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a) à estrutura organizacional.
b) a políticas organizacionais.
d) a processos administrativos.
e) a perspectivas futuras.
Assunto: Administração
Processo Organizacional
Questão 3: Instituto AOCP - Ag Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
Assinale a alternativa que apresenta o processo ou função administrativa que tem por
objetivo central gerar a convergência produtiva entre os participantes do processo, para
que façam uso sustentado dos recursos à disposição e obtenham bons resultados
corporativos.
a) Direção.
b) Controle.
c) Produção.
d) Execução.
e) Organização.
d) É função da Direção influenciar pessoas para que realizem suas tarefas de modo a
alcançar os objetivos estabelecidos.
e) Organização é uma função administrativa responsável pela execução de controle das
metas organizacionais de modo a influenciar pessoas para a realização de tarefas de
direção.
b) Princípio da coordenação.
c) Princípio da delegação.
Processo de Planejamento
Questão 7: AOCP - TJ TRE AC/TRE AC/Administrativa/2015
Assunto: Planejamento Estratégico
A gestão estratégica pode ser entendida como uma composição de quatro momentos
principais com uma atividade em cada momento. Qual é a atividade ou momento que é
caracterizado por agir sobre a realidade, incluindo fazer, implementar, monitorar e avaliar?
a) Formulação.
b) Operação.
c) Diagnóstico.
d) Estratégia.
e) Controle.
1. Lucro.
2. Segurança.
3. Autonomia.
4. Expansão.
( ) Crescimento da empresa.
( ) Futuro garantido.
( ) Decisão de seu destino.
( ) Independência.
( ) Economia da empresa.
( ) Continuidade.
a) 1 – 3 – 4 – 3 – 4 – 4 – 2 – 1.
b) 4 – 4 – 2 – 2 – 3 – 3 – 1 – 1.
c) 2 – 3 – 4 – 4 – 1 – 2 – 3 – 1.
d) 4 – 2 – 3 – 4 – 3 – 1 – 2 – 1.
e) 2 – 4 – 1 – 3 – 2 – 3 – 1 – 1.
a) Passividade.
b) Busca de resultados.
c) Proatividade.
d) Analítica.
e) Reatividade.
Questão 10: Instituto AOCP - Ag Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
Qual é a ferramenta utilizada para análise do ambiente interno que é baseada na análise do
produto frente ao mercado?
a) Modelo de Porter.
b) Matriz de Ansoff.
c) Balanced Scorecard.
Balanced Scorecard (BSC) é utilizado para a gestão de desempenho. Ele foi desenvolvido
pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton, em 1992. As
quatro perspectivas que o BSC clássico considera para a medição de desempenho são:
Gestão da Qualidade
Questão 16: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Gerenciamento
Administrativo/Administração/2014
A gestão de serviços públicos deve observar na prestação dos serviços públicos ao usuário
os princípios da permanência, generalidade, eficiência, modicidade e cortesia. Assinale a
alternativa que apresenta o princípio que impõe serviço igual para todos, sem nenhuma
discriminação a quem o solicita.
a) Permanência.
b) Generalidade.
c) Eficiência.
d) Modicidade.
e) Cortesia.
Gestão de Pessoas
Questão 18: Instituto AOCP - Ag Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
a) Cooperação.
b) Comunicação.
c) Assistência.
d) Proteção.
e) Disciplina.
Dentre os listados a seguir, aponte o método que consome mais tempo entre todos os
métodos de análise de cargo.
c) Método de observação.
d) Método de entrevista.
e) Método diário.
a) Pensamento sistêmico.
b) Aprendizagem de equipe.
c) Visão partilhada.
d) Controle pessoal.
e) Modelos mentais.
Direito Administrativo
Atos Administrativos
Questão 26: AOCP - Proc Mun I (Pref JF)/Pref JF/2016
b) Atos administrativos vinculados são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos
e condições de sua realização, não deixando margem de escolha por parte de
Administração Pública.
a) Permissão.
b) Avisos.
c) Ordem de serviço.
d) Ofício.
e) Circular.
c) Fato que autoriza a autoridade à realização do ato administrativo. Pode ser vinculado,
quando expresso em lei, ou discricionário, quando a critério do administrador.
a) ato administrativo vinculado é aquele onde a lei não deixa opções,estabelecendo que,
diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de tal ou qual forma
Questão 34: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
O ato unilateral, discricionário e precário pelo qual o Poder Público transfere a outrem a
execução de um serviço público, para que o exerça em seu próprio nome e por sua conta
e risco, mediante tarifa paga pelo usuário, é denominado
a) simples.
b) complexo.
c) composto.
d) decorrente.
e) residual.
a) O ato administrativo só poderá ser revogado pela própria administração pública que o
praticou. O Poder Judiciário, no entanto, poderá revogar o ato administrativo, desde que
por ele praticado, no exercício de função atípica, secundária.
b) O ato administrativo poderá ser revogado, por motivo de ilegalidade, pela própria
administração pública que o praticou.
b) a administração não pode anular seus próprios atos, devendo o interessado recorrer
ao Poder Judiciário para obter eventual declaração de nulidade.
No que tange à extinção dos atos administrativos, a retirada, do mundo jurídico, de um ato
válido, mas que, segundo critério discricionário da Administração, tornou-se inoportuno
ou inconveniente, é denominada de
a) Revogação.
b) Anulação.
c) Cassação.
d) Convalidação.
e) Caducidade.
II. De conformidade com aludida teoria, a invocação dos motivos de fato falsos vicia o ato.
IV. Pela teoria em epígrafe, quando a lei não haja estabelecido, antecipadamente, os
motivos que ensejariam a prática do ato administrativo, não importará em vício do mesmo.
V. Enunciados pelo agente os motivos em que se calçou, o ato só será válido se estes
realmente ocorreram e o justificavam, na forma da teoria dos motivos determinantes do
ato administrativo.
Poderes da Administração
Questão 41: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Arquitetura, Urbanismo e
Engenharia/Arquitetura/2014
Quanto aos agentes públicos e seus deveres para com a Administração Pública, é correto
afirmar que
c) a noção de ética na Administração Pública não está de forma alguma vinculada com o
princípio da impessoalidade, de modo que a inobservância do princípio da impessoalidade
não atenta contra a ética no serviço público.
d) o dever de honestidade e de probidade dos agentes públicos é a regra, a qual, uma vez
não observada, pode ensejar, sem prejuízo de outras medidas, a sua responsabilização por
improbidade administrativa.
III. O poder de polícia não pode ser delegado ao particular, no entanto, admite-se a
delegação de atos materiais ou instrumentais.
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e IV.
( ) Poder de Polícia: somente pode ser aplicado se houver uma justificativa válida para sua
aplicação, legitimada pela lei escrita e positivada nas regras formais do Estado. É o que dá
à Administração Pública a possibilidade de restringir ou condicionar a utilização plena de
determinados aspectos que, em condições normais, não seriam restringidos ou
condicionados.
a) V – V – V – F – F.
b) V – V – V – V – V.
c) F – F – F – V – V.
d) F – V – F – V – F.
e) V – F – V – F – F.
a) de Polícia.
b) hierárquico.
c) discricionário.
d) regulamentar.
e) disciplinar.
2. Poder Discricionário.
3. Poder Hierárquico.
4. Poder Disciplinar.
5. Poder Regulamentar.
a) 3 – 4 – 2 – 1 – 5.
b) 1 – 5 – 3 – 4 – 2.
c) 2 – 4 – 1 – 5 – 3.
d) 5 – 2 – 4 – 3 – 1.
e) 4 – 3 – 5 – 2 – 1.
d) Regulamentos autônomos são aqueles editados para a fiel execução da lei, não
podendo inovar o ordenamento jurídico, mas somente complementar a lei.
a) É o Poder inerente aos Chefes dos Poderes Executivos, para que possam expedir
decretos e regulamentos para complementar e detalhar a Lei, a fim de garantir a sua fiel
execução.
a) Poder Vinculado.
b) Poder Discricionário.
c) Poder Disciplinar.
d) Poder de Polícia.
e) Poder Normativo.
b) será destruída.
c) será apreendida.
b) uma diferença entre polícia administrativa e polícia judiciária, além de outras, é que a
primeira não atua na investigação de ilícito penal.
a) do Poder Hierárquico.
b) do Poder Discricionário.
c) do Poder Disciplinar.
d) de Abuso de Poder.
e) do Poder de Polícia.
e) imposição de multa.
I. O Abuso de poder pode ser caracterizado por meio de excesso de poder ou desvio de
finalidade.
II. O reconhecimento do abuso de poder exige uma conduta comissiva do agente público,
não sendo possível sua ocorrência por meio de conduta omissiva.
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e IV.
Controle da Administração
Questão 57: AOCP - Aud CE (TCE-PA)/TCE-PA/Procuradoria/2012
Improbidade Administrativa
Questão 58: AOCP - Aud CE (TCE-PA)/TCE-PA/Fiscalização/Direito/2012
I. Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no
trato dos assuntos que lhe são afetos.
II. Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do
agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e II.
c) a ação de improbidade administrativa proposta contra agente político que tenha foro
por prerrogativa de função é processada e julgada pelo juiz de primeiro grau, limitada à
imposição de penalidades patrimoniais e permitida a aplicação das sanções de suspensão
dos direitos políticos e de perda do cargo do réu.
b) Não constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
e) A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda
dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme
o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
a) celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei.
a) receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público.
( ) Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. Iº
da Lei n.º 8.429/1992, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie.
(*) Lei n.º 8.429, de 02 de junho de 1991 - Art. Iº - Os atos de improbidade praticados por
qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidades
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta
por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo
Único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados
contra o patrimônio de entidades que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
crédito, de órgão público bem como daquelas cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.
a) B – C – C – A.
b) A – C – B – B.
c) C – A – B – A.
d) C – B – A – B.
e) B – B – A – C.
a) suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo de cinco anos.
b) suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
dez anos.
c) suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo de três anos.
d) suspensão dos direitos políticos de dois a quatro anos, proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo de dez anos.
e) suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
vinte anos.
c) indisponibilidade dos bens, o ressarcimento ao erário, multa por danos morais (se for
o caso) e pena de detenção de seis a dez meses”.
e) O Ministério Público não tem legitimidade para propor Ação Civil Pública por
improbidade Administrativa.
Serviços Públicos
Questão 72: Instituto AOCP - Adv (CRM MT)/CRM MT/2012
d) A licitação para Permissão de serviços públicos só pode ser realizada por meio de
concorrência.
e) A Concessão de serviços públicos, por ser precária, não exige autorização legislativa,
como regra.
a) É algo dinâmico.
b) É um produto estático.
c) É um produto cristalizado.
a) Apenas I.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Processo Administrativo
Questão 76: AOCP - TJ TRE AC/TRE AC/Administrativa/2015
De acordo com a Lei n° 9.784/99, os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando
a) concedem férias.
b) concedem licença.
c) concedem promoção.
a) A Lei n° 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da
União, quando no desempenho de função administrativa.
e) Os Poderes Legislativo e Judiciário, que são independentes, têm regras próprias para
o processo administrativo, não se sujeitando, em qualquer hipótese, à Lei n° 9.784/99, que
se aplica apenas ao Poder Executivo.
No que se refere aos Processos Administrativos e suas peculiaridades (Lei n.º 9784/99),
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
IV. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e IV.
Questão 79: Instituto AOCP - Tec Leg (CM Rio Sul)/CM Rio Sul/Área Legislativa/2016
d) será anulável quando ficar demonstrado que iniciou a pedido de interessado, devendo,
nesta hipótese, ser convalidado por oficio da autoridade competente.
e) será nulo, sem possibilidade de convalidação, quando constatado que iniciou a pedido
de interessado.
d) serem escritos em vernáculo, realizado em dias corridos sem interrupção até que se
apurem todos os fatos, tendo em vista o retorno à normalidade por parte do interessado
ou da administração.
e) serem escritos em vernáculo, com início a partir da data da cientificação oficial e prazos
expressos em dias de modo corrido, com numeração em algarismos arábicos no alto das
folhas do processo administrativo.
I. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
IV. Das decisões administrativas não caberá recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito.
b) Apenas III.
c) Apenas I.
d) Apenas II e IV.
e) Apenas II e III.
Licitações
Questão 85: AOCP - Ana Proj (BRDE)/BRDE/Engenharia/2012
a) Apenas III.
b) Apenas II e V.
c) Apenas I, II e IV.
e) Apenas I, II, IV e V.
Com relação aos contratos administrativos, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponta as corretas.
II. Para o contratado há obrigações exigíveis, ainda que não consignadas expressamente
no instrumento contratual, por decorrem dos princípios e normas que regem os ajustes do
Direito Público.
III. A Administração tem o direito, além dos consubstanciados nas cláusulas contratuais, de
exercer suas prerrogativas diretamente, isto é, sem a intervenção do judiciário.
a) Apenas I e III.
b) Apenas II e V.
c) Apenas I, II e III.
e) Apenas I, II, IV e V.
Considere uma determinada licitação na qual foram habilitadas cinco empresas que
apresentaram as seguintes propostas:
Empresa 1: R$ 525.000,00.
Empresa 2: R$ 325.000,00.
Empresa 3: R$ 365.000,00.
Empresa 4: R$ 425.000,00.
Empresa 5: R$ 240.000,00.
a) Empresas 1 e 5.
b) Empresa 5, apenas.
c) Empresas 2 e 5.
d) Empresa 1, apenas.
e) Empresas 1, 2 e 5.
Sobre os crimes e penas previstos na Lei nº 8666/93, quem dispensar ou inexigir licitação
fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à
dispensa ou à inexigibilidade, terá
II. A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
III. Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para
produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras, bem como para bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com
deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de
acessibilidade previstas na legislação.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
b) É dispensável a licitação quando a União tiver que intervir no domínio econômico para
regular preços ou normalizar o abastecimento.
c) concorrência ou pregão.
d) apenas concorrência.
De acordo com o que dispõe a Lei n. 8.666/93, a qual institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta
as corretas.
I. A licitação tem como objetivo selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração
Pública.
II. A carta-convite não precisa ser publicada em diário oficial ou em jornal.
III. Concurso é a modalidade de licitação que tem por objeto a escolha de um trabalho
técnico, artístico ou científico, ou seja, o que importa é a natureza do objeto e não o seu
valor.
IV. Leilão é a modalidade de licitação utilizada para a alienação de bens móveis e imóveis
conforme estabelecidos na legislação. Assim, todo bem a ser leiloado será previamente
avaliado pela Administração para a fixação do preço mínimo de arrematação.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas I e VI.
a) A Lei de Licitações determina que o projeto básico apresente, dentre outros aspectos,
a identificação clara de todos os elementos constitutivos do empreendimento, mas não é
necessário que contenha orçamento detalhado do custo global da obra, pois este deverá
ser apresentado em etapa subsequente.
c) O projeto básico de uma licitação pode ser elaborado pelo próprio órgão, situação em
que deverá ser designado um responsável técnico a ele vinculado, com inscrição no
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), não sendo
necessário, nessa etapa, efetuar o registro das Anotações de Responsabilidade Técnica
(ART) referentes aos projetos.
e) Conforme a Lei de Licitações, o projeto executivo deve ser elaborado após o projeto
básico e antes do início da obra. Porém, em situações excepcionais, o projeto executivo
pode ser desenvolvido concomitantemente à realização do empreendimento, não sendo
necessária para isso, a autorização da Administração.
Entre as disposições específicas para a contratação de obras e serviços, em seu artigo 6º,
a Lei nº 8.666/93 apresenta o conceito de um conjunto de elementos necessários e
suficientes à execução correta da obra. A que se refere esse conceito?
a) Projeto executivo.
b) Projeto arquitetônico.
c) Projeto financeiro.
d) Projeto complementar.
e) Projeto básico.
A lei nº 8.666/1993 regulamenta o Art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e institui
normas para licitações e contratos da Administração Pública. Em relação à referida lei,
assinale a alternativa correta.
b) comprovem não possuir dívidas com terceiros e que não tenha empregados ou ex-
empregados afastados ou aposentados pela previdência social conforme as regras
especificadas na legislação.
Qual é um dos princípios da licitação que leva sempre em consideração o interesse público
e os fatores: qualidade, rendimento, eficiência, durabilidade, preço, prazo e
financiamento?
c) Julgamento objetivo.
d) Procedimento formal.
e) Probidade administrativa.
Questão 99: AOCP - TNS I (Pref JF)/Pref JF/Técnico em Planejamento/2016
O artigo quinto da lei nº 8.666/1993 expõe que: “Todos os valores, preços e custos
utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional,
ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo cada unidade da Administração, no
pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de
obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a
estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes
relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade
competente, devidamente publicada”. Com essa informação, assinale a alternativa correta.
a) Os créditos a que se refere o artigo quinto terão seus valores corrigidos por critérios
previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor.
b) Os créditos a que se refere o artigo quinto terão seus valores corrigidos por inflação
mais TR conforme ato convocatório e que lhes preservem o valor.
c) Os créditos a que se refere o artigo quinto terão seus valores corrigidos por índice de
preços vinculado à variação da poupança conforme ato convocatório e que lhes preservem
o valor.
d) Os créditos a que se refere o artigo quinto não terão seus valores corrigidos, mesmo
que estes estejam previstos no ato convocatório e mesmo que lhes preservem o valor, uma
vez que essa cláusula foi alterada pela Lei Complementar nº 147, de 2014.
e) Os créditos a que se refere o artigo quinto não terão seus valores corrigidos por índice
de preços vinculado à variação da poupança conforme ato convocatório e que lhes
preservem o valor uma vez que essa cláusula foi alterada pela Lei Complementar nº 147, de
2014.
Conforme dispõe o art. 3º, da Lei Federal no 8.666/93, a licitação é destinada a garantir a
observância do princípio constitucional da isonomia, de forma a selecionar a proposta mais
vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvimento nacional. O mesmo
artigo legal ainda determina que sejam observados os seguintes princípios:
Questão 103: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Arquitetura, Urbanismo e
Engenharia/Engenharia Civil/2014
a) Tomada de preços.
b) Convite.
c) Concurso.
d) Concorrência.
e) Leilão.
b) Convite e aplicação.
c) Detalhamento e concorrência.
d) Contribuição e contratual.
e) Concurso e leilão.
a) Leilão.
b) Convite.
c) Concurso.
d) Concorrência.
e) Tomada de preços.
b) Concorrência, apenas.
De acordo com a Lei 8.666/1993, qual é o limite superior do valor estimado da contratação
para a modalidade de licitação do tipo tomada de preços para serviços de engenharia?
a) R$ 800.000,00.
b) R$ 1.500.000,00.
c) R$ 15.000,00.
d) R$ 150.000,00.
e) R$ 80.000,00.
a) Pregão.
b) Concurso.
c) Concorrência.
d) Leilão.
e) Carta Convite.
a) Concorrência deve sempre ser adotada para obras ou serviços de engenharia de valor
superior a R$150.000,00.
b) Tomada de preços deve sempre ser adotada para obras ou serviços de engenharia de
valor inferior a R$150.000,00.
c) Convite deve sempre ser adotado para obras ou serviços de engenharia de valor
superior a R$1.500.000,00.
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. De acordo com a Lei
de Licitações (Lei Federal n. 8666/93), é dispensável a licitação
III. para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente
vantajosas para o Poder Público.
IV. para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos
por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido
pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou
o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades
equivalentes.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II, III e IV.
c) Apenas I e II.
É dispensável a licitação
a) ilegal, uma vez que a licitação nesse caso é dispensável somente até o valor de R$
8.000,00 (oito mil reais).
b) ilegal, uma vez que a licitação nesse caso é dispensável somente até o valor de R$
15.000,00 (quinze mil reais).
c) ilegal, uma vez que a licitação nesse caso é dispensável somente até o valor de R$
16.000,00 (dezesseis mil reais).
d) ilegal, uma vez que a licitação nesse caso é dispensável somente até o valor de R$
30.000,00 (trinta mil reais).
e) legal, uma vez que a licitação nesse caso é dispensável até o valor de R$ 32.000,00
(trinta e dois mil reais).
a) Habilitação e julgamento.
b) Capacidade e competência.
c) Documentação e despacho.
d) Verificação e recebimento.
e) Autorização e produção.
b) Menor preço.
d) Melhor técnica.
e) Técnica e preço.
IV. A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases
subsequentes.
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e IV.
De acordo com a Lei 8.666/93, os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição
haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser
alienados por ato da autoridade competente, observando-se o procedimento licitatório
sob a modalidade
a) Pregão ou Leilão.
b) Concorrência ou Leilão.
c) Leilão, somente.
d) Concorrência e Pregão.
e) Tomada de Preços.
II. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetiva e concisamente definidos pelo
edital, por meio de especificações usuais no mercado.
III. Subordinam-se ao regime desta Lei os órgãos da administração direta dos Poderes, as
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista
e as entidades controladas direta ou indiretamente pelo Estado.
a) Apenas I, II e III.
c) Apenas I e II.
De acordo com a Lei Estadual nº 6.474, de 6 de agosto de 2002, que Institui, no âmbito do
Estado do Pará, a modalidade de licitação denominada pregão, assinale a alternativa
correta.
a) Somente os participantes são partes legitimas para impugnar edital por ilegalidades,
dúvidas ou omissões, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da sessão.
b) Ainda que não haja previsão no edital, o prazo de validade das propostas será de 30
(trinta) dias.
b) Para bens e serviços de valores estimados em até R$160.000,00 (cento e sessenta mil
reais), o aviso de publicação deve ser veiculado no Diário Oficial do Estado, por meio
eletrônico, na internet e ainda em jornal de grande circulação local e nacional.
Direito Constitucional
Princípios fundamentais
Questão 126: AOCP - Sold (BM RS)/BM RS/2009
De acordo com a Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa que apresenta um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil.
a) um dever individual.
e) um dever coletivo.
d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
e) o pluralismo político.
b) não-intervenção e soberania.
I. a cidadania.
V. a soberania.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas I, III e IV.
e) Apenas I, II, IV e V.
IV. promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
a) Apenas I, II e III.
c) Apenas I e II.
b) o direito de herança.
a) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, ainda que em virtude de lei.
c) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém, sob nenhuma hipótese, podendo nela
entrar sem o consentimento do morador.
d) Ainda que reconhecidamente pobre, a certidão de óbito será cobrada, na forma da lei.
c) É garantido o direito de reunião, desde que esta ocorra de forma pacífica, sem armas,
em locais abertos ao público, desde que comuniquem com antecedência a autoridade
competente e que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local.
c) São aqueles onde todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
d) São aqueles que garantem que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei.
e) São aqueles nos quais ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal.
b) o terrorismo.
c) os crimes eleitorais.
d) o racismo.
d) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
Ser ético é respeitar o direito do próximo. Esse próximo, de acordo com o artigo 5º da
Constituição Federal da República, tem três classes de direitos.
Assinale a alternativa que apresenta a classe de direitos que diz respeito a um grupo
indeterminado ou indeterminável de pessoas que buscam a satisfação de um direito
comum a todos.
a) Direitos individuais.
b) Direitos sociais.
c) Direitos coletivos.
d) Direitos transcendentes.
e) Direitos difusos.
Questão 148: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
a) Princípio da igualdade.
b) Princípio da fraternidade.
c) Princípio da liberdade.
d) Princípio da adaptabilidade
e) Princípio da horizontalidade.
d) São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
II. Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
III. É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
IV. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde
que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
necessária autorização da autoridade competente.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e II.
a) ninguém será preso senão em flagrante delito, ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar,
responsabilidade civil por danos morais ou crime militar
definidos em lei
b) ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal
A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
Certo
Errado
Certo
Errado
Certo
Errado
Questão 156: Instituto AOCP - Sold (PM CE)/PM CE/2016
Certo
Errado
Certo
Errado
É plena a liberdade de associação para fins lícitos, bem como para fins de caráter
paramilitar.
Certo
Errado
Certo
Errado
Todos têm direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder, independentemente do pagamento de taxas.
Certo
Errado
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre deverão ser comunicados ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada, de imediato.
Certo
Errado
De acordo com o que dispõe a Constituição Federal, acerca dos direitos e garantias
fundamentais, assinale a alternativa correta.
e) Às entidades associativas não pode ser conferida legitimidade para representar seus
filiados judicialmente, sendo que, ainda que haja autorização expressa, a legitimidade
alcançará apenas a representação extrajudicial.
O art. 5° da Constituição Federal consagra que todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Sobre os direitos e garantias individuais, assinale a alternativa correta.
c) Os direitos e garantias individuais podem ser invocados por pessoa jurídica, seja ela
pública ou privada, salvo quando incompatíveis por natureza.
De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a falta de defesa técnica por
advogado no processo administrativo disciplinar
a) Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos.
e) Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbano e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho.
mas não afasta a responsabilização por dolo ou culpa, a qual recai sobre o empregador.
e) É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos, desde que sejam realizados atos
que reduzam os riscos inerentes à atividade desenvolvida, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
Acerca dos direitos sociais, de acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa
correta.
d) O aposentado filiado tem direito a votar mas não pode ser votado nas organizações
sindicais.
a) Opções 1, 2, 3 e 4.
b) Opções 2, 3, 5 e 6.
c) Opções 1, 3, 5 e 6.
d) Opções 2, 3, 4 e 5.
e) Todas as opções.
Questão 174: Instituto AOCP - Tec Leg (CM Rio Sul)/CM Rio Sul/Área Legislativa/2016
De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa que apresenta cargos que são
privativos de brasileiros natos.
a) de Presidente da República.
b) de Vice-Presidente da República.
c) de Governador de Estado.
a) O militar alistável é elegível, não sendo necessária a filiação partidária para a disputa.
b) O militar eleito deverá ser afastado da atividade, se contar com mais de 10 anos de
serviço, ou passará para a inatividade, caso conte com menos de 10 anos de serviço.
d) Para concorrer a cargo eletivo, é necessário que o militar tenha sido escolhido
previamente em convenção partidária.
e) O militar detentor de cargo eletivo, caso queira se candidatar em outro pleito, deverá
efetivar a sua filiação partidária com um ano de antecedência em relação à data da disputa.
Questão 180: AOCP - AJ TRE RO/TRE RO/Apoio Especializado/Medicina/2009
O mandato eletivo poderá ser impugnado perante a Justiça Eleitoral, mediante ação
instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude, no prazo de
Questão 181: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
I. Plebiscito.
II. Referendo.
III. Iniciativa Popular.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e II.
d) o pleno exercício dos direitos políticos, a filiação partidária e a idade mínima de vinte
e um anos para Vereador.
a) a quitação eleitoral
c) a filiação partidária.
II. os analfabetos.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e II.
c) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- Presidente da República e trinta anos para
Senador.
e) vinte e um anos para deputado estadual e trinta anos para deputado federal.
c) Não são inelegíveis os analfabetos, sendo, todavia, facultativa a sua inscrição como
eleitor.
De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa que NÃO apresenta uma
hipótese de perda ou suspensão dos direitos políticos.
d) Improbidade administrativa.
Organização do Estado
Questão 189: AOCP - TJ TRE AC/TRE AC/Administrativa/2015
a) são bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental, definidas em lei.
b) os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, sendo necessária
apenas a aprovação do Congresso Nacional, por lei complementar.
I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, exigir ou aumentar
tributo sem lei que o estabeleça.
III. A União tem a faculdade de instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal
ou a Município.
a) Apenas I, II e III.
c) Apenas I e II.
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. É vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV. cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras
de deficiência.
a) Apenas I, II e III.
c) Apenas I e II.
II. proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas I, II e IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e IV.
a) desapropriação.
c) produção e consumo.
II. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
III. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
IV. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.
a) Apenas I, II e III.
c) Apenas I e II.
II. as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros.
a) Apenas I, II e III.
c) Apenas I e II.
I. Cabe aos Estados explorar diretamente, os serviços locais de gás canalizado, na forma
da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
II. Incluem-se entre os bens dos Estados, entre outros: as águas fluentes e emergentes e
as terras devolutas não compreendidas entes da União.
III. O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em
espécie, para os Ministros de Estado, observado o disposto em lei.
IV. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, exclusive a posse em virtude de concurso público e observado
o disposto em Lei.
a) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas IV.
e) Apenas I e III.
Questão 201: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
Para essa população, qual é o limite máximo de vereadores que deve ser observado na
composição da sua Câmara Municipal, conforme a Constituição Federal?
a) 17.
b) 19.
c) 21.
d) 23.
e) 25.
Questão 202: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
(http://cidades.ibge. gov.br/xtras/perfil.php?codmun=120040)
Conforme estipula a Constituição Federal, qual é o número máximo de vereadores que Rio
Branco pode ter?
a) 17.
b) 23.
c) 15.
d) 19.
e) 21.
a) Compete aos Municípios, além de legislar sobre assuntos de interesse local, instituir e
arrecadar, por exemplo, o imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer
bens ou direitos.
a) não devem ultrapassar 50% do subsídio dos Deputados Estaduais e o total da despesa
com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de 7% da receita
do município.
b) não devem ultrapassar 75% do subsídio dos Deputados Estaduais e o total da despesa
com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% da receita
do município.
c) não devem ultrapassar 50% do subsídio dos Deputados Estaduais e o total da despesa
com a remuneração dos vereadores não poderá
d) não devem ultrapassar 75% do subsídio dos Deputados Estaduais e o total da despesa
com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de 7% da receita
do município.
e) não devem ultrapassar 60% do subsídio dos Deputados Estaduais e o total da despesa
com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% da receita
do município.
b) Seguridade social.
c) incompatível com a Constituição, pois a votação da Lei Orgânica deve ser realizada em
turno único.
a) Apenas I, II e III.
c) Apenas I e II.
Poder Executivo
Questão 208: Instituto AOCP - Adv (CISAMUSEP)/CISAMUSEP/2016
De acordo com a Constituição Federal, se, antes de realizado o segundo turno nas eleições
para Presidente e Vice- Presidente da República, ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato,
a) será considerado eleito o candidato mais votado no primeiro turno, ainda que não
tenha alcançado a maioria absoluta dos votos.
b) convocar-se-á novas eleições em 30 dias para apurar a preferência dos eleitores, dentre
os candidatos remanescentes, sobre qual deve concorrer em segundo turno.
c) convocar-se-á novas eleições em 30 dias, uma vez que o candidato mais votado não
pode ser considerado eleito sem a maioria absoluta
dos votos dos eleitores no primeiro turno e o terceiro candidato mais votado não
representa a preferência dos demais eleitores.
Poder Judiciário
Questão 211: Instituto AOCP - Adv (CM Maringá)/CM Maringá/2017
Assunto: Do Estatuto da Magistratura (art. 93 da CF/1988)
c) Aos juízes, será vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
antes de decorridos 2 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou por exoneração.
d) Aos juízes será vedado exercer qualquer cargo ou função, ainda que em
disponibilidade, salvo uma de magistério, conforme rol exaustivo, taxativo e restritivo
delimitado no artigo 95, p.u., I, do texto constitucional.
b) A revisão das súmulas pode ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta
de inconstitucionalidade.
c) Não viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo do poder público, apenas afasta sua incidência, no todo ou em parte.
