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O QUE NÓS
APRENDEMOS NO
VOLUME
OLUME
INTRODUÇÃO
Neste volume, nós aprendemos a respeito do
motor 2 tempos. Será fornecida uma ex-
plicação detalhada sobre as características,
a construção e as peças componentes do
motor 2 tempos.
Texto de Treinamento YT A
Bronze
MOTORES
ORIGEM DOS MOTORES
Desde os tempos antigos, as pessoas tenta-
vam encontrar alternativas para a potência
da força humana, da água e dos animais e,
finalmente, inventou-se o motor a vapor que
utiliza a pressão do vapor como energia me-
cânica. No século 18, o matemático escocês
Watt aprimorou o motor a vapor utilizando o
carvão, que era barato naqueles dias, como
Motor a Vapor de Watt
combustível para o motor a vapor e contri-
buiu para o dramático avanço da indústria.
TIPOS DE MOTORES
Motor Térmico
O motor a vapor exigia um grande equipa-
mento extra, como a caldeira, e havia um
Motor a Combustão Motor a Combustão limite para a eficiência energética que pode-
Externa Interna
ria ser obtida do motor. Na Europa entre os
Motor Diesel Motor a Gasolina
séculos 18 e 19, as pessoas estavam desen-
volvendo ativamente o motor de combustão
Tipo Rotativo Tipo Alternativo
interna, no qual o interior do cilindro era aque-
cido diretamente para produzir energia. Em
Motor 4 Tempos
1885, Daimler teve sucesso ao fazer funcionar
Motor 2 Tempos
um automóvel com um motor de combustão
interna utilizando a gasolina como combus-
tível. O motor de combustão interna evoluiu
desde então e agora pode ser classificado
conforme mostrado.
1-1
CAPÍTULO 1 - MOTOR A GASOLINA
MOTOR A GASOLINA
DIFERENÇAS EM RELAÇÃO AO
MOTOR DIESEL
Vela de ignição O motor de combustão interna é generica-
Motor a Gasolina
Combustível e ar Gás de escape mente dividido em motor a gasolina e motor
Ignição diesel, e a diferença entre eles está no com-
com a vela
de ignição. bustível e no sistema de combustão. O motor
Motor Diesel Combustível a gasolina utiliza gasolina como combustível
Ar Gás de Escape e a mistura ar-combustível atomizada é defla-
grada por uma faísca elétrica e queimada.
Compressão
do ar sob alta
Auto-ignição
do combustível
Por outro lado, o motor diesel utiliza óleo leve
pressão. pelo calor da
compressão. como combustível e o ar no motor é compri-
mido a uma temperatura suficientemente alta
1. Motor alternativo
No motor alternativo, uma mistura ar-com-
bustível é queimada no cilindro, o que faz
com que o pistão se mova em direções alter-
nadas. A energia deste movimento alterna-
Mistura ar- tivo é convertida em um movimento rotativo,
combustível
o qual é usado como potência motora.
Gás de escape
1-2
CAPÍTULO 1 - MOTOR A GASOLINA
2. Motor rotativo
No motor rotativo, uma mistura ar-combus-
tível é queimada na câmara de combustão. A
pressão de combustão assim criada é usada
diretamente para girar o rotor e para produzir
potência. Este motor foi inventado pelo Dr.
Felix Heinrich Wankel na Alemanha em 1959.
Mistura ar-
combustível
Gás de escape
2. Compressão
Mistura ar-
combustível
Gás de
escape
3. Explosão (Expansão)
Mistura ar-
combustível
Gás de
escape
4. Escape
Mistura ar-
combustível
Gás de
escape
1-3
CAPÍTULO 1 - MOTOR A GASOLINA
COMBUSTÃO
PROPORÇÃO DA MISTURA DE
OXIGÊNIO E COMBUSTÍVEL
Quando um líquido combustível é queimado
em um motor, ele requer o oxigênio do ar.
