Вы находитесь на странице: 1из 38

BIOQUÍMICA ORAL - PARTE I

Saliva: Interação entre as estruturas na cavidade oral com os fluidos intraorais


e extraorais.

CAVIDADE ORAL

 Lábios;
 Comissuras;
 Dentes;
 Palato;
 Úvula;
 Língua.

DENTIÇÃO DECÍDUA VS DENTIÇÃO PERMANENTE

 Não tem pré-molares;


 São dentes mais brancos;
 É constituída por 20 dentes.

TECIDOS DUROS - Composição do dente

 Esmalte;
 Junção Amelo-Dentinária (JAD);
 Dentina;
 Cemento / cimento (camada que cobre a raiz).
FUNÇÃO DO ESMALTE

 Função de proteção contra os:


 Agentes químicos (ácidos provenientes da alimentação, do estômago e
ácidos produzidos por bactérias);

 Agentes físicos (escova de dentes, por exemplo porque provoca


abrasão se for muito rija ou usada de forma pouco delicada).

FORMAÇÃO DO ESMALTE – Amelogénese

 Ameloblastos: Células responsáveis pela formação e mineralização da


matriz do esmalte.

 Forma-se cerca de 4 μm de esmalte por dia.

 Estádio secretório: Quando se forma a matriz do esmalte parcialmente


mineralizada pela enzima fosfatase alcalina.

 Estádio de maturação: Quando já temos a matriz do esmalte formada que


depois vai engrossando (formação / produção de cristais)

Processo de Thomes:
Os ameloblastos desenvolvem no polo apical uma curta projeção cónica.
Enzimas responsáveis pela maturação:
 Amelogeninas;
 Ameloblastinas;
 Enamelinas.

 Inicia-se nas cúspides (partes mais elevadas do dente) entre o 3º e 4º


mês de gravidez.

Formação do esmalte  Da JAD para fora


Formação da dentina  Da JAD para dentro

 Os ameloblastos vão produzindo esmalte a partir da JAD para fora.

 Os ameloblastos migram da JAD e desaparecem aquando da erupção


ou seja, quando acaba a formação do esmalte (quando o dente erupciona),
os ameloblastos desaparecem, migrando da JAD para fora.

 O esmalte só pode ser reparado.

 No final da maturação desaparecem as proteínas.

NOTA: Não desaparecem todas as proteínas, até porque se virem nos slides
da página 9, cerca de 3% do peso do esmalte é composto por matéria
orgânica, incluindo proteínas. Desaparecem no final do estádio de maturação
a maioria das proteínas, restando algumas, de entre as quais a fosfatase
alcalina, que parece ter funções para além da mineralização do esmalte.
COMPOSIÇÃO DO ESMALTE

 Tecido mais duro do corpo humano;

 ± 97% de peso mineral  A maior parte do esmalte é mineral (matéria


inorgânica);

 ± 86% do volume mineral;

 De dente para dente a até mesmo dentro do próprio dente, há diferenças na


espessura do esmalte:
 Espessura do esmalte: 0.6 a 2 mm
 Maior espessura nas cúspides
 Menor espessura na zona cervical (colo do dente)

 Mineral de esmalte: Hidroxiapatita (cristais que formam o esmalte);

 Outros componentes: Lípidos, proteínas e água;

O que acontece nos cristais de Hidroxiapatita?

 PRISMAS
 Os cristais de hidroxiapatita estão organizados em prismas e vão da
JAD até ao exterior (superfície) do dente.

 Comprimento: ± espessura do esmalte

 Largura: ± 5 μm

NOTA: Muitos cristais juntos é que dão um prisma.


Hidroxiapatita (HAp): Composto químico inorgânico

Ca10 (PO4)6(OH)2  É a repetição desta molécula que dá a Hidroxiapatita

Os cristais de HAp do esmalte são maiores do que os da dentina.

