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Metodologia
do ensino
de lutas
Unidade 2
LUTAS NA ESCOLA
Mário Molari
52 Lutas na escola
U2
Introdução à unidade
Olá! Nesta unidade vamos conhecer a evolução das lutas e nos apropriar
de conhecimentos pertinentes à introdução delas no contexto escolar. Você
compreenderá que por meio da luta é possível criar ações que possam contribuir
com a melhora da educação da criança, permitindo que ela leve esse conhecimento
para a vida adulta. Também discutiremos sobre as possibilidades de atividades que
podem facilitar o processo da inclusão dos conteúdos pertinentes as lutas na escola.
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Assim como nos outros esportes, na luta também está representada grande
parte das situações da própria vida, só que com grande exigência ética. Imaginemos
um espaço delimitado, em que devemos, durante um tempo predeterminado,
enfrentar um oponente, estando este a nós equiparado em categoria de peso,
tamanho e graduação técnica. Tais condições, somadas à ação de controle das
regras, faz com que haja um grande equilíbrio entre os oponentes. A partir daí farão
a diferença as qualidades extremamente desejáveis, como: coragem, perseverança,
autoconfiança, paciência, tolerância ao estresse, tolerância à dor, capacidade de
raciocínio e processamento de informações sob pressão adquiridas por meio do
treinamento, desejo de autossuperação e respeito às regras.
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Seção 1
A origem das lutas
Introdução à Seção
A evolução das lutas é um conhecimento que deve estar incorporado nas
aulas que tratam dessa questão e, por isso, é um conteúdo que deve constar no
currículo escolar nas aulas de Educação Física. A questão histórica das lutas faz
parte da perspectiva histórica humana que apresenta um processo advindo da
antiguidade, Idade Média e dos dias atuais. Na antiguidade, as lutas eram vistas
como um meio de sobrevivência. Na Idade Média, muda-se para perspectiva social
e humana e, na atualidade, as lutas ganham espaço pedagógico nas mais diversas
áreas de atuação.
Desde o início de sua história, o homem teve que se organizar para sobreviver
e foi no movimento da natureza, em todos os seus fenômenos que parece ter
encontrado o que necessitava.
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Oliveira (2004) aponta que na região situada entre os rios Tigre e Eufrates, os
sumérios, os caldeus ou os babilônios e os assírios disputavam com os egípcios a
primazia histórica de haver alcançado o momento cultural denominado “civilização”,
mas até então os seres humanos se levantavam com os primeiros raios de sol e iam
dormir quando não podiam mais usufruir da luz que do astro emanava.
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E foi na Índia, em 520 a. C., onde um príncipe Hindu, por meio de suas
pesquisas marciais, criou um método de luta, tendo como principal arma as mãos.
Para o desenvolvimento desse estilo de luta sacrificou muitos escravos, aplicando
os golpes nos pontos vitais, tendo como objetivo descobrir os pontos fracos do
corpo humano. A este método de luta foi atribuído o nome de “Vajramushti”, sendo
traduzido como os punhos fechados podem se transformar em um diamante por
sua resistência (LUBES, 1991, p. 21). O principal objetivo da luta era desenvolver no
indivíduo a meditação, o físico e a defesa pessoal.
Segundo Lubes (1991), nesse período, segue da Índia para China um dos samurais
que tinha domínio da luta marcial Vajramushti. Seu destino era lecionar no templo de
Shaolin, conhecido naquele período como Shorin-ji. Este samurai ficou conhecido
na Índia como Bodhidharma (“Bodhi” significava intuição e, “Dharma”, lei), na China
como Ta Mo e entre os japoneses como Daruma Daishi (LUBES, 1991).
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A luta, então, pode ser definida como uma forma de expressão cultural e corporal
na qual as pessoas que praticam desenvolvem os aspectos cognitivos, motores e
sociais. As artes marciais se diferenciam por inserir em seus contextos aspectos
filosóficos. A grande maioria dos estilos nasceu no continente asiático, em países
como China, Índia e Japão, e tinham nesse período um caráter militarista, de defesa
pessoal. Mas, com o passar do tempo, tornaram-se uma cultura educativa a fim de
aprimorar o autodomínio, superar os limites e aumentar o poder de concentração
e de autoconhecimento (RAMALHO, 2006).
