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Pedagogia
FUNDAMENTOS E METODOLOGIA
DA GEOGRAFIA
SÃO LUÍS
2014
Governadora do Estado do Maranhão Edição
ROSEANA SARNEY MURAD UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO - UEMANET
Reitor da UEMA
PROF. JOSÉ AUGUSTO SILVA OLIVEIRA Coordenadora do UemaNet
PROFª. ILKA MÁRCIA RIBEIRO DE SOUSA SERRA
Vice-reitor da UEMA
PROF. GUSTAVO PEREIRA DA COSTA Coordenadora de Design Educacional
PROFª. ILKA MÁRCIA RIBEIRO DE SOUSA SERRA
Pró-reitor de Administração
PROF. WALTER CANALES SANT’ANA Coordenadora do Curso Pedagogia, a distância
HELOÍSA CARDOSO VARÃO SANTOS
Pró-reitora de Extensão e Assuntos Estudantis
PROFª. VÂNIA LOURDES MARTINS FERREIRA Professora Conteudista
HERMENEILCE WASTI A. P. CUNHA
Pró-reitora de Graduação
PROFª. MARIA AUXILIADORA GONÇALVES DE MESQUITA Revisoras de Linguagem
ANE BEATRIZ DUAILIBE
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação LUCIRENE FERREIRA LOPES
PROF. PORFÍRIO CANDANEDO GUERRA
Designers Gráficos
Pró-reitor de Planejamento ANNIK AZEVEDO
PROF. ANTONIO PEREIRA E SILVA HELAYNY FARIAS
RÔMULO SANTOS COELHO
99 p.
ISBN: 978-85-63683-95-3
I.Título
ATIVIDADES ATENÇÃO
UNIDADE 1
GEOGRAFIA: perspectivas históricas e conceitos ............. 13
Introdução ........................................................................... 13
Os Gregos ............................................................................ 16
Os Romanos ........................................................................ 18
Os Árabes ............................................................................. 19
Resumo ............................................................................... 33
Referências .......................................................................... 34
UNIDADE 2
A CRIANÇA E O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES
ESPECIAIS ELEMENTARES ....................................................... 37
Referências .......................................................................... 48
UNIDADE 3
O ENSINO DA GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAS ............ 51
Resumo ............................................................................... 68
Referências .......................................................................... 69
UNIDADE 4
O ESPAÇO MARANHESE ..................................................... 71
Hidrografia ............................................................... 79
Clima ....................................................................... 80
Vegetação ................................................................. 84
Relevo do Maranhão ................................................ 86
Aspectos socioeconômicos ....................................... 87
Economia ................................................................. 89
Unidades de conservação ........................................ 90
Terras Indígenas ....................................................... 91
Resumo ............................................................................... 96
Referências ......................................................................... 98
PALAVRA DA PROFESSORA-AUTORA
Bons estudos!
UNIDADE
1
OBJETIVOS DESTA UNIDADE
GEOGRAFIA: perspectivas históricas e Apresentar os primeiros
passos da Geografia sobre
conceitos a perspectiva histórica;
Discutir as principais ideias
que permitiram sistematizar
o conhecimento geográfico;
Diferenciar as categorias de
análise geográfica.
INTRODUÇÃO
Fonte: www.intravel.com.br/fotos/sao-luis-maranhao/
Quando visualizamos a Lagoa da Jansen, ponto turístico da capital
maranhense, identificamos aspectos naturais como o mar, resquícios
de mangue na vegetação da Lagoa e elementos antrópicos ou
humanizados que foram inseridos ao longo dos anos. Se olharmos
com bastante atenção, podemos perceber que é possível captar
Antrópico é um termo
usado em Ecologia que inúmeras mensagens, tais como: o crescente número de prédios e,
se refere à tudo aquilo
que resulta da atuação consequentemente, a ação destruidora do homem com o lançamento
humana. de efluentes domésticos no mar e na Lagoa, um fluxo maior de
Por exemplo: ação veículos e transporte urbano. Nessa perspectiva, estudar Geografia é
antrópica é a ação do
homem sobre o habitat justamente tentar captar as múltiplas dimensões do espaço geográfico
e as modificações dela produzido e transformado ao longo dos séculos pelas sociedades.
resultantes.
