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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL

DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE


CURITIBA – ESTADO DO PARANÁ

PROCESSO Nº: 3333/2017


APELANTE: ATAUNFO SILVA
APELADO: PEDRO NOEL

ATAUNFO SILVA, já qualificado nos autos em referência da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS E MATERIAIS N° 3333/2017, em face de PEDRO NOEL, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado adiante assinado, inconformado com
a respeitável sentença proferida às fls. n° 54, interpor;

RECURSO DE APELAÇÃO

Nos termos do artigo 1.009, 1.013§ 2º e 1014, ambos do Novo Código de Processo Civil e
seguintes, pelas razões anexas, as quais deverão ser recebidas e encaminhadas ao e. Tribunal de
Justiça Do Estado do Paraná.
Por todo o exposto, requer-se o recebimento do presente recurso nos efeitos devolutivo e
suspensivo, com a devida intimação da parte contrária para, querendo, apresente suas
contrarrazões.
Por fim, requer a juntada das guias destinadas ao preparo, porte de remessa e de
retorno, devidamente recolhidas, bem como requer a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de
Justiça.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Curitiba, 04 de maio de 2018
(NOME DO ADVOGADO)
OAB/(UF) N° XXX-XX
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

RAZÕES DE APELAÇÃO
Nº DO PROCESSO: 3333/2017
APELANTE: ATAUNFO
APELADO: PEDRO NOEL

VARA DE ORIGEM: 3ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO


METROPOLITANA DE CURITIBA – ESTADO DO PARANÁ.
COLÊNDA CÂMARA,
EMÉRITOS DESEMBARGADORES.

1 – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

O presente recurso é próprio conforme Art. 1.009, tempestivo, como reza o Art. 1.003,
ambos do Novo Código de Processo Civil, além das partes serem legítimas e estarem devidamente
representadas, portanto, preenchido os pressupostos de admissibilidade.

2 – SÍNTESES DO PROCESSO

Na fática a data de 21 de fevereiro de 2016, ocorrido por volta das 15:50h na cidade de
Curitiba/PR, o Apelante descrito em sua profissão como taxista, conduzia o seu veículo, Siena, ano
2008, cor prata, placa ATA-3380, pela Rua Presidente Taunay, quando, ao cruzar a Rua Padre
Agostinho, sofreu forte impacto na lateral direita de seu veículo.

O abalroamento foi ocasionado pelo veículo RURAL, cor bege, placa DIE-7857, de propriedade do
Apelado, que, de forma totalmente imprudente, avançou o sinal vermelho, conforme o próprio
Boletim de Ocorrência comprovou.

Tal fato causou danos materiais de grande monta ao veículo do Apelante, os quais totalizaram na
importância de R$ 8.000,00 (oito mil reais). Cumpre ainda destacar que o Apelante acabou por
deixar de perceber os R$2.000,00 (dois mil reais) mensais, por 6 meses em decorrência do acidente
com seu veículo.

Ocorre que, devido ao infeliz e importuno acidente, o apelante permaneceu por três meses
hospitalizado, devido aos ferimentos sofridos. Visando ser reembolsado dos valores gastos com o
conserto do veículo e indenizado pelos Danos Morais sofridos em virtude do internamento
hospitalar, a Apelante propôs então perante a Terceira Vara Cível desta Capital (Autos nº
3333/2017) demanda de Indenização por Danos Morais e Materiais em face do Apelado.

Entretanto o MM. Juiz julgou parcialmente procedente a demanda (fls. 45), vez que deferiu apenas
o pedido de indenização pelos Danos Materiais do veículo, indeferindo consequentemente os
valores não recebidos durante os 6 meses e o pedido de Danos Morais por não ter vislumbrado que
o internamento médico ensejasse a ocorrência de Dano Moral.

Enfim, o Apelante por consequência à consistência na dedução dos argumentos pelos quais se
pleiteia a anulação ou reforma da sentença, deseja usufruir deste procedimento de recurso de
apelação para adquirir seu direito e pretensão de forma integral.

3 – RAZÕES PARA REFORMA

a) Em primeiro lugar, a sentença proferida pelo juiz , proposta pelo apelante em face do
apelado, julgando o seu pedido parcialmente procedente, deve ser modificada. Pois o Apelante
pretende adquirir seu direito de forma integral, no que tange à se falar sobre Danos Morais, pois
este ficou seis meses sem perceber o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) decorrentes do acidente
de seu veículo e além do mais ficou no hospital por três meses devido aos ferimentos sofridos.

Compete citar que à este quadro dá-se o ensejo a ocorrência de Dano Moral diante sua internação
hospitalar (médica). Ademais, além disto, suportando-se no art. 927 do Código Civil ;

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.”

