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“E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de David, não temas receber a Maria.” Mateus, 1:20
Em geral, quando nos referimos aos vultos masculinos que se
movimentam na tela gloriosa da missão de Jesus, atentamos para a
precariedade dos seus companheiros, fixando, quase sempre, somen-
te os derradeiros quadros de sua passagem no mundo.
É preciso, porém, observar que, a par de beneficiários ingratos,
de ouvintes indiferentes, de perseguidores cruéis e de discípulos va-
cilantes, houve um homem integral que atendeu a Jesus, hipotecan-
do-lhe o coração sem mácula e a consciência pura.
José da Galileia foi um homem tão profundamente espiritual que
seu vulto sublime escapa às analises limitadas de quem não pode
prescindir do material humano para um serviço de definições.
Já pensaste no Cristianismo sem ele?
Quando se fala excessivamente em falência das criaturas, recor-
demos que houve tempo em que Maria e o Cristo foram confiados
pelas Forças Divinas a um homem.
Entretanto, embora honrado pela solicitação de um anjo, nunca
se vangloriou de dádiva tão alta.
Não obstante contemplar a sedução que Jesus exercia sobre os
doutores, nunca abandonou a sua carpintaria.
O mundo não tem outras notícias de suas ati-
vidades senão aquelas de atender às ordenações
humanas, cumprindo um édito de César e as que
no-lo mostram no templo e no lar, entre a adoração
e o trabalho.
Sem qualquer situação de evidência, deu a Je-
sus tudo quanto podia dar.
A ele deve o Cristianismo a porta da primeira
hora, mas José passou no mundo dentro do divino
silêncio de Deus.
Livro “Levantar e Seguir”, Emmanuel/Chico Xavier, cap. 9 – GEEM.
Maio/agosto - 2013 5
Bezerra de Menezes
Estudos Filosóficos
de Freitas Nobre
OPINIÃO
Sobre a mulher:
Sobre a educação:
Maio/agosto - 2013 7
Parábola do mau rico e Lázaro
(Lucas, 16:19-31)
Havia um homem rico É que Lázaro só teve males,
Que se vestia suntuosamente Sendo, doravante, consolado;
E, todo e a qualquer dia, E como tudo vós possuístes,
Se regalava intensamente. Estais agora atormentado.
Estendido à sua porta, Ademais, entre nós e vós
Um pobre jazia ulcerado, Sempre um abismo existirá
Vestido miseravelmente Tão grande, que de sorte
E de Lázaro era chamado. Ninguém poderá atravessar.
Este queria se saciar, E os que queiram passar
Porque com fome estava, Daqui para aí não o poderão,
Com as migalhas da mesa do rico; Como também o contrário,
Mas ninguém lhas dava. Daí para aqui, não o conseguirão...
Seu sofrimento era atroz; No entanto, o rico lhe disse:
À morte estava condenado, - Eu vos imploro, Pai Abraão,
E até os próprios cães Enviais Lázaro à casa de meu pai...
Lambiam as feridas do coitado. E continuou sua suplicação:
O rico, um dia, morreu - Lá, tenho cinco irmãos;
Tendo destino inclemente A fim de que esta realidade
E foi levado ao inferno Seja-lhes por ele atestada...
Por ter sido indiferente. E prosseguiu com sinceridade:
Estando em tormentos, - De modo que, também,
Olhou para o alto, de permeio, Não venham para este ambiente
E viu, ao longe, Abraão Tão repleto de tormentos...
E Lázaro no seu seio. E calou-se, tristemente.
E gritando rumo aos céus, Mas Abraão lhe retrucou
Ele clamou, dizendo assim: Chamando-lhe a atenção:
- Oh! Meu Pai Abraão, - Se tinham aos profetas e a Moisés,
Tende piedade de mim Que os escutassem, então...
E enviai-me, então, Lázaro, - Não, meu amado Pai...
Porque estou à míngua, Disse o rico a Abraão:
A fim de que molhe o seu dedo - Se tiverem contato como os mortos,
Para refrescar minha língua; Penitência eles farão.
