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AS DIFICULDADES DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL-

QUESTÕES ESTRUTURAIS E PEDAGÓGICAS


VIRGINIA FLORA MASULLO¹
IRENE DA SILVA COELHO²
Aluna da Pós-Graduação em Alfabetização e Letramento-UNISANTA¹
Prof. Orientadora da Pós-Graduação em Alfabetização e Letramento-UNISANTA²

RESUMO

A Educação infantil hoje é vista como uma instituição que integra as funções de educar e cuidar e
que considera as crianças nos seus contextos sociais, ambientais e culturais e que possibilita
interações e praticas sociais com diversas linguagens e contato com os mais variados conhecimentos
para a construção de uma identidade autonoma. Para isso é preciso que o professor tenha claro qual
o seu papel na formação plena do aluno, pois o trabalho pedagógico nessa fase requer saberes e
fazeres necessários para a atuação docente considerando a fase de desenvolvimento e a livre
expressão das crianças que através das possibilidades e experiencias vividas ampliam e
desenvolvam todas as dimensões humanas: imaginativa, lúdica, estética, afetiva, motora, cognitiva,
social, criativa, expressiva e linguistica que são desenvolvidas através dá linguagem oral e escrita,
matemática, artistica, corporal, musical, temporal e espacial. O Trabalho do Professor de Educação
Infantil apresenta dificuldades em estabelecer relações entre teoria e prática para o desenvolvimento
do seu trabalho, apresentando práticas que nem sempre vão ao encontro das necessidades de
aprendizagem da criança.Por isso é importante estudar o trabalho docente de professores na
Educação Infantil. |Por estar trabalhando na região da Baixada Santista, pretendo investigar como é
esse processo numa escola de Educação Infantil.

Palavras-chave: educação infantil; trabalho; atividades.

THE DIFFICULTIES OF TEACHERS IN CHILDREN-ISSUES STRUCTURAL AND EDUCATIONAL


EDUCATION

VIRGINIA FLORA MASULLO¹


IRENE DA SILVA COELHO²
RESUME

Childhood Education today is seen as an institution that integrates the functions of educating and
caring and considering children in their social, environmental and cultural contexts and allowing
interactions and social practices with different languages and contact with the most varied knowledge
for building of an autonomous identity. This requires that the teacher has clear what their role in the
full formation of the student, for the pedagogical work in this phase requires knowledge and practices
necessary for the educational performance considering the development phase and the free
expression of children through the possibilities and lived experiences broaden and develop all human
dimensions: imaginative, playful, aesthetic, emotional, motor, cognitive, social, creative, expressive
and linguistic which are developed by giving oral and written language, mathematics, artistic, body,
musical, spatial and temporal . The Labour Early Childhood Education Teacher presents difficulties in
establishing relationships between theory and practice for the development of their work, with
practices that do not always meet the learning needs of criança.Por it is important to study the
teaching work of teachers in Education Children. | Why be working in the Baixada Santista region,
plan to investigate how this process is a school of Early Childhood Education.

Keywords: early childhood education; work; activities.

UNISANTA Humanitas – p. 72 –97; Vol. 4 nº 1, (2015) Página 72


INTRODUÇÃO

A Educação Infantil vem mudando ao longo dos anos, de forma crescente,


acompanhando a intensificação da urbanização, a participação da mulher no
mercado de trabalho, a organização e a estrutura da família na atualidade e a
conscientização da sociedade da importância das experiências na primeira infância,
o que motivou o movimento da sociedade civil e de orgãos governamentais por
demandas por uma educação institucional para crianças de zero a seis anos,
reconhecido na Constituição Federal de 1988 que engloba as creches e pré-escolas
dentro da educação Básica, sendo dever do Estado e direito da criança, como trata
o artigo 208, inciso IV. O Estatuto da criança e do Adolescente, 1990, destaca
também o direito da criança a este atendimento.
Em 1994 o MEC publicou o documento Política Nacional de Educação Infantil
que estabeleceu metas como a expansão de vagas e políticas de melhoria da
qualidade no atendimento às crianças, entre elas a necessidade de qualificação dos
profissionais, que resultou no documento Por uma política de formação do
profissional de Educação Infantil. Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), 1996, a Educação Infantil passou a ser a primeira etapa da
Educação Básica, integrando-se aos ensinos Fundamental e Médio. A criança
passou a ser vista como ser histórico que estabelece relações, sendo assim,
produtora de cultura e integrante da mesma, preparada para a Educação e não
simplesmente precisando de cuidados, mas também de vivenciar experiências que
as fazem refletir sobre sua vida e o mundo.
Em 1998 o MEC elaborou currículos de Educação Infantil para as instituições
e professores e em 1999 o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Esses documentos são,
hoje, os principais instrumentos para elaboração e avaliação das propostas
pedagógicas das instituições de Educação Infantil do país e fornece ao Professor os
conhecimentos necessários para a prática docente nos dias atuais. A Educação
infantil hoje é vista como uma instituição que integra as funções de educar e cuidar
e que considera as crianças nos seus contextos sociais, ambientais e culturais e que
possibilita interações e praticas sociais com diversas linguagens e contato com os
mais variados conhecimentos para a construção de uma identidade autonoma. Para
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isso é preciso que o professor tenha claro qual o seu papel na formação plena do
aluno, pois o trabalho pedagógico nessa fase requer saberes e fazeres necessários
para a atuação docente considerando a fase de desenvolvimento e a livre expressão
das crianças que através das possibilidades e experiencias vividas ampliam e
desenvolvam todas as dimensões humanas: imaginativa, lúdica, estética, afetiva,
motora, cognitiva, social, criativa, expressiva e linguistica que são desenvolvidas
através dá linguagem oral e escrita, matemática, artistica, corporal, musical,
temporal e espacial.
O Trabalho do Professor de Educação Infantil apresenta dificuldades em
estabelecer relações entre teoria e prática para o desenvolvimento do seu trabalho,
apresentando práticas que nem sempre vão ao encontro das necessidades de
aprendizagem da criança.
Por isso é importante estudar o trabalho docente de professores na Educação
Infantil. |Por estar trabalhando na região da Baixada Santista, pretendo investigar
como é esse processo numa escola de Educação Infantil.
Sendo assim, o objetivo é conhecer o perfil e o trabalho do Professor de
Educação e compreender como é o trabalho do Profissional da Educação Infantil e o
que se espera desse profissional?
 Apontar e discutir a importância de estar sempre se atualizando e
buscando novos conhecimentos, através de cursos, palestras e troca de
experiências com os colegas, diante as dificuldades.
 Compreender e avaliar as dificuldades e encontradas para o
desenvolvimento do seu trabalho.
 Aplicar questionário para obter dados sobre as dificuldades dos
professores.