 Estrias de Retzius;

 Periquimácia (estrias na superfície)

 Cristais do esmalte:
 Interprismáticos – Entre os primas (arranjo menos compacto  Maior
porosidade ou seja, há mais espaços vazios entre os prismas e os
líquidos passam com maior facilidade)

 Intraprismáticos – Dentro dos prismas (arranjo muito compacto)

 Favo de mel: Estrutura mais saliente devido ao ataque dos ácidos que faz
com que os cristais interprismáticos desapareçam porque são os que estão
menos agarrados.

Estrutura do favo de mel: cabeça + cauda


 Poros preenchidos com matriz orgânica que pode desaparecer com os
ataques ácidos.

 Dimensão dos poros: ± 0 a 10 nm

 A porosidade determina as propriedades mecânicas e óticas do esmalte:

 Quando maior a porosidade  Maior a solubilidade (mais dissolução


pelos ácidos)
 Quanto maior a porosidade  Maior a opacidade (aspecto mais branco)
 Quanto maior a porosidade  Maior o desgaste

Início de 1 cárie: Tem 1 aspecto branco porque por baixo saíram cristais e onde
estavam esses cristais ficou ar e deixou de ter o aspecto de vidro, passando a
ter aspecto baço devido à porosidade do esmalte.

ESMALTE APRISMÁTICO

 Não tem prismas;

 Esmalte mais à superfície;

 Camada exterior (até 100 μm de espessura);

 Cristais paralelos uns aos outros e perpendiculares à superfície  por isso


não estão organizados em prismas;

 Maior grau de mineralização (é mais resistente que o prismático);


 Menor porosidade que o prismático;

 É menos solúvel  Mais resistente (mas como é mais fininho, passados


uns anos, desaparece)

DEFEITOS NO ESMALTE

 Defeitos na superfície:
 “Focal holes” (são pequenos buracos que acabam por ficar escuros
com a pigmentação com a idade);
 “Caps”;
 Hipoplasias (alterações na formação do esmalte)

HIPOPLASIAS DE ESMALTE

Causas: Traumas, alterações genéticas

 Quando existem estas alterações nos molares definitivos é muito


complicado porque são crianças que sofrem bastante com sensibilidade
dentária e são dentes muito difíceis de tratar porque como o esmalte é de
muito má qualidade, as resinas compostas não agarram bem neste esmalte e
passado pouco tempo acabam por cair.

FUNÇÃO DA DENTINA

 É a infraestrutura, pois:
 Forma o corpo do dente;
 Abriga a polpa

FORMAÇÃO DA DENTINA

 Odontoblastos
 Células responsáveis pela formação e manutenção da dentina;
 Situam-se perto da polpa;
 Formam pré-dentina que tem matriz colagénio (por isso é que a dentina
tem alguma elasticidade)

 Maturação
 Mineralização (calcificação) a partir de centros de calcificação.

 Os cristais vão crescendo à volta da matriz do colagénio.

Constituição dos odontoblastos:


 Citoplasma onde se dá a secreção pré-colagénio e outras substâncias;

 Prolongamentos nos túbulos dentinários (pequenos canais que


existem no interior da dentina. Por isso é que temos sensibilidade
dentária na dentina)

Após a formação do dente:


 Amelosblastos desaparecem;
 Odontoblastos permanecem (enquanto houver vitalidade no dente)

Ou seja:
 O esmalte só se forma enquanto estiverem lá os ameloblastos (só até à
erupção dentária)
 A dentina pode-se ir formando mesmo depois da erupção dentária porque
estão lá os odontoblastos;

 Quando um dente está desvitalizado não se forma mais dentina porque o


dente deixa de ter vida.

 Depois da formação da dentina inicial há alterações pós-eruptivas:

NOTA: Até à erupção do dente forma-se dentina primária

 Alterações pós-eruptivas fisiológicas (alterações normais – processo de


envelhecimento)
 Forma-se dentina secundaria / transparente

 Alterações pós-eruptivas patológicas (processo de doença – cárie e


desgaste)
 Forma-se dentina terciária / esclerótica

COMPOSIÇÃO DA DENTINA

 Mais parecido com o osso (“tecido vivo”);

 ± 70 % peso mineral (matéria inorgânica);

 ± 50% volume mineral;

 Mineral: Hidroxiapatita;

 Outros:
 Colagénio (17%)
 Água (12%)
 Material orgânico

A dentina tem menos material inorgânico (mineral) do que o esmalte.

