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Os números complexos.

Definição: Um número complexo é um objeto da forma a + bi, em que


a, b ∈ R e i é um simbolo formal, solução da equação x2 + 1 = 0 ou seja
i2 = −1.Diremos que dois números complexos a + bi e c + di são iguais se
a = c e b = d. Indicaremos por C o conjunto de todos números complexos.

O passo fundamental para o desenvolvimento dos números complexos foi a


representação geométrica dada a eles por Gauss, no século XV III. Podemos
identificar o número complexo z = a + bi com o ponto do plano cartesiano
(a, b). Assim temos a representação do conjunto dos números complexos no
plano. Esse plano é chamado de plano complexo.
Como z = a + bi = (a, b) ∈ R2 podemos dar outra representação para os
números complexos usando a forma polar.

a z


Seja z = a + bi um número complexo não nulo. E seja r = a2 + b2 o
módulo de z, que representa a distância do ponto (a, b) à origem do plano
cartesiano, e por θ o ângulo formado pelo segmento de reta unindo (0, 0) a

1


(a, b) e o semi-eixo positivo 0x, medido em sentido anti-horario, chamado de
argumento de z e designado por arg(z), com 0 ≤ θ ≤ 2π.
Dessa forma temos :

 a = r cos θ
b = r sin θ

z = r(cos θ + i sin θ)
O resultado seguinte deixará claro o motivo da representação polar ter
sido introduzida.
Teorema: Sejam z e w números complexos e suponha que
z = r(cos θ + i sin θ)
w = R(cos φ + i sin φ)
sejam suas representações polares. Então:

z.w = R(cos(θ + φ) + i sin(θ + φ))

Em outras palavras, para multiplicar dois complexos em sua forma polar,


nós multiplicamos seus módulos e somamos seus argumentos.
Demonstração: Usamos duas formas trigonométricas bastante conheci-
das:

cos(θ + φ) = cos θ cos φ − sin θ sin φ


sin(θ + φ) = sin θ cos φ + cos θ sin φ

agora,

z.w = [r(cos θ + i sin θ)].[R(cos φ + i sin φ)]


= r.R(cos θ + i sin θ).(cos φ + i sin φ)
= r.R[(cos θ cos φ − sin θ sin φ) + i(sin θ cos φ + cos θ sin φ)
= r.R(cos(θ + φ) + i sin(θ + φ)),

o que encerra a prova.


Observação: Do ponto de vista geométrico multiplicar um núnero com-
π
plexo pela unidade imaginaria i, significa realizar uma rotação de no sen-
2
tido anti-horario. Com efeito, basta observar que a forma polar da unidade

2
π π
imaginaria é; i = cos + i sin . Portanto , quando multiplicamos um com-
2 2
plexo por i não alteramos seu módulo, posto que |i| = 1, mas o argumento
π
fica adicionado de provocando a rotação de igual ângulo.
2
Vamos ver agora uma aplicação dos números complexos à geométria.

A ilha do tesouro

Dois piratas decidem enterrar um tesouro em uma ilha. Escolhem, como


pontos de referência, uma árvore e duas pedras. Começando na árvore, me-
dem o número de passos até a primeira pedra. Em seguida, dobram à direita,
π
segundo um ângulo , e caminham o mesmo número de passos até alcançar
2
um ponto, onde fazem uma marca. Voltam à árvore, medem o número de
passos desde a árvore até a segunda pedra, dobram á esquerda , segundo
π
um ângulo de , e caminham o mesmo número de passsos até alcançar um
2
ponto, onde fazem outra marca. Finalmente, enterram o tesouro exatamente
no ponto médio entre as duas marcas.

Anos mais tarde, os dois piratas voltam à ilha e decidem desenterrar o


tesouro, mas, para sua decepção, constatam que a árvore não existe mais ( o
vento, a chuva e os depredadores a haviam arrancado). Então um dos piratas
decide arriscar. Escolhe ao acaso um ponto da ilha e diz: Vamos imaginar que
a árvore estivesse aqui. Repete então os mesmos procedimentos de quando
havia enterrado o tesouro: conta os passos até a primeira pedra, dobra à
direita. etc.., e encotra o tesouro.

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A pergunta é: esse pirata era sortudo ou um matemático?

Qual a relação entre o problema e os números complexos?


Bem, tudo se baseia em dois fatos fundamentais;
1)Multiplicar um complexo pela unidade imaginaria i equivale a girá-lo
de um ângulo reto possitivo.
2)No plano complexo, a diferença entre dois conplexos A − B traduz um
vetor com origem em B e extremidade em A.
De fato , dados dois complexos A, B eles podem ser identificados como
pontos do plano, e no plano esses pontos podem se representado por dois


vetores −

a = A − 0, b = B − 0, em que − →a é um vetor com origem em (0,0)


e extremidade em A, e b é um vetor com origem em (0,0) e extremidade em


B. A diferença A − B = −→a − b é por definição um vetor com origem en B
e extremidade em A.

a-b
b

A
a

4
A figura abaixo ilustra a situação do problema. Sendo A a árvore, e P
e Q as pedras, o tesouro será enterrado no ponto T médio dos pontos P’ e
Q’. Considerando os pontos pertencentes o plano conplexo, não importando
onde esteja a origem.

Q P
A

Q' T P'

5
P 0 + Q0
Como T está no ponto médio de P 0 e Q0 então temos que T =
2
Por outro lado i(A − P ) = P 0 − P . Basta observar a figura, onde P − 0 =

− −

p , P 0 − 0 = p0 e A − 0 = −→
a

P
a-p
A

i(a-p)=p'-p
a p

p' P'

Logo P 0 = P − i(P − A).

6
Por outro lado A−Q = i(Q0 −Q). Basta observar a figura onde Q−0 = −

q,
0

→0 −

Q −0= q e A−0= a

Q i(q'-q)=a-q
A
q'-q
q
a
Q'
q'

Logo Q0 = Q + i(Q − A).


P 0 + Q0 P − i(P − A) + Q + i(Q − A) P +Q
Portanto T = = = +
2 2 2
Q−P
i , logo T não depende da posição da árvore, ou seja o pirata era um
2
matemático.

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