O Conselho Nacional de Justiça foi criado após a reforma introduzida pela Emenda
Constitucional 45/2004.
II. O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas
ausências e impedimentos, pelo Vice- Presidente do Supremo Tribunal Federal.
a) Apenas I e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I, II e IV.
b) exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, inclusive a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas,
quando inexistente o corpo jurídico próprio.
e) promover, somente quando não exercido pelo particular, a ação penal pública.
Acerca das Funções Essenciais à Justiça, de acordo com a Constituição Federal, assinale a
alternativa correta.
d) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, que deve ser
nomeado pelo Supremo Tribunal Federal, dentre os integrantes da carreira.
b) exercer a advocacia.
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo duas de
magistério.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I, II e IV.
d) Apenas I, II e III.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I, II e III.
d) Apenas II e III.
Ao menos duas vezes por semana, a cena se repete. A publicitária Renata Lino, 27 anos, e
o marido, o cirurgião dentista Sandro Ferreira, 32 anos, dormem tranquilos até Renata
começar a roncar. Sandro tenta cutucá-la, arrisca até uns tapinhas de alerta. "Eu tenho que
usar artifícios para tentar dormir", argumenta o marido. "Mas, em último caso, vou para
outro cômodo mesmo", confessa. Segundo uma pesquisa da Universidade de Surrey, na
Inglaterra, a solução é simples: é só oficializar as camas separadas.
O estudo concluiu que, em média, 50% dos casais que compartilham o leito têm dificuldade
para dormir e desenvolvem algum problema de saúde em decorrência dessas noites
insones. E não é só o ronco que atrapalha. Um constante puxar de lençóis ou um
companheiro com sono agitado, que se mexe muito, também podem fazer o merecido
descanso se transformar num filme de terror.
Ainda assim, pelo menos entre Renata e Sandro, casados há cinco anos, o romantismo
prevalece. "Comprei o pacote completo e a fuga noturna com o edredom veio junto",
brinca Sandro. "Sinto falta dela quando durmo sozinho." A publicitária já fez exames de
sonoterapia para detectar as causas da apnéia - termo médico para o ronco. "Boa parte da
minha família sofre com o problema", afirma Renata. Situações assim são comuns. No
Brasil, 40% da população têm distúrbios do sono, de acordo com um estudo da Academia
Brasileira de Neurologia. O problema é que dormir mal pode levar a problemas mais
graves, como depressão, doenças cardíacas e derrame.
As consequências de uma noite mal dormida são imediatas. "Já compromete a capacidade
de funcionamento intelectual no dia seguinte", diz Flavio Alóe, médico especialista em
distúrbios do sono do Hospital das Clínicas de São Paulo. "E quem ouve o ronco sofre os
mesmos efeitos de quem dorme mal cronicamente." Ainda assim, Alóe acredita que seriam
necessários estudos mais profundos para se recomendar dormir em camas separadas.
"Casais que se entendem bem sentem falta se cada um dorme sozinho."
A advogada Neutra Magalhães, 67 anos, aderiu há dez à separação de leitos, porque o
marido vê televisão até tarde. "A gente dorme bem melhor, mas atrapalhou a intimidade",
reconhece Neutra. Tanto sacrifício não é necessário. "É preciso sincronizar as rotinas. Se
um deles tiver algum problema, pode e deve ser tratado", diz a especialista em medicina
do sono Luciane Fujita, do Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo. Vale
tudo para que o sonho de dormir juntinho não vire um pesadelo.
Em “Sandro tenta cutucá-la, arrisca até uns tapinhas de alerta.”, temos uma
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos,
pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil
universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet,
têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo
o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir
seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento indiferente acaba
sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há
pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda.
Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da
Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos no
Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narcisista tende
a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que
tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos,
como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o
contrário.
a) Concessiva.
b) Consecutiva.
c) Temporal.
d) Adversativa.
e) Explicativa.
Questionada sobre qual é a posição dos Estados Unidos em relação à forma como o Brasil
tem tratado a questão do enriquecimento de urânio no Irã, Hillary disse que não há
divergência. "Nenhum dos dois quer ver o Irã ter armas nucleares", disse a secretária,
salientando que ambos concordam que a via diplomática é preferível. "Mas o presidente
dos EUA, Barack Obama, tem tentado se aproximar dos iranianos no último ano e não tem
sido recíproco".
Segundo Hillary, "o momento da ação internacional é agora", com a função de mostrar para
o Irã que haverá consequências no caso de violação das resoluções do Conselho de
Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
"O Brasil acredita que ainda tem espaço para negociação. Nós acreditamos que a boa fé
do Irã em relação às negociações seria muito bem-vinda na comunidade internacional",
prosseguiu. "A porta está aberta para negociação, mas não vemos ninguém andando nessa
direção".
Em “Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito pela manhã que ‘não é
prudente colocar o Irã contra a parede...’", a oração destacada é
Condenados à tradição
Pode parecer um paradoxo que a poesia desse período, a mesma que tem continuidade
com ciclos anteriores de vanguardismo, sobretudo a poesia concreta, e se seguiu a
manifestações antiformalistas de irreverência e espontaneísmo, como a poesia marginal,
tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição. Nesse
momento de esgotamento do moderno e superação das vanguardas, instaura-se o
consenso de que é possível recolher as forças em decomposição da modernidade numa
espécie de apoteose pluralista. É uma noção conciliatória de tradição que, em lugar da
invenção de formas e das intervenções radicais, valoriza a convencionalização a ponto de
até incentivar a prática, mesmo que metalinguística, de formas fixas e exercícios regrados.
Ainda assim, não se trata de um tradicionalismo conservador ou “passadista”, para lembrar
uma expressão do modernismo dos anos 20. O que se busca na tradição não é nem o
passado como experiência, nem a superação crítica do seu legado. Afinal, não somos mais
como T. S. Eliot, que acreditava no efeito do passado sobre o presente e, por prazer de
inventar, queria mudar o passado a partir da atualidade viva do sentimento moderno. Na
sua conhecidíssima definição da tarefa do poeta moderno, formulada no ensaio “Tradição
e talento individual”, tradição não é herança. Ao contrário, é a conquista de um trabalho
persistente e coletivo de autoconhecimento, capaz de discernir a presença do passado na
ordem do presente, o que, segundo Eliot, define a autoconsciência do que é
contemporâneo.
Nessa visada, o passado é continuamente refeito pelo novo, recriado pela contribuição do
poeta moderno consciente de seus processos artísticos e de seu lugar no tempo. Tal
percepção de que passado e presente são simultâneos e inter-relacionados não ocorre na
ideia inespecífica de tradição que tratarei aqui. O passado, para o poeta contemporâneo,
não é uma projeção de nossas expectativas, ou aquilo que reconfigura o presente. Ficou
reduzido, simplesmente, à condição de materiais disponíveis, a um conjunto de técnicas,
procedimentos, temas, ângulos, mitologias, que podem ser repetidos, copiados e
desdobrados, num presente indefinido, para durar enquanto der, se der.
Não estou afirmando que os poetas atuais são tradicionalistas, ou que se voltaram todos
para o passado, pois não há no retorno deles à tradição traço de classicismo ou revivalismo.
Eles recombinam formas, amparados por modelos anteriores, principalmente os
modernos. A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética
para continuar proliferando em estado de indiferença em relação à atualidade e ao que
fervilha dentro dela.
Até onde vejo, as formas poéticas deixaram de ser valores que cobram adesão à
experiência histórica e ao significado que carregam. Os velhos conservadorismos culturais
apodreceram para dar lugar, quem sabe, a configurações novas e ainda não identificáveis.
Mesmo que não exista mais o “antigo”, o esgotado, o entulho conservador, que
sustentavam o tradicionalismo, tradição é o que se cultua por todos os lados.
Na literatura brasileira, que sempre sofreu de extrema carência de renovação e variados
complexos de inferioridade e provincianismo, em decorrência da vida longa e recessiva,
maior do que se esperaria, de modas, escolas e antiqualhas de todo tipo, essa
retradicionalização desculpabilizada e complacente tem inegável charme liberador.
Esqueça sua data de nascimento: é a idade biológica que diz quantos anos você realmente
tem
Não é difícil conhecer alguém com a mesma idade que a sua, mas comportamentos
totalmente diferentes. Seja em relação ao jeito de ser, de pensar ou de cuidar do corpo, às
vezes parece muito claro que, apesar de terem nascido no mesmo ano, muitas pessoas
parecem ter idades completamente distintas.
A novidade é que, agora, talvez essa impressão passe a ser um fato. Pesquisadores
americanos, ingleses e suecos do King’s College, em Londres, afirmam que a idade
biológica é um dado mais útil do que a data de nascimento de uma pessoa.
Eles chamam de idade biológica um conjunto de fatores usados para determinar quantos
anos alguém realmente tem. Cientificamente, pode-se descobrir o ritmo de
envelhecimento de um indivíduo, o risco do desenvolvimento de doenças (principalmente
as neurológicas) e até estabelecer a “juventude” de um órgão a ser doado. Para saber tudo
isso, só é necessária uma amostra de sangue.
“Há uma marca de envelhecimento saudável que é comum a todos os nossos tecidos e
parece ser uma previsão para uma variedade de coisas, incluindo a longevidade e
comprometimento cognitivo. Parece que, depois de 40 anos, você pode usar isso como
um guia para estabelecer quão bem uma pessoa está envelhecendo”, disse à BBC o
professor Jamie Timmons.
Foi feita uma pesquisa com um grupo de homens que foram acompanhados durante duas
décadas, até os 70 anos. Os responsáveis pelo estudo conseguiram distinguir os que
estavam envelhecendo normalmente e os que tinham uma probabilidade até 45% maior de
morrerem.
Uma das constatações que mais chama atenção nesta pesquisa é a afirmação dos
pesquisadores de que saúde e idade não estão diretamente ligadas. O sedentarismo, por
exemplo, pode fazer muito mal à saúde, mas não necessariamente tem a ver com o
envelhecimento do organismo. O mais importante para avaliar a saúde de alguém é
observar a combinação entre seu estilo de vida e sua idade biológica.
a) Em “[...] apesar de terem nascido no mesmo ano [...]”, a expressão em destaque inicia
uma oração coordenada adversativa.
b) Em “[...] afirmam que a idade biológica [...]”, o termo em destaque inicia uma oração
subordinada substantiva objetiva direta.
c) Em “[...] Para saber tudo isso, só é necessária uma amostra de sangue.”, o termo em
destaque inicia uma oração subordinada substantiva apositiva.
e) Em “[...] apesar de terem nascido no mesmo ano [...]”, a expressão em destaque inicia
uma oração subordinada adverbial conclusiva.
Eduardo Escorel
1.° Meia hora de chuva moderada foi suficiente para alagar a rua Luís de Camões, no centro
do Rio. Para ir a pé até lá, saindo da Rua da Assembleia, foi preciso atravessar a Avenida
Rio Branco, seguir pela rua da Carioca, dobrar na Ramalho Ortigão, contornar a igreja São
Francisco de Paula, passar em frente ao Real Gabinete Português de Leitura, cruzar a
avenida Passos e chegar ao nº 68, sede do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica,
instalado em um edifício neoclássico, onde foi aberta em 6 de março a exposição Chaplin
e sua imagem.
3.° Não ficar encharcado de todo, nem molhar demais os pés, requereu paciência – uma
parada de meia-hora na entrada de uma farmácia no Largo de São Francisco – e perícia,
buscando proteção debaixo de um pequeno guarda-chuva em decomposição. E na
chegada, antes de poder subir os degraus de entrada do Centro Municipal de Arte Helio
Oiticica, foi necessário atravessar a estreita e alagada Luís de Camões na ponta dos pés.
4.° Logo na entrada, a falta de sinalização levou a perguntar por onde seguir a uma guarda
desabada numa cadeira. Em tom incompreensível à primeira escuta, ela indicou com má
vontade, e certo ar de desprezo pela desorientação do visitante, a porta em frente como a
de acesso à exposição e fez a caridade de informar que ocupa salas do primeiro e segundo
andar.
5.° Uma primeira suposição provou ser infundada – não há interdição para entrar com
guarda-chuva e pasta molhados, circunstância inédita em locais do gênero mundo afora.
Outra, ainda menos auspiciosa, também caiu por terra. Ao contrário do que imaginara
durante a travessia aquática do centro da cidade, havia algumas pessoas vendo a
exposição, por volta de meio-dia, nas amplas salas, na pequena rua fora de mão, numa
sextafeira chuvosa.
6.° Não eram muitas, mas pareciam interessadas, dando impressão de estarem vendo pela
primeira vez painéis fotográficos e trechos de filmes de Chaplin projetados em monitores.
7.° A modesta exposição não passa disso – uma série de painéis e alguns trechos de filmes
exibidos em monitores –, sendo surpreendente que instituições tão respeitáveis, como a
Cinemateca de Bologna, por exemplo, difundam pelo mundo mostra tão pobre, muito
aquém, por exemplo, do que é possível ver nas duas horas e meia do documentário O
Chaplin que Ninguém Viu (Unknown Chaplin), de 1983, realizado por Kevin Brownlow e
David Gill para ser exibido na televisão, e disponível em DVD desde 2005. Como introdução
a Chaplin, mais valeria promover em praça pública sessões gratuitas desse documentário.
8.° O Chaplin que Ninguém Viu inclui imagens da coleção particular de Chaplin e
demonstra seu perfeccionismo através das filmagens dos exaustivos ensaios para chegar à
gag perfeita, e das várias tomadas feitas de uma mesma cena até obter a encenação mais
eficaz. Nessa época, o custo de produção e do filme virgem ainda não haviam tornado
proibitivo descobrir filmando o que se queria fazer.
9.° Percorrida a exposição, com decepção crescente a cada sala, eis que uma risada
distante se fez ouvir, parecendo vir do primeiro andar. Voltando sobre os próprios passos,
descendo a sinuosa escadaria monumental com corrimão de madeira envernizada, numa
das primeiras salas, lá estava a origem do riso: um rapaz de fones nos ouvidos, postado
diante de um monitor, divertindo-se à grande.
10.° O motivo da alegria era a sequência da luta de boxe de Luzes da cidade (1931).
Disponível no Youtube, é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano, sem
correr o risco de se molhar.
11.° A exposição Chaplin e sua imagem estará aberta, até 29 de abril, no Centro Municipal
de Arte Helio Oiticica. Para quem não tiver acesso ao Youtube ou não puder ver O Chaplin
que Ninguém Viu, pode valer a pena. As risadas do rapaz comprovam que ressalvas feitas
à exposição talvez não façam sentido.
12.° Evitem apenas dias de chuva para não ficarem com os pés encharcados.
expressar
Eduardo Escorel
Usar o prelúdio da abertura de Tristão e Isolda, de Wagner, como trilha musical é prova da
audácia de Lars von Trier, roteirista e diretor de Melancolia. Recorrendo a tamanho lugar-
comum para dar tom solene e impressão de grandiosidade ao filme, Trier corre o alto risco
de ultrapassar o limite que separa ambição legítima de artifício pretensioso.
Trier consegue, porém, escapar pela tangente dessa armadilha que preparou para si
mesmo, e evita a gratuidade formal, apesar de, além de recorrer a Wagner, dedicar os dez
minutos iniciais de Melancolia a imagens alegóricas de instantes descontextualizados,
reproduzidas em câmera lentíssima. Em retrospecto, o sentido dos planos da abertura fica
claro, constituindo figura de linguagem conhecida – antecipação estilizada do desfecho
da narrativa para criar expectativa pelo que virá.
Depois de dois anos de trabalho, horrorizado com o resultado, Trier declarou estar pronto
para rejeitar Melancolia “como um órgão mal transplantado” por ter “chantili em cima de
chantili” e ser “um filme de mulher!”. Ele quisera “mergulhar de cabeça no abismo do
romantismo alemão. Wagner ao quadrado”. Isso estava claro para ele, mas ainda assim se
perguntava: “Essa não será apenas outra maneira de expressar derrota? Derrota para um
dos denominadores comuns mais baixos do cinema? O romantismo é maltratado de tudo
quanto é forma no insuportavelmente entediante cinema industrial.” Tinha esperança,
contudo, que “em meio a todo o creme houvesse uma lasca de osso que pudesse afinal
quebrar um dente frágil”.
A primeira reação de Trier a Melancolia denota senso crítico incomum e pode tê-lo ajudado
a fazer um filme mais a seu gosto – ácido, pessimista e opressor –, evitando um estilo
meloso e ornamental. Mesmo frustrado, por não ter sido capaz de incluir um pouco da
feiura que tanto aprecia em meio às belíssimas imagens, Trier não deixa de provocar
inquietação no espectador. Nem o uso de câmera instável, estilo já banalizado pela
linguagem corrente, nem o elenco de estrelas internacionais apagam sua marca autoral,
fácil de reconhecer desde O Elemento do Crime, seu primeiro filme, realizado em 1984 –
qualquer que seja o enredo, os personagens devem percorrer sua via dolorosa.
Declarado persona non grata pela direção do evento, no qual Melancolia foi exibido na
mostra oficial, é possível que Trier tenha recebido a notícia como um prêmio por sua
leviandade. O paradoxo é que seu compromisso de afrontar conveniências, traço que
imprime a seus personagens, parece condição necessária para que consiga se expressar.
b) Em “mas ainda assim se perguntava”, a expressão ainda assim pode ser substituída, sem
prejuízo para o texto, pela expressão apesar disso.
c) Em “denota senso crítico incomum e pode tê-lo ajudado a fazer um filme”, a oração a
fazer um filme funciona como objeto indireto da forma verbal ajudar.
d) A forma verbal devem (4.° parágrafo) foi empregada para modalizar o conteúdo
subsequente, ou seja, as personagens de Trier devem, necessariamente, percorrer uma via
dolorosa.
e) Em “Tinha esperança, contudo, que em meio a todo o creme houvesse uma lasca de
osso”, a oração que em meio a todo o creme houvesse uma lasca de osso funciona como
objeto direto.
Mas não é a Internet quem deve fazer o diagnóstico e a prescrição dos remédios. Imaginem
se o cidadão, leigo e com problema cardíaco, for interpretar determinado exame pela
Internet. Ali poderá deduzir que sua doença é tal e que até corre o risco de uma morte
súbita. Como a tendência é quase sempre valorizar o pior, com certeza terá seus
batimentos cardíacos acelerados sobremaneira. Por isto, para evitar alardes, melhor ir
diretamente ao médico. [...]
(Fonte: https://prodoctor.net/blog/2015/08/medico-x-drgoogle/)
Em “[...] Não basta fazer críticas à Internet. [...]”, a oração destacada exerce função sintática
de
a) sujeito.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) predicativo do sujeito.
e) complemento nominal.
TEXTO 1
Raphael Martins
O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia
parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?
O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma
mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15, ela
não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Parece que não temos mais
intervalos”. Maria Helena Oliva Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a
percepção temporal muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no
cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila”.
O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas
relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional
ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho: “Nós somos nossas
relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas acabam sendo comprometidas,
comprometem toda a nossa vida. A vida é composta pelas nossas ações no tempo e cada
vez menos a gente tem autonomia sobre ela”.
Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo em
horários mais compatíveis com uma vida saudável. “Exercício físico, relações sociais e
familiares ricas e alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do problema reside no
trabalho excessivo”, completa.[...]
11 de setembro de 1991
Querido amigo,
Eu não tenho muito tempo porque meu professor de inglês avançado me deu um livro para
ler e gosto de ler os livros duas vezes. Por acaso, o livro é O sol nasce para todos (To kill a
mockingbird). Se você ainda não leu, acho que deve, porque é muito interessante. O
professor me disse para ler alguns capítulos de cada vez, mas eu não gosto de ler os livros
dessa forma. Leio logo metade dele na primeira vez.
Mas eu estou escrevendo porque vi meu irmão na televisão. Normalmente não gosto
muito de esportes, mas essa foi uma ocasião especial. Minha mãe começou a chorar, e
meu pai colocou o braço em seu ombro, e minha irmã sorriu, o que é engraçado, porque
meu irmão e minha irmã sempre brigam quando ele está por aqui.
Mas meu irmão mais velho estava na televisão, e até agora foi a melhor coisa que
aconteceu em minhas duas semanas de escola. Sinto muita falta dele, o que é estranho,
porque nós nunca conversamos muito quando ele está aqui. Nós não conversamos nunca,
para ser sincero. Eu diria a você em que posição ele joga, mas, como eu já lhe disse,
gostaria de ser anônimo para você. Espero que você entenda.
Com amor,
Charlie
a) “Eu não tenho muito tempo porque meu professor de inglês avançado me deu um livro
[...]”.
d) “O professor me disse para ler alguns capítulos de cada vez, mas eu não gosto de ler
os livros dessa forma”.
e) “Minha mãe começou a chorar, e meu pai colocou o braço em seu ombro”.
O Colapso do Enem
O Inep chegou a reconhecer que o sistema de informática não foi planejado para atender
à demanda, mas afirmou que ele estava imune a erros e riscos de manipulação. Com cópias
de imagens extraídas do site do MEC, os estudantes desmoralizaram o órgão, mostrando
que as opções de curso realizadas entre a manhã de domingo e a tarde de segunda-feira
foram alteradas entre a terça e a quarta-feira. Além disso, mais uma vez o Inep não
conseguiu evitar o vazamento de informações sigilosas dos vestibulandos e houve até
casos de dados que foram modificados com nítida má-fé por concorrentes.
O novo fracasso do MEC pode comprometer o início do ano letivo das instituições que
fazem parte do Sisu e pôr em risco o planejamento do ensino superior público para 2011.
Os prazos de inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e no
ProUni, por exemplo, já tiveram de ser prorrogados.
Como ocorreu em 2009, para aplacar críticas, a cúpula do MEC substituiu o presidente
do Inep. Em pouco mais de um ano, o órgão - que também é responsável pelo Ideb, pelos
censos da educação e pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - teve três
presidentes.
a) predicativa.
b) objetiva direta.
c) objetiva indireta.
d) subjetiva.
e) completiva nominal.
O Colapso do Enem
O Inep chegou a reconhecer que o sistema de informática não foi planejado para atender
à demanda, mas afirmou que ele estava imune a erros e riscos de manipulação. Com cópias
de imagens extraídas do site do MEC, os estudantes desmoralizaram o órgão, mostrando
que as opções de curso realizadas entre a manhã de domingo e a tarde de segunda-feira
foram alteradas entre a terça e a quarta-feira. Além disso, mais uma vez o Inep não
conseguiu evitar o vazamento de informações sigilosas dos vestibulandos e houve até
casos de dados que foram modificados com nítida má-fé por concorrentes.
O novo fracasso do MEC pode comprometer o início do ano letivo das instituições que
fazem parte do Sisu e pôr em risco o planejamento do ensino superior público para 2011.
Os prazos de inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e no
ProUni, por exemplo, já tiveram de ser prorrogados.
Como ocorreu em 2009, para aplacar críticas, a cúpula do MEC substituiu o presidente
do Inep. Em pouco mais de um ano, o órgão - que também é responsável pelo Ideb, pelos
censos da educação e pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - teve três
presidentes.
Na realidade, o desafio não é criar órgãos novos, mas requalificar a burocracia do MEC,
reestruturar o sistema de avaliação desfigurado pelo último governo e rever o Sisu - esse
gigantesco vestibular das universidades federais que a União não consegue gerir.
a) adverbial temporal.
b) adverbial concessiva.
c) substantiva subjetiva.
d) substantiva predicativa.
O Colapso do Enem
O Inep chegou a reconhecer que o sistema de informática não foi planejado para atender
à demanda, mas afirmou que ele estava imune a erros e riscos de manipulação. Com cópias
de imagens extraídas do site do MEC, os estudantes desmoralizaram o órgão, mostrando
que as opções de curso realizadas entre a manhã de domingo e a tarde de segunda-feira
foram alteradas entre a terça e a quarta-feira. Além disso, mais uma vez o Inep não
conseguiu evitar o vazamento de informações sigilosas dos vestibulandos e houve até
casos de dados que foram modificados com nítida má-fé por concorrentes.
O novo fracasso do MEC pode comprometer o início do ano letivo das instituições que
fazem parte do Sisu e pôr em risco o planejamento do ensino superior público para 2011.
Os prazos de inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e no
ProUni, por exemplo, já tiveram de ser prorrogados.
Como ocorreu em 2009, para aplacar críticas, a cúpula do MEC substituiu o presidente
do Inep. Em pouco mais de um ano, o órgão - que também é responsável pelo Ideb, pelos
censos da educação e pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - teve três
presidentes.
Na realidade, o desafio não é criar órgãos novos, mas requalificar a burocracia do MEC,
reestruturar o sistema de avaliação desfigurado pelo último governo e rever o Sisu - esse
gigantesco vestibular das universidades federais que a União não consegue gerir.
Em “Na realidade, o desafio não é criar órgãos novos...”, a oração destacada é subordinada
substantiva
a) objetiva direta.
b) predicativa.
c) objetiva indireta.
d) subjetiva.
e) completiva nominal.
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos,
pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil
universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet,
têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo
o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir
seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento indiferente acaba
sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há
pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda.
Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da
Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos no
Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narcisista tende
a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que
tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos,
como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o
contrário.
“Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos torna mais
impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos preocupados com os sentimentos
dos outros.”
c) Existe uma oração principal, não iniciada por conjunção, e uma oração subordinada,
iniciada por conjunção integrante
d) Existem duas orações e, em uma delas, o sujeito está oculto para evitar repetições
desnecessárias.
e) A locução verbal “estão mostrando” poderia ser substituída por “mostram” sem prejuízo
de entendimento à oração em questão.
Estudos da medicina apontam que a música clássica tem efeito significativo sobre o
sistema cardiovascular e influencia diretamente os batimentos cardíacos e pressão arterial.
Ela provoca uma redução nos marcadores neuro-hormonais de estresse, o que resulta em
uma sensação de relaxamento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), originada da dissertação de mestrado da cirurgiã-dentista Marcela de Oliveira
Brant (CRO 42733), concluiu que o método é eficaz na diminuição dos níveis de ansiedade
de crianças durante o atendimento em consultórios odontológicos.
A pesquisa foi um ensaio clínico realizado nas cidades mineiras de Brumadinho e Confins
entre agosto de 2014 e abril de 2015. A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a
seis anos para participar do estudo, foi feita nas escolas públicas desses municípios.
“Precisávamos de 35 crianças nessa faixa etária e que não tivessem experiência com o
dentista”, explica Marcela. Para chegar a esse número, a odontopediatra conta que foram
enviadas 313 cartas-convite aos pais dos pequenos. “Eu era a única dentista que
selecionava, avaliava e realizava o atendimento”, acrescenta. No final, o estudo contava
com 34 crianças que cumpriram todos os procedimentos.
Os critérios para inclusão na pesquisa foram que os pacientes não tivessem experiência
odontológica prévia e que apresentassem, no mínimo, dois dentes molares de leite com
lesões cariosas em superfície oclusal (ou seja, a parte de cima dos dentes), em que fosse
possível utilizar o Tratamento Restaurador Atraumático Modificado (ARTm). A técnica
consiste em uma restauração de intervenção mínima, sem o uso de anestesia local. Durante
a realização do estudo, as crianças foram divididas em dois grupos, ambos submetidos à
ARTm com e sem utilização de música.
Ao fim da coleta dos dados, os resultados foram analisados. “Vimos estatisticamente que
durante a intervenção com música as crianças apresentaram redução nos níveis de
frequência cardíaca quando comparado com a intervenção sem música”, comenta
Marcela. Essa estratégia de distração, segundo a odontopediatra, pode se apresentar
como uma prática possível de reduzir a ansiedade do paciente na cadeira odontológica.
“Ela é uma técnica segura, de simples execução, com baixo custo financeiro e que não
apresenta efeitos nocivos.” Outro fator importante é que a música pode auxiliar a dispersar
a atenção da criança quanto aos ruídos que existem dentro do consultório, como o
“motorzinho” ou o barulho do sugador.
[...] O tema do mestrado de Marcela surgiu do desejo de oferecer melhor atendimento aos
pacientes infantis. “Sabemos hoje que 39% a 43% das crianças, de quatro a 12 anos, no
Brasil, apresentam sentimentos de ansiedade frente a um tratamento odontológico. Busco
com esta pesquisa mostrar como é importante eliminar ou reduzir esse problema”, diz.
[...].
No excerto “A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a seis anos [...]”, o termo
em destaque introduz uma oração
b) coordenada conclusiva.
Mas não é a Internet quem deve fazer o diagnóstico e a prescrição dos remédios. Imaginem
se o cidadão, leigo e com problema cardíaco, for interpretar determinado exame pela
Internet. Ali poderá deduzir que sua doença é tal e que até corre o risco de uma morte
súbita. Como a tendência é quase sempre valorizar o pior, com certeza terá seus
batimentos cardíacos acelerados sobremaneira. Por isto, para evitar alardes, melhor ir
diretamente ao médico. [...]
(Fonte: https://prodoctor.net/blog/2015/08/medico-x-drgoogle/)
c) “[...]este hoje já entra no consultório com uma série de informações que antes não tinha
[...]”
O Colapso do Enem
O Inep chegou a reconhecer que o sistema de informática não foi planejado para atender
à demanda, mas afirmou que ele estava imune a erros e riscos de manipulação. Com cópias
de imagens extraídas do site do MEC, os estudantes desmoralizaram o órgão, mostrando
que as opções de curso realizadas entre a manhã de domingo e a tarde de segunda-feira
foram alteradas entre a terça e a quarta-feira. Além disso, mais uma vez o Inep não
conseguiu evitar o vazamento de informações sigilosas dos vestibulandos e houve até
casos de dados que foram modificados com nítida má-fé por concorrentes.
O novo fracasso do MEC pode comprometer o início do ano letivo das instituições que
fazem parte do Sisu e pôr em risco o planejamento do ensino superior público para 2011.
Os prazos de inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e no
ProUni, por exemplo, já tiveram de ser prorrogados.
Como ocorreu em 2009, para aplacar críticas, a cúpula do MEC substituiu o presidente
do Inep. Em pouco mais de um ano, o órgão - que também é responsável pelo Ideb, pelos
censos da educação e pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - teve três
presidentes.
Na realidade, o desafio não é criar órgãos novos, mas requalificar a burocracia do MEC,
reestruturar o sistema de avaliação desfigurado pelo último governo e rever o Sisu - esse
gigantesco vestibular das universidades federais que a União não consegue gerir.
“Se restava alguma dúvida quanto à credibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ela foi desfeita depois que a Justiça
Federal concedeu liminar prorrogando por seis dias o prazo de inscrições somente nas
universidades federais situadas no Estado do Rio de Janeiro.”
