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TECNOLOGIA DE COSTURA E MODELAGEM I

Profª: Bruna  Pacheco

2009/02
TE C N O L O G I A  D E  C O S T U R A  E  M O D E L A G E M  I Prof.ª: Bruna  Pacheco

Sumário

Su m ário.......................................................................2

M o d elage m ....................................................................5

Surgimento..................................................................5

Definição....................................................................5

A  importância da  m o d elage m  no  m ercado  da  m o d a .............................6

Antropo m etria...............................................................7

Co nhecimentos básicos para o início do  trabalho de  m o d elage m ................10

M ateriais de  m o d elage m .....................................................13

E S TILIST A, M O D E LI S T A  E  PIL O T EI R A .........................................15

D R A PI N G ....................................................................16

Preparando  o tecido.........................................................17

Desenvolvimento do  draping da  saia básica...................................18

Planificação da  saia básica..................................................19

Draping do  corpo...........................................................20

Planificação do  corpo .......................................................23

LIN H A S ......................................................................24

A G U L H A S  D E  M Ã O ...........................................................26

P O N T O S  À  M Ã O .............................................................28

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M Á Q U I N A S  D E  C O S T U R A ....................................................45

Re gulagens  que  pode m  ser feitas na  overlock e  galoneira......................50

Re gulagens  que  pode m  ser feitas na  reta.....................................51

Introdução  a m á q uina  de  costura reta do m é stica...............................52

Enfiamento da  linha na  parte superior.........................................53

Enrola mento da  bobina......................................................55

Escolha da  agulha, linha e co m primento do  ponto adequado ....................56

Pressão  e avanço ...........................................................57

P R E P A R A Ç Ã O  P A R A  O  C O R T E ...............................................58

C O M O  E X E C U T A R  U M A  C O S T U R A ...........................................62

Pences ....................................................................64

Aselhas....................................................................69

Viés.......................................................................70

E m b e bi m e nto ...............................................................73

Bolsos.....................................................................77

E X E R CI CI O S .................................................................78

Exercício 1.................................................................78

Exercício 2.................................................................84

Exercício 3 –  tipos de  costura................................................88

Exercício 4 –  pregas  e bainhas ...............................................91

Exercício 5 –  bolsos.........................................................94

Exercício 6 –  pilotage m  do  corpo básico feminino..............................95

Fontes: ......................................................................96

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Modelagem
Surgimento

Os  primeiros sinais do  surgimento  da  m o d elage m  propriamente  dita data m  do  século 


X VIII. Aparece m  os  primeiros catálogos  de  roupas  prontas  à  venda, e m  H a m b urgo, 
enquanto  que  e m  Paris, no  ano  de  1770, D artigalongue  declara estar apto a  fornecer 
vestuário e m  todos  os  tamanhos  e  m o d elos, poré m,  sua  produção  per ma neceria 
m a n u al e de  m o d o  arcaico. 

A  industrialização  per m an ecia  distante do  setor do  vestuário, o  que  se  estendeu  ao  
longo  do  século XIX.

Entretanto, co m  o  desenvolvimento  das  cidades  e  o  au m e nto  significativo no  volume  


de  habitantes exigiam  o  estabelecimento  de  novos  direciona m e ntos  neste seg m e nto. 
Co m p o sto, e m  sua  m aioria, por  ho m e ns  do  ca m p o,  que  buscava m  e m pregos  nas  
novas  fábricas, visto que  a  subsistência nos  ca m p os  apresentava­se  e m  declínio, a  
indústria foi, para essa  classe da  população, u m a  nova  possibilidade de  trabalho. Co m  
poucos  recursos, essa  fatia da  população  buscava  u m  vestuário barato. Fato  este 
serviu de  estímulo ao  desenvolvimento da  indústria do  vestuário, a  fim de  atender as  
necessidades  desse  novo  grupo  de  habitantes nas  cidades.

Poré m,  m uitas  dificuldades  viriam, pois para  a  produção  e m  série, fator primordial 


seria u m a  tabela de  m e didas.

Para  M ello (2006), pode­se  afirmar que  o  estabelecimento  de  m e didas, e m b ora  de  


m o d o  incipiente, deu­se  co m  a  necessidade  de  fabricar uniformes  militares, ainda  no  
século  X VIII, co m  grande  diferenciação  de  m o d elos, para  atender  exércitos co m  
quadros profissionais definidos e regulamentação  rígida.

Poré m,  durante  o  século  XIX, esta  situação  perm an eceu  se m  m uitos  progressos, 
e m b ora  a  indústria têxtil
 se apresentasse  e m  pleno avanço  tecnológico.

Definição

A  m o d elage m  é  a  técnica responsável pela construção  de  peças  do  vestuário, através 


de  leitura e  interpretação  de  m o d elos  específicos. Tal  procedimento  implica  na  
tradução  das  formas  da  vestimenta, estudo  da  silhueta, tecidos entre outros elementos  
da  peça  a  ser produzida. A  m o d elage m  pode  ser desenvolvida  e m  dois planos  –  
bidimensional e tridimensional.

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O  primeiro, deno minado  co m o  m o d elage m  plana  industrial, consiste na  arte e  técnica 


da  construção  de  peças  a  partir do  estudo  anatô mico  do  corpo  hu m a n o,  utilizando  os  
princípios da  geo m etria para  o  traçado  de  diagra m as  que  resultarão  e m  formas  a  
envolver o corpo.

Pode  ser  produzida  m a n u al m e nte  sobre  papel  ou  utilizando  sistema  C A D/ C A M  


(Co m p uter  aided  design/ Co m p uter  aided  m a n ufacturing), deno minada  M o d elage m  
Co m p utadorizada  ou  M o d elage m  Assistida por C o m p utador .

Oriunda  da  m o d elage m  plana, a  M o d elage m  C o m p utadorizada  –  C A D/ C A M  utiliza os  


m e s m o s  princípios, poré m,  subsidiada  pela  tecnologia. O  processo  de  m o d elage m  
co m p utadorizada  representa  o  conceito de  m o d ernização  e  otimização  tecnológica, 
proporcionando   m aior   agilidade   no   processo,   precisão   nas   m e didas   e  
conseqüente m e nte  gerando  m ais lucratividade a indústria de  confecções.

No  plano  tridimensional, essa  técnica també m  conhecida  co m o  m o ulage, derivada  de  


“moule” palavra francesa  que  significa forma, ou  draping, outra deno minação  originada 
do  inglês –  a  base  a  ser trabalhada  é  o  tecido ou  tela, assim  cha m a d o. N essa  técnica, 
a  m o d elage m  é  desenvolvida sobre o  próprio corpo ou  busto de  costura industrial, que  
possibilita a  visualização  do  corpo  e m  três dimensões: altura, largura e  profundidade, 
diferenciando­se  da  m o d elage m  plana  que  utiliza apenas  a  altura e  largura a  partir de  
m e didas  adquiridas do  corpo hu m a n o.

Apesar  de  sere m  distintas, atualmente  u m a  m o d alidade  depende  da  outra. M uitos 


m o d elistas associa m  as  duas  técnicas a  fim de  obter m aior precisão  e  agilidade  e m  
determinados  trabalhos a sere m  m o d elados.

Alé m  disso, co m  o  advento da  industrialização e  a  necessidade  da  produção  e m  série, 


a   m o d elage m   tridimensional   após   aprovação   é   transportada   para   o   plano  
bidimensional, possibilitando assim  a  produção  e m  escala industrial atendendo  a  toda  
grade  de  tamanhos, por m eio  do  m étodo  de  graduação.

A importância da modelagem no mercado da moda

Técnica  responsável  pela  construção  de  peças  do  vestuário, a  m o d elage m  é  a 
estrutura da  roupa. É  ela que  dará  a  forma, os  volumes, o  caimento  perfeito, quando  
be m  executada. Etapa  funda m e ntal na  concretização  da  criação  do  estilista, o  a m plo  
conhecimento  nessa  arte possibilita soluções  na  interpretação  dos  m o d elos  a  sere m  
produzidos.

Para  Fernando  M olinari, Diretor do  INB R A C U L T M O D E  – Instituto Brasileiro de  C ultura, 


M o d a  e  D esign, e  criador do  Prê mio  Rio  M o d a  Hype,  a  m o d elage m  é  a  verdadeira 

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“arquitetura” da  roupa: é  u m  trabalho  que  exige  ao  m e s m o  tempo  conhecimento, 


habilidade técnica e  senso  estético no  sentido de  criar algo original e ao  m e s m o  tempo  
usável.

Co nhecimentos  e m  m o d elage m  não  se  limitam  apenas  aos  m o d elistas, m a s  é  de  


extrema  importância que  os  criadores també m  do mine m  esta técnica. O  processo  de  
criação  deve  estar se m pre  ligado à  execução; além  disso, m uitos estilistas partem  da  
m o d elage m  quando  vão  criar u m a  coleção.

Para  Felipe  Eiras, estilista, aspecto  funda m e ntal  na  construção  das  peças,  a  


m o d elage m  é  o  esqueleto da  roupa  e  é  a  partir dela que  u m a  roupa  se  sustenta. Alé m  
disso, acredita na  importância do  estilista conhecer a  base  de  m o d elage m,  facilitando 
o diálogo entre criação e execução.

Por  sua  vez, a  estilista Fernanda  Ya m a m oto, na  concepção  de  suas  coleções, parte 
da  m o d elage m  tridimensional, na  m aioria das  vezes. Afirma  que  só  assim  é  possível 
entender o que  realmente funciona, descobrir novas  possibilidades, além  de  solucionar 
problemas  futuros que  a m o d elage m  pode  vir a apresentar.

As  escolas  de  m o d a  do  Brasil e  do  m u n d o  responsáveis pela  formação  de  novos  


profissionais desenvolve m  u m  importante papel, colocando­os  no  m ercado,  aptos  a  
produzir m o d a  co m  design e  qualidade. Ainda  assim, a  presença  desses  profissionais 
experientes e m  m o d elage m  é escassa.

Para  M olinari, a  pouca  de m a n d a  de  profissionais neste  setor no  m ercado  é  algo 


negativo, fator que  reflete  u m a  necessidade  urgente  por  m u d a n ças  co m o  a  
profissionalização  do  setor e  a  consciência da  importância desta função  para  o  novo  
estilista.

A  capacitação  e  a  m aior oferta no  m ercado  desse  profissional da  m o d a  possibilitam 


m ais  agilidade  no  desenvolvimento  e  produção  das  coleções,  u m a  vez  que  o  
conhecimento na  área de  m o d a  facilita a  co m u nicação  entre os setores na  indústria do  
vestuário.

Antropometria

Derivada  de  Anthropos  –  a  palavra  grega  significa “ho m e m”,  “ser hu m a n o”  e  


m etrikos –  que  tem  o  sentido de  justa proporção, a  antropo m etria é  o  processo  ou  
técnica de  m e ns uração  do  corpo hu m a n o  ou  de  várias partes.

O  aparecimento  da  antropo m etria na  história da  civilização não  é  recente. Na  era 


romana,  a  antopo m etria e  o  design  era m  considerados  co m o  relacionados. Para  

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M arcus  Vitruvius Pollio, teórico e  arquiteto romano  que  viveu  no  século I a.C., o  


design  de  edifícios deveria  ser  baseado  e m  certos  princípios  estéticos  pré­
estabelecidos do  corpo  hu m a n o.  Vitruvius criou o  sistema  de  proporções  hu m a n as  
m ais detalhado  que  se tem  conhecimento dos  tempos  clássicos.

No  renascimento, período  de  valorização  da  teoria da  estética, Leonardo  da  Vinci 


(1452­1519) desenvolveu  u m  desenho, onde  o  ho m e m  é  m o strado  inscrito dentro 
de  u m  quadrado  e  u m  círculo, inspirado  no  livro romano  Vitruvius, que  explica a  
relação entre a  simetria e a perfeição das  proporções  do  corpo hu m a n o.

