidões
de pessoas acreditaram e muitos vieram
se curar com os apóstolos.
• Pregação, perseguição e prisão
(5.17-28)
Indignados que os apóstolos
continuavam a pregar o Evangelho, os
líderes religiosos os colocaram na
prisão para aguardar julgamento no dia
seguinte. Durante a noite, um anjo abriu
a prisão e disse-lhes para voltarem à
área do Templo e para continuarem
pregando. Então, quando os soldados
foram buscá-los para o julgamento pela
manhã, encontraram tudo em ordem –
exceto pelos prisioneiros que haviam
desaparecido! Enquanto os principais
sacerdotes ainda estavam expressando
sua perplexidade e frustração, um
mensageiro entrou para anunciar que os
acusados estavam novamente pregando
no pátio do Templo! Finalmente os
apóstolos foram trazidos de volta ao
conselho e interrogados por causa de
sua obediência contínua a Deus.
• Obedecer a Deus ao invés dos
homens (5.29-32)
Foi mais uma grande oportunidade
para uma pregação improvisada! Pedro
insistiu que quando as ordens de Deus
estão em conflito com as ordens dos
homens, crentes têm que obedecer a
Deus. Mais uma vez ele, corajosamente,
acusou os líderes pela morte do Filho de
Deus, lembrando-os que Deus O havia
exaltado para ser um Príncipe e
Salvador e ofereceu arrependimento e
perdão em Seu Nome.
• O conselho de Gamaliel ao
Sinédrio (5.33-42)
Quando os principais sacerdotes
ficaram tão irados que tramaram matar
os discípulos, um respeitável fariseu
chamado Gamaliel pediu moderação.
Ele argumentou que se esta nova religião
não fosse de Deus, logo iria
desaparecer. Mas se fosse de Deus,
então os líderes religiosos se
encontrariam em uma posição
complicada de estarem lutando contra
Deus. Seu conselho prevaleceu. Os
apóstolos foram surrados, advertidos
para não pregarem em Nome de Jesus e
soltos novamente. Partiram jubilosos,
nem um pouco intimidados e
continuaram a ensinar e a pregar sobre
Jesus Cristo.
• Os primeiros problemas (6.1-7)
O primeiro problema a assolar a
Igreja surgiu a partir de dinheiro e
provisões. Alguns dos judeus de fala
grega sentiram que suas viúvas não
estavam recebendo tanto apoio quanto a
viúvas judias de Jerusalém e da Judéia.
Deste modo, os apóstolos convocaram a
assembléia para designar sete homens
que seriam encarregados da distribuição
diária. A maioria dos escolhidos parecia
ser de judeus de fala grega, uma
graciosa concessão ao grupo que
reclamou. A Igreja seguia adiante com
muitas pessoas sendo salvas.
• Estevão é acusado de blasfêmia
(6.8-15)
Estevão, um dos homens escolhidos
para administrar os fundos, tinha um
ministério tão efetivo e de milagres que
alguns grupos da sinagoga buscaram
silenciá-lo através do debate. Ao
falharem nisto, prenderam-no e o
trouxeram perante o Sinédrio, acusado
de falar contra o Templo e a Lei de
Moisés.
• O sermão de Estevão (7.1-53)
Em sua defesa, Estevão
primeiramente deu um resumo da
história de Abraão (v.1-8). Então, falou
de José, rejeitado pelo seu próprio
povo, mas exaltado por Deus para ser o
salvador deles (v.9-19). Moisés também
sabia que seria recusado pelo povo
mesmo que Deus O havia levantado para
ser o libertador do povo (v.20-43).
Quanto a falar contra o Templo, Estevão
lembrou o Sinédrio que a nação de
Israel havia sido culpada de adorar os
poderes do céu, isto é, as estrelas,
naquele mesmo momento quando Deus
habitava entre eles no Tabernáculo. Ele
voltou na história do Tabernáculo nos
dias de Josué e Davi e então explicou
que construções não são tão importantes
para Deus quanto a condição moral e
espiritual das vidas dos homens (v.44-
50). Quanto à acusação, de que teria
falado contra a lei, eram eles que
persistentemente resistiram ao Espírito
Santo e falharam em obedecer à Lei. A
rejeição deles aos líderes de Deus
culminou na traição e assassinato do
justo Senhor Jesus. Eles eram o povo
que havia falhado em guardar a Lei – a
Lei que lhes foi dada pelas mãos de
anjos (v.51-53).
• O primeiro mártir cristão
(7.54-60)
Quando Estêvão lhes disse que via
os céus abertos e Jesus em pé à destra
de Deus, as autoridades se enfureceram
e levaram-no fora da cidade. Lá ele foi
apedrejado até a morte, orando pelos
seus assassinos culpados. Um jovem
chamado Saulo estava entre os
espectadores; seu nome aparecerá
novamente.
• Perseguição da Igreja (8.1-4)
A morte de Estevão provocou uma
onda de perseguições contra a Igreja.
Crentes eram expulsos de Jerusalém
para Judéia e Samaria, levando o
Evangelho com eles. Saulo era um líder
entre os perseguidores.
• O ministério de Filipe em
Samaria (8.5-25)
Filipe, um dos diáconos no capítulo
6, foi ao norte para Samaria,
proclamando Cristo e realizando muitos
milagres. Um mágico, chamado Simão,
aceitou a nova fé e foi batizado (v.5-13).
Quando os apóstolos em Jerusalém
ouviram que muitos samaritanos haviam
aceitado ao Senhor, enviaram Pedro e
João, sem dúvida como uma expressão
de sua profunda comunhão pelo que
estava acontecendo ali. Pedro e João
oraram pelos novos crentes, impuseram
as mãos sobre eles e imediatamente os
samaritanos receberam o Espírito Santo
(v.14-17). Simão queria comprar o dom
de conceder o Espírito Santo pela
imposição de mãos, mas, ao invés disso
recebeu uma sova verbal de Pedro
(v.18-24). Os dois apóstolos retornaram
a Jerusalém, mas daquele momento em
diante continuaram a pregar nos
vilarejos samaritanos (v.25).
• Filipe e o etíope (8.26-40)
Deus chamou Filipe para sair de
Samaria e se encontrar com um oficial
etíope que estava indo para casa após
visitar Jerusalém para adorar. Quando
Filipe se aproximou do carro, o eunuco
estava lendo Isaías 53. Filipe explicou-
lhe que Isaías estava falando sobre
Jesus, Sua Pessoa e obra expiatória. O
etíope creu, foi batizado e foi embora
jubiloso. Filipe foi milagrosamente
transportado para Azoto (Asdode do
Antigo Testamento) e dali foi para
Cesaréia.
7. A CONVERSÃO DE SAULO DE
TARSO (CAP. 9.1-31)
• Uma luz do céu (9.1-9)
Saulo de Tarso estava a caminho de
Damasco para capturar e aprisionar
cristãos, “aquele bando cujo único
crime era crer em Cristo”. Subitamente
estava prostrado no chão, incapaz de
ver, mas ouvindo a voz do Senhor
ressurreto protestando contra ele. Ele
reconheceu seu pecado e se submeteu a
Cristo por salvação e serviço. E então
foi a Damasco, agora não para perseguir
os santos, mas como um deles.
• Batismo e primeira pregação
de Saulo (9.10-22)
Quando o Senhor enviou um
discípulo chamado Ananias para
restaurar a visão de Saulo, Ananias
hesitou lembrando o dano que Saulo
havia infligido aos cristãos. Mas quando
ele foi e impôs as mãos sobre Saulo,
este recebeu sua visão, ficou cheio do
Espírito Santo e então foi batizado. Não
muito tempo depois, Saulo estava indo
nas sinagogas em Damasco proclamando
Jesus como o Messias e Filho de Deus.
As pessoas ficavam espantadas que um
dos principais inimigos do Cristianismo
houvesse se tornado em um grande
defensor dele. O mundo não consegue
explicar a mudança na vida de Saulo.
Somente o novo nascimento fornece uma
resposta satisfatória.
• A fuga de Saulo e testemunho
em Jerusalém (9.23-31)
Um plano judeu para matar Saulo o
forçou a escapar por cima do muro da
cidade, à noite (v.23-25). Não era de
surpreender que houvesse desconfiança
da parte dos crentes, quando chegou a
Jerusalém, mas o afetuoso Barnabé o
recebeu como amigo. Os cristãos logo
perceberam que Saulo era genuíno
quando o viram pregando ousadamente
em Nome do Senhor. Vendo que sua vida
estava em perigo por causa dos judeus
helenistas, levaram-no a Cesaréia, de
onde partiu para Tarso. Então, foi
concedida uma trégua à Igreja, um tempo
de consolidar os ganhos e crescimento
espiritual e numérico da comunhão
(v.26-31).
8. PEDRO LEVA O EVANGELHO
AOS GENTIOS (CAP. 9.32-11.18)
• Pedro cura um homem e
restaura uma mulher (9.32-43)
A narrativa volta para Pedro. Em
Lida, ele encontrou um homem paralítico
chamado Enéias que jazia de cama há
oito anos. Em Nome de Jesus Cristo,
Pedro o curou. Em Jope uma mulher,
chamada Dorcas (ou Tabita), que era
bem conhecida por sua bondade, havia
morrido. Sua morte trouxe tristeza para
muitos até que Pedro disse “Tabita,
levanta-te!” e ela foi instantaneamente
restaurada à vida. Ambos os milagres de
curas resultaram em muitas vidas para o
Senhor. Enquanto estava em Jope, Pedro
ficou com Simão, o curtidor.
• A visão de Cornélio (10.1-8)
O Evangelho havia chegado aos
judeus e aos samaritanos. Agora era o
momento de alcançar os gentios. Isto
aconteceria primeiramente ao centurião
romano chamado Cornélio, que vivia em
Cesaréia. Embora fosse gentio, ele
buscava a Deus e era fiel em oração e
dava esmolas ao povo. O Senhor
apareceu a ele numa visão, instruindo-o
a enviar mensageiros a Pedro em Jope
que, por sua vez, lhe diria o que deveria
fazer.
• A visão de Pedro (10.9-16)
O apóstolo Pedro, mergulhado na
tradição judaica, teria normalmente
evitado os gentios como se fossem de
outro mundo, então ele precisava estar
preparado para o choque cultural de sua
vida. Ele estava no eirado de Simão, o
curtidor, quando teve uma visão de um
grande lençol descendo do céu,
contendo todo tipo de animal,
quadrúpedes e aves. Ordenado a matar e
comer, o apóstolo protestou de que
nunca havia comido alimento que não
fosse kosher (comida permitida aos
judeus). A voz do céu disse que ele não
deveria chamar “comum” ou impuro o
que Deus havia limpado. Este diálogo
ocorreu três vezes e então o lençol
voltou para os céus. O significado,
naturalmente, era que os gentios não
eram imundos e que Pedro deveria
recebê-los.
• Uma convocação à Cesaréia
(10.17-23)
Mas enquanto Pedro ainda estava
tentando compreender a visão, os
homens enviados por Cornélio chegaram
e explicaram que o mestre deles queria
que o apóstolo viesse à Cesaréia. Pedro
lhes deu pouso e depois viajou com eles
para Cesaréia no dia seguinte, como o
Espírito havia lhe instruído.
• Pedro prega aos gentios (10.24-
43)
Antecipando a vinda de Pedro,
Cornélio ajuntou um grupo de familiares
e amigos. Quando Pedro chegou, ele e
Cornélio relataram sobre as visões
celestiais que os haviam aproximado,
um do outro. Então Pedro apresentou a
mensagem do Evangelho, discorrendo
sobre a vida, morte e ressurreição do
Senhor Jesus, terminando com a oferta
de perdão para aqueles que
acreditassem.
• O Espírito desce sobre os
gentios que creram (10.44-48)
Pedro ainda falava quando o
Espírito Santo desceu sobre aqueles que
creram e falaram em línguas, para a
admiração dos judeus presentes. O
apóstolo percebeu que Deus havia
visitado os gentios, assim como fez com
os judeus, então ele ordenou que
Cornélio e toda sua casa fossem
batizados. Observe a ordem na
conversão dos gentios: eles creram,
receberam o Espírito Santo e foram
batizados.
• Pedro defende a graça de Deus
aos gentios (11.1-18)
Alguns dos judeus crentes em
Jerusalém ficaram perturbados quando
ouviram que Pedro havia
confraternizado com os gentios. Então
Pedro relatou todo o acontecimento com
eles – a visão do lençol que desceu do
céu, a ordem do Espírito para ir à
Cesaréia, a visão pela qual Cornélio
havia sido instruído a chamar o apóstolo
e a forma com que o Espírito Santo
desceu sobre Cornélio e sua casa
quando creram. Ouvindo isto, os santos
em Jerusalém perceberam que Deus
havia salvado os gentios assim como
aos judeus.
9. A IMPLANTAÇÃO DA IGREJA
EM ANTIOQUIA
(CAP. 11.19-30)
• A expansão do Evangelho
(11.19-21)
A narrativa agora volta ao tempo
da perseguição que seguiu ao martírio
de Estevão. Aqueles que foram
espalhados, levaram o Evangelho aos
judeus na Fenícia, Chipre e Cirene.
Depois, a mensagem chegou aos gentios
em Antioquia que mais tarde provou ser
um lugar de partida para Paulo e seus
companheiros para levar o Evangelho
aos gentios.
• Barnabé e Saulo na Igreja em
Antioquia (11.22-26)
Quando a Igreja de Jerusalém ouviu
das bênçãos do Evangelho em
Antioquia, enviaram o amável Barnabé
para investigar. Ele logo viu que Deus
estava fazendo maravilhas ali, então os
encorajou a permanecerem fiéis ao
Senhor. Percebendo que Saulo poderia
ser útil a esta nova igreja, foi até Tarso,
trouxe Saulo à Antioquia e trabalhou
com ele por um ano. Em Antioquia, os
discípulos foram chamados de cristãos
pela primeira vez.
• Antioquia envia ajuda a
Jerusalém (11.27-30)
Neste tempo, alguns profetas
vieram à Antioquia de Jerusalém e um
deles, Ágabo, predisse uma grande
fome. Quando isto ocorreu, os crentes
gentios enviaram ajuda aos santos
judeus na Judéia pelas mãos de Barnabé
e Saulo, uma evidência comovente que o
antagonismo antigo entre judeu e gentio
é abolido em Cristo.
10. A PERSEGUIÇÃO DE
HERODES E SUA MORTE (CAP.
12.1-23)
• Pedro escapa da morte (12.1-
17)
Para poder agradar os inimigos do
Cristianismo, o Rei Herodes Agripa I
conseguiu matar Tiago, irmão de João,
ao fio da espada e planejou fazer a
mesma coisa com Pedro. Na noite
anterior à execução fixada de Pedro, um
anjo apareceu em sua cela e o deixou
sair da prisão e depois desapareceu. O
apóstolo foi diretamente à casa de
Maria, a mãe de Marcos, onde os
discípulos estavam orando por ele.
Primeiramente não acreditaram que
fosse realmente Pedro à porta, mas
finalmente deixaram-no entrar e houve
grande alegria ali. O apóstolo deu um
breve testemunho de sua fuga milagrosa
e então partiu.
• O destino dos guardas de Pedro
(12.18-19)
O rei ficou furioso quando soube
que Pedro havia escapado. Após
inquirir as sentinelas ordenou a
execução deles.
• A morte de Herodes (12.20-23)
Mas a morte de Herodes estava
mais perto do que ele imaginava. Pouco
tempo depois, quando o rei estava em
Cesaréia, algumas pessoas de Tiro e
Sidom buscaram seu favor porque
dependiam de grãos importados da
Judéia. Quando ele teve uma assembléia
pública com eles concederam-lhe
honrarias divinas. Porque havia aceitado
tais honras, um anjo do Senhor o abateu
com uma enfermidade horrível e ele
morreu.
11. A PRIMEIRA VIAGEM
MISSIONÁRIA DE PAULO –
GALÁCIA (CAP. 12.24-14.28)
• Mais crescimento do Evangelho
(12.24-25)
Apesar da oposição, o Evangelho
continuou a crescer. Tendo completado
sua missão em Jerusalém, Barnabé e
Saulo voltaram a Antioquia com João
Marcos.
• Barnabé e Saulo são enviados
(13.1-3)
O Espírito Santo revelou aos
profetas e aos mestres na Igreja em
Antioquia que tinha uma missão especial
para Barnabé e Saulo, então impuseram
as mãos sobre eles e os enviaram. Deste
modo começa o que é conhecido como a
“primeira viagem missionária de
Paulo”, numa jornada em que ele e
Barnabé foram levados a um circuito da
Ásia Menor Central.
• Evangelizando Chipre (13.4-
12)
Os missionários velejaram de
Selêucia a Salamina até a ilha de
Chipre, onde pregaram nas sinagogas
judaicas. Depois cruzaram a ilha de
Pafos, onde Sergio Paulo, o pró-cônsul,
se converteu, apesar da oposição de um
mágico chamado Barjesus.
• João Marcos parte para
Jerusalém (13.13-15)
Depois velejaram ao noroeste a
Perge e Panfília na costa sudeste da
Ásia Menor. João Marcos deixou os
evangelistas aqui e voltou a Jerusalém.
Então, os pregadores continuaram até
Antioquia da Pisídia, 170 quilômetros
ao norte de Perge, onde os chefes das
sinagogas os convidaram a falar.
• Paulo prega em Antioquia da
Pisídia (13.16-41)
Em sua mensagem, Paulo revisou a
escolha de Deus por Israel, a libertação
do Egito, Seu cuidado por eles no
deserto, a entrega de Canaã a eles, o
período dos juízes, o reino sob Saul e
Davi e o ministério de João Batista.
Todos estes caminhos levam a Cristo:
mencionou a Sua condenação pelo povo,
Sua morte, sepultamento e ressurreição
testemunhada. O apóstolo terminou com
a oferta de Deus por perdão de pecados,
de justificação pela fé independente da
lei e advertência contra a rejeição da
salvação de Deus.
• Respostas ao Evangelho
(13.42-52)
Muitos dos judeus responderam
favoravelmente e pediram por mais
ministração da Palavra para o sabath
seguinte (42-43). Mas uma semana
depois havia uma vigorosa oposição de
judeus incrédulos, então Paulo e
Barnabé disseram-lhes francamente de
que, por estarem condenando a si
mesmos como indignos de vida eterna, o
Evangelho agora iria aos gentios. Os
ouvintes gentios se alegraram, mas os
judeus expulsaram os apóstolos da
região. Paulo e Barnabé sacudiram a
poeira de seus pés e seguiram para
Icônio (44-52)
• Paulo e Barnabé agredidos em
Icônio (14.1-7)
Após os apóstolos terem pregado
na sinagoga em Icônio e muitos judeus e
gregos terem crido, os judeus incrédulos
incitaram os demais gentios e então
lançaram um ataque conjunto contra
eles. Quando isso chegou ao ponto de
ameaças de apedrejamento, Paulo e
Barnabé fugiram para Listra e Derbe, na
parte central da Ásia Menor.
• Paulo e Barnabé são
considerados deuses em Listra (14.8-
18)
Paulo curou um coxo em Listra,
causando tamanha comoção entre o povo
que queriam adorar os dois apóstolos
como deuses gregos. Até o sacerdote de
Zeus quis fazer um grande sacrifício
para honrá-los. Assim que
compreenderam o que estava
acontecendo, os apóstolos protestaram e
advertiram o povo contra tal loucura.
Explicaram que eram somente homens e
que a missão deles era levar os homens
dos ídolos ao Deus vivo. O povo então
desistiu.
• Paulo é apedrejado, mas
escapa (14.19-20)
Logo vieram judeus da Antioquia,
da Pisídia e de Icônio e incitaram os
gentios contra os apóstolos. A mesma
multidão que havia idolatrado os
apóstolos agora queria vitimá-los.
Apedrejaram a Paulo e o arrastaram
para fora da cidade, pensando que o
haviam matado. Entretanto Paulo se
levantou e partiu com Barnabé no dia
seguinte para Derbe.
• Acompanhamento dos novos
convertidos (14.21-28)
De Derbe, começaram a jornada de
volta para casa, remontando seus passos
à Listra (onde Paulo havia sido
apedrejado recentemente), Icônio e
Antioquia, acompanhando os
convertidos, encorajando-os a não
desanimar na perseguição e designando
presbíteros em cada igreja. Depois
foram para Pisídia e Panfília, até
Atalaia e, de navio, retornaram à
Antioquia, onde deram um testemunho
de seus esforços missionários e
especialmente como o Evangelho havia
alcançado os gentios. Isto marcou o fim
da primeira viagem missionária.
12. O CONSELHO EM
JERUSALÉM (CAP. 15.1-35)
• Conflito sobre a circuncisão
(15.1-6)
Desde o início da Igreja, havia
discípulos judeus que ensinavam que a
fé em Cristo não era suficiente para
salvação. Insistiam que a circuncisão e a
guarda da lei também eram essenciais.
Esta “festa da circuncisão” era
controlada dentro e ao redor de
Jerusalém. Quando alguns destes
viajaram a Antioquia para forçar este
ensinamento, os crentes decidiram
enviar Paulo e Barnabé e outros para
Jerusalém para esclarecer o caso de uma
vez por todas.
• Paulo defende a salvação pela
graça e por meio da fé (15.7-11)
Quando apóstolos e presbíteros se
encontraram em concílio, Pedro tomou a
frente, lembrando-os de como Deus
havia salvo o gentio Cornélio e sua
família pela fé. Perguntou a eles porque
agora tentavam colocar um fardo
insuportável sobre os gentios. Deus
estava salvando judeus e gentios pela
mesma maneira – pela fé.
• Paulo e Barnabé testificam
(15.12)
Barnabé e Paulo também
compartilham suas experiências de levar
o Evangelho aos gentios.
• A recomendação de Tiago
(15.13-21)
Tiago, meio-irmão de Jesus, agora
declara que o propósito de Deus, para
aquela época, é chamar dos gentios um
povo seu. Isto estava de acordo com as
palavras de Amós 9.11-12, que
declarava que depois deste tempo
presente, Deus iria restaurar o
remanescente de Israel quando Cristo
vier reinar e que depois da restauração
de Israel, Ele salvaria todos os gentios
que são chamados pelo Seu Nome.
Então Tiago simplesmente recomendou
que os crentes gentios fossem advertidos
a se absterem das comidas oferecidas
aos ídolos, da fornicação, das carnes de
animais sufocados e do sangue.
• A decisão do conselho de
Jerusalém (15.22-35)
A recomendação foi aceita e os
líderes em Jerusalém enviaram uma
delegação à Antioquia, com Paulo e
Barnabé, para assegurar aos crentes
gentios que a circuncisão não era
necessária, mas que deveriam se abster
das quatro coisas mencionadas por
Tiago (v.22-29). Quando as notícias da
decisão do concílio chegaram até
Antioquia, houve grande alegria e
grande comunhão de espírito (v.30-35).
13. A SEGUNDA VIAGEM
MISSIONÁRIA DE PAULO – ÁSIA
MENOR E GRÉCIA (CAP. 15.36-
18.22)
• A disputa sobre João Marcos
(15.36-41)
Agora era o tempo de Paulo e
Barnabé iniciarem a segunda viagem
missionária. O propósito era
acompanhar os santos onde estiveram
pregando recentemente. Entretanto, uma
disputa acirrada se levantou sobre se
deveriam ou não levar João Marcos.
Como resultado, Barnabé levou Marcos
e Paulo levou Silas. Barnabé desaparece
da narrativa neste ponto. Paulo e Silas
viajaram através da Síria e Cilícia,
confirmando as igrejas.
• O Evangelho penetra a Europa
(16.1-15)
Timóteo se juntou a Paulo e Silas
quando vieram a Derbe e Listra.
Guiados pelo Espírito, viajaram pela
Ásia Menor até Trôade, pregando o
Evangelho e fortalecendo os crentes (1-
8). Em Trôade, Paulo teve uma visão de
um homem na Macedônia (norte da
Grécia), implorando para que o apóstolo
fosse lá. Então ele velejou através do
Mar Egeu e chegou a Filipos. Ali uma
mulher chamada Lídia se tornou a
primeira convertida na Europa e ali foi
estabelecida a primeira igreja européia
(9-15).
• Paulo e Silas na prisão (16.16-
24)
Certo dia uma jovem possuída de
espírito adivinhador seguiu Paulo e seus
companheiros e clamava após eles.
Quando Paulo expulsou o demônio em
Nome de Jesus, seus senhores ficaram
furiosos. Arrastaram os missionários até
a corte, bateram neles e os prenderam
com segurança máxima.
• Um carcereiro convertido
(16.25-34)
À meia-noite, enquanto Paulo e
Silas cantavam, a prisão foi atingida por
um terremoto. Temeroso por causa de
seu trabalho e por sua vida, o carcereiro
estava prestes a cometer suicídio.
Respondendo sua pergunta, Paulo e
Silas explicaram o caminho da salvação
a ele e depois à sua família. Todos
creram e foram batizados e
providenciaram uma refeição para os
missionários.
• Paulo e Silas oficialmente
liberados (16.35-40)
Pela manhã os magistrados
perceberam que estavam agindo
injustamente, então com apologias
pediram que Paulo e Silas deixassem a
cidade. Antes disso, eles ainda
visitaram Lídia e os irmãos e então
partiram.
• Igreja fundada em Tessalônica
(17.1-9)
Após deixarem Filipos, Paulo e
Silas foram ao sudoeste, para Anfípolis
e Apolônia e depois para o oeste, a
Tessalônica. Ali Paulo pregou por três
sábados na sinagoga, resultando em
muitas vidas sendo salvas e uma igreja
estabelecida. Judeus incrédulos
iniciaram uma revolta contra o
hospedeiro de Paulo, Jasom e outros
crentes. Estes crentes foram presos e
depois soltos mediante fiança.
• Estudos bíblicos em Beréia
(17.10-15)
Os cristãos decidiram que seria
sensato que os pregadores partissem,
então os enviaram à noite para Beréia.
Lá Paulo e Silas foram diretamente para
a sinagoga. Conferindo o Evangelho com
o Antigo Testamento, muitos judeus
creram. Mas quando os perturbadores
em Tessalônica ouviram sobre isso,
vieram e os problemas começaram ali
também. Paulo partiu para Atenas, mas
Silas e Timóteo permaneceram ali.
• Paulo prega em Atenas (17.16-
21)
O apóstolo estava comovido pela
idolatria que encontrou em Atenas. Ele
pregou na sinagoga e na praça para
todos que queriam ouvir. Dois grupos de
filósofos o consideraram um tagarela e
pregador de deuses estranhos, então
decidiram que ele deveria ter uma
audiência no Areópago, um tipo de
suprema corte.
• Paulo discursa no Areópago
(17.22-31)
Em seu discurso, Paulo disse que
eram muito religiosos, a ponto de adorar
um Deus desconhecido. Então ele
começou a falar sobre o verdadeiro
Deus: o Criador, o Senhor supremo que
não habita em templos de homens ou
precisa do serviço do homem, que é a
Fonte de toda bênção. O apóstolo então
explicou que Deus é responsável pela
criação e unidade da raça humana, os
anos pelos quais contamos o tempo e os
limites da habitação do homem. Deus fez
tudo isso para que a humanidade
pudesse buscá-lO. Tendo em vista que o
homem é criação, não deveriam pensar
em Deus como se fosse uma imagem
esculpida (que é produto de homem),
mas como um Deus Vivo e pessoal. Por
muitos séculos Deus não considerou a
ignorância dos gentios, mas agora ele
chama todos para o arrependimento,
antes que julgue o mundo através de
Jesus Cristo, a Quem levantou dos
mortos.
• A reação ao discurso de Paulo
(17.32-34)
Ao mencionar a ressurreição o
público polarizou-se: alguns zombaram;
outros adiaram qualquer decisão; alguns
creram, incluindo cidadãos
proeminentes. Paulo nunca retornou para
Atenas, o centro da filosofia e do
desenvolvimento intelectual.
• Pregando em uma sinagoga em
Corinto (18.1-6)
A próxima parada era Corinto,
onde Paulo conheceu Áquila e Priscila,
com quem estabeleceu uma parceria que
continuaria por toda sua vida. Aqui
Silas e Timóteo vieram da Beréia para
se reagrupar ao apóstolo. Quando os
judeus na sinagoga se opuseram ao
Evangelho, Paulo os declarou culpados
de sangue e, a partir dali, dedicou sua
atenção aos gentios.
• Uma igreja em casa, em
Corinto (18.7-11)
O ministério de Paulo continuou
com grandes bênçãos na casa de Tício
Justo e depois de ser encorajado pelo
Senhor em uma visão, ele continuou em
Corinto por um ano e meio.
• Paulo perante Gálio (18.12-17)
Então alguns judeus incrédulos,
acusando Paulo de estar ensinando
contrariamente à Lei, o arrastaram até
Gálio, o pró-cônsul da Acaia. Gálio,
porém, não se importou com o caso
afirmando que era questão de lei judaica
– sobre a qual ele não tinha jurisdição,
nem interesse. Desta vez foi o principal
da sinagoga, não Paulo, que foi
espancado.
• O retorno de Paulo à Antioquia
(18.18-22)
Mais uma vez era chegado o
momento da viagem de volta a
Antioquia. A primeira parada foi em
Éfeso, onde Paulo teve uma recepção
favorável na sinagoga e onde Áquila e
Priscila permaneceram. Depois,
continuou em direção a Cesaréia,
Jerusalém e finalmente a Antioquia.
14. A TERCEIRA VIAGEM
MISSIONÁRIA DE PAULO – ÁSIA
MENOR E GRÉCIA (CAP. 18.23-
21.25)
• Paulo fortalece os cristãos na
Galácia e Frígia (18.23)
Após passar um tempo em
Antioquia, Paulo partiu para a Galácia e
Frígia.
Atos 18.23 começa com o registro
da terceira viagem missionária. Esta
viagem levou Paulo e seus
companheiros ao oeste, através da Ásia
Menor até Trôade, pelo Mar Egeu ao
norte da Grécia, pelo mar ao sul da
Grécia, por terra de volta ao norte da
Grécia, através da costa oeste da Ásia
Menor, pelo mar a Cesaréia e, então, por
terra até Jerusalém.
• O ministério de Apolo (18.24-
28)
A cena muda agora para Éfeso,
onde encontramos Apolo, um pregador
eloqüente, mas cujo conhecimento da fé
cristã era incompleto. Após Priscila e
Áquila terem lhe dado instrução, ele
partiu para Corinto, onde foi usado
poderosamente. É louvável que este
grande pregador estava disposto a ser
ensinado por um casal que fazia tendas.
• Doze discípulos de João Batista
em Éfeso (19.1-7)
Por esse tempo Paulo havia
chegado a Éfeso e havia se encontrou
com doze discípulos, anteriormente
batizados por João Batista, mas que não
haviam recebido o Espírito Santo.
Quando Paulo lhes falou da necessidade
da fé em Cristo, eles creram, foram
batizados com batismo cristão, tiveram a
imposição de mãos do apóstolo sobre
eles e receberam o Espírito Santo.
• Pregando o Evangelho em uma
escola (19.8-12)
Depois de pregar por três meses
em uma sinagoga e encontrar os judeus
com os corações cada vez mais
endurecidos e até hostis, o apóstolo se
retirou até a escola de Tirano, onde
continuou seu ministério por dois anos,
pregando a Palavra e curando os
doentes. Como resultado, toda a
província da Ásia ouviu o Evangelho.
• Reveses para as forças do mal
(19.13-20)
Quando alguns judeus exorcistas
tentaram expulsar um espírito
demoníaco no Nome de Jesus, o
demônio os desprezou dizendo que eram
desconhecidos no inferno e o
endemoninhado os atacou violentamente,
afugentando-os. Este incidente espalhou-
se, então muitos creram e queimaram
seus livros de magia.
• As últimas viagens de Paulo
(19.21-22)
Após ter enviado Timóteo e Erasto
à Macedônia, Paulo ficou em Éfeso,
esperando ir para a Grécia,
eventualmente a Jerusalém e, finalmente,
a Roma.
• Um tumulto sobre religião
(19.23-41)
Foram tantas pessoas que aceitaram
a Cristo em Éfeso que os negócios de
venda de ídolos caíram drasticamente.
Um ourives, chamado Demétrio, juntou
alguns de seus colegas ourives e
artífices e os advertiu que Paulo estava
acabando com o negócio deles e
trazendo descrédito à sua deusa Diana.
Uma turba arremeteu contra os
companheiros de Paulo, que quis
intervir, sendo dissuadido pelos
discípulos e líderes locais. A confusão
se instalou. Um judeu chamado
Alexandre tentou falar, mas foi impedido
de fazê-lo. Finalmente o escrivão da
cidade foi capaz de restaurar a ordem
enaltecendo Éfeso como a guardiã da
grande Diana, insistindo que a adoração
à Diana era invulnerável e advertindo
contra represálias do governo romano
por suscitar uma cena de rebelião. Ele
lhes disse que quaisquer reclamações
legítimas poderiam ser resolvidas em
uma assembléia regular. A turba
acalmou-se e dissolveu-se
pacificamente.
• Paulo prega na Macedônia,
Grécia e Trôade (20.1-12)
Paulo viaja agora de Éfeso a
Macedônia (através de Trôade, ver 2Co
2.12-13) por três meses, em seguida
para o sul da Grécia, de volta à
Macedônia e depois de volta a Trôade.
No Dia do Senhor, quando Paulo estava
pregando em Trôade e os crentes locais
se ajuntaram para o partir do pão, um
jovem sentado à beira de uma janela
caiu três andares abaixo e morreu.
O apóstolo desceu e o restaurou à
vida e então continuou com a reunião até
o amanhecer.
• Paulo exorta os presbíteros
efésios (20.13-35)
O itinerário do apóstolo o levou à
costa oeste da Ásia Menor a Mileto. Ali,
convocou um encontro com os
presbíteros da igreja em Éfeso.
Em uma mensagem magistral, ele
recapitulou sua própria vida e serviço
entre eles, falou de sua próxima viagem
a Jerusalém, percebendo que não os
veria mais, cobrou a proteção do
rebanho dos perigos externos e internos,
encomendou-os à graça de Deus e
lembrou de como havia lhes servido sem
remuneração, trabalhando para suprir
suas próprias necessidades e as
necessidades daqueles que viajaram
com ele.
• Paulo dá adeus aos presbíteros
(20.36-38)
Na conclusão da mensagem, Paulo
se ajoelhou e orou com os presbíteros.
Então houve uma despedida cheia de
lágrimas, especialmente porque Paulo
disse que não o veriam mais.
• Advertências no caminho a
Jerusalém (21.1-14)
O navio que levava Paulo velejou
ao sudoeste da Ásia Menor e depois foi
para o sudeste, passando ao sul de
Chipre, aportando em Tiro. Durante a
estadia de sete dias ali, alguns dos
crentes o advertiram para não ir a
Jerusalém.
A viagem continuou a Ptolemaida e
Cesaréia onde um profeta chamado
Ágabo, amarrando suas mãos e pés,
predisse que Paulo seria preso em
Jerusalém e entregue aos gentios. O
apóstolo deixou de lado todas as
considerações de segurança pessoal e
continuou por terra até Jerusalém. Este
era o término de sua terceira viagem
missionária.
• Paulo e a Igreja em Jerusalém
(21.15-25)
Os irmãos judeus estavam
jubilosos ao ouvirem como Deus se
revelava entre os gentios, mas estavam
temerosos dos problemas de alguns
crentes judeus que supostamente
ouviram Paulo pregar contra Moisés e a
Lei. Então propuseram que o apóstolo se
juntasse a quatro outros e fizessem um
voto que iria desmentir tais acusações.
15. O APRISIONAMENTO DE
PAULO E JULGAMENTOS (CAP.
21.26-26.32)
• Soldados resgatam Paulo da
multidão (21.26-40)
Antes do voto se completar, alguns
judeus da Ásia viram Paulo no pátio do
Templo e começaram um tumulto contra
ele, acusando-o de falar contra os
judeus, a lei e o Templo e também de
trazer gentios para a área do Templo,
fora do pátio dos gentios. Enquanto eles
tentavam espancá-lo até à morte, os
soldados chegaram, resgataram-no e
começaram a levá-lo à fortaleza. No
caminho, Paulo pediu permissão para
falar com a multidão. Quando o
comandante percebeu que ele não era um
terrorista egípcio, deu-lhe permissão. O
apóstolo começou a falar em aramaico
(NVI) e a multidão se acalmou.
• A história pré-cristã de Paulo
(22.1-5)
Paulo começou seu discurso com
seu nascimento como judeu, em Tarso da
Cilícia, sua educação aos pés do famoso
mestre judeu, Gamaliel e sua instrução
no Judaísmo. Ele, então, enfatizou seu
zelo como um judeu. Havia perseguido a
fé cristã, enchendo as prisões com
aqueles que criam em Jesus. O sumo
sacerdote e o Sinédrio poderiam
testemunhar integralmente de seus
métodos. Eram eles que o autorizavam a
ir a Damasco e trazer os cristãos de
volta a Jerusalém para serem castigados.
• A conversão de Paulo (22.6-21)
Então ele relatou os detalhes de sua
conversão: a grande luz do céu; a voz do
Jesus glorificado falando com ele, sua
entrega a Cristo, Ananias ajudando-o em
Damasco, seu batismo, sua visita a
Jerusalém, seu êxtase no qual o Senhor
lhe disse para deixar Jerusalém porque
estava sendo enviado aos gentios.
• Cidadania romana ajuda o caso
de Paulo (22.22-30)
Sua menção de ir aos gentios com o
Evangelho suscitou uma inveja insana e
ódio. A multidão então se alvoroçou
furiosamente, gritando pela vida de
Paulo. O comandante interpretou que o
apóstolo tivesse sido culpado de algum
crime severo, então ordenou que fosse
trazido na fortaleza e açoitado, para
poder extrair uma confissão. Quando
estava sendo amarrado, ele calmamente
perguntou se era legal açoitar um
cidadão romano sem estar condenado.
Então o centurião romano relatou ao
comandante que o prisioneiro era um
cidadão romano. Isto rapidamente fez
com que o comandante viesse até Paulo
para averiguar que não haveria
açoitamento, embora o apóstolo tenha
ficado preso a noite toda. No próximo
dia o comandante levou Paulo perante os
principais sacerdotes e o Sinédrio para
ver quais eram as acusações contra ele.
• Paulo perante o Sinédrio (23.1-
5)
Perante o Sinédrio, Paulo afirmou
de que havia sempre andado diante de
Deus com a consciência limpa. Neste
momento, o sumo sacerdote mandou
bater-lhe na boca. O apóstolo respondeu
com uma réplica mordaz e logo se
justificou, citando Êxodo 22.28.
• Paulo apela aos fariseus (23.6-
10)
Ouvindo a dissensão entre os
saduceus e fariseus na sala do tribunal,
Paulo declarou-se um fariseu que estava
em julgamento porque acreditava na
ressurreição dos mortos (a qual os
saduceus liberais, naturalmente,
negavam). Isto aumentou a discórdia
entre fariseus e saduceus e criou uma
desordem tal no recinto que o
comandante ordenou que os soldados
levassem o prisioneiro de volta à
fortaleza.
• A graça de Deus a Paulo
(23.11)
Na noite seguinte o Senhor aparece
a Paulo assegurando-lhe que do mesmo
modo como havia sido Sua testemunha
em Jerusalém, o seria também em Roma.
• Paulo escapa de uma cilada
para matá-lo (23.12-32)
No dia seguinte, mais de quarenta
judeus juraram que não comeriam ou
beberiam até que matassem o apóstolo.
O plano deles era convocar uma
audiência no Sinédrio para ouvir o caso
de Paulo e ali mesmo o matar. Quando a
trama foi revelada às autoridades,
decidiram levar rapidamente seu
prisioneiro à Cesaréia sob forte
proteção. O comandante enviou uma
carta a Félix, o governador romano em
Cesaréia, explicando-lhe a história de
Paulo.
• Paulo entregue a Félix (23.33-
35)
Na chegada, entregaram Paulo a
Félix, junto com a carta. Quando o
interrogatório preliminar satisfez Félix,
quanto à cidadania romana de Paulo,
prometeu ouvir o caso tão breve
chegassem os acusadores de Jerusalém.
Entrementes, Paulo foi detido no
pretório de Herodes.
• As acusações contra Paulo
(24.1-9)
Cinco dias depois o sumo
sacerdote e alguns do Sinédrio chegaram
de Jerusalém e Paulo foi intimado a
julgamento perante Félix. Tértulo, o
promotor, apresentou quatro acusações
contra o apóstolo: ele era uma peste,
promoveu revoltas entre os judeus, era o
principal agitador da seita do Nazareno
e ainda tentou profanar o Templo.
• A defesa de Paulo perante Félix
(24.10-21)
Em sua defesa Paulo respondeu as
acusações de forma metódica. Longe de
ser uma peste, ele havia vindo a
Jerusalém para adorar e havia estado ali
por somente 12 dias. Em nenhum
momento havia alvoroçado os judeus a
se rebelar. Ele não negou ser um líder da
“seita dos nazarenos”, mas disse que,
em sua capacidade, servia ao Deus dos
judeus crendo nas Escrituras do Antigo
Testamento, especialmente na esperança
da ressurreição. Ele não havia
profanado o Templo, mas estava no ato
de trazer oferendas quando alguns
judeus da Província da Ásia o acusaram
falsamente de levar gentios em uma área
proibida do Templo.
• Félix suspende o processo
(24.22-23)
Félix concluiu que Paulo era
inocente, no entanto queria apaziguar os
judeus. Decidiu, então, continuar o caso
depois que o comandante pudesse vir à
Cesaréia. Enquanto isso, deveriam
manter Paulo com segurança mínima.
• Félix procrastina sobre Cristo
(24.24-27)
Algum tempo depois Félix e sua
esposa tiveram uma entrevista particular
com o apóstolo. Paulo testemunhou fiel e
corajosamente a ele concernente à fé
cristã. Félix adiou em tomar uma
decisão, mas nos próximos dois anos,
ele chamou Paulo freqüentemente, na
expectativa de que Paulo o subornasse.
Quando Festo sucedeu Félix, este havia
ordenado que Paulo ficasse preso, para
agradar os judeus.
• Paulo perante Festo (25.1-8)
Quando Festo visitou Jerusalém, os
judeus pediram que Paulo fosse trazido
ali para julgamento, mas Festo disse-
lhes para virem a Cesaréia se tivessem
acusações contra ele. No dia após seu
retorno, a corte se reuniu. Os judeus
trouxeram muitas acusações contra
Paulo, mas falhavam em evidenciá-las.
Percebendo o enfraquecimento do caso,
o apóstolo contentou-se com uma
simples negação de qualquer crime
contra a Lei, o Templo ou César.
• Paulo apela ao imperador
(25.9-12)
Quando o governador perguntou se
Paulo iria à Jerusalém para julgamento,
o apóstolo recusou, insistindo que a
corte em Cesaréia era o local
apropriado para um julgamento. Então
Paulo acrescentou, “Apelo para César”.
Isto resolveu a questão. Festo não teve
outra opção a não ser enviá-lo a Roma.
• Festo fala do caso de Paulo a
Agripa (25.13-21)
Algum tempo depois, Rei Herodes
Agripa II e sua irmã Berenice vieram a
Cesaréia para parabenizar Festo pela
sua nova função. O governador
aproveitou a ocasião para contar a
Agripa sobre o caso envolvendo Paulo –
as exigências sanguinárias dos judeus, o
julgamento metódico em Cesaréia, a
inocência de Paulo sobre qualquer crime
contra Roma, sua história da
ressurreição de Jesus, sua recusa em ir a
Jerusalém e seu apelo a César.
• Preparação para ouvir Paulo
(25.22-27)
No dia seguinte, quando Herodes e
Berenice organizaram uma audiência
formal, Festo novamente deu um resumo
do caso. Ele explicou de que teria que
enviar Paulo a César sem um caso
válido contra ele.
• Paulo perante Agripa (26.1-23)
Agripa deu a Paulo a oportunidade
para falar em sua própria defesa. Após
uma introdução graciosa, o apóstolo
descreveu seu passado como um fariseu
exigente. Agora ele estava sendo julgado
por acreditar na ressurreição dos
mortos, uma necessidade absoluta se as
promessas de Deus aos patriarcas eram
para ser cumpridas. Paulo descreveu seu
antigo zelo em perseguir os cristãos e
então falou de sua conversão na estrada
de Damasco e de sua comissão de levar
o Evangelho aos gentios. Ele estava
pregando o Evangelho na área do
Templo quando os judeus tentaram matá-
lo. Mas Deus o protegeu e ele ainda
estava declarando que o Messias tinha
que sofrer, ressurgir dos mortos e que
anunciaria a luz aos judeus e gentios.
• Paulo apela a Agripa
pessoalmente (26.24-32)
Neste ponto Festo interrompeu para
dizer a Paulo que estava louco. O
apóstolo calmamente negou a acusação,
expressou confiança que Agripa
compreendeu o que ele estava dizendo e
perguntou diretamente se ele acreditava
nos profetas. O rei se retirou com
gracejo indeciso. Depois de Agripa,
Berenice e Festo terem se reunido
privativamente, decidiram que Paulo
não era culpado de qualquer crime
capital. Agripa acrescentou que o
apóstolo poderia ser solto se não tivesse
apelado a César.
16. A VIAGEM A ROMA E
NAUFRÁGIO (CAP. 27.1-28.16)
• Uma tempestade no mar (27.1-
20)
A jornada a Roma começou em
Cesaréia, com Paulo sendo guardado
por um centurião chamado Júlio. Uma
breve parada em Sidom permitiu que o
apóstolo visitasse os discípulos, então o
navio partiu ao redor da costa norte do
Chipre até Mirra e à costa sudoeste da
Ásia Menor. Em Mirra o centurião e
outros passageiros para Roma trocaram
de navio. Este navio velejou a oeste, ao
longo da costa até Cnido e daí ao sul,
até Creta, parando em Bons Portos.
Paulo advertiu a tripulação a não
continuarem por causa do tempo ruim do
inverno, mas o capitão e o mestre do
navio decidiram velejar para oeste, até
Fenice. Na viagem um tufão veio contra
o navio, arrastando-o ao sudoeste, em
direção a uma pequena ilha chamada
Cauda. A tripulação quase perdeu o
pequeno barco que estavam rebocando.
Amarraram cabos em volta do casco do
navio para permanecer inteiro, baixaram
todas as velas e cordames, começaram a
lançar toda carga ao mar e, após três
dias, lançaram ao mar a armação do
navio. Quando a tempestade aumentou,
toda esperança despareceu.
• Paulo tranquiliza seus
companheiros (27.21-26)
Então Paulo se levantou com uma
mensagem de esperança. Ele lhes
assegurou que apesar da perda do navio,
não haveria perda de vidas. Um anjo
havia lhe falado que ele chegaria seguro
em Roma e todos os outros na
embarcação seriam preservados
também.
• Avistando terra (27.27-32)
Após quatorze dias vagando sem
esperança, os marinheiros pressentiram
que estavam perto de terra, então
baixaram quatro âncoras. Alguns
começaram ir à costa por um bote, mas
Paulo os advertiu contra isso, então os
soldados cortaram os cabos do bote e
deixaram que se afastasse.
• Nutrição para sobreviver
(27.33-37)
O apóstolo insistia que a tripulação
e passageiros comessem, já que não
conseguiram fazê-lo por duas semanas.
Assegurando-lhes novamente de que
todos chegariam à terra firme de forma
segura, deu graças e comeu perante eles.
Isto encorajou todos a comerem também.
• Naufrágio (27.38-44)
Então esvaziaram o navio jogando
fora toda a carga que restava e
dirigiram-se para a praia. As pessoas
nadaram até à costa ou flutuaram nos
destroços da popa rachada.
• Um milagre de proteção em
Malta (28.1-6)
Sem saber, tinham parado na ilha
de Malta. Alguns dos habitantes locais
fizeram uma fogueira na praia para os
sobreviventes. Enquanto Paulo estava
ajudando, uma cobra mortífera picou em
sua mão. Primeiramente as pessoas
interpretaram que isto era uma indicação
de que Paulo era um assassino, mas
quando não demonstrou nenhum sinal de
envenenamento, decidiram que, ao
contrário, era um deus!
• Milagres de cura em Malta
(28.7-10)
Públio, o governador de Malta,
forneceu acomodações temporárias para
os sobreviventes até que pudessem ser
tomadas providências para eles no
inverno. Quando o pai de Públio ficou
doente com febre e disenteria, Paulo foi
até ele, orou, impôs-lhe as mãos e o
curou. As notícias correram e muitos
outros vieram receber a cura.
• Viajando a Roma (28.11-16)
No final do inverno, o centurião
partiu novamente com seus prisioneiros.
Viajaram a Sicília, a Régio, na costa
sudoeste da Itália e então norte a
Putéoli, na Baía de Nápoles. Dali,
viajaram por terra até Roma, onde foi
permitido que Paulo vivesse em uma
casa por sua conta com o soldado que o
guardava.
17. A PRISÃO DOMICILIAR DE
PAULO E TESTEMUNHO AOS
JUDEUS EM ROMA (CAP. 28.17-31)
• Paulo testemunha aos judeus
Romanos (28.17-22)
O apóstolo convidou os líderes
judeus locais a virem à sua casa para
que pudesse lhes explicar o seu caso.
Eles disseram que não sabiam nada
sobre ele, mas demonstraram um desejo
de ouvir mais.
• Diferentes respostas ao
Evangelho (28.23-29)
Em uma segunda reunião com
judeus proeminentes, Paulo pregou
sobre Jesus a partir de sua própria
Escritura. Enquanto alguns creram, ele
viu que o restante estava rejeitando o
Evangelho, então lhes disse que estavam
cumprindo a profecia de Isaías em
relação a um povo surdo e cego.
Portanto, estava levando o Evangelho
aos gentios e assegurou que eles
ouviriam.
• Um ministério desimpedido em
Roma (28.30-31)
Paulo passou dois anos em sua
própria casa alugada em Roma,
pregando o Reino e ensinando sobre o
Senhor Jesus. Geralmente acredita-se
que após dois anos, seu caso foi até
Nero e ele foi inocentado. Suas viagens
após isso podem ser somente inferidas
das suas últimas epístolas.
A CARTA DE PAULO
AOS ROMANOS

