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Com efeito, o orçamento público não exprime apenas o quadro contábil das
despesas e receitas públicas. É na verdade um instrumento de intervenção estatal, à
medida que reflete um plano de governo ligado à política.
Para que não seja realizado um orçamento arbitrário é necessário que durante a
sua elaboração se respeitem normas- regras e normas- princípios.
Por fim, ressalta-se que o artigo 107 da Lei 4.320/64 não foi recepcionado pela
Constituição Federal de 1988, por prever que o orçamento das empresas públicas
pudesse ser aprovado por mero do decreto do Poder Executivo. As exceções só são
legitimas quando previstas no texto constitucional.
Ressalta-se que a contração de empréstimos, por si só, não constitui uma violação
do equilíbrio do orçamento. Só haverá desequilíbrio, se a Administração Pública não tiver
capacidade financeira para arcar com o pagamento do empréstimo.
Nesse sentido, Harrison Leite1 leciona:
Por esta razão, o equilíbrio não está mais jungi-lo à premissa de que só pode haver gasto na
proporção da receita, mas que pode haver gasto até maior do que a receita, desde que os
empréstimos realizados e os investimentos feitos permitam haver capacidade de pagamento
da dívida, sua amortização ou seus juros, dentro de uma realidade particular de cada Estado.
Frisa-se que as leis orçamentárias com vigência superior a um ano (PPA e LDO)
não violam o princípio da anualidade, uma vez que essas leis convergem para a aplicação
de programas e ações previstas na lei orçamentária anual.
1
LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro, Salvador: Juspodivm, 2016, p. 98.
orientação política. A título de exemplo, na Lei Orçamentária Anual, existem três
suborçamentos, quais sejam, o fiscal, da seguridade social e de investimentos.
O princípio do orçamento- bruto dispõe que o valor das receitas e despesas que
deverá constar na lei orçamentária é o integral na parte da receita e o valor a ser repartido
na parte da defesa.
A transparência tem que ser vista como uma das formas de fazer publicidade e
permitir o controle social da atuação do administrador público com as finanças, através da
fiscalização das receitas e despesas públicas.
2. Leis Orçamentárias
Por fim, a LDO possui o objetivo de fixar a política de aplicação das agencias
financeiras oficiais de fomente e de autorizar a concessão de qualquer vantagem ou
aumento de remuneração de servidores, da criação de cargos, empregos, funções ou
alteração na estrutura de carreira, bem como a admissão e contratação de pessoal a
qualquer título na Administração, exceto para as empresas estatais.