M a s  foi no  final do  século  XIX  e  o  início do  século  X X  que  houve  u m  


desenvolvimento  da  ciência  antropo m étrica. A  necessidade  de  conhecer  e  
classificar a  raça  hu m a n a  de  acordo  co m  a  estrutura física do  corpo  incentivou 
no m e s  co m o  H.  G u gliemo  C o m p aign,  alfaiate francês  e  u m  dos  pioneiros  da  
antropo m etria m o d erna, a  desenvolver u m  quadro  co m p arativo das  idades  e  do  
crescimento, onde  foram  de m o n stradas  as  transformações  graduais  do  corpo  
hu m a n o,  desde  o  nascimento  até a  velhice e  co m o  as  partes do  corpo  cresce m  
proporcionalmente entre si.

Co m  conhecimentos  de  m ate m ática e  geo m etria, o  francês  partiu do  princípio de  


que, se  é  possível a  redução  de  qualquer objeto, o  m e s m o  poderia ocorrer co m  o  
traçado  determinado  m olde.  O  m olde  de  u m a  peça  poderia  ser  reduzido  ou  
a m pliado de  acordo  co m  a m e dida  desejada.

Nos  anos  40, as  m e didas  co m e ç ara m  a  ganhar  importância. A  necessidade  de  
produção  e m  m a ssa  pelas indústrias levou  Willian Sheldon  (1940) a  desenvolver 
u m  estudo  m ais  detalhado  do  corpo  hu m a n o,  co m  peso  e  altura da  população, 
alé m  de  fotografias dos  indivíduos  de  frente, de  perfil e  de  costas. Esse  estudo  
possibilitou   a   Sheldon   determinar   três   tipos   básicos   co m   características 
do minantes endo m orfo, m e s o m orfo e ecto m orfo.

Poré m,  a  m aioria dos  indivíduos não  se  enquadra  rigorosa m e nte  e m  u m  único tipo 


básico, apresentando  características de  m ais  de  u m  tipo, podendo  ser  m e s o­
endo m orfos, endo­ecto m orfos, ecto­m e s o m órficos, etc.

Apesar  da  enor m e  variação  na  aparência externa  dos  seres  hu m a n os,  tanto e m  
diâ metro co m o  no  alonga m e nto, todos os  corpos  possue m  a  m e s m a  estrutura, são  
co m p ostos  por  ossos,  m ú sculos, gorduras, vísceras, fluídos, determinando  a  
m a ssa  corporal. Poré m,  pode  haver  diferenciações  decorrentes  do  tamanho  do  
esqueleto, da  forma  dos  m ú sculos, da  espessura da  ca m a d a  de  gordura abaixo da  
pele, da  elasticidade da  pele ou  do  excesso  desta, da  idade  e  sexo  do  indivíduo.

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Segundo  W e erd m e e ster  (1995), quanto  ao  biótipo, caracteres  hereditários que  


definem  grupos  pela  inter­relação, os  corpos  hu m a n os  pode m  subdividir­se  e m  
três tipos:

­ corpo longilíneo, possui tórax alongado, estatura alta, m e m bros  longos;

­ corpo  brevilíneo, apresenta  m e m bros  curtos e m  relação  ao  tórax co m  grande  


diâ metro, estatura baixa e pescoço  curto ressaltando a largura;

­ corpo  m é dio, co m  m e m bros  e  tórax dentro da  nor malidade, caracteriza­se  pela 


harm onia entre verticalidade e  horizontalidade.

As  características antropo m étricas da  população  são  subdivididas e m  dois tipos: 


dados  antropo m étricos estáticos e  dados  antropo m étricos dinâ micos. O  primeiro, 
també m  conhecido  co m o  estrutural, diz respeito às  dimensões  estruturais fixas do  
corpo  hu m a n o.  O  segundo, no m e a d o  tamb é m  co m o  funcional, diferentemente  dos  
dados  estáticos, a  m e dida  pode  ser de  u m a  extensão  de  m o vi m e nto  de  u m a  
articulação ou  da  forma  das  várias ações  da  articulação.

Para  levanta m ento  de  m e didas  antropo m étricas são  necessários alguns  passos  


funda m e ntais.   E m   primeiro   lugar,   é   necessário   definir  os   objetivos   do  
levanta m ento. E m  seguida, é  necessário definir as  m e didas  a  sere m  levantadas, 
escolher o  m étodo  de  m e dida  e  selecionar a  a m o stra. E  enfim, realizar a  tirage m  
das  m e didas  e, caso  haja necessidade, realizar u m a  análise estatística.

Existem  duas  m a n eiras  para  aferir a  m e dição  do  corpo  hu m a n o.  A  primeira, o  
sistema  m e c â nico  consiste e m  u m  processo  m a n u al executado  por u m a  equipe de  
m e dição  co m  o  uso  de  antropô m etros, balanças, fitas m étricas, entre outros. A  
outra, o  sistema  co m p utadorizado, constituído por cabine equipada  co m  sensores, 
e m  poucos  segundos  é  capaz  de  ler os  contornos físicos, além  de  identificar m ais 
de  ce m  m e didas  do  corpo hu m a n o.

Tendo  e m  vista que  a  tabela de  m e didas  antropo m étricas refere­se  se m pre  a  u m a  


determinada  população, e  ne m  se m pre  pode  ser aplicada  a  outras, as  diferenças 
físicas decorrentes da  etnia, da  diferença  sexual, da  faixa etária e  das  condições  
climáticas da  região determinada  deve m  ser levadas  e m  consideração.

U m  grupo  étnico, população  de  indivíduos  que  faze m  parte  de  u m a  região 


específica, apresenta e m  co m u m  certas características físicas que  os  distingue m  
de  outros grupos. Poré m,  a  miscigenação  –  mistura  de  raças  decorrentes  das  
migrações  –  é  u m  dos  fatores que  influenciam  as  diferenças  hu m a n as. O  Brasil é 
u m  exe m plo  disso, tendo  e m  vista que, co m  as  colonizações  e  devido à  extensão  
territorial do  país, povos  de  diversas  regiões, culturas, hábitos  alimentares  e  

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estruturas físicas diferentes se  misturaram  geneticamente  fazendo  surgir u m  novo  


biótipo.

Q u a nto  ao  sexo,  ho m e n s  e  m ulheres  apresenta m  diferenças  antropo m étricas 


significativas, o  sexo  m a sculino  geralmente  excede  a  estatura do  feminino  da  
m e s m a  origem  étnica.

O utro fator determinante no  estudo  antropo m étrico é  o  crescimento. Nas  diversas 


fases da  vida o  corpo  hu m a n o  sofre alterações  na  sua  forma  e  dimensões. O  peso  
au m e nta  e  por volta dos  50  anos  nos  ho m e n s  e  dos  60  das  m ulheres, tende  a  
diminuir.  C o m   o   m aior   acesso   aos   cuidados   m é dicos   nos   países   m ais  
desenvolvidos  e  o  au m e nto  també m  nos  países  do  terceiro m u n d o  para  a  
população  idosa, a longevidade  está també m  a au m e ntar.

E  por  fim, as  condições  climáticas  da  região  estudada.  N as  regiões  frias os  


indivíduos,  geralmente,  apresenta m  o  contorno  do  corpo  co m  forma  m ais  
volumosa  e  arredondada,  facilitando  a  conservação  do  calor. Enquanto  a  
população  de  regiões  de  climas  quentes  tende  a  ter o  corpo  m ais  fino e  os  
m e m bros  inferiores e  superiores m ais  longos, o  que  facilita a  troca de  calor co m  o  
a m biente.

Vale  lembrar  que,  constante m ente,  as  m e didas  padronizadas  precisa m  ser 
revisadas,  visto que  as  m u d a n ças  na  saúde,  na  alimentação  e  nos  valores 
atribuídos ao  corpo alteram  a forma  e conseqüente m e nte  as m e didas.

Conhecimentos básicos para o início do trabalho de


modelagem

Co m o  já foi definida anteriormente, a  m o d elage m  é  u m a  técnica responsável pela 


construção  de  peças  do  vestuário;

A  m o d elage m  plana  industrial utiliza os  princípios da  geo m etria para  traças  os  


diagra m as  bidimensionais que  serão  transformados  e m  m oldes  e, nu m  processo  
seguinte da  tecnologia da  confecção, resultarão na  peça  do  vestuário.

A  construção  do  diagra m a  se  faz através de  co m binações  de  retas –  horizontais e  
verticais e  curvas  onde  são  colocadas  as  m e didas  do  corpo  hu m a n o  cirando  a  
estrutura da  vestimenta.

Para  tanto, é  necessário conhecer  os  princípios básicos  da  geo m etria, alé m  de  


noções  de  cálculos.

A  seguir, serão  apresentados  a  definição de  alguns  princípios e  sua  aplicação  na  


m o d elage m  plana industrial.

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Ponto

M e n or  representação  gráfica de  u m a  coordenada  e m  u m  plano.

Reta

Linha  que  estabelece a m ã os  curta distância entre dois pontos

Paralelas

Linha  eqüidistante de  outra e m  toda a sua  extensão

Paralelas verticais

Paralelas horizontais

Paralelas para construção  do  revel

Ângulos

Figura formada  por duas  se mi­retas que  partem  do  m e s m o  ponto

Ângulo 30°

Ângulo 45°

Ângulo 60°

Ângulo reto (90°)

Perpendicular

Diz­se  da  linha  perpendicular a  reta que  forma  ângulos  adjacentes  iguais co m  


outra no  ato da  intersecção.

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For mas  geo m étricas

Q u a drado

Q u a drilátero de  lados iguais e ângulos retos.

Retângulo

Q u a drilátero co m p osto por ângulos retos, co m  dois lados iguais e dois diferentes.

Círculo

Superfície plana, limitada por u m a  circunferência

Triângulo

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Polígono  co m p osto por três ângulos e  três lados. Classificam­se co m o:

Triangulo eqüilátero – apresenta três ângulos iguais.

Triangulo isósceles – dois lados iguais entre si

Triangulo retângulo – apresenta u m  ângulo reto

Materiais de modelagem

Para  o  desenvolvimento do  trabalho de  m o d elage m,  o  m o d elista deverá  ter à  sua  


disposição alguns m ateriais de  apoio, que  irão agilizar a construção  dos  m oldes.

A   seguir,  indicaremos   os   instrumentos   necessários   para   a   execução   da  


m o d elage m

Régua  milimetrada

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Ré gua  milimetrada  de  1  m etro. O  ideal e  a  fabricada e m  aço, pois é  m ais  precisa. 


Poré m  as de  acrílico també m  supre m  as necessidades.

Régua  de  alfaiate

G eralmente encontrada  e m  acrílico e m a d eira; a  primeira é m ais indicada, pois não  


sofre deformações  co m  o tempo. Será  utilizada no  traçado  de  curvas longas

Curva  Francesa

A  C urva  Francesa  apresenta vários tipos de  curvas  e  será utilizada no  traçado  de  


decotes,   cavas,   cabeças   de   m a n g a   entre   outras   curvaturas   pequenas. 
Co m ercialmente  é  encontrada  e m  diversos tamanhos. No  entanto para o  trabalho 
de  m o d elage m  reco m e n d a­ se a referência n°  1118.

Jogo  de  esquadros

Co m p o sto  por dois esquadros, sendo  o  primeiro co m  o  ângulo de  90°  e  dois de  


45°  cada  e  o  segundo  co m  ângulo  de  90°,  60°  e  30°.  Utilizados  para 
esquadrejame nto de  pontos, m arcação  de  ângulos e  traçado  de  perpendiculares, é  
indicado adquiri­lo e m  tamanhos  grandes  para facilitar o trabalho.

Fita m étrica

Ferra m enta  indispensável no  departamento  de  m o d elage m,  as  fitas m étricas são  


na  m aioria das  vezes  de  150  c m.  É  essencial que  seja de  boa  qualidade  para que  
não  haja problemas, quanto à precisão das  m e didas.

Lapiseira e borracha

Co m o  a  m o d elage m  é  u m a  técnica de  precisão, aconselha­se  que  o  trabalho seja 


desenvolvido utilizando  lapiseira para u m  traçado  fino e  perfeito. O  ideal é  que  os 
traçados  de  construção  sejam  feitos co m  grafite 0,5 e  o  contorno  final do  m olde  
co m  0,7 para ficar e m  evidência. Alé m  disso, borracha  m a cia é indispensável.