INTRODUÇÃO
ORIGEM DA IGREJA EM ROMA
A igreja em Roma pode ter sido
fundada por judeus convertidos que
retornaram para lá após terem estado em
Jerusalém para o Dia de Pentecostes
(ver Atos 2.10).
• Origem e data de Romanos
Paulo nunca tinha estado em Roma
quando ele escreveu esta carta, embora
esperasse visitá-la em breve. Na sua
terceira viagem missionária, ele passou
três meses na Grécia, dos quais a
maioria provavelmente em Corinto. De
lá, escreveu esta carta aos crentes
romanos, em algum momento entre 56 e
58 d.C.
• Resumo de Romanos
Em Romanos a doutrina do
Evangelho é anunciada como em nenhum
outro lugar na Bíblia. O apóstolo
abrange desde a condição pecaminosa e
perdida do homem à justificação pela fé,
santificação e eventual glorificação.
Uma seção profética demonstra a
maneira como Deus Se relaciona com
Seu povo e aponta para a restauração
final de Israel. Os capítulos finais
estabelecem instruções práticas para
aqueles que foram justificados.
• Esboço de Romanos
1. Introdução e definição do
Evangelho (1.1-17)
2. A necessidade universal pelo
Evangelho (1.18-3.20)
3. As bases e termos do Evangelho
(3.21-31)
4. A harmonia do Evangelho com
as Escrituras do Antigo Testamento
(Cap.4)
5. Os benefícios práticos do
Evangelho (5.1-11)
6. O triunfo da Obra de Cristo
sobre o pecado de Adão (5.12-21)
7. O caminho do Evangelho a uma
vida santa (Cap.6)
8. O lugar da lei na vida do cristão
(Cap.7)
9. O Espírito Santo como poder
para uma vida santa (Cap.8)
10.O passado, presente e futuro de
Israel à luz do Evangelho Cap.9-
11)
11. O comportamento dos cristãos
(12.1-15.13)
12. Explicações finais,
admoestações e saudações (15.14-
16.27)
1. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO
DO EVANGELHO (CAP. 1.1-17)
Após se identificar e se dirigir aos
santos com palavras de louvor, o
apóstolo vai direto ao ponto – o
Evangelho. São boas notícias de Deus,
prometidas no Antigo Testamento,
concernentes ao Filho de Deus, o Senhor
Jesus. É o poder de Deus para salvação,
disponível para todas as pessoas e
recebido somente pela fé.
2. A NECESSIDADE UNIVERSAL
PELO EVANGELHO
(CAP. 1.18 – 3.20)
• A necessidade dos gentios
perdidos (1.18-32)
O Evangelho é o remédio de Deus
para pessoas que estão perdidas e
corrompidas. Todas as classes da
humanidade estão perdidas.
Primeiramente, os pagãos que nunca
ouviram o Evangelho estão perdidos.
Sabem que há um Deus pelas maravilhas
da criação. No entanto, rejeitam
totalmente o conhecimento de Deus e
começam a adorar ídolos. Ao
mergulharem mais fundo na idolatria, se
tornam cada vez mais depravados,
entregando-se à homossexualidade e
outros comportamentos repulsivos. Eles
não somente praticam estes
comportamentos por si mesmos, mas
encorajam outros a acompanhá-los.
• A necessidade dos moralistas
perdidos (2.1-16)
Moralistas farisaicos, judeus ou
gentios, também estão perdidos. A
habilidade deles em julgar os outros,
mostra que sabem a diferença entre o
certo e o errado. Contudo, praticam
aquilo que condenam nos outros.
Deveriam saber alguns fatos sobre o
julgamento de Deus. Este julgamento é
de acordo com a verdade. Ele é
incontornável, embora, às vezes,
demore. Está de acordo com o acúmulo
de culpa. Será visto como totalmente
justo. Será de acordo com as obras e
com o privilégio ou do entendimento
recebido. Não fará distinção de pessoas
e levará em conta também os seus
segredos e não somente seus pecados
conhecidos.
• A necessidade dos judeus
perdidos (2.17-29)
Os judeus, para quem a lei foi
dada, também estão perdidos. Eles
pensam que privilégios especiais e
conhecimento superior lhes dão favor
com Deus. Mera posse da lei não é
suficiente: a lei exige obediência. A
circuncisão só tem valor se for
acompanhada de santidade prática. Deus
não está interessado em rituais externos,
mas ao invés disso, está interessado na
atitude interna. Desta forma, um gentio
incircunciso obediente pode agradar a
Deus mais do que um judeu circunciso
desobediente. O verdadeiro judeu é
aquele que não é somente circunciso,
mas santificado em seu interior.
• O julgamento de Deus é justo
(3.1-8)
As acusações feitas contra os
judeus, no capítulo 2, podem lançar uma
dúvida sobre a superioridade desse
povo e no benefício da circuncisão. Na
verdade, eles tiveram o privilégio
maravilhoso de receber as Escrituras do
Antigo Testamento, mas responderam
basicamente com incredulidade. A
infidelidade deles não irá anular as
promessas de Deus. Ele irá julgar
justamente. Mesmo que Deus triunfe
sobre os pecados do homem, isso não
justifica o homem, permitindo que peque
mais. Mesmo que a injustiça do homem
faça a justiça de Deus brilhar com mais
esplendor, isso não justifica ou encoraja
o pecado do homem.
• Todos pecaram (3.9-18)
Portanto, a conclusão é que todas
as pessoas são pecadoras – os pagãos,
os moralistas autossuficientes, os judeus
– todos têm falhado em alcançar o
padrão de Deus. O pecado afetou todos
os que nasceram de pais humanos (10-
12) e tem afetado todas as partes da
pessoa individualmente.
• A incapacidade de a lei
justificar (3.19-20)
Deus provou Israel sob a Lei e,
baseado nesta prova da raça humana,
pronunciou que todos são culpados. A
Lei não pode justificar, mas só pode
produzir o conhecimento do pecado.
3. AS BASES E TERMOS DO
EVANGELHO (CAP. 3.21-31)
• Justificação pela graça por
meio da fé (3.21-25)
Deus agora revelou Seu método
para justificar pecadores incrédulos, um
método que foi predito no Antigo
Testamento e é totalmente separado da
observância da Lei. Ele imputa justiça a
todo pecador – judeu ou gentio – que
confessa e que coloca sua fé no Senhor
Jesus. A justificação é um dom gratuito,
baseado na obra redentora no Calvário.
Esta obra mostrou que Deus foi justo
afinal, em salvar os crentes do Antigo
Testamento; a morte e ressurreição de
Cristo proporcionaram um fundamento
completamente adequado e justo para
fazê-lo assim.
• A graça exclui a vanglória
(3.26-30)
O Evangelho mostra como Deus
pode justificar pecadores incrédulos
(baseando-se na redenção de Cristo) e
ainda ser justo agindo assim (o preço do
pecado foi pago por um Substituto
perfeito). Quando a justificação é pela
fé, toda a vanglória é excluída. Se fosse
pela Lei, não poderia ser assim. No
entanto, é pela fé e não pela observância
da Lei. Ademais, é tanto para os gentios
quanto para os judeus.
• O propósito da lei estabelecido
(3.31)
Isto não torna a Lei inútil. A Lei
exige a morte do transgressor. O
Evangelho fala de como as exigências
da Lei foram totalmente satisfeitas na
cruz. Cristo morreu no lugar do pecador
e, agora, Deus pode salvar o pecador
que crê porque o preço já foi pago.
4. HARMONIA DO EVANGELHO
COM AS ESCRITURAS DO
ANTIGO TESTAMENTO (CAP. 4)
• A justificação de Abraão e
Davi pela fé (4.1-8)
Para provar que o Evangelho está
totalmente de acordo com os
ensinamentos das Escrituras do Antigo
Testamento, Paulo cita as experiências
de Abraão e de Davi. As Escrituras
dizem, especificamente, que Abraão foi
justificado pela fé e isso significa que as
obras não estavam envolvidas, porque
graça e obras são princípios opostos. A
experiência de Davi foi a mesma, pois
falou do homem bem-aventurado a
quem, mesmo pecador, Deus atribui
justiça sem qualquer menção de obras.
• A natureza da fé de Abraão
(4.9-25)
O fato de Deus imputar justiça aos
gentios que crêem tanto quanto aos
judeus que crêem é visto pelo fato que
Abraão foi justificado antes de ser
circuncidado, isto é, antes de ele ser
“judeu”. Abraão é agora o pai de todos
os que crêem, judeus ou gentios. Se a
justiça vem pela observação da lei,
então a fé seria excluída. Ao invés
disso, ela vem da graça por meio da fé e
assim os crentes podem estar seguros de
serem aceitos por Deus. A paternidade
de Abraão sobre todos os verdadeiros
crentes é confirmada em Gênesis 17.5,
onde é chamado de “o pai de muitas
nações”, porque ele creu na promessa
de Deus, que teria um filho embora fosse
humanamente impossível pelas idades
avançadas de sua esposa Sara e dele
mesmo. Por essa razão a justiça foi
imputada. Tudo isso foi escrito para
nosso bem como pelo bem de Abraão. A
justiça é imputada se crermos nAquele
que realizou a redenção por nós.
5. OS BENEFÍCIOS PRÁTICOS DO
EVANGELHO (CAP. 5.1-11)
• Paz com Deus e outras bênçãos
(5.1-5)
A justificação traz muitos
benefícios ao crente: paz com Deus,
acesso a uma indescritível posição de
favor, uma esperança jubilosa da glória
vindoura, a habilidade de se regozijar
nas tribulações. A tribulação produz, em
seqüência: perseverança, experiência e
uma esperança que não vai ser frustrada.
• Segurança eterna (5.6-10)
Outro benefício da justificação é
que somos eternamente seguros em
Cristo. O argumento é que, se Cristo
morreu por nós quando não tínhamos
força, éramos incrédulos, pecadores e
inimigos. Ele certamente não vai nos
abandonar agora que estamos
justificados, salvos e reconciliados!
• Alegria no Senhor (5.11a)
Um sexto benefício da justificação
é que podemos nos alegrar em Deus e
não somente em seus dons, mas no
próprio Doador.
• Reconciliação a Deus (5.11b)
Finalmente somos reconciliados
com Deus. Onde antes havia inimizade e
alienação, hoje existe harmonia entre
nós e Deus.
6. O TRIUNFO DA OBRA DE
CRISTO SOBRE O PECADO DE
ADÃO (CAP. 5.12-21)
O restante do capítulo 5 serve
como uma ponte entre o que já foi
expresso e os três capítulos que seguem.
Ele mostra que a obra de Cristo excede
em bênçãos muito mais do que o pecado
de Adão trouxe em condenação, miséria
e perda. Através do pecado de Adão
muitas pessoas morreram, mas através
da obra de Cristo, a graça abundou
muito mais para muitas pessoas. O
pecado de Adão trouxe julgamento, mas
a obra de Cristo trouxe justificação.
Através do pecado de Adão, a morte
reinou com tirania cruel, mas através da
obra de Cristo, os crentes reinam em
vida. A ofensa de Adão trouxe
condenação a todos que estão em Adão,
mas a obra de Cristo traz justificação
que resulta em vida a todos que estão
nEle. A desobediência de Adão resultou
em muitos pecadores, mas a obediência
a Cristo até a morte resulta em muitos
sendo justificados. Onde abundou o
pecado, superabundou a graça.
7. O CAMINHO DO EVANGELHO A
UMA VIDA SANTA (CAP. 6)
• Morto para o pecado, vivo para
Deus (6.1-10)
Surge a pergunta:
“Permaneceremos no pecado, para que a
graça seja mais abundante?” A resposta,
naturalmente, é um enfático “Não!” Não
podemos continuar no pecado, porque
morremos para ele. Quando Cristo
morreu, nós morremos e já que Ele
morreu para o pecado, nós também
morremos para o pecado. O batismo
ilustra a morte e sepultamento de nosso
velho homem com Cristo e nossa
ressurreição para andar em um novo
estilo de vida.
• Considerando-se morto (6.11-
14)
O que é verdadeiro sobre nós
posicionalmente deve se tornar
verdadeiro para nós de forma prática;
devemos responder às tentações
pecaminosas como um defunto
responderia e nos render daqui em
diante a Deus e à Sua vontade. A graça
nos liberta do poder do pecado.
• De escravos do pecado a servos
de Deus (6.15-23)
No entanto, o fato de estarmos
debaixo da graça e não debaixo da Lei
não dá licença para pecar. Outrora nos
entregávamos ao pecado como escravos,
praticando coisas das quais agora temos
vergonha. Doravante, temos que nos
entregar como escravos à justiça e à
santidade. Fomos libertos do pecado e
agora somos desejosos servos de Deus.
O salário do pecado foi substituído pelo
dom da vida de Deus.
Perceba o contraste: pecado x Deus
(como mestres), salário x dom, morte x
vida eterna.
8. O LUGAR DA LEI NA VIDA DO
CRISTÃO (CAP. 7)
• Liberdade da Lei (7.1-6)
A morte termina o domínio da Lei.
Por exemplo, a morte quebra a lei do
casamento. Enquanto o marido estiver
vivo, sua esposa está ligada a ele pela
lei. Mas, se ele morrer, ela está livre
para se casar com outro homem. Da
mesma forma, os crentes estão livres da
Lei através da morte de Cristo e, agora,
casados com Ele, são capacitados a
gerar frutos para Deus. Nos dias que não
éramos convertidos, gerávamos frutos
para a morte. Agora estamos mortos
para a Lei e nosso serviço é a liberdade
e não a escravidão.
• A importância da Lei (7.7-14)
Isto não significa que tem alguma
coisa de errado com a lei. Paulo prova
isto mostrando a importância que ela
teve em sua vida antes de sua conversão.
Até certo ponto, o pecado era
relativamente irreconhecível, mas
quando a lei veio até ele com um poder
convincente, sua natureza pecaminosa
despertou e ele morreu para todos os
seus pecados de auto-justificação. O
problema não era a lei. Mas o pecado
inato reviveu quando a lei disse: “Não
cobiçarás”. A natureza caída quer fazer
aquilo que é proibido.
• A incapacidade da Lei em
santificar (7.15-25)
Mesmo após a conversão, a Lei é
incapaz de produzir santidade. Neste
ponto, o apóstolo descreve o conflito
que acontece em um crente que não
conhece a verdade de sua identificação
com Cristo na morte e ressurreição. A
velha natureza está em conflito constante
com a nova. A vontade de fazer o que é
certo está lá, mas falta a atitude. Parece
ser uma derrota contínua, ao invés de
vitória constante. A natureza carnal é
incuravelmente má. É como um corpo
morto amarrado nas costas de uma
pessoa. Mas há libertação por meio de
Cristo Jesus – como?
9. O ESPÍRITO SANTO COMO
PODER PARA UMA VIDA SANTA
(CAP. 8)
• Andando no Espírito (8.1-4)
No capítulo 8, os pronomes
pessoais do capítulo 7 (eu, me, mim,
meu) dão lugar ao Espírito Santo. A
vitória não está em mim mesmo, mas no
do poder do Espírito Santo.
O Espírito fornece a vida
ressurreta do Senhor Jesus, tornando o
crente livre da lei do pecado e da morte.
A carne pecaminosa, como a lei da
gravidade, puxa uma pessoa para baixo.
A vida de Cristo em uma pessoa
capacita esta a se elevar. Aqueles que
andam no Espírito cumprem a justiça
que a Lei exigia, mas que não conseguia
produzir.
• A carne versus o Espírito (8.5-
14)
A carne controla o não convertido.
Ele está preocupado com as coisas da
carne, uma atitude que é contrária a
Deus, desobediente à Sua lei e que leva
à morte. O Espírito, por outro lado,
controla os crentes. Eles estão
preocupados com coisas eternas,
garantindo vida, paz e a ressurreição do
corpo que agora está sujeito à morte. Os
crentes não devem mais à carne, mas
devem mortificar os feitos do corpo
dizendo “não” a todas as tentações
pecaminosas. Todos os verdadeiros
filhos de Deus são guiados pelo
Espírito.
• O Espírito de adoção (8.15-18)
Os crentes não vivem escravizados
ao medo. Ao invés disso, o Espírito
Santo produz a consciência de que são
filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-
herdeiros com Cristo. Embora sofram
agora, serão glorificados juntos. Os
sofrimentos presentes não são nada,
quando comparados à glória futura!
• Do sofrimento à glória (8.19-
25)
Toda a Criação, que agora está
sofrendo por causa da entrada do
pecado, está ardendo em expectativa por
um dia melhor quando os crentes serão
manifestados como filhos de Deus e
quando a própria Criação será liberta de
sua miséria. Até mesmo os crentes
gemem, aguardando seu corpo
glorificado. Esta é a esperança que
acompanha a salvação.
• A intercessão do Espírito (8.26-
27)
O Espírito Santo ora ao Pai por nós
quando não sabemos como orar e Suas
orações estão sempre em harmonia com
a vontade de Deus.
• Todas as coisas cooperam para
o bem (8.28-39)
Toda a extensão do programa de
Deus coopera juntamente para o bem
daqueles que O amam – de Sua
presciência sobre nós na eternidade
passada à nossa futura glorificação.
Assim sendo, ninguém poderá ser contra
nós. E já que Ele nos deu o maior dos
presentes, não vai reter outros menores.
Ninguém poderá trazer acusação válida
contra nós ou nos condenar e nada no
Universo pode nos separar do amor de
Cristo.
10. O PASSADO, PRESENTE E
FUTURO DE ISRAEL À LUZ DO
EVANGELHO (CAP. 9-11)
• A rejeição de Cristo por Israel
(9.1-5)
O fato que o Evangelho é tanto para
os gentios quanto aos judeus pode criar
a impressão que Deus quebrou Suas
promessas com Seu antigo povo, Israel.
Os capítulos 9 a 11 ocupam-se do
passado, presente e futuro de Israel no
plano de Deus.
Paulo está angustiado
profundamente por seu povo israelita,
porque não creu apesar dos mais
maravilhosos privilégios.
• A rejeição de Israel e o
propósito de Deus (9.6-13)
A rejeição de Cristo por Israel não
significa que Deus falhou. Ele sempre
teve uma seleção soberana baseada na
promessa e não apenas de forma linear
descendente. Isso pode ser observado na
escolha de Isaque sobre Ismael e de
Jacó sobre Esaú.
• A rejeição de Israel e a justiça
de Deus (9.14-33)
A soberania de Deus pode ser vista
quando demonstra misericórdia para
alguns e quando endurece os corações
de outros, como o caso de Faraó, por
exemplo. O endurecimento do coração
de Faraó por Deus não foi arbitrário. O
tirano atraiu isso sobre si. Ninguém
pode questionar Deus sobre isso. Assim
como o oleiro tem o direito de fazer o
que ele quiser com o barro, assim
também Deus tem o direito de escolher
gentios e judeus. Afinal, Oséias não
predisse a chamada dos gentios e Isaías
não predisse a rejeição de todos, menos
do remanescente de Israel?
• O amor de Paulo pelo seu
próprio povo (10.1-4)
Longe de ser um traidor de seu
povo, Paulo amava os judeus ao ponto
de morrer por eles. Eles tinham zelo por
Deus, mas falharam em tentar obter a
justiça pela obediência à Lei em vez da
fé em Cristo.
• Fazer versus crer (10.5-10)
A linguagem da lei e da fé são
totalmente diferentes. A lei diz que você
deve fazer. A fé não diz para você fazer,
mas para crer. Ela não o manda para o
céu para trazer Cristo à terra; Ele já
veio na encarnação. Ela não lhe diz para
ir à sepultura para trazer Cristo de volta
à vida; Ele já reviveu na ressurreição. A
fé lhe diz para confessar Jesus como
Senhor (a encarnação de Deus Filho) e
crer em Deus Pai que O fez ressurgir (na
ressurreição). Quando você crer, é
considerado justo; então você confessa
sua salvação aos outros.
• Proclamando as Boas Novas de
Salvação (10.11-15)
Esta salvação é para “todo aquele
que nele crê” – gentios como judeus
(v.11-12). A mensagem, porém, deve ser
proclamada, então Deus envia seus
servos adiante. Eles pregam as boas
novas, os pecadores ouvem a oferta
gratuita de Deus, alguns crêem na
mensagem, então invocam ao Senhor e
são salvos.
• A resistência obstinada de
Israel foi predita (10.16-21)
Infelizmente, nem todo o Israel creu
na mensagem. Apesar de uma
proclamação mundial, muitos israelitas
foram indiferentes enquanto os gentios
creram e foram salvos. O Senhor
convidou Israel o dia todo com as mãos
estendidas, mas encontrou
desobediência e recusa inflexível.
• A rejeição de Israel não é total
(11.1-10)
Deus não rejeitou Seu antigo povo.
O próprio Paulo é um exemplo de um
judeu salvo. Aconteceu a mesma coisa
nos dias de Elias. A maioria da nação
tinha virado suas costas a Deus e
buscado ídolos, ainda assim havia um
remanescente fiel. Então, hoje, há um
remanescente escolhido que não é
baseado em suas obras, mas por
soberana graça. O incrédulo Israel está
cego, assim como foi predito no Antigo
Testamento.
• A queda de Israel não é final
(11.11-12)
Embora seja verdade que Israel
caiu, esta queda não é final ou para
sempre. Através de sua queda, a benção
fluiu para os gentios. Mas esta bênção é
nada comparada à bênção que a
restauração de Israel irá trazer ao mundo
durante o Milênio!
• O propósito da rejeição de
Israel (11.13-16)
O apóstolo gostaria que a bênção
de Deus para os gentios provocasse
inveja a alguns israelitas e resultasse em
sua salvação. Os gentios devem
compreender que, assim como a rejeição
de Israel significou reconciliação com o
mundo, o restabelecimento de Israel será
como uma regeneração mundial. E tão
certo como Abraão (as primícias e raiz)
foi separado por Deus, assim serão
aqueles que descendem dele na linhagem
escolhida (os ramos).
• A boa oliveira: o lugar de
privilégio (11.17-24)
Israel (alguns dos ramos) foi
cortado da linhagem do favor de Deus e
os gentios (uma oliveira brava) foram
enxertados. Mas os gentios não devem
se vangloriar, porque seria um processo
muito menos violento para Deus
remover os gentios e enxertar Israel de
volta.
• A promessa da restauração de
Israel (11.25-27)
Um endurecimento veio sobre o
segmento incrédulo de Israel até que o
último gentio tenha sido acrescentado à
Igreja. Então, na Segunda Vinda, todo o
remanescente fiel será salvo, como foi
profetizado por Isaías e Jeremias.
• Israel amado, mas alienado
(11.28-32)
O status presente de Israel é
alienação do favor de Deus enquanto o
Evangelho vai para os gentios. Mas eles
ainda são amados por causa dos
patriarcas e Deus irá eventualmente
cumprir Suas promessas. Assim como
gentios incrédulos eventualmente
encontraram misericórdia, quando Israel
for provocado à inveja através do favor
demonstrado aos gentios, ele também
encontrará misericórdia. Desta forma,
haverá misericórdia para todos.
• As maravilhas da sabedoria de
Deus (11.33-36)
A contemplação dos feitos
maravilhosos da graça de Deus inspira
louvor e adoração. Suas riquezas,
sabedoria e conhecimento são
insondáveis, suas decisões
imperscrutáveis e seus caminhos
impenetráveis. Não tem ninguém igual a
Ele, não precisa de conselheiro e não
pode estar em dívida com ninguém. Ele
é a fonte, o Agente e o propósito de toda
Criação.
11. O COMPORTAMENTO DOS
CRISTÃOS (CAP. 12.1-15.13)
• Responsabilidades para com
Deus, Igreja e sociedade (Cap.12)
O restante da Carta aos Romanos é
amplamente dedicado a instruções
práticas para aqueles que têm sido
justificados pela fé.
A única resposta racional pelas
misericórdias de Deus é ter um
comprometimento completo com Ele,
evitar conformidade com o mundo e ter
uma mente transformada (v.1-2). Não há
espaço para o complexo de
superioridade ou inferioridade, já que
todo membro do Corpo de Cristo tem
seu dom espiritual ou função (v.3-5). A
pessoa deve exercitar este dom com
toda a habilidade que Deus dá (v.6-8).
Mas o dom não é suficiente. Ele deve
ser associado com um caráter
semelhante a Cristo (v.9-21).
• Responsabilidades para com o
Governo (13.1-7)
Os crentes devem ser obedientes ao
governo humano já que os governantes
são instituídos por Deus para preservar
a ordem e punir os transgressores. As
autoridades são servas de Deus
oficialmente, mesmo se não O conhecem
pessoalmente. Resistir a eles é opor-se a
Deus e atrair castigo. Obediência às
autoridades inclui pagamento de
impostos e demonstração de respeito.
Devemos obedecer, pagar e orar.
Contudo, se a obediência ao governo
requer desobediência a Deus, então os
crentes devem recusar a se submeter ao
governo e sofrer as conseqüências sem
se rebelar (veja Atos 5.29).
• Responsabilidades com o
próximo (13.8-10)
O amor é outra obrigação distinta.
Aquele que ama seu próximo cumpre a
lei.
• Revestindo-se do Senhor Jesus
Cristo (13.11-14)
O tempo que nos resta é curto.
Nossa salvação final, isto é, nosso
estado glorificado, está mais perto do
que nunca. Devemos descartar as obras
impuras da escuridão e nos revestir do
Senhor Jesus Cristo e nada dispondo à
natureza caída e depravada.
• A lei da liberdade (14.1-13)
Do capítulo 14.1 a 15.13, o
apóstolo Paulo trata do comportamento
cristão em questões de imparcialidade
moral, isto é, coisas que não são certas
ou erradas em si. Algumas pessoas
podem ser “fracas” porque são
excessivamente cuidadosas em relação a
estas coisas. Outros são “fortes”, pois
têm liberdade de fazer estas coisas sem
uma má consciência. Aqui estão os
princípios diretivos:
O irmão fraco deve ser recebido,
mas sem a idéia de disputa com ele
(v.1). O irmão mais forte não deve
desprezar o fraco e o fraco não deve
julgar o forte. Não temos o direito de
julgar os servos do Senhor nestas
questões (v.2-4). Em relação às comidas
e à observância de dias religiosos, cada
um deve ter sua opinião bem definida
em sua própria mente. O importante é
que cada lado busque agradar ao Senhor
(v.5-9). Vamos dar contas de nós
mesmos e não dos outros, no Tribunal de
Cristo. Ao invés de julgar, devemos ter
cuidado de não fazer ninguém tropeçar
(v.10-13).
• A lei do amor (14.14-23)
Nenhuma comida causa impureza
cerimonial, mas se uma pessoa a
considera impura, então não deve comê-
la. Comidas não são importantes o
suficiente para que ofendamos outro
irmão ou destruamos seu bem-estar
espiritual ou para que permitamos tais
coisas secundárias desonrem nosso bom
nome. O que realmente conta é justiça,
paz e alegria. Estas ganham a aprovação
de Deus e dos homens (13-18).
Devemos manter a paz e harmonia na
comunhão cristã e buscar edificar os
outros. Não podemos fazer nada para
atrapalhar a obra de Deus na vida de
outra pessoa. É errado alguém agir
contra sua própria consciência. É
melhor nunca comer carne ou beber
vinho do que fazer alguém tropeçar,
ofendê-lo ou causar um estrago
espiritual. Se temos liberdade em ceder
a coisas que não são erradas em si
mesmas, devemos praticá-las de forma
privada. Se um irmão fraco come com
uma consciência culpada, ele peca (19-
23).
• Suportando a carga uns dos
outros (15.1-4)
Os primeiros 13 versículos do
capítulo 15 continuam a tratar sobre
questões de imparcialidade moral. O
forte deve tratar o fraco com bondade e
consideração e cada um deve seguir o
exemplo de Cristo, vivendo de modo
que agrade ao próximo e não a si
mesmo. Cristo viveu para agradar Seu
Pai e tomou os insultos contra o Pai
pessoalmente, como predito pelo
salmista.
• Glorificando a Deus juntos
(15.5-13)
A tensão sobre comidas e
observância de dias especiais
provavelmente aconteceu entre os judeus
convertidos e gentios convertidos, sendo
os judeus os “fracos”. Paulo ora para
que ambos os lados aprendam a viver
harmoniosamente unidos, de acordo com
os ensinos e exemplo do Senhor Jesus,
adorando a Deus e recebendo um ao
outro em Sua glória (5-7). O ministério
do Senhor Jesus é tanto para judeus
como para gentios, como visto em três
citações do Antigo Testamento. A
implicação é a de que nossos corações
devem ser suficientemente grandes para
abraçar ambos. Paulo encerra esta parte
com a oração que Deus dará, aos santos,
alegria e paz ao crerem (8-13).
12. EXPLICAÇÕES FINAIS,
ADMOESTAÇÕES E SAUDAÇÕES
(CAP. 15.14-16.27)
• O propósito de Paulo ao
escrever (15.14-16)
Paulo estava confiante que os
cristãos romanos atentariam às suas
orientações e o reconheceriam como
servo de Deus aos gentios.
• A trajetória de pregação de
Paulo: de Jerusalém até o Ilírico
(15.17-21)
Ele não se gloriou do que Deus fez
através dos outros, mas somente da
forma maravilhosa que o Senhor operou
através do seu ministério aos gentios.
Sua política era a de pregar em
território virgem ao invés de edificar
sobre o fundamento de outro, cumprindo
assim a profecia de Isaías concernente à
evangelização dos gentios.
• O plano de Paulo para visitar
Roma (15.22-29)
Até agora sua agenda carregada o
tinha impedido de visitar Roma, mas
após ele ter entregue os fundos doados
pelas igrejas gentias aos santos
necessitados em Jerusalém, ele planejou
fazer uma parada em Roma, em seu
caminho à Espanha. Os fundos,
conseqüentemente, eram um pagamento
material de uma dívida espiritual.
• Pedido de oração de Paulo
(15.30-33)
O apóstolo encerra esta seção com
um pedido de oração para ser protegido
dos judeus “zelotes”, que os santos
judeus aceitem os fundos graciosamente
e que sua visita a Roma seja jubilosa e
também restauradora.
• Ajudando uma irmã abnegada
(16.1-2)
Dentre outras coisas, esta carta
serviu para apresentar Febe aos santos
em Roma como uma serva fiel à igreja
em Cencréia.
• Saudando os santos em Roma
(16.3-16)
Os versos 3-16 contêm saudações e
cumprimentos a vários crentes que eram
conhecidos de Paulo, embora ele nunca
tenha estado em Roma. À luz dos
ataques injustos contra Paulo, de que ele
era “machista”, deve ser observado
como saudou com apreço, em Cristo, as
muitas mulheres: Maria, Júnias, Trifena,
Trifosa, Pérside, mãe de Rufo, Hermas,
Júlia, irmã de Nereu e, naturalmente,
Febe, que carregou o pergaminho
original de Romanos!
Alguns têm comparado este
capítulo a uma miniatura do Tribunal de
Cristo.
• Advertência contra pessoas
destrutivas (16.17-20)
Paulo não pode terminar esta carta
sem uma advertência contra os falsos
mestres que podem se infiltrar nas
igrejas.
• Saudações dos amigos de Paulo
(16.21-24)
Paulo também envia saudações de
amigos cristãos que estavam com ele,
incluindo Tércio, o assistente que
escreveu o manuscrito original desta
grande epístola doutrinária e prática.
• Doxologia (16.25-27)
Os companheiros de Paulo colocam
suas saudações e então a carta termina
com uma doxologia, exaltando a Deus
por revelar o mistério da Igreja por
meio dos profetas do Novo Testamento.
A PRIMEIRA CARTA
DE PAULO AOS
CORÍNTIOS

