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Nas prestações
fracionadas está-se perante uma única obrigação cujo objeto é dividido em frações,
com vencimentos intercalados, pelo que há sempre uma definição prévia do seu
montante global e o decurso do tempo não influi no conteúdo e extensão da
prestação, mas apenas no seu modo de realização. Nas prestações duradouras não
pode haver qualquer fixação inicial do seu montante global, já que é o decurso do
tempo que determina o número de prestações que é realizado.
Este é o regime geral, quando ao especial, está previsto no art.934, que se aplica ao
comprador a prestações.
Ex: pagar 1000€ em 12 prestações, o que corresponde a 10000€ que é o que vai
restituir mais 2000€ de juros remoneratorios.
O mutuário não pagou a terceira das 12 prestações (01/03), no dia 02/03 temos mora.
O mutuante pode fazer que o mutuário perca o benefício do prazo, pode obrigar à
restituição do capital de uma só vez.
No que toca às prestações de juro (como são de índole periódica) o art.781 não é
aplicável, enquanto que o capital pode pedir a restituição de uma só vez.
O art.781º aplica-se quando há prestações fracionadas.
Na de resultado o agente vincula-se a um resultado final que tem que ser cumprido,
senão há indemnização.
Na de meio o que importa é que façam tudo para chegar ao resultado, fazer aquilo que
estiver ao alcance para conseguir o resultado. Se não conseguir o resultado, mesmo
usando as máximas diligências, não podem ser responsabilizados por isso.
Ex: professor faz uma promessa de venda de um bem do Diogo à Isabel. É uma
promessa de venda válida. Se fosse venda era de bens alheios, logo seria nulo.
No segundo caso (prestação de meios), com cláusula, fez tudo o que estava ao seu
alcance para conseguir, mas não conseguiu. Não existe responsabilidade se
demonstrar que fez tudo para atingir o resultado. Se não fizesse era então aplicado o
art.442º, ou seja, era responsável civilmente.
Ex: A vendeu 100 litros de azeite, dos 10.000L que tem. Esta é uma prestação genérica,
não se sabe daqueles 10.000 qual 100 nos vai calhar.
(art.539 e ss):
O direito prevê desvios à regra: acordo das partes. Acordar que a obrigação se torna
por acordo, específica e se as partes assim o determinarem – princípio da liberdade
contratual – que a obrigação se concentra antes do cumprimento. Ou quando o género
se extinguir quando restam apenas (ver acordo). Ex: de todos os lagares, só restou 1
com 100 litros. Ou quando o credor incorrer em mora (ex: A ficou de entregar os 100
litros na sede da sociedade e chegou lá, o estabelecimento estava fechado, B fica em
mora). Ou nos termos do art.797 (promessa de envio). Ex: devia ser entregue não na
sede (por acordo deles), a transferência do risco opera-se ao transportador ou
expedidor (Art). A concentração fase com a entrega do transportador ou expedidor.
Art.540: A tinha 1 tanque (processo de individualização) para B e tinha mais 2 dele.
Alguém furtou ou com a tempestade extinguiu-se aquele azeite (pareceram). Como
ainda tinha azeite não vai ficar desonerado da entrega do azeite.
(art.543)
Art.546: A destruiu o quadro. Deve efetuar uma das prestações possíveis, tem que
entregar a jóias, no caso do devedor. Mas se a escolha pertencer ao credor pode exigir
a jóia ou pedir indemnização (artigo) ou pode resolver o contrato.
3. Obrigações pecuniárias:
Tem dinheiro por objeto e proporcionar ao credor o valor das espécies metálicas que
representam.
Moeda com curso legal apenas no estrangeiro. Ex: pode pagar a renda com dólares.
300 dólares no dia 1 de cada mês. O inquilino vai cambiar os 300 dólares para 280€ e
paga em euros em vez de dólares. Se ficar acordado que é sempre em dólares, então
assim o terá que ser.
4. Obrigações de juros
Há 2 classificações:
Art.559 (taxa legal): juros moratórias. Agora não há ministros. Portaria 291/2003
estabelece o juro (4%).