Ferreira Gullar
Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos
doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos
porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que
conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode
implicar.
Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é
esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a
fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se
da janela do apartamento.
Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais
psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua
maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.
Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado,
alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso,
como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra
assim um modo de ser feliz.
Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro,
no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu
para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender
que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.
Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro
Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também,
que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética
que produz.
No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento
psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios
neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.
Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela
médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e
acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro
Psiquiátrico Nacional.
Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente
mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que
queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.
Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora
para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não
parasse de pintar.
Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica.
Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar
pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos,
quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos
depois.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/ 2016/02/1741258-
consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)
“Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado,
alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso,
como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra
assim um modo de ser feliz.” Os termos destacados introduzem, respectivamente, no
contexto apresentado,
Mas não é a Internet quem deve fazer o diagnóstico e a prescrição dos remédios. Imaginem
se o cidadão, leigo e com problema cardíaco, for interpretar determinado exame pela
Internet. Ali poderá deduzir que sua doença é tal e que até corre o risco de uma morte
súbita. Como a tendência é quase sempre valorizar o pior, com certeza terá seus
batimentos cardíacos acelerados sobremaneira. Por isto, para evitar alardes, melhor ir
diretamente ao médico. [...]
(Fonte: https://prodoctor.net/blog/2015/08/medico-x-drgoogle/)
d) “[...] Como a tendência é quase sempre valorizar o pior, com certeza terá seus
batimentos cardíacos acelerados sobremaneira [...]”
TEXTO 1
“Hei de vencer. Hei de vencer. Hei de vencer” – como o mantra da autoajuda pode te
derrotar
Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um
objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso. Se conseguirmos nos ver no alto do
pódio, ou na cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, essas metas são alcançadas,
já que o cérebro se convence do seu sucesso de antemão. Uma versão sofisticada do velho
mantra “Hei de vencer”. Muito interessante. Pena que não funciona.
Quando pesquisadores resolveram testar a ideia perceberam que tais técnicas não eram
apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que “visualizavam” boas notas acreditavam
mesmo que iriam bem nas provas, e por isso mesmo deixavam de estudar. Resultado?
Bomba! Pessoas em dieta que se imaginavam resistindo bravamente aos alimentos
calóricos caíam mais nas tentações do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a
carne é fraca.
Mas nem tudo está perdido. Existem sim técnicas motivacionais que podem nos levar a
melhorar nossa performance. O segredo é o foco. Vale recitar mantra ou tentar a
visualização, mas em vez de se voltar para o resultado final, é importante pensar no
processo. Um estudo on-line com mais de quarenta mil pessoas testou diferentes
abordagens. O desafio era um jogo de atenção e velocidade, no qual tinham que clicar nos
números de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na sequência correta. Para aumentar
a pressão, o jogo era contra um oponente (na verdade, um software, mas os voluntários
não sabiam disso). Diversas intervenções foram testadas, mas as que melhoraram o
desempenho dos jogadores foram as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si
mesmos) não o resultado, mas os processos ou os outcomes (que em inglês mais do que
resultado, traz a noção de consequência, desenlac
Certo
Errado
No alto
Um pensamento vão,
Machado de Assis
Regência e Concordância
Questão 248: AOCP - AJ TRE RO/TRE RO/Apoio Especializado/Medicina/2009
Ao menos duas vezes por semana, a cena se repete. A publicitária Renata Lino, 27 anos, e
o marido, o cirurgião dentista Sandro Ferreira, 32 anos, dormem tranquilos até Renata
começar a roncar. Sandro tenta cutucá-la, arrisca até uns tapinhas de alerta. "Eu tenho que
usar artifícios para tentar dormir", argumenta o marido. "Mas, em último caso, vou para
outro cômodo mesmo", confessa. Segundo uma pesquisa da Universidade de Surrey, na
Inglaterra, a solução é simples: é só oficializar as camas separadas.
O estudo concluiu que, em média, 50% dos casais que compartilham o leito têm dificuldade
para dormir e desenvolvem algum problema de saúde em decorrência dessas noites
insones. E não é só o ronco que atrapalha. Um constante puxar de lençóis ou um
companheiro com sono agitado, que se mexe muito, também podem fazer o merecido
descanso se transformar num filme de terror.
Ainda assim, pelo menos entre Renata e Sandro, casados há cinco anos, o romantismo
prevalece. "Comprei o pacote completo e a fuga noturna com o edredom veio junto",
brinca Sandro. "Sinto falta dela quando durmo sozinho." A publicitária já fez exames de
sonoterapia para detectar as causas da apnéia - termo médico para o ronco. "Boa parte da
minha família sofre com o problema", afirma Renata. Situações assim são comuns. No
Brasil, 40% da população têm distúrbios do sono, de acordo com um estudo da Academia
Brasileira de Neurologia. O problema é que dormir mal pode levar a problemas mais
graves, como depressão, doenças cardíacas e derrame.
As consequências de uma noite mal dormida são imediatas. "Já compromete a capacidade
de funcionamento intelectual no dia seguinte", diz Flavio Alóe, médico especialista em
distúrbios do sono do Hospital das Clínicas de São Paulo. "E quem ouve o ronco sofre os
mesmos efeitos de quem dorme mal cronicamente." Ainda assim, Alóe acredita que seriam
necessários estudos mais profundos para se recomendar dormir em camas separadas.
"Casais que se entendem bem sentem falta se cada um dorme sozinho."
c) “...ou um companheiro com sono agitado, que se mexe muito, também...” (verbo
intransitivo)
e) “’E quem ouve o ronco sofre os mesmos efeitos de quem dorme mal...’" (verbo transitivo
direto)
Ferreira Gullar
Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos
doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos
porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que
conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode
implicar.
Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é
esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a
fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se
da janela do apartamento.
Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais
psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua
maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.
Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado,
alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso,
como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra
assim um modo de ser feliz.
Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro
Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também,
que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética
que produz.
No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento
psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios
neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.
Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela
médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e
acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro
Psiquiátrico Nacional.
Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente
mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que
queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.
Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora
para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não
parasse de pintar.
Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica.
Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar
pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos,
quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos
depois.
b) O contato com as diferentes artes, até mesmo quando assistem filmes, alivia, por vezes,
a dor psicológica do paciente.
DIREITO DO IDOSO
Hoje, o envelhecimento se encontra na ordem do dia. Os mais importantes veículos de
comunicação dão destaque a esse fenômeno, abordando as suas causas e conseqüências.
O envelhecimento populacional, portanto, transformou-se em uma questão social
relevante, uma vez que impacta marcantemente nos destinos da própria sociedade. Isso
tanto é verdade que hã estudiosos falando em uma revolução dos idosos. E não é para
menos. Mais de dois bilhões de pessoas terão mais de sessenta anos até 2050, o que
representará um contingente expressivo, considerando a população total do planeta.
Ora, se um contingente tão grande de pessoas passa a ter uma idade a partir da qual é
caracterizada como idosa, isso significa que direitos específicos desse contingente
populacional precisam ser garantidos.
É preciso destacar que o Estado brasileiro não se preparou para o impacto que o
envelhecimento populacional acarretou nos sistemas previdenciário e de saúde, por
exemplo. Não houve planejamento, de modo que o sistema previdenciário, uma espécie
de seguro para
Portanto, o impacto que as pessoas que acumulam muitos anos provocam na sociedade,
considerando apenas esses dois sistemas, e
É a vitória da vida.
Sendo, portanto, o envelhecimento a oportunidade de uma vida mais longa, pode ser
traduzido como o próprio direito de existir, na medida em que viver é ter oportunidade de
envelhecer. Ora, se é assim, o envelhecimento é um direito e, mais do que isso, é um direito
fundamental, na medida em que se traduz no direito à vida com dignidade, o que quer
dizer que as pessoas não perdem direitos na medida em que envelhecem. Pelo contrário,
demandam mais direitos para que possam usufruir plenamente o direito à liberdade em
todos os aspectos, patrimônio do qual nenhum ser humano pode abdicar.
Apesar de a expectativa de vida no Brasil vir aumentando ano após ano, ainda não estão
sendo oferecidas condições de vida adequadas para os velhos. O processo de
envelhecimento no país apresenta nuances artificiais, na medida em que as pessoas têm
suas vidas alongadas mais pela universalização da tecnologia médica {notadamente do
sistema de vacinação, que abortou mortes prematuras causadas por doenças endêmicas)
do que propriamente pela experimentação de padrões sociais e econômicos de
excelência, a exemplo dos países desenvolvidos.
Sendo assim, a garantia dos direitos dos idosos no Brasil depende de uma profunda
compreensão das causas e conseqüências do processo de envelhecimento populacional,
do papel que deve ser reservado aos velhos em uma sociedade tecnológica, da
necessidade de garantir-lhes todos os direitos fundamentais inerentes à condição humana,
destacando-se a necessidade de desenvolver esforços para que tenham autonomia o
máximo de tempo possível, do enfrentamento de todas as formas de violência, por meio
da construção de uma rede de proteção e defesa dos direitos desse contingente
populacional.
Considere o período “Ora, se um contingente tão grande de pessoas passa a ter uma idade
a partir da qual é caracterizada como idosa, isso significa que direitos específicos desse
contingente populacional precisam ser garantidos” e assinale a alternativa correta.
a) Os termos “é“ , “caracterizada” e “ idosa” deveriam estar no plural para concordar com
“pessoas” .
e) “precisam ser garantidos” deveria estar no singular para concordar com “contingente
populacional” .
Rosely Sayão
Precisamos pensar com atenção na saúde mental de nossas crianças e de nossos jovens.
Mas parece que nem as famílias e nem as escolas têm essa questão como importante:
ambas são criadoras de muitas causas que podem afetar negativamente a qualidade de
vida emocional de quem elas deveriam cuidar. Vamos levantar alguns pontos que podem
provocar pressão em demasia, ansiedade e medos de fracasso nas crianças e nos jovens.
Primeiramente, a pressão sobre a vida escolar. Nunca, nunca antes tivemos famílias e
escolas tão empenhadas em fazer com que filhos e alunos tenham alta performance
escolar, o que significa, é claro, boas notas, aprovação com destaque em exames e provas
etc. Mas por quê?
Uau! Se para um adulto essa mistura já pode ser explosiva para a sanidade mental, imagine,
caro leitor, para crianças e adolescentes! E o que podemos fazer? Muita coisa! Deixar de
confundir cobrança com pressão já pode ser um grande passo. Nossos filhos e alunos
precisam ser cobrados a levar sempre adiante sua vida escolar. Mas precisamos ser mais
compreensivos quando eles não conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir
para aprender, em vez de pressioná-los mais ainda.
As famílias podem e devem também ensinar os filhos a lidar com suas emoções. Sabe
quando uma criança pequena pega algum objeto de vidro e os pais o ensinam a tomar
cuidado porque é frágil e ela pode quebrar, mesmo sem querer? Podemos fazer a mesma
coisa com os sentimentos que ela experimenta. Posso ilustrar isso que acabei de dizer com
o seguinte exemplo: quando uma criança manifesta raiva, devemos ensiná-la que essa
emoção e suas manifestações podem machucá-la e também os outros.
E a escola precisa se dar conta de que o ambiente escolar pode ser – e em geral é –
neurotizante para muitas crianças! E não é por falta de conhecimento que não mudamos
esse panorama.
Vamos cuidar da saúde mental de nossas crianças e jovens tanto quanto cuidamos de sua
saúde física!
Em “[...] alguns países têm se preocupado com a depressão em crianças e jovens [...]”, é
correto afirmar que o acento circunflexo no verbo destacado
a) foi utilizado indevidamente, pois não está de acordo com a ortografia da língua
portuguesa.
d) poderia ser omitido, caso o sujeito na terceira pessoa do plural fosse composto.
e) indica a regência do verbo “ter” que é complementado por um objeto direto
Questão 252: Instituto AOCP - Tec Leg (CM Rio Sul)/CM Rio Sul/Área Legislativa/2016
Muito se fala das desigualdades do país ou de como isso afeta nossa educação. Estudos
têm apontado para as diversas desigualdades na educação brasileira, tais como entre os
setores mais pobres e os mais ricos, entre a população branca e a população negra ou a
indígena. Também não podemos esquecer as desigualdades socioespaciais, expressas
pelo contraste entre as zonas rural e urbana e entre as regiões norte e nordeste e as demais
regiões do país e, até mesmo, as que ocorrem dentro de uma mesma cidade ou região e
muitas vezes não constam nos indicadores educacionais nacionais.
O esquecimento dessas populações isoladas faz com que muitas vezes elas não sejam
contempladas por políticas públicas que atuam junto a outras minorias (como os
quilombolas ou indígenas). Frequentemente, a única ajuda que elas recebem vem de
projetos de organizações da sociedade civil. Este é o caso do projeto Doutores das Águas.
Criado em 2011, ele tem o objetivo de realizar mutirões de saúde e educação para as
pessoas que vivem em pequenos núcleos na floresta amazônica. Para os Doutores, uma
das melhores formas de preservar a Amazônia e garantir a sua sustentabilidade é
proporcionar condições para que as comunidades que habitam a região possam viver na
floresta com mais recursos e mais dignidade. O trabalho se dá por meio da construção de
laços de confiança alcançados pela escuta, respeito e continuidade das ações do projeto.
O sucesso alcançado por essa iniciativa parece mostrar que existem caminhos possíveis
para superar o isolamento de comunidades tidas como invisíveis. No entanto, não
podemos nos conformar com ações feitas apenas pela sociedade civil. A defesa de uma
educação de qualidade para todos implica alcançar os meios para que esses programas
sejam combinados a políticas públicas, caminhando para um país menos desigual.
(Maria Alice Setubal, para Uol Educação. ADAPTADO. Disponível em
educação.uol.com.br)
a) Em “[...] O sucesso alcançado por essas iniciativas parece mostrar que existem
caminhos possíveis [...]”, o verbo “parece” deve ser flexionado no plural, já que ele
concorda com o termo “iniciativas”. Assim, ficaria: “[...] O sucesso alcançado por essas
iniciativas parecem mostrar que existem caminhos possíveis [...]”.
c) Em “[...] a única ajuda que elas recebem vem de projetos de organizações da sociedade
civil. [...]”, o verbo “vem” deveria receber acento circunflexo, indicando o plural, uma vez
que ele deve concordar com o pronome “elas”. Assim, a frase ficaria: “[...] a única ajuda
que elas recebem vêm de projetos de organizações da sociedade civil. [...]”.
d) Em “[...] o ano letivo ainda não tinha começado por lá [...]”, o verbo “tinha” pode ser
trocado por “havia” sem prejuízo de sentido. Assim, ficaria: “[...] o ano letivo ainda não havia
começado por lá [...]”.
e) Em “[...] Muito se fala das desigualdades do país [...]”, o verbo “fala” pode ser flexionado
no plural, concordando com o termo “desigualdades”. Assim, ficaria: “[...] Muito se falam
das desigualdades do país [...]”.
Estudos da medicina apontam que a música clássica tem efeito significativo sobre o
sistema cardiovascular e influencia diretamente os batimentos cardíacos e pressão arterial.
Ela provoca uma redução nos marcadores neuro-hormonais de estresse, o que resulta em
uma sensação de relaxamento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), originada da dissertação de mestrado da cirurgiã-dentista Marcela de Oliveira
Brant (CRO 42733), concluiu que o método é eficaz na diminuição dos níveis de ansiedade
de crianças durante o atendimento em consultórios odontológicos.
A pesquisa foi um ensaio clínico realizado nas cidades mineiras de Brumadinho e Confins
entre agosto de 2014 e abril de 2015. A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a
seis anos para participar do estudo, foi feita nas escolas públicas desses municípios.
“Precisávamos de 35 crianças nessa faixa etária e que não tivessem experiência com o
dentista”, explica Marcela. Para chegar a esse número, a odontopediatra conta que foram
enviadas 313 cartas-convite aos pais dos pequenos. “Eu era a única dentista que
selecionava, avaliava e realizava o atendimento”, acrescenta. No final, o estudo contava
com 34 crianças que cumpriram todos os procedimentos.
Os critérios para inclusão na pesquisa foram que os pacientes não tivessem experiência
odontológica prévia e que apresentassem, no mínimo, dois dentes molares de leite com
lesões cariosas em superfície oclusal (ou seja, a parte de cima dos dentes), em que fosse
possível utilizar o Tratamento Restaurador Atraumático Modificado (ARTm). A técnica
consiste em uma restauração de intervenção mínima, sem o uso de anestesia local. Durante
a realização do estudo, as crianças foram divididas em dois grupos, ambos submetidos à
ARTm com e sem utilização de música.
Ao fim da coleta dos dados, os resultados foram analisados. “Vimos estatisticamente que
durante a intervenção com música as crianças apresentaram redução nos níveis de
frequência cardíaca quando comparado com a intervenção sem música”, comenta
Marcela. Essa estratégia de distração, segundo a odontopediatra, pode se apresentar
como uma prática possível de reduzir a ansiedade do paciente na cadeira odontológica.
“Ela é uma técnica segura, de simples execução, com baixo custo financeiro e que não
apresenta efeitos nocivos.” Outro fator importante é que a música pode auxiliar a dispersar
a atenção da criança quanto aos ruídos que existem dentro do consultório, como o
“motorzinho” ou o barulho do sugador.
[...].
a) “Os níveis de ansiedade foi mensurado através da obtenção das medidas de frequência
cardíaca e saturação de oxigênio”.
TEXTO
“Na maioria dos países pobres, a qualidade do ar está piorando e isso se tornou uma
tendência, enquanto se observa o contrário nos países com uma renda maior”, declarou o
coordenador do Departamento de Saúde Pública da OMS, Carlos Dora.
Se for feita uma extrapolação dos dados pode-se sustentar que mais da metade da
população urbana vive em cidades com um nível de poluição 2,5 vezes maior do que o
recomendado e que somente 16% respira um ar que cumpre com as normas. Na
apresentação desses dados à imprensa, Carlos Dora destacou que em todas as regiões,
inclusive demasiadamente pobres, algumas cidades estão conseguindo melhorar a
qualidade de seu ar, mas lamentou que “a maioria de cidades estejam no caminho errado”.
No entanto, a poluição ambiental não deve ser observada como uma fatalidade nos países
pobres: “há certas cidades que pertencem a países com poucos recursos e que
melhoraram a qualidade de seu ar e isso é muito promissor”.
A OMS atribui mais de 7 milhões de mortes por ano à poluição do ar, causada pela elevada
concentração de partículas pequenas e finas que provocam diversas doenças - câncer de
pulmão e doenças respiratórias - e aumenta o risco de derrame cerebral e cardiopatia.
Segundo Carlos Dora, se a poluição do ar fosse reduzida para uma quarta parte, conforme
os limites estabelecidos pela OMS, se conseguiria reduzir em 15% a mortalidade.
No excerto “[...] 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes não cumpre com as
normas internacionais [...]”, há erro de concordância verbal, pois o verbo “cumpre” deveria
estar no plural.
Certo
Errado
Coesão e Coerência
Questão 255: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Arquitetura, Urbanismo e
Engenharia/Arquitetura/2014
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Qualidade na educação: o DNA das escolas Segredo de uma rede de qualidade não é
padronizar, mas atender fatores distintos – pois algumas escolas têm mais problemas e
desafios do que outras
[...] A exemplo do que ocorre no Brasil, na maioria dos países desenvolvidos os pais
matriculam seus filhos na escola púbica mais próxima de sua casa. A grande diferença é
que, na maior parte das nações, as escolas de diferentes bairros são semelhantes: elas se
parecem muito entre si, no que fazem e nos resultados. No Brasil as escolas se parecem
mais com os bairros onde estão localizadas. Elas têm, portanto, a cara do bairro.
Sabemos como fazer uma escola de qualidade, uma escola boa. Há inclusive escolas
públicas assim no Brasil, algumas centenas delas, ou talvez poucos milhares. São escolas
de prestígio, de alto padrão, onde o ensino é de qualidade, os alunos estudam e aprendem
e os resultados são elevados. São escolas militares, colégios de aplicação e unidades
estaduais ou municipais aqui e ali que possuem as mesmas características. Mas essas
escolas são poucas – uma pequena fração entre as mais de 120.000 unidades urbanas de
ensino fundamental.
Nunca aprendemos a fazer aquilo que os países desenvolvidos sempre fizeram: manter um
padrão. E quando o nível cai, há mecanismos para trazer a escola de volta. Resultado:
embora sejam obrigados a matricular seus filhos na escola do bairro, os pais sabem que o
ensino oferecido ali é semelhante ao proporcionado por unidades de outros bairros. E
sabem que se seus filhos se esforçarem também obterão bons resultados.
As estatísticas produzidas pela OCDE ilustram esse fenômeno de maneira muito clara. Nos
países desenvolvidos, a diferença da média das notas das escolas é relativamente pequena
– raramente ultrapassa os 30%. Essa diferença é enorme no Brasil.
Manter uma rede de escolas de padrão não significa que todas as unidades são idênticas,
que recebem os mesmos recursos, que são 100% padronizadas. Ao contrário, para ter
resultados semelhantes, as escolas precisam de recursos distintos – pois algumas têm mais
problemas e desafios do que outras. Para promover a igualdade é necessário tratar
desigualmente os desiguais. Escolas que caem no desempenho recebem ajuda extra;
escolas com maior número de alunos com dificuldade de aprendizado recebem mais e
melhores recursos, e assim por diante.
A exemplo do fator que nos faz semelhantes como seres humanos, há uma DNA a tornar
parecido o desempenho das escolas. O segredo de uma rede de qualidade está na maneira
como se forma o DNA da escola, os fatores que asseguram que todas as unidades da rede
possam funcionar e atingir níveis de desempenho semelhantes.
O que torna uma rede de escolas boa não é muito diferente do que torna uma escola boa.
Mas criar uma rede boa é muito diferente de criar uma escola boa.
a) conclusivo.
b) adversativo.
c) causal.
d) aditivo.
e) alternativo.
O que acontece quando se divide a casa com quem não cumpre suas tarefas domésticas
Quem mora ou já morou em república sabe que, ainda que você e seus companheiros de
casa se gostem, a coisa não é sempre uma maravilha. Na verdade, pode ser meio infernal
às vezes. E isso se deve, em grande parte, a diferenças na forma como cada um encara o
trabalho doméstico. Quer ver uma receita infalível para brigas? Você, neurótico por
limpeza, resolve morar com alguém que costuma deixar um rastro de farelos por onde
passa e largar pratos e embalagens sujos em cima da pia por dias.
Essa diferença de limites do que é aceitável ou não na convivência diária foi objeto de
estudo dos pesquisadores Sarah Riforgiate, da Universidade Estadual do Kansas, e Jess
Alberts e Paul Mongeau, da Universidade Estadual do Arizona. Diferente do que se possa
imaginar, não foi nenhuma experiência pessoal que os inspirou: tudo começou depois de
Alberts ler um estudo dizendo que abelhas e formigas têm diferentes níveis de tolerância
para as tarefas não concluídas. Sim, até elas. Se abelhas com níveis muito díspares são
colocadas juntas, a mais perturbada com o baixo nível de mel produzido acaba trabalhando
mais – muitas vezes, até a morte. Isso fez com que se perguntassem se os humanos
apresentam um comportamento parecido (claro, nada que chegue perto de precisar
esfregar o chão do banheiro até morrer, esperamos).
Então, os pesquisadores analisaram pares de pessoas do mesmo sexo com idades entre 19
e 20 anos que dividiam apartamentos ou quartos. A conclusão foi que, de fato, essas
diferenças realmente são prejudiciais para os relacionamentos e resultam em menor
satisfação na amizade e maior propensão a conflitos. Nenhuma surpresa até aí. Mas olha
só as outras implicações:
Além disso, Riforgiate destaca que uma falha em completar uma tarefa específica nem
sempre é pura preguiça ou falta de consideração. Pode ser que ela apenas não tenha
percebido ainda que isso é um problema para o outro. “Nós realmente damos atributos
negativos para as pessoas com quem vivemos – sejam companheiros de quarto ou
parceiros românticos – que não são úteis para a nossa relação e que podem, na verdade,
não ter nada a ver com a realidade”, diz Riforgiate.
Em “... por mais que você e seus companheiros de casa se gostem...”, o termo destacado
exerce função de
a) pronome reflexivo.
b) partícula apassivadora.
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
O que acontece quando se divide a casa com quem não cumpre suas tarefas domésticas
Essa diferença de limites do que é aceitável ou não na convivência diária foi objeto de
estudo dos pesquisadores Sarah Riforgiate, da Universidade Estadual do Kansas, e Jess
Alberts e Paul Mongeau, da Universidade Estadual do Arizona. Diferente do que se possa
imaginar, não foi nenhuma experiência pessoal que os inspirou: tudo começou depois de
Alberts ler um estudo dizendo que abelhas e formigas têm diferentes níveis de tolerância
para as tarefas não concluídas. Sim, até elas. Se abelhas com níveis muito díspares são
colocadas juntas, a mais perturbada com o baixo nível de mel produzido acaba trabalhando
mais – muitas vezes, até a morte. Isso fez com que se perguntassem se os humanos
apresentam um comportamento parecido (claro, nada que chegue perto de precisar
esfregar o chão do banheiro até morrer, esperamos).
Então, os pesquisadores analisaram pares de pessoas do mesmo sexo com idades entre 19
e 20 anos que dividiam apartamentos ou quartos. A conclusão foi que, de fato, essas
diferenças realmente são prejudiciais para os relacionamentos e resultam em menor
satisfação na amizade e maior propensão a conflitos. Nenhuma surpresa até aí. Mas olha
só as outras implicações:
O que fazer para evitar problemas, então? Segundo os autores, conversar muito –
especialmente antes de se mudar – para identificar possíveis diferenças na forma de
encarar as responsabilidades e estabelecer uma divisão de tarefas.
Além disso, Riforgiate destaca que uma falha em completar uma tarefa específica nem
sempre é pura preguiça ou falta de consideração. Pode ser que ela apenas não tenha
percebido ainda que isso é um problema para o outro. “Nós realmente damos atributos
negativos para as pessoas com quem vivemos – sejam companheiros de quarto ou
parceiros românticos – que não são úteis para a nossa relação e que podem, na verdade,
não ter nada a ver com a realidade”, diz Riforgiate.
Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO retoma algo citado anteriormente
no texto
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
seus representantes
Luh Coelho
Exemplo de cidadania é o caso de pessoas como o aposentado Irineu Montanaro, de 75
anos. Ele diz que vota desde os 18, quando ainda era jovem e morava em Minas Gerais, sua
terra natal, e que, mesmo sem a obrigatoriedade do voto, vai até as urnas em todas as
eleições. “É uma maneira de expressar a vontade que a gente tem. Acho que um voto pode
fazer a diferença”, diz.
O idoso afirma que sempre incentivou sua família a votar. E o maior exemplo vinha de
dentro da própria casa. Mesmo que nenhum de seus familiares tenha se aventurado na vida
política, todos de sua prole veem na vida pública uma forma de mudar os rumos do país.
Em "[...] um voto consciente agora pode influenciar futuramente na vida de seus filhos e
netos.”, o termo em destaque
a) remete ao aposentado Irineu Montanaro, que nunca deixou de votar por acreditar na
importância do voto consciente.
b) remete a “todos os candidatos” , que, além de serem candidatos, são também eleitores.
d) remete ao sujeito “Eles” , o qual se refere aos eleitores com mais de 70 anos
mencionados no texto.
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Leia o texto e responda a questão.
DIREITO DO IDOSO
Ora, se um contingente tão grande de pessoas passa a ter uma idade a partir da qual é
caracterizada como idosa, isso significa que direitos específicos desse contingente
populacional precisam ser garantidos.
É preciso destacar que o Estado brasileiro não se preparou para o impacto que o
envelhecimento populacional acarretou nos sistemas previdenciário e de saúde, por
exemplo. Não houve planejamento, de modo que o sistema previdenciário, uma espécie
de seguro para
Portanto, o impacto que as pessoas que acumulam muitos anos provocam na sociedade,
considerando apenas esses dois sistemas, e
É a vitória da vida.
Sendo, portanto, o envelhecimento a oportunidade de uma vida mais longa, pode ser
traduzido como o próprio direito de existir, na medida em que viver é ter oportunidade de
envelhecer. Ora, se é assim, o envelhecimento é um direito e, mais do que isso, é um direito
fundamental, na medida em que se traduz no direito à vida com dignidade, o que quer
dizer que as pessoas não perdem direitos na medida em que envelhecem. Pelo contrário,
demandam mais direitos para que possam usufruir plenamente o direito à liberdade em
todos os aspectos, patrimônio do qual nenhum ser humano pode abdicar.
Apesar de a expectativa de vida no Brasil vir aumentando ano após ano, ainda não estão
sendo oferecidas condições de vida adequadas para os velhos. O processo de
envelhecimento no país apresenta nuances artificiais, na medida em que as pessoas têm
suas vidas alongadas mais pela universalização da tecnologia médica {notadamente do
sistema de vacinação, que abortou mortes prematuras causadas por doenças endêmicas)
do que propriamente pela experimentação de padrões sociais e econômicos de
excelência, a exemplo dos países desenvolvidos.
Sendo assim, a garantia dos direitos dos idosos no Brasil depende de uma profunda
compreensão das causas e conseqüências do processo de envelhecimento populacional,
do papel que deve ser reservado aos velhos em uma sociedade tecnológica, da
necessidade de garantir-lhes todos os direitos fundamentais inerentes à condição humana,
destacando-se a necessidade de desenvolver esforços para que tenham autonomia o
máximo de tempo possível, do enfrentamento de todas as formas de violência, por meio
da construção de uma rede de proteção e defesa dos direitos desse contingente
populacional.
Em “ Pelo contrário, demandam mais direitos para que possam usufruir plenamente o
direito à liberdade em todos os aspectos, patrimônio do qual nenhum ser humano pode
abdicar.” , a palavra em destaque se refere
a) aos bens materiais que as pessoas conquistaram e aos quais têm o direito de usufruir
na velhice.
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
DIREITO DO IDOSO
Ora, se um contingente tão grande de pessoas passa a ter uma idade a partir da qual é
caracterizada como idosa, isso significa que direitos específicos desse contingente
populacional precisam ser garantidos.
É preciso destacar que o Estado brasileiro não se preparou para o impacto que o
envelhecimento populacional acarretou nos sistemas previdenciário e de saúde, por
exemplo. Não houve planejamento, de modo que o sistema previdenciário, uma espécie
de seguro para
Portanto, o impacto que as pessoas que acumulam muitos anos provocam na sociedade,
considerando apenas esses dois sistemas, e
É a vitória da vida.