INTRODUÇÃO
ORIGEM DA IGREJA EM
CORINTO
Paulo visitou Corinto pela primeira
vez em sua segunda viagem missionária
(Atos 18). Primeiramente, ele ministrou
entre os judeus juntamente com Priscila
e Áquila, seus companheiros que faziam
tendas. Quando a maioria dos judeus
rejeitou sua mensagem, ele voltou-se aos
gentios. Muitos foram salvos através da
pregação do Evangelho e uma igreja foi
formada.
• Origem e data de 1 Coríntios
Mais ou menos três anos depois,
quando Paulo estava pregando em Éfeso,
ele recebeu uma carta de Corinto,
relatando os problemas daquela
congregação e fazendo várias perguntas
quanto à prática cristã. Foi em resposta
a esta carta que foi escrita a Primeira
Carta aos Coríntios, em torno de 54-55
d.C.
ESBOÇO DE 1 CORÍNTIOS
1. Saudação (1.1-3)
2. Ações de graças de Paulo (1.4-
9)
3. Divisões na igreja (1.10-4.21)
4. Disciplina na igreja (Cap. 5)
5. Processos entre cristãos (6.1-11)
6. Alguns princípios para julgar
entre certo e errado (6.12-20)
7. Instruções concernentes ao
casamento e celibato (Cap.7)
8. A questão sobre comer carne
oferecida aos ídolos (8.1-11.1)
9. Instruções concernentes ao uso
do véu às mulheres (11.2-16)
10. Instrução quanto à Ceia do
Senhor (11.17-34)
11. Os dons do Espírito e seu uso
na Igreja (Cap.12-14)
12. A resposta de Paulo para
aqueles que negavam a
ressurreição (Cap.15)
13. Instruções quanto à coleta aos
necessitados (16.1-4)
14. Os planos pessoais de Paulo
(16.5-9)
15. Exortações finais e saudações
(16.10-24)
1. SAUDAÇÃO (CAP. 1.1-3)
As saudações iniciais geralmente
incluíam uma referência ao seu
apostolado, aos membros da equipe que
estavam com ele ou a alguma
característica especial da igreja ou
indivíduo para quem ele escrevia. Então
ele acrescentava sua saudação típica,
“graça e paz”. A característica especial
dos crentes em Corinto era de
“santificados em Cristo Jesus,
chamados ...santos”. Quanto à sua
posição, eram santos, mas a prática não
era sempre santificada, como veremos.
Aqui está um lembrete de que nosso
estado deve, de modo crescente,
corresponder à nossa posição.
2. AÇÕES DE GRAÇAS DE PAULO
(CAP. 1.4-9)
O apóstolo era agradecido por eles
serem ricamente dotados com dons do
Espírito Santo, especialmente os dons
de línguas e conhecimento. Isto era uma
confirmação da obra de Deus em suas
vidas e Paulo estava confiante que o
Senhor os preservaria até o fim.
3. DIVISÕES NA IGREJA (CAP.
1.10-4.21)
• Sectarismo em Corinto (1.10-
17)
O primeiro problema a ser tratado
eram as divisões na igreja, com cada
grupo reivindicando seu próprio líder.
Isto era uma negação da unidade do
corpo de Cristo, um desprezo Àquele
que fora crucificado por eles e uma
rejeição ao significado do batismo.
Paulo havia batizado apenas alguns,
temendo que a lealdade do povo fosse
para com ele e não para com Cristo. Ele
não dependia da oratória ou retórica
para que a cruz de Cristo não perdesse
seu efeito. Será que os pregadores mais
famosos de hoje teriam este mesmo
cuidado e humildade?
• A Sabedoria e Poder de Deus
(1.18-25)
Aparentemente havia aqueles em
Corinto que desejavam tornar o
Evangelho mais aceitável aos filósofos e
eruditos, removendo ou abrandando a
ofensa da cruz. Paulo insistia que a
mensagem da cruz é o oposto de tudo
que as pessoas consideram ser a
verdadeira sabedoria. É loucura para
aqueles que estão perecendo, mas Deus
a utiliza para salvar aqueles que crêem.
É uma pedra de tropeço aos judeus que
pedem sinais e loucura para os gregos
amantes da sabedoria, mas poder e
sabedoria de Deus para aqueles a quem
Ele chama. Deus usa “loucura” e
“fraqueza” para fazer o que a sabedoria
e poder do homem nunca poderiam
fazer.
• Glória no Senhor (1.26-31)
Por que os coríntios devem
demonstrar tamanha reverência pelo
intelectualismo e filosofia? Eles não
tinham vindo da elite intelectual da
sociedade! Deus escolhe pessoas
simples, fracas, humildes, desprezadas
para cumprir Seus propósitos para que
Ele receba o crédito e para que o
orgulho humano seja excluído. Cristo é
nossa sabedoria, justiça, santidade e
redenção: se formos nos gloriar,
devemos nos gloriar nEle.
• Pregando a Cristo crucificado
(2.1-5)
O apóstolo menciona sua própria
introdução aos Coríntios como um
exemplo do que tinha acabado de dizer.
Ele não havia tentado impressioná-los
com eloqüência ou sabedoria superior,
mas havia pregado a simples mensagem
de Cristo crucificado. Ele não tinha
poder em si mesmo; era fraco, temeroso
e trêmulo. Eles sabiam que ele não era
responsável pelo que havia acontecido
em suas vidas. Qualquer crédito deveria
ser do Senhor.
• Revelação pelo Espírito de
Deus (2.6-10a)
Isto não significa que o Evangelho
é algo tolo, pois, aos maduros
espiritualmente é sabedoria divina que
Deus havia mantido em segredo desde
antes de o tempo começar. Isaías havia
predito que Deus, um dia, revelaria
maravilhosas verdades além da
imaginação humana e agora Deus as
tem revelado aos apóstolos pelo
Espírito.
• Revelação (2.10b-12)
Primeiramente, houve revelação.
De certa forma não compreendemos
totalmente. O Espírito do Senhor
revelou estas verdades profundas de
Deus a Paulo e a nenhum outro escritor
do Novo Testamento. Assim, já que
somente o Espírito conhece a mente de
Deus, somente Ele pode revelar as
verdades de Deus ao povo de Deus.
• Inspiração (2.13)
Então houve inspiração. Os
apóstolos escreveram as verdades que
lhes haviam sido reveladas nas mesmas
palavras que o Espírito Santo lhes deu
para usar. Eles não usaram palavras de
suas próprias escolhas ou ditadas pela
sabedoria humana.
• Iluminação (2.14-16)
Finalmente há iluminação. O
Evangelho não é somente divinamente
revelado ou inspirado, mas ele pode ser
compreendido somente pelo poder do
Espírito de Deus. O homem natural é
incapaz de receber verdades divinas:
elas são loucura para ele. O homem
espiritual, tendo a mente de Cristo, pode
discernir estas verdades maravilhosas,
mesmo que ele não consiga ser
compreendido pelo incrédulo.
• Sectarismo carnal (3.1-4)
Por causa da carnalidade dos
coríntios, Paulo não pôde lhes
comunicar profundas verdades. A prova
dessa carnalidade estava no fato de que
havia inveja e contendas entre eles. Ao
formarem partidos, estavam agindo em
um nível puramente humano.
• Plantando e regando (3.5-9)
Os cristãos coríntios deveriam
perceber que homens como Apolo e
Paulo eram apenas servos e não mestres.
Como servos, tudo que poderiam fazer
era plantar e regar, somente Deus
poderia conceder vida espiritual. Em um
dia vindouro as suas obras poderiam ser
avaliadas e recompensadas. Enquanto
isso, eram cooperadores, servindo os
coríntios de quem Paulo descreve como
lavoura e edifício de Deus.
• Três tipos de construtores
(3.10-17)
Paulo havia vindo a Corinto como
um sábio construtor, lançando um
fundamento verdadeiro – as verdades
concernentes à Pessoa e obra de Cristo.
Outros mestres seguiram-nO,
construindo sobre este fundamento. Todo
ensino é de valor duradouro, temporário
ou destrutivo e cada trabalhador será
recompensado de acordo com seu
trabalho. Um bom mestre constrói com
ouro, prata e pedras preciosas, isto é,
seu ensino é sólido e duradouro. Outro
mestre poderá construir com madeira,
palha e feno, que significa que seu
ministério é raso e de valor apenas
temporário. Um terceiro “construtor”
poderá destruir uma igreja por sua
doutrina maligna. O primeiro
trabalhador será recompensado. O
segundo sofrerá perda, embora que ele
mesmo se salvará. O terceiro será
abatido, por ser um crente apenas
nominal.
• Em Cristo tudo é nosso (3.18-
23)
A verdadeira sabedoria para um
servo de Cristo encontra-se em
compreender sua insignificância. A
verdadeira sabedoria para o povo de
Deus encontra-se em compreender que
todos os servos de Deus pertencem a
Ele; eles não devem escolher favoritos
ou formar partidos entre si.
• Despenseiros dos mistérios de
Deus (4.1-5)
Os líderes cristãos são servos de
Cristo e despenseiros das verdades de
Deus. Exige-se que sejam fiéis. Outros
não podem julgar isto. Um servo não
pode julgar nem sua própria fidelidade!
Somente Deus pode fazer isto e, por
isso, o julgamento deve ser deixado para
Ele.
• A origem das divisões (4.6-7)
O orgulho era a causa das divisões
que haviam ocorrido na igreja em
Corinto. Mas isto é tolice. Se um
obreiro cristão é mais dotado do que o
outro, é porque Deus o fez assim.
• Loucos pela Causa de Cristo
(4.8-13)
Os coríntios eram auto-suficientes,
orgulhosos, ricos, vivendo em luxo,
conforto e tranquilidade. Estavam
reinando como reis. Enquanto isso, os
apóstolos passavam fome, sede,
vestidos com trapos, brutalizados, sem
lar, perseguidos, difamados e tratados
como a escória da terra!
• O cuidado paternal de Paulo
(4.14-21)
Paulo explicou que não usava a
ironia para envergonhar os crentes.
Como pai na fé, ele os incitava a imitá-
lo. Ele estava enviando Timóteo para
lembrá-los de seu estilo de vida. Isto
não significava que o apóstolo não iria a
Corinto. Ele estava planejando ir, pois
saberia se aqueles que causaram as
divisões tinham apenas palavras ou se
também tinham poder espiritual. Sua
disposição dependeria dos próprios
coríntios.
4. DISCIPLINA NA IGREJA (CAP. 5)
• Imoralidade na Igreja (5.1-8)
Agora Paulo lida com outro
problema na igreja; um homem foi
culpado de incesto com a mulher de seu
pai (aparentemente sua madrasta). A
atitude da igreja foi de orgulho ao invés
de lamento. A atitude de Paulo foi de
entregar o homem a Satanás para a
destruição da carne, isto é, para corrigir
este traço pecaminoso em seu caráter. O
pecado na igreja age como fermento: ele
se espalha, contamina muitos e afeta
negativamente a todos. Portanto, deve
ser lançado fora. As vidas dos crentes
devem ser um festival contínuo de pão
sem fermento, isto é, devem ser
exemplos vivos de sinceridade e
verdade.
• A imoralidade deve ser julgada
(5.9-13)
No dia a dia, é impossível evitar
contato com pessoas imorais. Mas, na
Igreja, é errado tolerar aqueles que são
culpados de comportamento
pecaminoso. Podemos deixar que Deus
julgue incrédulos imorais, mas somos
responsáveis para disciplinar crentes
declarados quando foram
comprovadamente culpados de
imoralidade sexual, avareza, idolatria,
difamação, calúnia ou alcoolismo. É
proibida a comunhão social com crentes
declarados que estão vivendo no
pecado.
5. PROCESSOS ENTRE CRISTÃOS
(CAP. 6.1-11)
• Processos em cortes pagãs
(6.1-5)
Outro problema em Corinto eram
os processos entre os crentes, uma
prática que o apóstolo julgava ser
totalmente inconsistente com princípios
cristãos. Porque, já que os santos um dia
vão julgar o mundo e até os anjos, eles
deverão ser capazes de julgar as coisas
pertencentes a esta vida. Deve haver
pelo menos um homem na igreja local
que seja capaz de lidar com tais
questões!
• Melhor ser ofendido do que
pecar (6.6-11)
É melhor sofrer o dano e ser
enganado do que ir a juízo contra um
irmão. Ao invés disso, os crentes
estavam fazendo injustiça e causando
dano. Estavam agindo como pessoas
más e incrédulas que não herdarão o
reino de Deus. Eles tinham sido lavados,
separados e justificados e deveriam se
portar de acordo com isso.
6. ALGUNS PRINCÍPIOS PARA
JULGAR ENTRE CERTO E
ERRADO (CAP. 6.12-20)
Nesta parte, o apóstolo demonstra
algumas diretrizes na área do
comportamento pessoal. Algumas coisas
são legítimas, mas não são benéficas.
Outras coisas são legítimas, mas
opressoras. Outras, ainda, são legítimas,
mas somente de valor temporário.
Entretanto, usar o corpo para a impureza
sexual é sempre errado. O corpo é para
o Senhor e o Senhor para o corpo.
Assim como o corpo de Cristo foi
ressurreto, assim será o nosso também.
Nossos corpos são membros de Cristo.
Fornicação é um pecado contra o corpo
como nenhum outro pecado. O corpo é o
templo do Espírito Santo, comprado por
Cristo e pertencente a Deus.
7. INSTRUÇÕES CONCERNENTES
AO CASAMENTO E CELIBATO
(CAP. 7)
Os coríntios haviam escrito várias
questões sobre casamento e celibato. As
respostas do apóstolo são dadas aqui.
• Princípios do casamento (7.1-6)
Como princípio geral, é bom
permanecer solteiro. Entretanto, o
casamento é aconselhável por causa do
perigo da impureza moral. O casamento
deve ser com uma pessoa e cada
parceiro deve retribuir ao outro as
obrigações da vida casada, já que há
dependência mútua. A única razão de se
privar um do outro, no casamento, é para
dedicar-se à oração. Mesmo assim, esta
abstinência deve ser temporária e por
consentimento mútuo. É permitido, mas
não ordenado.
• Conselho para solteiros e
viúvas (7.7-9)
Paulo considerava o estado de
solteiro preferível, mas compreendia
que poderia ser somente vivido com a
capacitação divina. Porquanto
aconselhava os solteiros e viúvas a
permanecer solteiros, admitia que casar-
se é preferível à falta de auto-controle.
• Princípios para os crentes
casados (7.10-11)
Em casamentos onde os dois
cônjuges são crentes, o casamento não
pode ser rompido. Se ocorrer uma
separação, não deve haver um segundo
casamento, pois a reconciliação poderá
sempre ser algo possível.
• Princípios para casamentos
mistos (7.12-24)
Se um cristão é casado com um
descrente, o cristão não deve se separar,
já que o descrente é colocado em uma
posição de privilégio externo. Seu
relacionamento próximo ao crente
fornece uma exposição constante ao
Evangelho e às virtudes da vida cristã.
Se o descrente quer se afastar, isso
deverá ser-lhe permitido pacificamente,
mas a esperança de sua eventual
salvação deverá estar sempre presente.
A regra geral é que tornar-se cristão não
significa necessariamente destruir laços
existentes, sejam culturais, raciais ou
sociais.
• Conselho aos solteiros (7.25-
28)
Agora seguem alguns conselhos
para os solteiros, sejam homens ou
mulheres. Em geral, é bom ser solteiro,
em vista da aflição atual, isto é, os
sofrimentos desta vida terrena em geral.
É uma aflição sempre presente e não
somente nos dias de Paulo. Isto
certamente não significa que os casados
devem se divorciar, tampouco significa
que é um pecado se casar, mesmo com
todas as dificuldades envolvidas.
• Benefícios de permanecer
solteiro (7.29-38)
O estado de solteiro é preferível
por causa da brevidade do tempo e
porque ele permite uma pessoa servir ao
Senhor sem distração. Se um homem se
comporta impropriamente para com sua
virgindade (se ele não pode ter auto-
controle na área sexual), lhe é permitido
casar. Se ele puder se auto-controlar e
manter sua virgindade, é melhor ser
solteiro.
• Conselho para viúvas cristãs
(7.39-40)
Já que a morte separa o laço
matrimonial, uma viúva está livre para
se casar. No entanto, ela será mais feliz
se permanecer como viúva.
8. A QUESTÃO SOBRE COMER
CARNE OFERECIDA AOS ÍDOLOS
(CAP. 8.1-11.1)
• Conhecimento e amor (8.1-3)
Somente conhecimento não é um
guia suficiente nesta área; ele tende a
produzir orgulho. O amor é
extremamente necessário.
• Um Deus e um Senhor (8.4-6)
Primeiramente, existem alguns fatos
básicos concernentes aos ídolos. Os
ídolos não representam deuses reais.
Eles são chamados de deuses ou deuses
mitológicos que dizem estar no céu e na
terra. No entanto, existe somente um
verdadeiro Deus e somente um Senhor
Jesus Cristo.
• Sensibilidade à consciência de
alguém (8.7-13)
O grande perigo de comer comida
oferecida aos ídolos é que pode ofender
um irmão fraco. Sob tais circunstâncias
é um pequeno sacrifício se abster da
refeição. É uma coisa séria ser uma
pedra de tropeço a um irmão fraco. Isto
pode encorajá-lo a fazer algo que sua
consciência condena e ao fazê-lo, uma
pessoa por quem Cristo morreu, pode
arruinar seu testemunho. Fazê-lo
tropeçar é pecar contra Cristo. Seria
melhor nunca comer carne do que
ofender um irmão. Isto também é
verdade em relação a beber vinho. É
melhor renunciar direitos legítimos do
que impedir o progresso espiritual de
alguém.
• O padrão de Paulo de auto-
negação (9.1-14)
Paulo cita agora seu próprio
exemplo de auto-negação para o bem
dos outros. Como um apóstolo que havia
visto o Senhor, cujo ministério havia
sido abençoado, ele tinha direito a um
sustento financeiro. Ele lista seis
argumentos:
1) Os outros apóstolos eram
sustentados;
2) Nos negócios humanos um
soldado, um cultivador de vinhas e um
pastor de ovelhas recebem suas partes
do lucro;
3) A Lei de Moisés diz que o
trabalhador deve tirar sua parte da
colheita;
4) Outros estavam sendo
sustentados pelos coríntios;
5) Aqueles que serviam no Templo
eram sustentados;
6) O Senhor ordenou que aqueles
que pregassem o Evangelho deveriam
receber seu sustento do Evangelho.
• Tornando o Evangelho livre de
acusações (9.15-18)
Contudo, o apóstolo havia recusado
este direito legítimo de sustento. Ele não
poderia se gloriar em pregar o
Evangelho, já que havia um
constrangimento divino sobre ele.
Portanto, ele gloriava-se no fato de que
sustentava a si mesmo financeiramente
para tornar o Evangelho livre de
acusações aos outros.
• Servindo a todos (9.19-23)
Sempre que podia fazê-lo sem
comprometer sua lealdade a Cristo,
Paulo abandonava direitos legítimos
para o bem do Evangelho, seja para
judeus debaixo da Lei, seja para aqueles
que não estavam debaixo da Lei ou aos
fracos – em suma, a todos.
• Correndo para o prêmio (9.24-
27)
O apóstolo estava atenciosamente
acautelado do perigo de alguém perder
seu prêmio por causa da falta de auto-
disciplina. Como atletas correm para
ganhar o prêmio, assim somos nós.
Porquanto atletas praticam a auto-
disciplina para ganhar uma coroa
corruptível, devemos fazer o mesmo
para ganhar uma coroa incorruptível.
Paulo não corria sem um alvo ou lutava
contra a sombra, mas mantinha seu
corpo em sujeição a fim de que não
fosse desqualificado no final. Não era
uma questão de perder sua salvação,
mas de ser desqualificado quanto ao
serviço a realizar.
• Advertências do Antigo
Testamento (10.1-13)
A história de Israel apresenta
exemplos vívidos do perigo da idolatria
e auto-indulgência. Todos os israelitas
desfrutavam dos mesmos privilégios
maravilhosos ao atravessarem o Mar
Vermelho e na passagem pelo deserto,
mas Deus estava insatisfeito com a
maioria deles e eles pereceram no
deserto. Por quê? Porque cobiçaram
coisas pecaminosas, cometeram
idolatria e fornicação, tentaram e
desafiaram ao Senhor e murmuraram.
Estas coisas aconteceram como
exemplos (lit. “tipos”) para nós – uma
advertência contra os auto-confiantes e
um consolo aos que estão sendo
provados.
• A mesa do Senhor é única e
exclusiva (10.14-22)
Paulo está agora para dar
instruções específicas concernentes a
carnes oferecidas aos ídolos. Os crentes
estão proibidos de participar em festas
idólatras em templos de ídolos. Assim
como comer à Mesa do Senhor significa
comunhão com Ele e, assim como
israelitas que comiam os sacrifícios
tinham comunhão com o altar, assim
aqueles que comem nas festas dos ídolos
estão, na verdade, tendo comunhão com
os demônios que estão associados com
os ídolos. É moralmente impossível ter
comunhão com o Senhor e com os
demônios! Aqueles que o fazem
provocam o Senhor ao ciúme e O levam
a revelar Seu poder em julgamento.
• O teste triplicado (10.23-24)
Em relação a outras situações, o
cristão deve se perguntar: É lícito? É
proveitoso? Edifica – isto é, edificaria
os outros?
• A glória de Deus e o bem-estar
dos outros (10.25-11.1)
As carnes vendidas no mercado
podem ser comidas, mesmo que
previamente oferecida aos ídolos.
Carnes oferecidas aos ídolos podem ser
comidas em uma casa particular a menos
que a consciência de um irmão fraco
seja ofendida. Porque assim, esta ofensa
causaria condenação desnecessária a
alguém e seria a causa de falatórios
malignos. Tudo que fizermos deve ser
para a glória de Deus e para o bem-estar
dos outros.
9. INSTRUÇÕES CONCERNENTES
AO USO DO VÉU ÀS MULHERES
(CAP. 11.2-16)
• O significado dos véus (11.2-10)
Após uma palavra preliminar de
louvor, a apóstolo começa o assunto do
véu. Primeiramente, ele destaca que
existem três esferas de autoridade no
universo – Cristo sobre o homem, o
homem sobre a mulher e Deus sobre
Cristo. Um homem deve orar ou
profetizar com a cabeça descoberta, mas
uma mulher com a cabeça coberta, de
outra forma ela desonra sua cabeça. É
vergonhoso para uma mulher estar
descoberta. A sujeição da mulher ao
homem remonta à Criação, quando a
mulher foi feita do homem para o
homem. Isto prova que não é algo
limitado à cultura dos dias de Paulo. Ela
deve vestir um véu como símbolo de sua
sujeição – e por causa dos observadores
inocentes.
• A interdependência de homens
e mulheres (11.11-12)
Enquanto homens e mulheres são
mutuamente dependentes um ao outro, a
posição de cada um é determinada por
ordem divina.
• A analogia da natureza (11.13-
15)
A natureza ensina que as mulheres
devem estar cobertas. Assim como é
vergonhoso para um homem ter cabelo
comprido, é glória para uma mulher tê-
lo.
• A prática do ensino de Paulo
(11.16)
O costume dos apóstolos e das
igrejas era que as mulheres usassem véu.
10. INSTRUÇÕES QUANTO À CEIA
DO SENHOR (CAP. 11.17-34)
• Abusos na Ceia do Senhor
(11.17-22)
O assunto muda agora para os
abusos que haviam surgido em relação à
Ceia do Senhor. Antes de tudo, havia
divisões entre os santos quando estavam
juntos. Em segundo lugar, eles
confundiam a Ceia do Senhor com uma
refeição comum na qual alguns comiam
sem esperar pelos outros, alguns eram
deixados com fome e alguns até se
embriagavam.
• O significado da Ceia do
Senhor (11.23-26)
O verdadeiro propósito da Ceia é
lembrar-se do Senhor em Sua morte até
que venha, de acordo com Seu pedido.
O pão fala do corpo de Cristo entregue e
o cálice de Seu sangue derramado.
• Auto-exame antes de participar
(11.27-34)
Participar de forma indigna é ser
culpado de Seu corpo e sangue e atrair a
si mesmo o julgamento de Deus.
Portanto, os crentes devem julgar a si
mesmos e lançar fora todo o pecado
antes de comer e beber. Além disso,
também devem esperar uns pelos outros
e não fazer da Ceia do Senhor um tempo
para deleites e farras.
11. OS DONS DO ESPÍRITO E SEU
USO NA IGREJA (CAP. 12-14)
Os capítulos 12-14 tratam sobre
dons espirituais, especialmente
profecias e dom de línguas.
• O teste do Espírito Santo
(12.1-3)
Os crentes devem estar cientes que
há diferentes formas de manifestações
de espíritos. Há manifestações de
espíritos malignos e do Espírito Santo.
O verdadeiro teste do Espírito Santo é a
confissão sincera de que Jesus é Senhor.
• Diversidade na unidade (12.4-
6)
Há uma variedade de dons
espirituais, mas uma unidade triplicada.
Todos são dirigidos pelo mesmo
Espírito. Todos servem ao mesmo
Senhor. Todos se originam do mesmo
Deus.
• Manifestações diferentes do
mesmo Espírito (12.7-11)
O propósito comum dos dons
espirituais é beneficiar toda a Igreja
(v.7). Para citar alguns deles: palavra da
sabedoria, a palavra do conhecimento,
fé, curas, milagres, profecia,
discernimento de espíritos, línguas e
interpretação de línguas (outras
passagens mostram dons adicionais). O
Espírito distribui estes dons
soberanamente (v.8-11).
• A analogia do corpo humano
(12.12-20)
Paulo usa o corpo humano para
ilustrar a unidade e diversidade da obra
do Espírito. Assim como há muitos
membros no corpo, muitos (todos)
crentes foram batizados no corpo de
Cristo e todos tomam parte do mesmo
Espírito. Qualquer corpo exige muitos
membros. É ridículo um membro invejar
o outro porque todo membro tem uma
função distinta, designada por Deus.
Com somente um membro, não haveria
corpo; com muitos membros, há um
corpo funcional.
• Todos por um e um por todos
(12.21-26)
Nenhum membro é independente
dos outros; todos são necessários. De
fato, os membros mais fracos são
geralmente mais importantes e os
membros que parecem ser menos dignos
recebem maior honra. Deus formou o
corpo misturando os membros
decorosos e os que não o são para que
haja uma cooperação harmoniosa e um
cuidado mútuo. O que afeta um membro
afeta a todos.
• Dons diferentes para crentes
diferentes (12.27-31)
Os cristãos formam o corpo de
Cristo e, individualmente, são membros
desse corpo. Deus estabeleceu uma
variedade de dons na Igreja, mas Ele
não deu o mesmo dom a todos. Uma
igreja local deve desejar os dons que
são mais úteis às suas necessidades
particulares. As palavras “um caminho
sobremodo excelente” introduzem o
capítulo 13, o capítulo do Amor.
• A excelência do amor (13.1-3)
Mais importante do que estes dons
em si, é o exercício prático destes em
amor. O amor sempre pensa nos outros
ao invés de pensar em si. Portanto, o
amor exercita seus dons para o benefício
dos outros. Este é o caminho mais
excelente mencionado em 12.31b.
• As qualidades do amor (13.4-7)
Aqueles que praticam seus dons em
amor são caracterizados por qualidades
listadas aqui semelhantes às de Cristo,
como: paciência, bondade, humildade,
amabilidade e perseverança.
• A permanência do amor (13.8-
11)
Os dons de línguas, profecia e
conhecimento terão um fim, seja neste
tempo ou na eternidade, mas o amor é
para sempre. No versículo 11, Paulo
poderia estar sugerindo que o uso de um
dom para sua própria exibição ou para
atrair atenção é como uma criança se
divertindo com um brinquedo. Uma
pessoa espiritualmente madura coloca
de lado coisas infantis.
• A grandeza do amor (13.12-13)
Um dia, o parcial dará lugar ao
completo, a reflexão ofuscada será uma
visão plena. O amor, porém, será
sempre a maior das virtudes cristãs.
• Profecia é superior ao dom de
línguas (14.1-5)
O dom de profecia é melhor do que
o de línguas sem interpretação, porque
ele beneficia os ouvintes. As pessoas
compreendem a profecia porque é em
sua própria língua. Ninguém é edificado
pelas línguas, a menos que sejam
interpretadas.
• Uma mensagem clara beneficia
a Igreja (14.6-12)
Paulo insiste que os sons devem ser
claros, distintos e inteligíveis se têm o
propósito de transmitir uma mensagem.
Isto é verdadeiro sobre a linguagem
humana, notas musicais e sons de
pássaros e animais. As igrejas que estão
ávidas por possuir dons espirituais
devem desejar os dons que edificam.
• A importância de ser
compreendido (14.13-20)
As línguas edificam somente
quando são interpretadas. Seja orando,
cantando ou louvando em línguas, deve
fazê-lo para ser compreendido. De outra
forma, ninguém pode dizer “Amém” ou
ser edificado (v.13-17). É muito melhor
ser compreendido do que falar em uma
língua que ninguém compreende (v.18-
19). Não devemos usar as línguas ou
qualquer outro dom como uma criança
usa um brinquedo; devemos ter a
inocência ou simplicidade de uma
criança somente em relação à malícia
(v.20).
• Línguas e profecias como sinais
(14.21-22)
Assim como Deus usou uma língua
estrangeira (a língua assíria) como um
sinal para Israel nos dias de Isaías,
assim o dom de línguas serve como um
sinal para os incrédulos que rejeitaram a
Palavra de Deus e fecharam seus
corações à verdade. Por outro lado, a
profecia é um sinal para os crentes.
• Profetizar produz convicção
(14.23-25)
As línguas sem interpretação não
produzem convicção aos incrédulos,
mas a profecia produz porque eles
entendem o que é falado.
• Regras para o dom de línguas
(14.26-28)
O apóstolo coloca algumas regras
para o exercício do dom de línguas. A
mensagem deve ser edificante. Não pode
haver mais do que três pessoas falando
em uma reunião e estes devem falar cada
um por sua vez – e não ao mesmo tempo.
Um intérprete deve estar presente.
• Regras para o dom de profecia
(14.29-33)
Paulo também coloca regras para o
uso de profecia. Somente dois ou três
profetas podem falar em qualquer
reunião. Os ouvintes devem julgar as
mensagens. Um profeta deve deixar
outro profeta falar, quando este acabar
de receber uma revelação. Os profetas
devem falar um por vez, para ensinar e
consolar. Os profetas devem estar no
controle de suas próprias faculdades e
não como se estivessem hipnotizados ou
em transe.
• As mulheres devem estar em
silêncio na Igreja (14.34-36)
As mulheres devem permanecer em
silêncio nas reuniões da igreja; nem lhes
é permitido fazer perguntas. Caso se
oponham a isso, elas devem ser
questionadas se elas produziram a
Palavra de Deus ou se elas são as únicas
que a receberam.
• As instruções de Paulo são
mandamentos de Deus (14.37-38)
Paulo declara que todos os profetas
e homens espirituais devem reconhecer
que estas instruções são os mandamentos
de Deus.
• Os dons devem ser usados com
equilíbrio e ordem (14.39-40)
O apóstolo conclui esta parte
repetindo que a profecia deve ser
preferível como mais útil; as línguas não
devem ser proibidas; tudo deve ser feito
decentemente e com ordem.
12. A RESPOSTA DE PAULO PARA
AQUELES QUE NEGAVAM A
RESSURREIÇÃO (CAP. 15)
O capítulo 15 é a resposta de Paulo
para alguns na igreja em Corinto que
realmente negavam a ressurreição.
• A ressurreição e o Evangelho
(15.1-11)
A ressurreição de Cristo é vital
para o Evangelho. O Antigo Testamento
a predisse e muitas testemunhas do
Novo Testamento a confirmaram. O
apostolado de Paulo era baseado na
ressurreição e era também o testemunho
unânime dos apóstolos.
• Se não há ressurreição, não há
cristianismo (15.12-19)
Se não há tal coisa como a
ressurreição do corpo, então Cristo não
ressurgiu, a pregação dos apóstolos é
vazia de conteúdo, nossa fé é fútil, os
apóstolos eram enganadores, não há
salvação do pecado, aqueles que
morreram na fé pereceram e os crentes
vivos são as pessoas mais desprezíveis.
• A ressurreição de Cristo
garante a nossa (15.20-22)
De fato, Cristo ressuscitou e Sua
ressurreição garante a de todos que
morreram nEle.
• A ordem da ressurreição
(15.23-28)
Três grupos estão envolvidos na
ressurreição: 1) Cristo, as primícias; 2)
aqueles que são de Cristo em sua vinda;
3) todos os ímpios no fim, isto é, quando
todos os inimigos forem colocados
debaixo de Seus pés e a obra redentora
de Cristo estiver completa.
• A ressurreição faz o sofrimento
valer a pena (15.29-32)
Paulo pergunta por que os cristãos
seriam tão tolos de suportar o
sofrimento e martírio por Cristo se não
há ressurreição. Seria insensato o
batismo para encher as fileiras dos
mártires. O sofrimento do apóstolo
como cristão seria inútil. Seria mais
sábio viver em conforto e prazer.
• A ressurreição e a moralidade
(15.33-34)
O falso ensinamento sobre a
ressurreição afeta a moral de uma
pessoa e não deve ser tolerado. Se esta
vida fosse somente isto, a moralidade
não teria valor.
• A ressurreição do corpo
ilustrada (15.35-41)
Em relação à forma da
ressurreição, o corpo ressurreto terá
certos traços semelhantes com o corpo
natural, mas ele terá uma forma
glorificada. Isto é ilustrado pela
diferença entre a semente e a planta que
produz, carne humana e carne de outras
criaturas, corpos terrenos e corpos
celestiais e a diferenciação do
esplendor do sol, lua e as estrelas.
• A gloriosa ressurreição do
corpo (15.42-49)
O corpo do crente será
incorruptível, glorioso, poderoso – um
corpo espiritual como o corpo de Cristo.
Ele será adaptado a uma vida no céu, o
que não é verdadeiro para o nosso corpo
natural.
• Ressurreição e transformação
(15.50-57)
No retorno de Cristo os mortos
nEle serão ressurretos e os crentes vivos
serão transformados.
• A promessa da recompensa
(15.58)
Os crentes devem ficar firmes em
vista da recompensa garantida na vinda
do Senhor.
13. INSTRUÇÕES QUANTO À
COLETA AOS NECESSITADOS
(CAP. 16.1-4)
Concernente à coleta para os santos
necessitados em Jerusalém, o apóstolo
apontou que a doação deveria ser
sistemática, adequada e não uma tarefa
de última hora. Paulo iria enviar o
dinheiro por homens escolhidos pela
igreja e talvez ele mesmo iria também.
14. OS PLANOS PESSOAIS DE
PAULO (CAP. 16.5-9)
Escrevendo de Éfeso, Paulo
planejava seguir até à Macedônia e
então ao sul para Corinto, possivelmente
para passar o inverno ali. Enquanto isso,
ele tinha uma porta totalmente aberta em
Éfeso e ficaria lá até o Pentecostes.
15. EXORTAÇÕES FINAIS E
SAUDAÇÕES (CAP. 16.10-24)
• Conselho concernente a
Timóteo e Apolo (16.10-12)
Entrementes, se Timóteo viesse,
eles deveriam dar-lhe calorosas boas-
vindas (v.10-11). Paulo pediu para
Apolo visitar Corinto, mas este disse,
“agora não, mais tarde” (v.12).
• Exortações finais (16.13-18)
Após algumas exortações gerais, o
apóstolo solicitou aos santos a estarem
sujeitos à casa de Estéfanas e a todos os
outros que faziam parte do ministério
(v.13-16). Paulo se alegrou com a visita
de três irmãos que fizeram para ele o
que os coríntios não foram capazes de
fazer (v.17-18).
• Saudações e despedida (16.19-
24)
Após enviar saudações dos santos
em Éfeso e dele próprio, Paulo encerra
com uma maldição a todos os que não
esperam a vinda do Senhor Jesus e com
uma bênção de graça e amor a todos os
que a amam.
A SEGUNDA CARTA
DE PAULO AOS
CORÍNTIOS

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DE 2 CORÍNTIOS
Paulo havia ficado muito ansioso
para saber como os coríntios tinham
reagido à sua carta anterior,
especialmente a parte concernente à
disciplina de um membro que estava em
pecado. Então ele partiu de Éfeso para
Trôade onde esperava encontrar Tito,
mas, não o encontrando, seguiu até à
Macedônia. Foi ali que Tito veio com
notícias boas e más. Os santos haviam
disciplinado o transgressor e isto
resultou em sua recuperação espiritual,
o que era uma boa notícia. Mas os
cristãos acabaram não enviando o
dinheiro aos santos necessitados em
Jerusalém, como tinham pretendido e
isto era uma má notícia. Finalmente, Tito
relatou que falsos mestres estavam
ativos em Corinto, debilitando a obra de
Paulo e questionando sua autoridade
como servo de Cristo. Esta era uma
notícia angustiante também.
VISÃO GERAL E DATA DE 2
CORÍNTIOS
Portanto, estas são as
circunstâncias que exigiram esta carta,
escrita por volta de 57 d.C. Segunda
Coríntios tem três partes principais: 1)
Uma descrição do ministério de Paulo
(Cap.1–7); 2) Um apelo aos crentes para
enviarem sua contribuição prometida
aos santos necessitados em Jerusalém
(Cap.8–9); e 3) uma defesa do
apostolado de Paulo (Cap.10–13).
ESBOÇO DE 2 CORÍNTIOS
1. O livramento recente de Paulo
da morte (1.1-11)
2. A preocupação de Paulo em
relação ao problema de disciplina
em Corinto (1.12- 2.13)
3. A descrição do ministério de
Paulo em conexão à Nova Aliança
(2.14-6.10)
4. O apelo de Paulo para
restauração do amor dos coríntios
(6.11-7.16)
5. O apelo de Paulo aos santos para
enviarem suas contribuições
prometidas à Jerusalém (Cap.8-9)
6. A defesa de Paulo de sua
autoridade (10.1-12.18)
7. Exortações finais de Paulo e
bênção (12.19-13.14)
1. PAULO RECENTEMENTE
LIVRADO DA MORTE (CAP. 1.1-11)
• Saudação (1.1-2)
Paulo se apresenta como apóstolo
(um fato sendo questionado!), vincula
Timóteo a si mesmo e deseja graça e paz
aos santos em Corinto e em toda a
Acaia.
• Transmitindo o consolo de Deus
(1.3-7)
Ele era grato a Deus pelo consolo
que lhe veio em sua aflição e
sofrimento, compreendendo que, por
meio disso, ele seria capaz de consolar
outros em tribulação. Os sofrimentos de
Paulo por Cristo e as consolações que
resultavam disso eram destinadas a
encorajar outros em seus sofrimentos
por Cristo.
• O livramento de Paulo da
morte (1.8-11)
O apóstolo se lembra de um
momento particular de prova que passou
na Província da Ásia. A situação era tão
séria que ele se desesperou pela sua
vida. A única esperança que tinha era
em Deus que levanta os mortos. E o
Senhor realmente o livrou e agora
aqueles, em Corinto, que oraram por ele
poderiam dar graças pela oração
respondida.
2. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO
EM RELAÇÃO AO PROBLEMA DE
DISCIPLINA EM CORINTO (CAP.
1.12-2.13)
• A sinceridade de Paulo (1.12-
14)
Alguns de seus críticos haviam
acusado o apóstolo de insinceridade e
desonestidade por falhar em vir a
Corinto como planejado. O fato era que
ele sempre havia sido completamente
franco e honesto com eles. Esperava que
eles pudessem compreender que
poderiam se gloriar nele assim como ele
se gloriaria deles na vinda do Senhor.
• A dependência de Paulo (1.15-
20)
O plano original de Paulo era de ir
a Corinto primeiro e depois para o
norte, à Macedônia e, então, visitar
Corinto uma segunda vez antes de partir
a Judéia. Ao invés disso, ele viajou de
Éfeso a Trôade. Por não encontrar Tito
ali, foi diretamente à Macedônia,
omitindo Corinto do itinerário. Isto
significava que era inconstante? Ele
disse “sim”, mas isto significa “não”?
Ao contrário, ele não era incerto assim
como não era incerto o Filho de Deus de
quem pregava! Ele havia lhes
apresentado Aquele que representa o
cumprimento de todas as promessas de
Deus.
• Por que Paulo não foi a Corinto
(1.21-24)
Por que, então, ele não visitou
Corinto como havia planejado? Era para
poupá-los. Ele não era senhor sobre a fé
deles, mas somente um ajudador. Eles
eram responsáveis diante de Deus.
• Por que Paulo escreveu a
Corinto (2.1-4)
Para evitar uma visita dolorosa, na
qual se entristeceria pelas pessoas que
deveriam lhe dar alegria, o apóstolo
decidiu escrever uma carta, esperando
que isto iria alcançar o resultado
desejado.
• Perdoando o transgressor (2.5-
11)
A igreja de Corinto havia
disciplinado o irmão ofensor, talvez
excomungando-o. Como resultado, ele
tinha se arrependido verdadeiramente e
havia voltado ao Senhor. Agora eles
deveriam perdoá-lo e recebê-lo em
comunhão para que Satanás não pudesse
ter vantagem sobre ele, deixando-o sem
esperanças.
• Uma porta aberta para o
Evangelho (2.12-13)
Como mencionado anteriormente,
Paulo havia deixado Éfeso e ido até
Trôade onde uma porta maravilhosa
para o Evangelho havia sido aberta. Mas
ele estava tão ansioso para obter
notícias de Tito sobre Corinto que
cruzou o Mar Egeu até a Macedônia.
3. A DESCRIÇÃO DE PAULO DE
SEU MINISTÉRIO EM CONEXÃO À
NOVA ALIANÇA (CAP. 2.14-6.10)
• O Evangelho triunfante (2.14-
16)
Deixando um avivamento para
obter notícias de uma igreja pode ter
parecido uma derrota para a causa de
Cristo, mas Paulo descreveu que o
Senhor estava guiando-o triunfantemente
através do Mar Egeu à Macedônia. Onde
quer que o Senhor vá, há vitória através
de Seus servos. Para Deus, eles são o
aroma doce de Cristo,
independentemente de as pessoas
aceitarem ou rejeitarem a mensagem.
• A pureza do Evangelho de
Paulo (2.17)
Paulo encerra esta parte insistindo
que ele não adulterou a mensagem, como
muitos o fazem. Era uma mensagem da
sinceridade de Deus, falada em Nome
de Cristo.
• A carta viva de Paulo (3.1-3)
Falsos mestres haviam vindo a
Corinto, negando que Paulo era um
verdadeiro servo de Cristo. Quem sabe
sugeriram que ele deveria trazer uma
carta de recomendação quando viesse.
Sua resposta foi que os próprios
coríntios eram sua carta de
recomendação, já que os havia levado
ao Senhor. Eles eram suas credenciais –
uma carta genuína de Cristo, escrita com
o Espírito de Deus em placas de
corações humanos.
• A maior glória do Evangelho
(3.4-18)
O apóstolo não reivindicava
competência em si mesmo como um
ministro da Nova Aliança; antes, sua
competência provinha de Deus (v.4-6a).
Esta menção da Nova Aliança o levou a
contrastar a lei e o Evangelho,
provavelmente porque os falsos mestres
eram judaizantes, tentando colocar os
crentes sob a Lei de Moisés. A letra,
isto é, a lei, mata; o Espírito, isto é, o
Evangelho, dá vida. A Antiga Aliança é
um ministério de morte; a Nova é um
ministério do Espírito. A lei tinha glória,
mas o Evangelho tem uma glória
insuperável. A glória da lei era
transitória, a do Evangelho, no entanto, é
permanente. Moisés escondeu seu rosto,
mas o cristão tem um rosto desvelado. A
glória estava somente sobre a face de
Moisés, porém agora a glória é para
cada crente (v.6b-18).
• A luz gloriosa do Evangelho
(4.1-6)
Continuando a descrição de seu
ministério, Paulo explicou sua obrigação
de apresentar o Evangelho
integralmente. Ele estava determinado
de que não obscureceria a verdade; a
única obscuridade seria aquela colocada
por Satanás nas mentes das massas que
estão perecendo! A mensagem em si é
clara e simples, apresentando Jesus
Cristo como Senhor. Deus a tem
revelado a nós para que pudéssemos
repassá-la aos outros.
• Tesouro em vasos de barro
(4.7-18)
O apóstolo se maravilhava da
natureza frágil, mas com um destino
glorioso do vaso humano no qual a
mensagem do Evangelho foi confiada. O
corpo é como um vaso de barro, sujeito
a ataques contínuos, mas sem ser
derrotado. Através deste processo de
morrer diariamente, a vida de Jesus é
revelada aos outros. Sustentado pela
esperança viva da ressurreição, o crente
vê que todas as provações no serviço
cristão resultam em bênção aos outros e
gratidão a Deus. A condição presente e
futura do crente está em vívido
contraste: enquanto o homem exterior
está se corrompendo, o homem interior é
renovado a cada dia. Enquanto nossa
leve aflição é momentânea, o peso da
glória é eterna, enquanto as coisas que
se vêem são temporárias, as que se não
vêem são eternas.
• Segurança da ressurreição
(5.1-10)
Ainda pensando no destino
glorioso do crente, Paulo explica que
existem três possíveis condições nas
quais o cristão pode existir. A primeira
é “neste tabernáculo”, isto é, no corpo
(nossa condição presente, enquanto na
terra). A segunda é “despida” ou nua,
isto é, o estado desencorpado, quando o
espírito e alma vão se encontrar com
Cristo e o corpo for para a sepultura. A
terceira é “revestida”, isto é, quando
recebermos nosso corpo glorificado. O
primeiro estado é bom, o segundo é
melhor, mas o terceiro é o melhor de
todos. Não ansiamos por ser despidos,
mas em sermos revestidos com o corpo
redimido. Deus nos designou para este
destino e nos deu o Espírito Santo como
uma garantia. A confiança de sermos
glorificados com Cristo nos inspira para
sermos agradáveis a Ele. Queremos
ouvir do Senhor: “bom trabalho”,
quando estivermos diante de Seu trono
de julgamento.
• Um ministério impulsionado
pelo amor de Cristo (5.11-15)
Ao continuar o ministério da
reconciliação, o motivo de Paulo era o
temor do Senhor. Sua vida era
transparente diante de Deus e
esperançosamente também ao homem.
Ele não queria se ufanar, mas queria,
sim, dar fatos aos coríntios para
responderem aos seus críticos. Diziam
que Paulo era insano; ao que respondeu
que, tanto são como insano, era para a
glória de Deus e para o bem do homem.
Ele ficou tão compelido pelo amor de
Cristo que não podia mais viver para si;
se Jesus morreu por ele, então doravante
ele deveria morrer para Jesus.
• Tudo é novo (5.16-17)
De agora em diante, ele não
poderia julgar as pessoas pelos padrões
do mundo ou ver Cristo simplesmente
como um homem ou um Messias secular.
Em Cristo há uma nova criação e isto
significa que as coisas velhas se
passaram e tudo se fez novo.
• O ministério da reconciliação
(5.18-19)
Todas estas coisas novas são de
Deus. Ele nos reconciliou e nos enviou
com o ministério da reconciliação, a
saber, que Deus estava, em Cristo,
reconciliando o mundo consigo mesmo.
• A mensagem da reconciliação
(5.20-6.2)
Agora é exposta a mensagem da
reconciliação. De forma resumida, é isto
o que Paulo pregava aos pecadores. Ele
se apresentava como embaixador de
Cristo, insistindo para que o povo se
reconciliasse com Deus e dizendo-lhe
como Cristo se tornou pecado por ele
para que se tornasse a justiça de Deus
nEle (20-21). Aqueles que crêem no
Senhor Jesus são revestidos de uma
justiça absoluta perante Deus, uma
posição que os torna aptos para o céu.
Os primeiros dois versículos do
capítulo 6 continuam a mensagem que o
apóstolo pregava aos não-salvos. Os
incrédulos não deveriam recusar a graça
de Deus, mas deveriam responder
imediatamente porque agora é o dia de
salvação.
• As marcas do ministério (6.3-
10)
Agora o apóstolo muda da
mensagem que pregava para seu próprio
comportamento no ministério. Ele vivia
de forma a não trazer descrédito na obra
do Senhor. Era um ministério de
provações severas, de virtudes cristãs e
de emoções e experiências paradoxais.
4. O APELO DE PAULO PARA
RESTAURAÇÃO DO AMOR DOS
CORÍNTIOS (CAP. 6.11-7.16)
• O apelo de Paulo por corações
abertos (6.11-13)
Em tudo que foi dito, o apóstolo
havia falado livremente aos coríntios.
Seu coração estava amplamente aberto
para eles e ansiava que respondessem
com afeição para com ele.
• Separação do pecado (6.14-18)
Era importante que eles se
separassem dos incrédulos (talvez Paulo
estivesse pensando principalmente nos
falsos mestres que estavam debilitando
seu ministério). Não pode haver
comunhão entre pessoas ou coisas que
são moralmente opostas. Deus promete
intimidade e carinho especiais para
aqueles que se separam de todos os
relacionamentos malignos desta vida.
• Purificando a carne e o Espírito
(7.1)
Em vista destas maravilhosas
promessas (6.17-18), devemos nos
purificar de toda impureza física e
espiritual.
• A atitude positiva de Paulo com
os coríntios (7.2-4)
Paulo sentiu muito a perda do amor
dos coríntios. Ele não havia feito nada
de mal contra eles. Ele os amava, tinha
confiança neles e orgulho deles.
• O regozijo de Paulo (7.5-7)
No capítulo 2 versículo 13, ele
relata como havia deixado Trôade e
seguido até à Macedônia. Agora ele
resume a narrativa. Na Macedônia,
passou por tumultos emocionais até Tito
chegar com boas notícias de Corinto.
Então sua alegria superabundou.
• Arrependimento ao invés de
remorso (7.8-12)
Após ter escrito aos coríntios, o
apóstolo tinha tido alguns
pressentimentos, mas agora
compreendeu que, embora a carta
tivesse causado tristeza, ela havia
produzido arrependimento divino e não
apenas um remorso terreno. Eles haviam
tomado medidas disciplinares contra o
ofensor.
• A alegria e amor de Tito (7.13-
16)
Paulo ficou animado não somente
pela ação que os santos em Corinto
haviam tomado, mas pelo entusiasmo
que Tito havia mostrado em relação a
eles. O orgulho de Paulo por Tito havia
sido justificado, sua confiança neles não
foi em vão e o amor de Tito por eles
ficou maior pela recepção que lhe
deram.
5. O APELO DE PAULO AOS
SANTOS PARA ENVIAREM SUAS
CONTRIBUIÇÕES À JERUSALÉM
(CAP. 8-9)
• A generosidade dos macedônios
(8.1-5)
O apóstolo deve agora apelar aos
coríntios para enviarem suas
contribuições aos santos necessitados de
Jerusalém conforme prometeram. Eles
deveriam seguir o exemplo das igrejas
na Macedônia, que deram uma oferta
generosa, sacrificial e voluntariamente.
Os macedônios primeiramente
entregaram-se a Deus e depois a Paulo
como o agente para lidar com o
dinheiro.
• Cristo – o modelo de um viver
abnegado (8.6-9)
O apóstolo insistiu que Tito visse
que as contribuições foram levadas e
também insistiu que os santos
acrescentassem uma doação generosa às
suas outras virtudes (v.6-7). Ele não
estava impondo de forma legalista, mas
testando o amor deles e lhes mostrando
o exemplo de Jesus, que se empobreceu
para enriquecer a muitos (v.8-9).
• Equilibrando o dar e o receber
(8.10-15)
Há um ano os coríntios tinham
expressado sua disposição para dar;
agora deveriam fazê-lo com o que
possuíam e não com aquilo que
desejariam possuir! O ideal é que o
ofertar deve fluir para aqueles em
necessidade sem colocar nenhuma igreja
debaixo de dificuldades financeiras.
• A coleta para os santos judeus
(8.16-24)
Tito estava entusiasmado sobre sua
missão vindoura em Corinto. Paulo
também estava enviando dois irmãos
que não foram nomeados no texto e que
iriam auxiliar na coleta. As críticas
poderiam ser evitadas tendo mais de
uma pessoa cuidando da coleta. Depois
de recomendar estes três mensageiros, o
apóstolo solicitou aos santos para
recebê-los calorosamente e tornar a sua
missão exitosa ao lhes confiarem a sua
dádiva.
• Administrando a coleta (9.1-5)
Paulo havia demonstrado aos
macedônios o orgulho dos crentes de
coríntios demonstrado pela sua vontade
em ajudar. Agora eles deveriam
justificar este orgulho coletando uma
quantia generosa para enviar a
Jerusalém. De outra forma, ele ficaria
envergonhado se alguns dos macedônios
viessem a Corinto com ele e vissem que
nada foi feito. Então o apóstolo decidiu
enviar os três irmãos antecipadamente
para terminar os preparativos para a
coleta.
• Princípios cristãos de ofertar
(9.6-11)
Os próximos três parágrafos
estabelecem grandes princípios em
relação às ofertas dos cristãos. A
extensão de nossa colheita é
proporcional à extensão de nossa
semeadura. O ofertar deve ser alegre e
não relutante ou obrigado. Aqueles que
realmente querem ser doadores
generosos nunca terão falta de recursos
e vão colher recompensas eternas. Por
meio de sua oferta, os cristãos são
enriquecidos de todas as formas, o que
surte mais generosidade.
• Os resultados graciosos do dar
cristão (9.12-14)
Nosso ofertar não somente supre as
necessidades, mas expressa gratidão que
sobe até Deus. As pessoas O louvam
pela nossa obediência e generosidade,
além de também orarem por nós com
muita afeição.
• O maior dom de Deus (9.15)
Deus é o maior doador e seu Filho
é o maior dom. Como devemos
agradecê-lo!
6. A DEFESA DE PAULO SOBRE
SUA AUTORIDADE
(CAP. 10.1-12.18)
Os últimos quatro capítulos da
carta de Paulo tratam principalmente da
defesa de seu apostolado.
• A batalha espiritual do
Apóstolo (10.1-6)
Os críticos de Paulo o acusavam de
ser tímido quando estava presente, mas
ousado quando ausente e também de usar
táticas mundanas. Entretanto, ele seria
ousado com estes caluniadores quando
os encontrasse. Ele assegurou aos
coríntios que lutava com armas
espirituais, dissipando todo o raciocínio
humano e julgando tudo à luz dos
ensinamentos de Cristo. Agiria contra os
falsos mestres assim que se certificasse
da obediência dos crentes.
• A realidade da autoridade de
Paulo (10.7-11)
Quem sabe, alguns coríntios
reivindicavam ser seguidores exclusivos
de Cristo. Paulo não somente pertencia a
Cristo, mas tinha autoridade para
edificar os santos e não amedrontá-los.
Seus críticos projetavam-no como um
escritor poderoso, mas um orador
inexpressivo. Eles descobririam os
fatos quando o encontrassem!
• Os limites da autoridade de
Paulo (10.12-18)
Os caluniadores de Paulo o
acusavam de comparação desfavorável
com os outros. Ele respondeu que eles,
insensatamente, se comparavam entre si
e desta forma pareciam bons. Estava
determinado a se orgulhar somente na
esfera do serviço no qual Deus havia lhe
dado, uma esfera que incluiria os
coríntios. Sua regra de trabalho era
conquistar novo território e não se
intrometer na obra de outro. Seu
objetivo supremo era o louvor do
Senhor e não o seu.
• Um simples apóstolo versus os
“super apóstolos” (11.1-6)
O apóstolo oferece três razões
porque os santos deveriam suportá-lo,
embora parecesse se orgulhar de forma
tola. A primeira é sua preocupação
piedosa pelo estado espiritual deles. A
segunda é seu temor de que poderiam
ser enganados e afastados de sua
devoção a Cristo. A terceira, é que os
coríntios haviam demonstrado uma
disposição para ouvir falsos mestres e,
assim, porque não deveriam ouvir um
“tolo ostentador”? Ele não era inferior
aos “super apóstolos” em nada
(tradução literal). Embora não fosse um
orador treinado, certamente não lhe
faltava conhecimento.
• O desprendimento do apóstolo
(11.7-12)
Quando Paulo estava em Corinto,
não recebeu nenhuma assistência
financeira deles, mas era sustentado
pelas igrejas da Macedônia. Talvez
julgaram que ele havia pecado ao fazer
isso. No entanto, Paulo estava
determinado em ostentar sua
independência financeira, não porque
não os amava, mas para silenciar a
oposição.
• Ministros de Satanás (11.13-15)
Os “super apóstolos” eram falsos
apóstolos, obreiros enganadores,
disfarçando-se como apóstolos de
Cristo e de justiça.
• A relutante vanglória de Paulo
(11.16-21)
Paulo não era tolo em se
vangloriar, mas mesmo assim, ele teria o
direito de fazê-lo. Embora o Senhor não
tivesse Se vangloriado, os coríntios
permitiram que outros o fizessem, então
porque não o permitiam a Paulo?
Toleraram homens que abusaram deles,
mas o apóstolo era “fraco” demais para
fazer isto!
• Os sofrimentos de Paulo por
Cristo (11.22-33)
O apóstolo tinha muitas razões para
se gloriar – sua linhagem, seu serviço,
seus sofrimentos sem precedentes por
Cristo, sua preocupação constante pelas
igrejas e sua fuga humilhante de
Damasco.
• A visão de Paulo do paraíso
(12.1-6)
A última vanglória de Paulo foi
sobre suas visões e revelações do
Senhor. Falando na terceira pessoa,
relata que foi arrebatado ao paraíso e
ouviu coisas inexprimíveis. Ao falar
sobre a fraqueza, não se importou de
citar a si mesmo, mas ao descrever uma
experiência de tamanha grandeza, falaria
dela como tendo ocorrido a um homem
que ele “conhecia” (muito bem! [v.1-5]).
Então ele pára de se vangloriar, embora
poderia ser justificado. Não queria que
as pessoas tivessem uma admiração
excessiva por ele (v.6).
• O espinho na carne de Paulo
(12.7-10)
Para prevenir Paulo do orgulho,
Deus permitiu que Satanás o
atormentasse com algum problema
físico. O apóstolo havia orado três
vezes para que Deus removesse aquilo,
mas ao invés disso, Deus prometeu
graça para suportá-lo. Paulo então
aceitou e se gloriou nisso, sabendo que
o poder de Deus se aperfeiçoa na
fraqueza do homem.
• Os sinais de apostolado de
Paulo (12.11-13)
O apóstolo não tinha necessidade
de se vangloriar. Os próprios coríntios
deveriam recomendá-lo. Ele não era em
nada inferior aos “super apóstolos”,
pois havia demonstrado todos os sinais
miraculosos de um apóstolo. A única
diferença era que não os havia
explorado financeiramente!
• O espírito altruísta de Paulo
(12.14-18)
Em relação à sua visita pendente a
Corinto, ele voltaria, mas não para levar
e, sim, para dar, assim como ele e seus
mensageiros haviam feito no passado.
7. EXORTAÇÕES FINAIS DE
PAULO E BÊNÇÃO
(CAP. 12.19-13.14)
• O propósito da epístola de
Paulo (12.19-21)
Sua carta foi planejada para
prepará-los para uma visita alegre e não
uma visita triste.
• Vindo com autoridade
apostólica (13.1-6)
Quando chegasse até eles, haveria
uma investigação completa e ele lidaria
severamente com os ofensores. Se os
coríntios quisessem uma prova do
apostolado de Paulo, deveriam
examinar-se a si mesmos. Foi ele quem
os levou a Cristo. Embora Cristo fosse
crucificado em fraqueza, Ele havia
trabalhado poderosamente em suas
vidas. Da mesma forma, no ministério
do apóstolo havia uma combinação de
fraqueza e poder.
• A preferência de Paulo pela
bondade (13.7-10)
O desejo de Paulo era de que eles
se comportassem de tal forma para que
pudesse edificá-los e não repreendê-los.
• Saudações e bênção (13.11-14)
Em suas saudações finais, ele os
impeliu para que corrigissem seus
caminhos, atendessem seu apelo,
tivessem o mesmo parecer e vivessem
em paz. Então, numa bênção trinitariana
agora popular, ele lhes desejou a graça
do Senhor Jesus, o amor de Deus e a
comunhão do Espírito Santo.
A CARTA DE PAULO
AOS GÁLATAS