Tesoura

É  importante que  o  m o d elista tenha  a  disposição  u m a  tesoura  so m e nte  para  o  


corte de  m oldes. Ja m ais  utilizar tesouras  destinadas  ao  corte de  tecido, pois o  
papel costu m a  fazer co m  que  a  tesoura perca o  corte.

Carretilha

Ferra m enta  co m p osta  por  u m a  roda  m etálica giratória serrilhada  ou  dentada  é  


indicada para fazer m arcações  no  m olde.

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Alicate de  picote

Ferra m enta  que  possibilita eficiência, rapidez e  precisão na  execução  de  piques  e  


sinalizações, o alicate de  picote é m uito utilizado na  produção  de  m o d elagens.

Calculadora

Por  se  tratar de  u m a  atividade  que  envolve  m uitos cálculos, é  importante que  o  


m o d elista tenha  u m a  calculadora e m  m ã o s  para agilizar o  processo.

Vazador e perfurador

Esses  m ateriais são  de  grande  importância na  no m e nclatura de  m oldes  industriais. 


Serão  utilizados  na  sinalização  de  pences, m arcações  de  bolsos, entre outros 
detalhes que  possa  vir a ter.

Papel pardo

U m a  sugestão  de  papel facilmente  encontrado  no  m ercado  é  o  papel craft ou  


pardo. Para  o  desenvolvimento  de  m o d elagens  aconselha­se  que  seja  usado  
nu m a  gra m atura  m e diana  (sugestão  180  gra m as). Podendo  ser  e m  folhas  ou  
bobinas.

Poré m,  após  aprovadas  e  feitas as  devidas  correções, na  indústria esses  m oldes  


são  transportados  para  u m  papel de  m aior  espessura  ou  chapas  de  plástico, 
tornando­os m ais duráveis e de  m elhor m a n useio pelo setor de  corte.

ESTILISTA, MODELISTA E
PILOTEIRA
O  estilista é  o  profissional que  cria o  m o d elo,  baseando­se  e m  pesquisas  de  
tendências de  m o d a  ou  simples m e nte  lança  a  sua  própria tendência. M uitas vezes  o  
estilista não  tem  noções  de  m o d elage m,  corte e  costura; ele simples m e nte  traça no  
papel a  idéia do  m o d elo  se m  planeja mento  e  se m  saber da  viabilidade de  sucesso  do  
m e s m o,  cabendo  posteriormente ao  m o d elista tornar a  idéia concreta. Algu m as  vezes  
pode  ocorrer que, ao  se  m o d elar a  peça, ela se  revele se m  a  beleza  e  a  elegância 
m o strada  no  desenho  ou  até  m e s m o  pode  ser  impossível de  concretizar a  idéia 
proposta.

O  ideal é  que  o  estilista seja o  próprio m o d elista ou  que  tenha  noções  (mes m o  que  
mínimas)  de  m o d elage m,  para  poder  ao  m e n os  imaginar o  efeito da  peça  pronta e  
indicar exata m e nte  no  desenho  os  recortes, pences  e  costuras desejados, evitando, 

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assim,  possíveis erros e  até  m e s m o  frustrações  por não  realizar tal m o d elo  co m o  


gostaria.

O  m o d elista por sua  vez, pode  ser responsável pelo sucesso  ou  pelo fracasso  de  u m a  


coleção, pois ne m  se m pre  o  m o d elo  da  roupa  é  o  principal, m a s  sim  o  vestir be m.  Ele 
deve  estar se m pre  atualizado  co m  as  tendências  de  m o d a,  pois  m o d elar  exige 
habilidade e m uita observação  estética.

Enfim, quando  o  estilista não  for o  próprio m o d elista, é  imprescindível para o  sucesso  


de  u m a  coleção  que  estes  dois profissionais trabalhe m  e m  sincronia, escalrecendo  
todos os detalhes pertinentes ao  m o d elo e eventuais dúvidas.

De pois de  m o d elada  a  peça, é  hora de  executar o  protótipo (peça­piloto). Esta função  


cabe  a  piloteira, que  deve  ser capaz  de  analisar o  produto e  entender juntamente  co m  
o  m o d elista as  dificuldades  encontradas  ao  costurar a  peça  e  propor alterações  que  a  
torne m  m ais  fácil de  se  produzir. A  piloteira irá ver os  defeitos a  sere m  corrigidos e  o  
co m p orta m e nto  dos  tecidos na  m á q uina, tipos de  m á q uinas  que  deve m  ser usadas  
para  costurar cada  peça. O  protótipo deve  ser aprovado  co m  experimentações  no  
corpo, verificação  de  m e didas  corretas, se  está vestindo be m  ou  não, se  precisa ser 
feito ajustes ou  dar folgas, se tem  bo m  caimento e a qualidade.

DRAPING
Pág  104  livro –  Funda m e ntos  de  D esign de  M o d a  – Richard Sorger e Jenny  Ud ale

Materiais:

­ m orim  / algodão  cru (1m)

­ Alfinetes

­ Tesoura (para tecido e para papel)

­ Fita m étrica

­ R égu a  e esquadro

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­ Lápis e borracha

­ C arretilha

­ E V A

­ Papel carbono  (1 folha)

­ 1,50 m  de  fita de  gorgurão de  1c m

TIPO S  D E  M O RI M

O  M orim  é  u m  tecido de  algodão  cardado  e  co m  u m a  construção  leve. Nor m al m e nte  


branco, co m preende  tecidos de  diferentes características, onde  quanto  m e n or  a  fibra 
usada,  m elhor  será  a  qualidade  do  tecido  produzido.  H á  diferentes  tipos  de  
gra m aturas, variando  assim  a utilidade do  tecido para o  Draping:

M orim  leve­ é utilizado para fazer blusas, vestidos e lingerie

M orim  m é dio  – utilizado para a m aioria das  roupas

M orim  pesado  –  utilizado para jaquetas e  casacos

Preparando o tecido

1. Faça  u m  pequeno  corte co m  a tesoura para e m p arelhar o tecido

2. Rasgue­o no  sentido oposto do  fio fora a fora

3. M e ç a  o  tecido no  sentido do  fio para u m a  m e dida  de  co m primento desejada

4. Ao  encontrar a  m e dida  necessária, faça o  outro pique  e  rasgue  o  tecido (não 


esqueça  de  deixar u m a  m arge m)

5. De pois continue  esticando  o  tecido se m pre  de  u m  canto para  o  outro oposto. 


Use  u m  esquadro para ver se o tecido está reto

6. Passe  o  tecido  a  ferro no  sentido  da  largura  e  depois  no  co m primento, 
cuidando  para não  deformar.

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Desenvolvimento do draping da saia básica

Primeiro faça as m arcações  no  m a n e q ui m  co m  fita de  cetim presas por alfinetes:

­ linha da  cintura

­ linha do  quadril

­ linhas princesa (frente e costas)

­ linha do  centro da  frente e das  costas

­ linhas laterais

PR E P A R A N D O  O  TE CID O

1. No  co m primento  –  m e ç a  da  linha  da  cintura  até  a  m e dida  desejada  de  
co m primento e acrescente 3,5c m  para cada  lado (marge m)

2. Na  largura –  M e ç a  do  centro até a  lateral sobre a  linha do  quadril e  acrescente 


3,5c m  de  m arge m  para cada  lado.

3. No  sentido da  altura, m arque  a  m arge m  de  3,5c m  e  trace u m a  reta de  cima  


abaixo (este será o  centro da  frente). M e ç a  3,5c m  para baixo no  início da  linha 
e  m arque  u m  ponto (este será a  linha da  cintura). M e ç a  da  linha da  cintura até 
o  quadril e  m arque  o  m e s m o  no  tecido, pegando  o  esquadro  e  traçando  u m a  
linha  paralela formando  a  linha  do  quadril. Nesta  linha  m arque  a  m e dida  
m e dindo  m etade  do  quadril da  frente.

D R A PIN G  D A  FR E N T E  D A  SAIA

1. Alinhe  o  tecido na  linha do  centro da  frente prendendo  no  ponto  de  encontro 


co m  a linha da  cintura descendo  até o co m primento.

2. Alfinete o tecido sobre a linha do  quadril horizontalmente.

3. Alfinete o  tecido sobre  a  linha lateral, suavizando  , co m e ç and o  debaixo  para  


cima  (sentido  co m primento – linha da  cintura), cuidando  para assentar o tecido 
sobre a curvatura próxima  a cintura.

DE S E N H A N D O  A  LINH A  D A  CINT U R A  E  PE N C E S

1. Suavize  o  tecido  na  linha  da  cintura no  sentido linha  do  centro –  lateral e  
alfinete na  linha princesa.

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2. Na  linha da  cintura faça piques  na  m arge m  excedente  do  tecido(cuidado  para  


não  cortar de m ais). Pince  a  sobra  do  tecido sobre  a  linha princesa  e  alfinete, 
formando  assim  a pence.

3. Prenda  a  pence  co m  alfinetes posicionando­os  verticalmente fazendo  a  pence  


m orrer de  forma  suave.

4. Co m  u m  lápis, faça pontos sobre a  linha lateral na  parte da  curva, na  linha da  


cintura e e m  a m b os  os lados da  pence

Retire a lateral da  frente da  saia para fazer as costas

D R A PIN G  D A S  C O S T A S  D A  SAIA  B Á SIC A

1. Prepare  o  tecido igual co m o  prepara­se  a  frente só  que  utilizando  as  m e didas  


das  costas se m  esquecer da  m arge m  de  3,5c m  no  co m primento e altura

2. Alfinete o  tecido na  linha do  centro das  costas, partindo da  linha da  cintura até 


o co m primento

3. Prenda  o tecido horizontalmente na  linha do  quadril

4. Alfinete na  linha lateral, co m e ça ndo  debaixo  para  cima  suavizando  perto da  


cintura para realizar a curvatura

5. Partindo do  centro das  costas, assente o  tecido sobre  a  linha da  cintura até a  


linha princesa e prenda  co m  u m  alfinete

6. Faça  piques  na  m arge m  da  cintura para o  tecido aco m o d ar­se  m elhor fazendo  


a curvatura

7. Prenda  a  sobra do  tecido na  linha da  cintura sobre a  linha princesa  co m  outro 


alfinete, formando  a pence.

8. Re pita os processos  3 e 4  da  parte da  frente da  saia

9. Prenda  a lateral da  saia da  frente para realizar ajustes se necessário

Planificação da saia básica

1. Retire o tecido do  m a n e q ui m

2. M e ç a  a  cintura co m  a  fita m étrica  de  pé. A  frente e  as  costas deve m  ter ¼  da  


circunferência da  cintura (se m  contar a pence)

3. A  linha do  Ce ntro da  Frente e  Costas  deve  ser reta e  a  linha do  quadril deve  


ficar e m  u m  ângulo de  90  graus partindo delas

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4. Desenhe  a linha da  cintura co m  u m a  régua  curva

5. Re pita os m e s m o s  passos  nas  costas

PE N C E S

6. Para  desenhar a pence  utilize u m a  régua  curva

7. Feche  a  pence,  coloque  papel  carbono  debaixo  dela  (entre os  tecidos) e  


seguindo  a  curva passe  a  carretilha sobre a  parte superior da  pence, formando  
assim  a m arge m  para a cintura

8. Trace  a curva lateral utilizando a  régua  de  alfaiate

9. Passe  a saia a ferro

10. Passe  a saia a limpo  para o papel utilizando a carretilha e  papel carbono. 

11. Acrescente as m arcações  e no m e n claturas

Draping do corpo

Primeiro m arque  as  linhas no  m a n e q ui m: linha do  busto, linha lateral, linha do  decote, 


linhas princesa, o m bro, linha das  costas, centro da  frente e das  costas

PR E P A R A Ç Ã O  D O  TE CID O

­ C o m primento  –  m e ç a  da  linha do  o m bro  (ponto m ais  alto onde  a  linha encontra­se  


co m  a  linha do  decote) até a  linha da  cintura, acrescentando  3,5c m  de  m arge m  e m  
cada  ponta

­ Largura –  m e ç a  do  centro da  frente até a  lateral sobre a  linha do  busto e  acrescente 


3,5c m  e m  cada  ponta

Trace  u m a  linha reta co m  a  m arge m  de  3,5  formando  assim  a  linha do  centro da  


frente, m e ç a  sobre a  linha do  centro m arcando  o  início do  decote até a  linha do  busto, 
e  trace u m a  reta perpendicular co m  o  esquadro  e  m e dida  do  busto  para  seguir de  
orientação

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D R A PIN G  D A  FR E N T E

1. Alinhe  o  tecido alfinetando  seguindo  a  reta sobre  a  linha do  centro da  frente, 


partindo da  cintura até o pescoço

2. Alfinete o tecido seguindo  horizontalmente sobre a linha do  busto

­ D E C O T E  –

3.a. Assente  o  tecido  sobre  o  pescoço, corte fora o  excesso, m a s  deixe  u m a  


m arge m  onde  será feito piques co m  a tesoura

3.b. Alfinete sobre  a  linha do  decote  até chegar  no  o m bro  (faça m ais  piques  se  
necessário para assentar be m  o  tecido, o  m e s m o  deve  deitar suave m e nte  sobre o  
busto e  o m bro  se m  ser esticado)

­ P E N C E  D O  O M B R O  – 

4.a. C oloque  u m  alfinete na  linha do  o m bro  onde  ela encontra­se  co m  a  linha 


princesa

4.b. Alfinete a  lateral do  corpo, partindo da  cava  para a  cintura (a cava  localiza­se  


2 dedos  acima  da  linha do  busto)

4.c. Pince  o  excesso  do  tecido do  o m bro  e  alfinete na  linha princesa  formando  a  


pence.  Prenda  co m  u m  alfinete. Prenda  a  pence  co m  alfinetes  posicionados  
verticalmente sobre a linha princesa até o ponto do  busto se m  esticar o tecido. 