A IMPORTÂNCIA DA INFÂNCIA E DA EDUCAÇÃO INFANTIL

A primeira infância é um momento extremamente importante que marca a


vida de cada individuo é uma das mais importantes etapas para o desenvolvimento
humano para que as futuras gerações se tornem adultos funcionais, participativos,
responsáveis, independente de classe social, a qual pertence ou do grupo étnico a
qual fazem parte. É na primeira infância que se estabelecem as bases do
desenvolvimento físico, intelectual e psicossocial. Esse desenvolvimento inicia na

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família que continua sendo a instituição primordial de cuidado e educação dos filhos,
principalmente nos seus primeiros anos de vida, por mais que esta tenha se
modificado na sua estrutura, nas formas de exercer suas funções e nos papéis
intrafamiliares em relação à produção das condições materiais e culturais de
sobrevivência e na função geracional, a família ainda tem o papel de proporcionar
uma educação com base sólida e segura no contato com as adversidades culturais e
sociais, características do período de amadurecimento, devem acolher apoiar, e
acompanhar a criança em seu lar, satisfazer suas necessidades de saúde,
alimentação, afeto, brincadeiras, comunicação, segurança e aprendizagem e
conquista progressiva de autonomia nos anos iniciais da vida. No caso de
vulnerabilidade, diante as condições da família em exercer, tais funções é dever do
Estado, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990 que estabelece no
seu art. 4º, o seguinte dever:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.

Com o passar dos anos, a expansão da Educação Infantil no Brasil tem


ocorrido de forma progressiva nas ultimas décadas, acompanhando a intensificação
da urbanização, da participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças
na organização e estrutura das famílias.
Hoje em dia podemos dizer que com todas essas mudanças no âmbito
familiar a sociedade está mais consciente da importância da primeira infância, o que
motivou demandas por uma educação institucional para crianças de 0 a 6 anos. A
Educação Infantil constitui um segmento importante no processo educativo, as
creches e as pré-escolas passam a ser reconhecidas no sistema de Educação
Básica como a primeira etapa da Educação Básica na nova Lei das Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9394/96). A partir daí tanto a creche quanto
a pré-escola são incluídas na política educacional, seguindo uma concepção
pedagógica e não mais assistencialista. Esta perspectiva pedagógica vê a criança
como um ser social, histórico, pertencente a uma determinada classe social e
cultural. Parte daí a necessidade de se construir um ambiente voltado ao
atendimento institucional à criança pequena, as creches e as pré-escolas passam a

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ter uma função educacional explicita, a legislação pôs nesse caminho e nos trás
uma série de documentos como Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil que se constitui em um conjunto de referencias e orientações pedagógicas
que têm como finalidade contribuir com as práticas educativas de qualidade,
considerando as especificidades, afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das
crianças de 0 a 6 anos, contribuindo para o exercício de cidadania das crianças
brasileiras.
Segundo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998,
p.13):
• o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas. Nas suas
diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas
etc.;
• o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão,
pensamento, interação e comunicação infantil;
• o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o
desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à
interação social, ao pensamento, à ética e à estética;
• a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas
mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma;
• o atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao
desenvolvimento de sua identidade.

A educação infantil atua sobre dois eixos fundamentais: a interação e a


brincadeira. A proposta pedagógica e as atividades devem considerar estes eixos,
incluir as crianças de uma maneira lúdica, a partir da brincadeira, da pesquisa, dar
possibilidade da criança de levantar hipóteses, dela falar, de usar simbolicamente as
coisas que permitirá que seu raciocínio seja feito dessa maneira, propiciar o contato
com livros, tecnologia, instrumentos musicais, deixar com que através do objeto
concreto ela use a imaginação e o transforme no que quiser, como quiser é na
infância que objetos e animais ganham vida é o mundo da fantasia é direito da
criança viver experiências prazerosas e enriquecedoras nas instituições. Devemos
levar em conta que as crianças possuem uma natureza muito singular que pensam,
sentem e veem o mundo através das relações sociais de um jeito muito próprio,
deixando de considerar a concepção de criança de forma homogênea, pois em
diferentes cidades, classes sociais e étnicas ainda mais tratando de crianças
brasileiras que vivem e enfrentam um cotidiano muito diverso, a família e o meio
social e outras instituições as marcam, sendo assim, as fazem sujeitos sociais e
históricos que buscam compreender o mundo em que vivem, através das relações
sociais e com o meio, construindo seu conhecimento e visão de mundo.

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O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998, p.22) deixa
claro o grande desafio da Educação Infantil e dos profissionais da área que terão um
trabalho árduo e de muita aprendizagem:
Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem
e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus
profissionais. Embora os conhecimentos derivados da psicologia,
antropologia, sociologia, medicina etc. possam ser de grande valia para
desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns de
ser das crianças, elas permanecem únicas em suas individualidades e
diferenças.

A criança é reconhecida com um sujeito de direitos à educação, que devem


ser atendidos por instituições escolares e governamentais, portanto a educação
infantil é direito da criança, dever do estado e opção da família, satisfazendo suas
necessidades de formação.

As crianças da atualidade
As crianças são cidadãs, pessoas detentoras de
direitos, que produzem cultura e são nela
produzidas. (KRAMER, p.15)

O universo infantil é marcado por características que as fazem sujeitos sociais


e históricos, marcadas por contradições das sociedades em que estão inseridas.
Infelizmente vivemos em um mundo desigual e de muita pobreza, crianças desde
cedo vão para as ruas, passam fome, deixam de estudar para trabalhar. A história
mundial nos mostra que a exploração do adulto sobre a criança vem ocorrendo
desde épocas bem antigas, é uma fatalidade, mas ainda é a realidade de muitas
crianças brasileiras. Por outro lado deparamos com crianças de classe média/alta
que passam horas com aparelhos eletrônicos e desejam cada vez mais brinquedos
e roupas caras, preferencia de marca, fora a alimentação incorreta que trará sérias
consequências para sua saúde mais tarde. O assunto do trabalho não é discutir o
que é certo ou errado, o que precisa mudar ou não nas politicas publicas na
sociedade, na família, porque todos nós sabemos que muita coisa precisa ser feita,
mas é deixar claro que independente de culturas, costumes e realidades diferentes,
as crianças não deixam de ser criança, ela não se tornará o que não é, mas sim
adulto o dia que deixar de ser criança que trará consigo uma bagagem cultural e por
isso a faz ser histórico e que tem direito de viver sua infância no seu tempo e de
forma saudável, usufruindo da imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira,

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entendida como experiência de cultura, o estudo para o seu desenvolvimento, que a
fará crescer sadia e a tornará um adulto feliz.