Sendo, portanto, o envelhecimento a oportunidade de uma vida mais longa, pode ser
traduzido como o próprio direito de existir, na medida em que viver é ter oportunidade de
envelhecer. Ora, se é assim, o envelhecimento é um direito e, mais do que isso, é um direito
fundamental, na medida em que se traduz no direito à vida com dignidade, o que quer
dizer que as pessoas não perdem direitos na medida em que envelhecem. Pelo contrário,
demandam mais direitos para que possam usufruir plenamente o direito à liberdade em
todos os aspectos, patrimônio do qual nenhum ser humano pode abdicar.
Apesar de a expectativa de vida no Brasil vir aumentando ano após ano, ainda não estão
sendo oferecidas condições de vida adequadas para os velhos. O processo de
envelhecimento no país apresenta nuances artificiais, na medida em que as pessoas têm
suas vidas alongadas mais pela universalização da tecnologia médica {notadamente do
sistema de vacinação, que abortou mortes prematuras causadas por doenças endêmicas)
do que propriamente pela experimentação de padrões sociais e econômicos de
excelência, a exemplo dos países desenvolvidos.
Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma, entre os parênteses, a respeito dos
mecanismos de coesão em destaque em cada trecho a seguir.
c) “ [...]. Da mesma forma, o sistema de saúde apresenta uma dinâmica incapaz de atender
às demandas dos idosos [...]” (exprime ideia de causa).
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Rosely Sayão
Pesquisas apontam aumento na taxa de suicídio entre os jovens brasileiros, e o fenômeno
é mundial. Por esse motivo, alguns países têm se preocupado com a depressão em crianças
e jovens. A Academia Americana de Pediatria, por exemplo, recomendou que os médicos
devem sempre procurar sinais dessa doença nos mais novos. Sinal amarelo piscando.
Precisamos pensar com atenção na saúde mental de nossas crianças e de nossos jovens.
Mas parece que nem as famílias e nem as escolas têm essa questão como importante:
ambas são criadoras de muitas causas que podem afetar negativamente a qualidade de
vida emocional de quem elas deveriam cuidar. Vamos levantar alguns pontos que podem
provocar pressão em demasia, ansiedade e medos de fracasso nas crianças e nos jovens.
Primeiramente, a pressão sobre a vida escolar. Nunca, nunca antes tivemos famílias e
escolas tão empenhadas em fazer com que filhos e alunos tenham alta performance
escolar, o que significa, é claro, boas notas, aprovação com destaque em exames e provas
etc. Mas por quê?
Uau! Se para um adulto essa mistura já pode ser explosiva para a sanidade mental, imagine,
caro leitor, para crianças e adolescentes! E o que podemos fazer? Muita coisa! Deixar de
confundir cobrança com pressão já pode ser um grande passo. Nossos filhos e alunos
precisam ser cobrados a levar sempre adiante sua vida escolar. Mas precisamos ser mais
compreensivos quando eles não conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir
para aprender, em vez de pressioná-los mais ainda.
As famílias podem e devem também ensinar os filhos a lidar com suas emoções. Sabe
quando uma criança pequena pega algum objeto de vidro e os pais o ensinam a tomar
cuidado porque é frágil e ela pode quebrar, mesmo sem querer? Podemos fazer a mesma
coisa com os sentimentos que ela experimenta. Posso ilustrar isso que acabei de dizer com
o seguinte exemplo: quando uma criança manifesta raiva, devemos ensiná-la que essa
emoção e suas manifestações podem machucá-la e também os outros.
E a escola precisa se dar conta de que o ambiente escolar pode ser – e em geral é –
neurotizante para muitas crianças! E não é por falta de conhecimento que não mudamos
esse panorama.
Vamos cuidar da saúde mental de nossas crianças e jovens tanto quanto cuidamos de sua
saúde física!
No seguinte trecho do texto: “Mas precisamos ser mais compreensivos quando eles não
conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir para aprender, em vez de
pressioná-los mais ainda”, os elementos destacados retomam quais palavras anteriormente
expressas?
a) Filhos e alunos.
b) Pais e filhos.
c) Adultos e alunos.
d) Adolescentes e pais.
e) Pais e professores.
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
A felicidade é deprimente
Contardo Calligaris
Em 1859, Baudelaire escrevia à sua mãe: “O que sinto é um imenso desânimo, uma sensação
de isolamento insuportável, o medo constante de um vago infortúnio, uma desconfiança
completa de minhas próprias forças, uma ausência total de desejos, uma impossibilidade
de encontrar uma diversão qualquer”.
Agora, Baudelaire poderia procurar alívio nas drogas, mas ele e seus contemporâneos não
teriam trocado sua infelicidade pelo sorriso estereotipado das nossas fotos das férias. Para
um romântico, a felicidade contente era quase sempre a marca de um espírito simplório e
desinteressante.
Enfim, diferente dos românticos, o deprimido contemporâneo não curte sua fossa: ao
contrário, ele quer se desfazer desse afeto, que não lhe parece ter um grande charme.
Alguns suspeitam que a depressão contemporânea seja uma invenção. Uma vez achado
um remédio possível, sempre é preciso propagandear o transtorno que o tal remédio
poderia curar. Nessa ótica, a depressão é um mercado maravilhoso, pois o transtorno é
fácil de ser confundido com estados de espírito muito comuns: a simples tristeza, o
sentimento de inadequação, um luto que dura um pouco mais do que desejaríamos etc.
Numa das pesquisas, eles induziram a valorização da felicidade: manipularam uma das
amostras propondo a leitura de um falso artigo de jornal anunciando que a felicidade cura
o câncer, faz viver mais tempo, aumenta a potência sexual – em suma, todas as trivialidades
nunca comprovadas, mas que povoam as páginas da grande imprensa.
Depois disso, diante de boas notícias, as mulheres que tinham lido o artigo ficaram bem
menos felizes do que as que não tinham sido induzidas a valorizar especialmente a
felicidade.
Mais recentemente, duas pesquisas foram muito além e mostraram que a valorização da
felicidade pode ser causa de verdadeiros transtornos. A primeira, de B. Q. Ford e outros,
no “Journal of Social and Clinical Psychology”, descobriu que a procura desesperada da
felicidade constitui um fator de risco para sintomas e diagnósticos de depressão.
A pesquisa conclui que o valor cultural atribuído à felicidade leva a consequências sérias
em saúde mental. Uma grande valorização da felicidade, no contexto do Ocidente, é um
componente da depressão. E uma intervenção cognitiva que diminua o valor atribuído à
felicidade poderia melhorar o desfecho de uma depressão. Ou seja, o que escrevo
regularmente contra o ideal de felicidade talvez melhore o humor de alguém. Fico feliz.
Enfim, em 2015, uma pesquisa de Ford, Mauss e Gruber, em “Emotion”, mostra que a
valorização da felicidade é relacionada ao risco e ao diagnóstico de transtorno bipolar.
Conclusão: cuidado, nossos ideais emocionais (tipo: o ideal de sermos felizes) têm uma
função crítica na nossa saúde mental.
Como escreveu o grande John Stuart Mill, em 1873: Só são felizes os que perseguem outra
coisa do que sua própria felicidade.
a) Época.
b) Felicidade.
c) Depressão.
d) Mãe.
e) Tristeza.
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Estudos da medicina apontam que a música clássica tem efeito significativo sobre o
sistema cardiovascular e influencia diretamente os batimentos cardíacos e pressão arterial.
Ela provoca uma redução nos marcadores neuro-hormonais de estresse, o que resulta em
uma sensação de relaxamento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), originada da dissertação de mestrado da cirurgiã-dentista Marcela de Oliveira
Brant (CRO 42733), concluiu que o método é eficaz na diminuição dos níveis de ansiedade
de crianças durante o atendimento em consultórios odontológicos.
A pesquisa foi um ensaio clínico realizado nas cidades mineiras de Brumadinho e Confins
entre agosto de 2014 e abril de 2015. A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a
seis anos para participar do estudo, foi feita nas escolas públicas desses municípios.
“Precisávamos de 35 crianças nessa faixa etária e que não tivessem experiência com o
dentista”, explica Marcela. Para chegar a esse número, a odontopediatra conta que foram
enviadas 313 cartas-convite aos pais dos pequenos. “Eu era a única dentista que
selecionava, avaliava e realizava o atendimento”, acrescenta. No final, o estudo contava
com 34 crianças que cumpriram todos os procedimentos.
Os critérios para inclusão na pesquisa foram que os pacientes não tivessem experiência
odontológica prévia e que apresentassem, no mínimo, dois dentes molares de leite com
lesões cariosas em superfície oclusal (ou seja, a parte de cima dos dentes), em que fosse
possível utilizar o Tratamento Restaurador Atraumático Modificado (ARTm). A técnica
consiste em uma restauração de intervenção mínima, sem o uso de anestesia local. Durante
a realização do estudo, as crianças foram divididas em dois grupos, ambos submetidos à
ARTm com e sem utilização de música.
Para os atendimentos com música, os pacientes utilizaram fones de ouvidos, acoplados a
um iPod que reproduzia a Sinfonia 40 em sol menor, de Wolfgang Amadeus Mozart. “Trata-
se de uma canção instrumental lenta e relaxante, já testada em estudos anteriores da
medicina. O volume foi ajustado de maneira que as crianças pudessem ouvir a música de
forma clara, assim como as minhas instruções”, informa Marcela. Os níveis de ansiedade
foram mensurados através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação
de oxigênio, com o uso de um oxímetro de pulso, colocado no dedo indicador da criança
ao início da consulta odontológica.
Ao fim da coleta dos dados, os resultados foram analisados. “Vimos estatisticamente que
durante a intervenção com música as crianças apresentaram redução nos níveis de
frequência cardíaca quando comparado com a intervenção sem música”, comenta
Marcela. Essa estratégia de distração, segundo a odontopediatra, pode se apresentar
como uma prática possível de reduzir a ansiedade do paciente na cadeira odontológica.
“Ela é uma técnica segura, de simples execução, com baixo custo financeiro e que não
apresenta efeitos nocivos.” Outro fator importante é que a música pode auxiliar a dispersar
a atenção da criança quanto aos ruídos que existem dentro do consultório, como o
“motorzinho” ou o barulho do sugador.
[...] O tema do mestrado de Marcela surgiu do desejo de oferecer melhor atendimento aos
pacientes infantis. “Sabemos hoje que 39% a 43% das crianças, de quatro a 12 anos, no
Brasil, apresentam sentimentos de ansiedade frente a um tratamento odontológico. Busco
com esta pesquisa mostrar como é importante eliminar ou reduzir esse problema”, diz.
[...].
b) Em “Para chegar a esse número, a odontopediatra conta que foram enviadas 313 cartas-
convite aos pais dos pequenos,”, a primeira expressão destacada refere-se ao número de
crianças selecionadas para participar da pesquisa. A segunda, por sua vez, refere-se a todas
as crianças das cidades nas quais ocorreu a pesquisa.
c) Em “A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a seis anos para participar do
estudo, foi feita nas escolas públicas desses municípios.”, o primeiro termo destacado foi
utilizado para evitar a repetição da palavra “crianças”, enquanto a expressão “desses
municípios” faz menção aos municípios de Confins e Brumadinho, nos quais a pesquisa foi
realizada.
d) Em “‘Busco com esta pesquisa mostrar como é importante eliminar ou reduzir esse
problema’, diz.”, a expressão em destaque faz menção à falta de atendimento
odontológico em Minas.
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Novo fôlego
Bernardo Esteves
1.° A disseminação das redes sociais e dos tablets tem ajudado a dar popularidade na
internet a um gênero jornalístico que se consagrou no meio impresso: a grande
reportagem. Estimulados pelo sucesso do formato, dois jornalistas britânicos resolveram
lançar uma revista dedicada a textos de fôlego sobre grandes questões de ciência e
tecnologia.
2.° A nova onda de popularidade das grandes reportagens se explica em parte pela
facilidade de leitura nos dispositivos móveis. Textos longos que não se deixam ler com
facilidade no computador agora podem ser salvos para serem lidos depois, com a ajuda de
aplicativos como o Read it Later. Assim, podem ser apreciados nas circunstâncias de
preferência do leitor – na cama, em sua poltrona favorita, numa viagem de avião.
3.° O jornalista Lewis Dvorkin atribui o interesse crescente pelos textos de fôlego ao
declínio dos grandes portais, que aconteceu em paralelo à ascensão das redes sociais.
“Agora, as notícias digitais estão nas mãos de cada um, e não de uma elite restrita”,
escreveu ele no site na Forbes. “O desenvolvimento de novas plataformas digitais e a
fragmentação da audiência formam uma combinação que está mudando dramaticamente
a natureza do conteúdo que está sendo distribuído através da web social.”
6.° A lacuna será preenchida pela revista Matter (‘Matéria’, em tradução imperfeita), cujo
lançamento foi anunciado no fim de fevereiro. Seus fundadores são os jornalistas Jim Giles,
com passagem pelas revistas Nature, The Atlantic, The Economist e New Scientist, e
Bobbie Johnson, ex-repórter do Guardian e colaborador de várias outras publicações.
8.° Matter será uma revista eletrônica com versões para web e dispositivos móveis Apple e
Android. O conteúdo será pago – provavelmente 99 centavos de dólar por matéria,
segundo a previsão dos editores (“fazer bom jornalismo não é barato”, justificaram-se).
9.° Eles aproveitaram para passar o chapéu junto aos leitores. E o resultado do
crowdfunding foi surpreendente: em uma semana, conseguiram cerca de 85 mil dólares de
quase 1.200 doadores, que investiram cotas que iam de 10 a 3 mil dólares. Os leitores que
contribuíram com pelo menos 25 dólares poderão ajudar a pautar a publicação; quem deu
mil dólares será considerado editor convidado e poderá participar da formatação de
matérias desde o esboço da pauta.
10.° Se os editores honrarem suas promessas, Matter será uma experiência única no
jornalismo de ciência. Boa sorte a eles na empreitada.
Assinale a expressão (em destaque no texto) que NÃO foi empregada para retomar algo já
mencionado. Para responder, você tem de reler o texto.
a) “a grande reportagem”
b) “dispositivos móveis”
c) “o tema”
d) “A lacuna”
e) “na empreitada”
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
TEXTO 1
“Hei de vencer. Hei de vencer. Hei de vencer” – como o mantra da autoajuda pode te
derrotar
Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um
objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso. Se conseguirmos nos ver no alto do
pódio, ou na cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, essas metas são alcançadas,
já que o cérebro se convence do seu sucesso de antemão. Uma versão sofisticada do velho
mantra “Hei de vencer”. Muito interessante. Pena que não funciona.
Quando pesquisadores resolveram testar a ideia perceberam que tais técnicas não eram
apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que “visualizavam” boas notas acreditavam
mesmo que iriam bem nas provas, e por isso mesmo deixavam de estudar. Resultado?
Bomba! Pessoas em dieta que se imaginavam resistindo bravamente aos alimentos
calóricos caíam mais nas tentações do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a
carne é fraca.
Mas nem tudo está perdido. Existem sim técnicas motivacionais que podem nos levar a
melhorar nossa performance. O segredo é o foco. Vale recitar mantra ou tentar a
visualização, mas em vez de se voltar para o resultado final, é importante pensar no
processo. Um estudo on-line com mais de quarenta mil pessoas testou diferentes
abordagens. O desafio era um jogo de atenção e velocidade, no qual tinham que clicar nos
números de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na sequência correta. Para aumentar
a pressão, o jogo era contra um oponente (na verdade, um software, mas os voluntários
não sabiam disso). Diversas intervenções foram testadas, mas as que melhoraram o
desempenho dos jogadores foram as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si
mesmos) não o resultado, mas os processos ou os outcomes (que em inglês mais do que
resultado, traz a noção de consequência, desenlac
Certo
Errado
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Texto 1
Projeto de Lei que regulamenta o uso sustentável das florestas públicas brasileiras e cria
Objetivos:
• regulamentar a gestão de florestas em áreas públicas(domínio da União, dos Estados e
dos Municípios);
• criar o Serviço Florestal Brasileiro como órgão regulador da gestão das florestas públicas
e promotor do desenvolvimento florestal sustentável no Brasil;
O Projeto de Lei define três formas de gestão das florestas públicas para produção
sustentável:
Texto 2
Carolina Rangel
da Folha de São Paulo
Sancionada há um ano e 15 dias, a Lei de Gestão de Florestas ainda não saiu do papel. (...)
Organizações ambientais que apóiam a lei reclamam da lentidão da sua aplicação. Citam
a falta de fiscalização e a incompatibilidade entre os projetos de assentamento do Incra
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.) com as propostas de ocupação do
Ministério do Meio Ambiente para áreas na Amazônia. (...)
A demora na regulamentação, segundo Tasso Azevedo, diretor-geral do SFB (Serviço
Florestal Brasileiro), órgão criado pela lei, deve-se à prioridade do governo na aprovação
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e à complexidade da regulamentação.
(...)
Para Azevedo, a falta de Orçamento próprio em 2006 não colaborou com a lentidão da
regulamentação. No ano passado, o Serviço Florestal operava com recursos do Programa
Nacional de Florestas. A previsão para 2007, segundo Azevedo, é de R$ 25 milhões, sendo
R$ 15 milhões do Tesouro Nacional e R$ 10 milhões de arrecadação com os planos de
manejo.
Não só os atrasos na execução da lei preocupam as ONGs. André Lima, do ISA (Instituto
Socioambiental), afirma que esperava uma regulamentação demorada, já que a
implementação da lei exigia uma série de consultas às entidades. "[Mas] não deixa de ser
um contra-senso, já que a lei foi aprovada em caráter de urgência". (...)
Não somos contra a reforma agrária, mas só pode fazer isso com um jogo de comunicação.
Como você vai oferecer a concessão de uma área ao mesmo tempo em que o Incra está
com um projeto de assentamento? Aí você tem uma situação grave, que ocorreu também
nos anos 70, quando dois terços da reforma agrária eram feitos na Amazônia para suplantar
os problemas sociais do Brasil".
Tasso Azevedo diz que está caminhando para a convergência de ações entre o Incra e o
Ibama. Mas é taxativo: "Caso não aconteça, inviabiliza o programa de gestão de florestas".
Críticas à lei
(...) O geógrafo Aziz Ab´Sáber é contrário à lei. "Alugar uma floresta biodiversa? Se o
governo não sabe como explorar a floresta de maneira sustentável, como os vencedores
das licitações saberão?".
Azevedo rebate as acusações de que a lei seria uma forma de privatizar florestas. "A lei é o
oposto disso. O processo que tinha era o reconhecimento de posse. Você titula a terra e
ela é privatizada. O que essa lei fez definir as florestas como um patrimônio público. Ela
prevê que a floresta pode ser utilizada para gerar bens e serviços".
Texto adaptado de http://www.cultiva.org.br/textopdf/resumo_pl_gestao_florestas.pdf.
Acesso em 20/03/2007.
Texto 3
Da floresta ao deserto
Na última terça-feira, o jornal americano The New York Times escreveu em editorial: “A
Amazônia parece imune à lei, especialmente em um país em que não há polícia suficiente
para fazer valer as regras, onde o crescimento econômico parece ser mais importante do
que qualquer outra coisa e onde poderosos políticos locais parecem ter mais influência
que o governo nacional”.
a) Amazônia.
b) país.
c) crescimento econômico.
d) regras.
e) polícia suficiente.
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Os autores, ligados a institutos de pesquisa sobre o câncer nos Estados Unidos, sugerem
que uma substância presente nesses vegetais, conhecida como isotiocianato de alila -
composto responsável pelo sabor forte desses vegetais -, pode ajudar no combate ao
câncer de bexiga. Durante o estudo, feito em ratos, os cientistas notaram que o avanço da
doença foi interrompido em 30% dos casos e a contaminação de outros órgãos por células
cancerígenas (metástase) foi completamente impedida em todas as cobaias.
Plantas normalmente utilizam o isotiocianato de alila como uma arma para combater
ameaças como insetos herbívoros. Na pesquisa, os ratos foram alimentados com pó de
semente de mostarda. O tratamento durou três semanas. Os roedores com a dieta especial
foram comparados com um grupo controle - que não recebeu nenhuma comida especial
para combater o câncer.
Apesar do trabalho não ser conclusivo sobre a aplicação direta dos benefícios da
mostarda em humanos, os pesquisadores acreditam que outras pesquisas podem surgir
para provar o benefício dos vegetais no combate ao câncer.
Já o câncer de bexiga pode gerar a contaminação de outros órgãos em até 30% dos casos
em humanos. Após as células cancerígenas se espalharem, o paciente normalmente
precisa de um tratamento agressivo e, em alguns casos, remover a bexiga, com chances
pequenas de sobrevivência.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
Assinale a alternativa cuja expressão entre parênteses NÃO retoma no texto outra
expressão já mencionada. Para tanto, você deve ler o texto novamente.
a) “...os cientistas notaram que o avanço da doença foi interrompido em 30% dos casos...”
(retoma câncer de bexiga)
e) “...utilizam o isotiocianato de alila como uma arma para combater ameaças...” (retoma
câncer de bexiga)
Questão 268: AOCP - Ana Fun (CODEM)/CODEM/Advogado/2017
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos,
pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil
universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet,
têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo
o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir
seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento indiferente acaba
sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há
pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda.
Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da
Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos no
Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narcisista tende
a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que
tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos,
como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o
contrário.
“Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo
menos uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso
tempo, e tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das
pessoas o adora”. Nesse segmento do texto, o termo ou expressão em destaque que se
refere a um outro termo anterior, estabelecendo a coesão textual, é
a) “Internet”.
b) “o Facebook”.
c) “o meio de comunicação”.
d) “o nosso tempo”.
Interpretação de Textos
Questão 269: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Arquitetura, Urbanismo e
Engenharia/Arquitetura/2014
Qualidade na educação: o DNA das escolas Segredo de uma rede de qualidade não é
padronizar, mas atender fatores distintos – pois algumas escolas têm mais problemas e
desafios do que outras
Sabemos como fazer uma escola de qualidade, uma escola boa. Há inclusive escolas
públicas assim no Brasil, algumas centenas delas, ou talvez poucos milhares. São escolas
de prestígio, de alto padrão, onde o ensino é de qualidade, os alunos estudam e aprendem
e os resultados são elevados. São escolas militares, colégios de aplicação e unidades
estaduais ou municipais aqui e ali que possuem as mesmas características. Mas essas
escolas são poucas – uma pequena fração entre as mais de 120.000 unidades urbanas de
ensino fundamental.
Nunca aprendemos a fazer aquilo que os países desenvolvidos sempre fizeram: manter um
padrão. E quando o nível cai, há mecanismos para trazer a escola de volta. Resultado:
embora sejam obrigados a matricular seus filhos na escola do bairro, os pais sabem que o
ensino oferecido ali é semelhante ao proporcionado por unidades de outros bairros. E
sabem que se seus filhos se esforçarem também obterão bons resultados.
As estatísticas produzidas pela OCDE ilustram esse fenômeno de maneira muito clara. Nos
países desenvolvidos, a diferença da média das notas das escolas é relativamente pequena
– raramente ultrapassa os 30%. Essa diferença é enorme no Brasil.
Manter uma rede de escolas de padrão não significa que todas as unidades são idênticas,
que recebem os mesmos recursos, que são 100% padronizadas. Ao contrário, para ter
resultados semelhantes, as escolas precisam de recursos distintos – pois algumas têm mais
problemas e desafios do que outras. Para promover a igualdade é necessário tratar
desigualmente os desiguais. Escolas que caem no desempenho recebem ajuda extra;
escolas com maior número de alunos com dificuldade de aprendizado recebem mais e
melhores recursos, e assim por diante.
A exemplo do fator que nos faz semelhantes como seres humanos, há uma DNA a tornar
parecido o desempenho das escolas. O segredo de uma rede de qualidade está na maneira
como se forma o DNA da escola, os fatores que asseguram que todas as unidades da rede
possam funcionar e atingir níveis de desempenho semelhantes.
O que torna uma rede de escolas boa não é muito diferente do que torna uma escola boa.
Mas criar uma rede boa é muito diferente de criar uma escola boa.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/qualidade-na-educacao- o-dna-
das-escolas
c) há uma divergência entre o Brasil e os demais países do mundo, pois em nosso país os
pais não costumam matricular seus filhos em escolas próximas a seus lares.
d) o Brasil sofre com a educação por não saber fazer escolas de qualidade.
e) para que seja mantida uma rede de escolas de padrão, é necessário manter uma
uniformidade na distribuição de recursos voltados às escolas.
Questão 270: Instituto AOCP - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Arquitetura, Urbanismo e
Engenharia/Arquitetura/2014
Qualidade na educação: o DNA das escolas Segredo de uma rede de qualidade não é
padronizar, mas atender fatores distintos – pois algumas escolas têm mais problemas e
desafios do que outras
[...] A exemplo do que ocorre no Brasil, na maioria dos países desenvolvidos os pais
matriculam seus filhos na escola púbica mais próxima de sua casa. A grande diferença é
que, na maior parte das nações, as escolas de diferentes bairros são semelhantes: elas se
parecem muito entre si, no que fazem e nos resultados. No Brasil as escolas se parecem
mais com os bairros onde estão localizadas. Elas têm, portanto, a cara do bairro.
Sabemos como fazer uma escola de qualidade, uma escola boa. Há inclusive escolas
públicas assim no Brasil, algumas centenas delas, ou talvez poucos milhares. São escolas
de prestígio, de alto padrão, onde o ensino é de qualidade, os alunos estudam e aprendem
e os resultados são elevados. São escolas militares, colégios de aplicação e unidades
estaduais ou municipais aqui e ali que possuem as mesmas características. Mas essas
escolas são poucas – uma pequena fração entre as mais de 120.000 unidades urbanas de
ensino fundamental.
Nunca aprendemos a fazer aquilo que os países desenvolvidos sempre fizeram: manter um
padrão. E quando o nível cai, há mecanismos para trazer a escola de volta. Resultado:
embora sejam obrigados a matricular seus filhos na escola do bairro, os pais sabem que o
ensino oferecido ali é semelhante ao proporcionado por unidades de outros bairros. E
sabem que se seus filhos se esforçarem também obterão bons resultados.
As estatísticas produzidas pela OCDE ilustram esse fenômeno de maneira muito clara. Nos
países desenvolvidos, a diferença da média das notas das escolas é relativamente pequena
– raramente ultrapassa os 30%. Essa diferença é enorme no Brasil.
Manter uma rede de escolas de padrão não significa que todas as unidades são idênticas,
que recebem os mesmos recursos, que são 100% padronizadas. Ao contrário, para ter
resultados semelhantes, as escolas precisam de recursos distintos – pois algumas têm mais
problemas e desafios do que outras. Para promover a igualdade é necessário tratar
desigualmente os desiguais. Escolas que caem no desempenho recebem ajuda extra;
escolas com maior número de alunos com dificuldade de aprendizado recebem mais e
melhores recursos, e assim por diante.
A exemplo do fator que nos faz semelhantes como seres humanos, há uma DNA a tornar
parecido o desempenho das escolas. O segredo de uma rede de qualidade está na maneira
como se forma o DNA da escola, os fatores que asseguram que todas as unidades da rede
possam funcionar e atingir níveis de desempenho semelhantes.
O que torna uma rede de escolas boa não é muito diferente do que torna uma escola boa.
Mas criar uma rede boa é muito diferente de criar uma escola boa.
c) a escolas de prestígio.
d) a escolas de alto padrão.
O que acontece quando se divide a casa com quem não cumpre suas tarefas domésticas
Quem mora ou já morou em república sabe que, ainda que você e seus companheiros de
casa se gostem, a coisa não é sempre uma maravilha. Na verdade, pode ser meio infernal
às vezes. E isso se deve, em grande parte, a diferenças na forma como cada um encara o
trabalho doméstico. Quer ver uma receita infalível para brigas? Você, neurótico por
limpeza, resolve morar com alguém que costuma deixar um rastro de farelos por onde
passa e largar pratos e embalagens sujos em cima da pia por dias.
Essa diferença de limites do que é aceitável ou não na convivência diária foi objeto de
estudo dos pesquisadores Sarah Riforgiate, da Universidade Estadual do Kansas, e Jess
Alberts e Paul Mongeau, da Universidade Estadual do Arizona. Diferente do que se possa
imaginar, não foi nenhuma experiência pessoal que os inspirou: tudo começou depois de
Alberts ler um estudo dizendo que abelhas e formigas têm diferentes níveis de tolerância
para as tarefas não concluídas. Sim, até elas. Se abelhas com níveis muito díspares são
colocadas juntas, a mais perturbada com o baixo nível de mel produzido acaba trabalhando
mais – muitas vezes, até a morte. Isso fez com que se perguntassem se os humanos
apresentam um comportamento parecido (claro, nada que chegue perto de precisar
esfregar o chão do banheiro até morrer, esperamos).
Então, os pesquisadores analisaram pares de pessoas do mesmo sexo com idades entre 19
e 20 anos que dividiam apartamentos ou quartos. A conclusão foi que, de fato, essas
diferenças realmente são prejudiciais para os relacionamentos e resultam em menor
satisfação na amizade e maior propensão a conflitos. Nenhuma surpresa até aí. Mas olha
só as outras implicações:
O que fazer para evitar problemas, então? Segundo os autores, conversar muito –
especialmente antes de se mudar – para identificar possíveis diferenças na forma de
encarar as responsabilidades e estabelecer uma divisão de tarefas.
Além disso, Riforgiate destaca que uma falha em completar uma tarefa específica nem
sempre é pura preguiça ou falta de consideração. Pode ser que ela apenas não tenha
percebido ainda que isso é um problema para o outro. “Nós realmente damos atributos
negativos para as pessoas com quem vivemos – sejam companheiros de quarto ou
parceiros românticos – que não são úteis para a nossa relação e que podem, na verdade,
não ter nada a ver com a realidade”, diz Riforgiate.
a) A convivência entre as pessoas que moram em uma mesma casa é sempre uma
maravilha, pois não existe solidão.
b) As diferenças na maneira como o outro encara as tarefas rotineiras não interfere nos
relacionamentos no que diz respeito à satisfação na amizade, pois a satisfação está
relacionada a empatia que o outro desperta.
c) O trabalho doméstico e a maneira como cada um o encara pode ser um dos principais
causadores da desarmonia entre as pessoas que dividem o mesmo teto.
d) A fonte de inspiração para o desenvolvimento das pesquisas a respeito dos fatores que
interferem na convivência diária foi a experiência particular dos estudiosos.
e) Estudos indicam que diferentes tipos de insetos têm os mesmos níveis de tolerância
para as tarefas não concluídas.
Questão 272: Instituto AOCP - ATA (MPE BA)/MPE BA/2014
O que acontece quando se divide a casa com quem não cumpre suas tarefas domésticas
Quem mora ou já morou em república sabe que, ainda que você e seus companheiros de
casa se gostem, a coisa não é sempre uma maravilha. Na verdade, pode ser meio infernal
às vezes. E isso se deve, em grande parte, a diferenças na forma como cada um encara o
trabalho doméstico. Quer ver uma receita infalível para brigas? Você, neurótico por
limpeza, resolve morar com alguém que costuma deixar um rastro de farelos por onde
passa e largar pratos e embalagens sujos em cima da pia por dias.