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Lutas de combate
Lutas de japonesas:
combate
chinesas Aikido,
Muay thai,
Kung fu (Gongfu), Sumô,
Tai Chi Chuan, Jiu-Jitsu,
Wushu Kendo, Karatê,
Judô
Lutas de
Combate
ocidentais Luta de combate
koreana
Boxe, Capoeira,
Esgrima, Luta Taekwondo
Greco-Romana,
Luta Livre
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Para saber mais sobre a diferença entre a luta e artes marciais, leia o
artigo a seguir:
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Seção 2
A Educação Física e o conteúdo de luta
Introdução à Seção
Esta seção busca aproximar os conteúdos de lutas aos contidos na área de
conhecimento da Educação Física nos cursos de licenciatura. Por mais que as lutas
e a Educação Física pareçam estar distantes, se contextualizam na perspectiva
pedagógica por ambas terem um caráter educacional. O primeiro fato que
aproxima tais questões é o momento histórico em que a sociedade parece perder
os limites entre a escola e seus princípios de educação disciplinar. As lutas podem
ser um exercício muito apropriado para aproximar esses conteúdos e isso só é
possível pelo fato do conteúdo pertinente às lutas apresentar um aspecto singular
da disciplina. O segundo ponto é que o que está sendo ensinado na escola não
agrada a todas as crianças. Dessa forma, apresentar novos conteúdos pode gerar
motivação e interesse por parte dos alunos.
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• 3º: a prática dos estilos de luta, após um extenso treinamento, requer que o
indivíduo aprimore sua técnica num momento solitário, ou seja, uma reflexão
sobre os anos de prática.
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• Aikido.
• Muay thai. A recreação pode ser o ponto de
partida da contextualização das
• Sumo.
técnicas.
Artes Marciais Japonesas • Jiu-Jitsu.
Em segundo momento, apresentar as
• Kendo.
regras e como as lutas acontecem em
• Karatê. uma perspectiva educativa.
• Judo.
• Boxe.
• Capoeira. Usar as atividades lúdicas para
Artes Marciais Ocidentais • Esgrima. apresentar as técnicas de forma
• Luta Greco-Romana. adaptada.
• Luta Livre.
Contextualizar com materiais
• Nunthaku. alternativos, como jornais.
Kobudo • Bastão.
• Tonfá. - Fazer parceria com os professores de
artes.
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Seção 3
Planejamento das lutas no contexto escolar
Introdução à Seção
Nesta seção a ideia é contextualizar o planejamento das lutas na escola. Para
que isso ocorra, os estudos sugerem ao profissional de Educação Física do curso
de licenciatura organizar o seu planejamento anual, tendo os conteúdos das lutas
inseridos nos momentos de inclusão durante suas aulas. A partir disso, é importante
compreender as necessidades de cada fase escolar, que são: educação infantil,
ensino fundamental e médio.
Tendo esse conhecimento, a seção propõe a iniciação das lutas na escola por
meio da ludicidade pelo fato das brincadeiras fazerem parte do mundo da criança.
Você também verá um modelo de plano de aula para ser aplicado nas aulas de
Educação Física na perspectiva das lutas.
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Uma opção didática para se trabalhar as lutas no contexto escolar é por meio
das atividades recreativas, dando ênfase à aprendizagem dos movimentos das
lutas junto às atividades descritas nos tópicos que fundamentam os objetivos e o
conteúdo da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
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As lutas na escola devem ser estruturadas nas aulas de Educação Física escolar
por meio dos componentes do plano de ensino junto à unidade bimestral. A seguir,
encontram-se descritos alguns dos aspectos que fazem parte dos componentes
que devem estar presentes na unidade bimestral:
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conteúdo dos PCN, abordando nas aulas a origem e sua influência no meio
social, econômico, político, educativo, cultural e filosófico.