 TÚBULOS
 Na JAD os túbulos são mais estreitos (têm menor diâmetro);

 Os túbulos vão alargando para a polpa, onde são mais largos (têm
maior diâmetro perto da polpa);

 Ramificações na JAD;

 Elevada porosidade

 À medida que se aproxima do nervo há mais sensibilidade porque o


diâmetro dos túbulos é maior e todos os líquidos (frio, quente) vão chegar mais
depressa à polpa.

Túbulos da dentina:
 Peritubular = Intratubular = Periluminal – Dentro dos tubos
(tem menos Cálcio, maior carbonato HAp e maior dureza)  Tem maior
resistência à desmineralização, do que a dentina intertubular.

 Intertubular – Entre os tubos


ESMALTE VS DENTINA

Na dentina:

 Maior permeabilidade devido à estrutura tubular;

 Maior difusão – A passagem de líquidos na dentina é superior à passagem


de líquidos no esmalte porque o esmalte não tem a estrutura tubular que a
dentina tem;

 Capacidade de reação a estímulos – Se colocarmos 1 broca no esmalte


não sentimos dor, ao contrário da dentina, onde existem os prolongamentos
dos odontoblastos que fazem com que haja sensibilidade na dentina;

 Capacidade de regeneração – A dentina consegue reparar-se


independentemente de existirem meios que o permitam o não, desde que o
tecido esteja vivo;

 Menor adesão dos materiais restaurativos (resinas compostas) – O


ataque ácido é muito mais eficaz no esmalte do que na dentina devido à
sua diferente morfologia;

 Obliteração (calcificação) – A capacidade de regeneração nem sempre é


boa. Neste caso, depois de um dente ter sofrido um trauma profundo ou
devido a uma cárie, o canal radicular fica mais estreito, devido à formação
de dentina terciária à volta do canal como uma resposta de defesa do nosso
organismo, ficando com o aspecto de um fiozinho. Na eventualidade de se
fazer uma endodontia tem que se alargar esse canal fechado por
obliteração. Neste caso, o dente está: atrésico / obliterado / calcificado.
 Maior sensibilidade na dentina devido a:
 Inervação;

 Capilaridade – Movimentação/ Deslocação do líquido dentro dos canais


(túbulos dentinários)

 Para haver sensibilidade:


 Ou há 1 transmissão da sensibilidade para o prolongamento do
odontoblasto;
 Ou basta haver 1 movimentação dos líquidos dentro dos canais que o
prolongamento do odontoblasto sente esse movimento e por vezes é
transmitido ao nervo da polpa como 1 sensação de dor.

FUNÇÃO DA POLPA

 Formação do dente;

 Assegura a vitalidade (reage a estímulos porque tem nervos e vasos


sanguíneos)

COMPOSIÇÃO DA POLPA

 Câmara pulpar e canais radiculares;

 Tecido conjuntivo especializado vascularizado (vasos sanguíneos) e


inervado (nervos) – daí a sensibilidade
COMPOSIÇÃO DA POLPA

A  Zona odontoblástica – onde estão os odontoblastos


B  Zona subodontoblástica (zona de Weil) – zona abaixo dos odontoblastos
(quase não tem células)
C  Zona rica em células – outro tipo de células
D  Núcleo pulpar (centro)

Células da polpa:
1. Odontoblastos (só existem na polpa do dente)

FUNÇÃO DO PERIODONTO

 Inserção do dente no osso maxilar;

 Conservar a superfície mucosa mastigatória.


COMPOSIÇÃO DO PERIODONTO

Periodonto – Conjunto dos tecidos:


1. Cemento / cimento
2. Ligamento periodontal
3. Osso alveolar
4. Gengivas

GLÂNDULAS SALIVARES – Anatomia

 Glândulas Major
 Gl. Parótida (2);
 Gl. Sublingual (1);
 Gl. Submandibular (2).