Pois que muito sofro Abraão lhe respondeu
Estes extremados tormentos, Rematando esta questão:
Por esta chama que me consome - Se não ouvem a Moisés e aos profetas,
Nestes terríveis momentos. Em ninguém mais eles crerão;
Mas Abraão lhe respondeu: Ainda que algum dos mortos
- Lembrai-vos do acontecido, - Acentuou Pai Abraão –
Que em toda vossa vida Venha a ressuscitar,
Muitos bens houvestes tido, Eles, também, não acreditarão.
8 Maio/agosto - 2013
Vianna de Carvalho
responde
ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA
Médium: Divaldo Pereira Franco
Pergunta:
Maio/agosto - 2013 9
CURIOSIDADES
QUE EDIFICAM
A primeira comunicação mediúnica de Ismael (gover-
nador espiritual do Brasil) deu-se em Uberaba (MG), em
1919, por meio da médium Maria Modesto Cravo (foto). O
Centro Espírita Uberaberense consul-
tou a FEB, à época, e os dirigentes es-
pirituais da Casa Máter do Espiritismo
Brasileiro autenticaram a mensagem.
Mateus Marcos
Lucas João
2. No elucidativo livro “Nosso Lar”, quem era o espírito com maior número de
horas de serviço na respectiva colônia espiritual, onde se encontrava em tarefa
ativa há mais de 200 anos?
Veneranda Clarêncio
Laura Narcisa
3. É formado por emanações neuropsíquicas (em
destaque na imagem ao lado na cor azul) que
pertencem ao campo fisiológico e que, revestindo o
períspirito, asseguram o equilíbrio entre a alma e o
corpo físico. Nos referimos:
à aura.
ao duplo etérico.
ao perispirito.
ao ectoplasma.
14 Maio/agosto - 2013
4. Desencarnou em 1885 e deixou uma de suas vontades consignadas em
testamento confiado a Augusto Vacquerie: “Deixo 50.000 francos aos pobres.
Desejo que me levem ao cemitério na carreta dos pobres. Recuso as orações de
todas as igrejas. Creio em Deus”. Quem foi?
Léon Denis
Bittencourt Sampaio
Victor Hugo
Allan Kardec
Psicofonia Psicometria
Parapsicologia Clarividência
Auta de Souza.
Anália Franco.
Meimei.
Scheilla.
Maio/agosto - 2013 15
Homenagem a Allan Kardec
“Allan Kardec, esse laborioso trabalhador,
tornou-se o fundador inconteste de uma Dou-
trina que desabrocha como Terceiro Testamen-
to. Foi ele por excelência o Consolador.”
Camille Flammarion
Roque Jacintho
Hermínio Miranda
Henri Sausse
Chico Xavier
16 Maio/agosto - 2013
A paz na morte
Ivan de Albuquerque - São Paulo
Mesmo quando o nosso dever moral seja o de pelejar para alijar as
práticas violentas da coletividade social, cabe-nos entender que em tudo o
que se vive hoje em dia, no seio das sociedades mais diferenciadas, há um
sentido educativo e impulsionador do progresso de que necessitamos.
Ainda quando nos caiba laborar vivamente pela paz, promovendo-a
desde os nossos mais simples gestos, precisaremos entender o porquê de nos
acharmos atados às vivências ásperas, complexas e violentas de um mundo
expiatório como a Terra, dado o nosso estado empobrecido de evolução.
No Planeta em que renascemos para a aquisição da escolaridade am-
pla, capaz de nos iluminar o intelecto e o sentimento, enfermidades, frustra-
ções, deficiências e morte são as peças que compõem o estranho mosaico da
nossa experiência de redenção no caminho da autoiluminação.
Vale a pena, então, fazer esforços para desenvolver estilos de vida que
nos credenciem a fazer sintonia com as bênçãos da saúde e não com as fai-
xas da doença; a desenvolver raciocínios lúcidos aprumados ao bom senso,
para que não fiquemos atados aos processos de frustrações .
Urge valorizar a honra do corpo físico, fugindo aos excessos como quer
que se expressem a fim de não conectarmos com deficiências que costumam
impor graves sofrimentos. Torna-se indispensável que movimentemos nossa
jornada terrena de forma nobre, luminosa e digna que não nos prendamos
ao temor da morte corporal, mas, sim, evi-
temos as ocorrências da morte moral, mo-
tivada pelos vícios, que nos aprisionam a
torturantes dependências.