O dano moral encontra-se previsto no artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal, cuja dicção
é a seguinte: V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem; X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente da sua violação. Ademais, já não mais se discute sobre a possibilidade de se cumular
indenizações por dano material e dano moral decorrentes do mesmo fato. Trata-se de questão
pacificada pelo enunciado de Súmula nº 37 do Superior Tribunal de Justiça, que diz: “37. São
cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.“. Em nossa
doutrina, resta unânimes a decisão de reparar, como ressalta Wilson de Mello e Silva;

WILSON DE MELLO E SILVA (O Dano Moral e Sua Reparação):


"(...) lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito em seu
patrimônio ideal, entendendo-se patrimônio ideal, em contraposição ao
patrimônio material, o conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível de
valor econômico."

Levemos também em conta nosso pátrio doutrinador Orlando Gomes (Obrigações - 8ª Ed.):

"(...) dano moral é, portanto, o constrangimento que alguém experimenta


em consequência de lesão em direito personalíssimo, ilicitamente
produzido por outrem. (...) Não obstante, prevalece atualmente a doutrina
da ressarcibilidade do dano moral."

E nossa tão conceituada MARIA HELENA (Direito Civil Brasileiro - 7º vol.):

"O dano moral direto consiste na lesão a um interesse que visa a


satisfação ou gozo de um bem jurídico extra-patrimonial contido nos
direitos da personalidade (como a vida, a integridade corporal, etc.)."
(...) “A reparação do dano moral é, em regra, pecuniária, ante a
impossibilidade do exercício do "jus vindictae", visto que ele ofenderia os
princípios da coexistência e da paz social. A reparação em dinheiro viria
neutralizar os sentimentos negativos de mágoa, dor, tristeza e angústia,
pela superveniência de sensações positivas de alegria e satisfação, pois
possibilitaria ao ofendido algum prazer que, em certa medida, poderia
atenuar seu sofrimento. Ter-se-ia, então, como já compensação da dor
com a alegria. ”...“O dano moral pode ser demonstrado por todos os
meios de provas admitidos em direito, inclusive pelas presunções
estabelecidas para determinadas pessoas da família da vítima."

Para que se ilustre, ainda, tem a referencia doutrinaria de Marcus Vinicius rios Gonçalves, que
onde fala sobre o dano moral:

“dano moral: a sua finalidade é compensar a vítima e não punir a conduta


danosa. Daí concluir-se que a reparação não pode ir além da extensão do
dano moral. Se o dano moral é pequeno, a indenização não pode ser
grande, apenas para punir o causador do dano."
Sendo assim, resta aqui esclarecer para com o dano moral, ainda que devido, não deve ser
arbitrado para punir o apelante tendo em vista sua prontidão em colaborar com a apelada. Já
referente ao conteúdo em síntese do processo supracitado, cabe ressaltar a jurisprudência proferida
pelo Superior Tribunal de Justiça:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E MATERIAIS DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRÂNSITO -
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA - PRESUNÇÃO DE VERACIDADE
DA DECLARAÇÃO DE POBREZA - INTELIGÊNCIA DO ART. 99, §3º DO
NCPC - DECISÃO REFORMADA - RECURSO PROVIDO.
(TJPR - 10ª C.Cível - AI - 1671744-5 - Curitiba - Rel.: Domingos Ribeiro da
Fonseca - Unânime - J. 08.02.2018)

Vejamos também;

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.240.014 - PR (2018/0020352-


0)....AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS
MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS. 1. CERCEAMENTO DE DEFESA.
SUFICIÊNCIA DE PROVAS ATESTADA PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS.
LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JULGADOR. INVERSÃO DO
JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. 2. CONCESSIONÁRIA DE
SERVIÇOS PÚBLICOS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA PERANTE
USUÁRIOS. AUSENTE CAUSA EXCLUDENTE DA RESPONSABILIDADE.
DEVER DE INDENIZAR. REVISÃO. SÚMULA 7 DO STJ. 3. AGRAVO
CONHECIDO PARA NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.

Neste caso então, cabe ao Tribunal o qual será redigido este recurso, licitamente “manter a
sentença por seus fundamentos”.

Diante os fatos, sobre o qual fora supracitado o ensejo a ocorrência de Dano Moral cabe citar que a
apelação servirá de recurso para que o juízo possa obter conhecimento da matéria, o artigo Art.
1.013, § 2º do Novo Código de Processo Civil elucida:

“Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria


impugnada.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz
acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento dos demais..”

Neste caso, o qual foi consideravelmente julgado procedente de forma “parcial”, no que tange ao
“capítulo” impugnado na sentença, deve-se haver aprofundamento acerca de temas não enfrentados
pelo juízo a quo.

A devolução, sob esse aspecto, alcançará questões não analisadas e a essas questões e argumentos
comportam amplo exame diante o Tribunal.