4.d. Alfinete o resto do  o m bro

­ P E N C E  D A  CIN T U R A  ­ 

5.a. C oloque  alfinetes sobre  a  linha da  cintura, faça  piques  co m  a  tesoura  para  


assentar o tecido

5.b. Retire os  alfinetes e  assente  o  tecido partindo  da  linha do  centro da  frente 


sobre  a  linha  da  cintura, m arque  co m  u m  alfinete sobre  a  linha  princesa  para  
prender

5.c. Pince  a  sobra  do  tecido formando  a  pence  sobre  a  linha princesa. Alfinete a  


linha da  cintura e  a pence  que  deve  m orrer suave m e nte  no  ponto do  busto

­ M A R C A Ç Õ E S  S O B R E  O  T E CI D O  –  

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6.a. Co m  u m  lápis faça pontos sobre a  linha da  cintura e  lateral. Faça  o  m e s m o  e m  


a m b os  os lados das  pences, decote e  o m bro

6.b. Corte o  excesso  do  tecido do  o m bro

6.c. M arque  co m  u m a  pequena  reta o  final do  o m bro  e  a  parte inferior da  cava  (2 
dedos  acima  da  linha do  busto)

Retire os alfinetes do  o m bro  e da  lateral para realizar o draping das  costas

D R A PIN G  D A S  C O S T A S  D O  C O R P O

Co m primento  – M e ç a  do  ponto m ais alto do  o m bro  até a  cintura a partir da  linha do  


Largura – M e ç a  do  centro das  costas até a linha lateral sobre a linha do  busto

M arque  a  m arge m  de  3,5c m  no  centro das  costas, depois m arque  o  ponto  do  
decote sobre esta m e s m a  linha e  a  linha do  busto utilizando u m  esquadro  e  faça o  
m e s m o  co m  a  linha das  costas

1. Alinhe o tecido sobre o centro das  costas e alfinete da  cintura até o pescoço

2. Alfinete sobre a linha do  busto horizontalmente

3. Alfinete sobre  a  linha do  decote  fazendo  piques  para  o  m elhor  caimento  do  


tecido

­ P E N C E  D O  O M B R O  – 

4.a. Suavize  o  tecido a  partir do  ponto do  pescoço  até a  linha princesa. O  tecido 


deve  cair suave m e nte  se m  ser esticado na  linha do  decote

4.b. Pince  o excesso  de  tecido sobre o o m bro  e alfinete para formar a pence

­ P E N C E  D A  CIN T U R A  – 

5.a. Prenda  o tecido na  lateral, se m  esticar

5.b. Prenda  a  cintura co m  alfinetes e  faça piques  na  m arge m  para m elhor assentar 


o tecido. D ep ois retire os alfinetes 

5.c. Pince  a  sobra  sobre  a  linha princesa  e  alfinete e m  a m b os  os  lados  sobre  a  


linha da  cintura

5.d. Alfinete verticalmente a pence  

­ M A R C A Ç Õ E S  S O B R E  O  T E CI D O  –  

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6. a. Faça  pontinhos a lápis m arcando  a  cintura e a lateral

6.b. Faça  pontos e m  a m b os  os lados da  pence, na  linha do  decote, o m bro.

­ U NIN D O  FR E N T E  E  C O S T A S  – 

7.a. Un a  frente e costas, fazendo  bater as linhas do  busto e cintura.

7.b. Aplique  a  fita de  gorgurão  sobre  a  linha da  cintura (isto vai facilitar o  traçado  


da  m e s m a)

7.c. U m a  os o m bros  co m  o  excesso  do  tecido colocado  para baixo (deixe 2,5c m  de  


m arge m,  corte fora a m e dida  que  sobrar)

7.d. Aplique  alfinetes para  prender  os  o m bros  cuidando  para  que  as  pences  
estejam  encontradas

7.e. Co m  as linhas se encontrando, trace a cava  co m  pontinhos

Planificação do corpo

8.a. R e m o v a  o  tecido do  m a n e q ui m  m a ntendo  a  lateral unida  (os o m bros  deve m  


ser desencaixados)

8.b. Co m  as  pences  fechadas, m e ç a  a  cintura da  frente e  das  costas para  ver se  


estão de  acordo

8.c. Co m  o  esquadro, trace u m a  linha reta de  2,5c m  partindo da  linha do  centro da  


frente sobre a  cintura

8.d. Use  u m a  régua  curva  para  continuar a  traçar a  linha  da  cintura sobre  os  
pontos. Feche  a pence  e trace u m a  reta para acrescentar a m arge m

8.e. Tire os alfinetes da  pence. Desenha  as pernas  da  pence  co m  u m a  régua  reta

8.f. R etrace a cava  co m  u m a  régua  curva

8.g. Separe  as laterais e retrace­as co m  u m a  linha reta.

8.h. Coloque  papel carbono  sob  a  pence  do  o m bro  e  passe  a  carretilha para obter 


a m arge m

8.i. U m a  os o m bros  nova m e nte  e trace o decote co m  u m a  régua  curva

8.j. Analise a  cava  e  retoque  se  necessário. R ecorte os  m oldes  deixando  2c m  de  
m arge m  (não recorte  a m arge m  de  3,5c m  do  centro da  frente e costas

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LINHAS
A  utilização  de  linhas de  costura está dependente  do  tipo de  tecido e m  que  vão  ser 
aplicadas. Assim, quando  se pretende  costurar e m  tecidos de  algodão, deve  utilizar­se  
u m a  linha de  algodão; no  caso  de  u m  tecido à  base  de  fibras artificiais (sintéticas), é  
indicado usar­se u m a  linha sintética. 

Para  todos os tipos de  linha é válida a afirmação  de  que, quanto m aior for o nú m ero  da  


linha (etiqueta ou  grossura), m e n or  será a  sua  espessura. E m  linhas de  costura, as  
m ais utilizadas são  as dos  nú m eros: 30, 40, 50, co m  predo minância para este último.

É  importante co m binar a  cor da  linha co m  a  do  tecido. Nu m  tecido liso, use  se m pre  


linha da  m e s m a  cor, m a s  nu m  tom  ligeiramente  m ais  escuro; nu m  tecido esta m pa do  
ou  xadrez, costure co m  u m a  linha de  cor igual à predo minante.

TIP O S  D E  LIN H A S

Linha  de  alinhavar –  Linhas  para  alinhavar de  algodão  de  baixa resistência, o  que  
lhes per mite sere m  facilmente retiradas dos  trabalhos e m  que  são  aplicadas. 

Linha  “glacê”  (lustrosa) –  Linhas  de  algodão  a  que  u m  tratamento  aplicado  ao  
revestimento exterior confere u m a  m aior resistência. N or m al m e nte, são  utilizadas e m  
calçados, m alas, encadernação, para  pregar botões, encher bordados  ou  e m  costura 

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que  exige u m a  resistência especial. Enquanto  para  a  costura se  utilizam  os  nú m eros  


norm ais (24 a 40), para as outras finalidades aplicam­se os nú m eros  m ais baixos (2, 4, 
etc.) que  corresponde m  a u m a  linha m uito m ais grossa.

Linha  de  casear e pespontar –  Linhas  de  seda  ou  sintéticas, nor m al m e nte  à  venda  
para uso  do m é stico, e m  pequenos  tubos de  10 m.

Linha  de  costura –  E m  algodão  –  De  m o d o  geral, o  nº 50, e m  branco  e  preto, é  o 
m ais  a m pla m e nte  utilizado. Pode­se  dizer que  todas  estas  linhas, que  se  destinam  
tanto para  costurar à  m ã o  co m o  à  m á q uina, são  m ercerizadas. Isto quer  dizer que  
foram  sujeitas a  u m  tratamento  final que  lhes confere m aior brilho no  revestimento 
exterior e  elimina  todos  os  pequenos  pêlos  ou  resíduos  de  fibras de  algodão  que  
norm al m e nte  aparece m  nos  contornos  externos. Alé m  do  m ais, a  m ercerização  é  u m  
fator que  au m e nta  a  solidez da  cor, reduzindo  as  possibilidades da  linha desbotar e m  
conseqüência das  lavagens  efetuadas  e m  condições impróprias. 

­ E m  poliéster –  Tipo  de  linha, m uito versátil, de  variadas  utilizações, 


tanto para costurar à  m ã o  quanto  à  m á q uina. Apesar do  seu  uso  generalizado, é, no  
entanto, especialmente reco m e n d ad a  para costurar tecidos sintéticos e  de  m alha  (tipo 
Jersey). A  grossura m ais utilizada é a 50.

Tipos de  bobinas

1. Carrinho 2. tubo

3.  Vicone 4. C on e

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5. Bobina

AGULHAS DE MÃO
Nú m ero  da  agulha/etiqueta –  (ex: 2/0 –  1  ­ 3  –  5  –  6  –  7­8  –  9  –  12). Q u a nto  m ais alto 
o  nú m ero  das  agulhas  m ais  finas  elas  serão. D evido  à  variedade  da  grossura  / 
tamanho  das  agulhas, elas pode m  ser usadas  e m  tecidos leves, m é dios  e pesados.

Co m p o sição: aço  niquelado e aço  cro m ad o  (não enferrujam)

Aplicação: Para  costurar a m ã o, bordados, cerzidos, pregar botões, etc.

Costura à m ã o  e m  geral

Este grupo  de  agulhas é  utilizado para os trabalhos de  costura co m u ns. Estas agulhas 


têm, na  sua  m aioria, o  bico pontiagudo  e  existem  nu m a  ga m a  de  tamanhos  suficiente 
para permitir usá­las para costurar a m aior parte dos  tecidos.

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Trabalhos de  agulha

Este  grupo  de  agulhas  de  m ã o  é  utilizado  nu m  vasto  nú m ero  de  trabalhos, co m o  
bordar, enfiar pérolas, aplicar lantejoulas, etc.

Trabalhos especiais

Estas  agulhas  de  m ã o  são  ideais  para  trabalhos  que  exige m  agulhas  m uito 
resistentes. A  agulha para luvas e  a  agulha para lona apresenta m  bicos facetados  que  
perfuram  o m aterial de  m o d o  que  os orifícios produzidos não  se rasgue m.

Para costurar a m ã o

Escolha  da  agulha. Escolha  u m a  agulha  que  seja adequada  ao  tecido e  à  linha e 


cô m o d a  para si. As  agulhas  finas são  as  m ais indicadas  –  agulhas curtas, no  caso  de  
pontos pequenos, e agulhas m ais longas, para pontos co m pridos co m o  os alinhavos.