Para viver em regime de paz é impres-
cindível não sintonizar com as inspirações
da violência nem com as façanhas dos vio-
lentos. Assim, a morte nos alcançará sem
qualquer travo de culpa na consciência.
Para disseminar as propostas da paz
é fundamental não alimentar as impressões do medo nem comungar com
os medrosos. Assim, a morte nos achará confiantes na vibração da perene
vida.
Para se ter paz na morte, que inicia seu processo desgastador desde o
primeiro hausto da criatura quando nasce, é necessário ao indivíduo manter-
se em caminho de moderação em tudo o que diga e em busca de harmonia
em tudo o quanto faça, exercitando-se em viver equilibradamente.
A desencarnação não pesará sobre quem soube amar a Deus e respeitar
o próximo como não aprisionará em celas de amargura e remorsos quem
soube ser livre e, ao mesmo tempo, respeitar a liberdade alheia.
Apesar do sofrimento moral que o passamento de um ser querido nos
impõe, a morte física significa, em tese, a ansiada alforria após uma existên-
cia de lutas, de produtividade e de amor na busca da autorrenovação, do
progresso e da paz.
Maio/agosto - 2013 17
Extraídas da obra “Encontro Marcado”, autor Emmanuel, psicografia Chico Xavier.
Sigmund Freud defendia a tese de de felicidade, que não poderia vir de bens
que todo homem é instigado pela busca exteriores (dinheiro, por exemplo) e do
da felicidade, contudo essa procura soa corpo carnal, mas somente da alma, por-
como ilusória no mundo real, porquanto a que esta é a essência do homem.
pessoa tem experiências de fracassos e É absolutamente lógico que necessi-
desencantos e o máximo que pode alcan- tamos do dinheiro para viver. A nossa vida
çar é uma “felicidade” ilusória. Contras- material está sujeita ao dinheiro, portan-
tando porém com a tese freudiana, um to necessitamos de recursos financeiros
grupo de consultores da Spectrem Group para dignificar nossa vida. Em verdade,
entrevistou 1.200 pessoas, interrogando- o dinheiro é neutro – nem é bom, nem
as sobre o nível de felicidade em relação é mau em si. Utilizado para caridade,
a trabalho, casamento, hobbies, dinheiro dinheiro é instrumento sublime. Porém,
entre outros temas. Constatou-se que cobiçado, ou se dele fizermos mau uso, é
quanto mais dinheiro possui uma pessoa instrumento de infelicidade. Sem o altruís-
maiores são os seus níveis de felicidade1. mo do desprendimento, “a fé se resume à
Todavia, será que o dinheiro compra a fe- adoração sem proveito; a esperança não
licidade? passa de flor incapaz de frutescência, e
Na antiguidade examinava-se a fe- a própria caridade se circunscreve a um
licidade sob o ponto de vista filosófico. jogo de palavras brilhantes, em torno do
Aristóteles afirmava que a felicidade está qual os nus e os famintos, os necessi-
relacionada ao equilíbrio e harmonia ad- tados e os enfermos costumam parecer,
vindos da prática do altruísmo. Por outro pronunciando maldições”2.
lado, Epicuro afiançava que felicidade Na parábola dos talentos, Jesus ex-
seria reflexo da satisfação dos desejos põe que lucro, longe de ser mau, é o alvo
carnais. O sábio Lao Tsé dizia que a fe- de trabalho e investimentos. Ao mesmo
licidade poderia ser alcançada tendo tempo, nos ensina que o que se ganha
como fonte a natureza. Porém, Confúcio deve ser usado para os propósitos do
acreditava na felicidade como resultado bem. Na metáfora, a condenação cai so-
da harmonia entre as pessoas. Para Só- bre o homem que não aproveita sua opor-
crates era impraticável alguém ser feliz se tunidade – dinheiro é para usar, não para
agisse contra suas próprias convicções. esconder ou guardar. É como o sangue
“Conhece-te a ti mesmo”, pronunciava que precisa circular no organismo social.