14 PEDAGOGIA
A partir dessas experiências, o homem passou a esboçar, em diversos
materiais, os primeiros mapas sobre os inúmeros elementos que se
encontravam em seu ambiente.
Fonte: www.portaldoprofessor.mec.gov.br
OS GREGOS
16 PEDAGOGIA
Figura 3 – Heródoto, pai da História
Fonte: www.debiografias.com.br
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia
18 PEDAGOGIA
como, por exemplo, os povos, etnias e os territórios em que se
distribuíam; a importância das cidades; a situação diagnóstica sobre
o abastecimento; os problemas fronteiriços; e os seus riscos para a
estabilidade da dominação.
OS ÁRABES
Fonte: www.prof2000.pt
• Geografia Tradicional;
• Nova Geografia;
• Geografia Humanística;
• Geografia Radical.
• Geografia Tradicional
20 PEDAGOGIA
Iniciando na Alemanha e na França, pouco a pouco a Geografia se
difundiu para os demais países.
Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/vidal-la-blache.htm
22 PEDAGOGIA
• Nova Geografia
• Geografia Humanística
24 PEDAGOGIA
A mesma autora destaca que a Fenomenologia preocupa-se em
analisar os aspectos essenciais dos objetos da consciência, por meio
da supressão de todos os preconceitos que um indivíduo possa ter
sobre a natureza dos objetos, como os provenientes das perspectivas
científica, naturalista e do senso comum. Preocupando-se em verificar
a apreensão das essências, pela percepção e intuição das pessoas,
a Fenomenologia utiliza como fundamental a experiência vivida e
adquirida pelo indivíduo. Desta maneira, contrapõe-se às observações
de base empírica, pois não se interessa pelo objeto nem pelo sujeito. "A
fenomenologia não é nem uma ciência de objetos, nem uma ciência do
sujeito: ela é uma ciência da experiência." Edie (1962, apud ENTRIKIN,
1976, p. 45).
• Geografia Radical
26 PEDAGOGIA
medida em que ambas possuem vida e cotidiano diferentes. O lugar
possui também íntima relação com os aspectos culturais que marcam
cada sociedade.
Figura 7 – Brasil
Fonte: http://pt.slideshare.net/paulotmo/regionalizao-do-brasil-ibge
28 PEDAGOGIA
Figura 8 – Brasil
Fonte: http://pt.slideshare.net/paulotmo/regionalizao-do-brasil-ibge
Regionalização Brasileira
Regionalização de 1940
Regionalização de 1945
30 PEDAGOGIA
Regionalização de 1970
Fonte: http://gp-141.pot.com.br/2011/03/objetivo-da-regionalizacao.html
32 PEDAGOGIA
fundamental, deve priorizar a base e a percepção dos alunos, em relação
ao espaço no qual estes estão inseridos, tendo como marco inicial, o seu
próprio corpo. Pois “é através de seu corpo e de seus sentidos que ele
constrói e se apropria do espaço e do mundo”. (CARLOS, 2007, p.12)
A Geografia deve ensinar a ler o mundo e essa leitura deve ser a partir
do lugar, considerando o seu espaço vivido.
Resumo
Atividades de aprendizagem
34 PEDAGOGIA
CHRISTOFOLETTI, Antonio. As perspectivas dos estudos
geográficos (S/D). Disponível em: www.sigcursos.tripod.com/
perspectivas.pdf
2
OBJETIVOS DESTA UNIDADE
A CRIANÇA E O PROCESSO DE
Conhecer e caracterizar
CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES as noções espaciais
elementares;
ESPACIAIS ELEMENTARES Analisar a importância
das construções de
noções espaciais
elementares a serem
desenvolvidas nos anos
iniciais;
N
Explicar como a criança
esta Unidade, vamos estudar os principais conceitos
amplia a sua relação
relativos à Geografia nos anos iniciais do ensino com o meio para um
fundamental. Abordaremos também, as questões enfoque mais objetivo da
realidade.
topológicas, elementares e noções espaciais projetivas e
euclidianas, importantíssimas para o domínio do espaço pelas
crianças, especialmente na faixa etária dos anos iniciais. Além
disso, indicaremos conceitos e metodologias nos conteúdos que
são desenvolvidos nos anos iniciais e apresentaremos sugestões
para você desenvolver metodologias, destacando o local e o global
na construção da identidade da criança diante de sua realidade.