 Glândulas Minor
 Palatinas (no palato);
 Labiais (nos lábios);
 Bucais (nas bochechas);
 Linguais (na língua).
LÍNGUA

 Funções
 Mastigação;
 Deglutição;
 Fala;
 Paladar;

 Estruturas
 Papilas linguais:
o Fungiformes;
o Foliáceas / Foliadas;
o Circunvaladas;
o Filiformes.

 Glândulas

 Glândulas de Von Ebner – Encontram-se sob as papilas foliáceas e


circunvaladas. Produzem saliva lingual que estimula o paladar.

parte posterior  amargo e ácido


parte anterior  salgado e doce

FUNÇÃO DAS GLÂNDULAS SALIVARES

 Produção e secreção de saliva;

 São glândulas de secreção externa (exócrinas)

 Túbulo-acinosas:
 Ácinos – Onde se forma a saliva;
 Sistema tubular – Troca de iões com os vasos sanguíneos faz com que
a saliva altere a sua composição sendo que já não é igual à que se
formou no ácino;
 Ductos excretores.

SALIVA

 Fluido aquoso, transparente que é secretado pelas glândulas salivares


diretamente na cavidade oral.

 Principais constituintes
 Enzimas (ou proteínas);
 Minerais;
 Proteínas.

NOTA: Todas as enzimas são proteínas mas nem todas as proteínas são
enzimas.

 Tipos de saliva
 Serosa (parecida à água);
 Seromucosa;
 Mucosa

Os tipos de saliva dependem de:


 Glândula secretora;
 Conteúdo de proteínas (quanto mais proteínas existirem na saliva, mais
mucosa / viscosa / densa ela é)

Glândula Tipo de saliva Viscosidade


MAJOR
Parótida Serosa Baixa
Submandibular Seromucosa Média
Sublingual Mucosa Alta

MINOR
Palatinas Seromucosa Média
Labiais Mucosa Alta
Bucais Seromucosa Média
Linguais Serosa / Mucosa Baixa / Alta

FUNÇÕES DA SALIVA

 Tamponamento – Capacidade que a saliva tem de neutralizar os ácidos;

 Lubrificação;

 Remineralização – Reparar os tecidos. Quando há 1 ataque ácido saem


minerais de Hidroxiapatita. Esses minerais podem ser reparados através de
certos minerais existentes na saliva como o cálcio e o fosfato;

 Ação antibacteriana;
 Ação antifúngica;

 Ação antiviral;

 Digestão
 Decomposição
 Bolo alimentar
 Paladar

DISFUNÇÃO DAS GLÂNDULAS SALIVARES

 Xerostomia – Insuficiente secreção salivar (síndrome da boca seca) que


leva a:
 Boca seca;
 Alterações no paladar;
 Dificuldade na mastigação e na deglutição;
 Dificuldade na fala;
 Mucosas sensíveis;
 Mais cáries e desgaste erosivo.

 Halitose – Mau hálito devido à falta de saliva

FENÓMENOS INTRA-ORAIS
(Interação entre as estruturas dentárias, as mucosas e a saliva)

 Cárie dentária

 Desgaste dentário
Processos comuns à cárie e ao desgaste dentário:
 Desmineralização – Ataques ácidos à superfície do dente;

 Mineralização – Reparação do estrago que foi feito.

pH crítico da HAp = 5.5


pH crítico da FAp = 4.5

pH < pH crítico HAp  Desmineralização

CÁRIE DENTÁRIA

Cárie: Desmineralização do dente pelos ácidos que as bactérias produzem.

Cavitação: Formação de cárie mais avançada.