Diante dos fatos, estabelecida a existência do nexo de causalidade entre a ação e o resultado
danoso, deve ser imputada ao Apelado a culpa exclusiva pela ocorrência do acidente, que é
semelhante ao exemplo jurisprudencial supracitado.

Além do mais cabe citar o Artigo 28 do Código de Trânsito Brasileiro:

“Art. 28 Código de Trânsito Brasileiro: O condutor deverá, a todo


momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito.”
É relevante o artigo supracitado. Considera-se primordial a atenção no trânsito, para que não haja
consequências como acidentes os quais são sucedidos pela falta de cuidados enfatizados pelo
condutor.

b) Em Segundo lugar, existe uma manifesta violação á lei federal, precisamente aos
artigos 369, do Novo Código de Processo Civil e artigo 5, inciso LV, da Constituição Federal, pois
ante de todo o exposto, é imprescindível aqui destacar, que durante a fase instrutória o MM Juiz
indeferiu o pedido de oitiva da testemunha, Sr. Passos Dias Aguiar, por entender ser desnecessária
a produção de provas pelo Recorrente, sendo essa testemunha, peça chave para a comprovação dos
danos morais, pois representa a única prova acerca do acidente juntada aos autos, sendo a
declaração da testemunha ocular fundamental ao deslinde da causa. Agindo arbitraria e
abusivamente, em total desacordo com a Lei Federal, senão vejamos o teor do artigo 369, do
Código de Processo Civil e do artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal:

“Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem
como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código,
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e
influir eficazmente na convicção do juiz.”

Ademais, a violação do devido processo legal é cristalina, sendo certo que a defesa é garantia
constitucional, com previsão expressa no artigo 5º e inciso LV, da Constituição Federal:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes;”

O princípio acima mencionado, é um princípio que não admite adiamento, sob pena de nulidade
absoluta dos atos praticados após o indeferimento da prova.

Nesse sentido:

“ADMINISTRATIVO. NEGATIVA DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.


PROVA TESTEMUNHAL. CERCEAMENTO DE DEFESA.
NULIDADE. Rejeitada dilação probatória, resulta evidenciado o cerceamento
de defesa. Caracterizada a nulidade da sentença, por cerceamento de defesa,
devem os autos retornar ao juízo de origem, para que a prova seja produzida e
nova sentença seja prolatada”.
“Apelações. Crime de apropriação indébita majorada. Sentença condenatória.
Recurso de ambas as partes. Defesa que alega, preliminarmente, nulidade do
processo por cerceamento de defesa. Magistrado que deliberou pela não oitiva de
testemunhas arroladas na resposta. Inadmissibilidade. O magistrado pode indeferir
a produção de provas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias (artigo 400,
par.1º, do Código de Processo Penal). Exame de pertinência e relevância que
alcança também a prova testemunhal. Mas, quando se tratar de testemunha
tempestivamente arrolada pela parte, o indeferimento de sua oitiva é
excepcional, reclamando um quadro em que se afigure a total irrelevância do
depoimento para o deslinde da causa, sob pena de maltrato ao princípio do
contraditório, com cerceamento de acusação ou defesa. Cenário não
configurado na hipótese. Defesa que, no contexto, tinha o direito subjetivo
processual de ouvir a testemunha. Devido processo legal maltratado. Recurso
provido para anular o processo a partir da dispensa da oitiva das testemunhas,
designando-se data para suas oitivas, seguindo-se o procedimento previsto na lei.
Apelo ministerial prejudicado”.

Por fim, requer a declaração de nulidade da sentença proferida, determinando o retorno dos autos
ao juízo “a quo”, para o exaurimento da fase instrutória, através da oitiva de das testemunhas. Com
efeito, entende o Apelante que a reforma da respeitável sentença é medida que se impõe.

4 – CONCLUSÕES E PEDIDOS

Diante do exposto, requer;

a) Que seja o presente recurso conhecido e provido, anulando-se a sentença ora


combatida, por violação ao que foi pedido, remetendo-se os autos ao primeiro grau de
jurisdição para que a presente demanda possa ser novamente julgada ou, caso assim
não se entenda...

b) Seja intimada a parte contraria, querendo, apresentar resposta no prazo a lei;

c) Requer que seja reformada a sentença, julgando totalmente procedente o pedido


indenizatório formulado pela vítima.

d) Requer, outrossim, seja determinado o conhecimento do recurso ordinário da apelante


para analisar a matéria relativa ao cerceamento de defesa ocorrido na instrução da
causa originária e sustentado naquele recurso. Fazendo isto, essa colenda Câmara
estará renovando seus propósitos de distribuir a tão almejada Justiça.

Neste termos, pede e espera deferimento.

Curitiba, 25 de maio de 2018.

(NOME DO ADVOGADO)
OAB/(UF) N° XXX.XXX

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