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NOV 2005 PROJETO 03:017.

05-004
Dispositivos de manobra e comando
de baixa tensão - Parte 1 Regras
gerais
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
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Endereço eletrônico:
03 :017.05-004 Low-voltage switchgear and controlgear - Part 1: General
www.abnt.org.br requirements
Descriptors: Switchgear. Controlgear
Copyright © 2005 Esta Norma é equivalente à IEC 60947-1:2004
ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas
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Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados

Palavras-chave: Comando. Manobra 147 páginas

Sumário

Prefácio nacional
1 Generalidades....................................................................................................................................................................4
1.1 Objetivo e campo de aplicação....................................................................................................................................4
1.2 Referências normativas................................................................................................................................................5
2 Definições....................................................................................................................................................................... ....6
2.1Termos gerais...............................................................................................................................................................11
2.2 Dispositivos de manobra..............................................................................................................................................13
2.3 Partes de dispositivos de manobra..............................................................................................................................16
2.4 Operação de dispositivos de manobra........................................................................................................................19
2.5 Valores característicos................................................................................................................................................23
2.6 Ensaios.......................................................................................................................................................................31
3 Classificação............................................................................................................................................................ ........31
4 Características..................................................................................................................................................................32
4.1 Generalidades.............................................................................................................................................................33
4.2 Tipo de equipamento...................................................................................................................................................33
4.3 Valores nominais e valores limites para o circuito principal........................................................................................33
4.4 Categoria de utilização................................................................................................................................................37
4.5 Circuitos de comando.................................................................................................................................................38
4.6 Circuitos auxiliares......................................................................................................................................................38
4.7 Relés e disparadores..................................................................................................................................................38
4.8 Coordenação com os dispositivos de proteção contra curto-circuito (DPCC)............................................................38
4.9 Sobretensões de manobra.........................................................................................................................................39
5 Informações do produto....................................................................................................................................................39
5.1 Natureza das informações..........................................................................................................................................39
5.2 Marcação....................................................................................................................................................................39
5.3 Instruções para instalação, para operação e para manutenção.................................................................................40
6 Condições normais de serviço, de montagem e de transporte............................................................................... .........40
6.1 Condições normais de serviço....................................................................................................................................40
6.2 Condições durante o transporte e a armazenagem...................................................................................................41
6.3 Montagem...................................................................................................................................................................42
7 Requisitos de construção e de desempenho....................................................................................................................42
7.1 Requisitos de construção............................................................................................................................................42
7.2 Requisitos de desempenho.........................................................................................................................................47
7.3 Compatibilidade eletromagnética (EMC)....................................................................................................................52
8 Ensaios.............................................................................................................................................................................53
2 PROJETO 03:017.05-004:2005

8.1 Tipos de ensaios........................................................................................................................................................53


8.2 Conformidade com requisitos de construção.............................................................................................................54
8.3 Desempenho..............................................................................................................................................................58
8.4 Ensaios para EMC......................................................................................................................................................73

Anexo A (informativo) Exemplos de categorias de utilização de dispositivos de manobra e comando de baixa tensão....103
Anexo B (informativo) Conformidade do equipamento quando as condições de operação em serviço deferem das
condições normais................................................................................................................................................................105
Anexo C (normativo) Graus de proteção do equipamento com invólucro............................................................................106
Anexo D (informativo) Exemplos de bornes.........................................................................................................................112
Anexo E (informativo) Descrição de um método para ajustar o circuito de carga...............................................................119
Anexo F (informativo) Determinação do fator de potência ou da constante de tempo de um curto-circuito........................121
Anexo G (informativo) Medição das distâncias de isolação e de escoamento....................................................................122
Anexo H (informativo) Correlação entre a tensão nominal de alimentação e a tensão de impulso suportável nominal
do equipamento....................................................................................................................................................................128
Anexo J (informativo) Itens sujeitos a acordo entre o fabricante e o usiário........................................................................131
Anexo L (normativo) Marcação dos bornes e número de distinção.....................................................................................132
Anexo M (normativo) Ensaio de flamabilidade.....................................................................................................................137
Anexo N (normativo) Requisitos e ensaios para equipamentos com separação de proteção.............................................139
Anexo O (informativo) Aspectos ambientais........................................................................................................................142
Anexo P (informativo) Borne-olhal para dispositivos de manobra e comando de baixa tensão conectados a
condutores de cobre............................................................................................................................................................147

Figura 1 - Equipamento de ensaio para o ensaio de flexão ( ver 8.2.4.3 e Tabela 5)..........................................................87
Figura 2 - Gabarito de forma A e de forma B (ver 8.2.4.5.2 e Tabela 7)...............................................................................87
Figura 3 - Esquema de ensaio para verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção
de um equipamento unipolar em corrente alternada monofásica ou em corrente contínua (ver 8.3.3.5.2)..........................88
Figura 4 - Esquema de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção
de um equipamento bipolar em corrente alternada monofásico ou corrente contínua (ver 8.3.3.5.2)...................................89
Figura 5 - Esquema ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção
de um equipamento tripolar (ver 8.3.3.5.2)............................................................................................................................90
Figura 6 - Esquema de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção
de um equipamento tetrapolar (ver 8.3.3.5.2)........................................................................................................................91
Figura 7 - Representação esquemática da tensão de restabelecimento entre os
contatos da primeira fase que se interrompe nas condições ideais (ver 8.3.3.5.2, alinea e))...............................................92
Figura 8a - Esquema de um método de ajuste do circuito de carga onde o ponto estrela
do lado da carga é ligado aterra.............................................................................................................................................93
Figura 8b - Esquema de um método de ajuste do circuito de carga: ponto estrela do lado carga ligado a terra..................94
Figura 9 - Esquema de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção em
curto-circuito de um equipamento unipolar em corrente alternada monofásica ou em corrente contínua (ver8.3.4.1.2)......95
Figura 10 - Esquema de circuito de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção
em curto-circuito de um equipamento bipolar(ver 8.3.4.1.2)..................................................................................................96
Figura 11 - Esquema de circuito de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção
em curto-circuito de um equipamento tripolar (ver 8.3.4.1.2).................................................................................................97
Figura 12 - Esquema de circuito de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção
em curto-circuito de um equipamento tetrapolar (ver 8.3.4.1.2)............................................................................................98
Figura 13 - Exemplo de registros de ensaio de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito
em um equipamento unipolar em circuito monofásico em corrente alternada (ver 8.3.4.1.8)...............................................99
Figura 14 - Verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito em
corrente contínua (ver 8.3.4.1.8)..........................................................................................................................................100
Figura 15 - Determinação da corrente de interrupção presumida quando a primeira calibração
do circuito de ensaio for realizada a uma corrente inferior que a capacidade
de interrupção nominal (ver 8.3.4.1.8, alinea b))..................................................................................................................101
Figura 16 - Ensaio de força do atuador (ver 8.2.5.2.1 e Tabela 17)....................................................................................102
Figura C.1 - Códigos IP........................................................................................................................................................109
Figura D.1 - Bornes de aperto sob a cabeça do parafuso...................................................................................................112
Figura D.2 - Bornes com furo...............................................................................................................................................113
Figura D.3 - Bornes com parafuso filetado...........................................................................................................................114
Figura D.4 - Bornes tipo placa de aperto.............................................................................................................................115
Figura D.5 - Bornes para olhal e barras...............................................................................................................................116
Figura D.6 - Bornes com porca de cabeça...........................................................................................................................117
Figura D.7 - Bornes tipo sem parafuso.................................................................................................................................118
Figura E.1 - Determinação do valor real do fator γ...............................................................................................................120
Figura G.1 - Medição das nervuras......................................................................................................................................123
Figura G.2 - Distância de escaomento entre os isolantes fixo e móvel dos suportes dos contatos....................................123
Figura M.1 - Montagem para ensaio de ignição com fio quente..........................................................................................137
Figura M.2 - Circuito para ensaio de ignição por arco.........................................................................................................138
Figura O.1 – Aspectos ambientais relativos ao ciclo de vida dos produtos.........................................................................144
Figura P.1 – Dimensões.......................................................................................................................................................147

Tabela 1 - Seções transversais normalizadas de condutores redondos de cobre e correspondência aproximada


PROJETO 03:017.05-004:2005 3

entre mm2 e AWG/kcmil (ver 7.1.7.2)....................................................................................................................................74


Tabela 2 - Limites de elevação de temperatura dos bornes (ver 7.2.2.1 e 8.3.3.3.4)............................................................74
Tabela 3 - Limites de elevação de temperatura das partes acessíveis (ver 7.2.2.2 e 8.3.3.3.4)...........................................75
Tabela 4 - Torques de aperto para a verificação da resistência mecânica dos bornes com parafuso
(ver 8.3.2.1, 8.2.6, e 8.2.6.2)..................................................................................................................................................76
Tabela 5 - Valores de ensaio para os ensaios de flexão e de tração dos condutores redondos de cobre ( ver8.2.4.4.1)....77
Tabela 6 - Valores de ensaio para os ensaios de tração para condutores planos de cobre (ver 8.2.4.4.2)..........................77
Tabela 7 - Seções máximas dos condutores e gabaritos correspondentes (ver 8.2.4.5.1)...................................................78
Tabela 8 - Tolerâncias para os valores de ensaio (ver 8.3.4.3 alinea a))..............................................................................78
Tabela 9 - Tabela 9 - Condutores de ensaio de cobre para correntes de ensaio inferiores ou iguais a
400 A* (ver 8.3.3.3.4).............................................................................................................................................................79
Tabela 10 - Condutores de ensaio de cobre para correntes de ensaio superiores a 400 A
e não ultrapassando a 800 A * (ver 8.3.3.3.4).......................................................................................................................79
Tabela 11 - Barras de ensaio de cobre para corrente de ensaio superiores a 400 A e não
ultrapassando a 3 150 A (ver 8.3.3.3.4).................................................................................................................................80
Tabela 12 - Tensões de ensaio de impulso suportável..........................................................................................................81
Tabela 12A - Tensão de ensaio dielétrico em função da tensão de isolamento nominal......................................................81
Tabela 13 - Distâncias mínimas de isolamento no ar............................................................................................................82
Tabela 14 - Tensões de ensaio através dos contatos abertos dos equipamentos aptos ao seccionamento........................82
Tabela 15 - Distâncias mínimas de escoamento...................................................................................................................83
Tabela 16 - Valores dos fatores de potência e das constantes de tempos correspondentes às correntes
de ensaio e a relação n entre o valor de pico e o valor eficaz da corrente (ver 8.3.4.3, alínea a)) .......................................84
Tabela 17 - Limites da força de ensaio sobre o atuador de comando para os tipos de atuadores (ver 8.2.5.2.1)................84
Tabela 20 - Valores de ensaio de tração sobre os eletrodutos (ver 8.2.7.1).........................................................................84
Tabela 21 - Valores de ensaio de flexão nos eletrodutos (ver 8.2.7.2).................................................................................85
Tabela 22 - Valores de ensaio de torção nos eletrodutos (ver 8.2.7.1 e 8.2.7.3)..................................................................85
Tabela 23 - Ensaio para EMC – Imunidade (ver 8.4.1.2).......................................................................................................85
Tabela 24 - Critérios de aceitação quando as perturbações eletromagnéticas estão presentes...........................................86
Tabela H.1 - Correspondência entre a tensão nominal do sistema de alimentação e a tensão de
impulso suportável nominal do equipamento, no caso de proteção de sobretensão por supressores
de surtos conforme a IEC 60099-1......................................................................................................................................129
Tabela M.1 - Características de IFQ e IA.............................................................................................................................138
Tabela P.1 - Exemplos de bornes -olhais para dispositivos de manobra e comando de baixa
tensão conectados a condutores de cobre..........................................................................................................................147
4 PROJETO 03:017.05-004:2005

Prefácio nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Nacional
entre os associados da ABNT e demais interessados.