Essa diferença de limites do que é aceitável ou não na convivência diária foi objeto de
estudo dos pesquisadores Sarah Riforgiate, da Universidade Estadual do Kansas, e Jess
Alberts e Paul Mongeau, da Universidade Estadual do Arizona. Diferente do que se possa
imaginar, não foi nenhuma experiência pessoal que os inspirou: tudo começou depois de
Alberts ler um estudo dizendo que abelhas e formigas têm diferentes níveis de tolerância
para as tarefas não concluídas. Sim, até elas. Se abelhas com níveis muito díspares são
colocadas juntas, a mais perturbada com o baixo nível de mel produzido acaba trabalhando
mais – muitas vezes, até a morte. Isso fez com que se perguntassem se os humanos
apresentam um comportamento parecido (claro, nada que chegue perto de precisar
esfregar o chão do banheiro até morrer, esperamos).
Então, os pesquisadores analisaram pares de pessoas do mesmo sexo com idades entre 19
e 20 anos que dividiam apartamentos ou quartos. A conclusão foi que, de fato, essas
diferenças realmente são prejudiciais para os relacionamentos e resultam em menor
satisfação na amizade e maior propensão a conflitos. Nenhuma surpresa até aí. Mas olha
só as outras implicações:
O que fazer para evitar problemas, então? Segundo os autores, conversar muito –
especialmente antes de se mudar – para identificar possíveis diferenças na forma de
encarar as responsabilidades e estabelecer uma divisão de tarefas.
Além disso, Riforgiate destaca que uma falha em completar uma tarefa específica nem
sempre é pura preguiça ou falta de consideração. Pode ser que ela apenas não tenha
percebido ainda que isso é um problema para o outro. “Nós realmente damos atributos
negativos para as pessoas com quem vivemos – sejam companheiros de quarto ou
parceiros românticos – que não são úteis para a nossa relação e que podem, na verdade,
não ter nada a ver com a realidade”, diz Riforgiate.
a) quanto mais diferentes as pessoas são no cumprimento de suas funções, mais afinidades
elas apresentam.
e) na convivência entre um casal, o não reconhecimento dos sacrifícios alheio por um dos
cônjuges não interfere na relação.
DIREITO DO IDOSO
Ora, se um contingente tão grande de pessoas passa a ter uma idade a partir da qual é
caracterizada como idosa, isso significa que direitos específicos desse contingente
populacional precisam ser garantidos.
É preciso destacar que o Estado brasileiro não se preparou para o impacto que o
envelhecimento populacional acarretou nos sistemas previdenciário e de saúde, por
exemplo. Não houve planejamento, de modo que o sistema previdenciário, uma espécie
de seguro para
Portanto, o impacto que as pessoas que acumulam muitos anos provocam na sociedade,
considerando apenas esses dois sistemas, e
Sendo, portanto, o envelhecimento a oportunidade de uma vida mais longa, pode ser
traduzido como o próprio direito de existir, na medida em que viver é ter oportunidade de
envelhecer. Ora, se é assim, o envelhecimento é um direito e, mais do que isso, é um direito
fundamental, na medida em que se traduz no direito à vida com dignidade, o que quer
dizer que as pessoas não perdem direitos na medida em que envelhecem. Pelo contrário,
demandam mais direitos para que possam usufruir plenamente o direito à liberdade em
todos os aspectos, patrimônio do qual nenhum ser humano pode abdicar.
Apesar de a expectativa de vida no Brasil vir aumentando ano após ano, ainda não estão
sendo oferecidas condições de vida adequadas para os velhos. O processo de
envelhecimento no país apresenta nuances artificiais, na medida em que as pessoas têm
suas vidas alongadas mais pela universalização da tecnologia médica {notadamente do
sistema de vacinação, que abortou mortes prematuras causadas por doenças endêmicas)
do que propriamente pela experimentação de padrões sociais e econômicos de
excelência, a exemplo dos países desenvolvidos.
Sendo assim, a garantia dos direitos dos idosos no Brasil depende de uma profunda
compreensão das causas e conseqüências do processo de envelhecimento populacional,
do papel que deve ser reservado aos velhos em uma sociedade tecnológica, da
necessidade de garantir-lhes todos os direitos fundamentais inerentes à condição humana,
destacando-se a necessidade de desenvolver esforços para que tenham autonomia o
máximo de tempo possível, do enfrentamento de todas as formas de violência, por meio
da construção de uma rede de proteção e defesa dos direitos desse contingente
populacional.
Desde o último domingo a cidade de São Paulo está mandando para aterros em outros
municípios as 13 mil toneladas diárias de lixo domiciliar e comercial que produz, pois se
esgotou a capacidade de seu último aterro em funcionamento e ainda não está licenciada
a área adicional de 435 mil metros quadrados para onde se pretende expandir o São João
(Estado, 2/10).
Mais de uma vez já foram mencionados neste espaço maus exemplos que o autor destas
linhas documentou em Nova York (EUA.) e Toronto (Canadá). Na primeira, deixou-se
esgotar o aterro para onde iam 12 mil toneladas diárias de resíduos. E a solução foi
transportá-las diariamente em caminhões para mais de 500 quilômetros de distância, no
Estado da Virginia, e depositá-las num aterro privado, ao custo de US$ 720 mil por dia (US$
30 por tonelada para o transporte, outro tanto para pagar o aterro). Em Toronto também
se esgotou o aterro para onde iam 3 mil toneladas diárias. E se teve de implantar um
comboio ferroviário para levá-las a 800 quilômetros de distância. São apenas dois de
muitos exemplos. No Brasil mesmo, Belo Horizonte já está mandando lixo para dezenas de
quilômetros de distância. O Rio de Janeiro tem de exportá-lo para a Baixada Fluminense.
Curitiba esgotou o seu aterro, como muitas outras capitais.
Mas há boas notícias também. Uma delas foi anunciada pelo próprio ministro do Meio
Ambiente: vai criar um programa de remuneração para os catadores de lixo no Brasil, que
já são cerca de 1 milhão. É graças aos catadores que não temos uma situação ainda mais
grave no País, já que são eles que encaminham para a reciclagem em empresas (em usinas
públicas a porcentagem é insignificante) cerca de um terço do papel e papelão
descartado, uns 20% do vidro, talvez outro tanto de plásticos e a quase totalidade das latas
de bebidas.
Mas é preciso avançar mais: implantar coleta seletiva em toda parte, encarregar
cooperativas de reciclagem de recolher os resíduos já separados, construir usinas de
triagem operadas e administradas por elas, onde se pode reciclar cerca de 80% do lixo
recolhido - transformando todo o lixo orgânico em composto para uso na jardinagem,
contenção de encostas, etc.; todo o papel e papelão, em telhas revestidas de betume,
capazes de substituir as de amianto com muitas vantagens; transformando todo o plástico
PVC em pellets (para serem utilizados como matéria-prima) ou em mangueiras pretas;
moendo o vidro e vendendo-o a recicladoras, assim como latas de alumínio e outros
metais. Por esses caminhos se consegue reduzir para 20% o lixo destinado ao aterro.
Gerando trabalho e renda para um contingente hoje sem nenhuma proteção.
Outra boa notícia (Estado, 2/10) é a de que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de
São Paulo e a Cetesb concluíram a vistoria dos últimos 48 lixões em território paulista. Para
18 deles já há soluções apresentadas pelas prefeituras. Outros 22 apresentarão suas
soluções ainda este mês e 7 já estão em processo de interdição; 13 lixões foram fechados
nos últimos dois anos. É uma contribuição importante, já que quase metade do lixo
domiciliar e comercial no País continua indo para lixões a céu aberto.
Não será fácil equacionar a questão. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), implantar um aterro capaz de receber
2 mil toneladas diárias de resíduos custa em média R$ 525,8 milhões; de médio porte, para
800 toneladas/dia, R$ 236,5 milhões; e de pequeno porte, para 100 toneladas/dia, R$ 52,4
milhões (Estado, 7/9). Quantas prefeituras têm capacidade financeira para esse
investimento, lembrando que a produção média de lixo por pessoa no País já está acima
de um quilo por dia? Não por acaso, o mercado da limpeza urbana, segundo estudo da
Unesp, está em R$ 17 bilhões anuais. Mas não bastasse tanto lixo, ainda importamos desde
janeiro de 2008 mais de 220 mil toneladas de lixo, pagando R$ 257,9 milhões, para ser
reciclado e reutilizado em vários setores industriais (Estado, 26/7).
E há outros problemas. Diz, por exemplo, o noticiário deste jornal (16/8) que a Cetesb
identificou 19 áreas contaminadas por lixo tóxico só no Bairro da Mooca, que ocupam 300
mil metros quadrados - herança de seu passado industrial. Será preciso descontaminar
essas áreas, com altos custos. E encontrar depósitos para o lixo perigoso.
Talvez num deles se possa depositar também o altamente perigoso lixo político que está
invadindo nossa vida pública e poderá ter consequências funestas. Pode-se começar
lembrando as declarações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, segundo quem
"forças demoníacas" têm criado obstáculos ao licenciamento ambiental da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (Estado, 30/9). A referência era a ONGs, como o
Conselho Indigenista Missionário, e vários outros movimentos sociais, além do Ministério
Público Federal, que criticam o projeto. Mas atinge também estudos de universidades que
têm demonstrado a precariedade das avaliações sobre consequências ambientais, sociais,
políticas e econômicas daquela usina e pedido novos estudos, inclusive sobre o custo da
implantação, ora estimado em R$ 9 bilhões, ora em R$ 30 bilhões. Sem argumentos, o
ministro prefere demonizar os críticos - um caminho perigoso, porque o passo seguinte
seria exorcizá-los, talvez bani-los da vida pública - ou coisa pior.
Popular, 3/10), que, para explicar a migração de políticos para outros partidos, comparou-
a a "uma relação entre marido e mulher": "Se o dinheiro sai pela porta, a mulher sai pela
janela."
Disponível em <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/washingtonnovaes-
residuos-solidos-aterros-brasil-504843.shtml>. Acesso em 06 mar 2010.
b) o Brasil está importando lixo para reciclá-lo e reutilizá-lo em vários setores industriais.
e) são necessárias mais medidas para que se consiga reduzir o lixo destinado aos aterros.
Desde o último domingo a cidade de São Paulo está mandando para aterros em outros
municípios as 13 mil toneladas diárias de lixo domiciliar e comercial que produz, pois se
esgotou a capacidade de seu último aterro em funcionamento e ainda não está licenciada
a área adicional de 435 mil metros quadrados para onde se pretende expandir o São João
(Estado, 2/10).
Mais de uma vez já foram mencionados neste espaço maus exemplos que o autor destas
linhas documentou em Nova York (EUA.) e Toronto (Canadá). Na primeira, deixou-se
esgotar o aterro para onde iam 12 mil toneladas diárias de resíduos. E a solução foi
transportá-las diariamente em caminhões para mais de 500 quilômetros de distância, no
Estado da Virginia, e depositá-las num aterro privado, ao custo de US$ 720 mil por dia (US$
30 por tonelada para o transporte, outro tanto para pagar o aterro). Em Toronto também
se esgotou o aterro para onde iam 3 mil toneladas diárias. E se teve de implantar um
comboio ferroviário para levá-las a 800 quilômetros de distância. São apenas dois de
muitos exemplos. No Brasil mesmo, Belo Horizonte já está mandando lixo para dezenas de
quilômetros de distância. O Rio de Janeiro tem de exportá-lo para a Baixada Fluminense.
Curitiba esgotou o seu aterro, como muitas outras capitais.
Mas há boas notícias também. Uma delas foi anunciada pelo próprio ministro do Meio
Ambiente: vai criar um programa de remuneração para os catadores de lixo no Brasil, que
já são cerca de 1 milhão. É graças aos catadores que não temos uma situação ainda mais
grave no País, já que são eles que encaminham para a reciclagem em empresas (em usinas
públicas a porcentagem é insignificante) cerca de um terço do papel e papelão
descartado, uns 20% do vidro, talvez outro tanto de plásticos e a quase totalidade das latas
de bebidas.
Mas é preciso avançar mais: implantar coleta seletiva em toda parte, encarregar
cooperativas de reciclagem de recolher os resíduos já separados, construir usinas de
triagem operadas e administradas por elas, onde se pode reciclar cerca de 80% do lixo
recolhido - transformando todo o lixo orgânico em composto para uso na jardinagem,
contenção de encostas, etc.; todo o papel e papelão, em telhas revestidas de betume,
capazes de substituir as de amianto com muitas vantagens; transformando todo o plástico
PVC em pellets (para serem utilizados como matéria-prima) ou em mangueiras pretas;
moendo o vidro e vendendo-o a recicladoras, assim como latas de alumínio e outros
metais. Por esses caminhos se consegue reduzir para 20% o lixo destinado ao aterro.
Gerando trabalho e renda para um contingente hoje sem nenhuma proteção.
Outra boa notícia (Estado, 2/10) é a de que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de
São Paulo e a Cetesb concluíram a vistoria dos últimos 48 lixões em território paulista. Para
18 deles já há soluções apresentadas pelas prefeituras. Outros 22 apresentarão suas
soluções ainda este mês e 7 já estão em processo de interdição; 13 lixões foram fechados
nos últimos dois anos. É uma contribuição importante, já que quase metade do lixo
domiciliar e comercial no País continua indo para lixões a céu aberto.
Não será fácil equacionar a questão. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), implantar um aterro capaz de receber
2 mil toneladas diárias de resíduos custa em média R$ 525,8 milhões; de médio porte, para
800 toneladas/dia, R$ 236,5 milhões; e de pequeno porte, para 100 toneladas/dia, R$ 52,4
milhões (Estado, 7/9). Quantas prefeituras têm capacidade financeira para esse
investimento, lembrando que a produção média de lixo por pessoa no País já está acima
de um quilo por dia? Não por acaso, o mercado da limpeza urbana, segundo estudo da
Unesp, está em R$ 17 bilhões anuais. Mas não bastasse tanto lixo, ainda importamos desde
janeiro de 2008 mais de 220 mil toneladas de lixo, pagando R$ 257,9 milhões, para ser
reciclado e reutilizado em vários setores industriais (Estado, 26/7).
E há outros problemas. Diz, por exemplo, o noticiário deste jornal (16/8) que a Cetesb
identificou 19 áreas contaminadas por lixo tóxico só no Bairro da Mooca, que ocupam 300
mil metros quadrados - herança de seu passado industrial. Será preciso descontaminar
essas áreas, com altos custos. E encontrar depósitos para o lixo perigoso.
Talvez num deles se possa depositar também o altamente perigoso lixo político que está
invadindo nossa vida pública e poderá ter consequências funestas. Pode-se começar
lembrando as declarações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, segundo quem
"forças demoníacas" têm criado obstáculos ao licenciamento ambiental da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (Estado, 30/9). A referência era a ONGs, como o
Conselho Indigenista Missionário, e vários outros movimentos sociais, além do Ministério
Público Federal, que criticam o projeto. Mas atinge também estudos de universidades que
têm demonstrado a precariedade das avaliações sobre consequências ambientais, sociais,
políticas e econômicas daquela usina e pedido novos estudos, inclusive sobre o custo da
implantação, ora estimado em R$ 9 bilhões, ora em R$ 30 bilhões. Sem argumentos, o
ministro prefere demonizar os críticos - um caminho perigoso, porque o passo seguinte
seria exorcizá-los, talvez bani-los da vida pública - ou coisa pior.
Popular, 3/10), que, para explicar a migração de políticos para outros partidos, comparou-
a a "uma relação entre marido e mulher": "Se o dinheiro sai pela porta, a mulher sai pela
janela."
Como se pode avançar na política com tanto lixo?
Disponível em <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/washingtonnovaes-
residuos-solidos-aterros-brasil-504843.shtml>. Acesso em 06 mar 2010.
O autor do texto propõe várias medidas para que o Brasil aprimore o sistema de
reciclagem, EXCETO
d) gerar trabalho e renda para os catadores de lixo, hoje sem nenhuma proteção.
Rosely Sayão
Precisamos pensar com atenção na saúde mental de nossas crianças e de nossos jovens.
Mas parece que nem as famílias e nem as escolas têm essa questão como importante:
ambas são criadoras de muitas causas que podem afetar negativamente a qualidade de
vida emocional de quem elas deveriam cuidar. Vamos levantar alguns pontos que podem
provocar pressão em demasia, ansiedade e medos de fracasso nas crianças e nos jovens.
Primeiramente, a pressão sobre a vida escolar. Nunca, nunca antes tivemos famílias e
escolas tão empenhadas em fazer com que filhos e alunos tenham alta performance
escolar, o que significa, é claro, boas notas, aprovação com destaque em exames e provas
etc. Mas por quê?
Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito
fundamental para um futuro profissional promissor. Posso assegurar-lhe que não é, por
dois motivos bem simples. Primeiro: bom rendimento escolar não significa,
necessariamente, bom aprendizado. Segundo: estamos um pouco atrasados nessa
premissa, já que, hoje, ter estudos não garante nada, absolutamente nada em termos
profissionais, e não apenas em nosso país. Agora, imagine crianças – inclusive as mais
novas – e jovens pressionados até o limite para que sejam bons alunos. Só pode resultar
em ansiedade, desânimo, receios etc. Junte a isso as acirradas competições às quais eles
são submetidos, o bullying – que eu reputo à ausência de adultos na tutela dos mais novos
–, as agendas lotadas de compromissos, as intermináveis lições de casa (muitas vezes
motivos para brigas entre pais e filhos), a erotização precoce que promove busca infantil
por um determinado tipo de beleza etc.
Uau! Se para um adulto essa mistura já pode ser explosiva para a sanidade mental, imagine,
caro leitor, para crianças e adolescentes! E o que podemos fazer? Muita coisa! Deixar de
confundir cobrança com pressão já pode ser um grande passo. Nossos filhos e alunos
precisam ser cobrados a levar sempre adiante sua vida escolar. Mas precisamos ser mais
compreensivos quando eles não conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir
para aprender, em vez de pressioná-los mais ainda.
As famílias podem e devem também ensinar os filhos a lidar com suas emoções. Sabe
quando uma criança pequena pega algum objeto de vidro e os pais o ensinam a tomar
cuidado porque é frágil e ela pode quebrar, mesmo sem querer? Podemos fazer a mesma
coisa com os sentimentos que ela experimenta. Posso ilustrar isso que acabei de dizer com
o seguinte exemplo: quando uma criança manifesta raiva, devemos ensiná-la que essa
emoção e suas manifestações podem machucá-la e também os outros.
E a escola precisa se dar conta de que o ambiente escolar pode ser – e em geral é –
neurotizante para muitas crianças! E não é por falta de conhecimento que não mudamos
esse panorama.
Vamos cuidar da saúde mental de nossas crianças e jovens tanto quanto cuidamos de sua
saúde física!
d) devido aos resultados de pesquisas que indicam um aumento na taxa de suicídio entre
jovens brasileiros é importante que tanto as famílias quanto as escolas brasileiras
preocupem-se com as cobranças e reponsabilidades demasiadas que essas instituições
direcionam às crianças e jovens em idade escolar.
Rosely Sayão
Precisamos pensar com atenção na saúde mental de nossas crianças e de nossos jovens.
Mas parece que nem as famílias e nem as escolas têm essa questão como importante:
ambas são criadoras de muitas causas que podem afetar negativamente a qualidade de
vida emocional de quem elas deveriam cuidar. Vamos levantar alguns pontos que podem
provocar pressão em demasia, ansiedade e medos de fracasso nas crianças e nos jovens.
Primeiramente, a pressão sobre a vida escolar. Nunca, nunca antes tivemos famílias e
escolas tão empenhadas em fazer com que filhos e alunos tenham alta performance
escolar, o que significa, é claro, boas notas, aprovação com destaque em exames e provas
etc. Mas por quê?
Uau! Se para um adulto essa mistura já pode ser explosiva para a sanidade mental, imagine,
caro leitor, para crianças e adolescentes! E o que podemos fazer? Muita coisa! Deixar de
confundir cobrança com pressão já pode ser um grande passo. Nossos filhos e alunos
precisam ser cobrados a levar sempre adiante sua vida escolar. Mas precisamos ser mais
compreensivos quando eles não conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir
para aprender, em vez de pressioná-los mais ainda.
As famílias podem e devem também ensinar os filhos a lidar com suas emoções. Sabe
quando uma criança pequena pega algum objeto de vidro e os pais o ensinam a tomar
cuidado porque é frágil e ela pode quebrar, mesmo sem querer? Podemos fazer a mesma
coisa com os sentimentos que ela experimenta. Posso ilustrar isso que acabei de dizer com
o seguinte exemplo: quando uma criança manifesta raiva, devemos ensiná-la que essa
emoção e suas manifestações podem machucá-la e também os outros.
E a escola precisa se dar conta de que o ambiente escolar pode ser – e em geral é –
neurotizante para muitas crianças! E não é por falta de conhecimento que não mudamos
esse panorama.
Vamos cuidar da saúde mental de nossas crianças e jovens tanto quanto cuidamos de sua
saúde física!
Sobre a expressão “Sinal amarelo piscando”, presente no texto, é correto afirmar que
b) o comprovado aumento de suicídio entre jovens no Brasil e a atenção que outros países
têm dado a esse mesmo problema entre os seus jovens soam como um alerta (sinal amarelo
piscando) para que prestemos mais atenção às causas de depressão entre os jovens
brasileiros.
c) apesar do alerta das pesquisas funcionar como um “sinal amarelo piscando” não há
como reverter o processo de aumento dos suicídios entre os jovens brasileiros, pois os
pesquisadores desconhecem as reais causas desses suicídios.
Segundo Hillary, "o momento da ação internacional é agora", com a função de mostrar para
o Irã que haverá consequências no caso de violação das resoluções do Conselho de
Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
"O Brasil acredita que ainda tem espaço para negociação. Nós acreditamos que a boa fé
do Irã em relação às negociações seria muito bem-vinda na comunidade internacional",
prosseguiu. "A porta está aberta para negociação, mas não vemos ninguém andando nessa
direção".
Leia as assertivas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta apenas a(s)
correta(s).
II. Segundo Hillary Clinton, Brasil e Estados Unidos têm os mesmo objetivos em relação ao
Irã.
III. Brasil e Estados Unidos têm tentado usar da diplomacia com o Irã, mas não têm obtido
resultado.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Condenados à tradição
Pode parecer um paradoxo que a poesia desse período, a mesma que tem continuidade
com ciclos anteriores de vanguardismo, sobretudo a poesia concreta, e se seguiu a
manifestações antiformalistas de irreverência e espontaneísmo, como a poesia marginal,
tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição. Nesse
momento de esgotamento do moderno e superação das vanguardas, instaura-se o
consenso de que é possível recolher as forças em decomposição da modernidade numa
espécie de apoteose pluralista. É uma noção conciliatória de tradição que, em lugar da
invenção de formas e das intervenções radicais, valoriza a convencionalização a ponto de
até incentivar a prática, mesmo que metalinguística, de formas fixas e exercícios regrados.
Nessa visada, o passado é continuamente refeito pelo novo, recriado pela contribuição do
poeta moderno consciente de seus processos artísticos e de seu lugar no tempo. Tal
percepção de que passado e presente são simultâneos e inter-relacionados não ocorre na
ideia inespecífica de tradição que tratarei aqui. O passado, para o poeta contemporâneo,
não é uma projeção de nossas expectativas, ou aquilo que reconfigura o presente. Ficou
reduzido, simplesmente, à condição de materiais disponíveis, a um conjunto de técnicas,
procedimentos, temas, ângulos, mitologias, que podem ser repetidos, copiados e
desdobrados, num presente indefinido, para durar enquanto der, se der.
Não estou afirmando que os poetas atuais são tradicionalistas, ou que se voltaram todos
para o passado, pois não há no retorno deles à tradição traço de classicismo ou revivalismo.
Eles recombinam formas, amparados por modelos anteriores, principalmente os
modernos. A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética
para continuar proliferando em estado de indiferença em relação à atualidade e ao que
fervilha dentro dela.
Até onde vejo, as formas poéticas deixaram de ser valores que cobram adesão à
experiência histórica e ao significado que carregam. Os velhos conservadorismos culturais
apodreceram para dar lugar, quem sabe, a configurações novas e ainda não identificáveis.
Mesmo que não exista mais o “antigo”, o esgotado, o entulho conservador, que
sustentavam o tradicionalismo, tradição é o que se cultua por todos os lados.
Observo um fato cada vez mais frequente: o desprezo dos jovens por certas obras literárias,
sobretudo as adotadas nas escolas e exigidas no vestibular. Os estudantes já não têm
paciência para lidar com Iracema, de José de Alencar, Dom Casmurro, de Machado de
Assis, O Ateneu, de Raul Pompeia, e nem mesmo conseguem tirar proveito das
humorísticas Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Eles
tratam os títulos que acabei de citar com uma falta absoluta de respeito – pior, uma falta
de noção de respeito. Não entendem a grandeza desses e outros grandes romances do
passado. Os professores, por seu turno, não parecem fazer questão de transmitir um
entusiasmo literário que eles próprios não possuem. Os professores jogaram a toalha. Aí
tudo se torna rotineiro e entediante como uma lição de casa que não pode ser executada.
Quanto mais são obrigados a ler, mais os jovens repudiam os livros. Eles já não veem
sentido no ato da leitura, até porque são encorajados pelos mais velhos a se valer da
internet, dos videogames e da televisão, em detrimento dos meios tradicionais.
Muitos pensam que ser moderno significa não precisar mais ler. Daí o apelo dos tablets:
essas tabuletas altamente tecnológicas são os novos aparelhos de televisão, receptores
ideais para analfabetos ou cidadãos pós-alfabetizados. Gente que não precisa mais
enfrentar um texto com começo, desenvolvimento e conclusão, que adora a
fragmentação. Os mesmos que exaltam os tablets acham que o ensino tradicional não
consegue mais acompanhar a evolução tecnológica. Então, o que pôr no lugar da tradição?
Claro, como não pensamos nisto antes? Se os estudantes querem diversão, vamos dar-
lhes histórias em quadrinhos – de preferência, em monitores de LED, via tablets.
Mas a transposição pura e simples não é o problema. As formas e conteúdos podem migrar
à vontade, eternamente. A questão é outra: os quadrinhos andam tão salientes que
avançam pelo campo literário com avidez dos bárbaros e autoconfiança dos consagrados.
As adaptações em HQ de obras literárias e teatrais têm surgido a cada minuto, para
supostamente acrescentar algo aos textos originais. Elas vêm abençoadas pela crítica e
aprovadas pelo olhar indulgente dos adultos que desacreditam de tudo, notadamente da
capacidade de ler das novas gerações. E os jovens correspondem à expectativa,
consumindo quadrinhos literários para evitar dar conta de livros que não têm paciência
para ler. Como resultado, essas adaptações têm feito um desserviço à literatura – e à
cultura como um todo. São, em geral, transposições de má qualidade, criadas por editores
oportunistas, sequiosos de aproveitar a falta de vontade de ler da mocidade. Sob o
pretexto de facilitar a leitura, esse tipo de adaptação destrói a vontade de ler. Traz um
atalho enganoso. Isso porque, em vez de encurtar o caminho, o atalho elimina uma etapa
importante da formação do jovem: a da compreensão, análise e, por consequência, do
domínio de textos complexos. Ora, para mim isso configura um crime.
Não vou me deter em exemplos de adaptações infelizes, que são inúmeros. Já me deparei
com muitas adaptações, em quadrinhos ou não, porque minhas duas filhas estão se
preparando para o vestibular e precisam ler o maior número de obras consagradas no
menor tempo possível. Percebi que, nas provas do ensino médio, elas recorriam aos
famigerados resumos de obras na internet, copiando nomes e ações sem sentido e sem
contextualização. Para obter alguma interpretação das obras, elas recorriam às histórias
em quadrinhos, aliás recomendadas pelo colégio. Elas leram assim Os Lusíadas, de
Camões, Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, e atéMemórias Póstumas de Brás
Cubas, de Machado de Assis. Não preciso dizer que se tratava de transposições forçadas,
mal realizadas e desprezíveis – cheias de erros de português e, pior, erros de interpretação
das obras originais. Uma versão de Memórias de um sargento de milícias, por exemplo,
traz um vocabulário pobre no final das páginas, sem nenhuma explicação sobre o emprego
de determinados termos. As ilustrações são feias e caricatas, limitando-se a servir aos
balões e descrições extraídas diretamente do livro. Bom, diante de tanta bandalheira,
decidi banir de casa essas HQs. Até entendo algumas adaptações facilitadoras de livros
universais, como a que Clarice Lispector fez de Dom Quixote, ou Fernando Sabino de
Silvia, de Gerard de Nerval. Esses livrinhos servem como rito de passagem para
dificuldades maiores a serem vencidas num estágio posterior. Adaptações literárias em
geral geram uma perda de informação. Obviamente, a melhor lei não é a do menor esforço,
e esses livros servem como incentivo a futuras viagens de leitura. O que não perdoo são
adaptações ruins e quadrinhos malfeitos, que só envergonham o gênero.
Convém não confundir certos quadrinhos oportunistas com a grande arte estabelecida por
Will Eisner, Crumb, Frank Miller, Alan Moore e Joe Sacco, entre outros. As HQs nasceram
na imprensa e jamais negaram sua vocação popular. Aos poucos, foram experimentando
uma ascensão intelectual e artística, graças aos artistas que fizeram delas o seu meio de
expressão. Repare que esses grandes artistas dificilmente se submetem a adaptações feitas
diretamente de uma obra.
Sou um admirador dos quadrinistas. Os gibis e romances gráficos estimulam minha
imaginação, algo que nenhum livro seria capaz de proporcionar. Algumas das melhores
ideias do cinema vêm hoje dos quadrinhos. O Brasil experimenta uma fase de produção de
alto valor nessa área. Não há como negar a influência dos quadrinhos na cultura atual. O
problema é o uso que se faz deles. A culpa não é da HQ, mas da qualidade das adaptações.
É de quem aceita o recurso fácil de ler tudo depressa. Infelizmente, os quadrinhos são
inocentes úteis, pois viraram instrumentos eficientes para a desmoralização da literatura.
Disponível em <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,EMI244437-
15230,00.html>. Acesso em 09 nov 2011.
A leitura do texto nos permite afirmar que as adaptações ruins de obras literárias para HQs
NÃO provocam
a) a perda de informação.
b) a pobreza vocabular.
c) o estímulo da imaginação.
Ao menos duas vezes por semana, a cena se repete. A publicitária Renata Lino, 27 anos, e
o marido, o cirurgião dentista Sandro Ferreira, 32 anos, dormem tranquilos até Renata
começar a roncar. Sandro tenta cutucá-la, arrisca até uns tapinhas de alerta. "Eu tenho que
usar artifícios para tentar dormir", argumenta o marido. "Mas, em último caso, vou para
outro cômodo mesmo", confessa. Segundo uma pesquisa da Universidade de Surrey, na
Inglaterra, a solução é simples: é só oficializar as camas separadas.