Para que possamos contemplar as épocas escolares citadas nos tópicos anteriores,
podemos utilizar alicerces que contribuam como estratégias e mecanismos para
a compreensão da teoria à prática. Entre esses instrumentos de apoio, podemos
citar o documento didático desenvolvido e publicado em 1990, intitulado “Currículo
Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná”, que tem os pressupostos teóricos
dos movimentos que devem ser desenvolvidos e sua aplicação na escola, que são
explorados no ensino dos esportes de lutas. Observe a figura a seguir, que descreve
os aspectos que são desenvolvidos durantes as aulas de lutas, como no caso
das condutas motoras de base ou formas básicas de movimento, neuromotoras,
esquema corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motora.
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Essas atividades lúdicas adaptadas para as lutas podem ser incorporadas dentro
de uma sistematização de jogos sugeridas por Gomes et al (2013), que classificam
como: jogos de esquivar, imobilizar, conquistar território e desequilibrar. A seguir é
detalhado esse contexto:
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Veja na integra a primeira aula que traz como tema: “Diferenciando lutas de
brigas: atividades introdutórias”1.
1
Caso você tenha interesse em acessar as outras nove aulas, acesse o link disponível em: <http://www.
esporte.gov.br/arquivos/snelis/segundoTempo/livros/lutasCapoeiraPraticasCorporais.pdf>. Acesso em:
5 maio 2016.
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TEMA DA AULA – 01
RODA INICIAL
- Pergunte se os alunos já viram duas pessoas brigando e duas pessoas lutando e peça
para que eles expliquem as diferenças entre essas ações. Mostre imagens e peça para eles
diferenciarem lutas e brigas:
- Explique que um dos princípios básicos das lutas é ter regras claras, que definem o que
pode e não pode ser feito, diferentemente das brigas, nas quais as regras não existem.
- Além das regras, fale sobre o respeito, pois sem ele não é possível lutar, assim, deverá ser
a base para a realização das aulas, caso contrário, constitui-se uma briga.
DESENVOLVIMENTO
1. Pega-pega das lutas: os alunos deverão pendurar em suas cinturas uma fita de
aproximadamente 30 cm que pode ser de diversos materiais como TNT, plástico, borracha,
papel crepom, entre outros. O objetivo da atividade será conquistar o maior número de fitas
das outras pessoas sem, com isso, perder a própria fita. Os alunos não poderão encostar uns
nos outros, apenas nas fitas penduradas na cintura. Os que forem perdendo as fitas podem
continuar na brincadeira buscando conquistar o maior número de fitas possível. Ganha aquele
que conquistar o maior número de fitas no prazo de tempo estipulado pelo professor. Explique
para os alunos que o objetivo é algo preso na outra pessoa, ou seja, o foco está na outra
pessoa e é móvel, pois ela se desloca, aspectos que encontramos de modo geral nas lutas.
2. Prendedores em grupo: os alunos deverão ser divididos em duas equipes com o mesmo
número de participantes. Cada aluno deverá receber uma quantidade entre três a cinco
prendedores de roupa presos na camiseta. O objetivo de cada grupo será pegar o máximo
possível de prendedores da outra equipe durante o tempo delimitado pelo professor (cerca
de 1 a 2 minutos). Os alunos poderão proteger seus próprios prendedores, impedindo com
as mãos que outras pessoas retirem os prendedores. Ao final de cada rodada, os grupos
deverão somar as pontuações (número de prendedores retirados da outra equipe). É
possível realizar várias rodadas (entre 3 e 5, pelo menos).
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3. Luta das bexigas: cada aluno deverá receber uma bexiga e enchê-la. Inicialmente, os alunos
deverão realizar diferentes movimentos relacionados às lutas de maneira livre nas bexigas
como dar socos, chutes, joelhadas, entre outros, sem deixar as bexigas caírem no chão (não
pode segurar as bexigas, somente tocá-las). Depois a atividade deverá ser realizada em duplas:
cada aluno deverá se concentrar em não derrubar sua própria bexiga (realizando movimentos
livres de lutas) ao mesmo tempo em que deverá retirar a bexiga do outro e manter as duas
no ar com movimentos de luta. Posteriormente, a atividade deverá acontecer em um grande
grupo: os alunos deverão buscar manter sua própria bexiga suspensa sem cair no chão
com movimentos de luta, ao mesmo tempo em que deverá estourar o máximo de bexigas
possível. Ganha o aluno que conseguir manter sua bexiga sem ser estourada.