O papel da Educação Infantil na formação do cidadão


A Educação Infantil é algo mágico, único e essencial na vida do homem.
Muito mais que cuidar é educar e brincar. Três palavras que bem trabalhas juntas
formam o cidadão de amanhã. Vivenciar experiências que marcarão sua vida e
reforçarão, ao longo dela, as atitudes de autoconfiança, de cooperação,
solidariedade e responsabilidade. As experiências infantis na Educação infantil
interferem positiva e significativamente no desenvolvimento humano e na formação
do cidadão critico/reflexivo devido às consequências que partem de algumas ações
como: O brincar que é uma forma de comunicação, é por meio deste ato que a
criança pode produzir o seu cotidiano. O ato de brincar possibilita o processo de
aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da
criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação entre jogo e a aprendizagem.
Exige da criança a participação e engajamento, com ou sem o brinquedo, sendo
uma forma de desenvolver a capacidade de manter-se ativo e participante.
Segundo Oliveira (2000) o brincar caracteriza-se como uma das formas mais
complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. O
desenvolvimento acontece através de trocas, durante o brincar, que se estabelecem
durante toda sua vida. Durante a brincadeira a criança pode desenvolver
capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação,
ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como
afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
(BRASIL, 1998, p. 27, v.01):
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que
assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças
agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas
ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de
objetos substitutos.
Portanto, a brincadeira e de fundamental importância para o desenvolvimento
infantil, à criança cria e/ou reproduz situações cotidianas, o que colabora na

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construção da sua identidade, da imagem de si mesmo e do mundo que a cerca,
lidando com os sentimentos e trazendo alegria e divertimento ao brincar.
A Educação infantil proporciona experiências que ao serem vivenciadas
contribuem e muito para a formação do individuo social e cultural, tendo em vista a
formação do cidadão critico/reflexivo. Experiências que trabalhem a autonomia da
criança, que é trabalhada em um processo continuam que permite à criança a
diminuir a dependência do adulto e obter uma maior segurança em si mesma. À
medida que a criança adquire capacidades que lhe permitem um controle motor e
verbal mais eficaz, verifica-se, da sua parte, uma crescente disponibilidade para
explorar, descobrir e comunicar-se com o mundo ao seu redor, momento em que o
termo autonomia ganha maior espaço em sua vida. É primordial incentivar os
pequenos aos cuidados com o corpo, a organização de seus materiais, a
colaboração na organização da sala, a alimentação, hábitos saudáveis, a
responsabilidade, a construção autônoma das atividades, exposições de ideias e
pensamentos dentre outros. Desenvolvendo, assim, e formando cidadão
critico/reflexivo, propiciando experiências que fortaleçam sua autoconfiança.
O movimento, a forma, que as crianças utilizam para conhecer o mundo.
Desenvolvendo habilidades para atuar no meio em que vivem, no dia-dia e até
mesmo em situações não comuns vivenciadas por ela. A educação Infantil propicia
através de brincadeiras dirigidas o desenvolver toque, a segurança, o traçado, a
ação motriz, controle sobre os braços, pernas e movimentos em gerais, a direção,
etc. Através de atividades como: correr, pular, dançar, desenhar, utilizar a massinha
de modelar, entre outros que geralmente ocorrem diariamente na Educação Infantil.
A arte, a leitura, a escrita e o desenho são experiências que permite e
influencia o desenvolvimento da criatividade, da imaginação. Ao introduzir as
crianças ao universo da leitura e da escrita, estamos contribuindo a compreensão de
textos e na escrita, ampliando o vocabulário, despertando a curiosidade e formando
um adulto adepto a leitura. Ao desenhar a imaginação aflora e nesse momento que
as emoções, os desejos, a preferencia por cor, ou desenho é escolhido pela criança,
é trabalhada a psicomotricidade e noção de espaço.

O AMBIENTE E OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

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As instituições escolares são compostas por profissionais que atuam em
diferentes cargos como: direção, coordenação pedagógica, professores, atendentes
e agentes operacionais, todos têm a importância e a tarefa de ampliar as
experiências às crianças, dando a elas, o acesso e a apropriação de conhecimentos
que não são constituídos espontaneamente pelo ser humano.

As, pessoas, que tem a responsabilidade de cuidar/educar crianças nesta


faixa etária, desempenham um papel fundamental no processo de
desenvolvimento infantil, pois servem de interpretes entre elas e o mundo
que as cerca. Ao nomearem objetos, organizarem situações, expressarem
sentimentos, aos adultos estão cooperando para que as crianças
compreendam meio em que vivem e as normas da cultura na qual estão
inseridas. Portanto, os diferentes profissionais envolvidos na Educação
Infantil têm uma importante tarefa a cumprir, na tentativa de contribuir para
um desenvolvimento agradável e sadio. São, portanto, mediadores entre
eles o meio. (Felipe 1998, p. 8)

Profissionais mediadores, que juntos, buscam por uma educação de


qualidade, visando à formação e o desenvolvimento da criança de forma integral. É
dever de todos que atuam em instituições educativas.
O ambiente deve ser visto pelos profissionais e entre as famílias como
acolhedor, onde haja cooperação, respeito às diferenças, explicitação de conflitos,
cooperação, complementação, negociação e procura de soluções e acordos que
devem ser à base das relações entre os profissionais da educação. As crianças
devem se sentir seguras, tranquilas e alegres é importante à equipe propiciar um
bom clima e relações amigáveis no ambiente de trabalho.
Então, é necessário que todos tenham clareza de suas funções dentro da
esfera educativa e mais que isso que tenham em mente a importância das relações
que estabelece com os colegas de trabalho, com os pais, a comunidade e
particularmente com as crianças. O trabalho é coletivo, dinâmico, intencional, todos
são responsáveis pela construção do projeto educacional e do clima institucional.

Trabalho do Professor na Educação Infantil – O que é? Como é?


Mas, falando dos profissionais que atuam em sala de aula, é importante
lembrar que muitos não têm qualificação profissional, portanto não são professores e
muitas vezes acabam desqualificando o processo de ensino e aprendizagem nas
instituições escolares.

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Segundo o Referencial Curricular o professor deve ser Polivalente, ter
competência para abranger os cuidados básicos essenciais até conhecimentos
específicos das diversas áreas do conhecimento. Ter consciência que também é um
aprendiz, que para alcançar seus objetivos e contribuir para a formação dos
educandos, demanda por sua vez, uma formação bastante ampla, refletindo
constantemente sobre sua prática.
O professor deve buscar informações necessárias para o trabalho que
desenvolve ter dialogo com a família dos educandos, com, a comunidade e colegas
de profissão é essencial para a qualidade do seu trabalho, visando o aprendizado e
o atendimento das crianças. É necessário que os educadores tenham em mente a
importância do seu trabalho na educação infantil que muito mais que cuidar é ter
atitudes conscientes de cuidado no educar.
Segundo GARAHANI (2010, p.196)
Ser docente na Educação Infantil é ter sempre uma atitude investigativa da
própria prática e, consequentemente, fazer a sua elaboração por meio de
um processo contínuo de formação. É ter o compromisso com a profissão
escolhida e consciência de que suas intenções e ações contribuem na
formação humana de nossas crianças ainda pequenas. Formação humana
que se faz pelo acesso aos saberes, conceitos e práticas de nossa
sociedade e que se apresentam como ferramentas de trabalho, pelo
respeito às condições de aprendizagem que se faz pela oferta de
possibilidades educacionais e, por fim, a clareza de que a professora da
pequena infância é uma das profissionais responsáveis por proporcionar a
conquista da autonomia e da construção de identidades das crianças
pequenas do nosso país.