1 Generalidades
O propósito desta Norma é harmonizar, até onde praticável, todas as regras e requisitos de natureza geral aplicável a
dispositivos de manobra e comando de baixa tensão, para obter uniformidade de requisitos e de ensaios ao longo da
familia correspondente de equipamentos e evitar a necessidade de ensaiar em normas diferentes.

Todas as partes das várias normas de equipamentos que podem ser consideradas como gerais foram, então, reunidas
nesta Norma, junto com assuntos específicos de amplo interesse e aplicação, por exemplo, elevação de temperatura,
propriedades dielétricas, etc.

Para cada tipo de dispositivode manobra e comando de baixa tensão, somente dois documentos principais são
necessários para determinar todos os requisitos e os ensaios:

1) esta Norma básica, chamada como “Parte 1” nas normas específicas que cobrem os vários tipos de dispositivos de
manobra e comando de baixa tensão;

2) a norma de equipamento correspondente, em seguida chamada como “norma de produto correspondente” ou “norma
de produto”.

Para que uma regra geral se aplique a uma norma de produto específico, ela será explicitamente referida na última,
mencionando o número da seção ou subseção correspondente desta Norma seguido por “Parte 1”, por exemplo “7.2.3 da
ABNT NBR IEC 60947-1(Projeto 03:017.05-004)”.

Uma norma de produto específico pode não requerer, e consequentemente pode omitir, uma regra geral (como não sendo
aplicável), ou pode adicionar a isto (se considerado inadequado no caso particular), mas não pode divergir disto, a menos
que haja uma justificativa técnica significativa.

NOTA As normas de produto que fazem parte da série de normas da IEC que cobrem dispositivos de manobra e comando de baixa
tensão são:

60947-2: Parte 2: Disjuntores

60947-3: Parte 3: Interruptores, seccionadores, interruptores -seccionadores e unidades combinadas de dispositivos-


fusíveis

60947-4: Parte 4 Contatores e partidas de motores

60947-5: Parte 5: Dispositivos e elementos de comutação para circuitos de comando

60947-6: Parte 6: Equipamentos de função múltipla

60947-7: Parte 7: Equipamentos acessórios

1.1 Objetivo e campo de aplicação


Esta Norma aplica-se, quando requerida pela norma de produto correspondente, a dispositivosde manobra e comando
daqui para frente chamado como “equipamento” e destinado para ser conectado a circuitos onde a tensão nominal não
exceda 1 000 V c.a. ou 1 500 V c.c.

Não se aplica a conjuntos de manobra e controle de baixa tensão que são tratados na ABNT NBR IEC 60439.

NOTA Em certas seções ou subs eções desta Norma, o equipamento coberto por esta Norma é também chamado como “dispositivo”,
para ser consistente com o texto de tais seções ou subseções.

O objetivo desta Norma é fixar aquelas regras e requisitos gerais que são comuns a equipamento de baixa-tensão, como
definido em 1.1, incluindo por exemplo:

- as definições;
- as características;
- asinformações fornecidas com o equipamento;
- as condições normais de serviço, de montagem e de transporte;
- os requisitos de construção e de desempenho;
- a verificação de características e de desempenho.
PROJETO 03:017.05-004:2005 5

1.2 Referências normativas


A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ABNT NBR IEC 60050(826):1997, Vocabulário eletrotécnico internacional - Capítulo 826: Instalações elétricas em
edificações

ABNT NBR IEC 60269-1:2003, Dispositivos -fusíveis de baixa tensão - Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR IEC 60269-2:2003, Dispositivos-fusíveis de baixa tensão - Parte 2: Requisitos adicionais para dispositivo-
fusível para uso por pessoas autorizadas (dispositivos -fusíveis principalmente para aplicação industrial)

ABNT NBR IEC 60439-1:2003, Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão - Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo
totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA)

ABNT NBR IEC 60529:2005, Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP)

ABNT NBR IEC 60695-2-10:2005 (Projeto 03:023.02-070), Ensaio relativo ao risco de fogo - parte 2-10 métodos de ensaio
de fio incandescente - aparelhagem e método geral de ensaio

ABNT NBR IEC 60695-2-11:2005 (Projeto 03:023.02-071), Ensaio relativo ao risco de fogo - parte 2-11 - ensaio de fio
incandescente - aparelho e método de ensaio

ABNT NBR CISPR 11:1995, Limites e métodos de medição de características de perturbação eletromagnética em
radiofreqüência de equipamentos industriais, científicos e médicos (ISM)

IEC 60050(151):2001, International Electrotechnical Vocabulary (IEV) - Chapter 151: Electrical and magnetic devices

IEC 60050(441):1984, International Electrotechnical Vocabulary (IEV) - Chapter 441: Switchgear, controlgear and fuses
Amendment 1 (2000)
IEC 60050(604):1987, International Electrotechnical Vocabulary (IEV) - Chapter 604: Generation, transmission and
distribution of electricity – Operation
Amendment 1 (1998)
IEC 60060, High-voltage test techniques

IEC 60068-2-78:2001, Environmental testing - Part 2-78: Tests - Test Cab: Damp heat, steady state

IEC 60071-1:1993, Insulation co-ordination - Part 1: Definitions, principles and rules

IEC 60073:2002, Basic and safety principles for man-machine interface, marking and identification – Coding principles for
indicators and actuators

IEC 60085:1984, Thermal evaluation and classification of electrical insulation

IEC 60112:2003, Method for the determination of the proof and the comparative tracking indices of solid insulating
materials

IEC 60216, Guide for the determination of thermal endurance properties of electrical insulating materials

IEC 60364-4-44:2001, Electrical installations of buildings - Part 4-44: Protection for safety – Protection against voltage
disturbances and electromagnetic disturbances

Amendment 1 (2003)

IEC 60417-DB:2002 1, Graphical symbols for use on equipment

IEC 60445:1999, Basic and safety principles for man-machine interface, marking and identification – Identification of
equipment terminals and of terminations of certain designated conductors, including general rules of an alphanumeric
system

IEC 60447:1993, Man-machine interface (MM) - Actuating principles

IEC 60617-DB:2001 1, Graphical symbols for diagrams

IEC 60664-1:1992, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems - Part 1: Principles, requirements and
tests - Basic safety publication

Amendment 1 (2000)

Amendment 2 (2002)

IEC 60695-2-2:1991, Fire hazard testing - Part 2: Test methods – Section 2: Needle-flame test

Amendment 1 (1994)

IEC 60695-11-10:1999, Fire hazard testing - Part 11-10: Test flames – 50 W horizontal and vertical flame test methods
6 PROJETO 03:017.05-004:2005

IEC 60947-5-1:1997, Low-voltage switchgear and controlgear - Part 5-1: Control circuit devices and switching elements -
Electromechanical control circuit devices

Amendment 1 (1999)

Amendment 2 (1999)

IEC 60981:1989, Extra-heavy duty rigid steel conduits for electrical installations

IEC 61000-3-2:2000, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3-2: Limits – Limits for harmonic current emissions
(equipment input current ≤16 A per phase)

IEC 61000-3-3:1994, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 3: Limits – Section 3: Limitation of voltage fluctuations
and flicker in low-voltage supply systems for equipment with rated current ≤16 A

Amendment 1 (2001)

IEC 61000-4-2:1995, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4: Testing and measurement techniques - Section 2:
Electrostatic discharge immunity test - Basic EMC publication

Amendment 1 (1998)

Amendment 2 (2000)

IEC 61000-4-3:2002, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4-3: Testing and measurement techniques - Radiated,
radio-frequency, electromagnetic field immunity test

Amendment 1:2002

IEC 61000-4-4:1995, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4: Testing and measurement techniques – Section 4 -
Electrical test transient/burst immunity test - Basic EMC publication

Amendment 1 (2000)

Amendment 2 (2001)

IEC 61000-4-5:1995, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4: Testing and measurement techniques - Section 5:
Surge immunity tests

Amendment 1 (2000)

IEC 61000-4-6:1996, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4: Testing and measurement techniques - Section 6:
Immunity to conducted disturbances, induced by radio-frequency fields

Amendment 1 (2000)

IEC 61000-4-8:1993, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4: Testing and measurement techniques - Section 8:
Power frequency magnetic field immunity test – Basic EMC Publication

Amendment 1 (2000)

IEC 61000-4-11:1994, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4: Testing and measurement techniques - Section 11:
Voltage dips, short interruptions and voltage variations immunity tests

Amendment 1 (2000)

IEC 61000-4-13:2002, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4-13: Testing and measurement techniques – Harmonics
and interharmonics including mains signalling at a.c. power ports, low-frequency immunity tests

IEC 61140:2001, Protection against electric shock – Common aspects for installation and equipment

2 Definições
NOTA 1 A maior parte das definições listadas nesta seção foram extraídas da IEV (IEC 60050) sem alterações. Quando este for o caso, a
referência da IEV é dada entre colchetes, com o título (o primeiro grupo de 3 números indica a referência do capítulo da IEV).

Quando uma definição da IEV é modificada, a referência IEV não é indicada com o título, mas em uma nota explicativa.

Índice alfabético de definições

NOTA 2 A lista alfabética das características (nominais ou não) e dos símbolos estão indicados na seção 4.