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DOS GÁLATAS
Durante as duas primeiras viagens
missionárias, Paulo fundou igrejas na
Galácia, um distrito na Ásia Menor
Central. Depois disso, alguns falsos
mestres de Jerusalém foram até estas
igrejas ensinando que a observância da
Lei deveria ser acrescentada à fé para a
salvação e santificação. A mensagem
deles era uma mistura de cristianismo e
judaísmo, de graça e Lei. Eles também
negaram que Paulo era um apóstolo
genuíno.
PROPÓSITO DOS GÁLATAS
Era com a intenção de refutar estes
erros que Paulo escreveu esta carta um
tanto acalorada. Nela, ele defende sua
mensagem e ministério e estabelece a
grande verdade do Evangelho como
sendo pela graça, através da fé em
Cristo somente e não pela observância
da Lei. Ele explica o propósito da Lei e
então aponta a insensatez de cristãos que
desejam estar debaixo dela. Eles
deveriam evitar os perigos do legalismo
e viver na verdadeira liberdade e
piedade cristã.
DATA DOS GÁLATAS
A carta deve ter sido escrita por
volta do ano de 49 d.C., antes do
Concílio de Jerusalém (Atos 15). Se isto
estiver correto, a carta aos Gálatas é até
mais antiga do que 1 Tessalonicenses.
Entretanto, alguns estudiosos preferem
uma data posterior (algo em torno de 52-
58 d.C.).
ESBOÇO DE GÁLATAS
1. O propósito de Paulo em
escrever (1.1-10)
2. A defesa de Paulo de seu
ministério (1.11-2.10)
3. A repreensão de Paulo a Pedro
(2.11-21)
4. A grande verdade do Evangelho
(3.1-18)
5. O propósito da Lei (3.19-29)
6. Filhos e filiação (4.1-16)
7. Escravidão e liberdade (4.17-
31)
8. O perigo do legalismo (5.1-15)
9. Poder para um viver piedoso
(5.16-26)
10. Exortações práticas (6.1-10)
11. Conclusão (6.11-18)
1. O PROPÓSITO DE PAULO AO
ESCREVER (CAP. 1.1-10)
• Saudação (1.1-5)
Paulo insiste, no início de sua
carta, que seu apostolado não vinha dos
homens ou mesmo de qualquer homem,
mas diretamente de Jesus Cristo e de
Deus o Pai. Nos primeiros versículos,
ele introduz a morte vicária e a
ressurreição corporal de Cristo, para
enfatizar o fundamento de nossa
salvação.
• Somente um Evangelho (1.6-
10)
O apóstolo Paulo fica admirado
que os gálatas haviam absorvido tão
rapidamente um evangelho pervertido e
relembra que a maldição de Deus
repousa sobre todo aquele que prega
qualquer “evangelho” diferente do
Evangelho da Graça de Deus.
2. PAULO DEFENDE SEU
MINISTÉRIO (CAP. 1.11-2.10)
• A conversão e o chamado de
Paulo (1.11-24)
Uma breve conversão e uma
história de pós-conversão mostra que o
Evangelho que Paulo pregava veio de
uma revelação direta do Senhor e não
através dos outros apóstolos (embora
fosse o mesmo Evangelho que eles
pregavam). Ele relata o seu zelo pelo
judaísmo, sua conversão a Jesus como o
Messias na estrada de Damasco, seu
tempo na Arábia e seu retorno a
Damasco. Somente após três anos é que
ele foi para Jerusalém e isso para uma
visita de apenas 15 dias, com Pedro. De
lá, foi para a Síria e Cilícia, sendo
pessoalmente desconhecido às igrejas na
Judéia.
• O triunfo da graça em
Jerusalém (2.1-10)
Quatorze anos depois, Paulo e
Barnabé levaram um crente gentio,
chamado Tito de Antioquia, para
Jerusalém para um teste. Judaizantes
haviam vindo para a Antioquia,
insistindo que a circuncisão, “como um
símbolo da observância da Lei”, era
necessária para a salvação. Os líderes
em Jerusalém concordaram com Paulo e
Barnabé que a circuncisão não era parte
do Evangelho em nenhuma hipótese. O
verdadeiro Evangelho era salvação pela
graça através da fé para judeus e gentios
da mesma forma e completamente
separado da observância da Lei.
3. A REPREENSÃO DE PAULO A
PEDRO (CAP. 2.11-21)
Mais tarde, quando Pedro veio a
Antioquia, ele comeu com os crentes
gentios em regozijo completo de sua
liberdade cristã. Mas quando alguns
homens vieram de Jerusalém, da parte
de Tiago, Pedro então parou de ter
comunhão com os crentes gentios,
temendo que as notícias de seu
comportamento chegariam até
Jerusalém. Até Barnabé juntou-se a
Pedro nessa hipocrisia. Paulo viu que
isto era um ataque à verdade do
Evangelho. Isto demonstrava que os
crentes gentios de alguma forma eram
imperfeitos em sua posição perante
Deus. Então Paulo repreendeu
publicamente a Pedro, acusando-o de
inconsistência ao professar que cria na
justificação pela fé somente, no entanto,
agindo como se as obras da Lei fossem
também necessárias. Pedro estava se
colocando de volta sob a Lei da qual ele
havia sido liberto pela morte de Cristo.
Paulo destacou que, se a justiça pudesse
vir da Lei, então a obra de Cristo não foi
suficiente. Aparentemente Pedro aceitou
a repreensão de bom grado porque
depois ele fala de Paulo como “nosso
amado irmão” (2 Pe 3.15).
4. A GRANDE VERDADE DO
EVANGELHO (CAP. 3.1-18)
• Justificação é pela fé (3.1-5)
Paulo agora apresenta três provas
de que a salvação ocorre pela fé e não
pela guarda da Lei. Primeiramente é a
experiência dos próprios gálatas. Eles
haviam recebido o Espírito no momento
de seu novo nascimento através da fé e
não pelas obras. Eles não poderiam ser
salvos pelas obras e eles certamente não
poderiam ser santificados por elas
também!
• O Antigo Testamento e a fé
(3.6-14)
A segunda prova é o testemunho
das Escrituras do Antigo Testamento.
Abraão foi justificado pela fé e não pela
Lei (Gn 15.6). Ao invés de salvar os
homens, a Lei amaldiçoa a todos quantos
não a obedecem completa e
continuamente (Dt 27.26). Habacuque
2.4 ensina distintamente que a Lei exige
“fazer” e não “crer”. Aplicando
Deuteronômio 21.23 a Cristo, Paulo
mostra que, por se tornar amaldiçoado
por nós, o Senhor nos redimiu da
maldição da Lei.
• A promessa inalterável (3.15-
18)
A terceira prova está baseada na
inviolabilidade de acordos meramente
humanos. O argumento é este: em
Gênesis 22.18, Deus fez uma promessa
incondicional de abençoar todas as
nações através de Cristo. A Lei que veio
quatrocentos e trinta anos depois, não
pode alterar este pacto mais do que uma
vontade pode ser alterada após assinada
e selada. A promessa de Deus não foi
baseada na Lei; foi uma aliança de graça
para ser recebida pela fé.
5. O PROPÓSITO DA LEI (3.19-29)
O propósito da Lei era revelar o
pecado em seu real caráter como
transgressão. Foi um pacto condicional
entre duas partes e por isso exigia-se um
mediador. Foi intencionada para ser um
tutor temporário até Cristo surgir.
Agora, com a fé cristã, os crentes não
estão sob um tutor, mas são tratados
como filhos crescidos na família de
Deus. Em Cristo são abolidas todas as
distinções de raças, status social ou
sexo do homem em relação à sua
posição diante de Deus.
6. FILHOS E FILIAÇÃO (CAP. 4.1-
16)
• Herdeiros de Deus (4.1-7)
Os israelitas sob a Lei eram como
crianças pequenas, cercados por guardas
e chefes como se fossem escravos. Sob
a graça, os crentes são tratados como
filhos adultos com todos os privilégios e
responsabilidades da filiação.
• Escravidão e miséria não são
para os crentes (4.8-11)
É loucura para os cristãos
desejarem voltar à Lei novamente
porque é um sistema de escravidão.
Paulo expressa preocupação com
aqueles que estavam desejando deixar
Cristo por causa de cerimônias
religiosas.
• Amor perdido através do
legalismo (4.12-16)
Quando o apóstolo veio
primeiramente até os gálatas eles o
receberam como um anjo ou até como o
próprio Jesus Cristo, mas a atitude deles
mudou depois que os falsos mestres e
legalistas chegaram.
7. ESCRAVIDÃO E LIBERDADE
(CAP. 4.17-31)
• A perplexidade sobre seus
novos convertidos (4.17-20)
Estes judaizantes eram zelosos ao
tentar afastar os crentes de Paulo e a
resposta dos gálatas deixaram-no
perplexo.
• Lei e graça não se misturam
(4.21-31)
Paulo agora retorna a um capítulo
da história doméstica de Abraão que
mostra que o legalismo é escravidão e
que ele não pode se misturar com a
graça. Sara e Isaque representam graça,
enquanto Agar e Ismael representam a
Lei. Assim como Agar era uma jovem
escrava, assim a Lei produz escravidão.
Assim como Ismael perseguiu Isaque,
assim a Lei persegue a graça. Assim
como Sara e Agar não poderiam viver
sob o mesmo teto, da mesma forma
graça e Lei não podem se misturar.
Assim como Ismael não poderia herdar,
da mesma forma aqueles debaixo da Lei
nunca podem herdar a grande salvação
de Deus.
8. O PERIGO DO LEGALISMO
(CAP. 5.1-15)
• A guarda da Lei sufoca a
liberdade (5.1-5)
Os crentes devem permanecer na
liberdade na qual Cristo os tornou livres
e não se colocarem sob a Lei. É
totalmente pecaminoso para eles voltar à
Lei de alguma forma. O legalismo é um
jugo da escravidão. Tira todo o valor de
Cristo. Exige-se a impossível tarefa de
guardar toda a Lei. Significa o abandono
de Cristo como a única esperança de
justiça.
• O influência maligno do
legalismo (5.6-12)
O legalismo não tem nenhuma
utilidade. É desobediência à verdade.
Não é um ensinamento divino. Ele gera
mais e mais maldade. Traz julgamento
para aqueles que o ensinam. Elimina o
sacrifício da cruz. Paulo deseja que os
judaizantes se afastem dos gálatas (ou
até mesmo que se mutilassem!).
• A liberdade cristã positiva
(5.13-15)
A liberdade cristã é livre para
servir e não para pecar; para amar um
ao outro e não para criticar e brigar.
9. PODER PARA UM VIVER
PIEDOSO (CAP. 5.16-26)
O Espírito Santo é o poder do
crente para um viver piedoso. Se
andarmos no Espírito, não satisfaremos
os desejos da carne. A carne e o
Espírito estão em um conflito incessante,
mas o Espírito nos dá o poder para
superá-la. Aqueles que praticam as
obras da carne não vão herdar o reino.
Aqueles que crucificaram a carne, isto é,
crentes verdadeiros, manifestam o fruto
do Espírito. Já que nascemos do
Espírito, devemos andar no Espírito,
evitando a competitividade invejosa dos
legalistas.
10. EXORTAÇÕES PRÁTICAS (CAP.
6.1-10)
Crentes maduros devem restaurar
aqueles que caíram, suportar os
problemas uns dos outros, suportar
aqueles que ensinam a Palavra e fazer o
bem a todos, especialmente àqueles da
comunhão cristã.
11. CONCLUSÃO (CAP. 6.11-18)
• A glorificação dos legalistas
(6.11-13)
O objetivo dos falsos mestres era
de ostentarem-se tendo muitos
seguidores. É fácil conseguir isso
fazendo as pessoas pensar que podem
alcançar o favor de Deus por suas obras
– neste caso, pela circuncisão.
• A glorificação do apóstolo
(6.14-17)
O terreno para a glorificação de
Paulo não estava na carne de homens,
mas na cruz de Cristo (14). Não é a
circuncisão que conta – ou falta de
circuncisão – mas a evidência da nova
criação. Paz e misericórdia são a porção
daqueles que andam de acordo com esta
regra da nova criação. Paulo tinha as
marcas de propriedade do Senhor Jesus
no seu corpo – as cicatrizes que foram
afligidas pelos perseguidores.
• Bênção e graça (6.18)
Gálatas encerra com a bênção da
graça – a palavra que tanto caracteriza o
Evangelho de Paulo. Significa tudo por
nada, para aqueles que nada merecem, a
não ser a condenação.
A CARTA DE PAULO
AOS EFÉSIOS

INTRODUÇÃO

Coleridge chamou esta carta de: “A


composição mais divina do homem”.
Unger a classificou como “talvez a mais
sublime de todas as epístolas paulinas”.
PANORAMA DE EFÉSIOS
Aqui Paulo estabelece a verdade
gloriosa da Igreja, uma nova sociedade
na qual crentes judeus e crentes gentios
são um em Cristo Jesus. Eles são
igualmente herdeiros, membros e
participantes da promessa de Deus em
Cristo.
RESUMO DE EFÉSIOS
Os primeiros três capítulos
estabelecem a posição do crente em
Cristo, enquanto os últimos três
descrevem sua prática e como deve
corresponder a esta posição.
OS RECEPTORES ORIGINAIS DE
EFÉSIOS
Porque alguns manuscritos antigos
omitem as palavras “em Éfeso” em 1.1,
muitos acreditam que esta era uma carta
circular, planejada para várias
congregações locais e não somente para
a de Éfeso.
ORIGEM E DATA DE EFÉSIOS
Esta carta é uma de quatro escritas
durante o aprisionamento romano de
Paulo, as chamadas “Epístolas da
Prisão”. As outras são Filipenses,
Colossenses e Filemon. Ela foi escrita
por volta de 63 d.C.
ESBOÇO DE EFÉSIOS
1. Saudação
2. Paulo louva a Deus pelas
bênçãos da graça (1.3-14)
3. Ação de graça e orações de
Paulo pelos santos (1.15-23)
4. O poder de Deus manifestado na
salvação dos gentios e judeus (2.1-
10)
5. A união de judeus crentes e
gentios em Cristo (2.11-22)
6. Um parêntese no mistério da
Igreja (3.1-13)
7. A oração de Paulo pelos santos
(3.14-19)
8. O louvor de Paulo a Deus (3.20-
21)
9. Exortações para uma vida digna
(4.1 – 6.9)
10. Exortações concernentes à
batalha cristã (6.10-20)
11. Saudações pessoais de Paulo
(6.21-24)
1. SAUDAÇÃO (CAP. 1.1-2)
Paulo começa apresentando-se
como um apóstolo pela vontade divina.
Ele estava escrevendo aos santos,
aqueles que são fiéis a Cristo Jesus, uma
descrição que se encaixa para todos os
verdadeiros cristãos. Suas saudações
expressam, como alguém já disse, graça
aos desprezíveis e paz aos aflitos.
2. PAULO LOUVA A DEUS PELAS
BÊNÇÃOS DA GRAÇA
(CAP. 1.3-14)
A carta começa com louvor a Deus
por enriquecer seu povo com todas as
bênçãos espirituais nas regiões
celestiais em Cristo – não bênçãos
materiais da terra, mas bênçãos
espirituais que são encontradas em
Cristo. Estas bênçãos incluem nossa
eleição na eternidade passada para
sermos santos e sem culpa, nossa
predestinação para sermos colocados
como filhos e filhas adultos em sua
família e nossa redenção e perdão
através do sangue de Cristo (v.3-7).
Deus também tem compartilhado Seu
plano conosco, até agora secreto, de
trazer tudo no céu e terra para a
consumação, perfeição e cumprimento
em Cristo (v.8-10). Os judeus crentes
têm sua parte neste grande plano de
Deus, baseado em sua união com Cristo
(v.11-12). Crentes gentios também têm
sua parcela neste segredo revelado da
vontade de Deus porque ouviram o
Evangelho, creram no Senhor Jesus e
foram selados com o Espírito Santo, que
é a garantia a todos os crentes de que
vão receber a herança completa (v.13-
14).
3. AÇÃO DE GRAÇA E ORAÇÕES
DE PAULO PELOS SANTOS
(CAP. 1.15-23)
Após agradecer a Deus pela fé e
amor dos santos, Paulo ora para que eles
venham a ter entendimento espiritual,
para apreciar a esperança da glória
eterna, o rico tesouro que Cristo tem em
Seus santos e o poder que Deus usa para
alcançar Seus objetivos. Este poder
levantou Jesus dos mortos, O glorificou
à destra de Deus, deu-Lhe domínio
sobre tudo e O colocou como Cabeça
sobre a Igreja.
4. O PODER DE DEUS MANIFESTO
NA SALVAÇÃO DOS GENTIOS E
JUDEUS (CAP. 2.1-10)
• Troféus da graça de Deus (2.1-
7)
O mesmo poder que levantou nosso
Senhor dos mortos deu vida aos gentios
que estavam mortos, depravados,
diabólicos e desobedientes e aos judeus
que eram carnais, corruptos e
condenados (v.1-3). Em grande
misericórdia, Deus nos reviveu, nos
levantou e nos assentou em lugares
celestiais. Seremos, “...nos séculos
vindouros, a suprema riqueza da sua
graça...” (v.4-7).
• O Evangelho simples (2.8-10)
Nossa salvação é pela graça, por
meio da fé e totalmente separada das
obras. É um dom e por isso não há lugar
para ostentação. Embora não sejamos
salvos pelas boas obras, somos salvos
para as boas obras, isto é, elas devem
ser o resultado esperado da nossa
salvação.
5. A UNIÃO DE JUDEUS CRENTES
E GENTIOS EM CRISTO
(CAP. 2.11-22)
• Adquirido pelo sangue de
Cristo (2.11-13)
Um aspecto do programa de Deus
nesta era é que crentes judeus e crentes
gentios se tornam um em Cristo,
abolindo todas as antigas diferenças. No
passado, por exemplo, gentios eram
desprezados, pessoas que não criam em
Cristo, alienados, estranhos, sem
esperança e ímpias (v.11-12).
Entretanto, em Cristo Jesus, eles são
trazidos a uma posição de aproximação
por meio do Seu sangue (v.13).
• Cristo, nossa paz (2.14-18)
Através da obra de Cristo, as
barreiras e distinções das quais a lei
estabeleceu entre judeu e gentio foram
removidas. Agora ambos se tornam um
novo homem em Cristo, removendo
assim antigas animosidades e criando a
paz. Cristo é nossa paz, Ele criou a paz
e Ele veio e pregou a paz. Através dEle
tanto crentes judeus e gentios têm acesso
a Deus pelo Espírito.
• Um lugar de habitação para
Deus (2.19-22)
Crentes gentios não são mais
rejeitados, mas são agora concidadãos,
membros da família e parte de um lugar
de habitação de Deus.
6. UM PARÊNTESE NO MISTÉRIO
DA IGREJA (CAP. 3.1-13)
• O mistério revelado (3.1-7)
Deus havia dado uma revelação
especial ao apóstolo, concernente ao
mistério da Igreja – uma verdade nunca
conhecida antes, mas agora revelada aos
apóstolos e profetas do Novo
Testamento. Esta verdade é que os
crentes gentios são coerdeiros, membros
do Corpo e coparticipantes de tudo que
está prometido no Evangelho. Paulo
considerava isto como um ato da graça,
pois Deus comissionara um duplo
ministério a ele.
• O propósito do mistério (3.8-
13)
A grande missão de Paulo era
pregar o Evangelho de Cristo aos
gentios e ensinar a todos os povos a
gloriosa verdade da Igreja (v.8-9). Um
dos presentes propósitos de Deus em
conexão ao mistério é revelar sua
múltipla sabedoria aos seres angelicais
no céu (v.10-11). Outro propósito é que
todos os crentes podem ter o privilégio
de um acesso confiante e seguro à
presença de Deus a qualquer momento
por meio da oração (v.12). Em vista à
dignidade de seu ministério e os
resultados maravilhosos que fluem
disso, Paulo não queria que os santos
ficassem abatidos quando pensassem
nele como um prisioneiro (v.13).
7. A ORAÇÃO DE PAULO PELOS
SANTOS (CAP. 3.14-19)
Novamente o apóstolo volta à
oração pelos santos, pedindo ao Pai que
eles possam ter força espiritual, que
possam desfrutar da comunhão com
Cristo, que possam ser fundamentados
em amor, que possam compreender as
dimensões do mistério, que possam
apreciar o amor de Cristo que vai além
da compreensão e possam ser cheios da
plenitude de Deus. Ele pediu que a
oração pudesse ser respondida de
acordo com as riquezas da glória de
Deus (v.16). Não havia nada de pequeno
em suas orações.
8. O LOUVOR DE PAULO A DEUS
(CAP. 3.20-21)
A oração termina com uma
doxologia, louvando a Deus pelo seu
poder de trabalhar abundantemente além
do que o ser humano possa pensar ou
pedir e atribuindo glória eterna a Ele na
Igreja e em Cristo, o Cabeça da Igreja.
9. EXORTAÇÕES PARA UMA VIDA
DIGNA (CAP. 4.1-6.9)
O tema de Efésios agora muda de
posição à prática, de doutrina ao dever,
de posição à situação, de edificação à
exortação.
• Vivendo a unidade cristã (4.1-
6)
Primeiro há um apelo pela unidade
na comunhão cristã. Os santos devem
andar dignos de sua grande vocação
descrita nos capítulos anteriores. Uma
forma com que podem fazer isto é viver
em harmonia, lembrando-se que todos os
crentes são unidos pelas sete realidades
listadas nos versículos 4-6. Eles devem
manter a unidade do Espírito em uma
atitude de humildade, mansidão,
longanimidade e paciência.
• Edificando a Igreja pelos dons
espirituais (4.7-16)
Então Paulo descreve o programa
de Deus para o funcionamento
apropriado dos membros do Corpo de
Cristo. Enquanto cada membro tem um
dom e a habilidade para exercê-lo, o
Cristo ressurreto tem dado alguns dons
especiais de serviço para o crescimento
da Igreja – apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e mestres. A
função da maioria destes dons é edificar
os santos para o serviço divino e, assim,
edificar o Corpo até entrar em plena
maturidade e plena conformidade a
Cristo. Se os santos não estão usando
seus dons ativamente, se tornam
imaturos, instáveis e ingênuos. O
exercício apropriado dos membros do
Corpo, possuindo a verdade em amor,
resulta no seu amadurecimento em todas
as coisas.
• Vestindo-se do novo homem
(4.17-32)
Os crentes devem abandonar o
estilo de vida velho e pagão que é
incerto, cego, pecaminoso, imprudente,
desinibido, sórdido e insaciável (v.17-
19). A vida cristã, como ensinada por
Cristo, exige que o estilo antigo e
corrupto de viver seja rejeitado, que o
espírito da mente seja renovado e que o
novo homem seja demonstrado em uma
vida de justiça e santidade (v.20-24). Os
crentes devem mostrar esta mudança em
suas vidas trocando a mentira pela
verdade, ira pecaminosa pela ira santa,
roubo pela doação, conversa corrupta
pelo discurso que edifica e cabeças
quentes por corações de ternura (v.25-
32).
• Estilo de vida de amor e luz
(5.1-14)
De forma geral, os crentes devem
ser imitadores de Deus, amando um ao
outro como Cristo nos amou com
sacrifício (v.1-2). Eles devem se abster
de todas as formas de imoralidade
sexual e conversas insinuantes,
lembrando-se que as pessoas imorais
vão herdar a ira de Deus e não o seu
Reino (v.3-6). O povo de Deus não pode
ter comunhão com estes. Embora os
santos já foram caracterizados como
imorais e escuridão espiritual, agora
eles são luz e devem andar como filhos
da luz, demonstrando tais características
como bondade, justiça e verdade (v.7-
10). Devem repreender as obras
infrutíferas e vergonhosas das trevas.
Sua luz deve expor as obras das trevas e
assim despertar aqueles que dormem na
morte espiritual para a luz de Cristo
(v.11-14).
• Andando em sabedoria (5.15-
21)
Os crentes não devem viver como
néscios, mas de forma sábia remindo
todo o tempo. Eles não devem, de forma
insana, seguir suas próprias vontades,
mas buscar a vontade de Deus e realizá-
la. Não devem se embriagar com o
vinho, mas devem estar continuamente
se enchendo com o Espírito. Isto
resultará em um discurso edificante,
adoração melodiosa, ação de graça
contínua e submissão reverente.
• Submissão da esposa ao seu
marido (5.22-24)
Há três áreas específicas no lar
cristão onde deve haver a submissão.
Primeiro, as esposas devem ser
submissas aos seus maridos já que o
marido é o cabeça da esposa como
Cristo é o Cabeça da Igreja. Assim
como a Igreja está sujeita a Cristo, as
esposas devem estar aos seus maridos.
• O amor do marido pela sua
esposa (5.25-33)
Entretanto a submissão mencionada
anteriormente deve ser balanceada pelo
alto padrão com que os maridos devem
amar suas esposas: como Cristo amou a
Igreja. Um pregador disse que conhecia
homens que amavam suas esposas, mas
nenhum que amava nesta dimensão.
O amor de Cristo é demonstrado
por Seu auto-sacrifício no passado, Sua
obra santificadora no presente e Sua
suprema apresentação da Igreja a Si
mesmo em beleza perfeita e glória. Há
um paralelo maravilhoso entre o
relacionamento Cristo/Igreja e do
marido/esposa; assim como Cristo e
Seus membros são um corpo, do mesmo
modo o marido e a esposa são uma só
carne. Ao amar sua esposa, um homem
ama a si mesmo. Ao respeitar seu
marido, a esposa se submete ao seu
cabeça.
• Submissão de filhos aos pais
(6.1-3)
A segunda área onde se ordena a
submissão é com relação entre os filhos
e seus pais. Os filhos devem obedecer
porque, está escrito, isto é justo, é para
o seu próprio bem e promove vida
longa.
• Treinamento de paciência aos
pais (6.4)
O fator de equilíbrio é que os pais
não devem provocar seus filhos. Eles
devem criá-los para amar e obedecer ao
Senhor.
• Submissão de servos aos seus
senhores (6.5-8)
A terceira esfera de submissão é a
de servos aos seus senhores. Os servos
cristãos devem ser obedientes,
respeitosos e cuidadosos. Eles devem
trabalhar como se estivessem servindo a
Cristo. Devem ser diligentes e alegres,
visando todo o serviço como sagrado e
seguros da recompensa de Deus. Estes
princípios de serviço são válidos hoje
na relação empregador/empregado.
• Bondade dos senhores aos
servos (6.9)
Aqui o fator de equilíbrio é que os
senhores devem ser bondosos e não
ameaçadores. Eles devem se lembrar de
que são também servos e que o Senhor
deles é imparcial.
10. EXORTAÇÕES
CONCERNENTES À BATALHA
CRISTÃ (CAP. 6.10-20)
• A armadura de Deus (6.10-17)
Como soldados de Cristo, os
crentes precisam de força e armadura
divinas para que possam resistir, lutar e
ficar firmes contra Satanás (v.10-13). A
armadura é a proteção conquistada por
um caráter cristão impecável: o cinturão
da honestidade e fidelidade à verdade
de Deus, o peitoral de integridade
prática e retidão, as sandálias de
prontidão de ir em frente com as boas
novas de paz, o escudo de confiança
completa no Senhor e em sua Palavra, o
capacete da fé na certeza da vitória e a
espada do Espírito, a saber, a Palavra
de Deus (v.14-17).
• A arma secreta: Oração (6.18-
20)
A oração é a atmosfera na qual o
soldado enfrenta o inimigo. O apóstolo
insiste que a oração deve ser constante,
guiada pelo Espírito, vigilante,
perseverante e para todos os santos –
incluindo a si mesmo. Os que oram
devem pedir para serem íntegros e
ousados em declarar o Evangelho. Paulo
queria as orações de seus irmãos. Ele
não era auto-suficiente, mas consciente
de sua necessidade do poder e proteção
de Deus.
11. SAUDAÇÕES PESSOAIS DE
PAULO (6.21-24)
Esta carta termina com saudações
pessoais de Paulo. Ele havia enviado
Tíquico com notícias sobre si e com
encorajamento aos santos. Agora lhes
deseja paz, amor e fé e sua marca
principal – graça.
A CARTA DE PAULO
AOS FILIPENSES

INTRODUÇÃO
PANORAMA DE FILIPENSES
Os cristãos em Filipos formaram a
primeira igreja cristã na Europa,
estabelecida quando Paulo pregou lá
durante sua segunda viagem missionária.
Lídia, uma vendedora de púrpura da
cidade de Tiatira, foi a primeira a se
converter. Após o apóstolo ter
exorcizado um demônio de uma jovem,
seus mestres, inflamados, fizeram com
que Paulo e Silas fossem surrados e
lançados na prisão. Naquela noite o
carcereiro e sua família foram
convertidos e acrescentados à igreja. Os
magistrados locais perceberam que eles
haviam maltratado estes dois cidadãos
romanos e os impeliram para que
deixassem a cidade. Algum tempo
depois, quando os evangelistas sentiram
que a missão deles em Filipos havia
terminado, partiram para Tessalônica.
DATA DE FILIPENSES
O apóstolo visitou Filipos duas
vezes em sua terceira viagem
missionária (Atos 20.6). Esta carta
provavelmente foi escrita por volta de
61 d.C., durante seu primeiro
aprisionamento romano (Atos 28.30-31).
Depois ele ficou sob prisão domiciliar,
acorrentado a um guarda romano.
PANORAMA DE FILIPENSES
Os filipenses haviam enviado uma
oferta para Paulo através de Epafrodito
e ele escreveu para agradecer por esta
sua ajuda prática na obra do Senhor. As
palavras-chave são alegria e regozijo,
ocorrendo 17 vezes. A alegria do cristão
deve ser algo independente de
circunstâncias terrenas.
ESBOÇO DE FILIPENSES
1. A saudação, louvor e oração de
Paulo (1.1-11)
2. O aprisionamento de Paulo,
perspectivas e apelo por
perseverança (1.12-30)
3. Exortação à unidade baseada nos
exemplos de humildade e de
sacrifício demonstrados por Cristo
(2.1-16)
4. Exortação à unidade como
refletida nas vidas de Paulo,
Timóteo e Epafrodito (2.17-30)
5. Advertências contra falsos
mestres (3.1-3)
6. Herança e conquistas pessoais
de Paulo renunciados por causa de
Cristo (3.4-16)
7. Exortação a um andar piedoso
exemplificado pelo apóstolo (3.17-
21)
8. Apelo por harmonia, assistência
mútua, alegria, paciência, devoção
e uma vida mental disciplinada
(4.1-9)
9. A gratidão de Paulo pela ajuda
financeira dos santos (4.10-20)
10. As últimas saudações de Paulo
(4.21-23)
1. A SAUDAÇÃO, LOUVOR E
ORAÇÃO DE PAULO (CAP. 1.1-11)
• A saudação de Paulo aos
filipenses (1.1-2)
Na saudação notamos que o
aprendiz de Paulo, Timóteo, estava junto
com ele quando a carta foi escrita e que
ambos eram servos de Cristo Jesus. (O
apostolado de Paulo não foi desafiado
em Filipos, então isto não é mencionado
aqui). Também observamos a
composição de uma igreja do Novo
Testamento: santos, bispos (ou
presbíteros) e diáconos. Sua saudação
característica, “Graça e paz”, combina
as palavras gregas e hebraicas para
bênção. Ao atribuir a união do Senhor
Jesus e Deus Pai como a fonte destas
bênçãos, Paulo ressalta a igualdade do
Pai e do Filho.
• O elogio de Paulo aos filipenses
(1.3-8)
Era parte do estilo do apóstolo
elogiar sempre quando possível. Aqui
ele está agradecido a Deus pela forma
que eles o têm apoiado por meio de suas
orações e ofertas sacrificiais. Deus irá
completar a boa obra que Ele começou
em suas vidas, através do crescimento
deles até que o Senhor volte. Paulo sente
uma afeição veemente por eles, sabendo
que compartilham da mesma graça,
esteja ele aprisionado ou defendendo e
confirmando o Evangelho. Ele ansiava
por eles com toda a afeição do Senhor
Jesus Cristo.
• A oração de Paulo pelos
filipenses (1.9-11)
O elogio se transforma em oração:
que o amor deles não seja tolo, mas que
seja capaz de discernir o que é
excelente, para que possam ser sinceros
e inculpáveis e que demonstrem o fruto
de um caráter cristão.
2. O APRISIONAMENTO DE
PAULO, PERSPECTIVAS E APELO
POR PERSEVERANÇA (CAP. 1.12-
30)
• Pregando a Cristo (1.12-18)
Agora uma palavra de explicação.
O aprisionamento significou vitória e
não derrota para o Evangelho. Membros
da guarda pretoriana haviam ouvido as
boas novas. Irmãos em Cristo se
tornaram mais corajosos para pregar a
mensagem. Também é verdade que
alguns motivos eram suspeitos, mas
Paulo ainda poderia se alegrar que o
Evangelho estivesse indo adiante. O
importante era que Cristo fosse
anunciado.
• Vivendo ou morrendo por
Cristo (1.19-26)
Paulo estava confiante de que seria
solto em breve, mas não fazia diferença
se o resultado fosse vida ou morte. O
primeiro significaria mais trabalho
frutífero entre os santos, o segundo seria
estar com Cristo, que é infinitamente
melhor.
• Lutando e sofrendo por Cristo
(1.27-30)
Não importa o que acontecesse
com ele, estava preocupado que os
filipenses andassem de forma digna e
perseverassem heroicamente em caso de
perseguição.
3. EXORTAÇÃO À UNIDADE
BASEADA NO EXEMPLO DE
HUMILDADE E SACRIFÍCIO DE
CRISTO (CAP. 2.1-16)
• Unidade pela humildade (2.1-4)
Conflitos pessoais haviam surgido
na igreja (4.2), exigindo um apelo do
apóstolo por unidade, amor e para que
se considerasse o outro superior a si
mesmo.
• O Cristo humilde e exaltado
(2.5-11)
Os santos deveriam adotar a mente
de Cristo. Embora totalmente Deus, Ele
estava disposto a deixar sua posição no
céu e vir a este mundo como um escravo
e como um homem verdadeiro para Se
humilhar, para morrer pelos outros e até
mesmo morte de cruz. Como resultado
deste auto-esvaziamento, Deus O
exaltou, dando-lhe um Nome que todo o
universo, mais cedo ou mais tarde, há de
honrar.
• Luzeiros em um mundo
enegrecido (2.12-16)
Tendo exposto o problema
(conflitos de personalidade) e após ter
dado o remédio (a mente de Cristo), o
apóstolo os orienta para desenvolverem
a solução (libertação), certos de que
Deus iria lhes dar o desejo e a
habilidade para realizá-la (v.12-13).
Assim eles podem desenvolver sua
salvação, evitando disputas e
murmurações, brilhando como luzeiros
em um mundo enegrecido. Se eles
mantivessem a palavra de vida, Paulo se
alegraria no Dia de Cristo (v.14-16).
4. EXORTAÇÃO À UNIDADE
COMO REFLETIDA NAS VIDAS DE
PAULO, TIMÓTEO E
EPAFRODITO (CAP. 2.17-30)
• O exemplo de Paulo (2.17-18)
No restante do capítulo 2 o
apóstolo dá três exemplos de homens
que tinham a mente de Cristo, que se
humilharam e que consideraram os
outros melhores do que eles mesmos.
Paulo considerava a vida de
sacrifício dos filipenses mais importante
que sua própria vida. O que eles
estavam fazendo era como uma tremenda
oferta sacrificial ao Senhor. Ele estava
contente em poder ser nada mais do que
uma oferta de libação, isto é, ser
martirizado por eles.
• O exemplo de Timóteo (2.19-
24)
Timóteo estava sinceramente
preocupado pelos filipenses, para que
colocassem as coisas de Cristo antes de
seus próprios interesses. Paulo estava
enviando-o a Filipos para cuidar dos
santos e esperava ir lá em breve.
• O exemplo de Epafrodito (2.25-
30)
Epafrodito havia ficado gravemente
enfermo como resultado da longa
viagem de Filipos a Roma. Entretanto,
não foi a doença que o perturbou e sim o
fato que os filipenses haviam ouvido
sobre isso. Não queria que ficassem se
culpando. Quando ele voltasse com esta
carta, deveriam recebê-lo cordialmente
e honrá-lo, porque ele não somente
havia colocado sua vida em perigo, mas
também havia sido o mensageiro que
levou uma oferta a Paulo.
A palavra-chave ou pensamento do
capítulo 2 é “outros” (v.3-4, 20). Cristo
é como o sol, em todo seu esplendor
radiante e seus três seguidores são como
luas, refletindo a glória do sol.
5. ADVERTÊNCIAS CONTRA
FALSOS MESTRES (CAP. 3.1-3)
Após um encorajamento para se
alegrar, Paulo continua a advertir os
filipenses contra os judaizantes. Ele os
chama de cães, obreiros malignos e de
mutilação, uma “imitação” da ênfase
deles na circuncisão física (as palavras
são semelhantes no original). Em
contraste, crentes verdadeiros são
aqueles que adoram pelo Espírito e que
se orgulham em Cristo e não em sua
própria carne.
6. HERANÇA E CONQUISTAS
PESSOAIS DE PAULO
RENUNCIADAS POR CAUSA DE
CRISTO (CAP. 3.4-16)
Isto leva, naturalmente, a um
catálogo de vantagens carnais nas quais
o apóstolo poderia ter se orgulhado –
nascimento, linhagem, ortodoxia, zelo e
justiça legítima (v.4-6). Mas ele
renunciou a todas elas, esquecendo e
considerando-as como inúteis para
ganhar a Cristo. Ele queria ser
identificado com Cristo em poder, no
sofrimento, na morte e na ressurreição,
não importa qual fosse o preço. Olhando
a vida como uma corrida atlética, Paulo
seguia adiante em direção à linha de
chegada para o prêmio, determinado a
cumprir o propósito pelo qual Cristo o
havia chamado. Pessoas espiritualmente
maduras compartilham de seu ponto de
vista. Se outros quiserem ser
conduzidos, Deus não vai desapontá-los.
Enquanto isso, cada um deve viver à
altura do padrão que ele(a) já
conquistou (v.7-16).
7. EXORTAÇÃO PARA UM ANDAR
PIEDOSO EXEMPLIFICADO PELO
APÓSTOLO (CAP. 3.17-21)
• O contraste de dois caminhos
(3.17-19)
O exemplo de Paulo era digno de
imitar, diferente do exemplo dos
judaizantes. Aqueles charlatões
religiosos odiavam a cruz e tudo que ela
representa. Eles pregavam por ganhos
financeiros, se orgulhavam de seu
comportamento vergonhoso e
concentravam sua atenção em coisas
desta terra.
• Nossa cidadania celestial (3.20-
21)
A cidadania do crente e, portanto,
seus interesses são celestiais. Ele espera
momentaneamente pelo Salvador e pelo
corpo glorificado que terá pelo poder de
Cristo.
8. APELO POR HARMONIA,
ASSISTÊNCIA MÚTUA, ALEGRIA,
PACIÊNCIA, DEVOÇÃO E UMA
VIDA MENTAL DISCIPLINADA
(CAP. 4.1-9)
Agora Paulo faz vários apelos aos
crentes filipenses: apelo por constância,
para reconciliação em Cristo de duas
irmãs que estavam em contenda, para
uma atitude de alegria constante, por
paciência de um para com o outro, para
uma vida livre de ansiedade através da
oração e ações de graças, para uma vida
positiva e pura de pensamento e por
obediência ao exemplo e ensino de
Paulo.
9. A GRATIDÃO DE PAULO PELA
AJUDA FINANCEIRA DOS SANTOS
(CAP. 4.10-20)
Paulo agora agradece a ajuda que
os santos em Filipos haviam enviado a
ele por Epafrodito. Eles queriam ter
enviado antes, mas tiveram falta de um
mensageiro. Mesmo aprisionado, Paulo
estava satisfeito, pois aprendeu a viver
tanto na abundância como na escassez.
Ele sabia que podia todas as coisas
dentro da vontade de Cristo. Ao elogiar
os filipenses, o apóstolo relembra o ato
de bondade anterior deles – duas vezes
quando estava em Tessalônica e uma vez
em Corinto. Embora grato pela recente
ajuda, ele está mais interessado que a
recompensa deva ser creditada na conta
deles. Considera a oferta deles como um
sacrifício de aroma suave, aceitável e
aprazível a Deus. Porque eles eram
despenseiros fiéis, Paulo tem certeza
que Deus irá suprir todas as suas
necessidades de maneira
superabundante. (Este verso não deve
ser mencionado fora de contexto para
membros mesquinhos de igrejas!).
10. AS ÚLTIMAS SAUDAÇÕES DE
PAULO (CAP. 4.21-23)
A carta encerra com um louvor a
Deus, com saudações dos santos que
estavam com Paulo e com sua bênção
costumeira.
Algumas das saudações vêm dos
crentes da casa de César, um lembrete
de que o Evangelho tem o poder de
penetrar alguns lugares incomuns!
A CARTA DE PAULO
AOS COLOSSENSES