O papel do professor de Educação Infantil no processo de ensino-


aprendizagem é o seu compromisso de Cuidar e Educar diariamente, tendo em vista
que é ele que conduz o seu trabalho, tomando decisões em relações a seleções dos
objetivos e conteúdos a serem alcançados pelas crianças de acordo com a faixa –
etária e suas limitações, assim, como as metodologias, e recursos que se utilizará
para que ocorra a aprendizagem o vinculo afetivo entre professor é aluno é
essencial e estão intimamente ligadas á cognitivas. Para isso é fundamental que o
profissional da Educação tenha o domínio do conteúdo cientifico, sólida
fundamentação teórica que dê sustentação a sua prática docente diariamente, o que
se adquire por meio da informação.
Sobre isso, Gusso et al. (2010, p. 18) afirmam:

[...] é papel do professor o domínio acerca dos conteúdos a serem


ensinados e da metodologia mais adequada à sua assimilação pelos

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alunos, o conhecimento sobre as características de desenvolvimento das
crianças, a construção de vínculo afetivo fundamentado em teorias do
desenvolvimento infantil e na relação de autoridade do professor, a
adequada utilização do tempo no planejamento das atividades (visando a
assimilação do conhecimento por parte das crianças), o incentivo à
expressão dos alunos em sala de aula e em outras instâncias de
participação da escola.

O lúdico e suas contribuições


Na Educação Infantil devem ser consideradas e contidas no planejamento
escolar, atividades lúdicas. É fundamental o olhar dos professores e coordenadores
para elaboração de atividades pedagógicas voltadas para a aprendizagem das
crianças através do lúdico. De acordo com Vygotsky (1998) é no brinquedo que a
criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Um ambiente de motivação para as
crianças, assim, cabe ao professor propor conceitos que os preparam para a leitura,
para os números, conceitos de lógica, entre outros. Brincadeiras que ensinam
trabalho em equipe na resolução de problemas, aprendendo assim expressar seus
próprios pontos de vista em relação ao outro.
Através dessas brincadeiras educativas, as crianças transferem para o mesmo sua
imaginação e, além disso, cria seu imaginário do mundo de faz de conta . As crianças
são capazes de construir a aprendizagem através do brincar, criando e imaginando
situações simbólicas entre o mundo real e o mundo a ser construído com bases nas
suas expectativas e anseios. Pois é através dessas atividades que as crianças se
preparam para a vida , assimilando a cultura do meio que em que vivem se
integrando e adaptando-se as condições que o mundo lhe oferece, respeitando e
assumindo seu papel como ser social.
O professor é o mediador nesse processo, é necessário estar atento á idade e
as necessidades de cada faixa etária, para á escolha de materiais adequados e para
que ocorra a aprendizagem criativa e social é necessário o vinculo entre professor e
aluno que juntos trabalharam para que ocorra o ensino-aprendizagem infantil, mas
para isso é essencial que o professor torne esses momentos de aprendizagem ricos
em materiais, propiciando oportunidades prazerosas para a aprendizagem por meio
de jogos e brincadeiras.
Sendo assim, a ludicidade permite um trabalho pedagógico que possibilita
produção de conhecimento da criança através do brinquedo de forma natural. Ao
brincar a criança libera seus sentimentos, se diverte, explora, constrói conhecimento.

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Brincar é bom e fundamental para qualquer idade, pois, dá prazer, principalmente na
Educação Infantil.

“(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser
vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para
uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os
processos de socialização, comunicação, expressão e construção de
conhecimento.” (Santos 2002, p. 12).

A PESQUISA E SEU DESENVOLVIMENTO- O LÓCUS E OS SUJEITOS


A presente pesquisa se concretizou no Berçário e na Educação Infantil
Primeiros Passos, localizada na cidade de Santos, do Estado de São Paulo. Optei
para melhor observação em delimitar o campo empírico na escola em 5 salas, que
foram berçário, Maternal 2 A, Jardim 1 A, Jardim 2 A e Pré A, as crianças dessa sala
estavam na faixa etária de 4 meses á 6 anos de idade, cada sala possuía uma
professora e uma assistente.
Foi elaborado um questionário destinado às professoras na forma de
perguntas abertas. A pesquisa foi analisada através de uma visão qualitativa dos
dados alcançados. Realizei conversas informais com as professoras e as monitoras
o que possibilitou conhecer um pouco mais sobre os papéis que desempenham na
escola, além de conversas com a diretora o que possibilitou ter em mãos a proposta
pedagógica da instituição, fato que favoreceu um maior enriquecimento da pesquisa.
O questionário foi composto por 10 perguntas:
1. Qual é a sua formação?
2. Por que escolheu a Educação Infantil?
3. Quantos anos trabalha na Educação Infantil?
4. Qual é o papel da Educação Infantil para você?
5. Quais as dificuldades que enfrenta no seu dia-a-dia em sala de aula?
6. Quando precisa, você encontra apoio da direção/coordenação?
7. Que tipo de material a escola disponibiliza para trabalhar o lúdico?
8. Você professor (a) concorda que o lúdico na educação infantil ajuda a criança
adquirir hábitos e atitudes importantes para seu convívio social? Justifique.
9. Em sua opinião os alunos compreendem melhor os conteúdos quando
trabalhados de forma lúdica?
10. Você sente dificuldade em estabelecer relação entre a teoria e a prática?

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Instituição pesquisada
Esta pesquisa foi realizada no Berçário e Educação Infantil Primeiros Passos,
localizada no bairro Boqueirão, Santos. Essa instituição de atendimento a criança
pequena deu inicio 01 de março de 2001, atende crianças de 4 meses aos 6 anos de
idade. Atualmente, a escola atente 170 crianças assim divididas: 141 em período
parcial e 29 em período integral que são divididas em diferentes níveis de acordo
com a faixa etária,
 Berçário: de 4 meses até estar andando com segurança.
 Maternal 1: completam 2 anos no segundo semestre.
 Maternal 2: 2 anos completos ou a completar no primeiro
semestre.
 Jardim 1: 3 anos completos ou a completar no primeiro
semestre.
 Jardim 2: 4 anos completos ou a completar no primeiro
semestre.
 Pré: 5 anos completos ou a completar no primeiro
semestre.
Por cada nível, é responsável uma professora e uma monitora, com exceção
do (Berçário) que possui uma professora e duas monitoras para cada período,
apenas quatro professoras trabalham durante os dois períodos na escola.
A escola possui num total de 16 professoras, todos têm nível superior, 18
monitoras a maioria, possui nível superior as demais estão cursando o ultimo ano de
Pedagogia, e 3 professores especialistas ( Musica, Yoga, Ed. Ambiental e Inglês) A
escola ainda conta com outros funcionários de limpeza, dá parte de manutenção,
da cozinha, secretária e o segurança.