A mistura que consiste de ar e combustível é
chamada de mistura ar-combustível e sua
Massa de ar proporção de mistura é chamada proporção
Massa de gasolina da mistura ar-combustível. Em teoria, o volu-
Faixa combustível me ideal de ar requerido para queimar com-
pletamente 1 g de gasolina corresponde a
Massa de ar
14,8 g. Esta é a chamada proporção de ar/
combustível estequiométrica. Note que uma
mistura ar-combustível não queimará caso
ela seja excessivamente pobre ou excessi-
vamente rica. Para a gasolina, a proporção
da mistura de combustível passível de igni-
ção corresponde a 1 parte de gasolina e de
8 a 20 partes de ar. Esta proporção é chama-
da de proporção combustível limite da mistu-
ra ar-combustível.
COMPRESSÃO DA MISTURA AR-
COMBUSTÍVEL
Quando uma mistura ar-combustível é com-
primida, sua temperatura se eleva, o que
facilita a queima da mistura. A temperatura
A temperatura
se eleva.
Taxa de
compressão
se eleva a cerca de 400 a 500 °C. Se a mis-
400~500 graus 8~12
tura for ainda mais comprimida, ela entrará
em auto-ignição, o que causa uma combus-
tão irregular e resulta em um desempenho
deficiente do motor.
1-4
CAPÍTULO 1 - MOTOR A GASOLINA
PROPAGAÇÃO DA CHAMA
A mistura deflagrada pela vela de ignição no
cilindro não queimará toda de uma vez, já
que a chama se expande pouco a pouco. Isto
Vela de ignição
é chamado de propagação da chama. Se a
chama não se propagar apropriadamente,
Gás
não-queimado
haverá uma parcela remanescente de gás
não-queimado com a resultante diminuição
da eficiência da combustão.
Gás queimado
Frente de chama
Vela de ignição
1-5
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
INTRODUÇÃO
O QUE NÓS APRENDEMOS NO
CAPÍTULO 2
Neste capítulo nós aprendemos sobre o prin-
cípio de funcionamento do motor 2 tempos.
2-1
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
PROCESSO DE OPERAÇÃO DO
MOTOR 2 TEMPOS
Admissão
No motor 2 tempos, diversos processos ocor-
rem simultaneamente para manter o movi-
Compressão Primária mento alternativo do pistão.
Transferência
Compressão
Secundária
Explosão (Expansão)
Escape
Admissão
Compressão Primária
Transferência
Compressão
Secundária
Explosão (Expansão)
Escape
Admissão
Compressão Primária
Transferência
Compressão
Secundária
Explosão (Expansão)
Escape
SUBIDA DO PISTÃO
Conforme o pistão se move para cima, uma
mistura ar-combustível fresca é aspirada no
interior da carcaça do motor, enquanto ao
mesmo tempo a mistura ar-combustível
remanescente na carcaça do motor é trans-
ferida para o interior do espaço superior do
cilindro. O pistão continua a se mover para
cima mesmo depois que as janelas de trans-
ferência e escape são fechadas e a mistura
ar/combustível começa a ser comprimida.
A mistura é deflagrada imediatamente antes
que o pistão esteja no ponto morto superior,
empurrando à força o pistão para baixo.
2-2
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
A mistura ar-combustível é aspirada para o
A compressão da mistura
ar-combustível tem início. interior da carcaça fechada do motor.
A válvula de palheta se abre.
A janela
de escape A janela de
transferência é
A janela de escape é fechada.
é fechada.
fechada. A janela de transferência é fechada.
A mistura ar-
A janela de escape é fechada.
combustível é
aspirada para A válvula de palheta é A compressão da mistura ar-combustível tem
o interior da aberta.
carcaça do motor. início.
