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Analysis of the Regulatory Recommendations for Anchoring with Steel Bars Embedded in
Reinforced Concrete
Resumo
Para que elementos de concreto armado tenham eficiência esperada em projeto é necessário que aço e
concreto trabalhem em conjunto. Sob tração, esse trabalho conjunto é garantido pela aderência e ancoragem
das armaduras. Contudo, as normas brasileiras e internacionais apresentam um valor constante de acréscimo
de resistência das ancoragens independentemente do tipo de ancoragem. Este trabalho visa avaliar o
desempenho das recomendações da ABNT NBR 6118 (2014); ACI 318 (2014); Eurocode 2 (2004), AC
Eurocode 2 (2010); e fib Model Code 2010 (2013). Esta avaliação foi feita através de um banco de dados de
ensaios de arrancamento de barras de aço com diferentes tipos de ancoragem coletado de 37 autores na
literatura cientifica. O banco de dados tem uma variação de resistência a compressão do concreto de 20 a 50
MPa, comprimento de ancoragem efetivo de e distancia da barra à face do concreto variáveis. O desempenho
das recomendações foi avaliado a partir de uma análise estatística, analise de dispersão e segurança, e a
economia das normas foi avaliada pelo “Demeter Points Classification”. Por fim, foi avaliada a necessidade
de fatores de redução do comprimento de ancoragem diferentes para cada tipo de ancoragem.
Palavra-Chave: Ancoragem; NBR 6118 (2014); ACI 318 (2014); Eurocode 2 (2010); e fib Model Code (2010).
Abstract
For reinforced concrete elements to have expected project efficiency it is necessary for steel and concrete to
work together. Under traction, this joint work is guaranteed by the adherence and anchoring of the
reinforcements. However, Brazilian and international standards present a constant value of anchor strength
increase irrespective of the type of anchorage. This work aims to evaluate the performance of the
recommendations of ABNT NBR 6118 (2014); ACI 318 (2014); Eurocode 2 (2004), AC Eurocode 2 (2010);
And fib Model Code 2010 (2013). This evaluation was done through a database of pulling trials of steel bars
with different types of anchorage collected from 37 authors in the scientific literature. The database has a
variation of compressive strength of the concrete from 20 to 50 MPa, Effective anchorage length of and
distance from the rod to the face of the concrete. The performance of the recommendations was evaluated
from an analysis Statistical analysis, dispersion analysis and safety, and the economics of standards was
assessed by the Demeter Points Classification. Finally, the need for different anchorage length reduction
factors for each type of anchorage was evaluated.
Keywords: Anchor, NBR 6118 (2014); ACI 318 (2014); Eurocode 2 (2010); fib Model Code (2010).
2 Recomendações Normativas
Para o dimensionamento do comprimento de ancoragem com gancho de armaduras de
tração no concreto, as recomendações normativas indicam que as barras das armaduras
sejam ancoradas de modo que as forças as quais sejam submetidas devem ser transmitidas
totalmente ao concreto por meio da área de ancoragem. A Equação 1 apresenta a forma
geral para estimar a força de arrancamento das normas, onde fb é a tensão de aderência Ø
é o diâmetro da armadura, hef é o comprimento de ancoragem e Tu é a carga de
arrancamento. Como as recomendações esperam que que o aço escoe antes da
arrancamento da armadura, normalmente as normas substituem Tu pela força de
escoamento das armaduras.
Tu fb hef (Equação 1)
Onde:
Tu , NBR é a força resistente de aderência;
fc é a resistência à compressão do concreto;
é o diâmetro da barra de ancoragem;
hef é o comprimento necessário de ancoragem segundo a ANBT NBR 6118 (2014),
conforme a Figura 1.
1 é um parâmetro para considerar a influência das dobras, ganchos e armaduras
transversais soldadas. 1 0, 7 para barras com ganchos, dobras e barras soldadas e
1 1, 0 para barras retas.