Objetivos da instituição
O Berçário e Escola de Educação Infantil Primeiros Passos foi criado como
um espaço onde a infância possa ser vivida plenamente. Todos os detalhes do
ambiente foram planejados para oferecer conforto, segurança e higiene. Cada
brincadeira, cada atividade, incluindo o banho e a alimentação, estão

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fundamentadas numa reflexão pedagógica e numa intenção educativa. Nós
acolhemos as crianças nessa descoberta, indicando os limites e levando-a a ampliar
as possibilidades da imaginação, do uso dos objetos e das relações entre as
pessoas. Estimulamos sua curiosidade e apoiamos suas iniciativas para reforçar sua
vontade e autonomia. É o momento de iniciar a transmissão sistemática da riqueza
cultural e o fazemos com a intenção de que cresça solidária e orgulhosa de nossas
diversidades.
 O desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade.
 A promoção de experiências que levem à descoberta e à formação do
individuo e ao desenvolvimento da autoestima.
 A introdução da criança no mundo do saber e do conhecimento.
 A integração da criança no meio social em que vive.
 A valorização e a promoção da vida e do meio ambiente.
 A iniciação no exercício da solidariedade humana, da construção de uma
cidadania contrária à exploração, opressão ou desrespeito ao homem, à
natureza e aos patrimônios culturais, no Brasil e no mundo.

Caracterizações dos sujeitos da pesquisa


Foram entregues no total de 15 questionários na instituição, 5 foram
entregues para as monitoras que trabalham diretamente com a criança pequena e
10 para as professoras; desses questionários retornaram 12, sendo que 5 eram das
monitoras e 7 das professoras, e 3 não foram devolvidos.
As monitoras (nomeadas assim) - possuem idade entre 21 e 32 anos, uma
monitora é casada, quatro são solteiras, elas não têm filhos. Trabalham na educação
infantil de 3 meses a 3 anos, mesmo tempo de serviço na escola.
As maiores dificuldades apontadas pelas monitoras foram o desgaste e
esforço físico (dores, problema de saúde), desgastes emocionais decorrentes da
preocupação constante: a correria do jantar, escovação e das trocas decorrentes da
hora da saída.
Os aspectos gratificantes apontados estão relacionados a aspectos diversos
como cuidados com higiene e saúde, a afetividade e respeito das crianças;

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possibilidade de participar do desenvolvimento e o crescimento dos pequenos e das
descobertas que eles fazem no dia a dia: “ o sorriso e o olhar na hora da entrada, os
abraços, as palavras e os gestos inesperados que trazem alegria ao nosso dia, que
muitas vezes é corrido, e mais que isso ouvir dos pais que eles não param de falar
de nós em casa e que sente saudades nos finais de semana”.
Afirmaram que existe divisão de tarefas entre elas e as professoras, que são
visíveis na hora das trocas de fraldas, da escovação, na hora do jantar, ou seja, os
cuidados com higiene ficam com as monitoras, além de auxiliar as professoras no
que for preciso, pois estão presentes nas atividades.
As professoras possuem idade entre 23 e 40 anos; oito delas são casadas,
duas solteiras, cinco professoras são mães, o número de filhos varia entre um e
dois. Todas as professoras possuem nível superior em pedagogia, três professoras
já fizeram um curso de especialização e uma está fazendo. O tempo de trabalho que
possuem na escola pesquisada varia de dois a cinco anos; duas professoras
trabalham nela durante os dois períodos; todas as professoras já participaram de
vários cursos de capacitação específicos para a educação infantil.
As professoras afirmaram que existe a divisão de tarefas entre elas e as
assistentes, principalmente porque a professora fica com a parte pedagógica e o
tempo todo com a turma e a assistente com a higienização das crianças como: troca
de fralda e roupa, escovação, auxiliando as professoras no que precisam. Mas, a
maioria reconhece que também cuida das crianças e ajuda as auxiliares, quando
preciso: “ trabalho de equipe”.
Todas as professoras afirmaram ter um bom relacionamento com as
assistentes.
No que se refere à organização do trabalho pedagógico, elas planejam
conjuntamente com outros professores, com a coordenadora e, às vezes, sozinhas.

As respostas das professoras a questões específicas


Como já registrado anteriormente, as professoras são pedagogas, duas são
formadas em outras áreas do conhecimento como Biologia e Jornalismo e quatro
com especialização em Alfabetização e Letramento, Psicopedagogia Institucional
Clínica, Pedagogia empresarial e Neuropsicopedagogia clínica.

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Ficou claro nas respostas das professoras que a escolha da Educação Infantil
se deu pelo fascínio pelo universo infantil, “não foi eu que a escolhi, mas ela que me
escolheu” e outras dizem ser apaixonadas e que o maior sonho era ser professora
desde a infância “Gosto desta profissão! É gratificante ver os nossos alunos subirem
degrau por degrau, em seu progresso e desenvolvimento”. O que mais chamou a
atenção foi a resposta dá professora do Maternal 2 que apesar de saber que a
Educação Infantil era sua vocação, optou primeiramente pelo Jornalismo “Adoro
crianças, e gosto de participar das descobertas e das mudanças e evolução dos
pequenos, por ter dom e desde pequena dizer que queria ser professora...Por amar
a arte de ensinar!”
A escolha da profissão pode não ser muito atrativa devido ao fator econômico,
mas muitas pessoas querem dedicar-se ao educar pelo amor, identificação,
compromisso, responsabilidade social, e por querer formar cidadãos melhores para
um mundo melhor e acreditar na importância do professor na sociedade é uma
delas. Como relata a professora do pré “O papel do professor é muito importante e
fundamental, pois é a interligação em aprender sobre o conhecimento e sobre o
desenvolvimento da criança sua forma de sentir o mundo, criando sempre
oportunidades para que as crianças possam manifestar suas ideias, linguagens,
sentimentos, criatividade, reações e imaginação.”
O professor tem que ter clareza das dificuldades que encontrará pelo
caminho: situações que o desafiarão como educador e que precisarão de jogo de
cintura para encarar com garra e determinação.
As dificuldades apontadas pelas professoras foram o mau comportamento
dos alunos em algumas ocasiões, pois a escola não atua nesse sentido,
divergências de pensamento entre coordenação e professores, e a falta de
comprometimento dos pais com a educação de seus filhos, passando essa tarefa
para a escola, segundo a professora do maternal “trabalho na rede privada, e
infelizmente é um “comércio”, se vende “algo” é assim, o cliente tem sempre razão,
com isso sinto minha profissão desvalorizada”.
Toda a dedicação, o amor e o compromisso que temos dia a dia com os
nossos pequenos nos leva refletir que estamos fazendo por amor, dando o nosso
melhor, contribuindo para formação de cidadãos críticos/reflexivos, não estamos
tratando com objetos, mas sim contribuindo com uma educação humanizadora, não