INTRODUÇÃO
A DATA DE COLOSSENSES
É amplamente aceito que a carta
aos Colossenses foi escrita durante o
primeiro aprisionamento de Paulo em
Roma, por volta de 60 d.C.
PANORAMA DE COLOSSENSES
Colossos estava localizada na parte
oeste da Ásia Menor, o que agora é a
Turquia. O apóstolo nunca havia estado
lá (2.1). Quem sabe a igreja tenha sido
estabelecida por Epafras (1.7).
MENSAGEM DE COLOSSENSES
É claro, pelos conteúdos da carta,
que os crentes estavam em perigo de
serem levados por um sistema cultual,
como cerimonialismo, ascetismo,
filosofia, guarda da lei e adoração a
seres intermediários entre Deus e o
homem.
Epafras e outros, aparentemente
contataram Paulo em Roma pedindo um
conselho em relação a estes
ensinamentos. Em uma palavra, sua
resposta foi “Cristo” – a supremacia e
suficiência de Cristo.
Tíquico e Onésimo levaram a carta
de volta a Colossos.
COLOSSENSES E EFÉSIOS
A Epístola aos Colossenses é
estritamente semelhante a Efésios: 54
versículos são quase os mesmos. Porém,
enquanto Efésios enfatiza a Igreja como
o corpo de Cristo, Colossenses
estabelece Cristo como o Cabeça
glorificado da Igreja.
ESBOÇO DE COLOSSENSES
1. A saudação, ação de graças e
oração de Paulo para os
colossenses (1.1-14)
2. As glórias de Cristo, o Cabeça
da Igreja (1.15-23)
3. O ministério comissionado a
Paulo (1.24-29)
4. A suficiência de Cristo contra os
perigos da filosofia, legalismo,
misticismo e ascetismo (Cap.2)
5. A nova vida do crente, deixando
o velho homem e revestindo-se do
novo homem (3.1-17)
6. Comportamento apropriado para
os membros do lar cristão (3.18 –
4.1)
7. A vida de oração do crente e seu
testemunho no viver e no falar (4.2-
6)
8. Vislumbres pessoais e
cumprimentos (4.7-18)
1. A SAUDAÇÃO, AÇÃO DE
GRAÇAS E ORAÇÃO DE PAULO
PARA OS COLOSSENSES (CAP. 1.1-
14)
Seguindo sua saudação costumeira
(v.1-2), Paulo começa com louvor a
Deus pela fé, amor e esperança dos
cristãos colossenses (v.3-8). O louvor,
agora, dá espaço para oração e ele pede
que os santos sejam cheios com o pleno
conhecimento da vontade de Deus (v.9),
que andem dignamente diante do Senhor
(v.10), que sejam fortalecidos com todo
o poder (v.11) e que sejam gratos pelo
que Deus tem feito por eles, em Cristo
(v.12-14).
2. AS GLÓRIAS DE CRISTO, O
CABEÇA DA IGREJA
(CAP. 1.15-23)
A menção do Filho amado de Deus
move o apóstolo a recontar as
maravilhosas glórias de Cristo, tanto de
Sua Pessoa como de Sua obra. Ele é a
imagem de Deus, o primogênito de toda
criação (v.15), o arquiteto, criador,
objeto e sustentador do universo (v.16-
17), o Cabeça da Igreja (v.18), o
primogênito dos mortos (v.18), o
possuidor de toda plenitude (v.19), o
futuro reconciliador de todas as coisas
(v.20) e o reconciliador presente dos
crentes (v.21-23).
3. O MINISTÉRIO
COMISSIONADO A PAULO (CAP.
1.24-29)
As referências do corpo ou Igreja
(v.18) e o Evangelho (v.23) conduzem,
naturalmente, a uma descrição do
ministério de Paulo (v.24-29). Foi um
ministério de sofrimento pelo Evangelho
e pela Igreja; seu objeto era apresentar
todo homem amadurecido em Cristo por
meio do poder do Senhor.
4. A SUFICIÊNCIA DE CRISTO
CONTRA OS PERIGOS DA
FILOSOFIA, LEGALISMO,
MISTICISMO E ASCETISMO (CAP.
2)
Mais uma vez, Paulo ora pelos
santos (v.1-3). Especificamente, ele
pede que sejam fortalecidos contra os
perigos, que seus corações possam estar
unidos em amor, que tenham total
segurança do entendimento da fé, que
venham a conhecer o mistério de Deus,
isto é, Cristo. Se eles derem o
verdadeiro valor a Cristo, não serão
enganados pelos ensinamentos das
seitas, porque Ele é a origem de toda
sabedoria e conhecimento (v.4-5).
Eles haviam recebido Cristo Jesus,
o Senhor, como o único e suficiente
Salvador; agora devem permanecer
nEle, confirmando a fé (v.6-7).
Vale destacar a paráfrase deste
versículo 8 feita pelo Dr. Phillips:
“Tenham cuidado que ninguém corrompa
sua fé através do intelectualismo ou
tolices absurdas. Tais coisas são
fundamentadas nas idéias de homens
sobre a natureza do mundo e
desconsideram Cristo!”
O recurso do crente contra o falso
ensinamento é Cristo. Toda plenitude da
Divindade habita corporalmente nEle e
o crente é completo nEle, no sentido de
que não precisa de nada mais para estar
aperfeiçoado perante Deus (v.9-10). Na
circuncisão de Cristo, isto é, Sua morte,
o cristão foi circuncidado – liberto do
domínio da natureza carnal com todos
seus esforços para ganhar ou merecer
justiça. O batismo retrata a morte do
velho homem e suas tentativas de
agradar a Deus pela carne e também uma
ressurreição a uma nova vida (v.11-12).
O crente foi perdoado de todas as
transgressões e liberto das cerimônias e
ordenanças do judaísmo por Aquele que
triunfou sobre todos os principados do
inimigo (v.13-15).
Os versículos restantes do capítulo
2 revelam alguns dos falsos
ensinamentos contra os quais Paulo
estava combatendo:
O esforço para ganhar a salvação
obedecendo aos mandamentos
concernentes à comida e dias santos
(v.16-17).
O sistema gnóstico de falsa
humildade, de adoração aos anjos
intermediários entre Deus e o homem, de
conhecimento superior recebido através
de visões e de independência de Cristo,
que é a verdadeira fonte de vida e
crescimento (v.18-19).
A prática de ascetismo como um
meio de ganhar a aprovação de Deus.
Isto dá uma aparência exterior de
piedade, mas não tem valor em controlar
a indulgência da carne (v.20-23).
5. A NOVA VIDA DO CRENTE,
DEIXANDO O VELHO HOMEM E
REVESTINDO-SE DO NOVO
HOMEM (CAP. 3.1-17)
No capítulo 2 aprendemos que
Deus vê o crente como morto com Cristo
e ressuscitado com Ele (2.11-12). Esta é
posição dele em Cristo. Agora segue a
exortação prática: viva como alguém
que foi ressuscitado com Cristo e cuja
vida está oculta com Cristo, em Deus
(v.1-4). Isto significa colocar de lado os
vícios do velho e pecaminoso homem,
ou seja, todas as formas de coisas
profanas (v.5-7), ira (v.8) e mentira
(v.9). Do lado positivo, isto vai
significar revestir-se das virtudes do
novo homem, isto é: compaixão,
bondade, mansidão, humildade,
longanimidade (v.12), paciência, perdão
(v.13) e amor (v.14).
Os crentes devem experimentar a
paz de Cristo ocupando seus corações e
a Palavra de Cristo habitando neles
ricamente, resultando na edificação de
outros. Tudo deve ser feito em Nome do
Senhor Jesus e com espírito de gratidão
(v.16-17).
6. COMPORTAMENTO
APROPRIADO PARA OS
MEMBROS DO LAR CRISTÃO
(CAP. 3.18-4.1)
Depois o apóstolo dá instruções de
retidão para os membros do lar cristão.
Para as esposas a palavra é submissão;
para os maridos, amor; para os filhos,
obediência; para os pais, a não
provocação; para os servos, obediência;
para os senhores, justiça.
7. A VIDA DE ORAÇÃO DO
CRENTE E SEU TESTEMUNHO NO
VIVER E NO FALAR (CAP. 4.2-6)
A vida de oração é importante,
então Paulo impele os colossenses a
orar constantemente, vigilantes e gratos,
além de, interceder especificamente por
ele (v.2-4). Eles devem andar em
sabedoria e aproveitar ao máximo as
oportunidades (v.5). Sua conversa deve
ser graciosa, estimulante e temperada
(v.6).
Paulo os lembra que estava
escrevendo da prisão e que seu “crime”
era pregar o mistério de Cristo, a grande
verdade da Igreja, na qual judeus e
gentios são feitos um novo homem em
Cristo.
8. VISLUMBRES PESSOAIS E
CUMPRIMENTOS (CAP. 4.7-18)
Nos versículos 7 a 14 temos
vislumbres pessoais de alguns dos
amigos dos apóstolos. Finalmente, há
saudações pessoais e instruções (v.15-
17) e o fechamento complementar de
Paulo escrito à mão (v.18).
A PRIMEIRA CARTA
DE PAULO AOS
TESSALONICENSES

INTRODUÇÃO
ORIGEM DA IGREJA DE
TESSALÔNICA
Em sua segunda viagem
missionária, o apóstolo Paulo viajou ao
oeste, através da Ásia Menor, passando
por Tarso e então foi de navio pelo Mar
Egeu de Trôade à Macedônia (o que é o
norte da Grécia hoje). Quando ele e seu
grupo vieram à Tessalônica, foi à
sinagoga e pregou a Cristo. Isto
continuou por três sábados. Alguns
creram, mas outros iniciaram uma
revolta contra aqueles que receberam
Paulo e companhia, então os irmãos
enviaram Paulo e Silas à Beréia.
ORIGEM E DATA DE 1
TESSALONICENSES
De Beréia, o apóstolo foi para
Atenas. Ali ele recebeu notícias de que
os cristãos tessalonicenses estavam
sofrendo perseguição. Quando ele foi
impedido numa tentativa de visitá-los,
enviou Timóteo, que mais tarde trouxe
de volta um relatório animador. Isto fez
com que Paulo escrevesse esta carta,
talvez o primeiro livro do Novo
Testamento a ser escrito e certamente a
primeira das cartas inspiradas de Paulo
(em torno de 51 d.C.).
RESUMO DE 1ª
TESSALONICENSES
O apóstolo cobre muitos assuntos,
mas um dos mais importantes é a vinda
do Senhor Jesus. Ela é mencionada em
todos os cinco capítulos. Paulo enxerga
a vinda do Senhor Jesus como um
motivo para o serviço, uma esperança
de recompensa no Tribunal de Cristo,
um estímulo para unidade em amor, uma
esperança confortadora e um apelo para
a santificação do espírito, alma e corpo.
ESBOÇO DE 1ª
TESSALONICENCES
1. Saudação e ações de graças
(1.1-3)
2. Afirmação de Paulo concernente
aos santos (1.4-5a)
3. Como os tessalonicenses se
tornaram cristãos multiplicadores
(1.5b-10)
4. As lembranças de Paulo de
Tessalônica (2.1-12)
5. A resposta dos tessalonicenses
ao Evangelho (2.13-16)
6. Explicação de Paulo sobre a
impossibilidade de retornar à
Tessalônica (2.17-20)
7. A missão de Timóteo em
Tessalônica (3.1-10)
8. A oração de Paulo pela igreja
em Tessalônica (3.11-13)
9. Uma vida de santidade (4.1-8)
10. Uma vida fraternal e ordeira
(4.9-12)
11. A esperança que consola os
crentes (4.13-18)
12. O Dia do Senhor (5.1-11)
13. Várias exortações aos santos
(5.12-22)
14. Saudações finais aos
tessalonicenses (5.23-28)
1. SAUDAÇÕES E AÇÕES DE
GRAÇAS (1.1-3)
Silas e Timóteo estão ligados a
Paulo na introdução costumeira (1).
Então, de maneira previsível o apóstolo
rompe em ações de graças pelos santos
– por sua conversão a Deus, seu serviço
amoroso por Ele e sua paciente espera
pelo Senhor Jesus (2-3).
2. A AFIRMAÇÃO DE PAULO
CONCERNENTE AOS SANTOS
(1.4-5A)
Não havia dúvida de que eles
faziam parte dos eleitos; isto ficou
evidente pela forma que responderam ao
evangelho quando ouviram Paulo pregar
pela primeira vez.
3. COMO OS TESSALONICENSES
SE TORNARAM CRISTÃOS
MULTIPLICADORES (1.5B-10)
Os tessalonicenses haviam se
tornado imitadores de Paulo e do Senhor
por receber a palavra com alegria
mesmo em meio à perseguição. Eles
eram cristãos modelos, anunciando a
palavra do Senhor não somente na
Grécia, mas em todos os lugares. As
notícias rapidamente se espalharam de
como eles deixaram os ídolos e se
converteram a Deus, como estavam
servindo ao Senhor e como estavam
esperando o retorno do Salvador.
4. AS LEMBRANÇAS DE PAULO
DE TESSALÔNICA (2.1-12)
• O sucesso de Paulo em meio
aos conflitos (2.1-2)
Quando Paulo fala sobre sua visita
à Tessalônica, ele lembra os santos que
não foi em vão. Ele havia acabado de
ser surrado e aprisionado em Filipos,
mas não se intimidou. Ele continuou a
pregar ousadamente frente a muita
oposição.
• A mensagem de Paulo aos
tessalonicenses (2.3-4)
Quanto a sua mensagem, era
verdadeira em sua fonte, pura em seu
motivo e fidedigna ao seu método. Ele
via seu ministério do evangelho como
uma mordomia sagrada de Deus e o
levava com a determinação de agradar a
Deus e não aos homens.
• O comportamento de Paulo em
Tessalônica (2.5-12)
O apóstolo coloca grande ênfase
em seu próprio comportamento, um
lembrete de que, em um sentido real, o
homem é a mensagem. Ele não recorria à
bajulação (5a). Ele não estava no
ministério pelo dinheiro (5b-6). Ele era
gentil (7), afetuoso e sacrificial (8),
trabalhador e autossustentável (9), santo,
justo e inculpável (10), com todas as
características de um pai bom e
espiritual (11-12).
5. A RESPOSTA DOS
TESSALONICENSES AO
EVANGELHO (2.13-16)
Mas Paulo também relembra de
como os tessalonicenses haviam
respondido ao evangelho. Eles o haviam
recebido como a Palavra de Deus e não
palavra de homens (13). Após serem
salvos, sofreram perseguição nas mãos
de seus compatriotas assim como as
igrejas da Judéia haviam sofrido nas
mãos dos judeus. A oposição judaica era
realmente intensa. Eles haviam matado
os profetas de Deus, haviam matado o
Senhor Jesus, expulsavam Paulo de
vários locais e faziam de tudo para
impedir que ele pregasse aos gentios.
Por causa da culpa deles que se
agravava, a ira de Deus estava pendendo
sobre suas cabeças, talvez uma
referência à destruição iminente de
Jerusalém em 70 d.C. (14-16).
6. EXPLICAÇÃO DE PAULO
SOBRE A IMPOSSIBILIDADE DE
RETORNAR À TESSALÔNICA
(2.17-20)
Finalmente, o apóstolo explica seu
fracasso de retornar à Tessalônica. Ele
havia tentado duas vezes voltar lá, mas o
diabo o impediu. Certamente não foi por
causa de falta de consideração afetuosa
que Paulo tinha por eles. Ele havia os
levado até Cristo e eles seriam sua
alegria e coroa de glória quando
estivessem perante o Senhor no céu.
O versículo 19 ajuda responder a
pergunta, “Reconheceremos uns aos
outros no céu?” Paulo certamente
esperava reconhecer os tessalonicenses.
7. A MISSÃO DE TIMÓTEO EM
TESSALÔNICA (3.1-10)
• A ansiedade de Paulo em
Atenas (3.1-5)
Frustrado em seu desejo de visitar
os santos, Paulo enviou Timóteo para
encorajá-los a perseverar apesar da
perseguição. Não havia ele já lhes
advertido que teriam que sofrer por
Cristo? (v.1-4). O apóstolo estava
ansioso para saber como estavam
resistindo às intempéries e se estavam
firmes na fé. A expressão “sua fé” é a
chave para este capítulo (v.5).
• A resposta encorajadora de
Timóteo (3.6-10)
Como resultado, Timóteo trouxe um
bom relatório. Os santos estavam
fortalecidos na fé e no amor e estavam
tão ansiosos de rever Paulo como ele
estava para vê-los (v.6). Que refrigério
foi isto para o apóstolo! A constância
deles era como uma transfusão de vida
para ele.
8. A ORAÇÃO DE PAULO PELA
IGREJA EM TESSALÔNICA (3.11-
13)
Ele agradecia ao Senhor por toda a
alegria que deram a ele e orava
continuamente para que pudesse estar
com eles outra vez e edificá-los através
do ministério da Palavra. Ele também
orava que o amor deles fosse
multiplicado nesta vida para que
pudessem ser inculpáveis na outra. A
recompensa deles seria manifestada na
vinda de Cristo com seus santos para
reinar sobre a terra.
9. UMA VIDA DE SANTIDADE (4.1-
8)
O capítulo 4 inicia com um apelo
para agradar a Deus por meio de uma
vida de santidade e encerra com o
arrebatamento dos santos ao céu. Paulo
já os tinha advertido para fazer a
vontade de Deus abstendo-se da
imoralidade sexual. Cada um deve
abster-se das relações sexuais antes do
casamento e da infidelidade depois dele
porque Deus nos chamou para vidas de
santidade e não de desenfreada lascívia.
Desobedecer é desprezar sua Palavra e
ofender o Espírito Santo.
No versículo 1 Paulo poderia estar
pensando em Enoque, que andou com
Deus, agradou a Deus e que foi
arrebatado ao céu por Deus.
10. UMA VIDA FRATERNAL E
ORDEIRA (4.9-12)
Mais uma vez volta o assunto do
amor. Os santos foram ensinados a amar.
Na verdade, podiam distinguir-se
amando. E deveriam continuar a
demonstrar esta graça (9-10). Entretanto,
parece que alguns haviam parado de
trabalhar para esperar a vinda do
Senhor. Isto era irresponsável. Eles
deveriam ser um bom testemunho
trabalhando diligentemente e não
explorando os outros (11-12).
11. A ESPERANÇA QUE CONSOLA
OS CRENTES (4.13-18)
• Os mortos em Cristo (4.13-14)
Também parecia que alguns dos
crentes estavam com medo que seus
entes queridos que haviam morrido em
Cristo, de alguma forma, não estariam
presentes quando Cristo retornasse para
estabelecer Seu reino na terra. Não seria
assim, diz Paulo. Tão certo quanto
Cristo morreu e ressurgiu, assim Deus
irá trazer aqueles santos de volta com
Cristo quando Ele vier reinar. Mas como
isso pode acontecer? Seus restos estão
agora na sepultura. Como pode Deus
trazê-los de volta do céu à terra?
• A ordem dos eventos no
Arrebatamento (4.15-18)
A resposta, naturalmente, é que o
arrebatamento irá acontecer neste meio
tempo. Naquele momento os crentes
vivos não irão ter nenhuma vantagem
sobre aqueles que morreram. O Senhor
vai descer às nuvens. Os mortos em
Cristo ressuscitarão, os vivos serão
transformados e todos irão subir para
encontrar com o Senhor nos ares e para
estar para sempre com Ele. Esta é a
esperança consoladora do povo de
Deus.
12. O DIA DO SENHOR (5.1-11)
• Os tempos e estações (5.1-5)
O assunto agora muda do
arrebatamento para o Dia do Senhor e
especificamente aquele cenário deste
dia conhecido como a Tribulação. Será
um período de sete anos de julgamento
que segue o Arrebatamento. Os
tessalonicenses já haviam sido
ensinados sobre isso e sabiam que ele
viria como um ladrão da noite (1-2). A
destruição iria descer quando todos
estivessem falando sobre paz, mas Paulo
assegura seus leitores que não
precisavam temer porque eles pertencem
ao dia e não à noite. O Dia do Senhor
irá surpreender somente aqueles que
estão em escuridão moral e espiritual
(3-5).
• As principais virtudes cristãs
(5.6-8)
Os crentes devem viver como
filhos da luz sendo vigilantes e sóbrios,
manifestando as principais virtudes
cristãs – fé, esperança e amor.
• Ira não, mas livramento! (5.9-
11)
O apóstolo assegura aos crentes
que não estão sentenciados a sofrer a ira
do Dia do Senhor. Em vez disso obterão
a salvação quando o Salvador vier para
os seus. Porque nós iremos viver com
ele, devemos viver juntos uns com os
outros cooperativamente agora.
13. VÁRIAS EXORTAÇÕES AOS
SANTOS (5.12-22)
Versículos 12-22 contêm
exortações práticas a vários grupos para
a família da fé. Os cristãos devem
reconhecer e respeitar seus líderes
espirituais em uma atmosfera de paz
(v.12-13). Os líderes devem advertir os
desregrados, isto é, aqueles que não
trabalham; encorajar os medrosos;
apoiar os fracos e ser paciente com
todos (v.14). Os santos, em geral, não
devem retaliar, mas demonstrar bondade
positiva (v.15). Sendo alegres,
dedicados a oração e agradecidos, eles
farão a vontade de Deus (v.16-18). Na
assembléia ou qualquer outro lugar, eles
não devem reprimir o Espírito ou
desprezar as profecias. Devem testar
todos os ensinamentos pela Palavra e
reter o que é bom. Eles devem se abster
de qualquer forma do mal (v.19-22).
14. SAUDAÇÕES FINAIS AOS
TESSALONICENSES (5.23-28)
Para terminar, Paulo pede a Deus
que os santifique de forma integral para
que sejam irrepreensíveis quando Jesus
voltar. Ele está confiante de que nosso
Deus fiel fará isso. Após um pedido
pessoal por oração, um ósculo santo
para todos os irmãos e uma incumbência
para que a carta seja lida publicamente,
o apóstolo acrescenta sua saudação
característica, “Graça”.
A SEGUNDA CARTA
DE PAULO AOS
TESSALONICENSES

INTRODUÇÃO
CONTEXTO E DATA DE 2
TESSALONICENSES
Acredita-se que esta carta foi
escrita de Corinto logo após 1
Tessalonicenses (em torno de 51 d.C.).
Paulo, Silvano e Timóteo estavam ainda
juntos (1.1) e Corinto é a única cidade
onde lemos sobre esse fato de estarem
juntos (Atos 18.1,5).
MENSAGEM DE 2
TESSALONICENSES
Havia uma razão tripla para outra
epístola em breve. Os santos estavam
sendo perseguidos e precisavam ser
encorajados (cap.1). Eles estavam sendo
enganados quanto ao Dia do Senhor e
precisavam ser iluminados (cap.2).
Alguns estavam vivendo no ócio e
precisavam ser corrigidos porque o
Senhor estava prestes a vir (cap.3).
ESBOÇO DE 2 TESSALONICENSES
1. Saudação e expressão de
gratidão de Paulo (1.1-5)
2. Julgamento justo de Deus (1.6-
10)
3. A oração de Paulo pelos santos
(1.11-12)
4. Os eventos que precedem e
acontecem durante o Dia do Senhor
(2.1-12)
5. A Gratidão de Paulo pelos
santos escaparem do julgamento
(2.13-14)
6. O apelo de Paulo pelos santos
(2.15)
7. A oração de Paulo pelos santos
(2.16-17)
8. O pedido de Paulo por oração
(3.1-2)
9. A confiança de Paulo
concernente aos santos (3.3-5)
10. Instruções para lidar com os
insubordinados (3.6-15)
11. Bênção (3.16-18)
1. SAUDAÇÃO E EXPRESSÃO DE
GRATIDÃO DE PAULO (1.1-5)
Seguindo sua saudação, muito
semelhante à de 1 Tessaloniceses, Paulo
expressa sua gratidão a Deus pelos
santos. Ele destaca a fé, o amor e a
perseverança deles na perseguição e na
aflição. Ele omite a esperança deles,
provavelmente porque precisavam de
mais ensino sobre a vinda do Senhor. A
forma que estavam perseverando na
perseguição demonstrava sua aptidão
para governar com Cristo em Seu reino
vindouro.
2. O JULGAMENTO JUSTO DE
DEUS (1.6-10)
Na Segunda Vinda, perseguidores
serão publicamente punidos e o povo
perseguido de Deus permanecerá. Cristo
virá em fogo consumidor, banindo os
descrentes de sua presença para sempre.
Seus santos vão glorificá-lO e admirá-
lO naquele dia.
3. A ORAÇÃO DE PAULO PELOS
SANTOS (1.11-12)
O apóstolo ora para que a vida dos
tessalonicense seja digna de uma
chamada tão nobre e que o poder
tremendo de Deus possa capacitá-los
para obedecer todo o impulso de fazer o
bem e cumprir toda obra realizada pela
fé.
4. OS EVENTOS QUE PRECEDEM
E OCORREM DURANTE O DIA DO
SENHOR (2.1-12)
• O consolo da Vinda do Senhor
(2.1-2)
Os tessalonicenses estavam
confusos pelas supostas revelações que
o Dia do Senhor já havia chegado, que
já estavam na Tribulação. A severa
perseguição na qual estavam sofrendo
tornaram esta idéia ainda mais crível.
Paulo instrui-os com base no
arrebatamento de que não deveriam
pensar que o Dia do Senhor estava
presente; em outras palavras, eles
seriam arrebatados ao lar celestial antes
deste dia chegar.
• A grande Apostasia (2.3-7)
Três outros eventos vão acontecer
antes do dia do Senhor: (1) Uma grande
apostasia ou perda da fé vai ocorrer. (2)
O homem da iniquidade, isto é, o
anticristo, será revelado. (3) Aquele que
refreia, a quem acreditamos seja o
Espírito Santo, será tirado do caminho.
No arrebatamento, o Espírito Santo será
removido como aquele que habita
permanentemente na Igreja e nos crentes
individuais.
• O Anticristo e a Tribulação
(2.8-12)
O homem da iniquidade irá se opor
a todas as formas de religião; irá
ordenar que todas as pessoas adorem-no
e irá enganar as pessoas com seus
milagres (v.4,9,10a). Aqueles que se
recusarem a confiar em Cristo nesta era
da graça e que ainda estiverem vivos no
Período da Tribulação serão enganados
pela sua mentira de que é Deus (v.10b-
11). Tanto o anticristo como seus
adoradores serão julgados quando
Cristo retornar à terra em poder e glória
(v.8b,12).
5. A GRATIDÃO DE PAULO PELOS
SANTOS ESCAPAREM DO
JULGAMENTO (2.13-14)
Paulo expressa gratidão pelos
santos escaparem deste julgamento.
Deus os escolheu desde a eternidade, os
chamou em tempo e irá glorificá-los
com Cristo no futuro.
6. O APELO DE PAULO PELOS
SANTOS (2.15)
Em vista destas coisas, eles devem
permanecer firmes.
7. A ORAÇÃO DE PAULO PELOS
SANTOS (2.16-17)
O capítulo termina com a oração de
Paulo para que Deus console seus
corações e os confirmem em toda boa
obra e palavra.
8. O PEDIDO DE PAULO POR
ORAÇÃO (3.1-2)
O apóstolo pede oração para que a
palavra do Senhor possa ser
disseminada e prospere e que ele possa
ser liberto do ódio de homens
perversos.
9. A CONFIANÇA DE PAULO
CONCERNENTE AOS SANTOS
(3.3-5)
Ele tem a confiança que o Senhor
fiel irá preservar os crentes e que vão
continuar a obedecer a Palavra, amando
como Deus ama e permanecendo
constante como Cristo é constante.
10. INSTRUÇÕES PARA LIDAR
COM OS INSUBORDINADOS (3.6-
15)
Alguns dos cristãos em Tessalônica
estavam andando desleixadamente, isto
é, haviam parado de trabalhar para
poder esperar a volta do Senhor. Paulo
ordena o restante para demonstrar sua
reprovação recusando contato com estes
irmãos preguiçosos (v.6). Ele havia
dado a eles um exemplo de uma pessoa
que trabalha duro, ganhando seu próprio
sustento e não explorando os outros. Ele
não havia usado seu direito de ser
sustentado por aqueles a quem havia
ministrado (v.7-9).
A regra é de que se um homem não
quer trabalhar, que não seja alimentado.
Ao invés de ser uma pessoa
desobediente, preguiçosa e intrometida,
ele deveria trabalhar calmamente e
sustentar a si mesmo e sua família (v.10-
12). Se ele recusar, deveria ser
disciplinado pelos outros crentes e
aconselhado por eles – mas não tratado
como inimigo (v.13-15).
11. BÊNÇÃO (3.16-18)
Paulo termina com “fechamento
pacífico para uma epístola
tempestuosa”. Com caneta na mão, ele
deseja aos santos a paz, a presença e a
graça de Deus.
A PRIMEIRA CARTA
DE PAULO A
TIMÓTEO

INTRODUÇÃO
AS EPÍSTOLAS PASTORAIS
As cartas de Paulo a Timóteo e Tito
são chamadas de Epístolas Pastorais. O
nome é apropriado se isto significar que
as cartas contêm instruções para o
cuidado pastoral de igrejas, mas
inadequado se sugere que Timóteo e Tito
eram pastores de igrejas. Na verdade
eles eram obreiros itinerantes servindo
como assistentes.
CONTEXTO DE 1 TIMÓTEO
O apóstolo conheceu Timóteo
durante sua primeira visita à Listra.
Timóteo já era um discípulo naquele
tempo (Atos 16.1). A partir daquele
momento os dois trabalharam juntos.
Quando Paulo fala de Timóteo como seu
filho, isto pode significar que ele o
considerava assim porque seguia as
orientações de Paulo, não
necessariamente de que tenha sido o
apóstolo que o levou à fé em Cristo.
DATA DE 1 TIMÓTEO
É geralmente aceito que Paulo
escreveu esta carta após ter sido solto
de sua prisão domiciliar em Roma, entre
63 e 67 d.C. e assim depois dos eventos
registrados no Livro de Atos.
TEMA DE 1 TIMÓTEO
O tema desta carta é dado em 3.15:
“...como se deve proceder na casa de
Deus, que é a igreja do Deus vivo,
coluna e baluarte da verdade”.
ESBOÇO DE 1 TIMÓTEO
1. Saudações iniciais a Timóteo
(1.1-2)
2. Exortação para silenciar os
falsos mestres (1.3-11)
3. Ações de graças pela verdadeira
graça de Deus (1.12-17)
4. Reafirmando a exortação a
Timóteo (1.18-20)
5. Instruções concernentes à vida
congregacional (Caps. 2-3)
6. Advertência contra a iminente
apostasia (4.1-5)
7. Instruções positivas a Timóteo
em vista da iminente apostasia
(4.6-16)
8. Instruções específicas
concernentes a várias classes de
crentes (5.1 – 6.2)
9. Falsos mestres e o amor ao
dinheiro (6.3-10)
10. Últimas exortações a Timóteo
(6.11-21)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS A
TIMÓTEO (CAP. 1.1-2)
As saudações iniciais a Timóteo
exalam grande cordialidade; Paulo o
chama de “verdadeiro filho na fé”.
2. EXORTAÇÃO PARA SILENCIAR
OS FALSOS MESTRES
(CAP. 1.3-11)
• O propósito da exortação de
Paulo (1.3-5)
Imediatamente ele se lança à
exortação que já havia dado antes, isto
é: que Timóteo silenciasse falsos
mestres que estavam ensinando mitos
sem valor e genealogias intermináveis
(v.3-4). O objetivo final da exortação
era produzir não apenas ortodoxia, mas
amor de um coração puro, uma boa
consciência e uma fé sincera (v.5).
• O propósito da Lei (1.4-11)
Os falsos mestres estavam
insistindo na guarda da lei como meio
de obter o favor de Deus (v.6-7). Eles
deveriam compreender que a lei é boa
se usada legitimamente e o uso legítimo
da lei é produzir convicção do pecado.
A lei não foi dada para homens bons,
mas para os sem lei e desobedientes dos
quais Paulo procede e lista 13 exemplos
(v.8-11).
3. AÇÕES DE GRAÇAS PELA
VERDADEIRA GRAÇA DE DEUS
(CAP. 1.12-17)
Este catálogo de pecados
aparentemente lembrava Paulo de sua
própria conversão e da graça de Deus
que o chamou para Sua obra. Ele havia
sido um blasfemo, um perseguidor e um
homem violento – de fato, o principal
dos pecadores. Mas Cristo morreu por
pecadores como ele, mostrou grande
graça por ele e o estabeleceu como
modelo do que a graça de Deus pode
fazer na vida de uma pessoa. Este
pensamento levou o apóstolo a eclodir
numa eloqüente doxologia.
4. REAFIRMANDO A EXORTAÇÃO
A TIMÓTEO (CAP. 1.18-20)
Parece que profecias foram feitas
apontando Timóteo para a obra do
Senhor. Paulo relembra isso a Timóteo e
repete seu pedido para que reprenda os
falsos mestres. Neste bom combate o
jovem soldado deve manter a fé e a boa
consciência. Alguns conhecidos do
apóstolo haviam abandonado a boa
consciência, haviam blasfemado e
naufragaram na fé. Paulo os havia
entregue a Satanás para castigo e
correção.
5. INSTRUÇÕES CONCERNENTES
À VIDA CONGREGACIONAL (CAP.
2 E 3)
Capítulos 2 e 3 contêm instruções
em relação à ordem na Igreja.
• Oração por todas as pessoas
(2.1-7)
Orações devem ser feitas por
todos, especialmente pelos governantes
para que os crentes vivam em
tranquilidade e em paz. Isto tem a ver
com o desejo de Deus que todos sejam
salvos. Os crentes possuem a chave de
como chegar-se a Deus. Paulo
apresenta-se a si mesmo como uma
prova viva do desejo de Deus pela
salvação de todos; o Senhor o designou
para levar a mensagem aos gentios.
• O papel dos homens na Igreja
(2.8)
Paulo ensina que os homens devem
dirigir a oração pública, mas os homens
que o fazem devem ser santos e
pacificadores.
• O papel das mulheres na Igreja
(2.9-15)
Em relação às mulheres, Paulo
menciona que devem se vestir
modestamente, evitando estilos
chamativos. Entretanto, mais importante
é seu caráter interno, manifestado por
boas obras. Na igreja as mulheres
devem aprender silenciosamente com
toda sujeição, sem ensinar ou usurpar
autoridade sobre os homens. Isto não é
uma questão cultural, mas remete à
ordem da criação e a entrada do pecado
através de Eva ser enganada. No
entanto, a sujeição da mulher não
significa que não tenha um papel crucial
para desenvolver. Ela tem recebido o
importante ministério de criar os filhos
para Deus. Esta é sua posição na igreja,
em outras palavras, o que a salva da
insignificância e a exalta a um lugar de
grande honra.
• Qualificações para os pastores
(3.1-7)
Paulo agora instrui Timóteo sobre
as qualificações dos pastores na
assembléia local. Todo aquele que
almeja o episcopado deseja uma boa
obra. Ele deve ser irrepreensível,
marido de uma só mulher, temperante,
sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto a
ensinar e não viciado em vinho, que não
seja briguento ou amante de dinheiro,
gentil, líder em seu lar e não novo
convertido e com uma boa reputação em
sua comunidade.
• Qualificações para os diáconos
(3.8-13)
Os diáconos são aqueles que
servem a igreja com qualquer
capacidade diferente da dos pastores ou
presbíteros. Os diáconos devem ser
respeitáveis, de uma só palavra, não
viciados ao vinho e não cobiçosos. Eles
devem ser inteiros na doutrina como na
vida. Devem ser primeiramente testados
para assegurar que são irrepreensíveis.
Devem ser maridos de uma só mulher e
líderes em seus lares (v.8-10,12). As
mulheres (tanto diaconisas ou esposas
de diáconos) devem ser dignas e não
fofoqueiras, mas equilibradas e fiéis a
todas as coisas (v.11). Por servir bem,
um diácono ganha o respeito dos outros
e grande confiança para falar sobre a fé
cristã (v.13).
• O grande mistério da fé (3.14-
16)
Como Paulo escreveu, ele esperava
ver Timóteo em breve, mas se o
apóstolo se atrasasse, queria que seu
verdadeiro filho soubesse como se
comportar na igreja, que é a coluna e
baluarte da verdade. Ele resume esta
verdade, isto é, a fé cristã, em um credo
em que chama de o mistério da piedade.
Isso inclui declarações básicas
concernentes ao Cristo encarnado. Ele
foi manifesto na carne em sua
encarnação; justificado no Espírito em
seu batismo, transfiguração, ressurreição
e ascensão; assistido por anjos em seu
nascimento, tentação, agonia no Jardim,
ressurreição e ascensão; pregado entre
os gentios do período apostólico até
agora; crido no mundo, embora não pelo
mundo; e recebido na glória em sua
ascensão.
6. ADVERTÊNCIA CONTRA A
IMINENTE APOSTASIA (CAP. 4.1-5)
Paulo prevê uma apostasia nos
últimos dias com homens abandonando a
verdade pelo espiritismo e demonismo.
Ele chama estes homens de mentirosos
hipócritas com consciências
cauterizadas. Duas de suas doutrinas são
a abstinência compulsória do casamento
e de várias comidas. O apóstolo lembra
Timóteo de que todas as comidas são
boas, são presentes de Deus,
santificados pela Palavra de Deus e
oração e devem ser comidas com ações
de graças.
7. INSTRUÇÕES POSITIVAS A
TIMÓTEO EM VISTA DA
IMINENTE APOSTASIA (CAP. 4.6-
16)
Em vista desta iminente apostasia,
Timóteo deveria regularmente lembrar
os cristãos deste perigo. Sua própria
vida deveria ser uma vida de piedade e
assim um exemplo aos outros. Ele
deveria dar atenção à leitura pública das
Escrituras, usar integralmente seu dom,
ser sincero em seu serviço, guardar sua
vida pessoal e ser atento ao efeito de
seu ensino aos outros.
8. INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
CONCERNENTES A VÁRIAS
CLASSES DE CRENTES (CAP. 5.1 –
6.2)
Do versículo 1 do capítulo 5 até o
segundo versículo do capítulo 6, temos
instruções específicas concernentes a
vários grupos na comunhão cristã.
• Tratamento adequado de vários
grupos (5.1-2)
Um jovem como Timóteo não deve
repreender um idoso, mas tê-lo como
pai. Ele deveria tratar os moços como
irmãos, mulheres mais velhas como
mães e as mais novas como irmãs.
• Tratamento adequado às viúvas
(5.3-16)
Em relação ao cuidado com as
viúvas, aquelas que tivessem parentes
vivos deveriam ser cuidadas por eles.
Aquelas que não tivessem parentes são
“viúvas de fato”. Se já fossem mais
idosas, se fossem mulheres de caráter
excelente e que serviram a Cristo e Seu
povo deveriam ser sustentadas pela
igreja. Seria melhor que viúvas mais
novas casassem novamente porque as
tentações de desejos sexuais e o ócio as
levaria a problemas com freqüência.
• Tratamento adequado aos
presbíteros (5.17-20)
Presbíteros que presidem bem
merecem sustento financeiro como
também respeito e honra. Qualquer
acusação contra um presbítero deve ser
confirmada por duas ou três
testemunhas. Aqueles que pecassem
deveriam ser repreendidos
publicamente.
• O conselho pessoal de Paulo a
Timóteo (5.21-25)
Timóteo deveria obedecer estas
instruções imparcialmente. Ele não
deveria fazer julgamentos precipitados
ao escolher pessoas para a obra, ou se
envolver com o pecado. Ele deveria
evitar água contaminada que
aparentemente estava fazendo-lhe mal e
usar um pouco de vinho para usos
medicinais. Deveria se lembrar de que
tanto os pecados como as boas obras se
tornam conhecidos, uns mais cedo outros
mais tarde.
• Tratamento adequado aos
senhores (6.1-2)
Escravos cristãos que têm senhores
não crentes devem tratá-los com
respeito como um testemunho para o
Senhor. Aqueles que têm senhores
cristãos não devem desprezá-los ou tirar
vantagem deles porque são irmãos em
Cristo. Estas instruções se aplicam a
empregados cristãos em todos os lugares
de todas as épocas.
9. FALSOS MESTRES E O AMOR
AO DINHEIRO (CAP. 6.3-10)
• Caráter pecaminoso dos falsos
mestres (6.3-5)
Agora o apóstolo dá um duro golpe
contra os falsos mestres. Ele diz que são
arrogantes, ignorantes e briguentos,
produzem inveja, disputas, linguagem
abusiva, desconfianças malignas e
contendas. Além disso, acham que o
ministério é uma forma de enriquecer a
si mesmos.
• A riqueza de um
contentamento piedoso (6.6-8)
A verdade é que a piedade com
contentamento é grande riqueza. O
contentamento consiste em estar
satisfeito com as necessidades básicas
da vida.
• Raiz de todo tipo de mal (6.9-
10)
A cobiça por riquezas leva à
tentação, ciladas, temores, desejos tolos,
ruínas e muitas dores. O amor ao
dinheiro é verdadeiramente uma raiz de
todos os tipos de mal.
10. ÚLTIMAS EXORTAÇÕES A
TIMÓTEO (CAP. 6.11-21)
• A boa confissão (6.11-16)
Em suas admoestações finais a
Timóteo, Paulo diz fuja, siga e lute. Fuja
dos perigos das riquezas. Siga a justiça
e outras grandes virtudes cristãs. Lute o
bom combate da fé, tome posse da vida
eterna para a qual foi chamado. O
apóstolo também diz a Timóteo para ser
fiel à verdade até que o Senhor volte.
• Instruções para os ricos (6.17-
19)
Timóteo deveria, sem temor,
admoestar aqueles que são ricos a evitar
a vaidade e dependência em suas
riquezas. Em vez disso deveriam confiar
em Deus e usar suas riquezas para o bem
dos outros. Desta forma, eles teriam
tesouros eternos.
• Guardar a fé (6.20-21a)
Finalmente Paulo pede que Timóteo
guarde a verdadeira doutrina da fé que
foi comissionada a ele evitando debates
inúteis e qualquer forma de
conhecimento que conflita com a Bíblia.
Estas coisas afastam as pessoas da fé.
• Bênção (6.21b)
A bênção final é “graça”. Foi
escrita a Timóteo e a todos quantos
compartilham da carta com ele. O
pensamento aqui não é tanto o favor
imerecido de Deus na salvação, mas Sua
força e ajuda na caminhada cristã.
A SEGUNDA CARTA
DE PAULO A
TIMÓTEO