Sócrates, certificando que quem controla Se ficar estagnado, provoca a “trombose”
os instintos e extingue as coisas supér- na sociedade.
fluas, basta a si mesmo, dependendo O espírito Emmanuel explica que o
exclusivamente de sua razão para que dinheiro “se faz dínamo do trabalho e da
alcance a felicidade. Dessa percepção de beneficência. Na base do dinheiro é que
consciência íntima, o mestre de Platão e se fazem os aviões e os arranha-céus;
Xenofonte aprofundava a sua concepção no entanto, é igualmente com ele que se
20 Maio/agosto - 2013
consegue o lençol para o doente desam- de “meter a mão no bolso” e, quase sem-
parado ou a xícara de leite para a criança pre, deixam de colaborar, financeiramen-
desvalida”3. Ora, trocando o dinheiro pelo te, com as obras sociais. Há muitos con-
alimento destinado a acudir as vítimas da frades espíritas, ativos participantes nos
escassez ou “permutando-o pelo frasco trabalhos das inúmeras instituições dou-
de remédio para aliviar o doente estendi- trinárias espalhadas pelo Brasil que mu-
do nos catres de ninguém, reconhecere- dam de assunto tão logo o apelo que lhes
mos que o dinheiro também é de Deus”4. são dirigidos implique na emissão de um
Embora não seja cheque ou na entrega
fundamentalmente de algumas cédulas
a matriz da alegria para socorrer os mais
ou da felicidade, re- necessitados.
conhecemos que o Tais confrades
dinheiro pode ser o escravizam-se na
medicamento ao en- vocação da sovinice
fermo, a comida aos impenitente, recolhem
desamparados, o teto o ouro do mundo para
aos desabrigados erigir com ele o túmu-
relegados ao frio da noite, o socorro si- lo suntuoso em que se lhes sepultam a
lencioso ao peregrino sem lar. “Não nos esperança e recebem a benção do amor
esqueçamos de que Jesus abençoou o para transformá-la na algema que os en-
vintém da viúva, no tesouro público do carceram, por vezes, no purgatório do
Templo e, empregando o dinheiro para o sofrimento.
bem, convertamo-lo em colaborador do O dinheiro “nas garras da mesquinhez
Céu em todas as situações e dificuldades é metal enferrujado, suscitando a penúria,
da Terra 5.” mas um vintém no serviço de Jesus pode
Jamais pronunciemos que o dinheiro converter-se em promissora sementeira
é instrumento do mal; muito pelo contrá- de paz e felicidade7”. Entretanto, infeliz-
rio, pois o dinheiro é suor convertido em mente há cristãos apresentando claros si-
cifrão. É urgente que lhe apliquemos em- nais de uma vida confortável, portando-se
pregos nobres, lembrando que a moeda como se não tivessem a mínima condição
no bem faz prodígios de amor. Porém, de ajudar o próximo através da doação do
vale refletir o preceito de Paulo: “tendo supérfluo de moedas que abarrotam suas
sustento e com o que nos cobrirmos, es- contas bancárias. Nesse caso, o dinheiro
tejamos, com isso, contentes”6. Essa lição estabelece vínculos profundos com a pró-
deve ser sempre ponderada quando nos pria infelicidade.
faltam recursos financeiros. A circulação
Referências:
do dinheiro é uma condição importante 1
http://economia.terra.com.br/noticias
para que a prosperidade apareça. Porém, 2
Xavier, Francisco Cândido. Dinheiro, dita-
raros são os indivíduos que mantêm uma do pelo Espírito Emmanuel, SP: IDE, 1990.
relação equilibrada com o dinheiro, sem 3
Idem
traumas, sem culpas, sem excessos de
4
Idem
5
Idem
qualquer natureza. 6
I Timóteo 6:8
Dinheiro e avareza não se deveriam 7
Xavier, Francisco Cândido. Dinheiro, dita-
misturar, pois os avarentos não gostam do pelo Espírito Emmanuel, SP: IDE, 1990.