De acordo com Porto (2009), a leitura geográfica do mundo é
um processo que se inicia muito antes da entrada da criança
na escola, por meio das relações que ela vai estabelecendo
no espaço vivido e vai se ampliando à medida que avança na
compreensão quantitativa e qualitativa desse espaço. Castro
Giovanni (2004) afirma que, no início, as noções espaciais
da criança são muito limitadas. Primeiro recorre ao corpo em
movimento para distinguir distâncias, depois percebe as distâncias
e a posição do objeto, valendo-se dos sentidos (visão) e, mais tarde,
concebe o espaço abstrato, passando a observar os objetos pelas
representações que são estabelecidas entre ela e o seu entorno.
38 PEDAGOGIA
Feitosa (2010) também destaca que é extremamente importante que
as crianças nos anos iniciais vivenciem experiências que lhe permitam
trabalhar a psicomotricidade, visto que a noção de espaço é construída
nas crianças progressivamente, conforme Figura 1, a seguir:
As três noções
elementares:
Lateralidade:
corresponde à noção
de direita e esquerda
que uma pessoa deve
desenvolver para se
orientar (a direita de, à
esquerda de);
Fonte: http://www.smartkids.com.br/especiais/nocoes-espaciais.html
Anterioridade:
corresponde à noção
de ordem e sucessão Para Porto (2009), com a evolução da capacidade de abstração
de objetos no espaço, a
partir de um determinado empírica, a criança passa a ter condições de identificar outras formas
ponto de vista (antes de,
depois de, entre, a frente topológicas: fechado/aberto, perto/longe, contínuo/descontínuo, sem
de); reconhecer ainda as formas euclidianas: retângulo, círculo, quadrado;
Profundidade: e as relações euclidianas de distância como: retilinearidade, angulação,
corresponde à noção de
posição com relação à inclinação e paralelismo.
variação na vertical (em
cima, no alto, em cima Porto (2009) destaca que no início do processo de distinção entre as
de, sobre; abaixo de, o
fundo de, debaixo de). formas curvilíneas (círculo e elipse) e retilíneas (retângulo, quadrado
e triângulo), a criança ainda não as diferencia entre si. À medida que
cresce, a criança vai desenvolvendo a capacidade de percepção do
mundo, deixando de depender apenas da observação empírica e do
fato concreto, para construir seus conhecimentos. É interessante analisar
o que é destacado na percepção da criança em relação ao espaço:
40 PEDAGOGIA
uma vez que a criança evolui nesse conhecimento dos 7 aos 10 anos,
embora só atinja a capacidade para desenvolver as relações euclidianas
aos 11 ou 12 anos.
Fonte: revistaescola.abrilcom.br
Fonte: www.acrilex.com
Fonte: revistaescola.abril.com
Fonte: www.lideranca.com.br
42 PEDAGOGIA
No olhar de Feitosa (2010), destacamos na Figura 7, as relações
espaciais topológicas que são as primeiras relações que se estabelecem
no espaço próximo:
• Dentro;
• Fora;
• Ao lado;
• Na frente;
• Atrás;
• Perto;
• Longe.
Fonte: cemma.net.br
vizinhança
separação ordem
envolvimento continuidade
DESCENTRALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E
REVERSIBILIDADE
44 PEDAGOGIA
usando um sistema de coordenadas. Esse processo é chamado
de descentralização, sai do egocentrismo infantil para um
enfoque mais objetivo. Conservação e reversibilidade são
dois conceitos que mostram que, nessa faixa etária, a relação
entre objetos só é percebida em um sentido e de forma
estática, a reversão das posições ainda não é percebida.