DESGASTE DENTÁRIO

 São fenómenos não cariosos que levam à perda irreversível de tecido


dentário superficial

Fenómenos Causa
Atrição (Bruxismo) dente - dente
Mastigação dente - alimentos - dente
Abfração forças oclusais
Abrasão objetos (escova de dentes)
Erosão ácidos (de origem não bacteriana)
EROSÃO DENTÁRIA

 Desmineralização (perda de tecidos dentários) provocada por ácidos de


origem não bacteriana

 Cupping

ETIOLOGIA

Forma Causa / Origem


Alimentação (Coca-Cola, vinagre...), medicamentos (AAS,
Extrínseca
medicação da asma) e ambiente
Intrínseca GORD e vómito frequente
Idiopática Não se consegue ver a origem

FACTORES QUE INFLUENCIAM A EROSÃO EXTRÍNSECA

 Composição do fluido erosivo


 Concentração de cálcio, fosfato e flúor;
 Grau de acidez (baixo pH  mais erosivo  maior o estrago);
 Capacidade tampão – Quantidade de saliva necessária adicionar a 1
bebida para neutralizar o ácido. Quanto > C.T de 1 bebida, mais saliva
tem que se adicionar para ela não fazer mal aos dentes.

Ou seja:

 Todos o fatores influenciam o potencial erosivo das bebidas:


 Ca, PO4, F
 pH
 Capacidade tampão (CT)
Exemplos:
 Sumo de maçã
pH sumo de maçã = 3.4
pH coca-cola = 2.3

 O sumo de maçã é mais erosivo que a coca-cola porque a CT do sumo de


maçã é maior que a CT da coca-cola.

 Iogurte
É ácido mas contém muito Ca e PO4 (que reparam os danos que o ácido fez),
daí o baixo potencial erosivo.

FATORES QUE INFLUENCIAM A EROSÃO INTRÍNSECA

 GORD – Refluxo gastro esofágico

Diagnóstico:

 O esófago liga o estômago à cavidade oral e tem 2 válvulas: 1 no interior (à


saída do estômago e 1 superior (antes da boca). Se houver 1 problema com 1
das 2 válvulas há GORD.
 Problema na válvula inferior: O ácido gástrico anda para cima e para
baixo mas não chega à boca;
 Problema na válvula superior: O ácido gástrico é expelido e portanto,
já chega à boca, atacando o esmalte e a dentina, causando a erosão
dentária.

 Saliva – é importante para neutralizar o ácido que vem à boca.


 Concentração de Ca e PO4;
 Capacidade tampão (capacidade de neutralizar ácidos);
o Bicabornato (elevado fluxo salivar)
o Fosfato (baixo fluxo salivar)

 Película aderida – Proteínas que existem na saliva que formam 1


camada da superfície dos dentes. Esta camada evita o contacto direto
com os ácidos na superfície dos dentes e faz com que haja 1 barreira
que protege os dentes, tanto para a cárie como para a erosão dentária.

 Ataque ácido
 Frequência;
 Duração (quanto mais tempo o ácido permanece na boca, pior é)
BIOQUÍMICA ORAL – PARTE II

ALTERAÇÃO DENTÁRIA – FATORES

 Fatores biológicos
 Saliva;
o Quantidade de saliva que cada um produz
o C.T. da saliva (quanto maior, melhor)
 Movimento dos tecidos moles (Se houver desmineralização, o esmalte
fica mais fraco e a língua tem a capacidade de desgastar esse esmalte
poroso);
 Película aderida (barreira protetora na superfície dos dentes e das
mucosas);
 Estrutura e anatomia do dente.

 Fatores químicos (da alimentação)


 pH;
 C.T. do fluido (quanto maior, pior)
 Tipo de ácido;
 Adesão (quanto maior, mais estrago)
 Ca, P e F.

 Fatores comportamentais
 Comida;
 Hábitos de bebida (álcool);
 Escovação dos dentes;
 Comida e bebida ácidas;
 Alimentação noturna (biberão);
 Drogas;
 Ocupação;
 Vómito.

 Outros fatores
 Conhecimento;
 Educação;
 Estatuto sócio – económico;
 Hábitos;
 Saúde em geral.

DESIQUILÍBRIO

 Quando há um equilíbrio entre a remineralização e a desmineralização não


há problemas;
 Quando existe um desequilíbrio entre desmineralização e remineralização
existem problemas porque já não se consegue compensar o estrago.