4. Lutando por território: os alunos deverão estar divididos em duplas. Cada dupla deverá ter
à disposição um arco para a realização da atividade. Primeiramente, uma das pessoas da dupla
deverá entrar no arco enquanto o outro se mantém fora do mesmo. As duplas começam então
a se enfrentar: o objetivo de quem está fora do arco é empurrar com os braços aquele que se
encontra dentro do arco, fazendo-o desequilibrar e/ou sair (pisar fora do espaço delimitado). Já
quem está dentro do arco deve manter-se no espaço e, por isso, deve empurrar a outra pessoa
a fim de afastá-la do local. Após a vivência dessa atividade, as duplas trocam de função, ou seja,
quem estava dentro do arco passa a realizar as ações fora e vice-versa.
Obs.: É possível trocar de duplas para que os alunos possam vivenciar a realização das
atividades com pessoas diferentes.
DICAS
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- Atividade 3: Indica-se que o professor tenha bexigas a mais disponíveis, uma vez
que elas poderão estourar. Os alunos não poderão tocar uns nos outros, apenas nas
bexigas. É preciso ter cuidado com lesões porque, algumas vezes, ao ficar prestando
atenção nas bexigas dos outros, os alunos se esquecem de onde estão e podem
colidir uns nos outros sem querer.
- Dicas de inclusão: Lembre-se de que as regras dos jogos podem ser adaptadas,
caso haja alunos com deficiência nas turmas. Ex.: o ataque para retirar a fita da cintura
do aluno com deficiência visual deve ser feito por uma única pessoa por vez e
precedida do aviso de aproximação. Ao programar aulas com materiais com imagens e
vídeos, preocupe-se em torná-los acessíveis. Quando houver alunos cegos e/ou surdos
nas turmas, busque auxílio dos professores das salas de recursos multifuncionais
ou de profissionais e instituições especializadas e tente realizar áudio-descrição dos
vídeos, inserção de legendas e até mesmo convide intérpretes de Libras para realizar
a tradução simultânea durante a exibição do material.
RODA FINAL
- Peça para que digam, novamente, quais as principais características das lutas e das brigas
e quais são as principais diferenças entre elas.
- Pergunte se os alunos gostaram das vivências. Se sim, por quê? Se não, quais as razões disso?
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Nas lutas, como em outros esportes, existe um ritmo a ser seguido, principalmente
dentro das técnicas que estão presentes em todas as artes, que pode se executado
de forma rápida ou lenta, dependendo das habilidades da criança. Nesta situação,
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Essa sugestão de iniciação das lutas no contexto da escola pode ser feita
utilizando um plano de aula (MOLARI, 2013) já exposto em algumas experiências
feitas pelo autor. Veja a seguir a imagem do formulário:
Nome
Objetivos
(Específicos da atividade)
Materiais
Disposição
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Desenvolvimento da Atividade
Observações
Para que os objetivos sejam bem elaborados, tanto na perspectiva geral como
nas específicas, sugerimos alguns verbos que podem auxiliar na construção do
planejamento da atividade lúdica direcionada na aplicação para o conteúdo das
lutas. Seguem alguns exemplos:
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A partir disso, ter projetos de lutas dentro da escola é, portanto, usar o tempo
vago que eles ocupam, aprendendo a importância da valorização de cada um, ou
seja, educar fazendo esporte, ou melhor, educar praticando lutas. Dessa forma,
os pais e professores entenderão que a luta não pode ser considerada como algo
perigoso, mas algo que traz conhecimento para a criança.
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É como Delors (1998, p. 98) relata: educar é “aprender a ser, a fazer, a viver juntos,
e a conhecer”. Esse processo constitui aprendizagens indispensáveis que devem ser
perseguidas de forma permanente pela política educacional de todos os países.
A inclusão das lutas nas escolas e nas aulas de Educação Física proporciona ao
aluno integrar-se aos movimentos humanos, fazer com que eles consigam enxergar
não somente como uma luta de defesa ou ataque, mais o que ela oferece destes
seus conhecimentos filosóficos, históricos de educação e respeito dentro e fora da
escola, oferecendo ao aluno um conhecimento que lhe sirva para a vida toda.