Cor  e  tipo de  linha. Para  alinhavar ou  fazer m arcações, utilize u m a  linha branca  ou  de  


cor clara que  contraste co m  o  tecido; u m a  linha escura  poderá  deixar m arcas  nu m  
tecido  claro. Para  costura  definitiva, a  linha  pode  ser  e m  tom  condizente  ou  
contrastante, segundo  as suas  preferências.

U m a  linha torcida ou  co m  nós  pode  causar problemas  na  costura. O  problema  surge  


co m  u m a  linha de  qualquer tipo, m a s  especialmente co m  aquelas e m  cuja co m p osição  
entra, no  todo ou  e m  parte, fibras sintéticas. Para  minimizá­los, não  costura co m  linha 

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m uito co m prida  ne m  a  estique  de m ais. No  entanto, se  a  linha se  torcer, proceda  da  
seguinte forma: deixe a  linha pender  co m  a  agulha  para  baixo, de  m o d o  que  ela se  
destorça por si; passe  então  os  dedos  suave m e nte  ao  longo  da  linha, de  cima  para  
baixo.

Co m o  arrematar u m a  costura

Para  arrematar u m a  costura, passe  a  agulha  e  a  linha do  avesso. D ê  u m  pequeno  


ponto atrás apanhando  o  mínimo  de  fios possíveis do  tecido. Puxe  a  agulha  e  a  linha 
deixando  u m a  pequena  laçada. 

PONTOS À MÃO
M e s m o  quando  se costura a m á q uina, os pontos à m ã o  são  necessários. 

Pontos  de  m arcação

Os  pontos de  m arcação  são  utilizados para m arcar a  localização de  bolsos, alterações  


da  bainha, correção  de  costuras, linhas de  cintura, pregas, etc.

Fios de  Alinhavo

Técnica  utilizada  sobretudo  nos  tecidos  m uito  delicados, co m o  o  m u sseline,   o  


georgette, etc. Execução: Passe  o  alinhavo  sobre  u m a  ca m a d a  singela para  fazer a  
m arcação. C oloque  esta ca m a d a  sobre  a  outra a  m arcar. Espete  alfinetes sobre  as  
m arcações,  prendendo  as  duas  ca m as.  Passe  o  alinhavo  sobre  as  m arcas  dos  
alfinetes – deste m o d o  ficam  transferidas as m arcações.

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Marcação  de  Alfaiate

São  especialmente  indicadas  para  lãs  e  outros  tecidos  que  não  escorregue m.  
Execução: Co m  a  agulha  enfiada  co m  u m a  ponta  de  linha co m prida, introduza­a  de  
m o d o  a  atravessar as  duas  ca m a d as  de  tecido sobre a  m arcação  a  giz. Puxe  a  agulha  
e a linha, deixando  esta frouxa a fim de  formar u m a  argola co m  cerca de  2,5c m. Re pita 
este processo  até o  final da  m arcação. Por  último, afaste cuidadosa m e nte  as  duas  
ca m a d as  de  tecido até atingir os  limites das  argolas e  corte as  linhas  pelo centro. 
Deste m o d o  obté m  as m arcações  nos  dois lados.

Alinhavo  corrente e largo

Utilizam­se  alinhavos  a  m ã o  para  unir provisoriamente  duas  ou  m ais  ca m a d as  de  


tecidos. Pode  ser o  alinhavo  corrente: pontos  curtos  provisórios (cerca  de  6 m m ). 

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Trabalhando  da  direita para  a  esquerda, dê  u m  ou  dois pontos  antes  de  puxar  a  


agulha. Alinhavo  largo: tal co m o  o  alinhavo  corrente, é  formado  por pontos provisórios 
(cerca de  2,5c m).

Alinhavo  e m  diagonal

Utilizam­se  para  unir ca m a d as  de  tecido  para  u m a  determinada  área  durante  a  


confecção  e  ao  passar a  ferro. O  alinhavo  e m  diagonal curto utiliza­se  para  m a nter 
aca m a d as  as  m argens  das  costuras enquanto  se  costura ou  passa  a  ferro; o  alinhavo  
e m  diagonal  co m prido  e m prega­se,  por  exe m plo,  para  prender  provisoriamente  
entretelas à  peça  do  vestuário.

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Ponto  furtado para alinhavar

Ponto  provisório que  permite acertar as  costuras do  tecido xadrez, rica e  de  alguns  


esta m p ad os  co m  m otivos grandes. É  igualmente  indicado  para  alinhavar partes co m  
curvas  m uito  acentuadas  ou  para  proceder  a  ajustes  pelo  lado  direito. Execução: 
vinque  e  dobre para dentro u m a  beira ao  longo  da  respectiva linha de  costura. C o m  o  
direito virado  para  cima, coloque  a  beira dobrada  sobre  a  linha de  costura da  parte 
correspondente  da  peça  de  vestuário, acertando  o  padrão  dos  tecidos; prenda  co m  
alfinetes. Trabalhando  da  direita para  a  esquerda  e  formando  pontos  co m  cerca  de  
6 m m,  dê  u m  ponto através da  parte inferior e, e m  seguida, outro atravessando  a dobra 
da  parte superior.

Pontos  para construção

Ponto  atrás

O  ponto atrás, devido à  sua  grande  elasticidade, é  u m  dos  pontos m ais  resistentes. É  


utilizado para rematar e reparar costuras à m ã o.  Be m  co m o  para costurar a costura do  

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gancho, e m  calças, e  aplicar fechos  de  correr. E m b ora  existam  variantes deste ponto, 


a forma  de  o executar é idêntica: introduz­se a agulha atrás do  local onde  surge a linha 
do  ponto anterior

Execução:  passe  a  agulha  e  a  linha para  a  parte de  trás. Atravessando  todas  as  


ca m a d as  de  tecido, introduza  a  agulha  atrás do  local e m  que  surge  a  linha, a  u m a  
distância equivalente ao  co m primento  do  ponto, e  faça­a  surgir imediatamente  atrás 
desse  local.

Re m ate  seguro: dê  u m  ponto  atrás m uito pequeno  imediatamente  atrás do  local e m  


que  e m erge  a  linha; não  puxe  a  linha co m pleta m e nte  para que  esta forme  u m a  laçada. 
Dê  outro ponto atrás sobre o  primeiro, e  passe  a  agulha  e  a  linha pela laçada. Aperte 
a m b os  os pontos e corte a linha.

Ponto  Picado

Pode­se  asse m elhar­se  a  qualquer dos  tipos de  ponto atrás, diferindo contudo  no  fato 


de  o  ponto  só  atingir u m a  ca m a d a  do  tecido, a  superior. Ponto  essencialmente  
decorativo, é  utilizado e m  golas, sobretudo  no  estilo alfaiate. Execução: executa­se  
co m o  qualquer dos  pontos  atrás, m a s  se m  atingir a  ca m a d a  inferior do  tecido. D este 
m o d o, a parte de  baixo do  ponto não  é  visível.

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Ponto  Casa m e nto

Utiliza­se  para unir duas  beiras dobradas. Per mite consertar rapida m e nte  u m a  costura 


pelo direito, sendo, portando  indicado  e m  especial nos  casos  e m  que  se  tornaria difícil
 
fazê­lo pelo avesso.

Ponto  Luva

Ponto  pequeno  e  regular, utilizado para  unir duas  beiras acabadas, co m o  acontece, 


por  exe m plo, quando  se  prega  u m a  renda  ou  u m a  fita nu m a  peça  de  vestuário. 
Execução: Introduza  a  agulha  e m  diagonal através  da  beira posterior e  da  anterior, 
apanhando  apenas  u m  ou  dois fios de  cada  vez. A  agulha  é  introduzida precisam ente  
por detrás da  linha proveniente do  ponto  anterior e  surge  u m  ponto m ais  a  frente. O  
tamanho  dos  pontos e os espaços  intermediários deve m  m a nter­se regulares.

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Ponto  Luva  inclinado

Variante do  ponto  luva, residindo  a  diferença  principal no  ângulo  segundo  o  qual a  


agulha é introduzida.

Ponto  Chuleado

Ponto  habitualmente  utilizado  no  acaba m e nto  das  beiras a  fio, a  fim  de  evitar que  
estas se  desfiem. De  u m  m o d o  geral, quanto m aior for a  tendência de  u m  tecido para  
desfiar, m ais fundos  e m ais juntos deverão  ser os pontos

Ponto  Corrido

Ponto  miúdo  e  regular, utilizado  para  franzir e  executar outros trabalhos  delicados. 


Este ponto  asse m elha­se  ao  alinhavo  corrente, co m  a  diferença  de  sere m  os  pontos  
m ais  curtos  e  geralmente  definitivos. Execução:  trabalhando  da  direita para  a  
esquerda, introduza  a  agulha  várias vezes  no  tecido, a  espaços  regulares, antes  de  
puxá­la. 

Ponto  de  Enchu m a ç ar

É  utilizado  essencialmente  na  confecção  estilo alfaiate para  pregar  a  entretela ao  


tecido. Os  pontos  quando  curtos e  justos, destina m­se  tamb é m  a  dar forma  a  certas 
partes da  peça  de  vestuário, co m o  gola e  lapelas; quando  se pretende  apenas  segurar 
a  entretela, os  pontos  serão  m ais  longos, se m elhantes  a  u m  alinhavo  e m  diagonais, 
co m  a diferença de  sere m  definitivos e m ais curtos.

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Pontos  de  remate e decorativos

M osca

Ponto e m  forma  de  triângulo e  exclusivamente  decorativo. Utiliza­se  e m  saias, no  final 


da  costura dos  m a c h os  e  nas  extremidades  dos  bolsos. Executa­se  do  lado direito da  
obra.

Bride ou  aselha

Ponto  de  reforço que  forma  u m a  linha reta, utilizado e m  passadeiras para  os  cintos, 


aselhas  para  botões  e  e m  substituição dos  colchetes femininos. Execução: Prenda  a  
linha e  passe  a  agulha  para  o  direito. D ê  dois ou  três pontos  co m pridos  no  m e s m o  
lugar (a m e dida  dos  pontos  corresponde  ao  co m primento  pretendido  para  a  Bride). 
Apanhando  as  linhas  e  o  tecido, dê  pontos  de  cobertor be m  juntos  até  cobrir 
totalmente as linhas.

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Ponto  de  cobertor

E m b ora  tradicionalmente  considerado  u m  ponto  de  bordado,  pode  tamb é m  ser 


utilizado na  confecção  de  vestuário. Serve  para decorar beiras de  tecido.

Abaixo segue m  vários exe m plos  de  pontos decorativos:

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MÁQUINAS DE COSTURA
São  equipa m e ntos  projetados para unir pedaços  de  tecido co m  laçadas  (quando  utiliza 
dois fios de  linha) ou  pontos de  cadeia (quando  utiliza apenas  u m  fio). A  m aioria das  
m á q uinas  de  costura m o d ernas  utiliza dois fios separados  para formar u m a  laçada. O  
fio superior passa  através de  u m  buraco  situado  na  ponta da  agulha e  o  fio inferior sai 
de  u m a  bobina  ou  carretel e  une­se  ao  fio superior, enlaçando­se  ou  retorcendo­se, 
co m  o m o vi m e nto  horizontal ou  rotativo da  bobina.

Alé m  de  vários m o d elos de  m á q uinas  do m é sticas, há  cerca de  dois mil tipos diferentes 


de  m á q uinas  de  costura industriais.

Os  principais tipos de  m á q uinas  de  costura industrial são:

­ Reta ponto fixo (classe 300) –  Utilizada co m o  equipa m e nto  básico para todo tipo de  


vestuário, costura da  lycra ao  couro, tendo  co m o  básico o ponto 301.

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­  Overlock  (classe  500)  –  Utilizada  para  fecha m e nto  ou  acaba m e nto  de  m alha  e  
tecidos planos; “overlock” é  u m a  palavra e m  inglês que  significa chulear, dar reforço, 
resistência ou  segurança  à  extremidade  do  tecido. Essa  m á q uina  forma  o  ponto 
corrente e  as  linhas são  entrelaçadas  e m  cima  e  e m  baixo  do  tecido pela agulha  e  
pelos  loopers. N essa  classe  de  pontos  a  linha  alimenta  diretamente  os  loopers 
dispensando  o  uso  de  bobinas. A  m á q uina  de  overlock que  é  da  classe  500  trabalha 
co m  3 ou  4 fios.