Maio/agosto - 2013 21
Dissertações Espíritas
O EXEMPLO É O MAIS PODEROSO AGENTE DE PROPAGAÇÃO
(...) O que vos recomendo, prin- dindo que vos ameis uns aos outros,
cipalmente e antes de tudo, é a to- não faço senão lembrar a divina pala-
lerância, a afeição, a simpatia de uns vra daquele que, há mil e oitocentos
para com os outros e também para anos, trouxe à Terra pela primeira
com os incrédulos. vez o gérmen da igualdade. Segui a
Quando vedes um cego na rua, o sua lei: ela é a vossa; nada fiz do que
primeiro sentimento que tornar mais palpáveis al-
se impõe é a compaixão. guns de seus ensinamen-
Que assim seja, também, tos. Obscuro operário
para com os vossos ir- daquele mestre, daquele
mãos cujos olhos estão Espírito superior emana-
velados pelas trevas da do da fonte de luz, refleti
ignorância ou da incre- essa luz como o pirilam-
dulidade; lamentai-os, po reflete a claridade de
em vez de os censurar. uma estrela. Mas a es-
Mostrai, por vossa do- trela brilha nos céus e o
çura, a vossa resignação pirilampo brilha na Terra,
em suportar os males desta vida, a nas trevas. Tal é a diferença.
vossa humildade em meio às satisfa- Continuai as tradições que vos
ções, vantagens e alegrias que Deus deixei ao partir.
vos envia; mostrai que há em vós Que o mais perfeito acordo, a
um princípio superior, uma alma maior simpatia e a mais singular ab-
obediente a uma lei, a uma verdade negação reinem no seio da Comis-
também superior: o Espiritismo. são. Espero que ela saiba cumprir
As brochuras, os jornais, os li- com honra, fidelidade e consciência
vros, as publicações de toda sorte o mandato que lhe é confiado.
são meios poderosos de introduzir Ah! quando todos os homens
a luz por toda parte, mas o mais se- compreenderem o que encerram as
guro, o mais íntimo e o mais acessí- palavras amor e caridade, não mais
vel a todos é o exemplo na carida- haverá na Terra soldados e inimigos;
de, a doçura e o amor. só haverá irmãos; não mais haverá
Agradeço à Sociedade por ajudar olhares irritados e selvagens; só ha-
os verdadeiros infortunados que lhe verá frontes inclinadas para Deus!
são indicados. Eis o bom Espiritis- Até logo, caros amigos, e ainda
mo, eis a verdadeira fraternidade. obrigado, em nome daquele que
Ser irmãos: é ter os mesmos inte- não esquece o copo d’água e o óbo-
resses, os mesmos pensamentos, o lo da viúva.
mesmo coração!
Espíritas, sois todos irmãos na Allan Kardec, “Revista Espírita”,
mais santa acepção do termo. Pe- junho de 1869.
22 Maio/agosto - 2013
Notícias comentadas
Chips substituem animais em laboratório
Nos laboratórios da Merck & Co. em Boston, USA, cientistas estão
usando microchips projetados para se assemelhar a um pulmão doente,
na busca para um novo tratamento para a asma.
(...) Os EUA estão financiando projetos para repli-
car diversos tecidos e órgãos com essa finalidade.
Se os esforços derem certo, basta lembrar
que para validar uma nova droga apenas uma em
10.000 substâncias descobertas em laboratório
acaba aprovada para utilização em pacientes. Ge-
ralmente após mais de uma década de pesquisas
e desenvolvimento, com gastos de milhões de dó-
lares e o sacrifício de muitas vidas de animais, na maioria ratos. (Jornal
Valor Econômico – 20/6/2013 – Jonathan D. Rockoff).
O caminho que se abre levará à interrupção, em futuro próximo, da
utilização de animais em testes de laboratório.
A Humanidade tem se beneficiado dos animais ao longo de sua exis-
tência, desde a alimentação até os experimentos em laboratórios, onde
também são utilizados como testes de medicamentos. O passivo para com
eles ainda é enorme. Com o avançar do conhecimento estamos nos afas-
tando dessa dependência constrangedora, conferindo a eles, aos poucos,
respeito, liberdade e dignidade.