O estudo concluiu que, em média, 50% dos casais que compartilham o leito têm dificuldade
para dormir e desenvolvem algum problema de saúde em decorrência dessas noites
insones. E não é só o ronco que atrapalha. Um constante puxar de lençóis ou um
companheiro com sono agitado, que se mexe muito, também podem fazer o merecido
descanso se transformar num filme de terror.
Ainda assim, pelo menos entre Renata e Sandro, casados há cinco anos, o romantismo
prevalece. "Comprei o pacote completo e a fuga noturna com o edredom veio junto",
brinca Sandro. "Sinto falta dela quando durmo sozinho." A publicitária já fez exames de
sonoterapia para detectar as causas da apnéia - termo médico para o ronco. "Boa parte da
minha família sofre com o problema", afirma Renata. Situações assim são comuns. No
Brasil, 40% da população têm distúrbios do sono, de acordo com um estudo da Academia
Brasileira de Neurologia. O problema é que dormir mal pode levar a problemas mais
graves, como depressão, doenças cardíacas e derrame.
As consequências de uma noite mal dormida são imediatas. "Já compromete a capacidade
de funcionamento intelectual no dia seguinte", diz Flavio Alóe, médico especialista em
distúrbios do sono do Hospital das Clínicas de São Paulo. "E quem ouve o ronco sofre os
mesmos efeitos de quem dorme mal cronicamente." Ainda assim, Alóe acredita que seriam
necessários estudos mais profundos para se recomendar dormir em camas separadas.
"Casais que se entendem bem sentem falta se cada um dorme sozinho."
Muito se fala das desigualdades do país ou de como isso afeta nossa educação. Estudos
têm apontado para as diversas desigualdades na educação brasileira, tais como entre os
setores mais pobres e os mais ricos, entre a população branca e a população negra ou a
indígena. Também não podemos esquecer as desigualdades socioespaciais, expressas
pelo contraste entre as zonas rural e urbana e entre as regiões norte e nordeste e as demais
regiões do país e, até mesmo, as que ocorrem dentro de uma mesma cidade ou região e
muitas vezes não constam nos indicadores educacionais nacionais.
O esquecimento dessas populações isoladas faz com que muitas vezes elas não sejam
contempladas por políticas públicas que atuam junto a outras minorias (como os
quilombolas ou indígenas). Frequentemente, a única ajuda que elas recebem vem de
projetos de organizações da sociedade civil. Este é o caso do projeto Doutores das Águas.
Criado em 2011, ele tem o objetivo de realizar mutirões de saúde e educação para as
pessoas que vivem em pequenos núcleos na floresta amazônica. Para os Doutores, uma
das melhores formas de preservar a Amazônia e garantir a sua sustentabilidade é
proporcionar condições para que as comunidades que habitam a região possam viver na
floresta com mais recursos e mais dignidade. O trabalho se dá por meio da construção de
laços de confiança alcançados pela escuta, respeito e continuidade das ações do projeto.
O sucesso alcançado por essa iniciativa parece mostrar que existem caminhos possíveis
para superar o isolamento de comunidades tidas como invisíveis. No entanto, não
podemos nos conformar com ações feitas apenas pela sociedade civil. A defesa de uma
educação de qualidade para todos implica alcançar os meios para que esses programas
sejam combinados a políticas públicas, caminhando para um país menos desigual.
(Maria Alice Setubal, para Uol Educação. ADAPTADO. Disponível em
educação.uol.com.br)
b) Para a autora, apenas as ações da sociedade civil podem oferecer uma educação de
qualidade para todos.
c) A autora relata uma experiência própria para comprovar o fato de que, nas
comunidades mais isoladas, as políticas públicas são escassas.
Estudos da medicina apontam que a música clássica tem efeito significativo sobre o
sistema cardiovascular e influencia diretamente os batimentos cardíacos e pressão arterial.
Ela provoca uma redução nos marcadores neuro-hormonais de estresse, o que resulta em
uma sensação de relaxamento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), originada da dissertação de mestrado da cirurgiã-dentista Marcela de Oliveira
Brant (CRO 42733), concluiu que o método é eficaz na diminuição dos níveis de ansiedade
de crianças durante o atendimento em consultórios odontológicos.
A pesquisa foi um ensaio clínico realizado nas cidades mineiras de Brumadinho e Confins
entre agosto de 2014 e abril de 2015. A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a
seis anos para participar do estudo, foi feita nas escolas públicas desses municípios.
“Precisávamos de 35 crianças nessa faixa etária e que não tivessem experiência com o
dentista”, explica Marcela. Para chegar a esse número, a odontopediatra conta que foram
enviadas 313 cartas-convite aos pais dos pequenos. “Eu era a única dentista que
selecionava, avaliava e realizava o atendimento”, acrescenta. No final, o estudo contava
com 34 crianças que cumpriram todos os procedimentos.
Os critérios para inclusão na pesquisa foram que os pacientes não tivessem experiência
odontológica prévia e que apresentassem, no mínimo, dois dentes molares de leite com
lesões cariosas em superfície oclusal (ou seja, a parte de cima dos dentes), em que fosse
possível utilizar o Tratamento Restaurador Atraumático Modificado (ARTm). A técnica
consiste em uma restauração de intervenção mínima, sem o uso de anestesia local. Durante
a realização do estudo, as crianças foram divididas em dois grupos, ambos submetidos à
ARTm com e sem utilização de música.
Ao fim da coleta dos dados, os resultados foram analisados. “Vimos estatisticamente que
durante a intervenção com música as crianças apresentaram redução nos níveis de
frequência cardíaca quando comparado com a intervenção sem música”, comenta
Marcela. Essa estratégia de distração, segundo a odontopediatra, pode se apresentar
como uma prática possível de reduzir a ansiedade do paciente na cadeira odontológica.
“Ela é uma técnica segura, de simples execução, com baixo custo financeiro e que não
apresenta efeitos nocivos.” Outro fator importante é que a música pode auxiliar a dispersar
a atenção da criança quanto aos ruídos que existem dentro do consultório, como o
“motorzinho” ou o barulho do sugador.
[...] O tema do mestrado de Marcela surgiu do desejo de oferecer melhor atendimento aos
pacientes infantis. “Sabemos hoje que 39% a 43% das crianças, de quatro a 12 anos, no
Brasil, apresentam sentimentos de ansiedade frente a um tratamento odontológico. Busco
com esta pesquisa mostrar como é importante eliminar ou reduzir esse problema”, diz.
[...].
Retirado e adaptado de: <http://www.msn.com/pt-br/saude/saude-bucal/m%C3%BAsica-
cl%C3%A1ssica-reduz-
ansiedade-de-crian%-C3% A7as-em-atendimentos-odontol%C3%B3gicos/ar=-
BBqACIG?li-AAggFpd>. Acesso em: 25 mar. 2016.
d) Apesar do baixo custo financeiro, a técnica não pode ser considerada segura, visto que
pode causar problemas auditivos.
Esqueça sua data de nascimento: é a idade biológica que diz quantos anos você realmente
tem
Não é difícil conhecer alguém com a mesma idade que a sua, mas comportamentos
totalmente diferentes. Seja em relação ao jeito de ser, de pensar ou de cuidar do corpo, às
vezes parece muito claro que, apesar de terem nascido no mesmo ano, muitas pessoas
parecem ter idades completamente distintas.
A novidade é que, agora, talvez essa impressão passe a ser um fato. Pesquisadores
americanos, ingleses e suecos do King’s College, em Londres, afirmam que a idade
biológica é um dado mais útil do que a data de nascimento de uma pessoa.
Eles chamam de idade biológica um conjunto de fatores usados para determinar quantos
anos alguém realmente tem. Cientificamente, pode-se descobrir o ritmo de
envelhecimento de um indivíduo, o risco do desenvolvimento de doenças (principalmente
as neurológicas) e até estabelecer a “juventude” de um órgão a ser doado. Para saber tudo
isso, só é necessária uma amostra de sangue.
“Há uma marca de envelhecimento saudável que é comum a todos os nossos tecidos e
parece ser uma previsão para uma variedade de coisas, incluindo a longevidade e
comprometimento cognitivo. Parece que, depois de 40 anos, você pode usar isso como
um guia para estabelecer quão bem uma pessoa está envelhecendo”, disse à BBC o
professor Jamie Timmons.
Foi feita uma pesquisa com um grupo de homens que foram acompanhados durante duas
décadas, até os 70 anos. Os responsáveis pelo estudo conseguiram distinguir os que
estavam envelhecendo normalmente e os que tinham uma probabilidade até 45% maior de
morrerem.
Uma das constatações que mais chama atenção nesta pesquisa é a afirmação dos
pesquisadores de que saúde e idade não estão diretamente ligadas. O sedentarismo, por
exemplo, pode fazer muito mal à saúde, mas não necessariamente tem a ver com o
envelhecimento do organismo. O mais importante para avaliar a saúde de alguém é
observar a combinação entre seu estilo de vida e sua idade biológica.
Em relação ao texto “Esqueça sua data de nascimento: é a idade biológica que diz quantos
anos você realmente tem”, assinale a alternativa correta.
d) Muitas pessoas parecem ter idades completamente distintas, porque a forma como
foram criadas é diferente.
e) Os pesquisadores constataram que, embora esta relação não seja muito evidente,
saúde e idade estão decididamente ligadas.
Esqueça sua data de nascimento: é a idade biológica que diz quantos anos você realmente
tem
Não é difícil conhecer alguém com a mesma idade que a sua, mas comportamentos
totalmente diferentes. Seja em relação ao jeito de ser, de pensar ou de cuidar do corpo, às
vezes parece muito claro que, apesar de terem nascido no mesmo ano, muitas pessoas
parecem ter idades completamente distintas.
A novidade é que, agora, talvez essa impressão passe a ser um fato. Pesquisadores
americanos, ingleses e suecos do King’s College, em Londres, afirmam que a idade
biológica é um dado mais útil do que a data de nascimento de uma pessoa.
Eles chamam de idade biológica um conjunto de fatores usados para determinar quantos
anos alguém realmente tem. Cientificamente, pode-se descobrir o ritmo de
envelhecimento de um indivíduo, o risco do desenvolvimento de doenças (principalmente
as neurológicas) e até estabelecer a “juventude” de um órgão a ser doado. Para saber tudo
isso, só é necessária uma amostra de sangue.
“Há uma marca de envelhecimento saudável que é comum a todos os nossos tecidos e
parece ser uma previsão para uma variedade de coisas, incluindo a longevidade e
comprometimento cognitivo. Parece que, depois de 40 anos, você pode usar isso como
um guia para estabelecer quão bem uma pessoa está envelhecendo”, disse à BBC o
professor Jamie Timmons.
Foi feita uma pesquisa com um grupo de homens que foram acompanhados durante duas
décadas, até os 70 anos. Os responsáveis pelo estudo conseguiram distinguir os que
estavam envelhecendo normalmente e os que tinham uma probabilidade até 45% maior de
morrerem.
Uma das constatações que mais chama atenção nesta pesquisa é a afirmação dos
pesquisadores de que saúde e idade não estão diretamente ligadas. O sedentarismo, por
exemplo, pode fazer muito mal à saúde, mas não necessariamente tem a ver com o
envelhecimento do organismo. O mais importante para avaliar a saúde de alguém é
observar a combinação entre seu estilo de vida e sua idade biológica.
a) Os pesquisadores denominam como “idade real” uma série de fatores utilizada para
determinar qual é a idade real de alguém.
b) Existe uma marca de envelhecimento saudável, mas como essa marca não é comum
em todos os nossos tecidos, não é possível prever, por exemplo, a longevidade.
Questão 286: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
Apagão Mental
Subestimada por décadas, a ansiedade pode inviabilizar a vida social e a profissional, mas
poucas pessoas buscam tratamento para aliviar os sintomas antes que cheguem ao limite.
Segundo a Previdência Social, os transtornos mentais já são a terceira razão de
afastamentos do trabalho no Brasil, sendo que os gastos do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) giram em torno de R$ 200 milhões em pagamentos de benefícios anuais,
dado que reforça a importância de se criar medidas de prevenção. Nesse contexto, a
ansiedade, assim como a depressão, são os males que mais afetam as pessoas.
Os gatilhos que desencadeiam a ansiedade são muitos. Os tipos dela, também. Desde que
foi categorizada como uma patologia e inserida na terceira edição do DSM (sigla em inglês
para Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a ansiedade desdobrou-se
em muitos males, como fobias e alguns tipos de transtorno - do pânico, obsessivo-
compulsivo, de estresse pós-traumáticos, de ansiedade social ou de ansiedade
generalizada, por exemplo. [...]
Há dois tipos de crise mais comuns. O primeiro é o transtorno do pânico, caracterizado por
um ataque em que, de repente, a pessoa passa a sentir falta de ar, taquicardia e chega até
a sentir que vai morrer. O segundo é a ansiedade generalizada, que pode trazer tontura,
tensão muscular e um medo persistente.
Mas há uma parcela considerável de pessoas que se queixa desse problema num nível,
digamos, não patológico. Por isso, entender esse sintoma passa por entender sua
ambiguidade: se hoje esse distúrbio parece ser, junto com a depressão, um grande vilão
do mundo moderno, ele nem sempre foi visto assim. A psicanálise e até mesmo a medicina,
por exemplo, consideraram em outros tempos que esse mal era simplesmente uma
condição típica do ser humano, por meio da qual ele se relaciona com o mundo. Nesse
cenário, lidar com a ansiedade possibilitou ao homem aprender, por exemplo, a antecipar
o risco, o que teria ajudado na sobrevivência da espécie. [...]
(Maria Beatriz Gonçalves, Adaptado de http://tab.uol.com.br/ansiedade/ - acesso em 04
de abril de 2016)
c) Fazer mais e mais atividades é uma maneira de relaxar e evitar a ansiedade, pois, assim,
o corpo evita que a mente antecipe eventos futuros.
d) A ansiedade é um sintoma ambíguo, pois, ao mesmo tempo em que traz prejuízos para
o bem estar do ser humano, também fez parte do processo de sobrevivência da espécie.
Questão 287: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
Apagão Mental
Subestimada por décadas, a ansiedade pode inviabilizar a vida social e a profissional, mas
poucas pessoas buscam tratamento para aliviar os sintomas antes que cheguem ao limite.
Segundo a Previdência Social, os transtornos mentais já são a terceira razão de
afastamentos do trabalho no Brasil, sendo que os gastos do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) giram em torno de R$ 200 milhões em pagamentos de benefícios anuais,
dado que reforça a importância de se criar medidas de prevenção. Nesse contexto, a
ansiedade, assim como a depressão, são os males que mais afetam as pessoas.
Os gatilhos que desencadeiam a ansiedade são muitos. Os tipos dela, também. Desde que
foi categorizada como uma patologia e inserida na terceira edição do DSM (sigla em inglês
para Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a ansiedade desdobrou-se
em muitos males, como fobias e alguns tipos de transtorno - do pânico, obsessivo-
compulsivo, de estresse pós-traumáticos, de ansiedade social ou de ansiedade
generalizada, por exemplo. [...]
Em suma, a ansiedade é entendida como um sintoma disfuncional da personalidade que
acarreta em um conjunto de sensações físicas e psicológicas, um sentimento vago e
desagradável de medo e tensão que surge com a antecipação de perigo ou uma apreensão
em relação ao sofrimento futuro. “A pessoa que está lidando no automático com a vida ou
alguma situação específica não consegue compreender o que está fazendo. Geralmente
quem vive dessa maneira tem grandes chances de sofrer um episódio de pânico,
desenvolver o transtorno de ansiedade generalizada ou uma fobia social. Fazer mais e mais
atividades é uma tentativa de não deixar o aparelho psíquico negociar diferentes
instâncias”, diz o psicanalista Claudio César Montoto. Nesse sentido, a ansiedade é uma
espécie de “acúmulo de várias negligências internas com as próprias necessidades”,
completa o psicólogo clínico Frederico Mattos. [...]
Há dois tipos de crise mais comuns. O primeiro é o transtorno do pânico, caracterizado por
um ataque em que, de repente, a pessoa passa a sentir falta de ar, taquicardia e chega até
a sentir que vai morrer. O segundo é a ansiedade generalizada, que pode trazer tontura,
tensão muscular e um medo persistente.
Mas há uma parcela considerável de pessoas que se queixa desse problema num nível,
digamos, não patológico. Por isso, entender esse sintoma passa por entender sua
ambiguidade: se hoje esse distúrbio parece ser, junto com a depressão, um grande vilão
do mundo moderno, ele nem sempre foi visto assim. A psicanálise e até mesmo a medicina,
por exemplo, consideraram em outros tempos que esse mal era simplesmente uma
condição típica do ser humano, por meio da qual ele se relaciona com o mundo. Nesse
cenário, lidar com a ansiedade possibilitou ao homem aprender, por exemplo, a antecipar
o risco, o que teria ajudado na sobrevivência da espécie. [...]
a) anualmente, 200 milhões de reais são pagos em benefícios a pessoas que sofrem de
ansiedade.
d) “apagão mental” seria a forma como as pessoas evitam tratar a ansiedade como um
distúrbio.
e) o indivíduo que realiza tarefas automaticamente ou lida com alguma situação também
de forma automática pode desenvolver transtorno de ansiedade generalizada.
Questão 288: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Administração/2016
Até os erros têm sua função: ensinar às crianças como lidar com desafios e dificuldades.
Será que só tirar notas dez na escola é garantia de sucesso na vida adulta?
Você sabe como funciona a escola: tire notas boas e todos os professores vão gostar de
você, te elogiar e exclamar o tempo todo que você tem um futuro brilhante. Agora, tire
notas ruins ou ande um pouco fora da linha. Automaticamente, você vira o baderneiro da
turma, o desatento que nunca será ninguém na vida.
Será mesmo?
Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas particulares mais
famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-ministros e membros da família
real), pensa justamente o contrário. Segundo ele, alunos precisam passar por experiências
de falha na escola, para que tenham mais chances de se reerguer em situações mais
delicadas na vida adulta. “Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em
um ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo”, disse o ex-diretor no
Fórum Global de Educação e Habilidades, em Dubai.
Ou seja, ser sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda ninguém
a crescer de verdade. Sem ter de lidar com derrotas, eles não desenvolvem a habilidade
para enfrentar dificuldades. “Eles nunca tiveram nada significante para combater”, disse
Little.
O estudo concluiu que, ao falhar, os alunos ativam uma parte do cérebro que possibilita
um aprendizado mais profundo. É que eles precisam organizar e analisar mentalmente três
coisas: o que já sabem, as limitações daquele conhecimento e, principalmente, o que não
sabem. Ou seja: errar, além de ser humano, é muito mais eficaz no processo de
aprendizagem.
a) Ensinar crianças a lidar com as frustrações é uma função da escola, da família e dos
professores e garante que os alunos se tornarão adultos responsáveis.
b) Tirar sempre notas boas na escola é garantia de sucesso na vida adulta, aumentando as
chances de os alunos se tornarem cidadãos que se reerguem nas situações mais delicadas
da vida.
d) Um estudo americano concluiu, em 2014, que desafios podem ser encarados com mais
facilidade se o indivíduo tirou boas notas no seu período escolar.
e) Tony Little acredita que as falhas em um ambiente seguro como a escola pode ensinar
algo aos indivíduos.
Até os erros têm sua função: ensinar às crianças como lidar com desafios e dificuldades.
Será que só tirar notas dez na escola é garantia de sucesso na vida adulta?
Você sabe como funciona a escola: tire notas boas e todos os professores vão gostar de
você, te elogiar e exclamar o tempo todo que você tem um futuro brilhante. Agora, tire
notas ruins ou ande um pouco fora da linha. Automaticamente, você vira o baderneiro da
turma, o desatento que nunca será ninguém na vida.
Será mesmo?
Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas particulares mais
famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-ministros e membros da família
real), pensa justamente o contrário. Segundo ele, alunos precisam passar por experiências
de falha na escola, para que tenham mais chances de se reerguer em situações mais
delicadas na vida adulta. “Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em
um ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo”, disse o ex-diretor no
Fórum Global de Educação e Habilidades, em Dubai.
Ou seja, ser sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda ninguém
a crescer de verdade. Sem ter de lidar com derrotas, eles não desenvolvem a habilidade
para enfrentar dificuldades. “Eles nunca tiveram nada significante para combater”, disse
Little.
O estudo concluiu que, ao falhar, os alunos ativam uma parte do cérebro que possibilita
um aprendizado mais profundo. É que eles precisam organizar e analisar mentalmente três
coisas: o que já sabem, as limitações daquele conhecimento e, principalmente, o que não
sabem. Ou seja: errar, além de ser humano, é muito mais eficaz no processo de
aprendizagem.
POR Helô D’Angelo ATUALIZADO EM 17/03/2016
Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/as-escolas-deveriam-ensinar-os-alunos-a-
falhar-1
a) tirar boas notas no período escolar é ruim para o desenvolvimento do cérebro humano.
b) o bullying e a violência escolar são imprescindíveis para lidar com situações difíceis na
vida adulta.
e) errar não é humano e é um fenômeno que só ocorre com aqueles que não estão na
escola.
Pobres bancos
Vladimir Safatle
1.° Quando o governo resolveu, enfim, denunciar a “lógica perversa” que guia o sistema
financeiro brasileiro, era de esperar que os consultores e economistas regiamente
recompensados pelos bancos aparecessem para contemporizar. Como em uma peça de
teatro na qual as máscaras acabam por cair, foi isto o que ocorreu.
3.° Se os bancos brasileiros estão entre os que mais lucram no Universo, é porque nunca
precisaram, de fato, viver em um sistema no qual o poder estatal impediria a extorsão
institucionalizada à qual ainda estamos submetidos.
4.° No mundo inteiro, o sistema bancário faz jus à frase do dramaturgo Bertolt Brecht: “O
que é roubar um banco se você imaginar o que significa fundar um banco?”
5.° Nos últimos anos, vimos associações bancárias com comportamentos dignos da máfia,
pois são especializadas em maquiar dados e balanços, criar fraudes, ajudar a evasão fiscal,
operar em alto risco e passar a conta para a frente, além de corromper entes públicos.
6.° Mas a maior astúcia do vício é travestir-se de virtude. Assim, o sistema financeiro criou
a palavra “austeridade” a fim de designar o processo de assalto dos recursos públicos para
pagamento de rombos bancários e “stock-options” de executivos criminosos, com a
consequente descapitalização dos países mais frágeis.
7.° Se não tivemos algo da mesma intensidade no Brasil, vemos agora um processo
semelhante do ponto de vista retórico. Assim, os “spreads” bancários seriam o resultado
indigesto do risco alto de inadimplência, já que a população brasileira teria o hábito pouco
salutar de não pagar suas dívidas e se deixar endividar além da conta.
8.° Neste sentido, os lucros bancários seriam (vejam só vocês) o remédio amargo, porém
necessário, até que a população brasileira aprenda a viver com o que tem e assuma gastos
de maneira responsável. O mais impressionante é encontrar pessoas que se acham capazes
de nos fazer acreditar nessa piada de mau gosto.
9.° A verdade é que quanto menos poder e margem de manobra o sistema financeiro tiver,
melhor é a sociedade. Há sempre aqueles “consultores” que dirão: “É fácil falar mal dos
bancos”, apresentando o espantalho do populismo. A estas pessoas devemos dizer: “Sim,
é fácil. Ainda mais quando não se está na folha de pagamento de um”. Já sobre o “risco”
do populismo, pobres são aqueles para os quais a defesa dos interesses econômicos da
população sempre é sinal de irracionalidade.
e) caracterizar a forma mascarada com que o sistema financeiro brasileiro justifica seu
modo de agir para conter a inadimplência da população brasileira.
expressar
Eduardo Escorel
Usar o prelúdio da abertura de Tristão e Isolda, de Wagner, como trilha musical é prova da
audácia de Lars von Trier, roteirista e diretor de Melancolia. Recorrendo a tamanho lugar-
comum para dar tom solene e impressão de grandiosidade ao filme, Trier corre o alto risco
de ultrapassar o limite que separa ambição legítima de artifício pretensioso.
Trier consegue, porém, escapar pela tangente dessa armadilha que preparou para si
mesmo, e evita a gratuidade formal, apesar de, além de recorrer a Wagner, dedicar os dez
minutos iniciais de Melancolia a imagens alegóricas de instantes descontextualizados,
reproduzidas em câmera lentíssima. Em retrospecto, o sentido dos planos da abertura fica
claro, constituindo figura de linguagem conhecida – antecipação estilizada do desfecho
da narrativa para criar expectativa pelo que virá.
Depois de dois anos de trabalho, horrorizado com o resultado, Trier declarou estar pronto
para rejeitar Melancolia “como um órgão mal transplantado” por ter “chantili em cima de
chantili” e ser “um filme de mulher!”. Ele quisera “mergulhar de cabeça no abismo do
romantismo alemão. Wagner ao quadrado”. Isso estava claro para ele, mas ainda assim se
perguntava: “Essa não será apenas outra maneira de expressar derrota? Derrota para um
dos denominadores comuns mais baixos do cinema? O romantismo é maltratado de tudo
quanto é forma no insuportavelmente entediante cinema industrial.” Tinha esperança,
contudo, que “em meio a todo o creme houvesse uma lasca de osso que pudesse afinal
quebrar um dente frágil”.
A primeira reação de Trier a Melancolia denota senso crítico incomum e pode tê-lo ajudado
a fazer um filme mais a seu gosto – ácido, pessimista e opressor –, evitando um estilo
meloso e ornamental. Mesmo frustrado, por não ter sido capaz de incluir um pouco da
feiura que tanto aprecia em meio às belíssimas imagens, Trier não deixa de provocar
inquietação no espectador. Nem o uso de câmera instável, estilo já banalizado pela
linguagem corrente, nem o elenco de estrelas internacionais apagam sua marca autoral,
fácil de reconhecer desde O Elemento do Crime, seu primeiro filme, realizado em 1984 –
qualquer que seja o enredo, os personagens devem percorrer sua via dolorosa.
Declarado persona non grata pela direção do evento, no qual Melancolia foi exibido na
mostra oficial, é possível que Trier tenha recebido a notícia como um prêmio por sua
leviandade. O paradoxo é que seu compromisso de afrontar conveniências, traço que
imprime a seus personagens, parece condição necessária para que consiga se expressar.
II. as marcas de Trier em seus filmes são tão marcantes que o elenco de estrelas
internacionais e a câmera instável não apagaram suas marcas autorais.
III. o tão esperado tema romântico ficou longe do filme de Trier, o que, para o autor do
texto, provocou a inquietação do público telespectador.
IV. Trier é sempre premiado devido ao seu comportamento transgressor, característica que
imprime também a seus personagens.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
Novo fôlego
Bernardo Esteves
1.° A disseminação das redes sociais e dos tablets tem ajudado a dar popularidade na
internet a um gênero jornalístico que se consagrou no meio impresso: a grande
reportagem. Estimulados pelo sucesso do formato, dois jornalistas britânicos resolveram
lançar uma revista dedicada a textos de fôlego sobre grandes questões de ciência e
tecnologia.
2.° A nova onda de popularidade das grandes reportagens se explica em parte pela
facilidade de leitura nos dispositivos móveis. Textos longos que não se deixam ler com
facilidade no computador agora podem ser salvos para serem lidos depois, com a ajuda de
aplicativos como o Read it Later. Assim, podem ser apreciados nas circunstâncias de
preferência do leitor – na cama, em sua poltrona favorita, numa viagem de avião.
3.° O jornalista Lewis Dvorkin atribui o interesse crescente pelos textos de fôlego ao
declínio dos grandes portais, que aconteceu em paralelo à ascensão das redes sociais.
“Agora, as notícias digitais estão nas mãos de cada um, e não de uma elite restrita”,
escreveu ele no site na Forbes. “O desenvolvimento de novas plataformas digitais e a
fragmentação da audiência formam uma combinação que está mudando dramaticamente
a natureza do conteúdo que está sendo distribuído através da web social.”
6.° A lacuna será preenchida pela revista Matter (‘Matéria’, em tradução imperfeita), cujo
lançamento foi anunciado no fim de fevereiro. Seus fundadores são os jornalistas Jim Giles,
com passagem pelas revistas Nature, The Atlantic, The Economist e New Scientist, e
Bobbie Johnson, ex-repórter do Guardian e colaborador de várias outras publicações.
8.° Matter será uma revista eletrônica com versões para web e dispositivos móveis Apple e
Android. O conteúdo será pago – provavelmente 99 centavos de dólar por matéria,
segundo a previsão dos editores (“fazer bom jornalismo não é barato”, justificaram-se).
9.° Eles aproveitaram para passar o chapéu junto aos leitores. E o resultado do
crowdfunding foi surpreendente: em uma semana, conseguiram cerca de 85 mil dólares de
quase 1.200 doadores, que investiram cotas que iam de 10 a 3 mil dólares. Os leitores que
contribuíram com pelo menos 25 dólares poderão ajudar a pautar a publicação; quem deu
mil dólares será considerado editor convidado e poderá participar da formatação de
matérias desde o esboço da pauta.
10.° Se os editores honrarem suas promessas, Matter será uma experiência única no
jornalismo de ciência. Boa sorte a eles na empreitada.
Revista Piauí, edição 65.
b) a grande reportagem popularizou-se na internet por meio das redes sociais e dos
tablets.
d) a elite restrita da internet passou a ler textos de fôlego acessíveis a todos os internautas.
Ferreira Gullar
Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos
doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos
porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que
conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode
implicar.
Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é
esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a
fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se
da janela do apartamento.
Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais
psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua
maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.
Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado,
alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso,
como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra
assim um modo de ser feliz.
Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro
Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também,
que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética
que produz.
No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento
psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios
neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.
Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela
médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e
acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro
Psiquiátrico Nacional.
Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente
mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que
queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.
Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora
para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não
parasse de pintar.
Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica.
Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar
pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos,
quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos
depois.
c) é dado ao paciente que apresenta um surto psíquico uma medicação forte, e ele não
precisará manter algumas doses para a estabilidade após a crise.
a) O texto, por meio de uma charge, critica o posicionamento dos farmacêuticos que são
coniventes com o hábito da automedicação.
c) A charge traz um balão de diálogo que diz que “76,4% dos brasileiros se automedicam”.
Essa fala está em destaque, pois representa o pensamento do farmacêutico, o qual censura
seu cliente por se automedicar.
d) As reticências são utilizadas no texto, em quase todas as falas, para indicar um trecho
textual que foi suprimido, por ser irrelevante para os objetivos do personagem.
Texto 1
Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos, quase 60 mil casos de internações
por automedicação foram registrados no Brasil.