Referência Página
A
auxiliar automático de comando 2.2.18 15
atuador 2.3.17 18
B
PROJETO 03:017.05-004:2005 7

borne 2.3.22 18
borne-parafuso 2.3.23 18
borne sem parafuso 2.3.24 19
botão de comando 2.2.19 15
C
campo homogêneo (uniforme) 2.5.62 31
campo não homogêneo (não uniforme) 2.5.63 31
capacidade de estabelecimento (de um dispositivo de manobra) 2.5.13 25
capacidade de estabelecimento em curto-circuito 2.5.15 25
capacidade de interrupção (de um dispositivo de manobra ou de um dispositivo-fusível) 2.5.12 24
capacidade de interrupção em curto-circuito 2.5.14 25
característica de limitação de corrente 2.5.21 26
característica tempo-corrente 2.5.20 25
características nominais 2.5.4 23
categoria de sobretensão (de um circuito ou dentro de um sistema elétrico) 2.5.60 30
categoria de utilização (para um dispositivo de manobra ou um dispositivo-fusível) 2.1.18 13
chave de partida 2.2.15 15
choque elétrico 2.1.20 13
ciclo de operação (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.2 19
circuito auxiliar (de um dispositivo de manobra) 2.3.4 16
circuito de comando (de um dispositivo de manobra) 2.3.3 16
circuito principal (de um dispositivo de manobra) 2.3.2 16
comando automático 2.4.5 19
comando local 2.4.6 20
comando manual 2.4.4 19
comando remoto 2.4.7 20
condutor de proteção (símbolo PE) 2.1.14 12
condutor não preparado 2.3.26 19
condutor neutro (símbolo N) 2.1.15 13
condutor preparado 2.3.27 19
conector 2.2.20 16
contato (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.3.5 16
contato "a" – contato de estabelecimento 2.3.12 17
contato "b"– contato de interrupção 2.3.13 17
contato auxiliar 2.3.10 17
contato de arco 2.3.8 17
contato de comando 2.3.9 17
contato principal 2.3.7 17
contator (mecânico) 2.2.12 15
contator a semicondutor (contator de estado sólido) 2.2.13 15
contator auxiliar 2.2.14 15
coordenação da isolação 2.5.61 30
coordenação para proteção contra sobrecorrentes dos dispositivos de proteção de 2.5.22 26
sobrecorrente
corrente convencional de disparo (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente) 2.5.31 27
corrente convencional de não-disparo (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente) 2.5.30 27
corrente de ajuste (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente ou sobrecarga) 2.4.37 23
corrente de carga crítica 2.5.16 25
8 PROJETO 03:017.05-004:2005

corrente de curta duração admissível 2.5.27 26

corrente de curto-circuito 2.1.6 11

corrente de curto-circuito condicional (de um circuito ou de um dispositivo de manobra) 2.5.29 26


corrente de curto-circuito crítica 2.5.17 25
corrente de estabelecimento presumida (para um pólo de um dispositivo de manobra) 2.5.9 24
corrente de interrupção (de um dispositivo de manobra ou de um dispositivo-fusível) 2.5.11 24
corrente de interrupção presumida (para um pólo do dispositivo de manobra ou um dispositivo- 2.5.10 24
fusível)
corrente de intersecção 2.5.25 26
corrente de operação (de um relé ou um disparador de sobrecorrente) 2.4.36 23
corrente de pico admissível 2.5.28 26
corrente de pico presumida 2.5.6 24
corrente de sobrecarga 2.1.8 12
corrente interrompida limitada 2.5.19 25
corrente presumida (de um circuito e relativa a um dispositivo de manobra ou um dispositivo- 2.5.5 23
fusível)
corrente simétrica presumida (de um circuito c.a.) 2.5.7 24
curso (de um dispositivo de manobra mecânica ou parte dele) 2.4.19 21
curto-circuito 2.1.5 11
D
disjuntor 2.2.11 14
disparador (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.3.15 18
disparador em derivação 2.4.33 22
disparo (operação) 2.4.22 21
dispositivo de anti-bombeamento 2.3.20 18
dispositivo de comando (para circuitos auxiliares e de comando) 2.2.17 15
dispositivo de intertravamento 2.3.21 18
dispositivo de manobra 2.2.1 13
dispositivo de manobra a semicondutor 2.2.3 13
dispositivo de manobra mecânica 2.2.2 13
dispositivo de manobra mecânica com disparo livre 2.4.23 21
dispositivo de proteção contra curto-circuito 2.2.21 16
dispositivo-fusível 2.2.4 14
dispositivo indicador de posição 2.3.18 18
dispositivo para circuito de comando 2.2.16 15
distância de escoamento 2.5.51 29
distância de isolação 2.5.46 29
distância de isolação à terra 2.5.48 29
distância de isolação entre contatos abertos (espaçamento) 2.5.49 29
distância de isolação entre pólos 2.5.47 29
distância de seccionamento (de um pólo de um dispositivo de manobra mecânica) 2.5.50 29
E
elemento fusível 2.2.6 14
ensaio de amostragem 2.6.3 31
ensaio de rotina 2.6.2 31
ensaio de tipo 2.6.1 31
ensaio especial 2.6.4 31
equipamentos de comando 2.1.3 11
PROJETO 03:017.05-004:2005 9

equipamentos de manobra 2.1.2 11


equipamentos de manobra e comando 2.1.1 11
F
faixa de corrente de ajuste (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente ou de sobrecarga) 2.4.38 23
força de atuação (momento) 2.4.17 21
força de restabelecimento (momento) 2.4.18 21
fusível 2.2.5 14
G
grau de poluição (das condições ambientais) 2.5.58 30
I
indicador luminoso 2.3.19 18
índice de resistência ao trilhamento 2.5.65 31
2
Integral de Joule (I t) 2.5.18 25
interruptor (mecânico) 2.2.9 14
interruptor auxiliar (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.3.11 17
interruptor-seccionador 2.2.10 14
invólucro 2.1.16 13
invólucro integrado 2.1.17 13

M
máxima corrente de pico presumida (de um circuito c.a.) 2.5.8 24
micro ambiente (de uma distância de escoamento ou de isolação) 2.5.59 30
O
operação (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.1 19
operação de abertura (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.9 20
operação de abertura positiva (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.10 20
operação de fechamento (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.8 20
operação de força independente (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.16 21
operação dependente de energia (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.13 20
operação efetuada positivamente 2.4.11 20
operação manual dependente (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.12 20
operação manual independente (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.15 21
operação por energia armazenada (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.14 20
P
parte condutora 2.1.10 12
parte condutora estranha 2.1.12 12
parte condutora exposta 2.1.11 12
parte viva 2.1.13 12
peça de contato 2.3.6 17
pico da tensão de arco (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.5.38 28
pólo de um dispositivo de manobra 2.3.1 16
poluição 2.5.57 30
posição aberto (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.21 21
posição fechada (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.20 21
proteção de retaguarda 2.5.24 26
protetor contra surtos 2.2.22 16
R
relé (elétrico) 2.3.14 17
10 PROJETO 03:017.05-004:2005

relé ou disparador de corrente reversa (somente para c.c.) 2.4.35 23


relé ou disparador de sobrecarga 2.4.30 22
relé ou disparador de sobrecorrente 2.4.25 22
relé ou disparador de sobrecorrente com tempo de retardo definido 2.4.26 22
relé ou disparador de sobrecorrente com tempo de retardo inverso 2.4.27 22
relé ou disparador de subtensão 2.4.34 23
relé ou disparador direto de sobrecorrente 2.4.28 22
relé ou disparador indireto de sobrecorrente 2.4.29 20
relé ou disparador instantâneo 2.4.24 22
relé ou disparador magnético de sobrecarga 2.4.32 22
relé ou disparador térmico de sobrecarga 2.4.31 22
retardo de curta duração 2.5.26 26
S
seccionador 2.2.8 14
seccionamento (função de) 2.1.19 13
seletividade de sobrecorrente 2.5.23 26
seqüência de operação (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.4.3 19
sistema de atuação (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.3.16 18
sobrecarga 2.1.7 12
sobrecorrente 2.1.4 11
sobretensão de faiscamento 2.5.54.2 30
sobretensão de funcionamento 2.5.54.3 30
sobretensão de manobra 2.5.54.1 29
sobretensão temporária 2.5.53 29
sobretensões transitórias 2.5.54 29
T
temperatura ambiente 2.1.9 12
tempo de abertura (de um dispositivo de manobra mecânica) 2.5.39 28
tempo de arco (de um dispositivo de manobra multipolar) 2.5.41 28
tempo de arco (de um pólo ou de um dispositivo-fusível) 2.5.40 28
tempo de estabelecimento 2.5.43 28
tempo de estabelecimento-interrupção 2.5.45 28
tempo de fechamento 2.5.44 28
tempo de interrupção 2.5.42 28
tensão aplicada (para um dispositivo de manobra) 2.5.32 27
tensão de impulso suportável 2.5.55 30
tensão de restabelecimento 2.5.33 27
tensão de restabelecimento à freqüência industrial 2.5.35 27
tensão de restabelecimento em c.c. em regime estabilizado 2.5.36 27
tensão de trabalho 2.5.52 29
tensão suportável à freqüência industrial 2.5.56 30
tensão transitória de restabelecimento (abreviação TTR) 2.5.34 27
tensão transitória de restabelecimento presumida (de um circuito) 2.5.37 27
trilhamento 2.5.64 31
U
unidade de aperto 2.3.25 19
unidade de combinação-dispositivo-fusível 2.2.7 14
PROJETO 03:017.05-004:2005 11

V
valor de designação 2.5.1 23
valor limite 2.5.2 23
valor nominal 2.5.3 23

2.1 Termos gerais

2.1.1
equipamentosde manobra e comando

termo geral aplicável aos dispositivos de manobra e suas combinações com equipamentos de comando, de medição, de
proteção e de ajuste associados, também às montagens de tais dispositivos e equipamentos com interligações,
acessórios, invólucros e estruturas de suporte associados

[441-11-01]

2.1.2
equipamentos de manobra

termo geral aplicável aos dispositivos de manobra e as suas combinações com equipamentos de comando, de medição,
de proteção e de ajuste associados, também às montagens de tais dispositivos e equipamentos com interligações,
acessórios, invólucros, estruturas de suporte associados, destinados, em princípio, à utilização nas áreas de geração, de
transmissão, de distribuição e de conversão de energia elétrica

[441-11-02]

2.1.3
equipamentosde comando

termo geral aplicável aos dispositivos de manobra e suas combinações com equipamentos de comando, de medição, de
proteção e de ajuste associados, também às montagens de tais dispositivos e equipamentos com interligações ,
acessórios, invólucros e estruturas de suporte associados, destinados, em princípio, ao comando de equipamentos que
consomem energia elétrica

[441-11-03]

2.1.4
sobrecorrente

corrente superior à corrente nominal

[441-11-06]

2.1.5
curto-circuito

caminho condutor acidental ou intencional, entre duas ou mais partes condutoras, impondo as diferenças de potencial
elétrico entre estas partes condutoras nulas ou próximas de zero

[151-12-04]

2.1.6
corrente de curto-circuito

sobrecorrente resultante de um curto-circuito devido a uma falha ou uma ligação incorreta em um circuito elétrico

[441-11-07]

2.1.7
sobrecarga

condições de operação em um circuito eletricamente sem defeito, que causa uma sobrecorrente

[441-11-08]

2.1.8
corrente de sobrecarga

sobrecorrente que ocorre em um circuito eletricamente sem defeito


12 PROJETO 03:017.05-004:2005

2.1.9
temperatura ambiente

temperatura determinada sob condições prescritas do ar que envolve a totalidade do dispositivo de manobra ou
dispositivo-fusível

[441-11-13]

NOTA Para dispositivos de manobra ou dispositivos -fusíveis instalados em invólucros, é a temperatura do ar externo ao invólucro.