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somente dentro das barreiras da escola mais para a vida deles na comunidade e na
família. Temos clara a importância da nossa profissão e dos nossos compromissos
com a mesma e a importância da qualificação e da busca constante de
conhecimento, através de cursos, palestras e trocas de experiências com colegas de
trabalho.
Educar requer compromisso humanizador, requer respeito, requer justiça,
fazendo com que o educando se perceba como sujeito da ação e não um mero
objeto. Assim como Freire, Carvalho ( 2005) também pensa que a educação deve
atender objetivos para além do âmbito escolar:
Entre o dito e o não dito, a conclusão é óbvia: a formação dos professores
será sempre importante para qualquer mudança educacional, sobretudo
para a melhoria da qualidade de ensino. É pensar a qualidade da educação
no contexto da formação de professores significa colocar-se a disposição da
construção de um projeto de educação cidadã que propicia condições para
a formação de sujeitos históricos capazes de, conscientemente, produzir e
transformar sua existência. (CARVALHO, 2007, p.06)

Apenas 4 afirmaram quem encontram apoio na direção e Coordenação
quando necessitam nas situações do dia a dia. O utras usaram palavras como: “as
vezes”, “nem sempre”, “depende do aspecto e da necessidade”, “algumas vezes
sim, normalmente não” . Dificuldades são presentes na rotina do professor, ao
responder se elas tem dificuldade em relacionar a teoria vista no curso de
Pedagogia com a prática diária, apenas 1 disse que não tem dificuldades as de mais
disseram que algumas situações que na teoria parece simples e praticável se
mostram diferentes na prática como por exemplo a fala da professora do pré: “Nem
sempre temos o tempo necessário para aplicar tudo como a teoria explica. A teoria é
linda, mas as vezes impraticável, principalmente quando a escola não colabora com
espaço, material, salas. Quando depende somente do professor, é mais fácil.”
Em relação à disponibilidade de materiais e brinquedos pedagógicos,
comentaram que a escola disponibiliza matérias e ambientes para a prática
pedagógica como: brinquedos, jogos, livros, fantoches, ambientes, tabletes, DVDs e
CDs com musicas educativas que auxiliam no trabalho do professor, e
disponibilizados também, materiais de papelaria para confecção de brinquedos, e
elaboração de atividades. Todos esses materiais são para trabalhar o lúdico que
segundo as professoras nesse faixa etária é utilizado como metodologia de ensino, a
criança se sente a vontade para brincar, expressar emoções, se socializar...

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Contribui na transmissão de valores e acima de tudo acelerar o seu ensino-
aprendizagem. “o papel do brincar não é apenas passatempo e, sim um objeto
importante para a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, pois é brincando
que se aprende os conteúdos, ajudando na formação de seres humanos críticos e
pensativos.”
Os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica
e afetiva. Para que ocorra uma aprendizagem eficaz na educação infantil, é preciso
que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo e as
brincadeiras é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem dos pequenos,
Carvalho (1992, p.28) afirma que:
(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um
aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da
inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente
transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se,
portanto em jogo.

As respostas das monitoras


Com relação à formação das monitoras, 3 são formadas e 2 estão cursando
o ultimo ano do curso de Pedagogia. As 5 monitoras disseram que a escolha da
Educação Infantil se deve ao amor pelas crianças e o prazer de fazer parte e
contribuir para o o desenvolvimento integral da criança, já que o papel da educação
Infantil é desenvolver o ser, dando possibilidades estimuladoras, trabalhando as
potencialidades das crianças, formando-a em vários aspectos. É nessa fase que
descobrem o mundo é a introdução da base do conhecimento futuro e nesse
principio que forma a personalidade da criança. A escola disponibiliza diversos
materiais e que são trabalhados de forma lúdica, visando a uma melhor
compreensão dos conteúdos trabalhados, é através dos brinquedos e dos jogos
que as crianças usam a imaginação e a criatividade. O lúdico proporciona um
aprendizado de forma leve e suave, sem muitas cobranças. Assim, as crianças se
sentem mais capazes e, portanto, mais confiantes em si mesmas e predispostas a
aprender. Conforme afirma Oliveira (2000, p. 19):
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia,
favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a
não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de
que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e
se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente
a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e
confiável.
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As monitoras afirmaram que sentem insegurança em assumir uma sala logo
que saem da universidade pelo falta de experiência e quando têm contato com a
realidade, percebem que na teoria parece mais fácil, mas no dia a dia não é bem
assim, se aprende o que é correto, mas é na prática que compreendemos que as
dificuldades e a falta de apoio dificultam a aplicação da teoria. Se espelhamos nas
professoras que convivemos durante o ano e isso é muito enriquecedor, pegamos os
aspectos positivos que queremos levar conosco na nossa bagagem e aspectos
algumas vezes negativos por termos outra visão, mas sempre estamos dialogando
visando a uma Educação de qualidade para os nossos pequenos, apesar das
diferentes funções somos todos educadores e trabalhamos em equipe.
O parecer da Direção e Coordenação
Ao recolher os dados essenciais da instituição, tive uma conversa, muito rica,
com a Diretora da escola que respondeu algumas perguntas e me entregou um texto
que relata “A Beleza da Alfabetização” e o passo a passo de como é trabalhada a
Alfabetização na escola.
Ao nascer, um bebê já está inserido num mundo de linguagem que é o de sua
família e o da comunidade. A escola de Educação Infantil Primeiros Passos, o
primeiro núcleo social de nossos pequenos alunos, vai – de forma planejada e
sistemática – ampliar e aprofundar essa linguagem familiar e favorecer a aquisição
da língua materna de modo cada mais rico de possibilidades e nuances. O
vocabulário da criança se amplia de modo vertiginoso e as frases vão se tornando
mais elaboradas. Diálogos estimulados nas rodas de conversa diária exercitam os
relatos e constroem a futura capacidade de argumentação. Com um bom domínio da
língua materna estimulado pela escola, a criança pequena com frequência
surpreende seus familiares com o uso apropriado de palavras e expressões que eles
nem sabiam que eram por ela conhecidas.
Assim que a criança entra na escola, portanto, é iniciado o processo de
alfabetização na forma de comunicação oral. A verbalização é estimulada para
substituir os gestos e balbucios. A musica é instrumento de grande valor porque nos
versos as palavras se encadeiam de forma harmoniosa e ritmada facilitando a
repetição. Os diálogos, contos de histórias, as brincadeiras verbais, como as
parlendas e as poesias também são recursos de estimulo a linguagem verbal.