DESCIDA DO PISTÃO
No interior do cilindro, a energia explosiva faz
com que o pistão se mova para baixo e,
quando a janela de escape é aberta primeiro,
os gases queimados são forçados para fora
através desta janela e, quase ao mesmo
tempo, a mistura ar-combustível fresca é as-
pirada para o interior do cilindro através da
janela de transferência. Simultaneamente, a
energia explosiva causa um aumento da
pressão na carcaça do motor e a mistura ar-
combustível comprimida começa a fluir para
o interior do cilindro através da janela de
transferência. Finalmente, a janela de admis-
são é aberta, permitindo que a mistura ar-
combustível fresca flua para o interior da car-
caça do motor.
A janela de escape é aberta.
O gás queimado é descarregado.
A janela de escape é aberta.
A pressão se eleva na carcaça do motor.
O gás queimado é
descarregado.
A pressão se eleva na
carcaça do motor.
2-3
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
A janela de transferência é aberta.
A mistura ar-combustível é alimentada no
interior do cilindro.
A janela de transferência
é aberta.
A mistura ar-combustível é
alimentada no interior do
cilindro.
OPERAÇÃO
Observe como o pistão se move para cima e
para baixo.
Mistura ar-
combustível
Gás de
escape
Mistura ar-
combustível
Gás de
escape
Mistura ar-
combustível
Gás de
escape
Mistura ar-
combustível
Gás de
escape
2-4
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
SINCRONIZAÇÃO DE JANELAS
No motor 2 tempos, a sincronização de aber-
Totalmente aberta Potência tura e fechamento das janelas afeta significa-
tivamente o desempenho do motor. Especial-
Totalmente fechada mente, a janela de escape possui uma grande
influência e sua localização e área da abertu-
ra afeta em muito as características do motor.
O motor será do tipo baixa rotação se a jane-
la de escape se localizar abaixo do topo do
Rotação do motor
cilindro, e do tipo alta rotação caso se loca-
lize acima do topo do cilindro.
As motocicletas Yamaha e os motores 2
tempos Yamaha para PWCs (embarcações
pessoais) são equipados com YPVS, um
sistema desenvolvido para mudar a sincroni-
zação da janela de escape de acordo com a
rotação do motor, dessa maneira tornando
possível um ganho de potência ao longo de
uma ampla faixa de revoluções.
2-5
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
2-6
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
VALOR DE AQUECIMENTO DO MOTOR
O valor de aquecimento do motor é mais alto
no motor 4 tempos com alta taxa de com-
pressão e tempo de combustão mais prolon-
gado do que no motor 2 tempos. A tempera-
tura nas proximidades da janela de escape é
Compressão/Combustão de cerca de 900°C no motor 4 tempos e de
cerca de 600°C no motor 2 tempos, uma
grande diferença. A taxa de compressão nos
motores de popa Yamaha é de 8 a 10 no
Motor 4 Tempos Motor 2 Tempos
motor 4 tempos e de 4 a 8 no motor 2 tempos.
Taxa de
Taxa de Temperatura compressão
compressão da combustão 4~8
8~10 Cerca de
900°C
Temperatura
da combustão
Cerca de
600°C
Compressão/Combustão
Curso de Escape
2-7
CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DO MOTOR 2 TEMPOS
ACÚMULO DE CARVÃO NA
PASSAGEM DE ESCAPE
O carvão (fuligem) se acumula no interior do
Temperatura
do escape
300°C
cilindro depois que a gasolina ou o óleo são
ou mais queimados. A janela de escape se torna pre-
ta porque o carbono originado da queima se
acumula em seu interior. As temperaturas em
Motor 4 Tempos Carvão que o carvão (fuligem) tende a ocorrer estão
na faixa de 150 a 300°C. Abaixo de 150°C, o
Temperatura
do escape carvão se transforma em um líquido, e em
150 a 300°C
um gás acima de 300°C. Em um motor 2 tem-
Motor 2 Tempos
pos, onde a temperatura da queima é baixa,
a passagem de escape chega a uma tempe-
ratura suficientemente alta para o acúmulo
de bastante carvão.
CARACTERÍSTICAS DE GERAÇÃO DE
POTÊNCIA
Com a mesma cilindrada, o motor 2 tempos
Potência fornece alta potência mais facilmente do que
no eixo o motor 4 tempos, apesar de a alta potência
Gráfico de Características
de Geração de Potência
somente poder ser atingida em uma faixa
Alta
muito estreita de revoluções.