2.1.10
parte condutora

parte capaz de conduzir corrente, embora possa não ser necessariamente utilizada para condução da corrente em serviço

[441-11-09]

2.1.11
parte condutora exposta

parte condutora que pode facilmente ser tocada e que normalmente não está sob tensão, mas que pode vir a ficar sob
tensão em condições de falha

[441-11-10]

NOTA Tipicamente, as partes condutoras expostas são paredes dos invólucros, manoplas de operação etc.

2.1.12
parte condutora estranha

parte condutora que não faz parte da instalação elétrica e responsável pela introdução de um potencial, geralmente o
potencial de terra

[826-03-03]

2.1.13
parte viva

condutor ou parte condutora destinada a ser energizada em uso normal, incluindo condutor neutro mas, por convenção,
não um condutor PEN

[826-03-01]

NOTA Este termo não necessariamente implica em um risco de choque elétrico.

2.1.14
condutor de proteção (símbolo PE)

condutor requerido por certas medidas de proteção contra choques elétricos para ligações elétricas de algumas das
partes abaixo:

- partes condutoras expostas,

- partes condutoras estranhas,

- borne de aterramento principal,

- eletrodo de terra,

- ponto de aterramento da alimentação ou neutro artificial

[826-04-05]

2.1.15
condutor neutro (símbolo N)

condutor conectado ao ponto neutro de um sistema, capaz de contribuir para a transmissão de energia elétrica

[826-01-03]

NOTA Em alguns casos, as funções do condutor neutro e do condutor de proteção podem ser combinadas, sob condições especificadas,
em um e no mesmo condutor designado como condutor PEN

[Símbolo PEN].
PROJETO 03:017.05-004:2005 13

2.1.16
invólucro

parte que provê um grau de proteção especificado de equipamento contra certas influências externas e um grau de
proteção especificado contra aproximação ou contato com partes vivas ou com partes móveis

NOTA Esta definição é similar ao IEV 441-13-01, a qual se aplica a conjuntos montados.

2.1.17
invólucro integrado

invólucro formando parte integrante do equipamento

2.1.18
categoria de utilização (para um dispositivo de manobra ou um dispositivo-fusível)

conjunto de requisitos especificados relativos às condições em que os dispositivos de manobra ou os dispositivos-fusíveis


cumprem suas funções, selecionados para representar um grupo característico de aplicações práticas

[441-17-19]

NOTA Os requisitos especificados podem conter, por exemplo, os valores das capacidades de estabelecimento (se aplicável), das
capacidades de interrupção e de outras características, os circuitos associados e as condições relevantes de uso e comportamento.

2.1.19
seccionamento (função de ) , checar tradução

função destinada a cortar a alimentação de toda ou de uma parte da instalação, pela separação da instalação ou parte
desta de toda alimentação de energia elétrica, por razões de segurança.

2.1.20
choque elétrico

efeito fisiológico resultante da passagem de uma corrente elétrica pelo corpo humano ou de um animal

[826-03-04]

2.2 Dispositivos de manobra

2.2.1
dispositivo de manobra

dispositivo projetado para estabelecer ou para interromper a corrente em um ou mais circuitos elétricos

[441-14-01]

NOTA Um dispositivo de manobra pode realizar uma ou as duas funções

2.2.2
dispositivo de manobra mecânica

dispositivo de manobra projetado para abrir e fechar um ou mais circuitos elétricos por meio de contatos separáveis

[441-14-02]

NOTA Qualquer dispositivo de manobra mecânica pode ser projetado de acordo com o meio no qual seus contatos abrem e fecham, por
ex.: ar, SF6, óleo.

2.2.3
dispositivo de manobra a semicondutor

dispositivo de manobra projetado para estabelecer e/ou interromper a corrente em um circuito elétrico por meio docontrole
da condutividade de um semicondutor

NOTA Esta definição difere da IEV 441-14-03 pois um dispositivo de manobra a semicondutor é também projetado para interromper a
corrente.

2.2.4
dispositivo-fusível

dispositivo que, pela fusão de um ou mais de seus componentes especificamente projetados e calibrados, abre o circuito
em que está inserido, pela interrupção da corrente quando esta excede a um dado valor por um tempo suficiente. O
dispositivo-fusível compreende todas as partes que formam o dispositivo completo
14 PROJETO 03:017.05-004:2005

[441-18-01]

2.2.5
fusível

parte de um dispositivo-fusível (incluindo o(s) elemento(s) fusível(is)) destinado a ser substituído após a operação do
dispositivo-fusível

[441-18-09]

2.2.6
elemento fusível

parte do fusível projetado para fundir-se sob a ação de uma corrente que ultrapassa um valor determinado durante um
intervalo de tempo definido

[441-18-08]

2.2.7
unidade de combinação-dispositivo-fusível

combinação de um dispositivo de manobra mecânica e um ou mais dispositivos-fusíveis em uma unidade composta,


montada pelo fabricante ou conforme suas instruções

[ 441-14-04]

2.2.8
seccionador

dispositivo de manobra mecânica que, na posição aberto, atende aos requisitos especificados para a função de isolação

NOTA Esta definição difere da IEV 441-14-05 pois os requisitos para função de isolação não são baseados somente na distância de
isolação.

2.2.9
interruptor (mecânico)

dispositivo de manobra mecânica capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais do
circuito, que pode incluir condições especificadas de sobrecargas em serviço, assim como conduzir por tempo
determinado correntes em condições anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito

[441-14-10]

NOTA Um interruptor pode ser capaz de estabelecer mas não interromper correntes de curto-circuito.

2.2.10
interruptor-seccionador

interruptor que, na posição aberto, atende aos requisitos de isolação especificados para um seccionador

[441-14-12]

2.2.11
disjuntor

dispositivo de manobra mecânica, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais do
circuito, assim como estabelecer, conduzir por um tempo especificado e interromper correntes em condições anormais
especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito

[441-14-20]

2.2.12
contator (mecânico)

dispositivo de manobra mecânica que tem somente uma posição de repouso, manobrado de outra maneira que não
manualmente, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais do circuito, incluindo as
condições de sobrecarga em serviço

[441-14-33]

NOTA Os contatores podem ser designados conforme o método pelo qual a força para fechamento dos contatos principais é fornecida.

2.2.13
PROJETO 03:017.05-004:2005 15

contator a semicondutor (contator de estado sólido)

dispositivo que executa a função de um contator pela utilização de um dispositivo de manobra a semicondutor

NOTA Um contator a semicondutor pode, também, conter dispositivos de manobra mecânica.

2.2.14
contator auxiliar

contator utilizado como um auxiliar de comando

[441-14-35]

2.2.15
chave de partida

combinação de todos os dispositivos de manobra necessários para partir e parar um motor, incluindo a proteção de
sobrecarga adequada

[441-14-38]

NOTA As chaves de partida podem ser designadas conforme o método pelo qual a força para fechamento dos contatos princ ipais é
fornecida.

2.2.16
dispositivo para circuito de comando

dispositivo elétrico destinado para o comando, a sinalização, o intertravamento etc. do equipamento de manobra e
comando

NOTA Os dispositivos para circuito de comando podem incluir dispositivos assoc iados tratados em outras normas, tais como
instrumentos, potenciômetros, relés, de tal forma que estes dispositivos associados sejam utilizados para os propósitos especificados.

2.2.17
dispositivo de comando (para circuitos auxiliares e de comando)

dispositivo de manobra mecânica cuja função é o comando da operação de um equipamento de manobra ou comando,
incluindo sinalização, intertravamento elétrico, etc.

[441-14-46]

NOTA Um dispositivo de comando compreende um ou mais elementos de contatos com um sistema comum de atuação.

2.2.18
auxiliar automático de comando

dispositivo de comando não manual, acionado em resposta às condições especificadas de uma grandeza de atuação

[441-14-48]

NOTA A grandeza de atuação pode ser pressão, temperatura, velocidade, nível de um líquido, tempo decorrido etc.

2.2.19
botão de comando

dispositivo de comando que tem um atuador destinado para ser operado por força exercida por uma parte do corpo
humano, usualmente o dedo ou a palma da mão, e que tem energia de retorno armazenada (mola)

[441-14-53]

2.2.20
conector

parte isolante que comporta um ou mais conjuntos de bornes montados e isolados entre si, e previsto para serem fixados
em um suporte

2.2.21
dispositivo de proteção contra curto-circuito (DPCC)

dispositivo destinado para proteger um circuito ou partes de um circuito contra correntes de curto-circuito pela interrupção
das mesmas

2.2.22
protetor contra surtos
16 PROJETO 03:017.05-004:2005

dispositivo projetado para proteger o equipamento elétrico contra sobretensões transitórias elevadas e limitar a duração e,
freqüentemente, a amplitude da corrente subsequente

[604-03-51]

2.3 Partes de dispositivos de manobra

2.3.1
pólo de um dispositivo de manobra

parte de um dispositivo de manobra associado exclusivamente a um caminho condutor separado eletricamente do seu
circuito principal, excluindo aquelas partes que fornecem meios para montagem e operação de todos os pólos juntos

[441-15-01]

NOTA Um dispositivo de manobra é chamado unipolar se tem somente um pólo. Se tiver mais que um pólo, este pode ser chamado
multipolar (dois pólos, três pólos, etc.) desde que os pólos estejam ou possam ser ligados entre si de maneira que eles operem
simultaneamente.

2.3.2
circuito principal (de um dispositivo de manobra)

todas as partes condutoras de um dispositivo de manobra que estão inseridas no circuito que é projetado para fechar ou
abrir

[441-15-02]

2.3.3
circuito de comando (de um dispositivo de manobra)

todas as partes condutoras (excluídas as do circuito principal) de um dispositivo de manobra que estão inseridas em um
circuito utilizado para manobras de fechamento ou de abertura, ou ambas, do dispositivo

[441-15-03]

2.3.4
circuito auxiliar (de um dispositivo de manobra)

todas as partes condutoras de um dispositivo de manobra que são destinadas para serem incluídas em um circuito que
não seja o circuito principal e os circuitos de comando do dispositivo

[441-15-04]

NOTA Alguns circuitos auxiliares cumprem funções suplementares tais como sinalização, intertravamento, etc., e, como tal, eles podem
ser parte do circuito de comando de outro dispositivo de manobra.

2.3.5
contato de um dispositivo de manobra mecânica)

partes condutoras projetadas para estabelecer a continuidade de um circuito quando elas se tocam e que, devido ao seu
movimento relativo durante uma manobra, abrem ou fecham um circuito ou, no caso dos contatos pivotantes ou
deslizantes, mantêm a continuidade do circuito

[441-15-05]

2.3.6
peça de contato

uma das partes condutoras formando um contato

[441-15-06]

2.3.7
contato principal

contato inserido no circuito principal de um dispositivo de manobra mecânica, destinado a conduzir, na posição fechada, a
corrente do circuito principal

[441-15-07]

2.3.8
contato de arco

contato destinado para que o arco se estabeleça


PROJETO 03:017.05-004:2005 17

[441-15-08]

NOTA Um contato de arco pode servir como um contato principal; pode ser um contato separado projetado de maneira que abre depois e
fecha antes de um outro contato, que é destinado para proteger contra deterioração.