Problemas do desequilíbrio:
o Cárie dentária;
o Desgaste dentário erosivo.

FENÓMENOS INTRA-ORAIS

pH crítico: pH abaixo do qual se dá a desmineralização.

pH crítico HAp = 5.5


pH crítico FAp = 4.5
 O esmalte dentário é constituído por Hidroxiapatita. Quando o pH é < 5,5, a
HAp dissolve-se devido à cárie dentária e quando é ainda mais baixo devido à
erosão ácida.
Se existir presença de flúor na boca, este liga-se à HAp formando FAp que é
mais resistente por ser menos solúvel pelos ácidos bacterianos e/ou outros
ácidos de origem não bacterianos. Ou seja, se tivermos FAp, ainda
aguentamos um pH mais baixo (4,5) sem haver estrago algum. Para além de
se ligar à HAp, o F também evita a desmineralização desta quando presente na
cavidade oral, devido à formação de depósitos de fluoreto de cálcio.

 Teoricamente, abaixo de 4.5 haveria sempre desmineralização, na ausência


de cálcio, fosfato ou flúor.

 pH = 5.5 – Não há desmineralização

 pH muito ácido = erosão


 pH ácido = formação de cárie
 pH alcalino = formação de tártaro

CÁRIES

 Cárie na fissura;
 Cárie cavitada;
 White spot (início de 1 cárie);
 Cárie radicular;
 Cárie coronária.

DESGASTE EROSIVO
Cupping: Na cúspide mesio - vestibular aparece o 1º sinal.

SITUAÇÃO DE 1 DENTE SAUDÁVEL

 Não há porosidade significativa nos cristais porque é uma estrutura íntegra.

DESMINERALIZAÇÃO

Devido a:
 Ácidos exógenos (bebidas);
 Ácidos endógenos (provenientes do estômago – GORD);
 Ácidos cariogénicos (produzidos por bactérias).

TIPOS DE DESMINERALIZAÇÃO
 Cárie
 Quando há 1 lesão por cárie há a formação de 1 lesão na subsuperfície
(profundidade) onde se acumula a placa bacteriana e vão saindo iões de
Ca, OH e PO4 (e podem sair mais uns iões do que outros);
 Processo lento que se vai formando da superfície para o interior (lesão
em profundidade).

 Erosão
 É uma lesão de superfície;
 Toda a superfície perde a sua estrutura (perda de iões Ca, OH, PO 4);
 A 1ª camada que é erudida desaparece e já não volta mais e a camada
que ficou por baixo tem falhas ou seja, é porosa;
 Neste caso não é possível repor o que já se perdeu e só se pode travar.
A remineralização nestas situação é para evitar que haja mais desgaste
mas não repõe o que já se perdeu.

Softened lawe

NOTA: Tanto na cárie como na erosão a origem dos ácidos é diferente logo, a
lesão é também diferente.
O QUE FAZER?

 Parar;
 Perceber quais os fatores associados ao paciente;
 Pensar na dimensão do problema (de onde vem - etiologia);
 Fazer o exame clínico, observar o paciente com o auxílio dos materiais;
 Pensar em estratégias para resolver o problema;
 Antes de fazer o plano, fazer o diagnóstico.

DIAGONÓSTICO

Primeiros sinais:
 Perda de periquimácias (ondinhas nos dentes);
 Brilho;
 Lesão do passado  Por exemplo, pessoa que bebeu coca-cola
durante anos numa determinada altura da sua vida;
 Sem brilho (opacidade)
 Lesão ativa  Quando há erosão visível
 Desgaste / cupping (cúspide MV M inf.);
 Perda de contornos definidos;
 Sombras na dentina (lesões de cárie, manchas).

REGISTO
(evolução)
 Índice de desgaste dos dentes Smith e Knight;
 Índice de Lussi;

 BEWE (Exame do índice de desgaste de erosão básica)


 Simples;
 Clínica / Modelos;
 Reavaliação de resultados anteriores;
 Monitorização e estratégias preventivas.