0, 473 3 fc ² hef
f c 55MPa
1 2
Tu , EC 2 (Equação 3)
3,34 ln(1 0.1 fc) hef f 55MPa
1 2 c
Onde:
1 é um parâmetro para considerar a influência das dobras, ganchos e armaduras
transversais soldadas. 1 0, 7 para barras com ganchos, dobras e barras soldadas e
1 1, 0 para barras retas;
2 é a parcela do efeito do cobrimento de concreto da barra de ancoragem obtido através
(cd 3 )
de 2 1 0,15 , e cd é o menor valor entre o cobrimento (cx) e o espaçamento
entra as barras (a) como ilustrado na Figura 3. Sendo que α2 deve ser maior que 0,7 e
menor que 1.
cb
0, 265 fc hef
Tu , ACI (Equação 4)
1
ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 4
Onde:
1 é um parâmetro para considerar a influência das dobras, ganchos e armaduras
transversais soldadas. 1 0, 7 para barras com ganchos, dobras e barras soldadas e
1 1, 0 para barras retas;
cb
não pode ultrapassar o valor de 2,5.
fc
Tu , MC10 1, 75 2 hef Fh (Equação 5)
25
Onde:
0,5
c min cs
0,15
3 Metodologia
Para avaliar o desempenho das recomendações normativas para a previsão do
arrancamento de ancoragens de barras de aço em elementos de concreto, foram
selecionados resultados de 66 ensaios experimentais de seis autores. Os ensaios foram
simulando o estado de tensões das ancoragens de armaduras de alta aderência com
ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 5
dobras (90º) ou ganchos (180º), em condições de boa ancoragem, sem grampos de
confinamento e sem pressão lateral. A Tabela 1 e a Figura 4 apresentam um resumo das
principais características dos espécimes
a) Implantação b) Corte A-A para dobra de 90° c) Corte A-A para dobra de 180°
Figura 4 –Modelo paramétrico dos ensaios experimentais dos autores
Para a avaliação do desempenho das previsões das normas, primeiro foi realizado uma
análise estatística com média (µ), desvio padrão (σ) e coeficiente de variação (CV) dos
valores de Tu/Tteo, onde Tu é a carga de ruptura dos espécimes e Tteo é a previsão de carga
das normas, além de apresentar a porcentagem de resultados contra a segurança (RCS),
ou seja resultados com valor de Tu/Tteo <1.
Paralelamente, para avaliar a dispersão dos resultados, foram confrontados os valores de
Tu e de Tteo dos espécimes, para observar se a tendência da média dos resultados (linha
tracejada) se aproxima do resultado ideal (linha cheia), onde Tu=Tteo. Também, é possível
comparar representatividade das linhas de tendência das previsões das normas através do
Por fim, foi analisada a influência que os parâmetros diâmetro do conector (Ø), comprimento
de ancoragem do conector (hef), distância entre as barras (a), cobrimento da armadura (c),
resistência à compressão do concreto (fc) e tensão de escoamento da barra de ancoragem
(fys) na relação Tu/Tteo das normas.
4 Resultados
Na Figura 5, é possível observar a avaliação geral das normas quanto aos parâmetros
estatísticos da média (µ), desvio padrão (σ), coeficiente de variação (C.V.) e o percentual
de resultados contra a segurança (R.C.S.) e quanto a dispersão dos resultados. A Figura 6
apresenta os resultados do critério de COLLINS (2001) ao lado da porcentagem de
espécimes presentes em cada faixa de resultados.
A ABNT NBR 6118 (2014) apresta destaque em relação as demais recomendações por ser
a menos penalizada pelo critério de Collins (54), com a maioria dos resultados classificados
como conservadores (>80%). Vale ressaltar que esta norma também apresentou a menor
dispersão dos resultados (com R² de 0,792), menor σ (0,23) e C.V. (16,7%), além de
apresentar uma média dos resultados próxima de um (1,39) e com baixo percentual de
R.C.S. (4,8%).
As recomendações do ACI 318 (2014) apresentaram os resultados mais conservadores,
com mais de 90% dos resultados classificados como muito conservadores, e média de 2,57,
mantendo nenhum resultado contra a segurança. O que refletiu em uma alta penalidade no
critério de Collins (123), a segunda maior. Quanto a dispersão, ele apresentou o segundo
maior R² (0,785) e melhor resultado de C.V. (15,9%), apesar do elevado desvio padrão
(0,41).