2.3.9
contato de comando

contato inserido em um circuito de comando de um dispositivo de manobra mecânica e acionado mecanicamente por este
dispositivo

[441-15-09]

2.3.10
contato auxiliar

contato inserido em um circuito auxiliar e acionado mecanicamente pelo dispositivo de manobra

[441-15-10]

2.3.11
Interruptor auxiliar (de um dispositivo de manobra mecânica)

interruptor contendo um ou mais contatos auxiliares e/ou de comando acionado mecanicamente por um dispositivo de
manobra

[441-15-11]

2.3.12
contato "a" – contato de estabelecimento

contato de comando ou auxiliar que é fechado assim que os contatos principais do dispositivo de manobra mecânica são
estabelecidos e que é aberto assim que estes são interrompidos

[441-15-12]

2.3.13
contato "b"– contato de interrupção

contato de comando ou auxiliar que é aberto assim que os contatos principais do dispositivo de manobra mecânica são
estabelecidos e que é fechado assim que estes s ão interrompidos

[441-15-13]

2.3.14
relé (elétrico)

dispositivo projetado para produzir abruptamente mudanças predeterminadas em um ou mais circuitos elétricos de saída,
quando certas condições são atendidas nos circuitos elétricos de entrada que controlam o dispositivo

[446-11-01]

2.3.15
disparador (de um dispositivo de manobra mecânica).

dispositivo mecanicamente conectado a um dispositivo de manobra mecânica, o qual libera os meios de retenção e
permite a abertura ou o fechamento do dispositivo de manobra

[441-15-17]

NOTA Um disparador pode ter operação instantânea, retardada, etc.. Os vários tipos de disparadores são definidos em 2.4.24 a 2.4.35.

2.3.16
sistema de atuação (de um dispositivo de manobra mecânica)

todos os meios de operações de um dispositivo de manobra mecânica que transmitem a força de atuação às peças de
contatos

NOTA Os meios de operação de um sistema de atuação podem ser mecânicos, eletromagnéticos, hidráulicos, pneumáticos, térmicos,
etc.

2.3.17
18 PROJETO 03:017.05-004:2005

atuador

parte de um sistema de atuação na qual uma força externa de atuação é aplicada

[441-15-22]

NOTA O atuador pode ter a forma de uma manopla, botão, botão de pressão, roldana, pistão, etc.

2.3.18
dispositivo indicador de posição

parte de um dispositivo de manobra mecânica que indica se ele está na posição aberto, fechada ou, onde apropriado, de
aterramento

[441-15-25]

2.3.19
indicador luminoso

sinal luminoso de indicação de funcionamento estando aceso ou apagado

2.3.20
dispositivo de anti-bombeamento

dispositivo que impede o restabelecimento depois de uma manobra fechamento - abertura mesmo mantendo, por um
tempo, o comando de fechamento

[441-16-48]

2.3.21
dispositivo de intertravamento

dispositivo que condiciona a possibilidade de funcionamento de um dispositivo de manobra à posição de funcionamento


de uma ou mais peças do equipamento

[441-16-49]

2.3.22
borne

parte condutora de um dispositivo destinado para a conexão elétrica com circuitos externos

2.3.23
borne-parafuso

borne destinado para a conexão e para a desconexão de condutores ou para a interconexão de dois ou mais condutores,
a conexão sendo feita direta ou indiretamente, por meio de parafusos ou porcas de qualquer tipo.

NOTA Exemplos são indicados no anexo D.

2.3.24
borne sem parafuso

borne destinado para a conexão e para a desconexão de condutores ou para a interconexão de dois ou mais condutores,
a conexão sendo feita direta ou indiretamente, por meio de molas, cunhas, excêntricos ou cônicos, etc.

NOTA Exemplos são indicados no Anexo D.

2.3.25
unidade de aperto

parte(s) de um borne necessária(s) para a fixação mecânica e a conexão elétrica do(s ) condutor(es)

2.3.26
condutor não preparado

condutor que foi cortado e a sua isolação foi removida para a inserção em um borne

NOTA Um condutor cujo formato é adequado para introdução em um borne ou onde os fios são torçidos para conformar a sua
extremidade é considerado como um condutor não preparado.

2.3.27
condutor preparado
PROJETO 03:017.05-004:2005 19

condutor, cujos fios são soldados ou as extremidade é munida de borne, olhal, etc.

2.4 Operação de dispositivos de manobra

2.4.1
operação (de um dispositivo de manobra mecânica)

transferência do(s) contato(s) móvel(is) de uma posição para uma posição adjacente

[441-16-01]

NOTA 1 Por exemplo, para um disjuntor, isto pode ser uma operação de fechamento ou uma operação de abertura.

NOTA 2 Se for necessária uma distinção, uma operação no sentido elétrico, por exemplo, estabelecer ou interromper, é referida como
uma operação de manobra, e uma operação no sentido mecânico, por exemplo, fechar ou abrir, é referida como uma operação
mecânica.

2.4.2
ciclo de operação (de um dispositivo de manobra mecânica)

sucessão de operações de uma posição para outra e retorno para a posição inicial passando por todas as outras
posições, se houverem

[441-16-02]

2.4.3
seqüência de operação (de um dispositivo de manobra mecânica)

sucessão de operações especificadas com intervalos de tempo especificados

[441-16-03]

2.4.4
comando manual

comando de uma operação por intervenção humana

[441-16-04]

2.4.5
comando automático

comando de uma operação sem a intervenção humana, em resposta à ocorrência de condições predeterminadas

[441-16-05]

2.4.6
comando local

comando de uma operação realizada a partir de um ponto situado no dispositivo de manobra controlado ou em algum
outro ponto adjacente a ele

[441-16-06]

2.4.7
comando remoto

comando de uma operação de um ponto distante do dispositivo de manobra controlado

[441-16-07]

2.4.8
operação de fechamento (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação pela qual o dispositivo é trazido da posição aberto para a posição fechada

[441-16-08]

2.4.9
operação de abertura (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação pela qual o dispositivo é trazido da posição fechada para a posição aberto

[441-16-09]
20 PROJETO 03:017.05-004:2005

2.4.10
operação de abertura positiva (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação de abertura que, de acordo com os requisitos especificados, assegura que todos os contatos principais es tão na
posição aberto quando o atuador está na posição correspondente à posição aberto do dispositivo

[441-16-11]

2.4.11
operação efetuada positivamente

operação que, em conformidade aos requisitos especificados, está projetada para assegurar que os contatos auxiliares de
um dispositivo de manobra mecânica estão em suas respectivas posições correspondentes à posição aberto ou fechada
dos contatos principais

[441-16-12]

2.4.12
operação manual dependente (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação somente por meio da energia manual aplicada diretamente, onde a velocidade e a força da operação são
dependentes da ação do operador

[441-16-13]

2.4.13
operação dependente de energia (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação por meio de outra energia que a manual, onde o término da operação é dependente da continuidade do
fornecimento de energia (por solenóides, motores elétricos ou pneumáticos, etc.)

[441-16-14]

2.4.14
operação por energia armazenada (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação por meio da energia armazenada no próprio mecanismo antes do término da operação e suficiente para
completá-la nas condições predeterminadas

[441-16-15]

NOTA Este tipo de operação pode ser subdividido de acordo com:

1 a maneira de armazenamento de energia (mola, peso, etc.);

2 a origem da energia (manual, elétrica, etc.);

3 a maneira de liberação da energia (manual, elétrica, etc.).

2.4.15
operação manual independente (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação por energia armazenada na qual a energia é originada da força manual armazenada e liberada em uma
operação contínua, de maneira que a velocidade e força da operação são independentes da ação do operador

[441-16-16]

2.4.16
operação de força independente (de um dispositivo de manobra mecânica)

operação por energia armazenada na qual a energia é originada de uma alimentação de alimentação externa e liberada
em uma operação contínua, de maneira que a velocidade e força da operação são independentes da ação do operador

2.4.17
força de atuação (momento)

força (momento) aplicada em um atuador, necessária para completar a operação desejada

[441-16-17]

2.4.18
força de restabelecimento (momento)

força (momento) fornecida para restabelecer um atuador ou um elemento de contato para sua posição inicial
PROJETO 03:017.05-004:2005 21

[441-16-19]

2.4.19
curso (de um dispositivo de manobra mecânica ou parte dele)

deslocamento (translação ou rotação) de um ponto do elemento móvel

[441-16-21]

NOTA Pode ser feita distinção entre curso de aproximação, curso residual, etc.

2.4.20
posição fechada (de um dispositivo de manobra mecânica)

posição em que é assegurada a continuidade predeterminada do circuito principal do dispositivo

[441-16-22]

2.4.21
posição aberto (de um dispositivo de manobra mecânica)

posição em que os requisitos predeterminados de tensão suportável dielétrico são atendidos entre os contatos abertos no
circuito principal do dispositivo

NOTA Esta definição difere da IEV 441-16-23 para satisfazer aos requisitos de propriedades dielétricas

2.4.22
disparo (operação)

operação de abertura de um dispositivo de manobra mecânica iniciada por um relé ou disparador

2.4.23
dispositivo de manobra mecânica com disparo livre

dispositivo de manobra mecânica cujos contatos móveis retornam e se mantêm na posição aberto, quando a operação de
abertura (isto é, disparo) tenha sido comandada após o início da operação de fechamento, mesmo que o comando de
fechamento seja mantida

NOTA 1 Para assegurar a correta interrupção da corrente que pode ter sido estabelecida, pode ser necessário que os contatos
atinjam momentaneamente a posição fechada

NOTA 2 A redação da IEV 441-16-31 foi completada com a adição “(isto é, disparo)” pois a operação de abertura de um dispositivo de
manobra mecânica com disparo livre é controlada automaticamente.

2.4.24
relé ou disparador instantâneo

relé ou disparador que opera sem qualquer retardo intencional

2.4.25
relé ou disparador de sobrecorrente

relé ou disparador que provoca a abertura do dispositivo de manobra mecânica, com ou sem retardo, quando a corrente
no relé ou no disparador exceder um valor predeterminado

NOTA Este valor pode, em alguns casos, depender de uma taxa de elevação da corrente.