INTRODUÇÃO
DATA DE 2 TIMÓTEO
Esta é a última carta de Paulo,
escrita em seu aprisionamento final em
Roma, por volta de 67-68 d.C.
CONTEXTO DE 2 TIMÓTEO
Percebendo que logo seria
executado, Paulo estava ansioso para
encorajar e instruir Timóteo. Dias
obscuros aguardavam a Igreja. Os
problemas se multiplicariam. Timóteo
deveria ser corajoso e desembaraçado
para o desempenho de seu ministério.
Quanto mais a escuridão tentar abatê-lo,
mais ele deveria treinar outros, suportar
as dificuldades e afastar-se do mal. O
grande recurso de Timóteo em um tempo
de pecaminosidade na vida e na doutrina
são as Sagradas Escrituras. Ele deveria
servir fielmente, pregar a Palavra,
vigiar, perseverar, ou seja, cumprir seu
ministério como servo de Deus.
ESBOÇO DE 2 TIMÓTEO
1. Saudações iniciais a Timóteo
(1.1-5)
2. Exortação a Timóteo (1.6-2.13)
3. A necessidade especial de
defender a fé cristã (2.14-26)
4. Descrição da apostasia vindoura
(3.1-13)
5. O recurso do homem de Deus em
vista da apostasia (3.14-4.8)
6. Pedidos pessoais e observações
(4.9-22)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS A
TIMÓTEO (CAP. 1.1-5)
Imagine as profundas emoções que
podem ter surgido no coração de Paulo
quando ele escrevia sua última carta ao
seu filho amado (v.1-2)! Ele agradece a
Deus pelas memórias de seu irmão mais
jovem – suas lágrimas, talvez quando
partiram pela última vez, sua fé sincera
e sua mãe e avó piedosas (v.3-5).
2. EXORTAÇÃO A TIMÓTEO (CAP.
1.6 – 2.13)
• Sem se envergonhar do
Evangelho (1.6-12)
Agora palavras de exortação são
despejadas em uma rápida sucessão.
Timóteo não deveria ser tímido, mas
forte, amoroso e disciplinado (v.6-7).
Ele não deveria se envergonhar do
Evangelho ou de Paulo em seu
aprisionamento, mas deveria estar
disposto a sofrer pelo Evangelho (v.8).
Esta é a única atitude razoável quando
pensamos na natureza sublime do
Evangelho e o que Deus fez por nós.
Embora Paulo estivesse sofrendo, ele
não se envergonhava, mas era confiante
no poder de Deus (v.9-12).
• Lealdade à fé (1.13-18)
Timóteo deveria guardar a fé como
o apóstolo havia entregado a ele (v.13-
14). E ele deveria estar ao lado de seus
amigos cristãos (v.15-18). Os amigos de
Paulo na província da Ásia o haviam
abandonado, mas um homem, Onesíforo,
era fiel e o amparava na prisão.
• Forte na graça (2.1-10)
O conselho do pai continua. Quanto
a Timóteo, deveria ser forte na graça de
Cristo Jesus. Ele também deveria
ensinar a homens fiéis que fossem
capazes de repassar a outros (v.1-2).
Como um soldado, deveria suportar as
dificuldades e manter-se desembaraçado
do mundo (v.3-4). Como um atleta,
deveria obedecer às regras (v.5). Como
lavrador, deveria trabalhar com a
certeza de uma porção na colheita (v.6-
10).
• Uma palavra fiel (2.11-13)
Paulo aparentemente cita um hino
cristão primitivo que diz: “Se formos
fiéis ao Salvador, seremos amplamente
recompensados. Se O negarmos, Ele nos
negará, Ele sempre vai agir de acordo
com Seu caráter fiel”. Aqui a negação é
de um descrente, não de um discípulo
verdadeiro como Pedro. O Senhor nunca
negará os Seus.
3. A NECESSIDADE ESPECIAL DE
DEFENDER A FÉ CRISTÃ (CAP.
2.14-26)
• Obreiros aprovados (2.14-15)
Timóteo deveria advertir outros
ensinadores para não se envolverem em
minúcias sobre palavras (v.14). Ele
mesmo deveria se apresentar como um
obreiro aprovado sem do que se
envergonhar, manejando corretamente a
palavra da verdade (v.15).
• Obreiros reprovados (2.16-19)
Paulo constantemente remete aos
falsos mestres cujas doutrinas falsas
levam a mais impiedade. Ele menciona
dois homens que ensinavam que a
ressurreição havia passado, destruindo a
fé de alguns (v.16-18). Então se consola
no fato de que Deus não foi derrotado; e
Ele conhece os que Lhe pertencem. Se
alguém reivindica ser seu, esta pessoa
deve provar vivendo uma vida santa.
• A grande casa que é a
cristandade (2.20-21)
A cristandade é feita de uma
multidão mista – os verdadeiros e os
falsos. Para ser um servo efetivo do
Mestre, um homem deve estar separado
do pecado, seja de pessoas ou de suas
doutrinas.
• Pureza, paciência e paz (2.22-
26)
É importante para Timóteo fugir
dos desejos pecaminosos e seguir a
pureza e a integridade pessoal (v.22).
Ele deveria evitar argumentos e
contendas inúteis e pacientemente
ensinar aqueles que o opõem com a
esperança de que irão se livrar do laço
do diabo e retornar à verdade de Deus
(v.23-26).
4. DESCRIÇÃO DA APOSTASIA
VINDOURA (CAP. 3.1-13)
• Tempos e homens perigosos
(3.1-5)
Paulo prevê tempos terríveis nos
últimos dias. O caráter dos apóstatas é
detalhado – e não é um quadro bonito.
Timóteo deve se afastar deles.
• Vendedores de heresias (3.6-9)
Quanto à estratégia deles, fazem
seus caminhos com mulheres ingênuas
que, cientes de suas cargas de pecados,
estão dispostas a aceitar qualquer
remédio falso que aparece, mas nunca
aceitam a verdade. Os apóstatas são
como os encantadores egípcios que se
opuseram a Moisés e o fracasso deles
também é certo.
• O estilo de vida do homem de
Deus (3.10-13)
Em contraste a estes falsos mestres
era a vida e o ministério do apóstolo
Paulo, marcado por nove características
de serviço e sofrimento (v.10-11). Ele
relembra Timóteo que a perseguição é
inevitável para aqueles que vivem uma
vida piedosa. Os perversos vão de mal a
pior. (v.12-13).
5. O RECURSO DO HOMEM DE
DEUS EM VISTA DA APOSTASIA
(CAP. 3.14 – 4.8)
• A palavra perfeita de Deus
(3.14-17)
O grande recurso do homem de
Deus nos dias de apostasia é
permanecer na Palavra de Deus.
Timóteo sabia as Sagradas Escrituras
desde a infância. Estes escritos são
inspirados por Deus e proveitosos para
capacitar o homem de Deus em toda a
boa obra e são capazes de torná-lo sábio
para a salvação em primeiro lugar.
• Ministrando em meio a
crescente apostasia (4.1-8)
Agora chegamos à advertência final
de Paulo a Timóteo. Primeiro ele pede
por uma proclamação positiva da
mensagem (v.1-2). São dadas duas
razões: haverá um abandono geral da sã
doutrina; e o tempo da partida de Paulo
estava próximo (v.3-4). Depois Paulo
impele seu assistente a manter sua razão,
suportar as aflições, a evangelizar e
completar todas as exigências e
requisitos de seu ministério (v.5-8).
6. PEDIDOS PESSOAIS E
OBSERVAÇÕES (CAP. 4.9-22)
• Notícias pessoais de Paulo (4.9-
13)
Agora o apóstolo acrescenta
algumas notas pessoais. Ele anseia que
Timóteo venha a Roma e traga Marcos.
Um de seus companheiros o havia
abandonado e outros tinham partido para
outro lugar, deixando apenas Lucas com
ele. Ele pede que Timóteo traga sua
capa e seus livros, especialmente os
pergaminhos. Alguns destes devem ter
sido as Escrituras e alguns para
correspondência.
• Um mestre fiel em meio a
homens infiéis (4.14-18)
Em relação ao seu julgamento,
Alexandre causou-lhe muitos males,
quem sabe acusando-o falsamente e se
opondo ao testemunho de Paulo. Na
primeira defesa do apóstolo, ninguém
testificou por ele, mas o Senhor o
assistiu e foi-lhe dado um alívio
temporário. Ele estava confiante de que
o Senhor o libertaria de toda obra
maligna e o preservaria para o Seu reino
eterno.
• A saudação final de Paulo
(4.19-22)
Após algumas notas adicionais e
um apelo pungente para que Timóteo
viesse antes do inverno, Paulo pronuncia
sua bênção final ao seu filho verdadeiro
e a todos que estão com ele. Ele entrega
sua caneta e breve entregaria sua vida,
mas a fragrância de sua vida e a bênção
de seu ministério estão ainda conosco
até hoje. Quanto devemos a ele e às suas
cartas inspiradas por Deus!
A CARTA DE PAULO
A TITO

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DE TITO
Entre seus dois aprisionamentos
romanos, Paulo havia deixado Tito em
Creta para ver que a ordem tinha sido
estabelecida e mantida nas igrejas lá.
Tito era um companheiro de viagem e
mensageiro do apóstolo que foi
incumbido de resolver problemas das
igrejas.
A MENSAGEM DE TITO
A carta a Tito lista algumas das
necessidades para uma igreja ordeira.
Primeiramente, os ministros devem
possuir certas qualificações. Segundo,
os falsos mestres devem ser silenciados.
Terceiro, a sã doutrina deve ser
ensinada e obedecida. Finalmente, os
santos devem ser sujeitos aos governos
humanos e devotos a boas obras ao
invés de serem desocupados.
DATA DE TITO
A carta foi escrita por volta de 65
d.C., isto é, antes de 2 Timóteo.
ESBOÇO DE TITO
1. Saudações iniciais a Tito (1.1-4)
2. Ministros na igreja local (1.5-9)
3. Falsas doutrinas na igreja local
(1.10-16)
4. Serviço na igreja local (Cap.2)
5. Exortação na igreja local (3.1-
11)
6. Saudações finais (3.12-15)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS A TITO
(CAP. 1.1-4)
Em uma introdução mais longa que
a usual, o apóstolo Paulo resume seu
ministério em evangelismo, educação e
expectativa. Ele trouxe pessoas à fé,
ensinou-lhes a verdade e assegurou
quanto à futura glória. O Evangelho
havia sido prometido há séculos,
manifestado através da pregação e
comissionado a ele (e a outros,
naturalmente). Ele chama Tito de seu
filho na fé.
2. MINISTROS NA IGREJA LOCAL
(CAP. 1.5-9)
Como mencionado, Paulo deixou
Tito em Creta para completar o que o
apóstolo não terminou e para ordenar
ministros nas igrejas. As qualificações
dadas nos versículos 6-9 dizem o que os
ministros deveriam ser em casa, consigo
mesmo e na igreja. Exigia-se caráter
espiritual maduro e habilidades efetivas
de liderança.
3. FALSAS DOUTRINAS NA
IGREJA LOCAL (CAP. 1.10-16)
• Repreensão aos enganadores
(1.10-11)
Tito deveria repreender falsos
mestres, especialmente os judaizantes
que buscavam misturar lei e graça e cujo
objetivo era fazer dinheiro para si
próprios.
• Repreensão dos cretenses
(1.12-15)
Os próprios cretenses também
deveriam ser repreendidos; como povo
eram “mentirosos, feras terríveis,
ventres preguiçosos”. Deveriam ser
advertidos contra as fábulas judaicas e
leis de dietas que estavam agora
canceladas. Em geral os cretenses eram
ofensivos, desobedientes e impróprios
para fazer qualquer coisa boa.
4. SERVIÇO NA IGREJA LOCAL
(CAP. 2)
• Qualidades de uma igreja
saudável (2.1-10)
Paulo agora descreve a vivência
prática de uma doutrina saudável em
cinco classes de pessoas: homens
idosos, mulheres idosas, mulheres
novas, homens novos e servos.
• Treinado pela graça salvadora
(2.11-15)
Um dos grandes propósitos de
nossa salvação é produzir vidas de pura
santidade. A mesma graça que traz
salvação nos ensina a viver vidas
exemplares enquanto esperamos pelo
retorno do Salvador. Um dos propósitos
da vinda de Cristo e do auto-sacrifício
era nos redimir da iniqüidade e purificar
um povo zeloso e de boas obras para Si.
Tito deveria ensinar isso e exortar e
repreender sem receio.
5. EXORTAÇÃO NA IGREJA
LOCAL (CAP. 3.1-11)
• Graça gentil dos herdeiros da
graça (3.1-2)
Os cristãos são obrigados a
obedecer seus governantes e a estar
prontos para qualquer obra honesta.
Evitando fala e brigas malignas, devem
ser gentis e educados.
• Antes e depois da Graça de
Deus (3.3-8)
Antes de nossa conversão, éramos
caracterizados por um catálogo de
vícios (v.3). Então Deus nos salvou pela
Sua graça, não pelas nossas obras.
Experimentamos um banho de
regeneração e renovo do Espírito Santo
e nos tornamos herdeiros da vida eterna.
Já que fomos salvos de tanta coisa e por
tão grande salvação, devemos viver de
forma digna mantendo as boas obras
(v.4-8).
• Evitando disputas e divisões
(3.9-11)
Tito foi cobrado para evitar
controvérsias tolas. Ele também deveria
rejeitar uma pessoa divisora
(“herético”, lit. faccioso) depois de duas
admoestações já que tal pessoa é
subversiva, pecaminosa e
autocondenada.
6. SAUDAÇÕES FINAIS (CAP. 3.12-
15)
Esta carta fecha com algumas
curtas diretivas a Tito envolvendo os
companheiros na obra e um apelo final
para crentes se envolverem
profundamente em boas obras. Esta
expressão “boas obras” é encontrada
sete vezes nesta pequena epístola e, por
isso, é um de seus principais temas.
A CARTA A
FILEMOM

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DE FILEMOM
Durante o aprisionamento de Paulo
em Roma, ele conheceu um escravo
fugitivo chamado Onésimo e o levou a
Cristo. Por uma “coincidência”
extraordinária, Paulo conhecia o
proprietário do escravo, um cristão em
Colossos chamado Filemom.
PROPÓSITO DE FILEMOM
Em mandar Onésimo de volta a
Filemom, o apóstolo decidiu interceder
para sua reintegração não somente como
um escravo, mas agora como um irmão
no Senhor. A carta é uma obra prima de
intercessão diplomática.
DATA DE FILEMOM
Esta carta linda e graciosa foi
provavelmente escrita por volta de 62
d.C., no mesmo período da carta de
Colossenses. Paulo comissiona Tíquico
para entregar ambas as cartas e enviou
Onésimo de volta com ele (Cl 4.7-9).
ESBOÇO DE FILEMOM
1. Saudações iniciais (v. 1-3)
2. Ação de graças de Paulo e
oração por Filemom (v.4-7)
3. O apelo de Paulo por Onésimo
(v.8-16)
4. Paulo encoraja a obediência de
Filemom (v.17-20)
5. Observações finais (v.21-25)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS (V. 1-3)
Timóteo estava com Paulo,
prisioneiro, no momento da escrita. Esta
carta é direcionada não somente a
Filemom, mas também a Áfia e Arquipo,
que geralmente tem-se aceito como
sendo esposa e filho de Filemom e à
igreja que se reunia em sua casa.
2. AÇÃO DE GRAÇAS DE PAULO E
ORAÇÃO POR FILEMOM
(V.4-7)
O apóstolo manda seu cumprimento
costumeiro de graça e paz. Paulo
expressa seu apreço sincero pelo caráter
de Filemom, particularmente seu amor e
fé e ora para que sua bondade aos outros
possa fazer muitos verem as coisas boas
que são nossas em Cristo Jesus. A
generosidade e o amor abnegado de
Filemom trouxeram grande alegria e
conforto ao apóstolo.
3. O APELO DE PAULO POR
ONÉSIMO (V.8-16)
Ao invés de ordenar que Filemom
recebesse Onésimo cordialmente, Paulo
lhe faz um apelo em tom amoroso, como
um homem de idade avançada e um
prisioneiro de Cristo Jesus (v.8-10).
Apesar de seu nome, que significa
“rentável”, Onésimo havia sido qualquer
coisa, menos rentável ao seu mestre. No
entanto, agora que estava convertido, ele
era útil a Filemom e a Paulo, seu pai na
fé (v.11). Ao enviar Onésimo de volta,
Paulo sentiu que estava perdendo parte
de si mesmo. Ele gostaria de ter mantido
seu filho na fé e Filemom, assim, estaria
ajudando o apóstolo proporcionando-lhe
um assistente. Mas Paulo não faria isso
sem o consentimento sincero de
Filemom (v.12-14). O mestre havia
perdido um escravo temporariamente,
mas agora estava ganhando um servo e
um irmão para sempre, que o serviria
com força física e que teria comunhão
com ele como crente (v.15-16). Somente
o Evangelho pode produzir tais
mudanças sociais e morais.
4. PAULO ENCORAJA A
OBEDIÊNCIA DE FILEMOM (V.17-
20)
Filemom deveria receber Onésimo
como ele receberia o próprio Paulo. Se
o escravo tivesse roubado de seu
mestre, o apóstolo repararia isso, apesar
do fato que Filemom devesse sua
conversão ao apóstolo. Ao receber
Onésimo, Filemom traria grande alegria
e refrigério ao coração de Paulo.
5. OBSERVAÇÕES FINAIS (V.21-25)
O apóstolo tinha confiança que
Filemom não somente honraria seu
pedido concernente a Onésimo, mas que
lhe providenciaria hospedagem em sua
futura viagem (v.21-22). A carta encerra
com saudações de cinco dos
companheiros de Paulo e uma oração
pedindo que a graça estivesse no
espírito de seus leitores (v.23-25).
A CARTA AOS
HEBREUS

INTRODUÇÃO
A AUTORIA E DATA DE HEBREUS
Não sabemos quem foi o escritor
da carta, mas sabemos do conteúdo que
foi escrito em algum momento durante
um período de quarenta anos entre a
ascensão de Cristo, em
aproximadamente 30 d.C. e a destruição
do Templo, em 70 d.C. Cristo já estava
sentado à destra de Deus (10.12) e o
Templo ainda estava intacto (13.10-11).
PERIGOS À FÉ EM HEBREUS
Naquela época, assim como agora,
judeus que professavam a fé em Cristo
estavam sujeitos a grandes pressões
para voltar ao judaísmo. Eles eram
lembrados das glórias do sacerdócio, o
Templo e o sistema sacrificial. Aqueles
que eram somente crentes nominais
estavam em perigo de negar a Cristo e
voltar à sua religião antiga e ritualística.
O ARGUMENTO DE HEBREUS
O argumento da epístola de
Hebreus é que Cristo é o cumprimento
de todas as pré-figurações e imagens do
Antigo Testamento. Ele é melhor do que
todos os heróis do judaísmo e Sua obra
é melhor do que todos os sacrifícios
antigos. Aqueles que deixam o judaísmo
por Cristo passam do ritual para a
realidade. Aqueles que voltam ao
judaísmo cometem o pecado obstinado
da apostasia.

ESBOÇO DE HEBREUS
1. Cristo é superior aos profetas
(1.1-3)
2. Cristo é superior aos anjos (1.4-
2.18)
3. Cristo é superior a Moisés (3.1-
4.13)
4. O Sumo Sacerdócio de Cristo é
de uma Ordem Superior a de Arão
(4.14-7.28)
5. O ministério de Cristo é superior
ao de Arão (Cap. 8)
6. A oferta de Cristo é superior à
do Antigo Testamento (9.1-10.18)
7. Exortações e advertências
(10.19-13.17)
8. Conclusão (13.18-25)
1. CRISTO É SUPERIOR AOS
PROFETAS (CAP. 1.1-3)
Cristo é superior aos profetas.
Deus falou a eles em muitas e diferentes
formas, mas agora ele tem falado na
pessoa de “seu filho”. Este Filho é a
herança designada por Deus, o Criador
universal, o esplendor da glória de
Deus, Sua imagem exata, o Sustentador
onipotente, o sacrifício que tira o
pecado e o Senhor entronizado.
2. CRISTO É SUPERIOR AOS
ANJOS (CAP. 1.4-2.18)
• A exaltação do Filho (1.4-14)
Cristo é superior aos anjos como
Filho de Deus. Ele está entronizado
acima dos anjos e com um nome acima
deles. O objeto da adoração angelical;
Ele é chamado pelo Pai como “Deus”.
Ele é o eterno Soberano, o Rei justo e o
grande Criador. A Ele é prometido
absoluto domínio, conquanto os anjos
são somente servos.
• O perigo de rejeitar tão grande
Salvação (2.1-4)
O argumento é interrompido aqui
pela primeira de várias advertências. Há
sempre o perigo de se afastar da
revelação cristã. Se aqueles que
desobedeceram a lei foram castigados
severamente, quanto mais aqueles que
rejeitam a grande salvação que Cristo
introduziu, os apóstolos atestaram e
Deus confirmou pelos milagres.
• Domínio perdido e resgatado
(2.5-9a)
Cristo é superior aos anjos, não
somente como Filho de Deus, mas
também como Filho do Homem. Aqui o
argumento fica um tanto complicado.
Originalmente, Deus deu domínio da
terra ao homem, não aos anjos (v.5-8b).
Entretanto o homem transgrediu este
domínio por meio do pecado, por isso
hoje não vemos o homem no controle
perfeito das coisas. Mas vemos Jesus
coroado com glória e honra e nele
encontramos a chave ao domínio futuro
do homem sobre a terra. Como Homem,
Ele voltará para reinar no mundo e irá
restaurar o domínio que Adão perdeu e
muito mais (v.8c-9a).
• Bênçãos da humilhação de
Cristo (2.9b-18)
Antes de alcançar Sua atual
posição de honra, Cristo, na verdade, Se
tornou menor que os anjos na
encarnação, no sofrimento e na morte
(v.9b-10). A perfeição de Sua
humanidade é abundantemente
confirmada pelas Escrituras judaicas
(v.11-13). Algumas das bênçãos que
fluem de Sua humilhação são a
destruição de Satanás, libertação do
medo e socorro aos que são tentados
(v.14-18).
3. CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS
(CAP. 3.1-4.13)
• O servo e o Filho (3.1-6)
Agora Cristo é demonstrado como
superior a Moisés. Embora ambos sejam
fiéis em suas próprias esferas, o Senhor
Jesus é maior como construtor da casa
(Moisés somente serviu na casa), maior
como Deus e maior como o Filho.
• O perigo de endurecer o
coração (3.7-19)
Agora vem a segunda advertência.
O Espírito adverte contra o perigo
constante de endurecer o coração, o
pecado do qual uma geração de
israelitas foi impedida de entrar em
Canaã (v.7-11). Todos que professam
ser crentes devem se guardar contra um
coração mau e incrédulo, aquele que é
endurecido pela falsidade do pecado
(v.12-15). Voltando aos israelitas, todos
os soldados com mais de 20 anos, que
saíram do Egito, provocaram a Deus,
pereceram no deserto e assim foram
excluídos do descanso de Deus. Não
puderam entrar por causa do pecado da
incredulidade (v.16-19).
• Diligência para entrar no
descanso de Deus (4.1-13)
A segunda advertência continua.
Temos que ser cuidadosos para não
falharmos em entrar no descanso de
Deus. Diferentes descansos são
mencionados aqui. Deus descansou no
sétimo dia. Mais tarde Ele jurou que os
israelitas incrédulos não entrariam em
Seu descanso. Se Josué lhes tivesse
dado o descanso final de Deus em
Canaã, Davi não teria falado de um
descanso em uma data posterior. Todos
os que crêem, entre nós, entram no
descanso no momento presente. E ainda
permanece o descanso do Sabbath para
o povo de Deus, isto é, o descanso
eterno no céu. Devemos ser diligentes
para entrarmos neste descanso,
lembrando que a desobediência e a
incredulidade serão inevitavelmente
expostas pela Palavra de Deus e por
nosso onisciente Senhor.
4. O SUMO-SACERDÓCIO DE
CRISTO É DE UMA ORDEM
SUPERIOR À DE ARÃO (CAP. 4.14-
7.28)
• Nosso Sumo-Sacerdote
compassivo (4.14-16)
Agora nos voltamos ao Sumo-
Sacerdócio de Cristo e descobrimos
que é superior ao de Arão (4.14-7.28).
Temos um grande Sumo-Sacerdote,
exaltado nos céus, Jesus o Filho de
Deus. Ele é totalmente compreensivo,
foi totalmente provado, perfeito e sem
pecado. Portanto devemos nos agarrar à
fé e nos achegar com confiança ao trono
da graça em oração. Lá nós receberemos
misericórdia e encontraremos graça
oportuna.
• Qualificações dos sacerdotes
arônicos (5.1-4)
O sacerdote arônico era escolhido
entre homens, que servia ao povo
oferecendo oferendas e sacrifícios por
pecados, compassivo com a fragilidade
humana, que sacrificava por si mesmo e
pelo povo e que era chamado por Deus.
• O perfeito e perpétuo
sacerdócio de Cristo (5.5-10)
Cristo era designado por Deus
como sacerdote da ordem de
Melquisedeque. Sua humanidade
perfeita foi marcada por orações,
lágrimas e confiança – uma confiança
que foi respondida pela sua
ressurreição. Embora ele seja Filho de
Deus, aprendeu a obediência através do
sofrimento e Se tornou a fonte perfeita
de salvação para todos quantos Lhe
obedecem.
• Imaturidade espiritual (5.11-14)
A terceira advertência é contra o
perigo de apostasia ou abandono da fé
(5.11-6.20). O escritor gostaria de
aprofundar o assunto do sacerdócio, mas
a imaturidade de seus leitores limita o
entendimento deles da verdade divina.
Por este tempo deveriam estar
ensinando, mas ainda precisavam ser
ensinados. Eles eram como crianças
necessitadas de leite em vez de adultos
que discernem as coisas. Crentes
espiritualmente maduros são capazes de
discernir entre a inferioridade do
sacerdócio arônico e a superioridade de
Cristo.
• O perigo de não progredir (6.1-
8)
A admoestação continua. Eles
devem, por enquanto, não lançar mão
novamente das doutrinas básicas do
Antigo Testamento como
“arrependimento de obras mortas e de
fé em Deus”, lavagens cerimoniais,
imposição de mãos nas cabeças de
animais para sacrifício, ressurreição e
julgamento e então partir para a
completa maturidade cristã (v.1-3).
Versículos 4 e 5 descrevem as pessoas
que têm professado ser cristãos, embora
nunca tivessem nascido de novo.
Receberam discernimento (aprenderam
muito sobre Cristo), experimentaram
(mas não vivenciaram) o dom celestial,
se tornaram participantes do Espírito
Santo (que convence do pecado, por
exemplo), experimentaram a boa
Palavra de Deus (mas não obedeceram)
e viram os milagres que serão
realizados novamente na Era do
Milênio. Se eles apostatarem,
crucificando o Filho de Deus
novamente, expondo-O ao desprezo, não
podem ser renovados ao
arrependimento. Eles são como a terra
que traz espinhos e abrolhos em vez de
uma vegetação útil – uma terra que está
condenada a ser queimada. São
apóstatas (v.4-8).
• O propósito de Deus em Cristo
(6.9-20)
Diferentemente dos apóstatas os
verdadeiros crentes são caracterizados
por coisas que acompanham a salvação.
Suas obras e amor provam a realidade
de sua fé. Eles devem permanecer
firmes até o final, herdando as
promessas pela fé e perseverança (v.9-
12). Abraão é um exemplo. Jurando por
si mesmo, Deus prometeu ao patriarca
uma descendência numerosa. Abraão
pacientemente perseverou e a promessa
foi cumprida. Para que seu povo cresse
na promessa e estivesse totalmente
confiante, Deus acrescentou um
juramento de salvação eterna. Sua
promessa e Seu juramento nos dão
segurança absoluta e forte
encorajamento ao deixarmos este mundo
condenado e formos à cidade celestial
de refúgio. O fato é que o Senhor Jesus
tem sido nossa garantia e entrada (v.13-
20).
• Jesus e Melquisedeque (7.1-3)
Continuando a mostrar que o
sacerdócio de Cristo é superior ao de
Arão, o escritor oferece alguns fatos
históricos concernentes a
Melquisedeque. Ele era o rei de Salém e
um sacerdote de Deus. Ele abençoou
Abraão e recebeu dízimos dele. Seu
nome significa “rei de justiça”, e, já que
Salém (como shalom) significa “paz”,
ele era rei de paz também. Quanto ao
sacerdócio, ele não tinha genealogia e
nenhum registro de seu começo e fim. E,
portanto, com este sacerdócio contínuo,
ele assemelhava-se ao Filho de Deus.
• O sacerdócio de
Melquisedeque (7.4-10)
O autor continua para provar que o
sacerdócio de Melquisedeque era
superior ao de Arão. Primeiramente,
Abraão entregou dízimos a
Melquisedeque. O fato de
Melquisedeque ter abençoado Abraão é
significativo; o superior abençoa o
inferior. O sacerdócio levítico
terminava com a morte, enquanto o
sacerdócio de Melquisedeque continua
para sempre.
• A necessidade de um novo
sacerdócio (7.11-22)
Se o sacerdócio levítico tivesse
cumprido seu propósito íntegra e
finalmente, não haveria necessidade de
outro sacerdócio. Mas tem outro – o
sacerdócio de Cristo deixou de lado o
sacerdócio levítico. Toda a Lei em
relação ao sacerdócio foi mudada.
Cristo é descendente de Judá e não da
tribo sacerdotal de Levi. Ele Se tornou
sacerdote, não através de descendência,
mas através do poder pessoal e inerente.
Ele vive para sempre. A antiga Lei é
colocada de lado e com isso surge uma
nova esperança. Jesus foi introduzido
em seu trono pelo juramento de Deus
que O fez Sacerdote para sempre. Isto O
torna o fiador de uma melhor Aliança.
• O sacerdócio inalterável de
Cristo (7.23-25)
Havia uma sucessão constante dos
sacerdotes arônicos porque, mais cedo
ou mais tarde, todos morreriam. Mas o
sacerdócio de Cristo é permanente
porque Ele vive para sempre. Isto
significa que é capaz, o tempo todo, de
salvar aqueles que vêm a Deus por meio
dEle já que o Senhor está sempre
intercedendo por eles nos céus.
• O sacerdócio perfeito de Cristo
(7.26-28)
Outra característica que torna o
sacerdócio de Cristo superior ao de
Arão é Sua excelência pessoal. Ele tem
um caráter impecável, desfruta da mais
alta exaltação, realizou um sacrifício
perfeito para sempre e Se tornou
sacerdote de uma ordem superior.
5. O MINISTÉRIO DE CRISTO É
SUPERIOR AO DE ARÃO (CAP. 8)
• Nosso grande Sumo-Sacerdote
(8.1-3)
Vamos ver agora que o ministério
de Cristo é superior ao de Arão (v.1-
13), primeiro por um contraste entre os
dois santuários. O santuário celestial
tem um Sumo-Sacerdote que está
assentado à destra de Deus. O santuário
foi feito pelo Senhor e não pelo homem.
Como todos os sacerdotes, nosso Senhor
deve ter algo a oferecer (a natureza do
qual será discutido mais tarde).
• Ministério, aliança e promessas
melhores (8.4-6)
Sacerdotes no tabernáculo terreno
tinham que ser qualificados de acordo
com a Lei. Sendo da tribo de Judá,
Cristo era inelegível para este
ministério. O tabernáculo terreno era
somente uma cópia e sombra do
celestial. O ministério de Cristo é
melhor já que Ele é mediador de uma
Nova Aliança, representando melhores
promessas.
• A Nova Aliança (8.7-13)
A alusão à Aliança naturalmente
leva a um contraste entre Lei e graça. A
existência da Nova Aliança sugere que a
primeira não era infalível. O próprio
Deus expressou insatisfação com a
primeira e prometeu uma Nova Aliança.
Esta, inteiramente dependente de Deus,
promete conhecimento do coração dEle,
o perdão do pecado e esquecimento
divino deles. A Nova Aliança torna a
antiga obsoleta.
6. A OFERTA DE CRISTO É
SUPERIOR A DO ANTIGO
TESTAMENTO (CAP. 9.1-10.18)
• O tabernáculo terreno (9.1-5)
Agora aprendemos que a oferta de
Cristo é superior àquela do Antigo
Testamento (9.1-10.18). No sistema
levítico havia um santuário terreno com
duas salas, o santo lugar e o Santo dos
Santos, cada um com sua mobília
apropriada. O escritor relaciona os
artigos em cada uma das salas, mas não
entra em detalhes.
• Limitações do culto terreno
(9.6-10)
Os sacerdotes iam à primeira sala,
continuamente, mas somente o sumo-
sacerdote poderia entrar na segunda,
apenas em um dia no ano e somente se
ele carregasse uma bacia de sangue por
seus pecados e pelos da nação. Estas
severas restrições mostravam que o
acesso à presença de Deus era
imperfeito enquanto durasse o primeiro
tabernáculo. Além disso, as oferendas
nunca deram ao adorador uma
consciência realmente clara quanto ao
pecado. Eles tratavam mais com a
profanação cerimonial e
regulamentações temporárias.
• O santuário celestial (9.11-14)
Em contraste com a obra de Cristo,
um Sumo Sacerdote superior serve em
um tabernáculo superior. Ele entrou de
uma vez por todas no lugar santo no céu,
tendo adquirido redenção eterna para
nós. Ele não tirou sangue de animais,
mas deu o Seu próprio. Porquanto os
restos mortais de um novilho no Antigo
Testamento garantiam uma purificação
externa e ritualística, o sangue de Cristo
oferece uma purificação interna,
purificando a consciência das obras
mortas para servir o Deus vivo.
• A necessidade de expiação por
sangue (9.15-22)
Cristo é o mediador de uma Nova
Aliança e Sua morte redime os santos do
Antigo Testamento das transgressões sob
a Lei Mosaica para que possam receber
herança eterna. Assim como um último
desejo e testamento se tornam efetivos
somente após a morte da pessoa que os
fez, assim a primeira Aliança foi
ratificada pela morte, isto é, a morte de
animais sacrificados. Moisés borrifou o
livro da lei, o povo e o tabernáculo com
o sangue. O sangue era necessário para a
maioria das formas de purificação e é
necessário para todo o perdão de
pecados.
• A grandeza do sacrifício de
Cristo (9.23-28)
Estes rituais eram suficientes para
purificar o santuário terreno e vasos,
mas o santuário celestial exigia um
sacrifício maior. Esta exigência foi
inteiramente realizada por Cristo. Ele
mesmo entrou no céu e não em um
santuário feito por homens, para
comparecer perante Deus por nós. Ele
não fez ofertas repetidamente, como o
sumo-sacerdote do Antigo Testamento,
com o sangue de animais. Em vez disso,
Ele apareceu de uma vez por todas para
apagar os pecados pelo Seu próprio
sacrifício. A Antiga Aliança condenava
transgressores à morte e julgamento. A
Nova Aliança fala sobre a primeira
Vinda de Cristo para tratar com a
questão do pecado e sobre Sua Segunda
Vinda para salvar aqueles que
ansiosamente esperam por Ele.
• A insuficiência do sacrifício
animal (10.1-4)
A fraqueza do sistema legal do
Antigo Testamento era que as ofertas
nunca poderiam dar ao povo uma
consciência clara em relação aos seus
pecados. Ao contrário, havia um
lembrete anual dos pecados. O sangue
de animais, na verdade, nunca eliminou
um só pecado.
• A morte de Cristo cumpre a
promessa de Deus (10.5-10)
Quando Cristo veio ao mundo, Ele
percebeu que Deus, o Pai, não estava
satisfeito com o sistema sacrificial
antigo, então, voluntariamente ofereceu
a Si mesmo como sacrifício. Ao fazê-lo
Ele aboliu o antigo sistema de oferendas
e introduziu Seu próprio e grande
sacrifício pelos pecados, um sacrifício
que santifica, de uma vez por todas,
aquele que crer.
• A morte de Cristo aperfeiçoa
os santificados (10.11-14)
Onde os sacerdotes levíticos
ficavam diariamente, oferecendo
continuamente sacrifícios que nunca
poderiam remover pecados, Cristo
ofereceu um único sacrifício que é
permanentemente válido. Depois Ele
sentou à destra de Deus. Por Seu
sacrifício único, Ele deu aos crentes
uma posição perfeita perante Deus e
uma consciência perfeita em relação ao
pecado.
• O poder perpétuo da Nova
Aliança (10.15-18)
Através das Escrituras do Antigo
Testamento, o Espírito Santo testemunha
que, sob a Nova Aliança, os pecados
seriam efetivamente tratados de uma vez
por todas.
7. EXORTAÇÕES E
ADVERTÊNCIAS (CAP. 10.19-13.17)
• Achegando-se a Deus (10.19-
22)
Porque agora podemos entrar no
santuário com confiança e, porque nós
temos um grande Sacerdote, devemos
nos aproximar de forma sincera,
confiante, com uma consciência limpa e
uma vida santa.
• Firmados na confissão (10.23-
25)
Devemos também estar firmados na
confissão de nossa esperança, encorajar
um ao outro para praticar o amor e as
boas obras. Além disso, não podemos
abandonar as reuniões para nossa
comunhão cristã – a igreja. Aqui,
abandonar a comunhão significa muito
mais do que parar de congregar.
Significa apostatar.
• Advertência contra a apostasia
(10.26-31)
A quarta advertência trata com o
pecado intencional da apostasia, o
pecado de renunciar a Cristo e ir para
outra religião. Pessoas que professam
ser cristãs (mas nunca nasceram de novo
verdadeiramente), que se associam em
uma igreja local e que depois,
deliberada e maliciosamente, rejeitam a
Cristo são apóstatas. Não há
possibilidade de salvação para eles –
somente julgamento e fogo impetuoso.
Se alguém que quebrou a lei de Moisés
morreu pelo seu pecado, quanto mais
severo será o castigo de um apóstata,
alguém que rejeita o Filho de Deus, que
profana o sangue precioso e insulta o
Espírito Santo. Seu castigo é
incontornável e indescritível.
• Encorajamento sob
perseguição (10.32-39)
Pessoas que estão sendo
perseguidas precisam ser encorajadas a
perseverar. A experiência passada dos
hebreus crentes deve estimulá-los a
suportar pacientemente as provações. A
proximidade da recompensa deve
fortalecê-los a manter a fé. O temor do
descontentamento do Senhor deve
preveni-los de voltar atrás.
• Vendo o invisível (11.1-3)
Duas palavras chave –
perseverança e fé – emergem nestes dois
capítulos. O capítulo 11 trata com a
visão e perseverança da fé. Ele nos
introduz a homens e mulheres do Antigo
Testamento que tinham boa visão
espiritual e que perseveraram
enfrentando tremenda vergonha e
sofrimento ao invés de renunciar ao seu
Senhor. A fé tornou as promessas de
Deus tão reais como se elas já tivessem
sido cumpridas. Ela concedeu
substância à esperança deles e os
capacitou a ver o invisível. A fé nos
capacita a compreender a criação, a
fonte e a composição da matéria.
• Fé no início da história (11.4-7)
Pela fé Abel achegou-se a Deus
com um sacrifício aceitável,
provavelmente porque envolveu o
derramamento de sangue. Porque
Enoque creu na promessa de Deus
agradando-Lhe e, assim, foi levado ao
céu sem ter morrido. Sem fé é
impossível agradar a Deus. Pela fé Noé
e sua família foram salvos do grande
Dilúvio.
• Abraão fiel (11.8-12)
Abraão demonstrou sua fé ao
deixar a casa paterna e partir para um
destino desconhecido para, depois,
habitar como peregrino em uma terra
que Deus já havia lhe dado. Pela fé Sara
foi capaz de conceber quando já era uma
mulher idosa e, assim, Abraão se tornou
o pai de muitas nações embora seu
próprio corpo estivesse desgastado.
• A pátria celestial (11.13-16)
Estes patriarcas morreram sem
receber tudo que foi prometido, mas
estavam inteiramente confiantes de que
as promessas de Deus seriam cumpridas
e assim não desistiram. Eles ansiavam
pelo lar celestial.
• A fé dos patriarcas (11.17-22)
O teste supremo da fé de Abraão
foi a oferta de Isaque. Ele sabia que
Deus era capaz de levantar Isaque dos
mortos, se necessário, para poder
manter Sua promessa de uma
posteridade através de Isaque (v.17-19).
Mesmo na morte, Isaque, Jacó e José
foram fortes na fé, confiantes de que
Deus cumpriria suas promessas (v.20-
22).
• A fé de Moisés (11.23-28)
Os pais de Moisés perceberam que
o seu filho tinha um destino traçado e
então o esconderam da ira do rei. O
próprio Moisés renunciou à fama,
prazer, riqueza, poder político e religião
do Egito colocando-se junto ao povo
oprimido de Deus.
• Vencendo pela fé (11.29-35a)
A fé abriu as águas do Mar
Vermelho, derrubou as muralhas de
Jericó e salvou Raabe e sua família de
uma destruição certa (v.29-31). A fé
resultou em grandes conquistas
estrangeiras, realizações morais e
espirituais, libertações físicas, vitórias
militares e ressurreições corporais
(v.32-35a).
• Superando a opressão pela fé
(11.35b-40)
Além disso, a fé também capacitou
alguns crentes a suportar o martírio,
zombaria, aprisionamento,
apedrejamento, mutilação, destruição,
desapropriação e expulsão. Eles
morreram sem ver o cumprimento de
algumas promessas de Deus, mas eles as
verão todas cumpridas quando nos
encontrarmos todos juntos com o Senhor,
nos ares.
• A carreira da fé (12.1-4)
O exemplo destas testemunhas do
Antigo Testamento, no capítulo 11, deve
nos impulsionar a correr a carreira sem
impedimentos, com grande perseverança
e olhando para o exemplo de Jesus. Ele
perseverou até o sangue, isto é, ao ponto
de morrer, algo que nenhum de nós ainda
fez.
• Disciplinados pelo Pai (12.5-8)
Perseguições e sofrimentos são
parte do programa educativo de Deus
para Seus filhos e filhas. Ele não cria
estas provações, mas Ele as usa. Todos
os filhos verdadeiros são chamados à
disciplina da perseverança.
• Disciplinados pelos pais (12.9-
11)
Pais humanos disciplinam seus
filhos durante os primeiros anos. Mesmo
se esta disciplina é freqüentemente
imperfeita, os filhos acabam por
respeitar seus pais. Quanto mais
devemos estar sujeitos à disciplina de
Deus! Não é algo prazeroso no
momento, mas eventualmente isto
proporcionará grandes benefícios.
• Renovando a vitalidade
espiritual (12.12-14)
Não devemos buscar perseguições
e provações, mas devemos usar estas
experiências como um meio de inspirar
outros que são tentados ao desespero.
Devemos sempre nos esforçar pela paz e
santidade.
• Advertência contra a apostasia
(12.15-17)
A quinta advertência é direcionada
contra qualquer um na comunhão que
falha em responder à graça de Deus; que
faz com que a raiz de amargura da
apostasia brote; que é imoral ou
despreza valores espirituais como Esaú
fez. Embora Esaú, depois, mudasse sua
opinião, já era tarde demais.
• Os terrores da Lei (12.18-21)
Aqueles que são tentados a retornar
à Lei devem se lembrar das
circunstâncias terríveis e proibidas sob
as quais fora dada. Tudo falava de
distância e perigo. De fato a voz dizia:
“Não se aproxime”. Até Moisés teve
medo.
• A companhia gloriosa (12.22-
24)
A Nova Aliança, por outro lado,
fala de proximidade com Deus e a vinda
da graça. Pela fé, crentes entram no
santuário celestial e ficam na presença
das hostes angelicais, aqueles santos da
Igreja que já morreram, os santos do
Antigo Testamento, Deus, o Senhor Jesus
e todo o valor de Seu sangue derramado.
• A voz de Deus abalando Céu e
a Terra (12.25-27)
Aqueles que desobedeceram à voz
de Deus, como foi falado na Lei, eram
punidos de acordo. Quando o privilégio
é maior, a responsabilidade também é
maior. Em Cristo, Deus deu Sua
revelação melhor e final. Aqueles que
rejeitam Sua voz, como agora é dita dos
céus, são mais responsáveis do que
aqueles que quebraram a Lei. Escapar é
impossível.
• O Reino inescapável (12.28-29)
Cristãos verdadeiros possuem um
Reino que não pode ser abalado. Isto
deveria inspirar o culto com devoção,
reverência e temor piedoso.
• Concluindo orientações morais
(13.1-6)
Exortações específicas aqui tratam
de virtudes que os cristão devem
desenvolver: amor pelos irmãos,
hospitalidade aos estranhos, cuidado
com crentes aprisionados, simpatia
pelos santos em sofrimento, pureza no
casamento e contentamento com o que
possuem. A carta tem nos lembrado de
tudo que temos em Cristo. Como
podemos estar menos contentes?
• Concluindo orientações
religiosas (13.7-17)
Devemos respeitar nossos líderes
espirituais e imitar sua fé. Não devemos
permitir que nos enganem com
ensinamentos estranhos. Temos que estar
separados em Cristo, nosso altar, ir para
fora do arraial levando o seu vitupério.
Como sacerdotes, devemos oferecer os
sacrifícios de nossa adoração e posses
(v.7-16). Por último, devemos obedecer
nossos líderes, já que terão que prestar
contas pelo nosso estado espiritual. É de
nosso melhor interesse que eles o façam
com alegria (v.17).
8. CONCLUSÃO (CAP. 13.18-25)
A Carta incomparável de Hebreus
termina com um apelo pessoal por
oração, uma bênção amável aos leitores
e algumas saudações finais.
A CARTA DE TIAGO

INTRODUÇÃO
DATA DA CARTA DE TIAGO
Esta carta de Tiago aos cristãos
judeus espalhados por todo o mundo
conhecido de então pode ter sido a mais
antiga epístola do Novo Testamento,
escrita por volta do ano 45 d.C.
A MENSAGEM DA CARTA DE
TIAGO
Esta é uma carta muito prática, que
repreende contra pecados como
distinções de classes, língua
descontrolada, inveja, contendas e
opressão dos pobres.
A ÊNFASE DA CARTA DE TIAGO
Tiago enfatiza a diferença entre o
tipo de fé que é mera confissão e aquela
que resulta em boas obras. Ele diz:
“Mostre-me suas obras e eu acreditarei
que tens uma fé salvadora”. Ele não
contradiz o ensino de Paulo de que
somos salvos somente pela fé, mas
insiste que a verdadeira fé resultará em
uma vida de boas obras. A epístola
termina com exortações para sermos
pacientes na aflição e para orarmos uns
pelos outros.

