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RECURSO DE APELAÇÃO
Nos termos do artigo 1.009, 1.013§ 2º e 1014, ambos do Novo Código de Processo Civil e
seguintes, pelas razões anexas, as quais deverão ser recebidas e encaminhadas ao e. Tribunal de
Justiça Do Estado do Paraná.
Por todo o exposto, requer-se o recebimento do presente recurso nos efeitos devolutivo e
suspensivo, com a devida intimação da parte contrária para, querendo, apresente suas
contrarrazões.
Por fim, requer a juntada das guias destinadas ao preparo, porte de remessa e de
retorno, devidamente recolhidas, bem como requer a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de
Justiça.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Curitiba, 04 de maio de 2018
(NOME DO ADVOGADO)
OAB/(UF) N° XXX-XX
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
RAZÕES DE APELAÇÃO
Nº DO PROCESSO: 3333/2017
APELANTE: ATAUNFO
APELADO: PEDRO NOEL
O presente recurso é próprio conforme Art. 1.009, tempestivo, como reza o Art. 1.003,
ambos do Novo Código de Processo Civil, além das partes serem legítimas e estarem devidamente
representadas, portanto, preenchido os pressupostos de admissibilidade.
2 – SÍNTESES DO PROCESSO
Na fática a data de 21 de fevereiro de 2016, ocorrido por volta das 15:50h na cidade de
Curitiba/PR, o Apelante descrito em sua profissão como taxista, conduzia o seu veículo, Siena, ano
2008, cor prata, placa ATA-3380, pela Rua Presidente Taunay, quando, ao cruzar a Rua Padre
Agostinho, sofreu forte impacto na lateral direita de seu veículo.
O abalroamento foi ocasionado pelo veículo RURAL, cor bege, placa DIE-7857, de propriedade do
Apelado, que, de forma totalmente imprudente, avançou o sinal vermelho, conforme o próprio
Boletim de Ocorrência comprovou.
Tal fato causou danos materiais de grande monta ao veículo do Apelante, os quais totalizaram na
importância de R$ 8.000,00 (oito mil reais). Cumpre ainda destacar que o Apelante acabou por
deixar de perceber os R$2.000,00 (dois mil reais) mensais, por 6 meses em decorrência do acidente
com seu veículo.
Ocorre que, devido ao infeliz e importuno acidente, o apelante permaneceu por três meses
hospitalizado, devido aos ferimentos sofridos. Visando ser reembolsado dos valores gastos com o
conserto do veículo e indenizado pelos Danos Morais sofridos em virtude do internamento
hospitalar, a Apelante propôs então perante a Terceira Vara Cível desta Capital (Autos nº
3333/2017) demanda de Indenização por Danos Morais e Materiais em face do Apelado.
Entretanto o MM. Juiz julgou parcialmente procedente a demanda (fls. 45), vez que deferiu apenas
o pedido de indenização pelos Danos Materiais do veículo, indeferindo consequentemente os
valores não recebidos durante os 6 meses e o pedido de Danos Morais por não ter vislumbrado que
o internamento médico ensejasse a ocorrência de Dano Moral.
Enfim, o Apelante por consequência à consistência na dedução dos argumentos pelos quais se
pleiteia a anulação ou reforma da sentença, deseja usufruir deste procedimento de recurso de
apelação para adquirir seu direito e pretensão de forma integral.
a) Em primeiro lugar, a sentença proferida pelo juiz , proposta pelo apelante em face do
apelado, julgando o seu pedido parcialmente procedente, deve ser modificada. Pois o Apelante
pretende adquirir seu direito de forma integral, no que tange à se falar sobre Danos Morais, pois
este ficou seis meses sem perceber o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) decorrentes do acidente
de seu veículo e além do mais ficou no hospital por três meses devido aos ferimentos sofridos.
Compete citar que à este quadro dá-se o ensejo a ocorrência de Dano Moral diante sua internação
hospitalar (médica). Ademais, além disto, suportando-se no art. 927 do Código Civil ;
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.”
O dano moral encontra-se previsto no artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal, cuja dicção
é a seguinte: V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem; X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente da sua violação. Ademais, já não mais se discute sobre a possibilidade de se cumular
indenizações por dano material e dano moral decorrentes do mesmo fato. Trata-se de questão
pacificada pelo enunciado de Súmula nº 37 do Superior Tribunal de Justiça, que diz: “37. São
cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.“. Em nossa
doutrina, resta unânimes a decisão de reparar, como ressalta Wilson de Mello e Silva;
Levemos também em conta nosso pátrio doutrinador Orlando Gomes (Obrigações - 8ª Ed.):
Para que se ilustre, ainda, tem a referencia doutrinaria de Marcus Vinicius rios Gonçalves, que
onde fala sobre o dano moral:
Vejamos também;
Neste caso então, cabe ao Tribunal o qual será redigido este recurso, licitamente “manter a
sentença por seus fundamentos”.
Diante os fatos, sobre o qual fora supracitado o ensejo a ocorrência de Dano Moral cabe citar que a
apelação servirá de recurso para que o juízo possa obter conhecimento da matéria, o artigo Art.
1.013, § 2º do Novo Código de Processo Civil elucida:
Neste caso, o qual foi consideravelmente julgado procedente de forma “parcial”, no que tange ao
“capítulo” impugnado na sentença, deve-se haver aprofundamento acerca de temas não enfrentados
pelo juízo a quo.
A devolução, sob esse aspecto, alcançará questões não analisadas e a essas questões e argumentos
comportam amplo exame diante o Tribunal.
Diante dos fatos, estabelecida a existência do nexo de causalidade entre a ação e o resultado
danoso, deve ser imputada ao Apelado a culpa exclusiva pela ocorrência do acidente, que é
semelhante ao exemplo jurisprudencial supracitado.
b) Em Segundo lugar, existe uma manifesta violação á lei federal, precisamente aos
artigos 369, do Novo Código de Processo Civil e artigo 5, inciso LV, da Constituição Federal, pois
ante de todo o exposto, é imprescindível aqui destacar, que durante a fase instrutória o MM Juiz
indeferiu o pedido de oitiva da testemunha, Sr. Passos Dias Aguiar, por entender ser desnecessária
a produção de provas pelo Recorrente, sendo essa testemunha, peça chave para a comprovação dos
danos morais, pois representa a única prova acerca do acidente juntada aos autos, sendo a
declaração da testemunha ocular fundamental ao deslinde da causa. Agindo arbitraria e
abusivamente, em total desacordo com a Lei Federal, senão vejamos o teor do artigo 369, do
Código de Processo Civil e do artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal:
“Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem
como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código,
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e
influir eficazmente na convicção do juiz.”
Ademais, a violação do devido processo legal é cristalina, sendo certo que a defesa é garantia
constitucional, com previsão expressa no artigo 5º e inciso LV, da Constituição Federal:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes;”
O princípio acima mencionado, é um princípio que não admite adiamento, sob pena de nulidade
absoluta dos atos praticados após o indeferimento da prova.
Nesse sentido:
Por fim, requer a declaração de nulidade da sentença proferida, determinando o retorno dos autos
ao juízo “a quo”, para o exaurimento da fase instrutória, através da oitiva de das testemunhas. Com
efeito, entende o Apelante que a reforma da respeitável sentença é medida que se impõe.
4 – CONCLUSÕES E PEDIDOS
(NOME DO ADVOGADO)
OAB/(UF) N° XXX.XXX