(Adaptado de http://www.brasil.gov.br/saude/2014/08/automedicacao-pode-causar-
serios-danos-a-saude)
Texto 2
Assinale a alternativa correta a respeito dos textos 1 e 2.
a) Ambos os textos apresentam como crítica principal a falta de informação dos pacientes
que se automedicam. Isso se comprova, no texto 1, pelos discursos de Stuart Figueredo e
Carlos Gadelha e, no texto 2, pela figura do senhor, cliente da farmácia.
b) Ambos os textos tratam da mesma temática, porém o texto 1 tem como finalidade maior
dar informações a respeito da automedicação, enquanto o texto 2 busca apresentar uma
crítica por meio do humor.
e) Tanto o texto 1 quanto o texto 2 utilizam o humor para tecer suas críticas com relação
à automedicação.
Mas não é a Internet quem deve fazer o diagnóstico e a prescrição dos remédios. Imaginem
se o cidadão, leigo e com problema cardíaco, for interpretar determinado exame pela
Internet. Ali poderá deduzir que sua doença é tal e que até corre o risco de uma morte
súbita. Como a tendência é quase sempre valorizar o pior, com certeza terá seus
batimentos cardíacos acelerados sobremaneira. Por isto, para evitar alardes, melhor ir
diretamente ao médico. [...]
(Fonte: https://prodoctor.net/blog/2015/08/medico-x-drgoogle/)
b) Para o autor, há o lado positivo e o negativo quanto ao uso da internet, pois, ao mesmo
tempo em que ela pode ofertar informações errôneas ao usuário, ela também pode lhe
oferecer algum conhecimento para refletir sobre a atividade do médico profissional.
e) As aspas usadas em “Dr. Google” no título do texto sugerem que o Google pode
substituir um ser humano no que diz respeito à medicina. Isso se comprova porque as aspas
são utilizadas para personificar o Google, ou seja, dar status humano a ele.
diz a ciência
Sabe da última? As pessoas que você acha que são suas amigas provavelmente não são.
Na verdade, de um modo geral, você é terrível em julgar a forma como as outras pessoas
se sentem sobre você.
Esta conclusão otimista e iluminada saiu de um estudo publicado na PLOS ONE, que
descobriu que quase metade das pessoas que pensamos ser nossos amigos não
compartilham do sentimento.
Os pesquisadores também perguntaram aos alunos como eles achavam que seus amigos
iriam avaliá-los. Apenas metade dos alunos que acharam que suas classificações sobre seus
amigos seriam igualmente retribuídas estavam certos. 47% das classificações de amizade
foram unilaterais, com um aluno classificando outro como amigo, mas não sendo
classificado da mesma forma.
“A maioria das pessoas está errada sobre metade dos seus relacionamentos”, disse o Dr.
Erez Shmueli, um dos autores do estudo, em uma entrevista por telefone. “Somos muito
ruins em julgar os tipos de relacionamentos que temos”. Isso é lamentável, já que esta
habilidade é crucial para determinar nossa própria influência social.
Dito isso, os pesquisadores descobriram alguns fatores que poderiam ajudar a prever se
duas pessoas selecionariam um ao outro como amigos. Um dos fatores era o tamanho do
círculo social de ambos e o outro, o número aproximado de amigos. Uma pessoa com
poucos amigos, por exemplo tinha uma maior probabilidade de sentir uma conexão
unilateral com alguém que tem muitos amigos, o que parece bastante intuitivo.
Então, se os fatores que determinam nossas amizades parecem tão óbvios, por que
erramos tanto em nossos julgamentos? Os pesquisadores acham que o ego é um ponto
cego que nos impede de reconhecer quando as amizades são mútuas ou unilaterais.
“Se você considera alguém como amigo, você automaticamente espera que a pessoa sinta
o mesmo”, disse Shmueli. Ou, como foi dito na pesquisa, “uma amizade não recíproca
desafia a autoimagem”.
Então, basicamente, se você quer ter bons resultados na hora de saber quem são seus
amigos verdadeiros, é melhor superar o ego e encarar a realidade de seus relacionamentos
de forma honesta. “Em nossa vida diária, como indivíduos, podemos tentar entender os
tipos de relacionamentos que temos de fato”, disse Shmueli. “Em quem podemos
realmente confiar?”.
De acordo com o texto “Na realidade, seus amigos não gostam de você, diz a ciência”,
assinale a alternativa correta.
b) O estudo realizado com 84 alunos de graduação israelenses descobriu que 90% das
pessoas que consideramos nossas amigas têm o mesmo sentimento.
c) Todas as classificações foram recíprocas, uma vez que um aluno classificou outro como
amigo e foi classificado da mesma maneira.
Maribel Barros
Você anda estressado? Se a resposta para esta pergunta for sim, é possível que seu tempo
na internet seja parcialmente responsável por isso, de acordo com um relatório da empresa
Ericsson.
A cada dia, estamos mais conectados à internet, graças aos dispositivos móveis e todas as
facilidades tecnológicas, mas poucos de nós percebem que isso pode ser uma poderosa
fonte de estresse. Mas você sabia que o simples fato de carregar um vídeo aumenta a sua
frequência cardíaca em até 38%?
O primeiro grupo não teve tempo de espera. O nível de estresse registrado foi de 13
pontos, considerado o valor base para futuras comparações.
O segundo grupo, que sofreu um atraso de dois segundos, registrou 16 pontos na escala
de tensão, um aumento de 23%. O terceiro grupo, cuja conexão demorava até 6 segundos
para carregar o vídeo, registrou um nível de estresse de 19 pontos, o equivalente a um
aumento de 46%.
Além disso, eles notaram que, em média, os batimentos cardíacos dos participantes
aumentaram em 38%.
Para nos dar uma maneira de comparar o estresse gerado por carregar um vídeo em uma
internet lenta, gestores indicaram marcadores de estresse em várias outras atividades.
É correto afirmar, por exemplo, que o estresse causado por esta atividade é maior do que:
Embora os resultados sejam interessantes, devem ser encarados com certa desconfiança,
já que a Ericsson continua a ser uma empresa envolvida no negócio das conexões de
internet e a amostragem não foi muito significativa. No entanto, há de se considerar que
este estudo se baseou apenas no estresse gerado por carregar um vídeo e não em outros
elementos, como participar de redes sociais, mensagens instantâneas, mapas, GPS e várias
outras atividades estressantes disponíveis na internet.
[...]
“Viver um momento estressante não é o mesmo que viver sob estresse. A primeira situação
é normal, inesperada e gerada pelo ambiente, enquanto a segunda é tóxica, gerada e
procurada por nós mesmos, pois se tornou um hábito que nos impede de viver de outra
forma”. Bernardo Stamateas.
Em relação ao texto “A internet pode ser mais estressante do que você imagina”, assinale
a alternativa correta.
Estabelecer pontes entre a ciência e a arte não é tarefa fácil. Se a revolução científica, com
sua valorização da metodologia experimental e sua necessidade de rigor, trouxe avanços
inegáveis para a humanidade, por outro lado também tornou o trabalho científico distante
do homem comum. Com isso, distanciou-o também da arte, que talhada para captar a
essência humana, o faz de maneira basicamente intuitiva. Tentativas de reaproximação até
existem, mas a inconstância e variabilidade no seu sucesso atestam a dificuldade da
empreitada. Um dos diálogos mais interessantes entre ciência e arte se deu nas primeiras
décadas do século 20, na relação entre o surrealismo e a psicanálise.
Os sonhos eram considerados proféticos e reveladores, até que, em 1899, Sigmund Freud
apresentou uma das primeiras tentativas de interpretá-los cientificamente no livro A
Interpretação dos Sonhos. Simplificando bastante, sonhos seriam um momento em que
conteúdos inconscientes surgiriam para nós, ainda que disfarçados, e caberia à psicanálise
desmascarar seu real significado.
inconsciente, tentando retratar esses conteúdos em suas obras, mas após a tradução do
livro de Freud para o espanhol, o pintor catalão Salvador Dalí tornou-se um dos maiores
entusiastas da obra freudiana. Segundo ele mesmo, o objetivo de sua pintura era
materializar as imagens de sua “irracionalidade concreta”.
Desde que se tornou fã declarado do médico austríaco, Dalí tentou se encontrar com ele.
Tanto insistiu que conseguiu, quando Freud já estava idoso e bastante doente. A reunião
não foi das mais frutíferas, já que os dois eram incapazes de conversar: Dalí não falava
alemão nem inglês, e Freud, além do câncer de mandíbula, não estava ouvindo bem. A
interação ficou limitada: Freud analisou um quadro recente de Dalí, enquanto esse passava
o tempo desenhando o psicanalista e o observava a conversar com o amigo e escritor
Stephan Zweig.
Em relação ao texto “O difícil, mas possível, diálogo entre a arte e a ciência”, assinale a
alternativa correta.
b) A apropriação que o surrealista Salvador Dalí fez da interpretação científica dos sonhos,
proposta pela psicanálise de Sigmund Freud,
é um representante do difícil, mas possível, diálogo entre a arte e a ciência, do qual trata o
texto.
c) O interessante diálogo entre ciência e arte, sobre o qual trata o texto, faz referência,
especificamente, ao evento em que o psicanalista Sigmund Freud recebeu a visita de
Salvador Dalí, quando, apesar das dificuldades comunicativas, puderam dialogar os
representantes da ciência e da arte daquele momento.
d) Por meio da revolução científica, apesar de terem trazido inegáveis avanços para a
humanidade, ciência e arte se distanciaram à medida que o trabalho científico se distanciou
do homem comum, já que a arte é produzida de modo intuitivo por esse homem comum.
e) Um dos diálogos entre a ciência e a arte se estabeleceu na psicanálise, por meio da
metodologia psicanalítica de interpretação dos sonhos proposta por Sigmund Freud a
partir da publicação do livro Interpretação dos Sonhos.
TEXTO 1
“Hei de vencer. Hei de vencer. Hei de vencer” – como o mantra da autoajuda pode te
derrotar
Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um
objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso. Se conseguirmos nos ver no alto do
pódio, ou na cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, essas metas são alcançadas,
já que o cérebro se convence do seu sucesso de antemão. Uma versão sofisticada do velho
mantra “Hei de vencer”. Muito interessante. Pena que não funciona.
Quando pesquisadores resolveram testar a ideia perceberam que tais técnicas não eram
apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que “visualizavam” boas notas acreditavam
mesmo que iriam bem nas provas, e por isso mesmo deixavam de estudar. Resultado?
Bomba! Pessoas em dieta que se imaginavam resistindo bravamente aos alimentos
calóricos caíam mais nas tentações do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a
carne é fraca.
Mas nem tudo está perdido. Existem sim técnicas motivacionais que podem nos levar a
melhorar nossa performance. O segredo é o foco. Vale recitar mantra ou tentar a
visualização, mas em vez de se voltar para o resultado final, é importante pensar no
processo. Um estudo on-line com mais de quarenta mil pessoas testou diferentes
abordagens. O desafio era um jogo de atenção e velocidade, no qual tinham que clicar nos
números de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na sequência correta. Para aumentar
a pressão, o jogo era contra um oponente (na verdade, um software, mas os voluntários
não sabiam disso). Diversas intervenções foram testadas, mas as que melhoraram o
desempenho dos jogadores foram as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si
mesmos) não o resultado, mas os processos ou os outcomes (que em inglês mais do que
resultado, traz a noção de consequência, desenlace). A instrução com foco no processo
era “Quero que você se veja jogando, sabendo que dessa vez você pode reagir mais
rapidamente”. Note que a ênfase está na velocidade de reação, em vez de no resultado
dela. Já para o outcome era “Quero que você se veja jogando, e se imagine batendo o
score anterior” Novamente, não basta se ver “vencendo”, mas melhorando em relação ao
esforço anterior.
Dizem que tudo o que a gente pode pensar já foi descoberto na Grécia Antiga. Bom, se é
verdade que ter certeza da vitória nos leva a colocar menos esforço na tarefa (aumentando
as chances de derrota), e se está provado que o foco tem que ser no processo e não no
resultado, então, mil anos atrás, Esopo já havia ensinado essa lição. Nem todos irão
concordar comigo, mas essa parece ser uma moral possível de se tirar da fábula sobre a
lebre e a tartaruga, na qual a ligeira lebre perde uma corrida para a lerda tartaruga.
Acreditando na
vitória fácil, ela cai no sono, enquanto a tartaruga vence por manter o foco no esforço. As
lições da fábula variam muito, desde “Quanto maior a pressa, pior a velocidade”, até “O
sucesso depende de usar os talentos, não apenas de tê-los”. Mas nós bem poderíamos
acrescentar: “Quem acredita que a vitória é certa, certamente acaba derrotado”.
Certo
Errado
“Hei de vencer. Hei de vencer. Hei de vencer” – como o mantra da autoajuda pode te
derrotar
Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um
objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso. Se conseguirmos nos ver no alto do
pódio, ou na cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, essas metas são alcançadas,
já que o cérebro se convence do seu sucesso de antemão. Uma versão sofisticada do velho
mantra “Hei de vencer”. Muito interessante. Pena que não funciona.
Quando pesquisadores resolveram testar a ideia perceberam que tais técnicas não eram
apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que “visualizavam” boas notas acreditavam
mesmo que iriam bem nas provas, e por isso mesmo deixavam de estudar. Resultado?
Bomba! Pessoas em dieta que se imaginavam resistindo bravamente aos alimentos
calóricos caíam mais nas tentações do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a
carne é fraca.
Mas nem tudo está perdido. Existem sim técnicas motivacionais que podem nos levar a
melhorar nossa performance. O segredo é o foco. Vale recitar mantra ou tentar a
visualização, mas em vez de se voltar para o resultado final, é importante pensar no
processo. Um estudo on-line com mais de quarenta mil pessoas testou diferentes
abordagens. O desafio era um jogo de atenção e velocidade, no qual tinham que clicar nos
números de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na sequência correta. Para aumentar
a pressão, o jogo era contra um oponente (na verdade, um software, mas os voluntários
não sabiam disso). Diversas intervenções foram testadas, mas as que melhoraram o
desempenho dos jogadores foram as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si
mesmos) não o resultado, mas os processos ou os outcomes (que em inglês mais do que
resultado, traz a noção de consequência, desenlace). A instrução com foco no processo
era “Quero que você se veja jogando, sabendo que dessa vez você pode reagir mais
rapidamente”. Note que a ênfase está na velocidade de reação, em vez de no resultado
dela. Já para o outcome era “Quero que você se veja jogando, e se imagine batendo o
score anterior” Novamente, não basta se ver “vencendo”, mas melhorando em relação ao
esforço anterior.
Dizem que tudo o que a gente pode pensar já foi descoberto na Grécia Antiga. Bom, se é
verdade que ter certeza da vitória nos leva a colocar menos esforço na tarefa (aumentando
as chances de derrota), e se está provado que o foco tem que ser no processo e não no
resultado, então, mil anos atrás, Esopo já havia ensinado essa lição. Nem todos irão
concordar comigo, mas essa parece ser uma moral possível de se tirar da fábula sobre a
lebre e a tartaruga, na qual a ligeira lebre perde uma corrida para a lerda tartaruga.
Acreditando na
vitória fácil, ela cai no sono, enquanto a tartaruga vence por manter o foco no esforço. As
lições da fábula variam muito, desde “Quanto maior a pressa, pior a velocidade”, até “O
sucesso depende de usar os talentos, não apenas de tê-los”. Mas nós bem poderíamos
acrescentar: “Quem acredita que a vitória é certa, certamente acaba derrotado”.
Certo
Errado
TEXTO
Oito de cada dez pessoas que vivem em zonas urbanas respiram um ar com níveis de
poluição que supera os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
com uma situação notoriamente mais grave nos países de renda média e baixa. Neste
último grupo de países, 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes não cumpre com
as normas internacionais em matéria de qualidade do ar, enquanto nos países ricos essa
porcentagem cai para 56%. Esses são alguns dados mais relevantes da base de dados sobre
poluição ambiental apresentada hoje pela OMS, que inclui informações de 3.000 cidades
em 103 países, o que representa a maior compilação de dados feita até o momento.
“Na maioria dos países pobres, a qualidade do ar está piorando e isso se tornou uma
tendência, enquanto se observa o contrário nos países com uma renda maior”, declarou o
coordenador do Departamento de Saúde Pública da OMS, Carlos Dora.
Se for feita uma extrapolação dos dados pode-se sustentar que mais da metade da
população urbana vive em cidades com um nível de poluição 2,5 vezes maior do que o
recomendado e que somente 16% respira um ar que cumpre com as normas. Na
apresentação desses dados à imprensa, Carlos Dora destacou que em todas as regiões,
inclusive demasiadamente pobres, algumas cidades estão conseguindo melhorar a
qualidade de seu ar, mas lamentou que “a maioria de cidades estejam no caminho errado”.
No entanto, a poluição ambiental não deve ser observada como uma fatalidade nos países
pobres: “há certas cidades que pertencem a países com poucos recursos e que
melhoraram a qualidade de seu ar e isso é muito promissor”.
A OMS atribui mais de 7 milhões de mortes por ano à poluição do ar, causada pela elevada
concentração de partículas pequenas e finas que provocam diversas doenças - câncer de
pulmão e doenças respiratórias - e aumenta o risco de derrame cerebral e cardiopatia.
Segundo Carlos Dora, se a poluição do ar fosse reduzida para uma quarta parte, conforme
os limites estabelecidos pela OMS, se conseguiria reduzir em 15% a mortalidade.
Certo
Errado
TEXTO
Oito de cada dez pessoas que vivem em zonas urbanas respiram um ar com níveis de
poluição que supera os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
com uma situação notoriamente mais grave nos países de renda média e baixa. Neste
último grupo de países, 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes não cumpre com
as normas internacionais em matéria de qualidade do ar, enquanto nos países ricos essa
porcentagem cai para 56%. Esses são alguns dados mais relevantes da base de dados sobre
poluição ambiental apresentada hoje pela OMS, que inclui informações de 3.000 cidades
em 103 países, o que representa a maior compilação de dados feita até o momento.
“Na maioria dos países pobres, a qualidade do ar está piorando e isso se tornou uma
tendência, enquanto se observa o contrário nos países com uma renda maior”, declarou o
coordenador do Departamento de Saúde Pública da OMS, Carlos Dora.
Se for feita uma extrapolação dos dados pode-se sustentar que mais da metade da
população urbana vive em cidades com um nível de poluição 2,5 vezes maior do que o
recomendado e que somente 16% respira um ar que cumpre com as normas. Na
apresentação desses dados à imprensa, Carlos Dora destacou que em todas as regiões,
inclusive demasiadamente pobres, algumas cidades estão conseguindo melhorar a
qualidade de seu ar, mas lamentou que “a maioria de cidades estejam no caminho errado”.
No entanto, a poluição ambiental não deve ser observada como uma fatalidade nos países
pobres: “há certas cidades que pertencem a países com poucos recursos e que
melhoraram a qualidade de seu ar e isso é muito promissor”.
A OMS atribui mais de 7 milhões de mortes por ano à poluição do ar, causada pela elevada
concentração de partículas pequenas e finas que provocam diversas doenças - câncer de
pulmão e doenças respiratórias - e aumenta o risco de derrame cerebral e cardiopatia.
Segundo Carlos Dora, se a poluição do ar fosse reduzida para uma quarta parte, conforme
os limites estabelecidos pela OMS, se conseguiria reduzir em 15% a mortalidade.
Infere-se do TEXTO que mais de 50% das cidades do mundo apresentam grau de
contaminação do ar acima do nível saudável. Em contrapartida, um número irrisório de
cidades dispõe de um ar com qualidade.
Certo
Errado
a) A empresa que está vendendo o carro só cobrará as parcelas dos meses de fevereiro e
de março.
c) Em “Março é por nossa conta”, infere-se que a empresa vendedora de carros dará um
desconto na parcela referente a esse mês.
e) O verbo pular foi usado com dois sentidos: o de “pular” carnaval, visto que fevereiro é
o mês típico dessa festa, e a propaganda é dessa época também; e o sentido de que não
se começa a pagar a parcela do carro no mês de fevereiro.
Antonio Candido
Para mim, Poços de Caldas está associada de modo essencial à ideia do livro e da leitura.
A cidade tinha 12.000 habitantes quando nela fomos morar, em janeiro de 1930. Eu ia pelos
onze anos e meio e era um pequeno leitor compulsivo, atraído pelos livros de um modo
um pouco maníaco. Tendo lido até então, desde os seis anos, livros infantis e já alguns para
adultos, mergulhei nestes em Poços, encontrando condições favoráveis para isso.
Meu pai era médico, mas além dos livros ligados à sua profissão tinha uma biblioteca de
filosofia, história e literatura. Ela ficara na maior parte guardada alguns anos no Rio de
Janeiro, enquanto morávamos na cidade sulmineira de Cássia. Abrindo os caixotes, meus
irmãos e eu fomos vendo sair deles centenas de volumes, nas suas brochuras leves ou em
sólidas encadernações. Nossos pais nos estimulavam a lê-los, nos puxando sempre para
cima, isto é, para obras destinadas a adultos, das quais meu pai costumava nos ler e
comentar trechos depois do jantar, antes de ir para o escritório e seus estudos.
[...]
Além disso, Poços de Caldas proporcionou a mim e meus irmãos o acesso a uma livraria
pequena, de qualidade, a Vida Social, situada na antiga Rua Bahia, atual Prefeito Chagas,
onde podíamos comprar não apenas livros em português, mas em francês e inglês. Os
livros brasileiros se enquadravam em maior parte no grande movimento renovador dos
anos 1930 e 40, quando o Brasil estava, por assim dizer, mudando de pele. Foi o tempo da
produção de obras importantes de economia, política, estudos sociais, bem como de
incorporação do Modernismo e fecundação das literaturas regionais. [...]
A Vida Social tinha singularidades, a maior das quais talvez tenha sido, como percebi
muitos anos depois, o fato de ter sido a única, em toda a minha vida de frequentador
contumaz de livrarias, onde vi posto à venda, em 1934, o Serafim Ponte Grande, de Oswald
de Andrade, magra brochura editada à custa do autor, com tiragem creio que de apenas
500 exemplares pouco distribuídos. Muito divertidos com o seu humor esfuziante e
desbragado, [meu amigo] José Bonifácio e eu o folheamos malemal na própria livraria com
licença do amigo João Vilela, pois não ousaríamos levá-lo para casa à vista das muitas
cenas e palavras “escabrosas”, como se dizia então. O que diriam os pais? Quanto ao
público, só teve acesso fácil ao Serafim na 2ª edição, de caráter regular, quase quarenta
anos depois...
[...]
Meu pai morreu prematuramente em 1942 e minha mãe foi morar em São Paulo, onde já
estavam os filhos, mas conservamos a casa [de Poços de Caldas] e nela íamos sempre.
Minhas filhas e meus sobrinhos a frequentaram até a maturidade e depois foi a vez dos
netos. Minha filha Ana Luisa contou a sua experiência caldense no livro que escreveu sobre
a sua infância: O pai, a mãe e a filha. Como disse com precisão poética em um de seus
livros meu irmão Roberto, “a casa era a nossa epiderme de alvenaria”, e até 1989, quando
a vendemos, uma espécie de sede da família. Para mim, foi sempre um remanso onde eu
ia ler e escrever, até que um dia os livros e as pessoas migraram e ela própria acabou
desaparecendo fisicamente.
[...]
Fonte: https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2016/04/08/ineditode-antonio-
candido-cita-raridade-escabrosa-de-oswald-de-andrade/.Acesso em: Junho/2017.
a) “Meu pai morreu prematuramente em 1942 e minha mãe foi morar em São Paulo, onde
já estavam os filhos [...].”
b) “A cidade tinha 12.000 habitantes quando nela fomos morar, em janeiro de 1930.”
c) “Meu pai era médico, mas além dos livros ligados à sua profissão tinha uma biblioteca
de filosofia, história e literatura.”
d) “Para mim, Poços de Caldas está associada de modo essencial à i deia do livro e da
leitura.”
e) “Ela ficara na maior parte guardada alguns anos no Rio de Janeiro, enquanto
morávamos na cidade sul-mineira de Cássia.”
Considerando a tirinha, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e
assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Parte da graça da tirinha advém do fato de Calvin atender o telefone como se ele mesmo
tivesse telefonado.
( ) A inversão de papéis é aceita pelo interlocutor de Calvin. Todavia, de fato, ele havia
telefonado por engano.
( ) A palavra “surreal” usada por Calvin descreve uma quebra de ordem, oriunda, no caso,
da troca de papéis por ele desempenhada.
a) V – F – F – V.
b) V – V – V – V.
c) F – V – V – F.
d) V – F – V – V.
e) V – V – F – F.
Mitologia: as dietas
Daniel Piza
A neurose por emagrecimento no mundo atual é diretamente proporcional à falta de
tempo no dia-a-dia. Porque tem poucas horas livres, exceto para a TV, a maioria das
pessoas come mal e é sedentária; logo, está mais e mais vulnerável à propaganda de
regimes e exercícios milagrosos – que as fazem emagrecer por alguns meses e depois
voltar ao que eram ou a situação pior. Há fenômenos que ressurgem periodicamente, como
agora o da corrida (“cooper”, no passado), mas que são subprodutos das mesmas
questões. O que menos se encontra é a tão alardeada moderação. O tom dominante é o
exagero para cima ou para baixo.
O ponto é o seguinte: se você quiser emagrecer, precisa comer menos e melhor; reduzir
doces, massas e gorduras, principalmente à noite. O resto é redundância midiática. Praticar
esportes é para manter o peso (depois de emagrecer) e o condicionamento, afinal 30
minutos na esteira consomem menos que 400 calorias ou dois sucos de laranja. Esse papo
de que caminhar uma hora por dia emagrece é bobagem, assim como essas dietas que
suprimem um grupo de alimentos (a carne vermelha é sempre o diabo da lista, embora
tenha proteínas dificilmente substituíveis), para não falar de regimes “da lua” e outros semi-
esoterismos. Capas e capas de revistas anunciam “segredos” numa área em que eles não
existem. Mas, tal como o silicone e a fast-food, seu apelo está em iludir o público com
efeitos fáceis.
Já virar maratonista amador depois de certa idade, lamento, não vai lhe garantir vida mais
longeva. Muito menos pele bonita. Se esse for o estilo de vida que deseja, parabéns e boa
sorte. Mas não venha dizer que é uma espécie de existência ideal, como se passar duas ou
três horas do dia se exercitando fosse uma prerrogativa de perfeição moral ou visual, não
um vício narcisista em muitos casos (que poderiam ser batizados de “serotoninômanos”).
Não dá para querer que todo mundo seja atleta. Três dias de atividade física por semana
são mais que suficientes para um cidadão empregado que tenha filhos, vida social e
cultural, etc. E ajudam a emagrecer, mas bem menos que a redução calórica. A mania do
emagrecimento é sintoma de uma sociedade que cada vez mais convive com a obesidade
por mistura de fatores alimentares e genéticos. Olhar feio para pessoas que estão 5 kg
acima do peso, como se fosse motivo de discriminação, é, para dizer o mínimo, irrealista.
Não é preciso ter, sei lá, 10% de taxa de gordura para ter saúde, autoestima ou beleza, itens
que dependem de muitos fatores além da vontade e do dinheiro. Mas a boa forma física
pode ter alguma chance quando não é exaltada como fonte de juventude eterna.
e) o gasto de 400 calorias é pouco, o que se constata pela comparação com apenas dois
sucos de laranja.
Mitologia: as dietas
Daniel Piza
O ponto é o seguinte: se você quiser emagrecer, precisa comer menos e melhor; reduzir
doces, massas e gorduras, principalmente à noite. O resto é redundância midiática. Praticar
esportes é para manter o peso (depois de emagrecer) e o condicionamento, afinal 30
minutos na esteira consomem menos que 400 calorias ou dois sucos de laranja. Esse papo
de que caminhar uma hora por dia emagrece é bobagem, assim como essas dietas que
suprimem um grupo de alimentos (a carne vermelha é sempre o diabo da lista, embora
tenha proteínas dificilmente substituíveis), para não falar de regimes “da lua” e outros semi-
esoterismos. Capas e capas de revistas anunciam “segredos” numa área em que eles não
existem. Mas, tal como o silicone e a fast-food, seu apelo está em iludir o público com
efeitos fáceis.
Já virar maratonista amador depois de certa idade, lamento, não vai lhe garantir vida mais
longeva. Muito menos pele bonita. Se esse for o estilo de vida que deseja, parabéns e boa
sorte. Mas não venha dizer que é uma espécie de existência ideal, como se passar duas ou
três horas do dia se exercitando fosse uma prerrogativa de perfeição moral ou visual, não
um vício narcisista em muitos casos (que poderiam ser batizados de “serotoninômanos”).
Não dá para querer que todo mundo seja atleta. Três dias de atividade física por semana
são mais que suficientes para um cidadão empregado que tenha filhos, vida social e
cultural, etc. E ajudam a emagrecer, mas bem menos que a redução calórica. A mania do
emagrecimento é sintoma de uma sociedade que cada vez mais convive com a obesidade
por mistura de fatores alimentares e genéticos. Olhar feio para pessoas que estão 5 kg
acima do peso, como se fosse motivo de discriminação, é, para dizer o mínimo, irrealista.
Não é preciso ter, sei lá, 10% de taxa de gordura para ter saúde, autoestima ou beleza, itens
que dependem de muitos fatores além da vontade e do dinheiro. Mas a boa forma física
pode ter alguma chance quando não é exaltada como fonte de juventude eterna.
Sobre o o título “Mitologia: as dietas” e sua relação com o tex to, é correto afirmar que
a) a palavra “mitologia” se refere aos deuses gregos, como Zeus e Apolo; daí o texto falar
sobre “semi-esoterismos”.
c) o termo “dietas” não está sendo utilizado de modo literal, já que se refere a histórias
inventadas e fantasiosas.
d) foi inadequadamente escolhido pelo autor devido ao fato de o texto falar de dietas,
mas não explicar seu caráter mitológico.
e) o correto deveria ser “Mitologia: a dietas”, visto que “a” é preposição e, portanto,
invariável em número.
A tirinha a seguir possui como parte verbal apenas a frase “começa mais um dia”. Apesar
de aparentar ser simples, essa frase ganha novos e mais complexos sentidos a partir das
imagens que a antecedem e acompanham. Sobre isso, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta a(s) correta(s) correta(s).
I. No último quadrinho, a imagem é esclarecida apenas por “mais um dia”, de modo que a
palavra “começa” é irrelevante.
II. O verbo “começa” é invariável, de modo que, se fossem “vários dias” em vez de “mais
um dia”, a frase ficaria “começa vários dias”.