2.4.26
relé ou disparador de sobrecorrente com tempo de retardo definido

relé ou disparador de sobrecorrente que opera com um retardo de tempo definido que pode ser ajustado, mas é
independente do valor da sobrecorrente

2.4.27
relé ou disparador de sobrecorrente com tempo de retardo inverso

relé ou disparador de sobrecorrente que opera após um retardo de tempo inversamente proporcional ao valor da
sobrecorrente

NOTA Tal relé ou disparador pode ser projetado de forma que o tempo de retardo atinja um valor mínimo definido para valores elevados
de sobrecorrente

2.4.28
22 PROJETO 03:017.05-004:2005

relé ou disparador direto de sobrecorrente

relé ou disparador de sobrecorrente alimentado diretamente pela corrente no circuito principal de um dispositivo de
manobra

2.4.29
relé ou disparador indireto de sobrecorrente

relé ou disparador de sobrecorrente alimentado pela corrente no circuito principal de um dispositivo de manobra por
intermédio de um transformador de corrente ou um derivador

2.4.30
relé ou disparador de sobrecarga

relé ou disparador de sobrecorrente destinado para a proteção contra sobrecargas

2.4.31
relé ou disparador térmico de sobrecarga

relé ou disparador de sobrecarga com tempo de retardo inverso cuja operação (incluindo seu tempo de retardo) depende
da ação térmica da corrente que circula pelo relé ou pelo disparador

2.4.32
relé ou disparador magnético de sobrecarga

relé ou disparador de sobrecarga cuja operação depende da força exercida pela corrente que circula no circuito principal e
que excita a bobina de um eletroímã

NOTA Tal relé ou disparador, usualmente, tem uma característica de corrente com tempo de retardo inverso.

2.4.33
disparador em derivação

disparador alimentado por uma alimentação de tensão

[441-16-41]

NOTA A alimentação de tensão pode ser independente da tensão do circuito principal.

2.4.34
relé ou disparador de subtensão

relé ou disparador que permite um dispositivo de manobra mecânica abrir ou fechar, com ou sem tempo de retardo,
quando a tensão nos bornes do relé ou disparador cair abaixo do valor predeterminado

2.4.35
relé ou disparador de corrente reversa (somente para c.c.)

relé ou disparador que permite que um dispositivo de manobra mecânica abra, com ou sem tempo de retardo, quando a
corrente circula na direção reversa e excede um valor predeterminado

2.4.36
corrente de operação (de um relé ou um disparador de sobrecorrente)

valor da corrente a partir e acima do qual o relé ou disparador irá operar

2.4.37
corrente de ajuste (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente ou sobrecarga)

valor da corrente do circuito principal à qual as características de operação do relé ou do disparador são referidas e para o
qual o relé ou disparador é ajustado

NOTA O relé ou disparador pode ter mais de uma corrente de ajuste, por meio de um dial de ajuste, filamentos aquecedores
intercambiáveis, etc.

2.4.38
faixa de corrente de ajuste (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente ou de sobrecarga)

faixa entre os valores mínimo e máximo que o ajuste de corrente do relé ou do disparador pode ser feito

2.5 Valores característicos


PROJETO 03:017.05-004:2005 23

2.5.1
valor de designação

valor de uma grandeza, utilizado para denominar e identificar um componente, um dispositivo, um equipamento ou um
sistema

[151-16-09]

NOTA O valor nominal é geralmente um valor arredondado

2.5.2
valor limite

em uma especificação de um componente, dispositivo, equipamento ou sis tema, o maior ou o menor valor admissível de
uma grandeza

[151-16-10]

2.5.3
valor nominal

valor de uma grandeza utilizado com a finalidade de especificação, correspondendo a uma configuração especificada de
condições de funcionamento de um componente, dispositivo, equipamento ou sistema

[151-16-08]

2.5.4
características nominais

conjunto de valores nominais e as condições de funcionamento

[151-16-11]

2.5.5
corrente presumida (de um circuito e relativa a um dispositivo de manobra ou um dispositivo-fusível)

corrente que circularia no circuito se cada pólo do dispositivo de manobra ou do dispositivo-fusível fossem substituídos por
um condutor de impedância desprezível

[441-17-01]

NOTA O método a ser usado para avaliar e para expressar a corrente presumida está especificada na norma de produto correspondente.

2.5.6
corrente de pico presumida

valor de pico de uma corrente presumida durante um período transitório posterior ao seu estabelecimento

[441-17-02]

NOTA A definição assume que a corrente é fornecida por um dispositivo de manobra ideal, isto é, com transições instantâneas da
impedância infinita a zero. Para circuitos onde a corrente pode seguir por vários caminhos diferentes, por exemplo circuitos polifásicos,
assume-se que a corrente é aplicada simultaneamente em todos os pólos, mesmo se for considerado somente a corrente de um pólo

2.5.7
corrente simétrica presumida (de um circuito c.a.)

corrente presumida que é estabelecida em um instante em que nenhum fenômeno transitório ocorra após o seu
estabelecimento

[441-17-03]

NOTA 1 Para circuitos polifásicos, a condição de períodos não transitórios só pode ser satisfeita para a corrente em um pólo de cada vez.

NOTA 2 A corrente simétrica presumida é expressada pelo seu valor eficaz

2.5.8
máxima corrente de pico presumida (de um circuito c.a.)

corrente de pico presumida quando o estabelecimento da corrente ocorre no instante em que atinge o maior valor possível

[441-17-04]

NOTA Para um dispositivo multipolar em um circuito polifásico, o valor máximo da corrente de pico presumida se refere somente a um
pólo.
24 PROJETO 03:017.05-004:2005

2.5.9
corrente de estabelecimento presumida (para um pólo de um dispositivo de manobra)

corrente presumida quando estabelecida sob as condições especificadas

[441-17-05]

NOTA As condições especificadas podem se referir ao método de estabelecimento, por exemplo, por um dispositivo ideal de manobra, ou
no instante do estabelecimento, por exemplo, conduzindo ao valor máximo da corrente de pico em um circuito c.a., ou para a maior taxa
de elevação. A especificação destas condições são indicadas na norma de produto correspondente.

2.5.10
corrente de interrupção presumida (para um pólo do dispositivo de manobra ou um dispositivo-fusível)

corrente presumida avaliada no instante correspondente ao início do processo de interrupção

[441-17-06]

NOTA As especif icações referentes ao instante do início do processo de interrupção são indicadas na norma de produto correspondente.
Para os dispositivos de manobra mecânicos ou dispositivos-fusíveis, este instante é usualmente definido como o momento de início do
arco durante o processo de interrupção.

2.5.11
corrente de interrupção (de um dispositivo de manobra ou de um dispositivo-fusível)

corrente no pólo de um dispositivo de manobra ou no dispositivo-fusível no instante do início do arco durante o processo
de interrupção

[441-17-07]

NOTA Para c.a., essa corrente é expressa pelo valor simétrico eficaz da componente c.a..

2.5.12
capacidade de interrupção (de um dispositivo de manobra ou de um dispositivo-fusível)

valor da corrente de interrupção presumida que um dispositivo de manobra ou um dispositivo-fusível é capaz de


interromper numa tensão definida e nas condições prescritas de uso e de comportamento

[441-17-08]

NOTA 1 A tensão a ser definida e as condições a serem prescritas são mencionadas na norma de produto correspondente.

NOTA 2 Para c.a., a corrente é expressa pelo valor simétrico eficaz da componente c.a.

NOTA 3 Para capacidade de interrupção em curto-circuito, ver 2.5.14.

2.5.13
capacidade de estabelecimento (de um dispositivo de manobra)

valor da corrente de estabelecimento presumida que um dispositivo é capaz de estabelecer numa tensão definida e nas
condições especificadas de uso e de comportamento

[441-17-09]

NOTA 1 A tensão a ser definida e as condições a serem prescritas são tratadas na norma de produto correspondente.

NOTA 2 Para capacidade de estabelecimento em curto-circuito, ver 2.5.15.

2.5.14
capacidade de interrupção em curto-circuito

capacidade de interrupção para a qual as condições prescritas incluem um curto-circuito nos bornes de um dispositivo de
manobra

[441-17-11]

2.5.15
capacidade de estabelecimento em curto-circuito

capacidade de estabelecimento para a qual as condições especificadas incluem um curto-circuito nos bornes de um
dispositivo de manobra

[441-17-10]

2.5.16
PROJETO 03:017.05-004:2005 25

corrente de carga crítica

valor da corrente de interrupção, dentro da faixa das condições de serviço, na qual o tempo de arco é estendido
significativamente

2.5.17
corrente de curto-circuito crítica

valor da corrente de interrupção, menor que a capacidade de interrupção nominal em curto-circuito, na qual a energia do
arco é significativamente maior que a capacidade de interrupção nominal em curto-circuito

2.5.18
Integral de Joule (I 2t)

I 2 t = ∫t 1 i 2dt
t0
Integral do quadrado da corrente para um determinado intervalo de tempo [441-18-23]:

2.5.19
corrente interrompida limitada

valor instantâneo máximo da corrente atingido durante a operação de interrupção de um dispositivo de manobra ou de um
dispositivo-fusível

[441-17-12]

NOTA Este conceito é de particular importância quando o dispositivo de manobra ou o dispositivo-fusível opera de maneira que a
corrente de pico presumida do circuito não é atingida.

2.5.20
característica tempo-corrente

curva que indica o tempo, por exemplo, tempo de pré-arco ou tempo de operação, em função da corrente presumida, sob
condições especificadas de operação

[441-17-13]

2.5.21
característica de limitação de corrente

curva que indica a corrente interrompida limitada em função da corrente presumida, sob condições especificadas de
operação

[441-17-14]

NOTA Em c.a., os valores da corrente interrompida limitada são os valores máximos que podem ser alcançados qualquer que seja o grau
de assimetria. Em c.c., os valores de corrente interrompida limitada são os valores máximos alcançados, considerando-se a constante de
tempo especificada.

2.5.22
coordenação para proteção contra sobrecorrentes dos dispositivos de proteção de sobrecorrente

coordenação de dois ou mais dispositivos de proteção de sobrecorrente, em série, para assegurar a seletividade de
sobrecorrente e/ou proteção de retaguarda

2.5.23
seletividade de sobrecorrente

coordenação das características de operação de dois ou mais dispositivos de proteção de sobrecorrente de tal forma que
na incidência de sobrecorrentes dentro dos limites estabelecidos, o dispositivo destinado a operar dentro destes limites
opere, enquanto que o(s) outro(s) não

[441-17-15]

NOTA É feita distinção entre a seletividade série realizada por diferentes dispositivos de proteção de sobrecorrente submetidos
praticamente à mesma sobrecorrente e seletividade de rede realizada por dispositivos de proteção idênticos submetidos a frações
diferentes de sobrecorrente.