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Pensar em uma educação para a vida é, portanto, estar presente para a realidade de
cada um, vivenciando as dificuldades de cada criança e apoiando-as para a melhora
em seu dia a dia. O profissional, quando imposto em atividades extras ou projetos
sociais, tem que conhecer a realidade da escola, do local e da criança. A conversa
com os pais e professores é essencial para o desenvolvimento dos mesmos.
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Praticar a aula de lutas não deve ter o intuito de lutar, mais, sim, de acompanhar
o aluno no seu desenvolvimento dentro e fora da escola. Saber respeitar seus
amigos e seus pais e trabalhar em grupo, propiciando, portanto, no esporte de
luta, uma forma de conduzir o aluno para o aprendizado em todos os aspectos da
educação, fator fundamental para o desenvolvimento da criança. É necessário usar
o interesse da criança para educá-la.
Segundo Freire (1996, p. 22), “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. Além disso, para
Serrão e Baleeiro (1999, p. 27), “Construir um novo ser e um novo mundo a partir
de uma nova relação é a chave da função social do educador. O vínculo que se
estabelece entre o educador e os alunos abre possibilidades para novas formas de
sentir, querer e agir”.
O diálogo com as crianças faz com que elas entendam a importância da prática
do esporte para sua melhor formação, trazendo resultados positivos vistos em
todo campo da educação. Portanto, os profissionais têm que, na sua disciplina,
implantar atividades que ajudem no desenvolvimento integral da criança, não
pensando diretamente no esporte de rendimento e de competição e, sim, na ideia
de formar cidadãos para viver em sociedade, usando práticas pedagógicas que
promovam o lazer, a saúde e a formação global do aluno.
Nesses cenários, alguns pontos acabam por atrapalhar esse processo educacional,
como no caso de dificuldades nas escolas públicas por falta de materiais para executar
as atividades, tendo que improvisar nas aulas. Outro fator seria a infraestrutura que
prejudica a prática de algumas atividades propostas. No entanto, devemos considerar
que a ação pedagogia pode superar todas essas dificuldades.
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Falar de projetos que envolvem lutas em seu contexto não é tão fácil. As pessoas
hoje em dia demonstram-se assustadas e acham que não é a forma mais correta de
se educar uma criança. O que elas não veem é que, por meio do ensino de lutas é
possível chamar a criança para sua realidade, envolvendo-a, e só assim explicar de
forma íntegra a interação social que a criança adquire por meio do esporte.
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I. Capoeira.
II. Judô.
III. Karatê.
IV. Taekwondo.
V. Kung fu.
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a) Afirmativas I e II.
b) Afirmativas IV e V.
c) Afirmativas I e V.
d) Afirmativas I e IV.
e) Afirmativas II e III.
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Coluna A
I. Condutas motoras de base ou formas básicas de movimento.
II. Ritmo.
III. Condutas neuromotoras.
Coluna B
A. Girar e golpear.
B. Comportamento adequado no movimento do esporte de luta.
C. Rolar, andar, lançar e apanhar.
a) F, V, V, V, V.
b) V, V, V, V, F.
c) F, F, V, V, F.
d) F, V, V, F, F.
e) F, V, V, V, F.
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Objetivo:
Desenvolvimento da atividade:
Variações:
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Referências
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educação física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
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GOMES, Natalia Chaves et al. O conteúdo das lutas nas séries iniciais do ensino
fundamental: possibilidades para a prática pedagógica da educação física escolar.
Motrivivência, v. 24, n. 41, p. 305-320, dez. 2013.
MOLARI, Mario. Análise sobre a origem do karatê e os seus primeiros estilos. Anais
do 18º Congresso Internacional Educação Física, Desporto e Recreação FIEP,
Foz do Iguaçu, 2003.
MORIN, Edigar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 11. ed. São
Paulo: Cortez, 2006.
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OLIVEIRA, Vitor Marinho. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense, 2004.
RAMALHO, Priscila. Luta, sinônimo de paz. Revista Escola, 155 ed., set. 2006.
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Paulo: FTD, 1999.
SUGAI, Vera Lucia. O caminho do guerreiro. São Paulo: Editora Gente, 2000.
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