Baixa
Baixa Alta
Rotação do motor
2-8
CAPÍTULO 3 - CONSTRUÇÃO DO MOTOR 2 TEMPOS
INTRODUÇÃO
O QUE NÓS APRENDEMOS NO
CAPÍTULO 3
Neste capítulo nós aprendemos a respeito do
princípio de funcionamento do motor 2
tempos.
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
DOS SISTEMAS DE ADMISSÃO
Tipo Válvula a Pistão Tipo Válvula Rotativa Tipo Palheta Originalmente, no motor 2 tempos, um siste-
ma simples de abertura e fechamento das
janelas com o movimento alternativo do mo-
tor foi usado para a admissão, o escape e a
transferência. Entretanto, para a sincroniza-
ção ideal das janelas, o sistema agora é
Janela de admissão Válvula de palheta
classificado nas seguintes três categorias
Ar-combustível genéricas.
Válvula
rotativa
3-1
CAPÍTULO 3 - CONSTRUÇÃO DO MOTOR 2 TEMPOS
VÁLVULA ROTATIVA
Mistura ar-combustível No tipo válvula rotativa, a janela de admissão
não se localiza na parede do cilindro, mas na
câmara da árvore de manivelas no lado da
Válvula rotativa
Janela
carcaça do motor. Este tipo possibilitou deter-
de admissão
minar a sincronização da transferência sem
ser controlada pelo movimento ascendente e
descendente do pistão. Ele também contribuiu
para um aumento na eficiência da admissão.
Válvula rotativa
O tipo válvula rotativa, entretanto, pode causar
contragolpes de pressão porque pode deter-
minar a sincronização de abertura e fecha-
mento sem relação com as mudanças na
pressão da carcaça do motor.
VÁLVULA DE PALHETA
Este tipo utiliza uma válvula de palheta que é
Limitador aberta ou fechada utilizando as mudanças de
pressão criadas na carcaça do motor.
Conforme o pistão se move para cima, o que
causa a criação de um vácuo na carcaça do
motor, a válvula de palheta se abre e começa
Válvula de palheta a aspirar a mistura ar-combustível. A mistura
continua a ser aspirada enquanto existe vá-
cuo na carcaça do motor. Depois, quando a
pressão na carcaça do motor se torna posi-
tiva, a válvula de palheta se fecha. Esta ope-
ração auxilia a prevenir o contragolpe de
pressão para o carburador durante o proces-
so de admissão. Esta construção simples
proporciona alta eficiência de admissão ao
motor.
3-2
CAPÍTULO 3 - CONSTRUÇÃO DO MOTOR 2 TEMPOS
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
DOS SISTEMAS DE
TRANSFERÊNCIA
O processo de transferência típico do motor
Janela de
transferência
2 tempos consiste em alimentar a mistura ar-
combustível comprimida primariamente na
carcaça do motor para o interior da câmara
de combustão enquanto ao mesmo tempo
utiliza a mistura ar-combustível para auxiliar
na expulsão do gás queimado. Há dois tipos
deste processo.
TRANSFERÊNCIA EM ALÇA
Modelo Modelos médios e
(SCHULER)
aplicável grandes
Enquanto a transferência em alça produz
Custos de Bloco de cilindros e cabeçote
produção independentes uma eficiência de transferência muito alta,
Construção complicada requer altos custos de produção. Assim, ela
Altos custos de produção é aplicada em modelos de alta potência na
categoria média e grande.
TRANSFERÊNCIA CRUZADA
Modelo Alguns dos modelos A transferência cruzada é inferior à transfe-
aplicável pequenos e de baixa
potência rência em alça em termos de eficiência, mas
Custos de
produção
Bloco de cilindros e cabeçote
integrados
pode ser construída com menos peças e me-
Mecanismo simples nor custo. Assim ela é aplicada a alguns mo-
Baixos custos de produção delos pequenos e de baixa potência.