ESBOÇO DA CARTA DE
TIAGO
1. A Saudação (1.1)
2. Provações e tentações (1.2-18)
3. A Palavra de Deus (1.19-27)
4. A prática da parcialidade (2.1-
13)
5. Fé e obras (2.14-26)
6. A língua, seu uso e abuso (3.1-
12)
7. Sabedoria, a verdadeira e a falsa
(3.13-18)
8. Cobiça, sua causa e cura (Cap.
4)
9. Os ricos e seu remorso vindouro
(5.1-6)
10. Exortações à perseverança
(5.7-12)
11. Oração e a cura do enfermo
(5.13-20)
1. A SAUDAÇÃO (CAP. 1.1)
Tiago era provavelmente um dos
meio-irmãos de Jesus, mas ele fala de si
mesmo como Seu escravo. Como
mencionado, ele escreve aos crentes
judeus da Diáspora.
2. PROVAÇÕES E TENTAÇÕES
(CAP. 1.2-18)
• Beneficiando-se das provações
(1.2-8)
Primeiramente ele volta sua
atenção ao assunto das provações santas
e também às tentações profanas.
Podemos nos alegrar nas provações,
sabendo que elas produzem constância.
Se perseverarmos até o fim, nos
tornamos maduros, cristãos completos
com todas as graças do Espírito (v.2-4).
Exige-se sabedoria para perseverar nas
provações, mas Deus a concede para
aqueles que pedem pela fé. As pessoas
vacilantes não a recebem (v.5-8).
• As provações do rico e do
pobre (1.9-11)
Independentemente se uma pessoa é
rica ou pobre, benefícios espirituais
permanentes podem ser extraídos das
provações da vida. O homem pobre
pode se regozijar em suas riquezas
espirituais e o homem rico pode se
regozijar quando perde seu dinheiro,
especialmente se aprender de que ele e
suas riquezas são ambos transitórios e
que somente valores espirituais
permanecem.
• Suportando as provações (1.12-
18)
A pessoa que suportar a provação
irá receber a coroa da vida (v.12). O
assunto agora muda para as tentações
mundanas. Estas não vêm de Deus, mas
de nossa própria natureza caída e
depravada. Elas começam na mente, daí
resultam em atos pecaminosos que
levam, por sua vez, à morte. Somente
coisas boas vêm de Deus, o Pai e Fonte
de toda luz. Ele também é nosso Pai,
através do novo nascimento e deseja que
sejamos modelos de santidade.
3. A PALAVRA DE DEUS (CAP. 1.19-
27)
Podemos ser as primícias de Suas
criaturas tendo: auto-controle no que
ouvimos, falamos, e no temperamento;
prontidão para reprimir o mal; receber a
Palavra e obedecê-la; controlar a língua;
visitar órfãos e viúvas e nos mantermos
incontaminados do mundo.
4. A PRÁTICA DA PARCIALIDADE
(CAP. 2.1-13)
Ao praticar a fé cristã, não
devemos fazer distinção entre as
pessoas, por exemplo, conduzindo uma
pessoa rica a um lugar de proeminência
enquanto mantemos a pessoa pobre em
um lugar desprezível. Este tipo de
parcialidade negligencia o fato de que
Deus escolheu os pobres, enquanto os
ricos são aqueles que
caracteristicamente oprimem o pobre e
blasfemam o Nome do Senhor. A maior
das leis é amar a Deus e aos outros
como a nós mesmos. Parcialidade
quebra esta lei e nos faz culpados de
violar todas as leis. Se formos
imparciais, o julgamento que de outra
forma cairia sobre nós será substituído
por misericórdia.
5. FÉ E OBRAS (CAP. 2.14-26)
• Fé sem obras é morta (2.14-20)
Fé sem obras não é melhor do que
palavras simpáticas sem atitudes para
sustentá-las. Este tipo de fé não salva
ninguém (v.14-17). Um homem que diz
que tem fé, mas que não possui feitos
que acompanhem não pode provar que
tem fé. Fé só pode ser demonstrada por
uma vida de boas obras. Apenas crer
que há um único Deus não é suficiente.
Fé sem obras é inútil. Isto não significa
que somos salvos pelas obras, ou até
pela fé mais as obras, mas pelo tipo de
fé que resulta em uma vida de boas
obras (v.18-20).
• Um patriarca e uma prostituta
(2.21-26)
Abraão, o pai dos fiéis, foi
justificado pelas obras quando ofereceu
Isaque no altar, mas isto foi anos depois
dele ter sido justificado pela fé (Gn
15.6). Raabe, uma meretriz cananita,
mostrou a realidade de sua fé recebendo
os espias judeus. À parte da fé, estas
seriam obras más – homicídio e traição,
mas porque eram fruto de fé, foram
obras boas. Assim como um corpo vivo
indica a presença do espírito, assim as
boas obras tornam a fé visível.
6. A LÍNGUA, SEU USO E ABUSO
(CAP. 3.1-12)
O controle da fala é básico. Os
professores, especialmente, devem se
lembrar disso. Aquele que puder
disciplinar sua língua pode controlar
qualquer área de sua vida. Como o freio
na boca do cavalo ou o leme do navio, a
língua é comparativamente pequena, mas
tem grande potencial para o bem ou mal.
Ela pode destruir como um fogo
florestal. É diferente das criaturas
selvagens que podem ser domadas. Não
é como uma fonte porque a língua pode
amaldiçoar ou abençoar, enquanto a
fonte pode produzir somente um tipo de
água, doce ou salgada. Não é como uma
figueira que somente produz figos ou
uma vinha, que pode produzir somente
uvas. Não há nada na natureza como a
língua humana em sua vasta capacidade
para o bem ou para o mal.
7. SABEDORIA, A VERDADEIRA E
A FALSA (CAP. 3.13-18)
A pessoa verdadeiramente sábia é
comparada com aquela que tem
sabedoria do mundo. A que tem
verdadeira sabedoria a demonstra por
uma vida exemplar unida a um espírito
humilde. Ela é pura, pacífica,
indulgente, submissa, cheia de
misericórdia e bons frutos, imparcial e
sincera. A outra é invejosa e ambiciosa.
Seus métodos são cruéis, enganosos e
diabólicos. Por aonde vá uma pessoa
com esta sabedoria, causa desordem e
toda prática maligna.
8. COBIÇA - CAUSA E CURA (CAP.
4)
• Contenda e orgulho superados
pela graça e humildade (4.1-6)
Problemas entre os cristãos vêm de
desejos fortes e insatisfeitos. Somos
determinados a termos coisas sem
submetermos a Deus em oração. Mesmo
se orarmos, nossos motivos são egoístas
(v.1-3). Esta cobiça é adultério
espiritual. O Espírito Santo não é o
autor de um espírito competitivo e
ganancioso. Deus concede graça
abundante aos humildes (v.4-6).
• Passos para um viver cristão
positivo (4.7-10)
Seis passos para o verdadeiro
arrependimento são: submissão a Deus;
resistência ao Diabo; achegar-se a Deus;
limpar as mãos (ações) e purificar o
coração (motivos); profundo lamento
pelo pecado; e se humilhar perante o
Senhor.
• O pecado da maledicência
(4.11-12)
Caluniar um irmão é condenar a lei
que a proíbe e usurpar o papel de Deus
como Legislador e Juiz.
• O pecado da ostentação (4.13-
17)
Agora Tiago denuncia o pecado da
auto-confiança. Em vez de planejar
arrogantemente, em independência de
Deus, devemos fazer nossos planos em
submissão à vontade do Senhor. É
pecado não colocar Deus em todos os
aspectos de nossas vidas.
9. OS RICOS E SEU REMORSO
VINDOURO (CAP. 5.1-6)
Os ricos devem chorar e se
lamentar por causa da perda eventual de
todas as suas posses. Eles acumularam
riquezas explorando seus trabalhadores,
usaram suas riquezas para o comodismo
e vida de luxúria e oprimiram os justos
arrogantemente.
10. EXORTAÇÕES À
PERSEVERANÇA (CAP. 5.7-12)
Os crentes oprimidos deveriam ser
pacientes até que o Senhor venha, e não
deveriam nutrir ressentimentos. Os
profetas do Antigo Testamento foram
pacientes em seus sofrimentos e Jó
também é um bom exemplo de
perseverança. No caso deste, “o
propósito do Senhor” foi que Deus lhe
deu duas vezes mais do que ele tinha
antes (v.7-11). Os crentes não devem
usar imprudentemente o Nome do
Senhor ou qualquer outra palavra para
atestar a veracidade de sua fala. Um
simples “sim” ou “não” deve ser
suficiente (v.12).
11. ORAÇÃO E A CURA DO
ENFERMO (CAP. 5.13-20)
• Satisfazendo necessidades
específicas (5.13-16)
Na dificuldade, alegria,
enfermidade ou qualquer outra
necessidade, devemos ir ao Senhor em
oração. Uma pessoa doente deve chamar
os presbíteros da igreja e confessar
quaisquer pecados que podem ser a
causa da enfermidade. Devem orar por
ele, ungindo-o com óleo e a oração da fé
(isto é, a oração baseada na promessa
definitiva de levantar este homem) irá
curar o doente. Perceba que em todo o
contexto há uma conexão entre pecado,
enfermidade, confissão, oração e cura.
• A oração de Elias (5.17-18)
A oração de Elias trouxe seca ao
pecaminoso Israel por três anos e meio.
Ele orou novamente e Deus enviou a
chuva.
• Restaurando os errantes (5.19-
20)
Quando oramos pelos errantes,
podemos salvá-los da morte prematura
sob a mão punitiva de Deus e ver seus
pecados perdoados por Ele.
A PRIMEIRA CARTA
DE PEDRO

INTRODUÇÃO
DATA E DESTINATÁRIOS DA 1ª
CARTA DE PEDRO
A Primeira Carta de Pedro foi
escrita por volta de 63 d.C. aos cristãos
na Ásia Menor que estavam sofrendo
severa perseguição.
A MENSAGEM DA 1ª CARTA DE
PEDRO
Sua mensagem é de esperança. O
cristão pode olhar além do sofrimento
para a glória. Enquanto isso, a graça de
Deus é suficiente para todos os
momentos de necessidade. A riqueza do
cristão é incorruptível – o sangue de
Cristo, a Palavra de Deus e o futuro
como herança; perseguição nunca
poderá roubar estas coisas.
A ÊNFASE DA 1ª CARTA DE PEDRO
Portanto, o apóstolo impele os
santos a permanecerem firmes; para
olhar os sofrimentos como necessários,
temporários e úteis; e para sofrerem
pelo bem e não por causa de seus
próprios pecados. Ele encoraja todos a
seguir o exemplo de Cristo de uma vida
santa. Pedro fala particularmente a eles
como cidadãos, escravos, maridos e
esposas, enfatizando como deveria ser
seu comportamento em vista do
vindouro fim dos tempos. Os presbíteros
na igreja são exortados à fidelidade e os
jovens à obediência e submissão.
ESBOÇO DA 1ª CARTA DE PEDRO
1. Saudações introdutórias (1.1-2)
2. A posição privilegiada do crente
(1.3-12)
3. A conduta do crente à luz de sua
posição (1.13 – 2.3)
4. Os privilégios do crente na nova
casa espiritual e sacerdócio (2.4-
10)
5. O peregrino cristão e sua relação
com o mundo (2.11-12)
6. O cidadão cristão e sua relação
com o governo (2.13-17)
7. O servo cristão e sua relação
com seu Mestre (2.18-25)
8. A esposa cristã e sua relação
com seu marido (3.1-6)
9. O marido cristão e sua relação
com a esposa (3.7)
10. O cristão e sua relação à
comunhão (3.8)
11. O cristão e sua relação aos
perseguidores (3.9-4.6)
12. Imperativos urgentes para os
últimos dias (4.7-11)
13. Exortações e explanações sobre
o sofrimento (4.12-19)
14. Exortações à Igreja (5.1-11)
15. Saudações finais (5.12-14)
1. SAUDAÇÕES INTRODUTÓRIAS
(CAP. 1.1-2)
Os forasteiros mencionados no
versículo 1 podem ter sido cristãos
judeus da Dispersão ou cristãos gentios
que foram espalhados pela perseguição
pelas cinco províncias da Ásia Menor.
Em todo caso, eles foram escolhidos,
santificados e convertidos.
2. A POSIÇÃO PRIVILEGIADA DO
CRENTE (CAP. 1.3-12)
• Uma herança celestial (1.3-9)
Pedro louva ao Senhor pela grande
salvação que nos tem dado pela Sua
misericórdia. No presente temos uma
viva esperança através da ressurreição
de Cristo; no futuro teremos uma herança
que é incorruptível, imaculada e
imperecível – um lugar para um povo
especial (v.3-5). O cristão pode se
alegrar apesar de seus sofrimentos,
sabendo que a prova da fé é preciosa e
resultará em futura glória e adoração
(v.6-7). Embora nunca vimos nosso
Salvador, amamos, confiamos e nos
exultamos nEle (v.8). A conseqüência
final de nossa fé é a salvação de nossas
almas (v.9).
• As profecias messiânicas (1.10-
12)
Os profetas do Antigo Testamento
ficaram perplexos quanto à esta grande
salvação, particularmente quanto à
identidade do Messias, o tempo de Seu
aparecimento e como Ele poderia tanto
sofrer como ser glorificado. Eles
aprenderam que estavam escrevendo
para nós, não para eles mesmos,
concernentes às coisas que estão
escondidas dos anjos, mas reveladas a
nós pelos apóstolos.
3. A CONDUTA DO CRENTE À LUZ
DE SUA POSIÇÃO
(CAP. 1.13-2.3)
• Vivendo perante Deus nosso
Pai (1.13-21)
Esta grande salvação requer um
viver digno. Devemos ter uma mente
preparada para ação, uma mente sóbria
e uma mente otimista (v.13). Devemos
ser obedientes em nos conformar à
santidade e não ao mal (v.14-16).
Lembrando que o Pai é um Juiz
imparcial, devemos nos comportar
reverentemente, sempre atentos sobre
nossa redenção gloriosa; fomos
resgatados da futilidade pelo sangue de
Cristo. Através de nosso Redentor
maravilhoso, temos confiança inabalável
em Deus que O ressuscitou e O
glorificou (v.17-21).
• Amando um ao outro
fervorosamente (1.22)
Também devemos ter uma mente
amorosa, que é um dos propósitos do
novo nascimento. Devemos amar um ao
outro de forma sincera e de todo o
coração.
• Vivendo novamente através da
Viva Palavra (1.23-25)
A semente do novo nascimento é a
viva e imperecível Palavra de Deus.
Diferentemente da humanidade
transitória e da vegetação de pouca
duração, a Palavra é eterna.
• Colocando de lado a malícia e
amando o leite da Palavra (2.1-3)
Devemos parar com todos os atos
desamorosos e desenvolver um apetite
voraz pela Palavra de Deus assim como
um recém-nascido necessita de leite.
4. OS PRIVILÉGIOS DO CRENTE
NA NOVA CASA ESPIRITUAL E
SACERDÓCIO (CAP. 2.4-10)
• Privilégios preciosos recebidos
(2.4-8)
Pedro muda da exortação à
consideração dos privilégios do crente
na nova casa de Deus e no novo
sacerdócio cristão. Nesta casa, Cristo é
a Rocha viva. Os crentes são as pedras
vivas, uma casa espiritual um
sacerdócio santo (v.4-5). Cristo é a
Pedra Angular, predita na Escritura
como divinamente estabelecida,
escolhida, preciosa e completamente
confiável (v.6). Para os crentes Ele é
precioso. Embora rejeitado pelos
incrédulos, Lhe é dado o lugar mais alto
por Deus. Ele Se torna uma pedra de
tropeço àqueles que são destinados à
queda por causa de sua desobediência
por rejeitar o Evangelho da Graça de
Deus (v.7-8).
• Privilégios antigos recuperados
(2.9-10)
Os cristãos hoje desfrutam dos
privilégios que Israel tinha no Antigo
Testamento, mas que perdeu por causa
da incredulidade. Os cristãos são uma
raça eleita, um sacerdócio real, uma
nação santa, um povo de propriedade
exclusiva de Deus. Foram chamados das
trevas à luz para proclamar Suas
maravilhas, de um povo que não era
ninguém para ser o povo de Deus, de
desamparados a objetos de Sua
misericórdia (v.9-10).
5. O PEREGRINO CRISTÃO E SUA
RELAÇÃO COM O MUNDO (CAP.
2.11-12)
Como peregrinos no mundo, mas
não do mundo, os cristãos devem ser
caracterizados pela pureza pessoal e
comportamento irrepreensível que
glorifica a Deus e silencia a
desaprovação.
6. O CIDADÃO CRISTÃO E SUA
RELAÇÃO COM O GOVERNO
(CAP. 2.13-17)
Os cristãos devem ser sujeitos ao
seu governo e desta forma calar a
oposição. Eles devem viver em
liberdade, mas não em licenciosidade e
mostrar respeito por todos.
7. O SERVO CRISTÃO E SUA
RELAÇÃO COM SEU MESTRE
(CAP. 2.18-25)
Os servos cristãos devem se
sujeitar aos seus senhores, não importa
quão injustos sejam. A aprovação de
Deus repousa naqueles que sofrem
injustamente e não naqueles que o
merecem. Somos chamados a imitar a
Cristo; Ele foi sem pecado, sincero,
paciente, gentil, humilde e sacrificial.
Ele morreu por nossos pecados para que
pudéssemos morrer para o pecado e
viver justamente. Costumávamos a
vaguear continuamente, mas agora temos
retornado ao nosso Pastor.
8. A ESPOSA CRISTÃ E SUA
RELAÇÃO COM SEU MARIDO
(CAP. 3.1-6)
As esposas cristãs devem se
sujeitar aos seus maridos. Se o marido é
descrente, a esposa deveria se
comportar de tal forma a ganhá-lo sem
palavras (v.1-2). Ela não deveria se
concentrar em sua aparência externa,
mas no adorno interior que é
imperecível e o qual Deus valoriza (v.3-
4). Sara se adornou com um espírito
submisso e as esposas hoje podem
imitá-la pela retidão e intrepidez
piedosa.
9. O MARIDO CRISTÃO E SUA
RELAÇÃO COM A ESPOSA
(CAP. 3.7)
O marido cristão deve ser amável a
sua esposa, tratando-a como o vaso mais
fraco e herdeira juntamente da graça da
vida. Juntos, marido e esposa, foram
agraciados com a habilidade de trazer
nova vida no mundo – um privilégio
maravilhoso, freqüentemente
desvalorizado neste mundo egoísta atual.
Pela consideração mútua e altruísmo, as
orações não serão interrompidas.
10. O CRISTÃO E SUA RELAÇÃO À
COMUNHÃO (CAP. 3.8)
Em relação à comunhão, deve
haver unidade, harmonia, amor fraternal,
bondade e cordialidade.
11. O CRISTÃO E SUA RELAÇÃO
AOS PERSEGUIDORES
(CAP. 3.9-4.6)
Sofrendo justa e injustamente
(3.9-16)
Agora Pedro retorna à atitude cristã
quanto aos seus perseguidores. Ele deve
evitar a retaliação, pagando o mal com o
bem e, assim, herdar uma bênção como a
prometida no Salmo 34. Como regra
geral, as pessoas não prejudicam uma
pessoa justa. Mas mesmo se um cristão
sofre injustamente, ele é abençoado. Ele
deve se comportar destemidamente,
reverenciar Cristo como Senhor, ter uma
resposta preparada e uma consciência
tranqüila.
• O sofrimento de Cristo por nós
(3.17-22)
Certamente é melhor sofrer por
fazer o bem do que por fazer o mal.
Mais uma vez Cristo é nosso exemplo.
Ele sofreu, o Justo pelo injusto, para nos
trazer a Deus. Pelo mesmo Espírito
Santo que O levantou dos mortos, Ele
pregou ao povo incrédulo dos dias de
Noé que estão agora aprisionados.
Somente os quatro casais na arca foram
salvos naquele momento. O batismo não
limpa da sujeira exterior, mas é o
testemunho de estarmos conscientes
diante de Deus porque a ressurreição e
glorificação de Cristo nos asseguram
que a questão do pecado foi resolvida
de uma vez por todas.
• Nosso sofrimento por Cristo
(4.1-6)
Já que Cristo sofreu injustamente,
devemos estar prontos a fazer o mesmo.
Quando escolhemos a perseguição e o
sofrimento em vez do pecado, o poder
do pecado é destruído em nossas vidas.
Não somos mais controlados pelas
paixões sensuais, mas pela vontade de
Deus. Nossa vida anterior de pecado e
degradação foi suficiente. Quando não
participamos mais de prazeres
pecaminosos, o mundo nos difama. Eles
terão que dar contas a Deus e nós
seremos justificados. É por isso que o
Evangelho foi pregado àqueles crentes
que foram subseqüentemente
perseguidos e mortos. Os homens os
colocam à morte, mas eles foram
inocentados por Deus e agora desfrutam
da vida eterna com Ele.
12. IMPERATIVOS URGENTES
PARA OS ÚLTIMOS DIAS (CAP. 4.7-
11)
Uma série de admoestações é agora
introduzida pela declaração que “o fim
de todas as coisas está próximo”.
Podemos resumi-las como orações
serenas, amor intenso, hospitalidade de
bom grado e servir generosamente.
Falando ou servindo, tudo deve ser feito
para a glória de Deus.
13. EXORTAÇÕES E
EXPLANAÇÕES SOBRE O
SOFRIMENTO (CAP. 4.12-19)
Em relação a perseguições e
sofrimentos, os crentes não devem se
surpreender como se fossem incomuns.
Os crentes que sofrem por Cristo serão,
seguramente, participantes de Sua
glória. Eles também são consolados por
ter o Espírito Santo residindo neles
agora. É vergonhoso sofrer pelo seu
pecado, mas um privilégio sofrer como
um cristão e uma oportunidade de
glorificar a Deus. O Senhor lida com
Seu próprio povo primeiramente; depois
ele julgará o mundo. Se os crentes
sofrem agora, quanto mais os não salvos
sofrerão eternamente? Portanto, cristãos
que sofrem devem viver em retidão e
confiar em seu Criador fiel.
14. EXORTAÇÕES À IGREJA (CAP.
5.1-11)
• Exortação aos presbíteros (5.1-
4)
Pedro exorta seus companheiros
presbíteros a pastorearem o rebanho de
Deus espontaneamente, sem motivos
mercenários e sendo modelos em vez de
dominadores. A sua recompensa será
uma coroa incorruptível de glória.
• Exortações ao rebanho (5.5-11)
Os jovens cristãos devem ser
sujeitos aos mais velhos, e todos somos
exortados a sermos humildes e livres da
ansiedade. Temos que resistir ao diabo e
nos lembrar da eterna glória que seguirá
os sofrimentos presentes.
15. SAUDAÇÕES FINAIS (CAP. 5.12-
14)
O apóstolo Pedro ditou sua carta a
Silvano (Silas é a forma curta do mesmo
nome), assegurando aos seus leitores
que a fé cristã é a fé verdadeira e
encorajando-os a permanecerem firmes
nela. Ele enviou saudações finais de
amor e paz.
A SEGUNDA CARTA
DE PEDRO

INTRODUÇÃO
MENSAGEM DE 2ª CARTA DE
PEDRO
A Segunda Carta de Pedro, como 2
Tessalonicenses e 2 Timóteo, fala sobre
as condições da igreja nos últimos dias
quando a cristandade será inteiramente
corrupta. Pedro suplica pelo
desenvolvimento do caráter cristão em
vista da certeza do Reino vindouro,
quando as recompensas serão
manifestas. Ele adverte sobre falsos
mestres que enganarão muitos antes de
serem finalmente julgados. Fala sobre
escarnecedores dos últimos dias que
negarão a verdade da vinda de Cristo.
Reafirma a verdade da Segunda Vinda e
o julgamento deste mundo e exorta os
crentes à diligência, santidade,
constância e crescimento na graça, à luz
da vinda de Cristo.
DATA DE 2ª CARTA DE PEDRO
Pedro escreveu a carta
provavelmente em 66 ou 67 d.C.
ESBOÇO DE 2ª CARTA DE PEDRO
1. Saudação (1.1-2)
2. Chamada para Desenvolver um
Forte Caráter Cristão (1.3-21)
3. O Surgimento Previsto de Falsos
Mestres (Cap. 2)
4. O Surgimento Previsto de
Escarnecedores (Cap. 3)
1. SAUDAÇÃO (CAP. 1.1-2)
Pedro era servo por escolha
pessoal e um apóstolo por comissão
divina. Ele escreve a todos que haviam
recebido a mesma fé que os apóstolos,
pela justiça do Senhor, e lhes deseja
graça e paz.
2. CHAMADA PARA
DESENVOLVER UM FORTE
CARÁTER CRISTÃO (CAP. 1.3-21)
• Crescimento frutífero na fé
(1.3-11)
Primeiramente, o apóstolo faz uma
chamada para o desenvolvimento de um
forte caráter cristão. Deus tem provido a
nossa santidade por meio de seu poder e
promessas. É nossa responsabilidade
cultivar oito qualidades cristãs – fé,
virtude, conhecimento, domínio próprio,
perseverança, piedade, bondade
fraternal e amor (v.3-4). Ao fazer isso,
salvaremos a nós mesmos de sermos
ineficientes, infrutíferos, cegos, com
falta de visão e esquecidos (v.5-9). Pelo
crescimento em graça, confirmamos
nossa chamada e eleição, poupando a
nós mesmos de cairmos e nos
assegurando uma entrada abundante no
reino eterno (v.10-11). Nossa entrada no
Reino é pelo novo nascimento, mas uma
entrada abundante é pelo
desenvolvimento de caráter cristão.
• A aproximação da morte de
Pedro (1.12-15)
O apóstolo estava determinado a
lembrar os santos continuamente da
importância do caráter cristão,
especialmente como sabia que o tempo
de sua morte estava se aproximando. Ao
deixar a mensagem de forma escrita, ele
possibilitaria ao povo de Deus revisar
os padrões de Deus para o seu caráter
em qualquer era.
• A aproximação da Vinda de
Cristo (1.16-21)
Agora ele fala sobre a certeza da
glória vindoura. Os eventos no Monte da
Transfiguração foram um antegosto do
Segundo Advento de Cristo e seu Reino
glorioso. A afirmação de Pedro era
baseada no que viu, ouviu e
testemunhou. A Transfiguração
confirmou as profecias do Antigo
Testamento sobre a Segunda Vinda.
Estas profecias não eram uma questão
de interpretação humana ou impulso
humano, mas de inspiração divina.
3. O SURGIMENTO PREVISTO DE
FALSOS MESTRES (CAP. 2)
• Doutrinas destrutivas e
enganosas (2.1-3)
O apóstolo prediz o surgimento
inevitável de falsos mestres e descreve
suas estratégias astutas, falsas doutrinas,
sucesso, sensualidade, difamação da
verdade, avareza, exploração enganosa
e iminente julgamento.
• Condenação para os falsos
mestres (2.4-10b)
No Antigo Testamento, Deus julgou
três classes de apóstatas – os anjos que
pecaram, os pré-diluvianos e o povo de
Sodoma e Gomorra. Ele é capaz tanto de
resgatar os piedosos como preservar os
injustos para o castigo, especialmente os
imorais e rebeldes.
• Depravação dos falsos mestres
(2.10c-22)
Os falsos mestres são presunçosos,
irracionais, ignorantes; estão
condenados à destruição. Andam em
imundas paixões e são incessantemente
imorais, habilidosos em cobiça, como
Balaão, o profeta (v.10c-16). Escuridão
profunda está reservada para estes
homens que desapontam a expectativa de
seus seguidores. Com palavras
jactanciosas e engodos sensuais, eles
seduzem o povo que quer uma vida
melhor. Prometendo-lhes liberdade,
estes escravos da corrupção lideram
seus seguidores a um estado pior do que
o anterior. Seria melhor para estes
seguidores cegos se nunca tivessem
conhecido do que, conhecendo,
voltassem à podridão do mundo, como
um cão ao seu vômito ou o porco ao
lamaçal (v.17-22).
4. O SURGIMENTO PREVISTO DE
ESCARNECEDORES (CAP. 3)
• Lembrando-se das palavras dos
profetas e dos apóstolos (3.1-2)
Nesta segunda carta, Pedro impele
seus leitores a se lembrarem dos
escritos do Antigo Testamento e os
mandamentos do Novo Testamento.
• Mentiras dos “uniformistas”
(3.3-7)
Eles devem saber que os
escarnecedores surgirão nos últimos
dias, pessoas de moral depravada, que
negarão a Segunda Vinda de Cristo.
Ensinarão que Deus nunca intervém na
história humana, deliberadamente
ignorando a destruição da Terra pelo
Dilúvio de Noé e negligentes que um dia
serão destruídos pelo fogo.
• Longanimidade do Senhor (3.8-
10)
Os cristãos devem se lembrar de
que o Senhor não é limitado pelo tempo,
de que é fiel à Sua promessa e de que
Sua demora é para que os homens se
arrependam. O Dia do Senhor, aqui
significando o aspecto final deste dia,
significará a destruição dos céus
estelares, dos céus atmosféricos e da
terra pelo fogo.
• Aguardando a vinda do Dia do
Senhor (3.11-18a)
Enquanto isso, o povo de Deus
deve ser santo e piedoso, aguardando
pelo Dia de Deus, isto é, o estado eterno
com seus novos céus e nova terra. Os
cristãos devem ser pacificadores, puros
e perceptivos, entendendo que a demora
de Deus foi desenhada para a salvação
do homem. Paulo também ensinou que a
paciência de Deus provê oportunidade
para a salvação do homem. Ele nos deu
muitas outras verdades que são difíceis
de entender. Pessoas ignorantes e
instáveis distorcem estas verdades para
sua própria destruição. Os crentes
devem estar atentos contra tais erros. O
antídoto ao erro é crescimento na graça
e em conhecimento do Senhor Jesus.
• Enaltecendo ao Senhor (3.18b)
A doxologia final atribui glória ao
Salvador, agora e para sempre.
A PRIMEIRA CARTA
DE JOÃO

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DA 1ª CARTA DE
JOÃO
A Primeira Carta de João foi
escrita, em parte, para refutar uma
heresia conhecida como Gnosticismo
que, entre várias coisas, negava a
divindade e a verdadeira humanidade do
Senhor Jesus Cristo. Professando
conhecimento superior, os gnósticos
ensinavam que o Cristo era uma
emanação divina que veio sobre Jesus
em Seu batismo e que O deixou no
Jardim do Getsêmani. Portanto
ensinavam que Jesus não era o Cristo.
Foi o homem Jesus que morreu e não “o
Cristo”.
• Provas da verdadeira
comunhão
Para poder distinguir estes hereges
dos verdadeiros crentes, João
estabelece alguns testes de vida –
obediência, amor, justiça, sã doutrina,
continuidade na comunhão cristã e
separação do mundo. Somente aqueles
que passarem nestes testes de vida
podem conhecer a comunhão na família
de Deus.
TEMAS DA 1ª CARTA DE JOÃO
Esta carta é difícil de esboçar
porque os temas são como linhas em
uma tecelagem. Elas desaparecem,
depois vêm à superfície novamente. Isto
pode sugerir que os testes da vida não
devem ser compartimentados, mas
devem ser entrelaçados no próprio
tecido de nosso comportamento.
DATA DA 1ª CARTA DE JOÃO
João escreveu a carta
provavelmente entre 90 e 95 d.C.
ESBOÇO DA 1ª CARTA DE JOÃO
1. Prólogo: A comunhão cristã
(1.1-4)
2. Meios de manter a comunhão
(1.5–2.2)
3. Marcas da comunhão cristã:
Obediência, amor (2.3-11)
4. Estágios de crescimento na
comunhão (2.12-14)
5. Dois perigos à comunhão: O
mundo e falsos mestres (2.15-28)
6. Marcas da comunhão cristã
(cont.): Justiça, amor e a confiança
que proporciona (2.29-3.24)
7. A necessidade de discernir entre
verdade e erro (4.1-6)
8. Marcas da comunhão cristã
(cont.) (4.7-5.20)
9. Apelo final (5.21)
1. PRÓLOGO: A COMUNHÃO
CRISTÃ (CAP. 1.1-4)
O fundamento doutrinário da
comunhão cristã é a Pessoa de Jesus
Cristo. João enfatiza Sua eternidade e
Sua encarnação como um homem real
que podia ser ouvido, visto, admirado e
tocado. O testemunho dos apóstolos é
uma base confiável para se crer nEle
(v.1-3a). Comunhão com o Pai, com seu
Filho e com outros crentes leva à
plenitude da alegria (v.3b-4).
2. MEIOS DE MANTER A
COMUNHÃO (CAP. 1.5-2.2)
• O reconhecimento do pecado
(1.5-10)
Para poder andar em comunhão
com Deus, uma pessoa deve andar na luz
e não na escuridão. Esta pessoa também
deve reconhecer a verdade concernente
a ela – de que é uma pessoa pecaminosa
que convive com o pecado.
• O Advogado do pecador (2.1-2)
O desejo de Deus é que os cristãos
não devem pecar. Entretanto, uma
provisão é ofertada para quem falha;
Cristo é tanto o Advogado quanto a
Propiciação.
3. MARCAS DA COMUNHÃO
CRISTÃ: OBEDIÊNCIA, AMOR
(CAP. 2.3-11)
• O teste da obediência (2.3-6)
O teste triplo da obediência
envolve guardar seus mandamentos,
guardar Sua Palavra e andar como Ele
andou. Temos que ser guiados pela Sua
Palavra escrita, Sua vontade e Seu andar
exemplar.
• O teste do amor (2.7-11)
Depois vem o teste do amor aos
irmãos – um mandamento que é tanto
antigo como novo; antigo, porque Jesus
ensinou e o cumpriu desde o início e
novo, porque agora deve ser visto pelos
Seus seguidores. O amor é uma marca
autêntica dos verdadeiros cristãos. O
ódio caracteriza aqueles que estão em
escuridão moral.
4. ESTÁGIOS DE CRESCIMENTO
NA COMUNHÃO
(CAP. 2.12-14)
Existem estágios diferentes de
crescimento na comunhão cristã – pais,
jovens e crianças. Estes envolvem graus
diferentes de apreensão e avaliação do
Pai e do Filho e graus diferentes de
envolvimento no combate.
5. DOIS PERIGOS À COMUNHÃO:
O MUNDO E FALSOS MESTRES
(CAP. 2.15-28)
• O perigo do mundanismo (2.15-
17)
Amar o mundo é totalmente
incompatível com o amor do Pai.
Mundanismo é o amor das coisas
passageiras. Obediência à vontade de
Deus tem recompensas eternas.
• O perigo dos falsos mestres
(2.18-28)
Falsos mestres têm o espírito do
Anticristo. Por se afastarem da
comunhão cristã, demonstram que
realmente nunca nasceram de novo.
Cristãos verdadeiros têm a provisão
divina por conhecerem a verdade na
Pessoa do Espírito Santo (v.20). O teste
da verdadeira doutrina é confissão
sincera de que Jesus é o Cristo. Aqueles
que tentam separar Jesus do Cristo são
mentirosos e anticristos e não possuem
Deus como Seu Pai (v.21-23). A
mensagem cristã é a salvaguarda do
crente contra o erro; tudo deve ser
testado pelo que a Bíblia diz (v.24-25).
Os cristãos não podem ser seduzidos
por aqueles que reivindicam ter
conhecimento que é fora da Bíblia ou
superior a ela. O Espírito Santo lidera
Seu povo na verdade da Palavra de
Deus e Ele não precisa de mestres que
vão além do que a Bíblia diz (v.26-27).
João impele seus filhos amados a
permanecer em Cristo para que quando
o Salvador retornar, João e os outros
apóstolos tenham confiança e não sejam
envergonhados (v.28).
6. MARCAS DA COMUNHÃO
CRISTÃ: JUSTIÇA, AMOR E A
CONFIANÇA QUE PROPORCIONA
(CAP. 2.29-3.10A)
• Justiça (2.29-3.10a)
Outro teste na vida é justiça. É uma
evidência do relacionamento com Deus
(v.29). É verdadeiro que os crentes são
filhos de Deus, mesmo que o mundo não
os reconheça como tal. Não sabemos o
que seremos, mas sabemos que seremos
moralmente parecidos com o Senhor
Jesus. Esta verdade tem um efeito
purificador sobre nós (v.3.1-3). Os
cristãos não praticam o pecado porque é
contrário à vontade de Deus, a todo o
propósito da vinda de Cristo, ao caráter
de Cristo e à verdade da união com
Cristo (v.4-6). Os filhos de Deus
praticam a justiça enquanto os filhos do
Diabo praticam o pecado. O propósito
da primeira Vinda de Cristo era destruir
as obras do Diabo. É moralmente
impossível, para os filhos Deus, pecar
habitualmente. Eles se distinguem dos
filhos do Diabo por praticarem a justiça
(v.7-10a).
• O teste do amor (3.10b-24a)
O teste do amor agora reaparece. O
amor tem sido uma obrigação desde o
início. Caim foi o primeiro violador e o
mundo tem seguido seu exemplo odiando
os justos. Nosso amor pelos irmãos
cristãos nos assegura que temos passado
da morte para vida. O ódio é homicídio
e nenhum homicida tem a vida eterna. O
maior exemplo de amor é o auto-
sacrifício de Cristo por nós. Podemos
mostrar amor colocando nossas vidas
para ajudar os irmãos e partilhando as
nossas posses com os que necessitam.
Então nosso amor será sincero e vivo.
Este tipo de amor também nos dará
confiança na oração. Confiança em
Cristo e amar um ao outro nos dá uma
consciência clara, livre da auto-
condenação e nos dá segurança de que
recebemos o que pedimos.
• Confiança (3.24b)
Quando guardamos os
mandamentos do Senhor, sabemos que
Ele permanece em nós pela habitação do
Espírito.
7. A NECESSIDADE DE DISCERNIR
ENTRE VERDADE E ERRO (CAP.
4.1-6)
Voltamos agora ao teste da
doutrina. Verdadeiros mestres confessam
que Jesus Cristo Se manifestou na carne.
Falsos mestres têm o espírito do
Anticristo; eles negam a verdade da
encarnação (v.1-3). A maneira de
superá-los é pelo poder do Espírito. O
mundo é a fonte, autoridade e audiência
dos anticristos. Crentes verdadeiros
reconhecem os ensinos dos apóstolos
(v.4-6).
8. MARCAS DA COMUNHÃO
CRISTÃ (CAP. 4.7-5.20)
• Amor (4.7-21)
Retornamos ao amor novamente. É
um dever que é consistente com o
caráter de Deus e é uma prova do
nascimento divino. O amor de Deus tem
três tempos verbais. No passado Ele deu
seu Filho por nós. No presente Ele
habita em nós. No futuro Seu amor nos
dará coragem no dia do julgamento.
Nosso amor por Deus é uma resposta ao
Seu amor anterior por nós e é provado
pelo nosso amor pelos irmãos. Se
amarmos a Deus temos que amar nossos
irmãos também.
• Sã doutrina (5.1a)
A linha da doutrina vem à
superfície da tecelagem novamente.
• O amor e a obediência que
produz (5.1b-3)
Quatro resultados de crer que Jesus
é o Cristo são o novo nascimento, amor
por Deus, amor pelos irmãos e
obediência aos mandamentos de Deus.
• Fé (5.4-5)
A fé capacita os crentes a superar o
mundo por ver além do visível e
temporário, para o invisível e eterno. O
fundamento da verdadeira fé é que Jesus
Cristo é o Filho de Deus.
• Sã doutrina (5.6-12)
As duas extremidades do ministério
de Jesus é Seu batismo (água) e Sua
morte expiatória na cruz (sangue) – não
apenas o batismo, como os gnósticos
ensinavam, mas o batismo e a cruz. O
Espírito sempre sustenta o testemunho à
verdade (v.7). Três testemunhas da
verdade concernente à pessoa e obra do
Senhor Jesus Cristo são o Espírito
Santo, o batismo de Jesus quando Deus
O aprovou abertamente e o sangue que
Ele verteu na cruz. Crer o que Deus diz
a respeito de Seu Filho traz vida eterna;
não crer nEle implica que Ele é
mentiroso. A salvação está na Pessoa de
Cristo. Aqueles que não O possuem, não
têm a vida (v.8-12).
• Segurança pela palavra (5.13)
Aqueles que acreditam em Cristo
podem saber que realmente são salvos
na autoridade da Palavra de Deus.
• Confiança na oração (5.14-17)
O crente tem confiança na oração
de acordo com a vontade de Deus. Um
cristão que tropeça pode ser restaurado
por meio da oração. Seu pecado não é
“para morte”. Mas um apóstata, como os
hereges gnósticos, pecou “para morte” e
somos instruídos para não orarmos por
tal pessoa.
• Conhecimento e realidades
espirituais (5.18-20)
A carta termina com algumas
grandes certezas da fé cristã. Os cristãos
não praticam o pecado porque Cristo os
mantém guardados do maligno. Os
crentes são de Deus, enquanto o mundo
incrédulo jaz sob o poder do maligno. O
Filho de Deus veio e nos revelou Deus.
Estamos nEle, o verdadeiro Deus e
devemos nos guardar de qualquer outro
conceito de Deus
9. APELO FINAL (CAP. 5.21)
Ao fazer isso, nos guardaremos dos
ídolos.
A SEGUNDA CARTA
DE JOÃO