Soma da pontuação Gravidade do esmalte Gestão

Manutenção da rotina
≤2 nenhuma
BEWE com 3 anos de intervalo

Concelho: Atenção à dieta e à higiene oral


3a8 baixa
BEWE com 2 anos de intervalo

Fluoretação, evitar restaurações


9 a 13 media Fotografias e study casts
BEWE entre 6 a 12 meses de intervalo

Restaurações de progressão severa


≥ 14 alta
BEWE entre 6 a 12 meses de interlavo

PREVENÇÃO

 É melhor do que a cura;


 Evita a fase da restauração;
 É importante perceber a origem da lesão, trava-a e só em último caso, ir
para a fase da intervenção com as restaurações.

QUESTIONÁRIO

Perguntas:
 Saúde geral;
 Medicação;
 Consumo de bebidas / alimentos erosivos;
 Higiene oral.

ALIMENTAÇÃO

 Diário com registo de hábitos;


 Evitar a combinação de snacks com bebidas ácidas, devido ao açúcar que
provocam cárie e devido ao ácido que provocam o desgaste;
 Diminuir a frequência de refrigerantes;
 Diminuir o tempo de consumo (em ralação à erosão é mais importante
porque quanto mais tempo os ácidos estiverem na boca, maior é o estrago);
 Evitar ingerir alimentos/bebidas ácidas antes de deitar;
 Evitar alimentos erosivos 1 hora antes de escovar os dentes;
 Bochechar com água ou leite após ingestão de alimentos ou medicamentos
ácidos.

PALHINHAS

 Diminuem o contacto entre líquidos e dentes (colocada na face posterior


dos incisivos);
 “Gulping” (golos maiores) menos prejudicial do que a palhinha.

Palhinhas: Diminuem o diâmetro  Aumentam a velocidade (dos líquidos) 


Aumentam a perda de tecidos (se colocadas entre os incisivos)
HIGIENE ORAL

 Não escovar dentro de 1 hora após ingestão de alimentos erosivos;


 Usar uma escova de dureza média e pasta dentífrica pouco abrasiva;
 Adaptar o método de escovagem: posicionamento da escova e sequência
de quadrantes.

ESCOVAGEM

“Estudos in vitro demonstraram que escovar após um ataque erosivo resulta


em maior desgaste.”

“Esperar para escovar após ataque erosivo resulta em menos desgaste devido
a remineralização da softened – layer mas remineralização completa só se
obtém entre 4 a 6 horas.”

FUNÇÃO SALIVAR

A saliva não estimulada provoca alterações em:


 Fluxo;
 pH;
 Capacidade tampão;
 Proteínas;
 Ureia;
 Electrólitos (Na, K, Cl, Ca, PO43-).
PARAFUNÇÕES

 Ranger os dentes;
 Roer a caneta.

DOENÇAS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

 Anorexia;
 Bulimia.

 Nestes casos deve-se reencaminhar o paciente para os especialistas.

REMINERALIZAÇÃO

OH-
 Ião muito semelhante em termos de carga (ou seja, a nível químico) ao ião
F- . Por essa razão, o F- consegue facilmente substituir os iões OH- na
estrutura da Hidroxiapatita. O F- vai entrar nos sítios onde saiu OH-, não vai
substituir o Ca e o PO4.

HAp REMINERALIZADA  FAp

 Quando o F- entra na estrutura da HAp.


 Alguns OH- ainda lá estão. Os que saíram são substituídos pelo F-

SISTEMAS DE REMINERALIZAÇÃO

 Flúor
 Elemento químico;
o Nr atómico 9;
o Massa atómica 19;
o Halogénio mais abundante da crosta terrestre;
o Mais eletronegativo e reativo de todos os elementos da T.P;
o F- forma ionizada;
 [F-] na água do mar ± 1.3 ppm;
 Forma cristalina mais abundante é o flureto de cálcio (CaF2);
 Reage com elementos menos eletronegativos;
 Na natureza está associado a Ca, P, Al e silicatos;
 Encontra-se nos alimentos (chá, legumes e raízes);
 Pode ser adicionado à água da torneira e na medicação.