3-3
CAPÍTULO 3 - CONSTRUÇÃO DO MOTOR 2 TEMPOS
FUNÇÃO DO SISTEMA DE ESCAPE
TRANSFERÊNCIA POR PULSOS DE
ESCAPE
Gás de escape No motor 2 tempos, a finalidade da janela de
escape consiste em descarregar o gás quei-
mado eficientemente e enviar o gás não-
queimado (uma mistura ar-combustível fresca
fornecida pelo processo de transferência) de
volta à câmara de combustão. O gás de es-
cape é expelido durante o curso descenden-
te do pistão, e não durante seu curso asce-
dente. Dependendo de o gás de escape ser
Cilindro no 1 Cilindro no 2 Cilindro no 3 expelido ou não, ocorre uma pulsação. O de-
sempenho da janela de escape também é
determinado por seu comprimento e formato.
Nos motores 2 tempos com três ou mais cilin-
dros, uma série de experimentos são efetua-
dos repetidamente para determinar a sincro-
nização de escape e a configuração das ja-
nelas de escape mais adequadas para cada
cilindro, de modo a descarregar o gás quei-
mado com mais eficiência e alimentar o gás
não-queimado de volta em cada cilindro por
meio da pulsação. O ajuste fino efetuado
pelo uso da pulsação de escape é referida
como sintonia de pulsos.
DIMINUIÇÃO DO RUÍDO DE
ESCAPAMENTO
O sistema de escape serve para diminuir o
ruído gerado pela energia explosiva durante o
curso de combustão enquanto descarrega o
gás de escape. O som consiste da amplitude e
freqüência das ondas que vibram o ar. Em um
automóvel, o ruído do escapamento é diminuí-
Gás de escape
do por três princípios combinados, que incluem
os tipos:
Água
1. Ressonância, que causa o desalinhamento
das ondas.
2. Absorção, que diminui a amplitude da onda.
3. Expansão, que amortece a freqüência.
Em um motor de popa, é aplicado um méto-
do de expansão múltipla pelo qual o gás de
escape é expandido várias vezes separada-
mente, assim como a redução de sua pres-
são para próxima à da atmosfera, além do
tubo de escapamento do motor ser disposto
internamente para impedir a dispersão do
ruído para o exterior.
3-4
CAPÍTULO 3 - CONSTRUÇÃO DO MOTOR 2 TEMPOS
COMPARAÇÃO DE
LUBRIFICAÇÃO
TIPOS DE ÓLEOS
No motor 2 tempos, o lubrificante é misturado
com o combustível e ambos são queimados
no motor. Por este motivo, o lubrificante con-
siste de substâncias de fácil mistura com o
combustível e boa queima. Para maiores de-
talhes, veja Lubrificação no Volume 12.
SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO
Óleo
O procedimento de lubrificação no motor 2
tempos consiste de dois métodos: lubrifica-
ção por mistura, na qual o óleo é misturado
com a gasolina em uma fase preparatória
Combustível para o uso, e lubrificação independente, na
qual o óleo é fornecido para a lubrificação a
partir de um reservatório independente.
3-5
CAPÍTULO 4 - COMPONENTES PRINCIPAIS DO MOTOR 2 TEMPOS
INTRODUÇÃO
O QUE NÓS APRENDEMOS NO
CAPÍTULO 4
Neste capítulo nós aprendemos a respeito
das características e pontos de serviços dos
componentes principais utilizados nos moto-
res 2 tempos Yamaha.
CARACTERÍSTICAS E PONTOS
DE SERVIÇOS
CABEÇOTE
O cabeçote do motor 2 tempos não requer
válvulas ou eixo comando. Em termos de
construção, é um projeto simples que permite
a instalação da vela de ignição.
CILINDRO
Janela O cilindro do motor 2 tempos possui uma
de transferência
janela de escape e outra de transferência em
sua parede. Assim, a resistência mecânica
do cilindro é menor que a do motor 4 tempos
e sua configuração é mais complicada por
causa das janelas de escape e transferência.