No processo de descentralização, a criança projeta um eixo
sobre os objetos para localizá-los independentemente de sua
posição, assumindo uma postura observadora. Esse processo
é gradativo, à medida que percebe que os objetos possuem
partes e lados, a criança concebe as estruturas espacialmente,
indo além das estruturas topológicas elementares.
46 PEDAGOGIA
seja, as noções infantis são desestruturadas para serem
reestruturadas em direção ao conhecimento cientifico”
(FEITOSA, 2010, p. 32).
Construtivismo significa a
ideia de que nada, a rigor,
SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA O TRABALHO DO está pronto, acabado, e de
que, especificamente, o
PROFESSOR SOBRE NOÇÃO DO ESPAÇO: conhecimento não é dado,
em nenhuma instância,
como algo terminado. Ele
• Achar um tesouro, seguindo pistas que trabalhem a ampliação do se constitui pela interação
espaço, como: caminhar para o lado esquerdo, avançar para o do indivíduo com o meio
físico e social, com o
norte, dobrar à direita etc.; simbolismo humano, com
o mundo das relações
sociais; e se constitui por
• Caminhar com as crianças criando situações como deixar marcas força de sua ação e não
para voltar pelo mesmo trajeto, observando as marcas da paisagem por qualquer dotação
prévia, na bagagem
para se localizar. Observar durante o trajeto o que é móvel e o que hereditária ou no meio,
de tal modo que podemos
é fixo, listar o que viram à esquerda e à direita, à frente e atrás; afirmar que antes da
ação não há psiquismo
• Desenhar uma paisagem urbana ou rural e depois, em sala de nem consciência e, muito
menos, pensamento.
aula, construir uma maquete em que estejam incluídos todos os
Fonte: http://www.
elementos observados pela criança, procurando fazê-lo de forma crmariocovas.sp.gov.br
individual, para que esta perceba as diferenças de cada paisagem.
Resumo
48 PEDAGOGIA
CASTRO GIOVANNI, Antônio Carlos (Org.). Ensino de Geografia:
praticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: mediação: 2000.
3
O ENSINO DA GEOGRAFIA NOS ANOS OBJETIVOS DESTA UNIDADE
N
esta unidade, vamos analisar a questão como o cinema, a
música, o jornal e o livro
metodológica do ensino de Geografia e a sua
didático na construção
importância na atualidade. Esta ciência estuda de conhecimentos
o espaço geográfico e as interações do ser humano nesse geográficos;
espaço. Outro aspecto diz respeito à necessidade de
Explicar a importância
estabelecer práticas que encaminhem métodos e técnicas
dos recursos didáticos nos
adequados para os primeiros anos do ensino fundamental anos iniciais e as inúmeras
como o cinema, a música, e outros recursos na construção possibilidades práticas
de conhecimentos geográficos. desses recursos
COMO ENSINAR GEOGRAFIA
52 PEDAGOGIA
estrutura própria, que é importante no mecanismo do conhecimento
do mundo e para as diversas leituras que a criança fará ao longo de
sua vida. Esse processo ocorre a partir da imagem formada pela leitura
visual que vai sendo elaborada, da formação das noções espaciais,
temporais, de números, de longitude e de quantidades físicas, em todas
as categorias.
Fonte: ducacaomudatudo.com.br
54 PEDAGOGIA
O QUE ENSINAR EM GEOGRAFIA
Fonte: http://geografiaegeopolitica.blogspot.com.br/p/
geopolitica-em-quadrinhos.html
Fonte: http://geografiaegeopolitica.blogspot.com.br/p/
geopolitica-em-quadrinhos.html
56 PEDAGOGIA
Nesse contexto, é preciso compreender que os tempos mudaram, e que
o ensino tradicional de Geografia, baseado na decoração de nomes
de rios e de lugares, é insuficiente para dar conta da complexidade
do espaço geográfico. Dessa forma, Moreira e Ulchoa (2009, p.72),
afirmam que:
RECURSOS DIDÁTICOS
58 PEDAGOGIA
habitam e transformam de forma contínua. Porém essa tarefa não
é fácil, porque eles não têm sempre a sua disposição todos os tipos
de recursos necessários para conseguirem demonstrar a seus alunos
toda a complexidade que temos tanto em relação à natureza quanto a
sociedade.
a) Letras de Músicas
Música sugerida
Planeta Água
60 PEDAGOGIA
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas
Ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos...
Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...
(Guilherme Arantes)
Ora Bolas
Oi, oi, oi...
Olha aquela bola
A bola pula bem no pé
No pé do menino
Quem é esse menino?
Esse menino é meu vizinho...
Onde ele mora?
Mora lá naquela casa...
Onde está a casa?
A casa tá na rua...
Onde está a rua?
Tá dentro da cidade...
Onde está a cidade?
Do lado da floresta...
Onde é a floresta?
A floresta é no Brasil...
Onde está o Brasil?
b) Cinema
62 PEDAGOGIA
O autor destaca que é imporrante trabalhar com o cinema em sala de
aula, pois é uma forma de:
Porto (2009) estabelece algumas regras que devem ser seguidas quando
da projeção de um filme, tais como:
ANTES DA PROJEÇÃO
Preparação antecipada
DEPOIS DA PROJEÇÃO
- comunicação espontânea;
- utilizar perguntas tais como: - que lhes pareceu o programa?
- que sensação lhes provocou? Que sentiram ao assisti-lo?
- reflexão crítica;
- momento do diálogo, do debate, da confrontação, da busca, da
pesquisa, da reflexão. Ex.: Existem algumas opiniões contrárias à
visão que o programa apresenta da desigualdade social no mun-
do. Qual a sua opinião ?
64 PEDAGOGIA
c) Utilização de Ilustrações – fotografias e figuras são formas de
desenvolver o ensino de uma maneira muito agradável para o aluno.
Para a utilização, o professor precisa estar atento a:
- autenticidade;
- simplicidade;
- proporção;
- clareza;
- tipos;
- conservação.
Para cada assunto a ser tratado no conteúdo de Geografia, há necessi-
dade de utilizar o material que complete a discussão que é necessária
com essas modalidades.
66 PEDAGOGIA
indústria editorial absorver as peculiaridades e necessidades
do cotidiano escolar no processo de concepção do livro,
envolvendo o trabalho de uma equipe multidisciplinar de
profissionais altamente capacitados e com experiência em
sala de aula.
O processo de elaboração do livro escolar é mais complexo do
que se imagina. Envolve etapas como a do desenvolvimento
de um projeto pedagógico-editorial; elaboração dos originais;
avaliação, preparação, revisão e edição do texto original;
projeto gráfico; pesquisa iconográfica e de referências para
ilustrações; produção editorial e produção gráfica. Todas elas
conduzidas por especialistas que trabalham para transpor, em
linguagem com propósito didático, conteúdos e atividades
que levem à apropriação e construção do conhecimento
e ao desenvolvimento de habilidades e competências nas
diferentes áreas do saber.
A última edição da pesquisa Retratos da leitura no Brasil,
divulgada em 2012, o mais abrangente estudo sobre o perfil
do leitor do brasileiro realizado pelo Instituto Pró-Livro, também
aponta a importância do livro didático para a formação de
leitores. É o gênero mais frequentemente lido, exercendo,
portanto, um relevante papel na difusão do hábito e do gosto pela
leitura. A mesma pesquisa revela também o papel do professor
como incentivador da leitura: ele é apontado como o principal
motivador, influenciador de crianças e jovens em idade escolar.
As mudanças que acontecem hoje em sala de aula, como o
uso de novas tecnologias, revisões nas diretrizes curriculares
e expectativas de aprendizagem, impõem desafios constantes
à produção do livro escolar, que acompanha com sucesso
as transformações da Educação nacional. O livro didático
no Brasil atinge seu propósito quando estabelece uma forte
parceria com o Professor. Juntos eles podem converter em
realidade os mais nobres ideais da Educação.