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­ Galoneira  (classe  600)  –  Utilizada  basica m e nte  e m  m alharia para  fazer bainhas, 


aplicações  de  viés, costuras decorativas, etc. Ela forma  o  ponto corrente e  as  linhas 
são  entrelaçadas  e m  cima  e  e m  baixo  do  tecido  pela  agulha, pelo  looper e  pelo 
trançador. N esta classe de  ponto a  linha alimenta diretamente o looper, dispensando  o  
uso  da  bobina. Essa  m á q uina  trabalha co m  3, 4  ou  5 fios.

TIPO S  D E  P O N T O S  D A S  M Á Q UI N A S  D E  C O S T U R A

Ponto  fixo classe 300

É  u m  dos  pontos  m ais  utilizados nas  operações  de  costura e m  geral. C o m  a  correta 


regulage m  das  tensões, a  a m arração  da  linha superior e  inferior fica no  centro do  
m aterial e  e m  seguida  o  ponto  é  formado. O  ponto  fixo não  desfia e  tem  pouca  ou  
nenhu m a  elasticidade

Ponto  corrente classe 400, 500, 600 e variantes

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O  ponto é  formado  no  lado de  baixo do  tecido, ao  invés da  bobina existe o  looper, que  


transporta a  linha  de  baixo  para  co m pletar a  a m arração  do  ponto. É  utilizado  e m  
costura que  exija elasticidade.

C A R A C T E RÍ S TIC A S  D E  U M A  B O A  C O S T U R A

Para  a  qualidade  de  u m a  costura, a  linha  que  une  os  m ateriais tem  u m a  grande  
importância. As  características  que  denota m  a  qualidade  de  u m a  costura  são: 
resistência, elasticidade,  segurança  e  boa  apresentação.  Para  alcançar  essas  
características e, assim  dar  à  costura  u m a  boa  qualidade, é  preciso  observar os  
seguintes fatores: tipo e  tamanho  do  ponto; elasticidade; tensão  e  resistência da  linha 
e adequação  da  linha ao  m aterial utilizado.

Regulagens que podem ser feitas na overlock e


galoneira

­ Tensão  das  linhas : essa  regulage m  per mite soltar ou  apertar as  linhas da  agulha  e  
dos  loopers

­ Tensão  do  pé  calcador: essa  regulage m  per mite tirar ou  dar pressão  no  pé  calcador 
de  acordo  co m  a  espessura  do  tecido que  será  costurado. Q u a nto  m ais  fino for o  
tecido, m ais  pressão  deve  ser dada  no  pé  calcador e  quanto m ais  grosso  for o  tecido 
(ou  várias  ca m a d as  de  tecido) m e n os  pressão  deve  ter no  pé  calcador. O utro 
problema  que  pode  ocorrer é  que  o  tecido pode  ficar m arcado  se  o  pé  calcador estiver 
co m  m uita pressão.

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­ Posição  do  diferencial: essa  regulage m  permite ajustar a  aparência da  costura 


realizada que  pode  ficar esticada (ondulada) ou  franzida (tecido plano  co m  trama  be m  
fechada). G eralmente, o  diferencial fica centralizado. Se  for baixado, tende  a  franzir o  
tecido e se for levantado, tende  a  esticar o tecido.

­ Ta m a n h o  (co m primento  do  ponto): per mite definir a  quantidade  de  pontos  por 
centímetro, por exe m plo: quanto m e n or  o  espaça m e nto  entre os  pontos, m ais  elástica 
fica a  costura, logo pode m o s  dizer que  quanto m ais  elasticidade tiver o  tecido, m e n or  
deve  ser o tamanho  do  ponto.

Regulagens que podem ser feitas na reta

 ­ Tensão  da  linha da  agulha: essa  regulage m  per mite soltar ou  apertar a  linha da  


agulha conforme  o tecido que  será costurado  (linha de  cima)

­ Tensão  da  linha da  bobina : essa  regulage m  per mite soltar ou  apertar a  linha da  
bobina conforme  o tecido será costurado  (linha de  baixo).

­ Tensão  do  pé  calcador: essa  regulage m  per mite tirar ou  dar pressão  no  pé  calcador 
de  acordo  co m  a  espessura  do  tecido que  será  costurado. Q u a nto  m ais  fino for o  
tecido, m ais  pressão  deve  ser dada  no  pé  calcador e  quanto m ais  grosso  for o  tecido 
(ou  várias  ca m a d as  de  tecido) m e n os  pressão  deve  ter no  pé  calcador. O utro 
problema  que  pode  ocorrer é  que  o  tecido pode  ficar m arcado  se  o  pé  calcador estiver 
co m  m uita pressão.

­ Ta m a n h o  (co m primento  do  ponto): essa  regulage m  permite definir a  quantidade  


de  pontos por centímetro, por exe m plo: quanto m e n or  o  espaça m e nto  entre os pontos, 
m ais  elástica fica a  costura, logo pode m o s  dizer que  quanto  m ais  elasticidade  tiver o  
tecido, m e n or  deve  ser o  tamanho  do  ponto.

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Introdução a máquina de costura reta doméstica

E m b ora  o  fato da  grande  diferença  existente entre os  diversos  tipos e  m o d elos  de  


m á q uinas  de  costura, o seu  funciona m e nto  são  m uito se m elhantes. 

Abaixo segue  os no m e s  das  partes da  m á q uina  reta do m é stica e m á q uina  reta:

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Enfiamento da linha na parte superior

O  enfiamento  da  linha  na  parte  superior faz­se  do  m e s m o  m o d o  e m  todas  as  


m á q uinas, e m b ora  as  peças  envolvidas  no  processo  possa m  diferir quanto  ao  seu  
aspecto ou  a  sua  localização. C onforme  indicado  na  figura abaixo, a  linha proveniente 
do  carro ou  do  tubo de  linha passa  pelos discos tensores, seguida m e nte  pela alavanca  
de  freio da  linha, descendo  finalmente  para  a  agulha. O  nú m ero  de  guias  da  linha 
existente entre estes pontos pode  variar de  m á q uina  para m á q uina. É, no  entanto, no  
conjunto tensor  que  as diferenças são  m ais acentuadas.

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Enrolamento da bobina

E m  qualquer m á q uina  de  costura a  linha necessária para  formar  a  parte inferior do  


ponto  encontra­se  armazenada  na  bobina, peça  cilíndrica situada  sob  a  agulha  e  a  
chapa  desta e alojada na  respectiva caixa. 

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Co m o  funciona o  ponto

Escolha da agulha, linha e comprimento do ponto


adequado

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Pressão e avanço

Nu m a  m á q uina  de  costura, o  termo  –  pressão  –  significa a  força exercida  sobre  o  


tecido à  m e dida  que  este se  m o v e  sob  o  pé  calcador por ação  dos  dentes impelentes. 
A  pressão  tem  várias funções: prender 
as  ca m a d as  de  tecido  de  m o d o  que  
elas   se   desloque m   co m   a   m e s m a  
regularidade; m a nter o  tecido esticado, 
e  evitar que  este  seja puxado  para  a  
zona  da  bobina e se enrole e m  torno da  
agulha, o que  pode  dar origem  a pontos 
e m  falso.

E m   alguns   trabalhos   a   ação   do  


impelente é  totalmente eliminada  –  por 
exe m plo, quando  se prega m  botões.

A  pressão  correta assegura  u m  avanço  


regular das  ca m a d as  do  tecido, que  
ficam   assim   conveniente me nte  
costuradas,   se m   sofrerem   qualquer 
dano. A  pressão  a utilizar dependerá  do  
peso  do  tecido. D e  u m  m o d o  geral, 
quanto  m ais  leve  for o  tecido, m e n or  
deverá  ser a  pressão. N o  entanto, co m  
alguns  tecidos  é  difícil conseguir u m a  
pressão  adequada  para  fazer avançar 
regularmente  as  ca m a d as  de  tecido. É  
o  caso, por exe m plo, dos  tecidos co m  
pêlo.

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U m a  pressão  correta  per mite  que  as  ca m a d as  de  tecido  sejam  uniforme m e nte  
impulsionadas, assegurando  pontos regulares e m  co m primento e  tensão; o  tecido não  
é danificado ne m  pelo impelente ne m  pelo pé  calcador.

U m  excesso  de  pressão  pode  ter várias conseqüências. Frequente m e nte, a  parte 


superior desliza e  a  inferior franze. Os  pontos  pode m  apresentar­se  irregulares e m  
co m primento  e  tensão. O  impelente  pode  causar  estragos  na  ca m a d a  inferior do  
tecido. A  ação  co m binada  do  pé  calcador e  do  impelente pode m  danificar a  parte 
exterior das  ca m a d as  de  tecido.

U m a  pressão  insuficiente pode  també m  ter conseqüências  desagradáveis. U m a  das  


m ais freqüentes consiste na  falta de  controle para guiar as ca m a d as  de  tecido, m e s m o  
que  o  avanço  destas  se  esteja a  processar  regularmente. E m  alguns  tecidos  u m a  
pressão  insuficiente pode  també m  dar origem  a  pontos e m  falso ou  que  o  tecido seja 
puxado  para a zona  da  bobina.

Co m primento  do  ponto 

O  co m primento de  ponto apertado, de  1­1,5 m m  (16­24  pontos por polegada), utiliza­se  


para costurar tecidos leves.

O  co m primento  de  ponto  nor mal, de  1,5­2,5 m m  (10­15  pontos  por  polegada), é  
utilizado para tecidos de  peso  m é dio.

Os  pontos de  alinhavar quando  utilizados para franzir, são  de  3­5 m m  (6­9  pontos por 


polegada)

PREPARAÇÃO PARA O CORTE


Estrutura do  Tecido Plano

O  tecido  é  formado  pelo  entrelaçamento  de  dois  fios  que  se  cruza m  
perpendicularmente:

­ Fio transversal, no  sentido da  largura, que  forma  a  trama


­ Fio longitudinal, no  sentido do  co m primento, que  forma  o urdu m e  ou  urdidura.

O  arremate lateral, no  sentido do  co m primento, é cha m a d o  O U R E L A.

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O  caimento perfeito da  roupa  está relacionado  co m  o  a queda  do  fio, ou  seja, a  direção  


do  fio e m  relação  ao  solo. Q u a n do  estiver fazendo  o  m olde  é  importante determinar o  
sentido do  fio.

As  ilustrações  abaixo  de m o nstra m  a  relação  entre o  sentido do  fio determinado  no  


m olde  e a ourela do  tecido.

Co m o  colocar as indicações do  fio do  tecido:

Fio reto ­ Trace  u m a  paralela ao  m eio  da  roupa


Fio atravessado  ­ Trace  u m a  perpendicular ao  m eio  da  roupa
Fio enviesado  ­ Use  u m  esquadro de  45  graus apoiado  no  m eio  da  roupa

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O bserve  nas  ilustrações o  caimento da  ourela e m  relação ao  solo.

Queda  do  fio reto 


­ A  ourela cai perpendicular ao  solo. 

­ O  caimento da  roupa  é firme m as  não  m uito rígido.

Queda  do  fio atravessado


­ A  ourela cai paralela ao  solo.

­ O  caimento da  roupa  é armado . 

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Queda  do  fio enviesado  


­ N e m  trama, ne m  ourela cae m  perpendicular ao  solo m a s  e m  diagonal.

­ O  caimento da  roupa  é m ole  e flexível. 

 O bs. N e m  se m pre  é  obrigatório que  a roupa  seja cortada no  m e s m o  sentido.

1. U m a  blusa pode  ser cortada a fio reto e a m a n g a  e m  pleno viès.

2. U m  vestido pode  ter a blusa cortada a fio reto e a saia co m  o fio atravessado.

Co m o  primeira operação  antes de  cortar, é  necessário endireitar as  beiras e m  todos  


os  tecidos para  que  seja possível dobrá­los conveniente me nte, be m  co m o  verificar o  
alinha m e nto  do  fio.  É  necessário passar a  ferro u m  tecido que  apresente  rugas  ou  
vincos.