Janela
de escape
4-1
CAPÍTULO 4 - COMPONENTES PRINCIPAIS DO MOTOR 2 TEMPOS
PISTÃO
O pistão possui uma saia longa para abrir e
fechar cada janela típica do motor 2 tempos.
Em alguns modelos, é perfurado um orifício
na porção da saia para reduzir o peso e per-
mitir a sincronização ideal da transferência.
Note que o pistão não é equipado com anéis
de óleo porque a gasolina é misturada pre-
viamente com o óleo lubrificante.
1. Anel do pistão
A canaleta do anel do pistão possui um limi-
tador, o qual impede que o anel se movi-
Anel do Pistão Limitador mente na canaleta. A finalidade deste limita-
dor é manter o anel no lugar de modo que
ele não seja danificado por se soltar e enros-
car na janela de escape ou transferência.
Tipo pino encravado
Desenho do Limitador
ÁRVORE DE MANIVELAS/BIELA
A manivela consiste do tipo montada e do
tipo integrada.
Manivela Rolamento 1. Árvore de manivelas montada
O tipo manivela montada possui uma biela,
rolamentos, etc. montados sob pressão.
Quando um componente montado é subs-
tituído, a manivela precisa ser desmontada.
A biela conecta o pistão e a manivela, e um
rolamento de agulhas é instalado no ponto
Rolamento de conexão para diminuir a resistência rota-
Biela
cional. Cada rolamento de agulhas apresenta
um orifício perfurado para a entrada do lubri-
ficante contido na mistura ar-combustível.
4-2
CAPÍTULO 4 - COMPONENTES PRINCIPAIS DO MOTOR 2 TEMPOS
CARCAÇA DO MOTOR
A carcaça do motor é dividida em duas meta-
des, as quais encerram a árvore de manive-
las. Além disso, o componente a ser vedado
em cada cilindro é instalado na árvore de
manivelas de modo a manter a segurança
do cilindro.
Labirintos de vedação
1. Árvore de manivelas montada
Carcaça do motor Labirinto de vedação
A manivela montada é projetada de modo
que um labirinto de vedação seja incorpora-
do a ela de modo a impedir que a ocorrência
Expansão =
Queda na
de compressão primária em um cilindro seja
pressão
levada para outro. Assim, o labirinto é conce-
bido para não transmitir a pressão a um cilin-
Árvore de manivelas
Pressão positiva
dro diferente por meio da provisão de uma
Pressão negativa folga para a árvore de manivelas e da repeti-
ção da expansão por algumas vezes para
amortecer a pressão.
2. Árvore de manivelas integrada
Anel de vedação
Na manivela integrada, o anel de vedação é
Disco da manivela instalado na região do disco da manivela
Disco da manivela
para impedir que a pressão seja transmitida
para um cilindro diferente. O anel de vedação
funciona da mesma maneira que o anel do
pistão, enquanto o disco da manivela
Anel de vedação
Pressão positiva
Carcaça do motor corresponde ao pistão e a carcaça do motor
Pressão negativa faz a vez do cilindro.
4-3
CAPÍTULO 4 - COMPONENTES PRINCIPAIS DO MOTOR 2 TEMPOS
VÁLVULA DE PALHETA
A válvula de palheta é instalada entre o car-
burador e a carcaça do motor e impede o re-
fluxo da mistura ar-combustível de volta para
o carburador devido ao aumento da compres-
são primária na carcaça do motor. A válvula
de palheta é composta de uma fina chapa
metálica ou plástica, que abre e fecha devido
à diferença da pressão entre o lado do carbu-
rador e o da carcaça do motor. Um limitador
metálico é instalado no lado onde a válvula
se abre e a distância pela qual a válvula se
abre é controlada. Esta altura do limitador
determina a eficiência da admissão, portanto
tome cuidado para não permitir que esta
altura seja alterada quando efetuar serviços
no motor.
4-4