Guardemos, sobre nosso relacionamento com os animais, a reflexão
de Emmanuel em O CONSOLADOR (7.ª Ed. FEB, 1977 – item 79): “Con-
siderando que os animais igualmente possuem, diante do tempo, um por-
vir de fecundas realizações, através de numerosas experiências chegarão
um dia ao chamado reino hominal, como, por nossa vez, alcançaremos
no escoar dos milênios a situação de angelitude. A escala do progresso é
sublime e infinita. No quadro exíguo dos vossos conhecimentos, busque-
mos uma figura que nos convoque ao sentimento de solidariedade e de
amor que deve imperar em todos os departamentos da natureza visível e
invisível. O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O
homem é razão. O anjo é divindade. Busquemos reconhecer a infinidade
de laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos em
nosso íntimo o santuário eterno da fraternidade universal”.
Maio/agosto - 2013 23
Egoísmo poderia ter extinto seres humanos
A evolução não favorece as pessoas egoístas, segundo uma nova
pesquisa realizada por cientistas americanos. Ao contrário disso, o novo
estudo afirma que ser cooperativo traz vantagens sobre o egoísmo.
Divulgado pela publicação científica Nature Communications, o es-
tudo concluiu que se todos preferissem exercer ações egoístas os seres
humanos poderiam ter sido extintos. (Site: g1.globo.com/ciencia-e-saude/
noticia/2013/08/egoismo-poderia-ter-extinto-seres-humanos).
Em termos espirituais, a Lei de Progresso reflete em cada ser o acer-
vo de suas obras, no entanto, as aquisições ocorrem nas relações em
sociedade, regidas dentro do espírito da fraternidade universal de co-
operação mútua. É verdade que não alcançamos esse estado ideal de
vivência, mas caminhamos nessa direção, e andaremos mais rápido se
internarmos as luminosas diretrizes do Evangelho de Jesus.
“O egoísmo, chaga da humanidade, tem que desaparecer da Terra,
cujo progresso moral obsta. É, pois, o alvo para o qual todos os verdadei-
ros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem.
Digo coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se
a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, em-
pregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro
devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é o causador
de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por
conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens. É a invasão do
coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver
ainda o cristianismo desempenhado por completo a sua missão.” (Emma-
nuel em “O Evangelho segundo o Espiritismo” – Cap. XI – item 11)
Não existe espaço para o egoísmo na Lei Natural. Já nos advertia a
Doutrina Espírita em 1864, há quase 150 anos. Agora, em 2013, a ciência,
de modo relutante, está corroborando.
Respostas
Verificação de conhecimentos doutrinários
Páginas 14 e 15
Q.7 - Allan Kardec / Q.8 - Auta de Souza.
Q.4 - Victor Hugo./ Q.5 - 500 anos / Q.6 - Psicometria
Q.1 - João / Q.2 - Veneranda / Q.3 - ao duplo etérico.
24 Maio/agosto - 2013
Carta ao atual e futuro
ASSINANTE MANTENEDOR
Querido(a) irmão(ã),
A Revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978, jamais
deixou de circular em seus 34 anos de existência.
Sempre com dificuldades, levou para todo o Brasil a mensagem
consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e a beleza propos-
tas por nossos benfeitores sob a égide de Jesus Cristo.
Cabe colocar, que muitas casas espíritas carentes,
mormente no interior, onde há enorme falta de material
de divulgação, estão recebendo gratuitamente O ESPÍ-
RITA. Por esta razão, solicitamos à sua nobre consciên-
cia, que contribua com os valores sugeridos (R$ 20,00
- 1 ano de assinatura e R$ 35,00 - 2 anos de assinatura),
ou mediante colaboração espontânea acima deste va-
lor, para que possamos custear as três edições anuais
da revista (abril/agosto/dezembro), as postagens dos
exemplares que serão remetidos em seu nome e a distri-
buição gratuita para centenas de instituições espíritas.
Ao enviar sua parcela de contribuição, você viabi-
lizará a continuação deste trabalho e apoiará os edito-
res, que lutam com denodo para manterem erguida a
bandeira da Nova Fé, e que arcam com grande parte
dos custos desta produção, sem nada receberem pelos
serviços prestados.
Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada,
entendendo que a luta pela vitória do bem é da respon-
sabilidade de todos.
Contribua com a divulgação da Doutrina Espírita.
Assinatura pelo site: www.oespirita.com.br
ou preencha o formulário no verso.
Maio/agosto - 2013 25
26 Maio/agosto - 2013