Co m o  reconhecer o  direito do  tecido

Antes  de  cortar é  indispensável identificar o  direito do  tecido. Se  o  tecido  estiver 


dobrado, o  direito está se m pre  para dentro. H á  ainda  outras formas  para identificação: 
os  tecidos m a cios  são  m ais  brilhantes e  m a cios  do  lado  do  direito. Nos  tecidos co m  
textura be m  definida, esta  é  m ais  evidente  do  lado  direito. O s  tecidos  deste  tipo 
apresenta m  co m  freqüência, no  avesso, pequenas  irregularidades. O s  tecidos  co m  
textura de  fantasia, co m o  o  brocado, são  m ais  m a cios  do  direito, co m  fios levantados  
do  lado avesso. N os  tecidos esta m p ad os, as  cores são  m ais vivas do  direito. Algu m as  
m alhas, quando  esticadas transversalmente, enrolam­se para o direito. 

Piques:

Deve m  ser feitos para identificar a  peça  depois de  cortada. U m a  peça  cortada no  viés, 


norm al m e nte  parece  perder as  formas. O s  piques  ajuda m  a  identificar a  parte superior 
e  as  bordas  que  deve m  ser  unidas. Serve m  tamb é m  para  unir trechos  grandes  
evitando  que  as bordas das  peças  se desencontrem  no  final da  costura.

Planeje o  risco:

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Utilize u m  papel co m  as  m e s m a s  m e didas  do  tecido onde  será  feito o  corte. N ele, 
planeje o  corte, riscando  o  m olde  das  peças  quantas  vezes  deverão  ser cortadas  no  
tecido. 

Tecido sobre a m esa:

Acerte o  tecido dando  u m  pique  na  borda  de  u m a  das  ourelas e, e m  seguida rasgue­o  


até alcançar a  ourela do  outro lado. Vá  batendo  suave m e nte  sobre  o  tecido, co m  as  
palmas  das  m ã os, para que  ele se  assente sobre a  m e s a. N ão  deixe nenhu m a  bolha 
de  ar (rugas) sob  o tecido.

Papel riscado  sobre o  tecido:

Co m  todo  o  cuidado, coloque  o  papel do  risco (plano  de  corte) sobre  o  tecido. Evite 


tirar o  tecido do  lugar ou  deixar que  ele enrugue. Para  facilitar a  tarefa, prenda  o  papel 
co m  pesos  no  tecido, principalmente sobre  o  desenho  das  peças. Gra m p eie  tecido e  
papel pelas bordas. Faça  o  corte co m  u m a  tesoura be m  afiada. Vá  cortando  as  peças, 
se m pre  colocando  pesos  sobre  elas. De pois de  cortado  o  tecido, m a ntenha  o  m olde  
de  papel sobre  o  tecido, prendendo­o  co m  alfinetes, isto facilita a  identificação  do  
m olde  posteriormente.

DICA S

­ Antes de  cortar, exa mine  se  o  tecido tem  falhas na  trama, diferenças de  tonalidade e 


outros defeitos.

­ Antes de  cortar u m  tecido co m  elastano, deixe­o  descansar, no  mínimo  por 12  horas. 


Isso  é  necessário porque  o  tecido tende  a  esticar quando  armazenado  e m  rolo. O  
descanso  possibilita que  as fibras voltem  ao  norm al.

­ Cuide  na  hora do  corte de  tecidos co m  pé  (veludo, peles, etc), os  m oldes  deve m  ser 
cortados todos de  pé  ou  todos de  cabeça  para baixo.

COMO EXECUTAR UMA COSTURA

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Costuras simples

Costura reta . A  m ais  freqüente. N u m a  costura reta executada  


co m  perfeição, os  pontos  encontra m­se  exata m e nte  à  m e s m a  
distância  da  beira  ao  longo  de  toda  a  costura. Utiliza­se  
geralmente u m  ponto reto.

Costura  curva . O  tecido  ao  passar  sob  a  agulha  deve  ser 
cuidadosa m e nte  guiado  para que  os  pontos fique m  a  igual distância 
da   beira   ao   longo   de   toda   a   costura.   Neste   caso,   será 
particularmente  útil u m  guia de  costura. Para  conseguir u m  m aior 
controle, utilize u m  ponto  m ais  curto e  costura a  u m a  velocidade  
m ais reduzida.

Costura  co m  canto . Estas  costuras  deve m  ser  reforçadas  no  


canto. Para  o  efeito, utiliza­se  pontos  miúdos  (1­1,5  m m/ 15­20  
pontos  por polegada) para  costurar u m a  extensão  de  cerca  de  2,5 
c m  antes e  depois do  canto. A  virada no  canto deve  ser executada  
co m  exatidão.

O  arredonda m e nto  do  canto  é  a  m elhor  forma  de  obter u m  bico 


perfeito nu m a  costura que  deve  ser virada, co m o  e m  u m a  gola ou  
punho. Dê  u m  ponto e m  diagonal nu m  tecido leve, dois nu m  tecido 
m é dio  e três nu m  tecido pesado.

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DICA S

­ Use  agulha ponto­bola para tecidos co m  elastano. A  dimensão  da  agulha deve  estar 


de  acordo  co m  a densidade  do  tecido (para tecidos m ais leves utilize agulha nú m ero  9; 
m ais  pesados  utilize agulha  nú m ero  11). A  agulha  ponto­bola evita quebras  totais ou  
parciais no  fio de  elastano, quebras que  faze m  o tecido perder a sua  elasticidade.

­ Algu m a s  vezes, até m e s m o  as  costureiras profissionais são  obrigadas  a  alinhavar 


determinando  trecho  da  m o ntage m  para  que  a  costura saia perfeita. Faça  o  m e s m o.  
Alinhave, se m pre  que  achar necessário, para  trabalhar co m  m ais  segurança  na  hora 
de  passar a  costura a m á q uina.

  

PENCES

As  pences  são  pregas  e m  forma  de  triângulo  que  forma m  u m  bojo  e m  sua  
extremidade.  São  utilizadas  e m  roupas  colantes  e  be m  estruturadas. Deve m  ser 
executadas  de  forma  que  se  torne m  quase  invisíveis. São  cha m a d as  de  simples 
quando  são  e m  u m  único sentido e, duplas quando  afinam  nos  dois sentidos. Abaixo 
será ensinado  duas  m a n eiras de  fechar as pences.

Co m o  trabalhar as pences:

Pence  co m  terminação  na  costura

Co m o  Costurar

Do bre  o  tecido pelo eixo da  pence  e  costure prolongando  


suave m e nte  junto  à  dobra,  e m  m é dia  2  pontos  de  
m á q uina  na  dobra.

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Pence  Interna

Arredonde  suave m e nte  os ângulos formados  no  centro da  pence  .

Co m o  Costurar

Do bre  a  Pence  pelo eixo e  costure prolongando  suave m e nte  as  terminações  junto à  


dobra do  tecido.

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 Acaba m e nto  final

Para  que  a  pence  fique  delicada  e  quase  invisível, principalmente  e m  tecidos 


esta m p ad os, corte co m  a  tesoura a  dobra  interna da  pence  até be m  perto da  ponta. 
Abra  a costura co m  o ferro de  passar e  passe  na  overlock as bordas.

Na  pence  interna faça piques  na  dobra  da  pence  no  avesso, e m  seguida, através de  


u m  dos  piques, corte no  eixo da  pence. Abra  a  costura co m  o ferro de  passar.

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 Pences  simples

Incluem­se  as  pences  entre os  elementos  m ais  importantes  na  parte estrutural da  


confecção. As  pences  são  utilizadas para conferir  certo relevo a  u m a  de  tecido, para 
que  esta  possa  ajustar­se  a  determinado  contorno  ou  curva  do  corpo. Transfira 
cuidadosa m e nte  para o  tecido todas as  m arcações  dos  m oldes. Escolha  u m  processo  
de  m arcação  apropriado ao  tecido e, cuidadosa m e nte, prenda  co m  alfinetes e alinhave  
as  pences. Estas  são  costuradas  da  parte m ais  larga para  a  ponta, onde  a  linha é  
rematada  co m  u m  nó. 

1. Trabalhando  pelo  avesso,  dobre  a  pence  pelo  centro; acerte  e  u m a  co m  


alfinetes as m arcações  correspondentes. Alinhave  e  retire as m arcações. 

2. Costure a  partir da  parte m ais larga. Os  últimos pontos deve m  ficar paralelos a  


dobra e a  largura de  u m  fio. Corte a  linha deixando  pontas de  10  c m.

3. For m e  u m  nó  (não  aperte). Introduza  u m  alfinete no  nó  e  espete­o  na  ponta da  


pence. Aperte o  nó, deixando  que  o  alfinete o  conduza  até a  ponta da  pence. 

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4. Assente a pence  co m  o ferro tal co m o  foi costurada. 

5. Coloque  a  pence  co m  o  avesso  para  cima  sobre  a  almofada  de  alfaiate. 
Assente­a para o  lado a qual ficará voltada u m a  vez terminada  a confecção.

Pences  de  contorno

Re úne  nu m a  só pence  duas  pences  simples destinadas a cintura.  

1. Transfira todos  os  sinais do  m olde, para  o  avesso  do  tecido. A  carretilha é  


indicada para este fim, sendo  contudo  conveniente verificar qual o seu  efeito no  
tecido e se as m arcações  ficam  be m  nítidas.

2. Trabalhando  do  lado  do  avesso,  dobre  a  pence  pela  linha  central. Faça  
coincidir as  linhas de  costura e  una­as  co m  alfinetes. Alinhave  rente ä  linha de  
costura e por dentro, retirando depois os alfinetes.

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3. A  pence  de  contorno é  costurada  e m  duas  partes, partindo se m pre  da  cintura e  


costurando  e m  direção a  ponta da  pence. Nas  pontas remate as linhas co m  u m  
nó.

4. Retire os  alinhavos. Na  cintura dê  u m  pique  até  3 m m  dos  pontos, o  que  


permitirá que  a  pence  se encurve na  zona  da  cintura.

A SELH A S

­ São  alcinhas que  serve m  co m o  casas  para botões:

1 . Recortar u m a  tira no  viés de  2,5c m  de  largura e  co m  o  co m primento  necessário 
para fazer quantas aselhas forem  preciso.

2 . Do bre  no  sentido do  co m primento e costurar a  6 m m  da  borda.

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3 .Faça  dois pontinhos no  inicio do  rolinho, introduza  a  agulha pela parte m ais  grossa, 


e vá puxando  co m  cuidado  até sair na  outra ponta.

Viés

São  tiras de  tecido cortadas e m  Pleno  Viés. Para  cortar u m a  tira de  viés dobre o tecido 


de  forma  que  a  trama  fique e m  direção  a  ourela. O bserve  que  Tra m a  e  O urela ficam  
paralelas.

A  Largura do  Viés pode  ser de  duas  m a n eiras:

Viés   Duplo   ­   Para   Tecido   m ais   leve.


A  Largura  deve  ter o  dobro  do  debru m  desejado  m ais  0,5c m  de  cada  lado  para  as  
costuras.

Viés   simples   ­   Para   Tecido   m ais   pesado.  


A  Largura desejada  para o debru m  m ais 0,5c m  de  cada  lado para as costuras.

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Existem  no  m ercado  tiras de  viés prontas, já co m  bordas  vincadas.

M uitas vezes  é  necessário tiras de  viés m uito longas. N esses  casos, cortar várias tiras 


e e m  seguida uni­las.

Para unir tiras de  vieses:

Coloque  as  duas  tiras do  viés, direito contra direito e m  ângulo  reto e  costure  e m  


diagonal conforme  ilustração abaixo.

Viés unidos pelo avesso.

Viés unidos pelo direito.

Co m o  Costurar o  Viés na  peça  da  roupa. 


Abordare m os  aqui apenas  duas  m a n eiras de  colocar o viés.

1. Viés de  Borda  Simples e Duplo. 

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Viés de  Borda  Simples.

Costure o Viés direito contra direito da  peça  da  roupa  e a 0,5c m  da  borda.