Tu (kN)
Tu (kN)
y = 1,3168x y = 2,4264x
600 R² = 0,7916 600 R² = 0,785
500 500
400 400
μ: 1,39
300 σ: 0,23 300 μ: 2,57
C.V.: 16,1 % σ: 0,41
200 R.C.S.: 3,1 %
200 C.V.: 15,9 %
R.C.S.: 0,0 %
100 100
90° 180° TNBR (kN) 90° 180° TACI (kN)
0 0
0 100 200 300 400 500 600 700 0 100 200 300 400 500 600 700
a) ABNT NBR 6118 (2014) b) ACI 318 (2014)
700 700
Tu (kN)
Tu (kN)
100 200
Penalidade
< 0,5
Frequência (%)
0 0
NBR ACI EC2 MC10 NBR ACI EC2 MC10
Figura 6 – Resultado das penalidades de Collins (2001)
Tu / TACI
90° 180° 90° 180°
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
Ø (mm) Ø (mm)
0,0 0,0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
a) ABNT NBR 6118 (2014) b) ACI 318 (2014)
4,0 4,0
Tu / TEC2
Tu / TMC10
90° 180° 90° 180°
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
Ø (mm) Ø (mm)
0,0 0,0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
c) AC Eurocode 2 (2010) d) fib Model Code 2010 (2013)
Figura 7 – Avaliação da influência do diâmetro da barra de ancoragem (Ø)
4,0 4,0
Tu / TNBR
Tu / TACI
90° 180°
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
Tu / TMC10
2,0 2,0
1,0 1,0
Tu / TACI
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
Tu / TMC10
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
4,0 4,0
Tu / TNBR
Tu / TACI
90° 180°
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
Tu / TMC10
2,0 2,0
1,0 1,0
c (mm) c (mm)
0,0 0,0
0 50 100 150 0 50 100 150
c) AC Eurocode 2 (2010) d) fib Model Code 2010 (2013)
Figura 10 – Avaliação da influência da distância da barra de ancoragem à face lateral do concreto (c)
Tu / TACI
90° 180°
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
Tu / TMC10
90° 180° 90° 180°
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
fc (MPa) fc (MPa)
0,0 0,0
0 50 100 150 0 50 100 150
c) AC Eurocode 2 (2010) d) fib Model Code 2010 (2013)
Figura 11 – Avaliação da influência da resistência à compressão do concreto (fc)
4,0 4,0
Tu / TNBR
Tu / TACI
90° 180°
3,0 3,0
2,0 2,0
1,0 1,0
Tu / TMC10
2,0 2,0
1,0 1,0
6 Agradecimentos
Os autores gostariam de agradecer pelo apoio a esta e a outras pesquisas à: Universidade
de Brasília; ao Grupo de Estudos de Tecnologias da Engenharia Civil (GETEC-UnB); ao
Núcleo de Modelagem Estrutural Aplicada (NUMEA) e às agências de fomento CNPq,
CAPES e FAP-DF.
7 Referências
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for Structural Concrete (ACI 318-14) and Commentary, Farmington, Michigan, 2014.
fib MODEL CODE 2010, fib Model Code for Concrete Structures 2010, fib, Lausanne,
Switzerland, out, 676 pp, 2013
HAMAD, B. S., JIRSA, J. O., AND D’ABREU DE PAULO, N. I., Effect of Epoxy Coating
on Bond Anchorage of Reinforcing in Concrete Structures. ACI Structural Journal,
v. 90, n. 1, jan/fev., p. 77-88, 1993.
PINC, R., WATKINS, M., AND JIRSA, J.O., The Strength of the Hooked Bar Anchorages
in BeamColumn Joints. CESRL Report n. 77-3, Department of Civil Engineering-
Structures Research Laboratory, University of Texas, Austin, Texas, 67 pp, 1977.
RAMIREZ, J. A., AND RUSSELL, B. W., Transfer, Development, and Splice Length for
Strand/reinforcement in High-strength Concrete. Washington, D.C.: Transportation
Research Board, National Research Council, p. 99-120, 2008.