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Além deles, há as “fichas de leitura”, cartões com imagens claras e simples do que
existem no cotidiano da criança, como brinquedos, utensílios, frutas e pessoas. Uma
por dia são exploradas de forma lenta e lúdica e cada figura da maça, por exemplo,
todos manuseiam e, depois, comem a fruta. Brincam com a bola de verdade que
aparece na figura, sentem a textura do cachorro de pelúcia e falam de experiências
com os seus cachorros de casa. Uma festa!
Essa prática agradável faz a primeira mágica da alfabetização: a criança dá
os primeiros passos na leitura ao parecer que tudo aquilo que é vivido, concreto e
tridimensional ao seu redor também pode ser figurativo. Dezenas de livros Infantis,
repletos de gravuras, são “lidos” anualmente. Por volta dos 5 anos, todas as figuras
que explorou desde sua chegada á escola são apresentadas com seus nomes: “
“maça, “bola”, “cachorro”, etc. Á essa altura, a criança já aprendeu a identificar o seu
próprio nome escrito e descobre que as coisas também tem nomes que podem ser
escritos. E assim foi dado o segundo e valioso passo na aquisição da leitura: tudo o
que está no mundo pode ser figurativo e também pode ser simbólico. O nome é o
símbolo da coisa. E a leitura nada mais é do que decodificação de símbolos
conhecidos.
E tudo isso acontece em meio a brincadeiras e experiências pessoais
compartilhadas com os amigos.
E quanto á escrita? Até os 5 anos a criança não usa um lápis de escrever nem entra
em contato com a folha de papel pautada. Mas também se prepara para isso desde
sua chegada á escola. Todo um programa de coordenação motora habilita a criança
a adquirir equilíbrio, força, direção, noções de ordenação e localização espacial. São
brincadeiras propostas para amplos espaços e que envolvem todo o corpo.
Extremamente lúdicas e movimentadas, essas atividades fazem com que a criança
se desenvolva enquanto se diverte. Os desafios em que tem que caminhar sobre
uma linha traçada no chão e ou sobre uma prancha de madeira vão tornar muito
tranquilo o desafio posterior de “equilibrar” sua escrita numa linha. As corridas de
motoca sobre curvas abertas e fechadas fazem as sinapses básicas para o futuro
movimento do lápis ao escrever.
E as mãos? Mãos e todos os músculos que as reagem devem estar
preparados para fantástica mágica da escrita. Modelar massinhas coloridas,
espremer esponjas fazer bolinhas de papel e outras brincadeiras divertidas

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fortalecem a musculatura e dão força, como os exercícios que o papai e a mamãe
fazem na academia. Jacarés e outros bichos comilões estimulam a repetição do
movimento de pinça – abrir e fechar indicadores e polegares – indispensáveis para
conseguir segurar o lápis. Rasgar papel também serve para isso. E como é gostoso!
Mais tarde a criança vai ganhar uma tesoura sem ponta e o recorte vai aos poucos
ficando mais seguro e bonito. Bordados em talagarça exercitam a capacidade – e a
paciência – de tecer algo maior, ponto por ponto. E quando o trabalho fica pronto e a
criança percebe do que foi capaz, sente muito orgulho e alegria!
Depois de tudo isso, chegamos ao ultimo ano da Educação Infantil: o Pré, o
momento tão ansiado pelas crianças. Vão ganhar um estojo só para eles e cadernos
novinhos! O auge do processo está para acontecer. Mas os pais não precisam ficar
aflitos. Tudo, tudo vai dar certo. Sabe por quê? Porque a aprendizagem está
acontecendo de forma natural, respeitando o desenvolvimento infantil, a natureza e
o ritmo de cada criança. As que fazem aniversário no primeiro semestre tendem a
ser mais rápidas, mas todos chegarão bem sucedidos ao final do processo. E
felizes, com sua autoestima preservada, o que é mais importante.
No ano anterior já aprenderam que as vogais são cinco irmãs que gostam de
brincar com todo mundo. Então elas brincam com as vogais e vão juntando-as
aleatoriamente até que percebem - e esse é o momento mais emocionante – “Tia,
olha! Eu “formei oi”, “E eu formei au! Do cachorro”.
Agora, no Pré, vão aprender que todas as palavras são formadas por pequenos
“pedaços”, as sílabas. É fácil percebê-las, basta repetir a palavra bem devagar,
batendo palmas a cada pedaço da palavra. Quantas palmas, quantas silabas.
Simples assim. E aprendem que as sílabas têm vida e cada uma pertence a uma
família. Como as crianças pertencem ás suas famílias.
Longe de ser mecânico, o processo de alfabetização é extremamente afetivo
porque cada família silábica tem apelo emocional significativo para o mundo infantil.
Elas têm vida como seus personagens preferidos. Passam por alegrias e conflitos e
a boa alfabetizadora aproveita essas histórias para estimular nas crianças os seus
melhores sentimentos.
Na família do “bebê” (ba-be-bi-bo-bu) elas revivem experiências recentes de
seu próprio nascimento e primeiros meses. A família do “macaco” e da “mamãe” tem
histórias ótimas sobre os cuidados das mães com seus filhotes e a necessidade de