A taxa de juro moratório é de 4%, é a taxa legal supletiva. A lei remete para o art.1146.
Nos termos gerais diz que pode acrescer, por convenção, à taxa supletiva 3% ou 5%
(para lá da taxa legal).
A taxa de juro moratória é de 4% o que corresponde à taxa legal supletiva. A lei remete para o
art.1146. Nos termos deste artigo é possível acrescer, por convenção, à taxa legal supletiva 3%
ou 5% (para lá da taxa legal). Consoante existe garantia real (penhor, hipoteca) pode acrescer
mais 5, ou seja, exigir aos 7% senão pode ir até aos 9%.
Também é possível pôr cláusula penal (convenção específica). A cláusula fixa o montante
indemnizatorio (para a mora). Com a cláusula penal o legislador permite-lhe se vá mais além
(acresce 9).
Se exceder há uma redução. Exemplo: a taxa de juro é de 30%, o n3 diz que se exceder
considera-se reduzido a esses máximos.
Isto é um benefício para o infrator. O professor entende que a melhor era ou sem juro ou a
taxa legal supletiva.
Art.559 e ss: anatocismo (cobrança de juros sobre juros). Em regra é proibido à luz do direito
civil, já no direito bancário é lícito.
Exemplo: vencem juros à taxa de 10%, tenho 100€, vou pagar 110€ (10€ são os juros). Se fosse
possível, no ano seguinte acrescentava-se mais 10% (110+10%).
Art.561: há uma autonomia da prestação de juros.
Exemplo: posso ceder o crédito de juros a B (só os juros). A prestação de capital é fracionada e
é aquela que tenho com C. A prestação de juros é periódica e é a que tenho com B.
Obrigações plurais
Ex: A celebrou um contratado de compra e venda com B e C. B e C, na qualidade de
compradores, ficaram obrigados a pagar em 10 prestações de 100€, o que dá o total de
10.000€. E se os compradores não pagarem?
Regra geral: conjunção
Desvio: solidariedade (art.513 e ss).
O art.523 diz que é segundo a lei ou vontade das partes.
As 3 características das obrigações solidárias:
Identidade da prestação para todos
Extinção integral do direito de prestação e do dever de prestar para todos
Efeito extintivo da obrigação com o cumprimento
Ex: ambos devem 5.000€ e estão obrigados a entregar 5.000€, se um deles fizer extingue-se a
obrigação do outro.
Se não se aplica o regime de solidariedade, aplica-se o regime geral porque há vínculos
autónomos.
Ex: devem 5.000€, A só podia exigir 2.500€ de B e 2.500€ de C.
Então as obrigações podem ser plurais ou singulares. Dentro das plurais há dois regimes: o
regra (conjunção) e a exceção (solidariedade que resulta ou da lei ou de convenção – cláusula
aposta no contrato pelas partes).
3 situações de solidariedade legal:
1. Gestão negócios (art.467)
2. Fiadores (art:649). Vários fiadores
3. Assunção de dívidas (art.595)
Exemplo: A (credor), B (devedor) e C (assume a dívida de B).
Alínea a) do artigo: ratificação - intentar uma ação
Os dois respondem solidariamente (ficam os 2 devedor, não só C).
Solidariedade convencional
Exemplo: A celebra com B e C um contrato de arrendamento para habitação.
Quanto à obrigação do pagamento da renda (500€) o regime é o da conjunção. É um contrato
de direito civil (arrendamento para habitação) e aplicam-se as regras do direito civil e tem que
se ver alguma cláusula de solidariedade estipulada. Não tendo, é o regime da conjunção.
Se tiver sido estipulado:
Arrendamento
1° outorgante: A
2°: B
3°: C
(..)
Cláusula 5: “os arrendatários são solidários” ou “B e C são devedores principais,
respondendo 1 ao lado do outro” (não tem que necessariamente dizer a palavra
solidariedade, no entanto é o mais comum).