Atividades de aprendizagem
68 PEDAGOGIA
ALMEIDA, Rosângela Doinet al. Atividades Cartográficas. São
Paulo: Atual, 1995.
70 PEDAGOGIA
UNIDADE
4
O ESPAÇO MARANHENSE OBJETIVOS DESTA UNIDADE
Apresentar aspectos
maranhenses, numa
panorâmica geral, como
uma das temáticas
trabalhadas nos primeiros
anos no ensino de
Geografia;
Discutir atividades
que desenvolvam, por
N
esta unidade, vamos conhecer algumas características meio da Geografia,
referentes aos aspectos físicos, sociais e humanos um conhecimento
interessante sobre o
do Maranhão. Por ser um material com informações
Estado do Maranhão;
detalhadas a respeito do Estado, servirá de referencial teórico para
a construção e sistematização de material didático para os alunos. Explicar as possibilidades
práticas da construção de
Na verdade, esta unidade é direcionada, especificamente, para o
noções espaciais a partir
professor, por ter uma linguagem pontual de assuntos específicos do local para o global.
do nosso Estado. O material ajudará o professor na construção
de aulas direcionadas para os anos iniciais. Nessa perspectiva, é
importante que a criança sistematize seus conhecimentos a respeito
do lugar no qual ela esta inserida, compreendendo suas relações
e responsabilidades na interação com a natureza e com os outros.
Leia, atentamente, a letra da música todos cantam sua
terra, João do Vale, interpreta por Alcione
Todos Cantam sua Terra
Todo mundo canta sua terra
Eu também vou cantar a minha
Modéstia à parte seu moço
Minha terra é uma belezinha
A praia de Olho d'Água
Lençóis e Araçagi
Praias bonitas assim
Eu juro que nunca vi
Minha terra tem beleza
Que em versos não sei dizer
Mesmo porque não tem graça
Só se vendo pode crer
Acho bonito até
O jornaleiro a gritar imparcial
Diário
Olha o Globo
Jornal do povo descobriu outro roubo
E os meninos que vendem derrê sol a cantar
Derrê sol derrêêêêêêê sol
E fruta lá tem: juçara
Abricó e buriti
Tem tanja, mangaba e manga
E a gostosa sapoti
E o caboclo da maioba
Vendendo bacuri
Tinha tanta coisa pra falar
Quando estava fazendo esse baião
Que quase me esqueço de dizer
Que essa terra é tão linda é o Maranhão
Ô Maranhão, ô Maranhão
72 PEDAGOGIA
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
74 PEDAGOGIA
Outro conceito geográfico importante é o da Amazônia Legal, que
abrange, no Brasil, territórios, totais ou parciais de nove estados da
federação (Figura 3). A porção maranhense da Amazônia Legal abrange
uma área equivalente a 80% da superfície territorial do Estado, cerca
de 264 mil km2, e está situada a oeste do meridiano 44°W ver (Figura
3) Nesta área estão localizados 188 municípios do Maranhão, de um
total de 217 (IBGE, 2010).
Fonte: Plano de ação para prevenção e controle do desmatamento e queimadas do MA, 2011
76 PEDAGOGIA
ASPECTOS FÍSICOS
Solo
• NeossolosQuartzarênicos (8,84%);
• NeossolosLitólicos (6,98%); e
78 PEDAGOGIA
Hidrografia
Clima
80 PEDAGOGIA
forma, foram identificados quatro tipos climáticos no Estado, os quais
variam desde o clima subúmido seco, que predomina no Sudeste, até o
úmido, que predomina no extremo Noroeste.
82 PEDAGOGIA
Loreto e Mirador, com aproximadamente 28,8 °C e 28,6 °C (Figura 8).
Porém, alguns fatores podem interferir neste comportamento, tais como
a altitude, a latitude, a vegetação e a continentalidade.