2.5.24
proteção de retaguarda
26 PROJETO 03:017.05-004:2005

coordenação de sobrecorrentes de dois dispositivos de proteção de sobrecorrente, em série, onde o dispositivo de


proteção, que está geralmente, mas não necessariamente, situado do lado da alimentação, efetua a proteção contra as
sobrecorrentes, com ou sem a ajuda do outro dispositivo de proteção e impede qualquer fadiga excessiva sobre o último

2.5.25
corrente de intersecção

corrente coordenada da intersecção entre as características tempo-corrente de dois dispositivos de proteção de


sobrecorrente

[441-17-16]

2.5.26
retardo de curta duração

qualquer retardo intencional de operação dentro dos limites da corrente nominal de curta duração admissível

2.5.27
corrente de curta duração admissível

corrente que um circuito ou um dispositivo de manobra, na posição fechada, pode conduzir durante um curto período
especificado sob condições prescritas de uso e comportamento

[441-17-17]

2.5.28
corrente de pico admissível

valor de pico da corrente que um circuito ou um dispositivo de manobra, na posição fechada, pode suportar sob condições
prescritas de uso e de comportamento

[441-17-18]

2.5.29
corrente de curto-circuito condicional (de um circuito ou de um dispositivo de manobra)

corrente presumida que um circuito ou um dispositivo de manobra, protegido por um dispositivo especificado de proteção
contra curto-circuito, pode de maneira satisfatória suportar durante o tempo total de operação desse dispositivo sob
condições especificadas de uso e comportamento

NOTA 1 Para o propósito desta Norma, o dispositivo de proteção contra curto-circuito é geralmente um disjuntor ou um dispositivo-fusível.

NOTA 2 Esta definição difere da IEV 441-17-20 pela extensão do conceito de dispositivo limitador de corrente àquela de um dispositivo
de proteção contra curto-circuito, cuja função não é somente limitar a corrente.

2.5.30
corrente convencional de não-disparo (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente)

valor especificado de corrente que o relé ou disparador pode conduzir durante um tempo especificado (tempo
convencional) sem operar

2.5.31
corrente convencional de disparo (de um relé ou de um disparador de sobrecorrente)

valor especificado de corrente que provoca a operação do relé ou do disparador dentro de um tempo especificado (tempo
convencional)

2.5.32
tensão aplicada (para um dispositivo de manobra)

tensão existente entre os bornes de um pólo de um dispositivo de manobra, imediatamente antes do estabelecimento da
corrente

[441-17-24]

NOTA Esta definição se aplica aos dispositivos monopolares. Para um dispositivo multipolar, é a tensão entre fases dos bornes de
alimentação do dispositivo.

2.5.33
tensão de restabelecimento

tensão que aparece entre os bornes de um pólo de um dispositivo de manobra ou de um dispositivo-fusível depois da
interrupção da corrente
PROJETO 03:017.05-004:2005 27

[441-17-25]

NOTA 1 Esta tensão pode ser considerada em dois intervalos de tempo sucessivos, um durante o qual existe uma tensão transitória,
seguido de um segundo no qual somente existe a tensão de restabelecimento em freqüência industrial ou em regime estabilizado.

NOTA 2 Esta definição se aplica aos dispositivos monopolares. Para um dispositivo multipolar, é a tensão entre fases dos bornes de
alimentação do dispositivo.

2.5.34
tensão transitória de restabelecimento (abreviação TTR)

tensão de restabelecimento durante o tempo onde apresenta uma significativa característica transitória

[441-17-26]

NOTA A tensão transitória pode ser oscilatória ou não, ou ainda uma combinação destas dependendo das características do circuito, do
dispositivo de manobra ou do dispositivo-fusível. Ela leva em consideração a variação do potencial do neutro de um circuito polifásico.

2.5.35
tensão de restabelecimento à freqüência industrial

tensão de restabelecimento após o desaparecimento dos fenômenos transitórios de tensão

[441-17-27]

2.5.36
tensão de restabelecimento em c.c. em regime estabilizado

tensão de restabelecimento num circuito c.c. após o desaparecimento dos fenômenos transitórios de tensão, expressa
pelo seu valor médio se houver ondulações

[441-17-28]

2.5.37
tensão transitória de restabelecimento presumida (de um circuito)

tensão transitória de restabelecimento que ocorre após a interrupção de uma corrente simétrica presumida, por um
dispositivo ideal de manobra

[441-17-29]

NOTA A definição implica que o dispositivo de manobra ou o dispositivo-fusív el, para o qual a tensão transitória de restabelecimento
presumida é obtida, seja substituído por um dispositivo ideal de manobra, isto é, cuja impedância passe instantaneamente do valor zero
ao valor infinito no exato instante de corrente zero, isto é, no zero “natural”. Para onde a corrente pode seguir por vários caminhos
diferentes, por exemplo, circuitos polifásicos, a definição assume que a interrupção da corrente pelo dispositivo ideal de manobra ocorra
apenas no pólo considerado.

2.5.38
pico da tensão de arco (de um dispositivo de manobra mecânica)

valor máximo instantâneo da tensão que, nas condições prescritas, aparece entre os bornes de um pólo de um dispositivo
de manobra durante o período do arco

[441-17-30].

2.5.39
tempo de abertura (de um dispositivo de manobra mecânica)

intervalo de tempo entre o instante especificado do início da manobra de abertura e o instante da separação entre os
contatos de arco em todos os pólos

[441-17-36]

NOTA O instante do início da manobra de abertura, isto é, aplicação do comando de abertura (por exemplo, alimentação de um
disparador, etc.), é indicado na norma de produto correspondente.

2.5.40
tempo de arco (de um pólo ou de um dispositivo-fusível)

intervalo de tempo entre o instante do início do arco em um pólo ou em um dispositivo-fusível, e o instante da extinção
final do arco naquele pólo ou naquele dispositivo-fusível

[441-17-37]
28 PROJETO 03:017.05-004:2005

2.5.41
tempo de arco (de um dispositivo de manobra multipolar)

intervalo de tempo entre o instante do primeiro início de um arco e o instante da extinção final do arco em todos os pólos

[441-17-38]

2.5.42
tempo de interrupção

intervalo de tempo entre o início do tempo de abertura de um dispositivo de manobra mecânica (ou o tempo de pré-arco
de um dispositivo-fusível) e o fim do tempo de arco

[441-17-39]

2.5.43
tempo de estabelecimento

intervalo de tempo entre o início da manobra de fechamento e o instante em que a corrente começa a circular no circuito
principal

[441-17-40]

2.5.44
tempo de fechamento

intervalo de tempo entre o início da manobra de fechamento e o instante em que os contatos se tocam em todos os pólos

[441-17-41]

2.5.45
tempo de estabelecimento-interrupção

intervalo de tempo entre o instante em que a corrente começa a circular em um pólo e o instante da extinção final do arco
em todos os pólos, com o disparador de abertura energizado no instante em que a corrente começa a circular no circuito
principal

[441-17-43]

2.5.46
distância de isolação

distância entre duas partes condutoras, ao longo de um fio estendido o menor percurso entre estas partes condutoras

[441-17-31]

2.5.47
distância de isolação entre pólos

distância de isolação entre quaisquer partes condutoras de pólos adjacentes

[441-17-32]

2.5.48
distância de isolação à terra

distância de isolação entre quaisquer partes condutoras e quaisquer partes que estão aterradas ou que estão previstas
para serem aterradas

[441-17-33]

2.5.49
distância de isolação entre contatos abertos (espaçamento)

distância de isolação total entre os contatos, ou quaisquer partes condutoras conectadas nestes, de um pólo de um
dispositivo de manobra mecânica na posição aberto

[441-17-34]

2.5.50
distância de seccionamento (de um pólo de um dispositivo de manobra mecânica)

distância de isolação entre contatos abertos que satisfaz aos requisitos de segurança especificados para seccionadores
PROJETO 03:017.05-004:2005 29

[441-17-35]

2.5.51
distância de escoamento

menor distância ao longo da superfície de um material isolante entre duas partes condutoras.

NOTA Uma junção entre duas partes de material isolante é considerada como parte da superfície.

2.5.52
tensão de trabalho

maior valor eficaz de tensão c.a. ou c.c. entre uma isolação específica que pode ocorrer quando o equipamento é
alimentado na sua tensão nominal

NOTA 1 Transitórias são desconsideradas

NOTA 2 As condições de operação normal e de circuito aberto são levadas em consideração.

2.5.53
sobretensão temporária

sobretensão fase-terra, fase-neutro ou fase-fase numa dada localização e de duração relativamente longa (vários
segundos)

2.5.54
sobretensões transitórias

sobretensões transitórias no sentido desta Norma são as seguintes:

2.5.54.1
sobretensão de manobra

sobretensão transitória em uma dada localização de um sistema devido a uma manobra específica ou falha

2.5.54.2
sobretensão de faiscamento

sobretensão transitória em uma dada localização de um sistema devido a uma descarga atmosférica específica [ver
também a IEC 60060 e IEC 60071-1]

2.5.54.3
sobretensão de funcionamento

sobretensão deliberadamente imposta necessária para o funcionamento de um dispositivo

2.5.55
tensão de impulso suportável

maior valor de pico de uma tensão de impulso, de forma e de polaridade prescritas, que não cause colapso nas condições
especificadas de ensaio

2.5.56
tensão suportável à freqüência industrial

valor eficaz de uma tensão senoidal à freqüência industrial que não cause colapso nas condições especificadas de ensaio

2.5.57
poluição

qualquer presença de material estranho, sólido, líquido ou gasoso (gases ionizados), que pode reduzir a tensão suportável
ou a resistividade superficial

2.5.58
grau de poluição (das condições ambientais)

número convencional, baseado na quantidade de poeira condutora ou higroscópica, de gás ionizado ou de sais e também
na umidade relativa e sua freqüência de ocorrência, resultando em absorção higroscópica ou condensação de umidade,
ocasionando a redução da tensão suportável e/ou da resistividade superficial
30 PROJETO 03:017.05-004:2005

NOTA 1 O grau de poluição do micro-ambiente ao qual o equipamento é exposto pode ser diferente daquele do macro ambiente onde o
equipamento está localizado, devido à proteção oferecida por invólucros ou aquecedores internos, que previnem a absorção ou
condensação de umidade.

NOTA 2 Para o propósito desta Norma, o grau de poluição é aquele do micro ambiente.

2.5.59
micro ambiente (de uma distância de escoamento ou de isolação)

condições ambientais que circundam as distâncias de escoamento ou de isolação consideradas

NOTA É o micro ambiente de uma distância de escoamento ou de isolação e não o ambiente do equipamento que determina o efeito
sobre a isolação. O micro ambiente pode ser melhor ou pior que o ambiente do equipamento. Ele inclui todos os fatores que influenciam a
isolação, como as condições climáticas e eletromagnéticas, geração de poluição etc.

2.5.60
categoria de sobretensão (de um circuito ou dentro de um sistema elétrico)

número convencional baseado na limitação (ou comando) dos valores de sobretensões transitórias presumidas que
ocorrem num circuito (ou dentro de um sistema elétrico onde existem tensões nominais diferentes) e que depende dos
meios empregados para agir sobre essas sobretensões

NOTA Em um sistema elétrico, a transição de uma categoria de sobretensão para outra categoria inferior é obtida atrav és de meios
apropriados que atendem aos requisitos de interface, tais como, um dispositivo de proteção contra sobretensões ou impedâncias
dispostas em série e/ou paralelo capazes de dissipar, absorver ou dispersar a energia da corrente de surto correspondente, com a
finalidade de reduzir o valor das sobretensões transitórias àquele da categoria de sobretensão menor desejada.