MECANISMO DE AÇÃO DO FLUOR

 Redução da solubilidade do esmalte e da dentina (faz com que o esmalte e


a dentina sejam resistentes aos ácidos porque se incorpora nas suas
estruturas cristalinas  Incorporação de F- nos cristais de HAp);

 Promoção de remineralização e inibição da desmineralização;

 Inibição da glicólise (metabolização de carboidratos fermentáveis pelas


bactérias cariogénicas).
HAp REMINERALIZADA  FAp

 Incorporação do F- na HAp formando a FAp

TIPOS DE FLUOR

 Sistémico (entra no nosso organismo e espalha-se na circulação)


 Águas;
 Medicação.

 Tópico
 Pasta;
 Colutórios (elixir ou líquido de bochecho), etc.

FLUORETAÇÃO DE ÁGUAS E MEDICAÇÃO

 Flúor adicionado na água;


 Flúor em pastilhas para as crianças mastigarem.

NOTA: FLÚOR EM EXCESSO É TÓXICO!  Provoca Fluorose


FLUORETAÇÃO EM ÁGUAS

 Iniciou-se nos anos 40


 Comum nos EUA, Canadá e Brasil;
 Pouco comum na Europa (exceção da Suíça, Irlanda e Reino Unido);
 Não utilizado em Portugal.

 Alternativas em Portugal
 Água escolar;
 Leite fluoretado.

FÓRMULAS QUÍMICAS CONTENDO F-

NaF  Fluoreto de sódio


Na2FPO3  Monofluorofosfato de sódio
C27H60F2N2O3  Fluoreto de amina
SnF2  Fluoreto de estanho

GRÁFICO DA PÁG. 34

 Basta baixar meio valor de pH (5.5  5.0) e adicionarmos flúor para termos
menos desmineralização;
 À medida que incorporamos F- na HAp com que temos na saliva
biodisponível, há menos probabilidade de termos desmineralização.

FORMAS DE APRESANTAÇÃO DO FLÚOR


 Pastas dentífricas (mais comum);
 Colutórios (elixir/líquido de bochecho);
 Vernizes (para uso exclusivo no consultório);
 Cremes / gel de aplicação tópica.

CONCENTRAÇÕES DE FLÚOR
(de maior relevância)

Formas e apresentação Concentração de flúor


1450 - 1500 ppm (+ utilizadas)
Pastas dentífricas
5000 ppm ( para índice de cárie mt elevado)

250 ppm
Colutórios
500 - 1500 ppm

Vernizes 1000 - 5000 ppm

FOSFATO DE CÁLCIO AMORFO


ACP (Fosfato de cálcio amorfo / ACFP (ACP com flúor)

 Sais de cálcio;
 Sais de fosfato.

Os primeiros produtos que foram desenvolvidos tinham 1 problema:


Elevada solubilidade e baixa estabilidade com aplicações frequentes
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE ACP E ACFP

 Pastas dentífricas;
 Colutórios;
 Saliva artificial (sprays, colutórios);
 Pastilhas elásticas;
 Cremes de aplicação tópica.

DERIVADOS DA CASEÍNA

 CPP: Fosfopetídeo de caseína


 Estabiliza elevadas concentrações de Ca e PO4

Nanocomplexos CPP – ACP ou CPP – ACFP  Como o ACP é muito instável,


foi adicionado o CPP. Desta forma, o Ca e o F estão disponíveis para atuar.

 Aumenta a biodisponibilidade de Ca e PO4


 Degradação enzimática CPP aumenta o pH da placa

RESUMINDO...
 O CPP atua:
 Ao nível da remineralização;
 Ao nível da placa bacteriana.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO do CPP – ACP e CPP – ACFP

 Pastas dentífricas;
 Pastilhas elásticas;
 Cremes de aplicação tópica.
OUTROS SISTEMAS

 Aumentam a biodisponibilidade de cálcio e fosfato combinados com flúor.

CONCLUSÃO

A higiene oral e a alimentação são os fatores mais importantes para que a


nossa estrutura dentária não se altere.

Вам также может понравиться