Com base em estudos recentes, Muniz (2011) afirma ainda que nesta
região as famílias que se destacaram em número de espécies e de
indivíduos foram Leguminosae, Sapotaceae, Moraceae, Burseraceae,
Sapindaceae, Euphorbiaceae, Apocynaceae, Annonaceae,
Lecythidaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Bignoniaceae, Meliaceae
e Rutaceae. Espécies de grande porte, como Piranheatrifoliata
(piranheira), Cenostigmatocantinum (caneleiro), Hymenaeacourbaril
(jatobá), Spondias lútea (cajazinho), Copaiferareticulata (copaíba),
Hymenaeaparvifolia (jatobá-curuba), Protiumtenuifolium (amesclão),
e espécies raras como Tabebuia impetiginosa (ipê-roxo), Tabebuia
serratifolia (ipê-amarelo), Parkiasp (faveira), entre muitas outras.
84 PEDAGOGIA
em 1992, reforçou a necessidade de conservar a biodiversidade,
cujo maior desafio é conciliar o desenvolvimento econômico com a
conservação e a utilização sustentável dos recursos biológicos (BRASIL,
2009).
Relevo do Maranhão
Como a topografia do relevo do Maranhão é plana, são
pertencentes ao estado 75% do território inferiores a 200m de
altura e somente dez por cento superiores a 300m. As duas
unidades geomorfológicas são: a baixada litorânea e o planalto.
A baixada litorânea é dominada por um relevo cujos acidentes
geográficos são colinas e tabuleiros, que se dividem em arenitos
que pertencem à série Barreiras.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/.
86 PEDAGOGIA
Aspectos socioeconômicos
Figura 10 – Mapa São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa
88 PEDAGOGIA
Economia
90 PEDAGOGIA
Figura 11 – Unidades de Conservação de uso sustentável no Maranhão
Terras Indígenas
Fonte:http://www.batistasdesergipe.com.br/homepage-posts/novos-planos-para-
missoes-indigenas-em-sergipe
92 PEDAGOGIA
Figura 13 –Mapa dos povos indígenas no Maranhão
94 PEDAGOGIA
• São José de Ribamar - É um município da Ilha de São Luís.
É uma cidade balneária de águas salgadas. Possui como
atrações: a Procissão de São José no mês de setembro,
o lava-pratos (o carnaval fora de época mais antigo do
Brasil), que acontece no domingo seguinte do domingo
de carnaval e o lava-boi que acontece no mês de julho. A
cidade é conhecida pela culinária do peixe frito nos bares e
restaurantes;
• Raposa - É um município da Ilha de São Luís. Destaca-
se por suas praias. Possui um comércio de rendas
(toalhas,colchas,cobertores etc.) feitas por mulheres de
ascendência cearense. Possui bares que servem peixes.
Ultimamente, o município tem se destacado nas pequenas
dunas existentes, chamadas de fronhas maranhenses. Estas
fronhas estão localizadas principalmente na Ilha de Carimã.
A cidade oferece passeios de barcos, banhos em rios e
passeio em trilhas;
• Pinheiro - É conhecida como a Princesa da Baixada
Maranhense por ser a mais bonita dessa região. Possui,
como atrações turísticas, os campos onde ficam os búfalos.
Esses campos são pântanos, por essa razão é também
conhecida como a Cidade do Pantanal Maranhense;
• Barra do Corda - A cidade de Barra do Corda é também
conhecida como a princesa do sertão, possui um dos
melhores carnavais do Maranhão, eventos culturais, o
encontro de dois rios: o Rio Corda e o Rio Mearim. O lazer
no final de semana é bem atrativo existem vários bares e
pousadas a beira rio;
• São João dos Patos - Tem um dos melhores carnavais
do estado. Cidade festeira, destacando eventos como
Exposertão em maio, Festejos de São João e São Francisco
e Patos Folia em julho (considerada a melhor micareta do
interior).
• Morros - É um município situado na região do Munim.
Conhecido pelo rio Una e o bumba meu boi com sotaque
Resumo
96 PEDAGOGIA
Atividades de aprendizagem
98 PEDAGOGIA
Hermeneilce Wasti