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proteção dos animais selvagens em perigo de extinção. A família do “pato” e do
”papai” da origem a histórias divertidas sobre esses personagens. O “h” tem uma
perna só e, por isso, é preciso treinar a solidariedade e ter sempre uma vogal por
peto para ajuda-lo a se equilibrar. E todas vão contar para os amigos suas histórias
com vovó quando forem apresentadas á família do “xale”. Na família do “cavalo”
aconteceu uma coisa chata. Ele deu um coice no e e no i e eles não quiseram mais
brincar. Por isso essa família só tem o “ca-co-cu”. Só vão fazer as pazes mais tarde
e aparecer com outro som. Mas isso é outra história.
Não existe uma cartilha. Nem poderia, já que essas histórias são construídas
por cada turma a cada ano. São histórias significativas na vida daquele grupo em
especial. Mudam, portanto, ano a ano.
Por que a letra cursiva?
As crianças teclam as letras espontaneamente no computador e constatam
que não importa quem esteja ao teclado, o resultado, o resultado na tela é sempre o
mesmo. A letra bastão é igual para todo mundo. É a letra impressa, dos livros e
revistas. São levadas a perceber, então, o valor da letra manuscrita, aquela que elas
fazem com as próprias mãos. É personalizada, não existe igual á outra. A letra
cursiva é um modo de estimular a criança a valorizar a própria identidade e sentir
prazer em deixar um pouquinho de si em cada palavra.
Como esperamos ter deixado aqui um pouco da nossa visão sobre o encanto da
Alfabetização. Um processo longo, afetivo e extremamente belo. Um trabalho
conjunto que enriquece os profissionais e amadurece a criança, levando-a lembrar
de sempre com afeto de sua primeira escola.
Para uma maior clareza do que realmente as escolas esperam do Profissional
da Educação Infantil, e para terminar a nossa conversa fiz duas perguntas: Você
acredita que muitos professores têm dificuldade em estabelecer a teoria vista no
curso superior com a prática em sala de aula? Quais são essas dificuldades? Qual é
o perfil que se espera do Professor de Educação Infantil hoje?
Segundo a Diretora Pedagógica Carminha Tangary e a Psicóloga Vailde
Almeida, o Curso de Pedagogia abrange uma enorme área dentro da Ciência da
Educação. São tantas disciplinas diferentes que é natural que o professor tenha
alguma dificuldade inicial em colocar em prática o que aprendeu, cabe a ele buscar
se aperfeiçoar, cada vez mais, buscando aprimorar seus conhecimentos. Cabe à

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cada instituição escolar ter claro o tipo de profissional mais adequado à sua proposta
educativa e qualificar o professor para trabalhar em sua equipe. Um professor de
Educação Infantil, em primeiro lugar, deve gostar de crianças a ponto de sentir
prazer em sua companhia. Além disso, é preciso ser gentil, acolhedor e paciente e
estimular a criança de modo competente em seus primeiros passos rumo ao
conhecimento, ao desenvolvimento motor, emocional e na criação de valores.
Ser professor no mundo de hoje exige, compromisso, entrega,
aperfeiçoamento constante, várias habilidades do profissional, e o essencial, amar e
gostar de criança pôde notar isso durante as conversas com as professoras, as
auxiliares e com a direção e que todas estavam cientes da importância da busca de
conhecimento constante para poder realizar um ótimo trabalho com as crianças.
Freire deixa claro para nós que o Profissional de Educação deve permanecer no
exercício continuo de formação permanente, atentando para a importância de que a
educação não é um ciclo, tão pouco tem um fim, é um processo contínuo que exige
aprimoramento, dedicação e que a teoria e a prática devem caminhar juntas. O
profissional tem que ter clareza do seu papel que formar é muito mais que
passar/repassar conteúdos, treinar, adestrar o educando é contribuir para a vida
desses pequenos que nos foi entregue, ajudando a compreender o mundo, e que faz
parte do mesmo, a modifica-lo, respeitando o espaço que vive, podendo transformar
suas atitudes a todo o momento procurando forma-lo uma pessoa melhor. Segundo
Freire é necessário uma educação que valorize a humanização:

É nesse sentindo que reinsisto que formar é muito mais do que puramente
treinar o educando no desempenho de destrezas, e por que não dizer
também da quase obstinação com que falo de meu interesse por tudo o que
diz respeito aos homens e mulheres, assunto de que saio e a que volto com
o gosto de quem ele se dá pela primeira vez. Daí a crítica permanentemente
presente em mim à malvadez neoliberal, ao cinismo de sua ideologia
fatalista e a sua recusa inflexível ao sonho e a utopia. (1996, p.6)

CONCLUSÃO
Esse estudo mostrou a importância de conhecer o trabalho do professor de
educação infantil, pois ao longo dos anos com as mudanças decorrentes na
sociedade as experiências na primeira infantil foram vistas com outro olhar.
Conscientes da qualidade de ensino na educação infantil, politicas publicas foram
criadas para atender essas exigências, então as instituições deixaram de
simplesmente cuidar e passaram a educar e a brincar com fundamentos teóricos e

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objetivos a serem alcançados por cada faixa etária visando o desenvolvimento
infantil pleno, respeitando o tempo e as limitações de cada criança. Mas para que
haja uma educação infantil de qualidade é necessário que os profissionais que
atuam na educação infantil, estejam unidos e cientes dos desafios impostos pela
sociedade, dentro do espaço escolar, trocas de experiências contribuem
positivamente na efetivação da aprendizagem, buscar novos métodos, formas de
ensino, cursos, enriquece o profissional e é isso que a sociedade espera dos
profissionais da educação, que sejam polivalentes, reflexivos e conscientes de sua
função educacional-social, devem gostar de crianças e de estar em companhia
delas. Como mediadores do conhecimento os professores devem oferecer um
ambiente que estimule as interações sociais, um ambiente enriquecedor de
imaginação, onde a criança possa atuar de forma autônoma e ativa, brincando, que
além de facilitar às práticas pedagógicas as crianças irão construindo seu próprio
processo de aprendizagem.
Além, disso, os professores que participaram da pesquisa sabem e tem
conscientes da importância da sua formação e qualificação para uma melhor
compreensão do que é o trabalho do educador infantil e o que as instituições
esperam desses profissionais que a relação da teoria e a prática são essenciais para
execução do seu trabalho no dia a dia, mas que muitas vezes são impraticáveis por
falta de apoio, tempo, material, espaço, mas é imprescindível a exclusão do lúdico
na educação infantil, pois os jogos e as brincadeiras são atividades sociais
privilegiadas de interação especifica e fundamental que garantem a interação e
construção do conhecimento da realidade que as crianças vivenciam nas instituições
de ensino, em casa, na comunidade, pois estão sendo sujeito produtor de sua
própria história.
A Educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e se dedicam
diariamente, pois estamos lidando com o ser humano, lindando com sua totalidade,
em seu ambiente, nas suas preferências. Educar é um ato de amor, de entrega ao
outro. Ser educador é muito, mas que passar os conhecimentos, alcançar metas, é
aos poucos criando vinculo com aquele ser que foi entregue a você, tornando
significativas as trocas, ser paciente, acolhedor, saber ouvir, saber ensinar a criança
a lidar com as emoções, com os conflitos, a ter limites, respeitar regras... Somos os
exemplos. As relações estabelecidas entre professora e aluno devem ser de forma

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que a criança se sinta amada, segura, alegre, se sinta valorizada e não mais um. A
educação Infantil assume entre suas responsabilidades a de estimular e
proporcionar relações sociais e desenvolvimento afetivo em parceria com a família.
Os educadores precisam ter em mente qual é o seu papel e o que esperam de seus
alunos e se realmente querem formar cidadãos, pude perceber neste trabalho que
os professores tem a consciência da sua importância no desenvolvimento e na
educação dessas crianças e que todos se empenham e dão o melhor de si para
formar cidadãos críticos/reflexivos empenhados na construção de um mundo mais
humano e melhor para todos .

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