III. A palavra “começa” se relaciona com os fatos descritos nos primeiros quadrinhos:
acordar, comer algo e sair de casa (pegando o elevador), na medida em que são ações
típicas do começo do dia de um trabalhador.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Lições de pesquisa
A proposta bourdiana de pôr em jogo as coisas teóricas, por sua vez, obriga o pesquisador
a operar com os conceitos, ou seja, usá-los como ferramentas de construção dos
fenômenos empíricos que constituem o foco da investigação. É, portanto, o avesso de uma
prática acadêmica ainda frequente, em que discursos teóricos antecedem e se articulam a
objetos de estudo pré-construídos. O resultado mais comum da sobre-valoração das
referências teóricas é o “efeito teoria” (Bourdieu, 1989, p. 47) que leva o pesquisador a
enxergar o que já se predispunha a encontrar, ou seja, torna-se a antítese da atividade de
pesquisa que se propõe problemas e questões a serem verdadeiramente pesquisados. A
recorrência dos quadros teóricos que antecediam as pesquisas — tão comum no início da
pós-graduação no Brasil — e impunham-se sobre os objetos de pesquisa foi uma expressão
bastante comum desse equívoco. No texto “Teoria como hipótese” (Brandão, 2002), a
autora desenvolve essa reflexão referindo-se à pesquisa, entre nós, e explicita o significado
operacional das teorias numa perspectiva bastante próxima da proposta por Bourdieu.
Eleri Hamer
É lógico que o título não reflete a realidade. Sabemos muito bem a importância
socioeconômica da pecuária e o que o mercado internacional representa para que os
preços ao produtor não despenquem mais ainda. Também é do conhecimento de muitos
que somente o PIB da atividade contribuiu com R$ 65 bilhões em 2006, além da relevância
na balança comercial e, principalmente, do lugar de destaque que a atividade ocupa no
mercado mundial, sobretudo, a partir de 2005. Para completar, sabemos ainda que boa
parte dessa riqueza fica na indústria frigorífica.
Algumas posturas talvez justifiquem o fato de ela ser a cadeia que melhor representa a
estratégia oportunista das firmas, em vez de estratégias de coopetição (estratégias de
cooperar para competir). Nota-se que, dentre as principais cadeias que compõem o
agronegócio nacional, foi justamente a que mais perdeu renda nos últimos anos.
O primeiro destaque para essa irrelevância dada ao mercado vem dos pecuaristas e está
na comunicação que circula ao longo da cadeia e parece não ultrapassar o varejo. As
mensagens do consumidor simplesmente não chegam ao produtor. Ou o produtor faz de
conta que não é com ele e continua produzindo ao seu modo.
Um é histórico e remonta à década de 70. Faz mais de 30 anos que ouço falar das
campanhas de vacinação contra a aftosa. É uma vergonha nacional. Se depois desse tempo
todo ainda precisamos gastar dinheiro público para convencer um picareta a vacinar o seu
gado, alguma coisa está errada.
Até hoje temos produtores que fazem de conta que vacinam o seu gado. Chegam ao
cúmulo (assim como há 30 anos atrás) de pagarem as vacinas para apresentarem as notas
e não aplicá-las, jogando os frascos no lixo. Para estes, proponho que sejam enquadrados
como crime lesa pátria e, por conseguinte, a cadeia.
Outra discussão a se destacar está na rastreabilidade que vem sendo debatida ou
protelada, como queiram, há quase dez anos. Enquanto outras cadeias se organizam e se
antecipam às demandas do mercado e eles próprios propõem processos de certificação e
de garantia da qualidade dos seus produtos, a pecuária parece que está brincando com o
mercado e sai na contramão.
Nesse sentido, ganha a cadeia que se organizar e se adaptar melhor e mais rápido a essas
demandas. Não temos consciência da demanda, portanto não nos afligimos com o que
não conhecemos. Se continuarmos a desempenhar esse papel, é quase certo que
perderemos o mercado conquistado a duras penas. Temos nos revelado craques em chorar
sobre o leite derramado. Uns, sobre as dívidas; e outros, sobre o mercado perdido.
Eleri Hamer
É lógico que o título não reflete a realidade. Sabemos muito bem a importância
socioeconômica da pecuária e o que o mercado internacional representa para que os
preços ao produtor não despenquem mais ainda. Também é do conhecimento de muitos
que somente o PIB da atividade contribuiu com R$ 65 bilhões em 2006, além da relevância
na balança comercial e, principalmente, do lugar de destaque que a atividade ocupa no
mercado mundial, sobretudo, a partir de 2005. Para completar, sabemos ainda que boa
parte dessa riqueza fica na indústria frigorífica.
Algumas posturas talvez justifiquem o fato de ela ser a cadeia que melhor representa a
estratégia oportunista das firmas, em vez de estratégias de coopetição (estratégias de
cooperar para competir). Nota-se que, dentre as principais cadeias que compõem o
agronegócio nacional, foi justamente a que mais perdeu renda nos últimos anos.
O primeiro destaque para essa irrelevância dada ao mercado vem dos pecuaristas e está
na comunicação que circula ao longo da cadeia e parece não ultrapassar o varejo. As
mensagens do consumidor simplesmente não chegam ao produtor. Ou o produtor faz de
conta que não é com ele e continua produzindo ao seu modo.
Um é histórico e remonta à década de 70. Faz mais de 30 anos que ouço falar das
campanhas de vacinação contra a aftosa. É uma vergonha nacional. Se depois desse tempo
todo ainda precisamos gastar dinheiro público para convencer um picareta a vacinar o seu
gado, alguma coisa está errada.
Até hoje temos produtores que fazem de conta que vacinam o seu gado. Chegam ao
cúmulo (assim como há 30 anos atrás) de pagarem as vacinas para apresentarem as notas
e não aplicá-las, jogando os frascos no lixo. Para estes, proponho que sejam enquadrados
como crime lesa pátria e, por conseguinte, a cadeia.
Nesse sentido, ganha a cadeia que se organizar e se adaptar melhor e mais rápido a essas
demandas. Não temos consciência da demanda, portanto não nos afligimos com o que
não conhecemos. Se continuarmos a desempenhar esse papel, é quase certo que
perderemos o mercado conquistado a duras penas. Temos nos revelado craques em chorar
sobre o leite derramado. Uns, sobre as dívidas; e outros, sobre o mercado perdido.
e) O oportunismo das firmas, nos últimos anos, tem feito a Cadeia de Produção Pecuária
perder rendas.
Eleri Hamer
É lógico que o título não reflete a realidade. Sabemos muito bem a importância
socioeconômica da pecuária e o que o mercado internacional representa para que os
preços ao produtor não despenquem mais ainda. Também é do conhecimento de muitos
que somente o PIB da atividade contribuiu com R$ 65 bilhões em 2006, além da relevância
na balança comercial e, principalmente, do lugar de destaque que a atividade ocupa no
mercado mundial, sobretudo, a partir de 2005. Para completar, sabemos ainda que boa
parte dessa riqueza fica na indústria frigorífica.
Algumas posturas talvez justifiquem o fato de ela ser a cadeia que melhor representa a
estratégia oportunista das firmas, em vez de estratégias de coopetição (estratégias de
cooperar para competir). Nota-se que, dentre as principais cadeias que compõem o
agronegócio nacional, foi justamente a que mais perdeu renda nos últimos anos.
O primeiro destaque para essa irrelevância dada ao mercado vem dos pecuaristas e está
na comunicação que circula ao longo da cadeia e parece não ultrapassar o varejo. As
mensagens do consumidor simplesmente não chegam ao produtor. Ou o produtor faz de
conta que não é com ele e continua produzindo ao seu modo.
Um é histórico e remonta à década de 70. Faz mais de 30 anos que ouço falar das
campanhas de vacinação contra a aftosa. É uma vergonha nacional. Se depois desse tempo
todo ainda precisamos gastar dinheiro público para convencer um picareta a vacinar o seu
gado, alguma coisa está errada.
Até hoje temos produtores que fazem de conta que vacinam o seu gado. Chegam ao
cúmulo (assim como há 30 anos atrás) de pagarem as vacinas para apresentarem as notas
e não aplicá-las, jogando os frascos no lixo. Para estes, proponho que sejam enquadrados
como crime lesa pátria e, por conseguinte, a cadeia.
Outra discussão a se destacar está na rastreabilidade que vem sendo debatida ou
protelada, como queiram, há quase dez anos. Enquanto outras cadeias se organizam e se
antecipam às demandas do mercado e eles próprios propõem processos de certificação e
de garantia da qualidade dos seus produtos, a pecuária parece que está brincando com o
mercado e sai na contramão.
Nesse sentido, ganha a cadeia que se organizar e se adaptar melhor e mais rápido a essas
demandas. Não temos consciência da demanda, portanto não nos afligimos com o que
não conhecemos. Se continuarmos a desempenhar esse papel, é quase certo que
perderemos o mercado conquistado a duras penas. Temos nos revelado craques em chorar
sobre o leite derramado. Uns, sobre as dívidas; e outros, sobre o mercado perdido.
Eleri Hamer
É lógico que o título não reflete a realidade. Sabemos muito bem a importância
socioeconômica da pecuária e o que o mercado internacional representa para que os
preços ao produtor não despenquem mais ainda. Também é do conhecimento de muitos
que somente o PIB da atividade contribuiu com R$ 65 bilhões em 2006, além da relevância
na balança comercial e, principalmente, do lugar de destaque que a atividade ocupa no
mercado mundial, sobretudo, a partir de 2005. Para completar, sabemos ainda que boa
parte dessa riqueza fica na indústria frigorífica.
Algumas posturas talvez justifiquem o fato de ela ser a cadeia que melhor representa a
estratégia oportunista das firmas, em vez de estratégias de coopetição (estratégias de
cooperar para competir). Nota-se que, dentre as principais cadeias que compõem o
agronegócio nacional, foi justamente a que mais perdeu renda nos últimos anos.
O primeiro destaque para essa irrelevância dada ao mercado vem dos pecuaristas e está
na comunicação que circula ao longo da cadeia e parece não ultrapassar o varejo. As
mensagens do consumidor simplesmente não chegam ao produtor. Ou o produtor faz de
conta que não é com ele e continua produzindo ao seu modo.
Um é histórico e remonta à década de 70. Faz mais de 30 anos que ouço falar das
campanhas de vacinação contra a aftosa. É uma vergonha nacional. Se depois desse tempo
todo ainda precisamos gastar dinheiro público para convencer um picareta a vacinar o seu
gado, alguma coisa está errada.
Até hoje temos produtores que fazem de conta que vacinam o seu gado. Chegam ao
cúmulo (assim como há 30 anos atrás) de pagarem as vacinas para apresentarem as notas
e não aplicá-las, jogando os frascos no lixo. Para estes, proponho que sejam enquadrados
como crime lesa pátria e, por conseguinte, a cadeia.
Nesse sentido, ganha a cadeia que se organizar e se adaptar melhor e mais rápido a essas
demandas. Não temos consciência da demanda, portanto não nos afligimos com o que
não conhecemos. Se continuarmos a desempenhar esse papel, é quase certo que
perderemos o mercado conquistado a duras penas. Temos nos revelado craques em chorar
sobre o leite derramado. Uns, sobre as dívidas; e outros, sobre o mercado perdido.
TEXTO 1
O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia
parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?
O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma
mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15, ela
não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Parece que não temos mais
intervalos”. Maria Helena Oliva Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a
percepção temporal muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no
cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila”.
O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas
relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional
ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho: “Nós somos nossas
relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas acabam sendo comprometidas,
comprometem toda a nossa vida. A vida é composta pelas nossas ações no tempo e cada
vez menos a gente tem autonomia sobre ela”.
a) Prejuízo nas interações sociais, mudança da percepção temporal, falta de tempo para
o lazer.
d) Cobranças cada vez mais intensas, depressão e angústia, dias mais curtos.
TEXTO 2
QUINO. Toda Mafalda. 2ª edição. São Paulo, Martins Fontes, 2010. Disponível em:
http://www.propostasensinodefisica.net/1_THs/molduras/tiras_main_fmc.htm
a) A tirinha de Quino tem como tema central uma crítica às muitas lições de casa passadas
às crianças no mundo moderno.
b) O terceiro quadrinho representa uma briga entre as crianças por causa da divergência
a respeito do que iriam brincar.
c) A tirinha de Quino demonstra que as exigências da vida moderna interferem até nas
brincadeiras infantis, o que é corroborado pela fala de Mafalda no último quadrinho.
d) Mafalda e seus amigos fazem uma crítica direta às guerras nucleares, na medida em
que demonstram que ela, rapidamente, pode acabar com a vida moderna.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24070
c) à acentuação gráfica.
e) a sua preocupação quanto ao desespero das pessoas que, cansadas, disputam por um
banco no ônibus.
Questão 318: Instituto AOCP - ACE (Pinhais)/Pref Pinhais/2017
Um rato que morava na cidade, acertando de ir ao campo, foi convidado por outro, que lá
morava, e levando-o à sua cova, comeram ambos coisas do campo, ervas e raízes. Disse o
Cidadão ao outro: – Por certo, compadre, tenho dó de ti, e da pobreza em que vives. Vem
comigo morar na cidade, verás a riqueza, e a fartura que gozas. Aceitou o rústico e vieram
ambos a uma casa grande e rica, e entrados na despensa, estavam comendo boas comidas
e muitas, quando de súbito entra o despenseiro, e dois gatos após ele. Saem os Ratos
fugindo. O de casa achou logo seu buraco, o de fora trepou pela parede dizendo: Ficai vós
embora com a vossa fartura; que eu mais quero comer raízes no campo sem sobressaltos,
onde não há gato nem ratoeira. E assim diz o adágio: Mais vale magro no mato, que gordo
na boca do gato.
Moral da história: Mais vale magro no mato, que gordo na boca do gato.
Fonte: http://fabulasinfantis.blogs.sapo.pt/
c) Montesinho resolveu ir para a cidade a convite de seu compadre para fazer uma rápida
visita, mas, chegando à sua casa, também rapidamente resolveu ir embora.
d) O provérbio “Mais vale magro no mato, que gordo na boca do gato.”, ensina que
uma pessoa magra que vive na natureza é mais saudável do que um gordo que come de
tudo acreditando que, por se alimentar bastante, está sendo bem alimentado e
aproveitando vários nutrientes.
e) Montesinho, ao dizer “[...] eu mais quero comer raízes no campo [...]”, sentiu saudades
da comida do campo, e, por isso, quis voltar.
Questão 319: Instituto AOCP - AMOP (Pinhais)/Pref Pinhais/2017
11 de setembro de 1991
Querido amigo,
Eu não tenho muito tempo porque meu professor de inglês avançado me deu um livro para
ler e gosto de ler os livros duas vezes. Por acaso, o livro é O sol nasce para todos (To kill a
mockingbird). Se você ainda não leu, acho que deve, porque é muito interessante. O
professor me disse para ler alguns capítulos de cada vez, mas eu não gosto de ler os livros
dessa forma. Leio logo metade dele na primeira vez.
Mas eu estou escrevendo porque vi meu irmão na televisão. Normalmente não gosto
muito de esportes, mas essa foi uma ocasião especial. Minha mãe começou a chorar, e
meu pai colocou o braço em seu ombro, e minha irmã sorriu, o que é engraçado, porque
meu irmão e minha irmã sempre brigam quando ele está por aqui.
Mas meu irmão mais velho estava na televisão, e até agora foi a melhor coisa que
aconteceu em minhas duas semanas de escola. Sinto muita falta dele, o que é estranho,
porque nós nunca conversamos muito quando ele está aqui. Nós não conversamos nunca,
para ser sincero. Eu diria a você em que posição ele joga, mas, como eu já lhe disse,
gostaria de ser anônimo para você. Espero que você entenda.
Com amor,
Charlie
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). Se é verdade que
um texto dissertativo deve primar pela clareza e exatidão, há outros em que a obscuridade
e eventuais contradições podem ser consideradas como virtudes. O texto apresentado,
por exemplo, faz uso dessa ferramenta estilística ao
I. não explicar com clareza que o desprezo do remetente por esportes faz com que ele
não saiba dizer em que posição seu irmão joga.
II. citar o abraço dos pais como um símbolo do apreço que eles sentem dos filhos.
III. se valer de certas ações no presente que parecem contradizer ou problematizar
determinadas lembranças.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Leia o texto “De volta à tradição”, apresentado abaixo, o qual é parte do capítulo de um
livro, e, a partir dele, responda a questão que o segue.
De volta à tradição
Em 1930, ocorreu uma mudança na vida de Villa-Lobos que deu à sua obra uma nova
orientação, bastante forte. Iniciavam-se aí os quinze anos, aproximadamente, em que Villa-
Lobos se dedicaria totalmente a seu país. Com isso, chegava ao fim o papel da vanguarda
parisiense, marcada pela ousadia inovadora e pela criatividade experimental. Villa-Lobos
manteve-se ligado ao pensamento nacional-brasileiro, mas não se relacionava mais com o
público parisiense curioso e versado, que esperava dele uma música impressionante
pouco convencional, exótica e excêntrica. Seus companheiros, agora, eram os
funcionários do regime Vargas, que se prevaleciam da fidelidade nacional, e os professores
de música pouco experientes e pouco viajados.
a) a grande mudança, sobre a qual o texto fala, foi que Villa-Lobos, dedicando-se à língua
materna, passou a escrever o texto de suas obras vocais, além de ter contato com poetas.
d) Villa-Lobos pode ter musicado obras de Bandeira, quer ligadas ao Simbolismo, quer,
ao Modernismo.
Esses números fazem parte do resultado de uma pesquisa que realizei com 813
integrantes das três maiores organizadas de São Paulo. São dados que desmentem a visão
de que seus filiados são vagabundos que se associam para o crime. Costuma-se
generalizar, mostrando que as mortes que ocorrem no futebol têm a ver apenas com as
torcidas. Não é verdade. Por isso, pregar a extinção das organizadas para estancar a
violência é a mesma coisa que defender o fim do Senado para acabar com a corrupção.
Obviamente, os crimes e delitos praticados por membros de torcidas devem ser punidos,
como deveria acontecer com todos. Mas a falta de leis específicas e a cultura da
impunidade no Brasil jogam contra a paz no futebol. No Senado, tramita um projeto de lei
que talvez mude esse panorama, modificando e ampliando os direitos e deveres dos
torcedores e dos organizadores das partidas de futebol. Mas, até que essa lei surta efeito,
poderíamos ao menos abandonar o preconceito com que tratamos as torcidas
organizadas. E deixar de apontá-las como as únicas vilãs de uma história que não tem
mocinhos.
b) as torcidas organizadas são compostas por pessoas de mesmo grupo étnico, cujo
objetivo são as atitudes assistencialistas.
Os autores, ligados a institutos de pesquisa sobre o câncer nos Estados Unidos, sugerem
que uma substância presente nesses vegetais, conhecida como isotiocianato de alila -
composto responsável pelo sabor forte desses vegetais -, pode ajudar no combate ao
câncer de bexiga. Durante o estudo, feito em ratos, os cientistas notaram que o avanço da
doença foi interrompido em 30% dos casos e a contaminação de outros órgãos por células
cancerígenas (metástase) foi completamente impedida em todas as cobaias.
Plantas normalmente utilizam o isotiocianato de alila como uma arma para combater
ameaças como insetos herbívoros. Na pesquisa, os ratos foram alimentados com pó de
semente de mostarda. O tratamento durou três semanas. Os roedores com a dieta especial
foram comparados com um grupo controle - que não recebeu nenhuma comida especial
para combater o câncer.
Apesar do trabalho não ser conclusivo sobre a aplicação direta dos benefícios da
mostarda em humanos, os pesquisadores acreditam que outras pesquisas podem surgir
para provar o benefício dos vegetais no combate ao câncer.
Já o câncer de bexiga pode gerar a contaminação de outros órgãos em até 30% dos casos
em humanos. Após as células cancerígenas se espalharem, o paciente normalmente
precisa de um tratamento agressivo e, em alguns casos, remover a bexiga, com chances
pequenas de sobrevivência.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos,
pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil
universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet,
têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo
o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir
seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento indiferente acaba
sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há
pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda.
Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da
Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos no
Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narcisista tende
a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que
tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos,
como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o
contrário.
Adaptado de Superinteressante. Disponível em: http://super.abril.com.br/tecnologia/o-
lado-negro-do-facebook/
d) quanto mais amigos a pessoa tem no Facebook menos comentários agressivos ela
tende a fazer.
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos,
pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil
universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet,
têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo
o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pessoas quando não queremos ouvir
seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento indiferente acaba
sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há
pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda.
Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da
Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos no
Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narcisista tende
a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que
tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos,
como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o
contrário.
Considerando o gênero textual do texto de apoio, o uso das aspas duplas no segundo
parágrafo indica que o produtor
a) desconhece a voz do sujeito que escreveu a informação citada, mas deve relatá-la com
a maior fidelidade e objetividade possível, recurso comum em Notícias.
b) utiliza uma estratégia discursiva para criticar o fato de as pessoas apenas postarem
aspectos positivos de sua vida, de modo a dar ao leitor uma visão múltipla e consistente
dos fatos relatados, característica comum em Artigos de Opinião.
e) demarca uma outra voz que não a sua, a qual pode ser reproduzida na íntegra ou em
parte, para produzir um efeito de credibilidade e objetividade, recurso comum em
Reportagens.
É saber sonhar
Em todas as situações
assim?
É capaz de comprar
Sorriso a se compartilhar
Em seu texto, intitulado Trem bala, a cantora Ana Vilela aborda qual das seguintes
temáticas?
a) A brevidade da vida e a importância de valorizarmos o tempo, os acontecimentos e as
pessoas.
Nestas últimas décadas, surgiu uma geração de pais sem filhos presentes, por força de uma
cultura de independência e autonomia levada ao extremo, que impacta negativamente no
modo de vida de toda a família. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem
acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais
lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem
ágeis nos gestos e decisões.
Separação e responsabilidade
Nos tempos de hoje, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos
e as distâncias não ocupam mais do que algumas quadras ou quilômetros que podem ser
vencidos em poucas horas. Nasceu uma geração de “pais órfãos de filhos”. Pais órfãos que
não se negam a prestar ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas
escolas e pagam viagens de estudo fora do país. Pais que cedem seus créditos consignados
para filhos contraírem dívidas em seus honrados nomes, que lhes antecipam herança, mas
que não têm assento à vida familiar dos mais jovens, seus próprios filhos e netos, em razão
– talvez, não diretamente de seu desinteresse, nem de sua falta de tempo – da crença de
que seus pais se bastam.
Este estilo de vida, nos dias comuns, que não inclui conversa amena e exclui a “presença
a troco de nada, só para ficar junto”, dificulta ou, mesmo, impede o compartilhamento de
valores e de interesses por parte dos membros de uma família na atualidade, resulta de
uma cultura baseada na afirmação das individualidades e na política familiar focada nos
mais jovens, nos que tomam decisões ego-centradas e na alta velocidade: tudo muito
veloz, tudo fugaz, tudo incerto e instável. O desespero calado dos pais desvalidos, órfãos
de quem lhes asseguraria conforto emocional e, quiçá material, não faz parte de uma
genuína renúncia da parte destes pais, que “não querem incomodar ninguém”, uma falsa
racionalidade – e é para isso que se prestam as racionalizações – que abala a saúde, a
segurança pessoal, o senso de pertença. É do medo de perder o pouco que seus filhos lhes
concedem em termos de atenção e presença afetuosa. O primado da “falta de tempo”
torna muito difícil viver um dia a dia em que a pessoa está sujeita ao pânico de não ter com
quem contar.
FRAIMAN, A. “Idosos órfãos de filhos vivos são os novos desvalidos do século XXI”.
Disponível em <http://www.revistapazes.com/54402/>. Acesso em 30 out. 2017.
(Adaptado)
d) a política familiar focada nos jovens, que prezam pela rapidez e pelas relações fugazes,
dificulta o compartilhamento de informações e valores dentre os membros das famílias de
hoje.
e) o empréstimo de dinheiro aos filhos e a antecipação da herança são os fatores que mais
aborrecem os idosos.
Redação Oficial
Questão 327: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
a) Impessoalidade.
c) Clareza.
d) Concisão.
e) Informalidade.
Questão 328: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja
comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c)
alguém que receba essa comunicação.
a) Quem comunica pode ser, em casos extremos, o Serviço Público (este ou aquele
Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção).
b) Como se trata de Serviço Público, a comunicação pode ser feita em nome do Chefe
de determinada Seção.
c) A comunicação não pode ser dirigida a um cidadão, mesmo que seja concebido como
público, mas somente a outro órgão público.
d) Como destinatário dessa comunicação, dos três Poderes da União, somente o
Executivo poderá receber redação oficial.
Questão 329: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
a) As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas
apenas por cidadãos brasileiros que estão ligados a esses órgãos.
b) As comunicações que partem dos órgãos públicos podem ser compreendidas apenas
por cidadãos com ensino superior.
c) O uso da linguagem deve ser restrito a determinados grupos, pois um texto marcado
por expressões de circulação restrita, como os regionalismos vocabulares ou o jargão
técnico, facilita a compreensão.
Quanto aos aspectos gerais da redação oficial, assinale a alternativa que apresenta uma
das finalidades das comunicações oficiais.
A redação de documentos oficiais define-se como todo ato normativo e toda comunicação
do Poder Público. Diante disso, assinale a alternativa que NÃO é condizente com a redação
de documentos oficiais.
e) A clareza deve ser a qualidade imprescindível de todo texto oficial. Para um texto ser
claro, é necessário que este possibilite a imediata compreensão pelo leitor.
Esses números fazem parte do resultado de uma pesquisa que realizei com 813
integrantes das três maiores organizadas de São Paulo. São dados que desmentem a visão
de que seus filiados são vagabundos que se associam para o crime. Costuma-se
generalizar, mostrando que as mortes que ocorrem no futebol têm a ver apenas com as
torcidas. Não é verdade. Por isso, pregar a extinção das organizadas para estancar a
violência é a mesma coisa que defender o fim do Senado para acabar com a corrupção.
Enquanto alguns culpam apenas as torcidas organizadas, outros responsáveis pelo
problema são poupados. Há o Estado, que muitas vezes não oferece um policiamento de
qualidade, preparado para atuar em jogos de futebol. Jogadores e dirigentes incitam a
violência com declarações impensadas. E grande parte da imprensa, na ânsia de encontrar
respostas imediatas a um problema histórico, comete equívocos básicos, como não ouvir
todas as partes envolvidas. O resultado é uma visão deturpada e preconceituosa, que não
contribui para a superação do problema.
Obviamente, os crimes e delitos praticados por membros de torcidas devem ser punidos,
como deveria acontecer com todos. Mas a falta de leis específicas e a cultura da
impunidade no Brasil jogam contra a paz no futebol. No Senado, tramita um projeto de lei
que talvez mude esse panorama, modificando e ampliando os direitos e deveres dos
torcedores e dos organizadores das partidas de futebol. Mas, até que essa lei surta efeito,
poderíamos ao menos abandonar o preconceito com que tratamos as torcidas
organizadas. E deixar de apontá-las como as únicas vilãs de uma história que não tem
mocinhos.
a) da prolixidade.
b) da impessoalidade.
d) da formalidade.
e) da padronização.
b) Formalidade e padronização.
c) Legalidade e eficiência.
d) Transparência e inteligibilidade.
e) Clareza e concisão.
d) É aquele utilizado nos atos e comunicações oficiais que busca consagrar a utilização
de uma forma de linguagem burocrática.
e) É a linguagem técnica empregada nas situações em que seu uso deve ser
indiscriminado, caracterizando o vocabulário próprio à determinada área.
Questão 337: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
Questão 338: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
a) Prefeito Municipal.
b) Reitor de Universidade.
c) Papa.
d) Cardeais.
Qual é a forma ou o pronome de tratamento que deve ser utilizado para juízes?
a) Vossa Excelência.
b) Vossa Eminência.
c) Vossa Senhoria.
d) Ilustríssimo.
e) Digníssimo.
Questão 340: Instituto AOCP - Ag Leg (CM RB)/CM RB/"Sem Área"/2016
e) Senhor Prefeito.
Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito dos fechos para
comunicações oficiais.
a) Em 1937, o Ministério da Justiça estabeleceu quinze padrões, mas hoje são apenas
quatro.
Questão 342: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
Existem três tipos de expedientes que se diferenciam pela finalidade: o ofício, o aviso e o
memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que
siga o que chamamos de padrão ofício.
Considere o excerto apresentado e, com relação às partes do documento no Padrão
Ofício, assinale a alternativa correta.
a) Dos três expedientes, apenas o ofício deve conter tipo e número do expediente,
seguido da sigla do órgão que o expede.
b) Dos três expedientes, somente o ofício e o memorando devem conter tipo e número
do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.
c) Todos eles devem apresentar local e data em que foi assinado, por extenso, alinhados
à direita.
Questão 343: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
a) Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 11 no texto em geral, 10
nas citações e 09 nas notas de rodapé.
c) Os ofícios, memorandos e anexos destes não poderão ser impressos em ambas as faces
do papel.
d) O início de cada parágrafo do texto deve ter 3,0 cm de distância da margem esquerda.
e) Deve ser utilizado espaçamento duplo entre as linhas e de 6 pontos após cada
parágrafo.
Assinale a alternativa que apresenta a comunicação oficial comum aos órgãos que
compõem Administração Federal.
a) Correspondência oficial.
b) Ato institucional.
c) Carta constitucional
d) Padrão ofício.
e) Instrução normativa.
A redação oficial possui o padrão ofício que inclui três tipos de expedientes, os quais
possuem peculiaridades individuais e semelhanças entre si. Assinale a alternativa que
apresenta uma das semelhanças dessas comunicações oficiais.
a) Aviso.
b) Ofício.
c) Mensagem.
d) Memorando.
e) Exposição de motivos.
Questão 348: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Redação e Revisão/2016
b) É o instrumento por meio do qual a pessoa física ou jurídica outorga poderes a outra.
a) O Aviso é uma modalidade mais informal do que o Ofício, que se destina aos Ministros
de Estado.
b) O Aviso requer nome do órgão, endereço e telefone, e o Ofício requer ainda o correio
eletrônico.
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo
a) da assinatura.
b) do local e da data.
c) do destinatário.
d) do assunto.
e) do vocativo.
b) Memorando e mensagem.
c) Ofício e memorando.
d) Aviso e ofício.
e) Mensagem e aviso.
e) Não pôde encaminhar o trabalho no prazo, nem não teve tempo para revisá-lo.
a) Aviso e ofício seguem o modelo requerido para o padrão ofício, com acréscimo do
vocativo, que invoca o destinatário seguido de vírgula.
e) Um memorando deve ser redigido, pois trata-se de uma comunicação de assunto oficial
entre setores de um mesmo Órgão.
Em relação a fechos atuais em ofício, quais tipos de expedientes que se diferenciam antes
pela finalidade do que pela forma?
a) O vocativo e o texto.
Gabarito
1) D 2) A 3) E 4) D 5) B 6) B 7) B 8) D 9) A 10) B 11) C 12) A 13) B 14) D 15) B 16) B 17) E 18) B
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153) Certo 154) Certo 155) Errado 156) Certo 157) Errado 158) Errado 159) Errado 160) Certo
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