INTRODUÇÃO
ORIGEM DA 2ª CARTA DE JOÃO
O apóstolo João, um “presbítero”
muito conhecido, escreve a uma senhora
cristã e aos seus filhos, provavelmente
de Éfeso. Alguns estudiosos acreditam
que a “senhora” e seus “filhos” são uma
expressão literária para uma igreja local
e seus membros, já que nenhum nome é
citado.
PANORAMA E DATA DA 2ª CARTA
DE JOÃO
A 2ª Carta de João enfatiza “a
política da porta fechada” para com os
falsos mestres. Temos que recusar
qualquer um que não sustenta a doutrina
de Cristo – Sua divindade absoluta e
Sua humanidade sem pecado. Foi
provavelmente escrita no fim da vida de
João, em torno de 85-90 d.C.
ESBOÇO DA 2ª CARTA DE JOÃO
1. Saudação (v.1-3)
2. A alegria do apóstolo – filhos
obedientes (v.4)
3. A admoestação do apóstolo –
andar em amor (v.5-6)
4. A preocupação do apóstolo –
falsos mestres (v.7-11)
5. A esperança do apóstolo – uma
visita pessoal (v.12-13)
1. SAUDAÇÃO (V.1-3)
João escreve a uma senhora cristã e
seus filhos, enfatizando a importância da
verdade e amor no andar cristão.
2. A ALEGRIA DO APÓSTOLO –
FILHOS OBEDIENTES (V.4)
Após os cumprimentos
tradicionais, ele expressa alegria em
saber que seus filhos estavam vivendo
de acordo com a verdade da palavra de
Deus. Observe que a verdade não é algo
simplesmente a ser crido, mas algo a ser
vivido. Nossas vidas devem ser
testemunhos à verdade.
3. A ADMOESTAÇÃO DO
APÓSTOLO – ANDAR EM AMOR
(V.5-6)
Ele impele a senhora a amar seus
irmãos cristãos, andando em obediência
aos mandamentos do Senhor.
4. A PREOCUPAÇÃO DO
APÓSTOLO – FALSOS MESTRES
(V.7-11)
No entanto, ela deveria estar atenta
contra os falsos mestres que negam a
verdade concernente à Pessoa do Senhor
Jesus. Se ela e sua família
permanecerem firmes nesta verdade, o
trabalho dos apóstolos não terá sido em
vão e a família receberá uma
recompensa completa. Os enganadores e
anticristos vão além do que está escrito
na Bíblia, declarando que possuem
novas e melhores revelações. Isto é
típico das falsas religiões: usam a
Bíblia e mais algum outro livro ou
doutrina. Ela não deve receber tais
infiltradores em sua casa ou ela estará
apoiando-os contra o Salvador. Isso
seria deslealdade.
5. A ESPERANÇA DO APÓSTOLO –
UMA VISITA PESSOAL (V.12-13)
João gostaria de escrever mais,
mas ele espera visitá-los em breve e
então todos se alegrarão. Ele termina
com saudações das sobrinhas e
sobrinhos eleitos da senhora.
A TERCEIRA CARTA
DE JOÃO

INTRODUÇÃO
ORIGEM DA 3ª CARTA DE JOÃO
Assim como a 2ª Carta de João,
esta epístola provavelmente foi escrita
de Éfeso, mas a um cristão amado
chamado Gaio.
ESBOÇO E DATA DA 3ª CARTA DE
JOÃO
Diferentemente da 2ª Carta de João,
que destaca a “política da porta
fechada”, na 3ª Carta o apóstolo
aconselha uma política da porta aberta
em favor dos pregadores itinerantes.
Ele, também, condena vigorosamente
Diótrefes por seu comportamento
ditatorial na igreja. E ele elogia
Demétrio que permaneceu aprovado
quando foi testado pela verdade e pelo
julgamento de outros. A carta
provavelmente foi escrita no fim da vida
de João, em torno de 85-90 a.C.
ESBOÇO DA 3ª CARTA DE JOÃO
1. O piedoso Gaio (v.1-8)
2. O ditatorial Diótrefes (v.9-11)
3. O nobre Demétrio (v.12)
4. O plano do apóstolo e bênção
apostólica (v.13-14)
1. O PIEDOSO GAIO (V.1-8)
• Sua integridade espiritual (1-4)
Gaio era um irmão muito amado
cuja saúde física não correspondia à sua
prosperidade espiritual. A maior alegria
de João era saber que aqueles que ele
havia levado a Cristo, como Gaio,
estavam firmes na fé cristã.
• Sua hospitalidade e
generosidade (5-8)
Gaio já era fiel no ministério da
hospitalidade; sua casa estava sempre
aberta aos servos do Senhor. Ao
continuar a ajudar generosamente
àqueles que buscavam ao Senhor, para
suprir suas necessidades, ele estaria
ajudando o avanço da verdade.
2. O DITATORIAL DIÓTREFES (V.9-
11)
O apóstolo agora fala contra o
arrogante Diótrefes, que era um ditador
virtual na igreja. Este tirano havia
interceptado uma carta de João na
igreja, havia acusado o apóstolo
injustamente, havia recusado de receber
irmãos piedosos e havia excomungado
aqueles que os receberam. João
planejava lidar com ele na próxima
visita. Enquanto isso, Gaio deveria
imitar os bons e não os maus. Aqueles
que fazem o mal são estranhos a Deus.
3. O NOBRE DEMÉTRIO (V.12)
Em contraste com Diótrefes,
Demétrio tinha uma reputação louvável
em relação à verdade. Ele testemunhava
a verdade, porém mais importante, a
verdade testemunhava dele.
4. O PLANO DO APÓSTOLO E
BÊNÇÃO APOSTÓLICA (V.13-14)
Novamente o apóstolo decide parar
de escrever porque ele espera visitar
Gaio em breve. Até lá – paz!
A CARTA DE JUDAS

INTRODUÇÃO
AUTORIA
Judas foi provavelmente o meio
irmão de nosso Senhor, embora em sua
humildade ele menciona seu irmão Tiago
que era bem conhecido na igreja
primitiva. Entretanto, ambos os irmãos
haviam desacreditado de seu meio-
irmão divino até depois da
Ressurreição.
ATITUDE DO AUTOR
Judas aciona um toque de alarme
em sua pequena carta – um alarme
estridente contra os apóstatas anticristos
que estavam se infiltrando nas reuniões
da igreja, especialmente as ágapes,
“banquetes de confraternização”. Estes
homens eram falsos mestres com estilos
de vida imorais.
DATA
Devido a Judas e 2 Pedro terem
paralelos verbais tão próximos, quase
todos os estudantes da Bíblia acreditam
que uma carta usou a outra. (Alguns
acreditam que ambos usaram uma fonte
comum). É provavelmente correto que
Judas usou Pedro (Pedro foi martirizado
nos anos sessenta do século primeiro). A
apostasia predita em 2Pedro parece ter
iniciado enquanto Judas escrevia.
Portanto, é provável que seja uma data
entre 66 e 80 a.C., tornando-se um dos
últimos livros do Novo Testamento.
ESBOÇO DE JUDAS
1. Saudação (v.1-2)
2. Os apóstatas desmascarados
(v.3-16)
3. A defesa dos cristãos contra a
apostasia (v.17-23)
4. A maravilhosa bênção (v.24-25)
1. SAUDAÇÃO (V.1-2)
Judas era provavelmente um meio-
irmão de Jesus Cristo; mas mesmo se
fosse outro Judas, era pelo menos Seu
servo. Ele escreve àqueles que são
chamados e amados por Deus e
guardados por Jesus Cristo. Seus
cumprimentos são misericórdia, paz e
amor. Ele deseja que estas três bênçãos
sejam multiplicadas e não repartidas em
frações.
2. OS APÓSTATAS
DESMASCARADOS (V.3-16)
• Batalhando pela fé (3-4)
Judas havia originalmente
planejado escrever sobre a salvação que
é comum a todos os cristãos, mas mudou
o assunto para adverti-los sobre os
falsos mestres que haviam se infiltrado
secretamente na igreja. Estes mestres
haviam transformado a graça de Deus
em uma licença para pecar e negar o
Senhor Jesus, Sua Pessoa e obra.
• Apóstatas antigos e suas
condenações (5-7)
A condenação deles é tão certa
quanto a de três grupos de apóstatas do
Antigo Testamento: 1) O Israel
incrédulo que pereceu no deserto depois
de escapar do Egito; 2) Anjos rebeldes
que deixaram seus lugares designados
por Deus são mantidos em algemas
eternas; 3) Os homossexuais de Sodoma
e Gomorra que foram punidos com fogo
eterno.
• Apóstatas modernos e sua
degeneração (8-11)
Os apóstatas modernos se perdem
na imoralidade, se rebelam contra a
autoridade e falam desrespeitosamente
de líderes, um desrespeito que o arcanjo
não ousou mostrar à autoridade de
Satanás. Eles se perderam “no caminho
de Caim” (salvação pelas obras),
mergulharam no “erro de Balaão”
(servir por motivos mercenários) e
pereceram na “revolta de Corá”
(rebelando-se contra os representantes
de Deus).
• Apóstatas depravados e
condenados (12-16)
São rochas submersas, nuvens sem
água, árvores infrutíferas, ondas bravias
e estrelas errantes (v.12-13). Sua
condenação foi predita por Enoque; eles
serão julgados pela sua murmuração,
julgamento, vida de luxúria, discursos
arrogantes e bajulação (v.14-16).
3. A DEFESA DOS CRISTÃOS
CONTRA A APOSTASIA (V.17-23)
Qual é o papel dos cristãos nos
dias de apostasia? Primeiramente eles
devem se lembrar de que foram já
advertidos do perigo pelos apóstolos.
Depois devem se manter em uma forte
condição espiritual – edificando-se,
orando, suportando, esperando.
Finalmente, devem usar o discernimento
para ministrar àqueles que foram
vitimados pelos apóstatas – os céticos,
os que estão em risco e os corrompidos.
4. A MARAVILHOSA BÊNÇÃO
(V.24-25)
Judas termina sua carta com uma
das maiores bênçãos da Bíblia e que é
usada corretamente em muitos
momentos. Ela atribui honras supremas
ao nosso Guardador, Consumador e
Salvador em todo o tempo da
eternidade. Ele é capaz de nos guardar
do tropeço e de nos apresentar
inculpáveis perante a presença de Sua
glória com abundante regozijo. Ele é
digno de glória, majestade, domínio e
poder, agora e sempre.
APOCALIPSE

INTRODUÇÃO
ESCOPO DO APOCALIPSE
Este é um livro tanto de julgamento
como de glória. Começando com a Era
da Igreja, vai até o período da
Tribulação e então, em ordem, ao
glorioso retorno de Cristo para reinar, o
Reino Milenar na terra, o julgamento do
grande trono e o estado eterno com seus
novos céus e nova terra.
AUTORIA E DATA DO
APOCALIPSE
O Apocalipse foi escrito pelo
apóstolo João enquanto era prisioneiro
na ilha de Patmos, provavelmente em
algum período entre 81 e 96 d.C. Deus
tornou este aprisionamento em algo bom,
nos dando esta maravilhosa revelação
dos eventos futuros – o livro final de
Sua Santa Palavra.

ESBOÇO DO
APOCALIPSE
1. Prólogo (1.1-8)
2. A visão de Cristo em vestes
judiciais (1.9-20)
3. As cartas para as Sete Igrejas na
Ásia (cap. 2-3)
4. Prelúdio à Tribulação (cap. 4-5)
5. O período da Tribulação (cap. 6-
18)
6. A Segunda Vinda de Cristo e seu
Reino de Glória (19.1-20.6)
7. O julgamento de Satanás e de
todos os incrédulos (20.7-15)
8. O Novo Céu e a Nova Terra
(21.1-22.5)
9. Advertências, consolos, convites
e bênçãos finais (22.6-21)
1. PRÓLOGO (CAP. 1.1-8)
• O sobrescrito (1.1-3)
O prólogo explica que esta é uma
revelação de Jesus Cristo para João
concernente às coisas que ocorreriam
iminentemente. Ele também proclama
uma bênção para aqueles que ouvem e
obedecem à Sua mensagem.
• A saudação (1.4-8)
O livro, direcionado às sete igrejas
da Ásia Menor, imediatamente eclode
em um hino de louvor ao Senhor Jesus,
no final do qual Ele introduz a Si mesmo
como o Alfa e o Ômega.
2. A VISÃO DE CRISTO EM
VESTES JUDICIAIS (CAP. 1.9-20)
• As coisas que João viu (1.9-16)
O apóstolo João explica que o
Senhor lhe apareceu enquanto era
prisioneiro em Patmos, dando-lhe a
visão para as sete igrejas, representadas
pelos sete candelabros. Jesus estava
vestido em vestes judiciais e segurava
sete estrelas, representando os anjos das
igrejas.
• A chave para o Livro (1.17-20)
João ficou primeiramente
dominado pela visão, mas o Senhor o
encorajou e o comissionou: “...escreve
as coisas que viste...” (a visão do
cap.1), “...as que são...” (as sete igrejas
dos cap. 2-3) e “...as que hão de
acontecer depois destas” (a Tribulação
e eventos subseqüentes dos cap. 4-22).
As sete estrelas eram anjos e os sete
candelabros dourados eram igrejas.
3. AS CARTAS PARA AS SETE
IGREJAS NA ÁSIA (CAP. 2-3)
Nos capítulos 2 e 3 vemos o
Senhor como Juiz, escrutinando as sete
igrejas. Estas eram congregações locais
existentes nos dias de João, mas nós
cremos que elas espelham condições
que podem ser encontradas nas igrejas
em algum lugar do mundo, em qualquer
período específico e também
representam sete eras consecutivas na
história da Igreja universal.
As cartas seguem um padrão: cada
uma abre com um retrato diferente do
Senhor; há palavras de louvor (exceto
para Laodicéia); há culpa em áreas onde
falharam e conselhos ao arrependimento
(exceto para Esmirna e Filadélfia); há
uma exortação para ouvir o que o
Espírito está dizendo e há uma
promessa ao vencedor.
• A carta a Éfeso (2. 1-7)
Esta igreja foi elogiada por suas
obras, trabalho e perseverança; sua
intolerância a homens maus; sua
habilidade de discernir falsos mestres;
sua perseverança paciente na provação e
adversidade e seu ódio pelas obras dos
nicolaítas. Entretanto, havia abandonado
seu primeiro amor. Ela deveria se
lembrar de sua fé original, arrepender-
se de sua decadência e renovar seu culto
devoto. De outro modo, seu testemunho
cessaria. Aqueles que vencerem se
alimentarão da árvore da vida.
Esta carta descreve bem a condição
da Igreja ao final do Período
Apostólico.
• A carta a Esmirna (2. 8-11)
Aqui temos uma igreja sofredora,
suportando a tribulação e pobreza,
porém espiritualmente forte. Mais
aprisionamentos e tribulação estavam
pela frente, mas aqueles que fossem
mártires fiéis receberiam uma coroa de
vida. O vencedor nunca experimentaria
a segunda morte.
Esmirna retrata bem as
perseguições à Igreja sob os
imperadores romanos antes de
Constantino.
• A carta a Pérgamo (2. 12-17)
Esta cidade era a sede asiática para
adoração do imperador, por esta razão a
referência ao trono de Satanás. A igreja
ali havia se mantido fiel a Cristo e um
de seus membros, Antipas, havia sido
martirizado. Ainda assim, tolerava
aqueles que ensinavam doutrinas
malignas. A igreja é chamada para se
arrepender antes que o Senhor tivesse
que intervir. O vencedor comerá do
maná escondido e receberá uma pedra
branca personalizada.
Historicamente, esta igreja
representa a era que começara com
Constantino quando a Igreja era
patrocinada pelo Estado e tolerava
influências pagãs.
• A carta a Tiatira (2.18-29)
A comunidade cristã estava
crescendo em boas obras, amor, fé,
serviço e perseverança paciente. No
entanto, uma suposta profetisa havia
introduzido falsos ensinamentos que
levaram à idolatria e imoralidade. Deus
a julgaria com seus seguidores. Um
remanescente fiel foi incumbido de
manter-se firmado à verdade. O
vencedor reinaria com Cristo durante o
Milênio.
Muitos ensinadores vêem Tiatira
com um retrato da Igreja na Idade das
Trevas espirituais (em torno de 600-
1500 d.C.) até ser abalada pela
Reforma. Mas características
semelhantes às de Tiatira ainda estão
conosco hoje.
• A carta para Sardes (3.1-6)
Sardes era essencialmente uma
igreja sem vida. O Senhor a chamou
para um novo zelo e esforço para
fortalecer o pouco que havia. Somente o
arrependimento a salvaria do
julgamento. Os poucos fiéis que haviam
permanecido puros andariam com Cristo
em vestiduras brancas. Os vencedores
não seriam apagados do Livro da Vida,
mas seriam confessados por Cristo
perante Seu Pai e os anjos.
Sardes é freqüentemente associada
às igrejas formais e ritualísticas do
Estado no período pós-reforma.
• A carta para Filadélfia (3.7-13)
O Senhor louva Filadélfia pelas
boas obras, mesmo tendo pouca força,
além da fidelidade ao Seu nome. Ela
teria uma porta aberta que grupos
opositores não conseguiriam fechar e
também seria salva do tempo vindouro
da Tribulação. A esperança da vinda de
Cristo deveria motivá-la a permanecer
firme. O vencedor seria um símbolo de
força, honra e segurança permanente e
seria publicamente identificado com
Deus, Cristo e a Nova Jerusalém.
Filadélfia retrata bem o maior
despertar evangélico do século dezoito e
início do século dezenove com sua
atividade missionária mundial.
• A carta para Laodicéia (3.14-
22)
A mornidão de Laodicéia causou
náuseas ao Senhor. Ela era orgulhosa,
auto-suficiente, complacente e ignorante.
Ela precisava de justiça divina, justiça
prática e verdadeira visão espiritual.
Cristo pede que ela seja zelosa e que se
arrependa. O Senhor convida homens
para deixar esta igreja apóstata para
desfrutar da comunhão com Ele. O
vencedor reinará com Cristo.
Laodicéia retrata claramente a
Igreja apóstata dos últimos dias. É a
Igreja às vésperas do retorno de Cristo.
A partir deste ponto, a Igreja não é mais
vista na terra no Livro do Apocalipse.
4. PRELÚDIO À TRIBULAÇÃO
(CAP. 4-5)
Os capítulos 4 e 5 descrevem cenas
no céu, anteriores ao desencadeamento
dos julgamentos da Grande Tribulação
dos capítulos 6–18. Eles começam o
descortinar das coisas “que hão de
acontecer depois destas” (1.19).
• A sala do Trono do Céu (Cap.
4)
Transportado em espírito ao céu,
João viu o Deus da glória sentado sobre
um trono de julgamento (v.1-3). Ele
também viu 24 anciãos, que podem
representar os redimidos no céu e quatro
seres viventes, que podem ser guardiões
angelicais do trono de Deus. Estes seres
viventes falam incessantemente da
santidade de Deus e os 24 anciãos O
adoram como o grande Criador (4.1-11)
A visão nos prepara para o que se
segue. O Juiz do Universo, rodeado por
criaturas que O adoram, está prestes a
mandar o juízo à terra.
• Digno é o Cordeiro (Cap. 5)
Deus está segurando um livro
selado por sete selos. É um livro de Sua
ira a ser derramada no mundo que
rejeitou Seu Filho. O único digno de
abri-lo é o Senhor Jesus. Quando Cristo
segura o livro, os seres viventes e os 24
anciãos irrompem em adoração a Cristo
como o Redentor. Então todas as hostes
do Universo se juntam em adoração ao
Cordeiro que vive eternamente.
5. O PERÍODO DA TRIBULAÇÃO
(CAP. 6-18)
• O primeiro selo: O
conquistador (6.1-2)
Quando o Cordeiro abre o primeiro
selo, aparece um cavaleiro em um
cavalo branco carregando um arco. O
arco simboliza a ameaça de guerra, mas
hostilidades não irrompem até que o
segundo selo seja quebrado. O selo
pode representar um líder mundial que
ganha poder através da conquista
sanguinária.
• O segundo selo: Conflito na
terra (6.3-4)
O cavaleiro do segundo cavalo,
que é vermelho fogo, carrega uma
grande espada e remove a paz da terra.
• O terceiro selo: Escassez na
terra (6.5-6)
O rompimento do terceiro selo traz
um cavaleiro num cavalo preto. A
balança que ele traz e o preço
exorbitante da comida nos diz que ele
representa a fome, que geralmente
acontece depois de uma guerra.
• O quarto selo: Morte
espalhada em toda a terra (6.7-8)
O quarto cavalo é amarelo pálido;
a morte é seu cavaleiro, seguida do
Hades. Por meio da guerra, pestes e
feras selvagens, a morte pede os corpos
e o Hades reivindica as almas dos
habitantes de um quarto da população da
terra.
• O quinto selo: O clamor dos
mártires (6.9-11)
O quinto selo nos introduz aos
mártires, assassinados pelos seus
testemunhos fiéis e o clamor a Deus para
vingar o sangue deles. Foram lhes dadas
vestiduras brancas e a ordem para
aguardar porque outros ainda seriam
mortos por causa do Nome do Senhor.
• O sexto selo: Convulsões
cósmicas (6.12-17)
A abertura do sexto selo causa
tremendas convulsões na natureza ​– tão
severas que todas as classes da
sociedade são atingidas pelo pânico.
• Os 144.000 selados de Israel
(7.1-8)
Agora há um interlúdio entre os
selos no qual somos introduzidos a duas
companhias de crentes. Primeiramente,
há os 144.000 judeus, sendo 12.000 de
cada tribo de Israel. Eles devem ser
selados com uma marca em suas testas
antes que sejam derramados os grandes
julgamentos destrutivos sobre a terra,
mar e vegetação. O selo garante que eles
serão preservados vivos durante a
Tribulação.
• A grande multidão da Grande
Tribulação (7.9-17)
O segundo grupo é uma grande
multidão de gentios que são salvos
durante a Tribulação. Eles sobrevivem a
este período de desordem sem
precedentes e desfrutam das bênçãos do
Reino eterno de Cristo. Os anjos,
anciãos e seres viventes juntam-se a eles
em adoração a Deus.
• O sétimo selo: prelúdio às sete
trombetas (8.1-6)
O sétimo e último selo é
introduzido por um silêncio de 30
minutos no céu. Cristo aparece como um
anjo, adicionando incenso às orações
dos santos que sofreram na Tribulação,
com o incenso sendo a fragrância de Sua
própria Pessoa e obra. Em resposta aos
clamores por vingança, Ele atira brasas
flamejantes na terra, resultando em
relâmpagos, trovões e terremoto.
O sétimo selo introduz e,
provavelmente, contêm as sete trombetas
de julgamento que se seguem.
• A primeira trombeta: a
vegetação é abalada (8.7)
Quando a primeira trombeta é
tocada, uma terça parte da terra, das
árvores e da vegetação são queimadas
por saraiva e fogo misturados com
sangue.
• A segunda trombeta: os mares
abalados (8.8-9)
O som da segunda trombeta
resultou em algo como uma grande
montanha ardente sendo lançada no mar,
tornando uma terça parte do mar em
sangue, destruindo um terço de toda vida
marinha e destruindo um terço das
embarcações.
• A terceira trombeta: as águas
são atingidas (8.10-11)
A terceira trombeta sinaliza a
queda de uma estrela ardente chamada
Absinto, tornando amarga uma terça
parte do suprimento de água em suas
fontes e causando a morte de muitos.
• A quarta trombeta: os Céus são
abalados (8.12-13)
Quando a quarta trombeta soar, o
sol, a lua e as estrelas serão afetados de
tal forma que eles darão somente dois
terços de sua luz usual (v.12). Uma águia
voando pelo meio do céu anuncia uma
tripla aflição aos habitantes da terra,
isto é, aqueles que têm seu olhar
somente nesta terra (v.13).
• A quinta trombeta: os
gafanhotos do abismo (9.1-12)
Quando uma estrela caída,
provavelmente um anjo, abriu o poço do
abismo, uma grande fumaça cobriu a
terra e uma praga terrível de gafanhotos
atormentou os incrédulos por cinco
meses; mas os gafanhotos não matavam
os homens ou danificavam a vegetação.
Os gafanhotos, descritos aqui em
detalhes vívidos como um exército
conquistador, provavelmente
representam demônios, embora alguns
achem que isso é literal. Esta é a quinta
trombeta e o primeiro “ai”.
• A sexta trombeta: Um terço da
humanidade morta (9.13-21)
A sexta trombeta solta quatro anjos
do rio Eufrates, seguidos de uma
cavalaria de 200 milhões de homens
(embora muitos manuscritos dizem 100
milhões). Isso resulta na destruição de
um terço da humanidade. Mas mesmo
este segundo ai não cura os
sobreviventes da sua maldade.
• O Anjo forte com o livrinho
(10.1-7)
O Anjo forte, possivelmente o
Senhor Jesus, desce dos céus com o
livrinho. Quando Ele brada, desferem-se
sete trovões, os quais João
aparentemente compreende, mas não lhe
é permitido descrever. Com um pé na
terra e um pé no mar, o Anjo jura que
não haverá mais demora. A sétima
trombeta terminará o mistério de Deus
pelo castigo de todos os que cometem o
mal e a inauguração do Reino glorioso
de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo.
• João come o livrinho (10.8-11)
João obedece à voz do céu
comendo o livrinho que é amargo em seu
estômago, mas doce em sua boca (v.8-
10). De modo semelhante o estudo da
profecia é amargo na contemplação do
julgamento, mas doce no aspecto do
triunfo de Deus sobre Satanás e suas
hostes. João foi incumbido, ainda, de
profetizar “a respeito de muitos povos,
nações, línguas e reis” (v.11).
• O Templo é medido (11.1-2)
A mensuração do Templo e do altar
e a contagem dos adoradores significa
preservação. No entanto, não deveria
medir o Átrio dos Gentios que seria
pisado pelas nações na última metade do
período da Tribulação.
• As duas testemunhas (11.3-10)
As duas testemunhas aparecem em
Jerusalém, bradando contra os pecados
do povo e advertindo sobre o
julgamento de Deus. Então uma besta
surge do abismo e as mata após três dias
e meio, enquanto o povo, em um tipo de
“Natal” não cristão, se regozijam
festejaando e enviando presentes, uns
aos outros.
• As duas testemunhas revivem
(11.11-12)
Então Deus faz reviver as duas
testemunhas e as leva para o céu
enquanto o povo assiste. Estas duas
testemunhas são normalmente
identificadas como Moisés e Elias
porque os milagres são muito
semelhantes, mas isso é apenas uma
interpretação. Quando a Bíblia não é
específica, é melhor esperar até que a
profecia seja cumprida.
• O grande terremoto (11.13-14)
Um grande terremoto atinge
Jerusalém, destruindo a décima parte da
cidade e matando sete mil pessoas. Os
sobreviventes reconhecem que Deus está
por trás disso tudo. O segundo “ai”, isto
é, a sexta trombeta, termina aqui (cap.10
e 11.1-13 são um parênteses).
• A sétima trombeta (11.15-19)
A sétima trombeta, isto é, o terceiro
“ai” nos leva ao fim da Grande
Tribulação e o início do Reino Milenar
de Cristo. Os 24 anciãos no céu adoram
a Deus pela sua vitória magnífica sobre
Seus inimigos e por recompensar
aqueles que confiaram nEle (v.15-18). O
Templo aberto no céu é um lembrete de
que Deus não esqueceu Sua aliança com
Israel (v.19).
• O dragão, o Diabo e o filho
varão (12.1-6)
Uma mulher aparece no céu,
prestes a dar à luz. Um dragão também
aparece pronto para destruir a criança
assim que ela nascer. A mulher é Israel,
o dragão é o Diabo e a criança é o
Messias. O filho varão foi arrebatado ao
céu e a mulher foge em exílio por três
anos e meio, a última metade do Período
da Tribulação (nossa atual Era da Igreja
é um parênteses entre os versículos 5 e
6).
• Guerra no Céu (12.7-12)
Rompe uma guerra no céu entre
Miguel e seus exércitos contra o dragão
e seus anjos. A vitória de Miguel resulta
no dragão e seus anjos sendo atirados à
terra. Isto é seguido por um anúncio de
que o dia do triunfo de Deus é chegado e
o dia da conquista de seu povo.
• Guerra na Terra (12.13-17)
Percebendo sua derrota, o Diabo
tenta destruir a mulher com uma torrente
de água, mas é frustrado quando a Terra
se abre para engolir a água. Então
Satanás vai atrás do restante da
descendência judaica para destrui-la. A
guerra no céu provavelmente acontece
na metade dos sete anos da Tribulação.
• A besta que emerge do mar
(13.1-10)
Agora vemos dois líderes
proeminentes do período da Tribulação
– a besta do mar (v.1-10) e a besta da
terra (v.11-18).
A primeira besta tem dez chifres,
sete cabeças, dez diademas em seus
chifres e uma ferida mortal em uma de
suas cabeças. É como um leopardo, um
urso e um leão. A besta pode representar
o futuro do reavivado Império Romano
em reino formado por dez partes. Visto
que ele vem do mar (e o mar
freqüentemente simboliza os gentios) é
muito provável que seja um líder gentio.
Ele incorpora características de
impérios mundiais antecedentes como
descritos em Daniel – Grécia
(leopardo), Pérsia (urso) e Babilônia
(leão). As sete cabeças podem ser
partes do antigo Império Romano que
têm sobrevivido e a cabeça com a ferida
mortal é, às vezes, explicada como a
forma imperial de governo que acabou,
mas que irá reaparecer.
Homens que não têm seus nomes
escritos no Livro da Vida do Cordeiro
adoram Satanás e a besta, que fala
coisas blasfemas contra Deus pelos três
anos e meio de seu reino. Ele governa
sobre a Terra com crueldade,
perseguindo os santos. A certeza de que
seus perseguidores serão levados para o
cativeiro e mortos possibilita que os
crentes aguardem com paciência e fé.
• A besta da terra (13.11-18)
A besta da terra será
provavelmente um líder judeu já que a
terra freqüentemente simboliza Israel.
Ele trabalha em conjunto com a primeira
besta, organizando um movimento
internacional para a adoração da besta e
de uma imagem representando-o. Ele
parece como um cordeiro, mas fala
como um dragão. Ele realiza milagres,
fazendo cair fogo do céu e fazendo a
imagem idólatra falar. Ele exige que as
pessoas recebam a marca da besta em
suas testas e mão direita; sem ela
ninguém pode comprar ou vender. O
número da besta é 666 (seis é o número
do homem). A recusa em adorar à
imagem da besta é punida com morte.
• O Cordeiro e os 144.000 (14.1-
5)
As visões deste capítulo não estão
em ordem cronológica.
A primeira visão refere-se ao final
da Tribulação quando os 144.000 estão
prestes a entrar o Reino com Cristo.
Eles são os primeiros na colheita da
Tribulação que vão povoar a terra do
Milênio. Eles se mantiveram livres da
idolatria e imoralidade, seguiram o
Cordeiro, recusaram a adorar a besta e
agora cantam uma nova canção perante o
trono em Jerusalém.
• A proclamação do primeiro
anjo (14.6-7)
O anjo com o Evangelho eterno
adverte os habitantes da terra que Deus
está prestes a julgar o mundo e corrigir
as coisas, isto é, pelo retorno pessoal do
Senhor Jesus para reinar.
• A proclamação do segundo anjo
(14.8)
O segundo anjo anuncia a queda da
Babilônia. Isto ocorre no final da
Tribulação e é descrito em detalhes
vívidos nos capítulos 17 e 18.
• A proclamação do terceiro anjo
(14.9-13)
O terceiro anjo adverte que todos
que adoram a besta irão sofrer as
aflições do inferno eterno. Esta
advertência vem durante a segunda
metade da Tribulação, os três anos e
meio conhecidos como a Grande
Tribulação. Crentes que morrem como
mártires serão especialmente
recompensados pela sua fidelidade.
• Ceifando a colheita da terra
(14.14-16)
No Segundo Advento, Cristo envia
adiante Seus anjos para juntar os santos
(feixes) em Seu reino glorioso (silo).
Incrédulos (debulha) serão queimados
com fogo inextinguível.
• Ceifando as uvas da ira (14.17-
20)
A vindima da terra descreve os
últimos julgamentos terríveis na porção
incrédula da nação de Israel (a vinha da
terra). Ela acontece fora de Jerusalém.
Sangue irá correr por um riacho de 200
milhas de extensão e profundo até os
freios de um cavalo. Isto também
acontece no final da Tribulação.
• Vitória sobre a besta (15.1-4)
Neste pequeno capítulo são
descritos sete anjos com sete flagelos.
Quando estes flagelos são lançados na
terra, a ira de Deus termina; em outras
palavras, o período da Tribulação
acaba. João vê uma multidão de pessoas
no Céu, em pé no mar de vidro
misturado com fogo. Ele os reconhece
como aqueles que recusaram adorar a
besta. Certamente foram martirizados,
mas agora estão no céu, cantando o
cântico de Moisés e do Cordeiro. Eles
testificam a justiça dos julgamentos de
Deus aos executores criminosos.
• Prelúdio aos julgamentos das
taças (15.5-8)
Então João vê sete anjos vindos do
Templo do Céu em vestimentas
sacerdotais. Um dos quatro seres
viventes alcança uma taça dourada para
cada anjo. Estes julgamentos finais de
Deus afetam todos os Seus inimigos e
não somente uma parte deles. Ninguém
pode entrar no Templo até que as sete
pragas acabem.
• A primeira taça: úlceras
malignas e perniciosas (16.1-2)
Previamente, tivemos os
julgamentos dos sete selos e das sete
trombetas. Agora chegamos às sete
taças da ira de Deus ou os sete flagelos.
Nós sugerimos que os julgamentos das
sete trombetas estavam incluídos no
sétimo selo. Agora sugerimos que as
sete taças estão incluídas na sétima
trombeta.
Uma voz do céu ordena que sete
anjos derramem as taças da ira de Deus.
A primeira taça causa úlceras malignas
e perniciosas em todos que adoram a
besta e sua imagem.
• A segunda taça: o mar se torna
sangue (16.3)
Com o segundo flagelo, o mar se
torna em sangue e toda vida marinha é
morta.
• A terceira taça: as águas
tornam-se sangue (16.4-7)
A terceira taça torna toda a água
potável em sangue. Dois anjos justificam
Deus por fazer isso, declarando que os
homens maus estão sendo punidos por
derramar o sangue dos santos.
• A quarta taça: os homens são
queimados (16.8-9)
O quarto julgamento traz sérias
queimaduras do sol ou radiação solar
nos homens. Entretanto, ao invés de se
arrependerem, eles amaldiçoam a Deus
por desencadear estas torturas.
• A quinta taça: escuridão e dor
(16.10-11)
As vítimas se tornam mais
endurecidas no seu ódio contra Deus.
• A sexta taça: o Rio Eufrates
seca (16.12-16)
Quando a sexta taça é derramada, o
Rio Eufrates é secado para que os
exércitos do leste possam marchar até
Israel. Três espíritos semelhantes a rãs,
vindos do dragão, da besta e o falso
profeta, juntam os exércitos do mundo
para a batalha. Eles se deparam com o
próprio Senhor no Vale do Armagedom
e são completamente derrotados.
• A sétima taça: A Terra é
assolada (16.17-21)
A sétima taça nos leva ao fim da
Tribulação: “Feito está!” A terra é
assolada por tremendos cataclismos e os
homens blasfemam contra Deus por
causa de um terrível flagelo de saraiva,
cada um pesando um talento, isto é,
quase 40 quilos.
• A mulher em escarlate e a
besta escarlate (17.1-8)
Os capítulos 17 e 18 descrevem a
queda de um grande sistema religioso,
político e comercial conhecido como
Babilônia, a grande, a mãe das
meretrizes e das abominações da terra.
Este sistema tem uma influência mundial
com os governantes da terra. Ele senta
em uma besta escarlate que é claramente
a besta do mar (13.1-10), o Império
Romano reavivado. Babilônia é uma
combinação de riqueza, idolatria e
imoralidade. Ela é culpada por derramar
o sangue dos mártires cristãos através
dos séculos.
• O significado da mulher e da
besta (17.9-18)
A besta escarlate ou o Império
Romano reavivado é explicado aqui em
detalhes. Este império de dez reinos vai
à guerra contra o Senhor Jesus quando
Ele retorna à terra no final da
Tribulação, mas é inteiramente destruído
(v.14). O império eventualmente se vira
contra a meretriz e a destrói (v.16-18).
• A queda da Babilônia, a grande
(18.1-19)
Este capítulo é inicialmente um
cântico funeral, celebrando a queda da
Babilônia, um lugar em que reside todo
tipo de maldade. Uma voz adverte o
povo de Deus a sair deste sistema falido
antes de ser destruído. Os reis da terra
lamentam pela perda de sua amante e os
mercadores lamentam por causa do
colapso de seu mercado.
• A queda definitiva da Babilônia
(18.20-24)
No entanto, enquanto todos os
ímpios estão chorando, o céu está se
regozijando. Um anjo atira uma pedra no
mar como um retrato da queda da
Babilônia. Este sistema implacável tem
sido uma pedra de moinho em volta do
pescoço de milhões, afundando-os no
inferno. Agora a grande meretriz sofre o
mesmo destino. Todos os sons de suas
atividades são silenciados para sempre.
Deus está vingando o sangue de Seus
santos martirizados.
6. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
E SEU REINO GLORIOSO (CAP.
19.1-20.6)
• O Céu exulta sobre a queda da
Babilônia (19.1-5)
João ouve uma grande multidão no
céu louvando a Deus pelo justo castigo
dado à grande meretriz. Os 24 anciãos e
os quatro seres viventes adoram a Deus
e O enaltecem pelo que Ele tem feito.
Uma voz do trono chama para que todos
os servos de Deus O adorem.
• As Bodas do Cordeiro (19.6-9)
As Bodas do Cordeiro acontecem
no Céu, após o Tribunal de Cristo. A
Igreja é a noiva celestial; aqueles que
são convidados são o restante dos
redimidos no céu, isto é, santos do
Antigo Testamento e santos da
Tribulação. A Noiva é vestida com linho
branco que fala dos atos de justiça dos
santos. Um anjo anuncia as bênçãos de
todos que são chamados à ceia das
Bodas do Cordeiro.
• Verdadeira adoração e
testemunho (19.10)
Quando João começa a adorar o
anjo, ele é impedido, porque somente
Deus deve ser adorado. O anjo lhe diz
que o verdadeiro propósito de toda
profecia é difundir o testemunho à
Pessoa e obra do Senhor Jesus.
• O Segundo Advento de Cristo
(19.11-16)
Agora nos aproximamos do evento
ao qual tem se direcionado todo o
restante do livro do Apocalipse – o
glorioso retorno de Cristo à Terra para
abater Seus inimigos e estabelecer Seu
reino. Ele vem do céu em um cavalo
branco, o grande Conquistador, glorioso
em Suas vestes. Seguindo-O estão os
exércitos do céu.
• A Grande Ceia do Senhor
(19.17-18)
Um anjo convida as aves a comer
as carniças daqueles que foram mortos
pelo Senhor; isto é conhecido como a
grande Ceia do Senhor.
• Punição dos rebeldes (19.19-
21)
A besta romana e o falso profeta se
levantam contra o Senhor, mas são
levados vivos e então lançados no lago
de fogo. O restante dos rebeldes é morto
pela espada do Senhor e são devorados
pelas aves.
• Satanás é preso por 1.000 anos
(20.1-3)
Antes do início do Milênio,
Satanás é preso num abismo onde ele
permanece durante o reinado de mil
anos de Cristo.
• O Reino Milenar de Cristo
(20.4)
João vê o povo de Deus,
provavelmente da Era da Igreja, sentado
em tronos com poderes administrativos.
Ele também vê os mártires do Período
da Tribulação, agora ressurgidos dos
mortos e reinando com Cristo por 1.000
anos.
• Ressurreição e Reino (20.5-6)
O verso 5 omite a ressurreição dos
mortos ímpios no final do Reino de
Cristo, mas as palavras: “Esta é a
primeira ressurreição” se referem aos
santos ressurgidos no versículo 4. Na
verdade é a segunda fase da primeira
ressurreição, considerando a primeira
fase a que ocorreu no tempo do
Arrebatamento (1Co 15.51-54). A
primeira ressurreição é uma bênção; a
segunda ressurreição é a condenação
eterna.
7. O JULGAMENTO DE SATANÁS
E DE TODOS OS INCRÉDULOS
(CAP. 20.7-15)
• A derrota e castigo de Satanás
(20.7-10)
No final do Milênio, Satanás é
liberto do abismo, reúne um exército e
marcha contra Jerusalém, a cidade do
grande Rei. Mas fogo do céu consome o
exército e Satanás é lançado no lago de
fogo.
• O julgamento do Grande Trono
Branco (20.11-15)
Após céus e terra serem destruídos
pelo fogo, os ímpios mortos estarão no
julgamento perante o Grande Trono
Branco e serão julgados por Cristo de
acordo com suas obras. Porque seus
nomes não estão escritos no Livro da
Vida, serão lançados no lago de fogo. O
fato de que seus nomes não são
encontrados indica de que nunca se
arrependeram de seus pecados e nunca
colocaram sua fé no Senhor. Suas obras
determinam o grau de seu castigo.
8. O NOVO CÉU E A NOVA TERRA
(21.1-22.5)
Nos últimos dois capítulos do
Apocalipse, às vezes é difícil saber se
João está falando sobre o Milênio ou
sobre o estado eterno porque eles têm
muitas características em comum. A
maior diferença é de que há algum
pecado no Milênio, mas nenhum no
estado eterno.
• A descrição do Novo Céu e
Nova Terra (21.1-22.5)
Este parágrafo descreve o Novo
Céu e a Nova Terra na Eternidade. A
Nova Jerusalém que desce do céu é a
noiva, a esposa do Cordeiro. João ouve
uma declaração de que o tabernáculo de
Deus está com os homens, de que o
Senhor habitará com eles como seu Deus
e que a morte, tristeza, choro e dor são
coisas do passado. Os ímpios são
excluídos da Nova Jerusalém.
• A Nova Jerusalém (21.9-27)
Agora vemos a Nova Jerusalém
descendo do céu e pairando sobre a
terra durante o reino de Cristo. Sua
beleza é comparada com pedras
preciosas. É um lugar de enorme
tamanho e de grande pureza, paz e
felicidade.
• O rio de água da vida (22.1-5)
Compreendemos que os versículos
1-5 estão ainda falando de uma cena do
Milênio já que lemos sobre cura para as
nações, o que seria desnecessário no
estado eterno, mas que é necessário
nesta terra por causa do dano causado na
grande rebelião final (veja 20.7-8). A
Nova Jerusalém tem um rio de água da
vida e a árvore da vida. Não há
maldição nem morte ali. O trono de
Deus está lá e a glória do Senhor a
ilumina. É uma cena de beleza
indescritível.
9. ADVERTÊNCIAS, CONSOLOS,
CONVITES E BÊNÇÃOS FINAIS
(CAP. 22.6-21)
O livro encerra com uma bênção
para todos que guardam as palavras
desta revelação confiável; uma
advertência para João não adorar o anjo
intérprete; uma garantia de que a
profecia seria cumprida em breve e
várias promessas do retorno iminente do
Senhor. O castigo dos impenitentes é
ligado a um forte apelo do Evangelho.
Uma maldição final é pronunciada sobre
qualquer um que adulterar o livro.
Por fim, Deus é adorado, Cristo é
glorificado, os santos estão no descanso
eterno, Satanás é banido e o pecado
abolido. Não há mais noite, nem mar,
nem necessidade do sol e lua, nenhuma
maldição, nem tristeza, nem dor, nem
lágrimas e nada que corrompe. A
VERDADEIRA Igreja aguarda por esta
grande consumação com imensa
expectativa. Amém!

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