Re bata  o  viés para  o  avesso, dobrando  o  lado  que  não  foi costurado  para  dentro e  


costure à m á q uina  ou  a m ã o.

Viés de  Borda  Duplo

Primeiro vinque  a tira do  viés pelo co m primento.

Junte o  viés dobrado  sobre o  direito da  peça  da  roupa  e  costure a  0,5c m  a  borda  do  
viés.

Vire o viés para o avesso  e  costure rente a dobra feita no  co m primento.

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2. Viés Interno Duplo e Simpels

Se  for colocar o  viés e m  beiradas  curvas, passe  a  ferro dando  a  forma  da  curvatura, 


tanto para o simples co m o  o duplo. 

Viés Interno 

Coloque  o viés, direito contra direito na  peça  da  roupa  e costure.

Dê  piques na  m arge m  e passe  a  ferro.

Vire as  extremidades  da  tira do  viés para dentro e  dobre o  viés para o  avesso, costure 


à m á q uina  ou  a m ã o.

EM B E BI M E N T O

M o ntage m  da  Ma n ga  co m  E m b e bi me nto  

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1º. Passo

Passe  duas  carreiras de  fios co m  o  ponto grande  da  m á q uina  na  cabeça  da  M a n g a. O  
primeiro fio be m  próximo  a  linha onde  vai ficar a  costura e  o  segundo  fio a  4 m m  de  
distância do  primeiro. Puxe  os dois fios juntos até alcançar o  tamanho  necessário para 
que  o  tamanho  da  M a n g a  fique igual ao  da  C ava  da  Ro upa.  Distribua o  franzido de  
m a n eira uniforme.

2º Passo

De pois de  puxado  os  fios, introduza  u m a  almofada  de  alfaiate ou  na  falta dela u m a  


toalha dobrada  no  trecho  da  cabeça  da  m a n g a  que  foi franzida. Passe  o  ferro be m  
quente  co m  u m  pano  ú mido  pelo  direito da  m a n g a,  sobre  o  e m b e bi m e nto, e  vá  
alisando  até eliminar quase  que  totalmente o trecho e m b e bido.

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 3º Passo

Feche  a costura inferior da  m a n g a.

4º Passo

Introduza  a  M a n g a  na  Cava  da  Ro upa,  direito contra direito coincidindo  a  parte do  


fecha m e nto  da  M a n g a  co m  a  costura lateral da  roupa. Prenda  co m  alfinetes conforme  
ilustração e alinhave.

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5º Passso

Retire os alfinetes.

6o  Passo

Costure iniciando pelo braço  e  pelo lado da  m a n g a.

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Bolsos

Os  bolsos  dividem­se  e m  duas  categorias  gerais  –  bolso  chapado  e  bolso 


e m b utido. Os  bolsos chapados  aparece m  no  exterior da  peça; são  confeccionados  
no  tecido desta, co m  ou  se m  forro e  prega m­ se  a  m ã o  ou  a  m á q uina. Pode m  se  
quadrados, retangulares, co m  bico ou  arredondados, etc.

Os  bolsos e m b utidos, norm al m e nte  confeccionados  no  tecido do  forro, encontra m­


se  no  interior da  peça  de  vestuário, podendo  a  sua  abertura ser invisível ou  ter fins 
decorativos.

Reforços dos  cantos

Pequenos  triângulos de  pontos nos  cantos superiores. Este reforço é  m ais utilizado 


e m  ca misas.

Ponto zig­zag  miúdo  de  3 m m  de  largura aplicado desde  a parte de  cima, de  a m b os  


os lados e m  u m a  extensão  de  1,5c m

Pedaço  de  tecido ou  de  entretela co m  colante, colocado  no  avesso  da  peça  e  
ficado co m  pontos de  reforço.

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EXERCICIOS
Exercício 1

1. Costura  e m  folha de  papel se m  linha seguindo  as  linhas. (Imprimir e m  folha 


dura)

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Co m e c e  a costurar a espiral de  dentro para fora, utilizando o ponto no  tamanho  3.

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Costure sobre as  retas fazendo  o  retrocesso  até a  bolinha, para cada  linha utilize u m  


tamanho  de  ponto da  m á q uina  do  1 ao  5 e m  orde m  crescente.

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Costure os pespontos dos  bolsos utilizando o ponto tamanho  3

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Treina m e nto  do  ponto zig­zag

Treine  os  pontos  zig­zag  seguindo  o  tamanho  dos  desenhos  acima, imitando­os  no  
tecido. C ole a a m ostra abaixo.

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Exercício 2

1. Acaba m e nto  nas  bordas  de  retalho quadrado  10x10  c m

2. Acaba m e nto  nas  bordas  de  círculo (molde) 

3. Acaba m e nto  nas  bordas  de  peças  irregulares (2 m oldes  a seguir)

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4. Franzido 20x20c m

5. Alça de  rolete 10x5c m

6. Alça de  rolete batido 10x5c m

7. Alça tipo presilha/passante 10x5c m

8. Aselha 10x5c m

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Exercício 3 – tipos de costura

1. Costura fechada/ plana  –  é  quando  dois tecidos são  costurados  e  as  bordas  


são  overlocadas  juntas. É  o tipo de  costura m ais utilizada.

2. Costura  aberta –  é  quando  dois tecidos  são  costurados  e  as  bordas  ficam  


soltas (co m  overlock ou  não). A  costura aberta é  m uito usada  na  alfaiataria, 
peças  sociais, costuras  co m  detalhes  ou  zíperes, etc. D eve­se  overlocar 
primeiro as partes e depois costurá­las na  reta.

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3. Costura  francesa/e m b utida  –  é  a  costura  que  fica co m  acaba m e nto  limpo, 


perfeito se m  uso  de  overlock. D eve­se  costurar duas  partes de  tecido pelo lado  
direito co m  u m a  costura be m  estreita (0,5cm)  e  depois pelo avesso  fazer u m a  
costura   m ais   larga   que   deixe   a   m arge m   da   primeira   costura 
e m b utida/escondida.

4. Costura e m b utida (tipo fechadeira)­ é  a  costura que  imita a  m á q uina  fechadeira 


(costura  e m b utida  do  jeans), onde  a  costura  é  fechada  e  pespontada  ao  
m e s m o  tempo  se m  aparecer o  acaba m e nto  na  overlock, e m b utindo  a  costura. 
Deve­se  costurar dois tecidos pelo lado  direito, de  forma  desalinhada  sendo  
que  a  m e s m a  distancia deixada  de  u m a  borda  do  tecido até a outra borda  deve  
ser igual a  m arge m  de  costura. Após, deve­se  e m b utir u m a  borda  dentro da  
outra e pespontar na  borda  do  tecido.

5. Costura aberta pespontada  –  costura aberta co m  acaba m e nto  e m  overlock e  


pesponto  sobre  cada  lado  da  e m e n d a,  segurando  assim  o  tecido do  lado  do  
avesso.

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6. To m a  –  Usada  co m o  enfeite nas  peças. Do bre  o  tecido onde  deseja realizar a  


costura, e  passe  u m a  costura reta seguindo  a  borda. D ep ois  que  costurar, 
passe  a ferro deixando  a  toma  assentada  e direcionada  para u m  dos  lados

7. Mini­toma/nervura  –  Igual a  toma,  só  que  costurada  be m  rente a  dobra  do  
tecido.

8. Viés – C orte u m a  tira e m  viés para aplicar no  tecido

9. Vivo

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10. Aplicação  de  fita

Exercício 4 – pregas e bainhas

1. Prega  simples –  é  a  dobra  realizada sobre  si m e s m a,  nu m a  parte da  peça  de  


forma  simples, virada para a  esquerda  ou  para a  direita, co m  profundidade  que  
varia de  1c m  até 5c m  conforme  a proposta da  peça.

2. Prega  m a c h o  –  é  a  prega  formada  por  duas  dobras  u m a  virada  para  a  


esquerda  e  outra para  direita, voltadas  u m a  para  a  outra por cima  do  tecido 
co m  profundidade  que  varia de  acordo  co m  a proposta da  peça.

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3. Prega  fêmea  –  é  a prega  formada  por duas  dobras u m a  virada para a esquerda  


e  outra  para  a  direita, deixando  a  dobra  por  debaixo  do  tecido, sua  
profundidade  varia de  acordo  co m  a proposta da  peça.

4. Prega  fêmea  pespontada

5. Bainha  simples  –  deve­se  overlocar a  borda  do  tecido, dobrar u m a  vez  na  


largura  desejada  e  passar  u m a  costura  reta be m  no  m eio  da  costura  da  
overlock. Usada  e m  diversos  tipos de  peças, geralmente  m ais  esportivas ou  
quando  o  tecido é grosso  para fazer bainha  dupla.

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6. Bainha  dupla  –  deve­se  dobrar duas  vezes  o  tecido, na  largura desejada  e  


passar u m a  costura co m  a  m á q uina  reta be m  na  borda  do  tecido. Usada  e m  
diversos tipos de  peças, principalmente e m  bainhas  de  calça jeans.

7. Bainha  italiana  –  deve­se  fazer u m a  bainha  simples  ou  dupla  na  largura 
desejada  (normal mente  4  a  5c m)  e  após  passar o  ferro, dobra­se, vincando, ao  
m eio. Pode  ser so m e nte  passada  (social) ou  pespontada  (esportiva), e  presa  
nas  laterais da  peça  co m  u m  arremate discreto.

8. Bainha  de  lenço  –  deve­se  fazer u m a  bainha  dupla, be m  estreita, co m  largura 


de  0,3c m  a  0,5c m  de  largura e co m  pesponto be m  na  borda  do  tecido. É  usada  
e m  peças  co m  acaba m e ntos  delicados, discretos, co m o  lenços, bainhas  de  
vestidos, golas e punhos.

9. Bainha  de  1c m  co m  2  pespontos  –  deve­se  fazer u m a  bainha  dupla, no  


tamanho  de  1c m  passando  dois pespontos  rentes as  bordas  do  tecido. Usada  
e m  bainhas  de  bolsos e  bainhas  de  peças  linha praia.

10. Bainha  invisível – esta bainha  é feita co m  o ponto pé­de­galinha (ponto m a n u al) 


e  caracteriza­se  por não  aparecer costura pelo lado direito da  peça. Antes  de  
costurar a  bainha, deve­se  m arcar o  tamanho  desejado, passar ou  alinhavar a  
m e dida  para  qual será  diminuída  para  facilitar a  costura. A  agulha  deve  ser 
be m  fina, be m  co m o  a  linha usada  para não  m arcar o  tecido. O  ponto deve  ser 
de  m ais ou  m e n os  1c m  e  a  linha não  pode  ficar esticada, pois isto pode  m arcar 
o tecido.

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Exercício 5 – bolsos

Na  hora  de  pespontar, faça u m  pesponto  de  0,5c m  nas  laterais, parte inferior do  


bolso e nas  lapelas. Na  parte superior da  boca  do  bolso deixe 2,5 c m  de  m e dida

1. Bolso chapado

2. Bolso chapado  2

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3. Bolso a m ericano

4. Bolso co m  lapela e prega  m a c h o

5. Bolso co m  fole e lapela

Exercício 6 – pilotagem do corpo básico feminino

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pences  do  busto da  frente não  deve m  se unir, as m e s m a s  deve m  m orrer 2 c m  para  


dentro ao  entrar na  zona  do  busto. Cuide  o  encaixe  das  pences  do  o m bro  e  o  
e m b e bi m e nto  da  m a n g a  para não  franzir.

Fontes:
1. R E A D E R’ S  DIG E S T,  O  Grande  Livro da  Costura, R ea der’s Digest, Portugal, 
1988.

2. PL E T S C H  H EI N RI C H,  D AIA N E,  M o d elage m  &  T écnicas de  Interpretação  para 


Co nfecção  Industrial,
  Feevale, Novo  H a m b urgo, 2007.

3. C O U SI N  F A BIE N N E,  A  C ostura  e m  10  Lições, Europa­A m érica, Portugal, 


1977.

4. A B LIN G  BIN A,  M A G G I O  K A T H L E E N,  Draping  Drafting &  Dra wing,  Fairchild 


Books, Nova  Iorque, 2009.

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