2.5.61
coordenação da isolação

correspondência das características de isolação do equipamento elétrico, de um lado com as sobretensões esperadas e
as características dos dispositivos de proteção contra sobretensões e, de outro lado, com o micro ambiente esperado e os
meios de proteção contra a poluição

2.5.62
campo homogêneo (uniforme)

campo elétrico cujo gradiente de tensão é essencialmente constante entre os eletrodos, como aquele entre duas esferas
onde o raio de cada esfera é maior que a distância entre elas

2.5.63
campo não homogêneo (não uniforme)

campo elétrico cujo gradiente de tensão não é essencialmente constante entre os eletrodos

2.5.64
trilhamento

formação progressiva de caminhos condutores que são produzidos na superfície de um material isolante sólido, devido
aos efeitos combinados de fadiga elétrica e à contaminação eletrolítica dessa superfície

2.5.65
índice de resistência ao trilhamento

valor numérico da tensão máxima, em volts, para o qual um material resiste à aplicação de 50 gotas de uma solução de
ensaio sem formar trilha

NOTA 1 Convém que o valor de cada tensão de ensaio e o índice de resistência ao trilhamento sejam divisíveis por 25.

NOTA 2 Esta definição reproduz 2.3 da IEC 60112.

2.6 Ensaios

2.6.1
ensaio de tipo

ensaio realizado em um ou mais dispositivos construídos de acordo com um projeto para verificar que o projeto atende a
certas especificações

2.6.2
ensaio de rotina
PROJETO 03:017.05-004:2005 31

ensaio no qual cada dispositivo individual é submetido durante e/ou após a fabricação, para verificar se este atende a
critérios definidos

2.6.3
ensaio de amostragem

ensaio realizado em um certo número de dispositivos, escolhidos de forma aleatória de um lote

2.6.4
ensaio especial

ensaio, adicional aos ensaios de tipo e de rotina, realizado conforme especificações do fabricante ou conforme acordo
entre fabricante e usuário

3 Classificação
Esta seção destina-se a relacionar as características de um equipamento, sobre as quais podem ser fornecidas
informações pelo fabricante e que não precisam, necessariamente, ser verificadas por ensaios.

Esta seção não é obrigatória nas normas de produto, a qual, deverá entretanto, prever espaço para ela, de forma a
relacionar, onde necessário, os critérios de classificação.
32 PROJETO 03:017.05-004:2005

4 Características
Lista alfabética das características (nominais ou não) e dos símbolos A tabela abaixo esta diferente
da IEC

Característica Símbolo Subseção


Corrente térmica convencional em invólucro Ithe 4.3.2.2
Corrente térmica convencional ao ar livre Ith 4.3.2.1
Regime de carga de 8h
Regime de carga intermitente
Regime de carga periódico
Capacidade de interrupção nominal
Corrente de curto-circuito condicional nominal
Tensão nominal do circuito de comando
Tensào nominal de alimentação de com ando
Corrente nominal
Frequencia nominal
Tensão de impulso suportável nominal
Tensão de isolamento nominal
Capacidade de estabelecimento nominal - 4.3.5.2
Capacidade de estabelecimento em curto-circuito nominal Icm 4.3.6.2
Capacidade de interrupção nominal nominal - 4.3.5.3
Capacidade de interrupção nominal em curto-circuito nominal Icn 4.3.6.3
1)
Capacidade de interrupção nominal em curto-circuito em serviço nominal Ics
1)
Capacidade de interrupção nominal m áxima em curto-circuito nominal Icu
Categoria de utilização - 4.4
Corrente de curto-circuito condicional nominal - 4.3.6.4
Corrente de intersecção IB 2.5.25
Corrente de operação nominal Ie 4.3.2.3
1)
Corrente de operação nominal do estator Ies
1)
Corrente de operação nominal do rotor Ier
1)
Corrente limite de seletividade Is
1)
Corrente nominal In
Corrente nominal em regime contínuo Iu 4.3.2.4
Corrente suportável de curta-duração nominal Icw 4.3.6.1
Corrente térmica convencional ao ar livre Ith 4.3.2.1
Corrente térmica convencional em invólucro Ithe 4.3.2.2
1)
Corrente térmica do estator Iths
1)
Corrente térmica do rotor Ithr
Freqüência nominal - 4.3.3
Potência nominal de operação - 4.3.2.3
Regime de carga contínuo - 4.3.4.2
Regime de carga de oito horas - 4.3.4.1
Regime de carga intermitente - 4.3.4.3
Regime de carga periódico - 4.3.4.5
Regime de carga temporário - 4.3.4.4
Tensão de impulso suportável nominal Uimp 4.3.1.3
Tensão de isolamento nominal Ui 4.3.1.2
1)
Tensão de isolamento nominal do estator Uis
1)
Tensão de isolamento nominal do rotor Uir
PROJETO 03:017.05-004:2005 33

Tensão de operação nominal Ue 4.3.1.1


1)
Tensão de operação nominal do estator Ues
1)
Tensão de operação nominal do rotor Uer
Tensão nominal da alimentação de comando Us 4.5.1
1)
Tensão nominal de partida de uma chave de partida por autotransformador -
Tensão nominal do circuito de comando Uc 4.5.1
1)
Esta característica é definida na norma de produto correspondente

NOTA A lista acima não é exaustiva.

4.1 Generalidades
As características de um equipamento devem ser estabelecidas na norma de produto correspondente, de acordo com o
seguinte, onde aplicável:

- tipo de equipamento (4.2);

- valores nominais e valores limites para o circuito principal (4.3);

- categoria de utilização (4.4);

- circuitos de comando (4.5);

- circuitos auxiliares (4.6);

- relés e disparadores (4.7);

- coordenação com os dispositivos de proteção contra curto-circuito (4.8);

- sobretensões de manobra (4.9).

4.2 Tipo de equipamento


A norma de produto deve estabelecer o seguinte, onde aplicável:

- tipo de equipamento: por exemplo, contator, disjuntor etc.;

- número de pólos;

- tipo de corrente;

- meio de interrupção;

- condições de operação (método de operação, método de comando etc.).

NOTA A lista acima não é exaustiva.

4.3 Valores nominais e valores limites para o circuito principal


As características nominais são especificadas pelo fabricante. Elas devem ser estabelecidas de acordo com 4.3.1 a 4.3.6,
conforme requerido pela norma de produto correspondente, mas não é necessário estabelecer todas aquelas
relacionadas.

4.3.1 Tensões nominais


Um equipamento é definido pelas seguintes tensões nominais:

NOTA Alguns tipos de equipamentos podem ter mais de uma tensão nominal ou uma faixa de tensões nominais.

4.3.1.1 Tensão de operação nominal (Ue)


A tensão de operação nominal de um equipamento é um valor de tensão que, combinada com uma corrente de operação
nominal, determina a aplicação do equipamento e para a qual os ensaios correspondentes e as categorias de utilização
são referidas.

Para equipamento monopolar, a tensão de operação nominal é geralmente expressa pela tensão no pólo.

Para equipamento multipolar, ela é geralmente expressa pela tensão entre fases.

NOTA 1 Para certos dispositivos e para aplicações particulares pode se aplicar um método diferente para expressar Ue: convém que isto
seja estabelecido na norma de produto correspondente.

NOTA 2 Para equipamentos multipolares utilizados em circuitos polifásicos uma distinção pode ser feita entre

a) equipamento para uso em sistemas onde uma simples fuga à terra não venha a causar o aparecimento da plena tensão fase-fase
sobre um pólo;

- sistemas de neutro aterrado;


34 PROJETO 03:017.05-004:2005

- sistemas não aterrados e aterrados por uma impedância.

b) equipamento para uso em sistemas onde uma simples fuga à terra venha a causar o aparecimento da plena tensão fase-fase sobre
um pólo (isto é, sistemas de fase aterrada).

NOTA 3 Um equipamento pode ser caracterizado por um número de combinações de tensões de operação nominais e correntes de
operação nominais ou potências para diferentes categorias de utilização e regimes.

NOTA 4 Um equipamento pode ser caracterizado por um número de tensões de operação nominais e com as capacidades de
estabelecimento e de interrupção correspondentes às diferentes categorias de utilização e regimes.

NOTA 5 Atenção deve ser dada ao fato de que a tensão de operação pode ser diferente da tensão de trabalho (ver 2.5.52) dentro de um
equipamento.

4.3.1.2 Tensão de isolamento nominal (Ui)


A tensão de isolamento nominal de um equipamento é o valor da tensão para a qual os ensaios dielétricos e as distâncias
de escoamento são referidos.

Em nenhum caso, o valor máximo da tensão de operação nominal não deve exceder o valor da tensão de isolamento
nominal .

NOTA Para equipamentos que não possuam uma tensão de isolamento nominal especificada, o maior valor da tensão de operação
nominal é considerado como sendo a tensão de isolamento nominal .

4.3.1.3 Tensão de impulso suportável nominal (Uimp)


O valor de pico de uma tensão de impulso de forma e de polaridade prescritas que um equipamento é capaz de suportar
sem falhas, nas condições especificadas de ensaio e para o qual os valores de distância de isolação são referidos.

A tensão de impulso suportável nominal de um equipamento deve ser igual ou maior que os valores estabelecidos quando
ocorrem sobretensões transitórias no circuito no qual o equipamento está conectado.

NOTA Os valores preferenciais da tensão de impulso suportável nominal são indicados na tabela 12.

4.3.2 Correntes
Um equipamento é definido pelas seguintes correntes:

4.3.2.1 Corrente térmica convencional ao ar livre (Ith)


A corrente térmica convencional ao ar livre é o valor máximo da corrente de ensaio a ser utilizada em ensaios de elevação
de temperatura de um equipamento sem invólucro, ao ar livre (ver 8.3.3.3).

O valor da corrente térmica convencional ao ar livre deve ser no mínimo igual ao valor máximo da corrente de operação
nominal (ver 4.3.2.3) do equipamento sem invólucro em regime de carga de 8 horas (ver 4.3.4.1).

Ar livre é entendido ser o ar nas condições normais do ambiente interno, razoavelmente isento de correntes de ar e
radiações externas.

NOTA 1 Esta corrente não é uma característica nominal e não é obrigatoriamente marcada no equipamento.

NOTA 2 Um equipamento sem invólucro é um equipamento fornecido pelo fabricante sem um invólucro ou um equipamento fornecido
pelo fabricante com invólucro integrado, o qual não é normalmente destinado para ser o único invólucro que protege o equipamento.

4.3.2.2 Corrente térmica convencional em invólucro (Ithe)


A corrente térmica convencional em invólucro é o valor da corrente estabelecido pelo fabricante a ser utilizada para
ensaios de elevação de temperatura de um equipamento quando montado em um invólucro especificado. Tais ensaios
devem estar de acordo com 8.3.3.3 e são obrigatórios se o equipamento for descrito como equipamento com invólucro
nos catálogos do fabricante e destinado, normalmente, para uso com um ou mais invólucros de tipo e de tamanho
especificados (ver nota 2).

O valor da corrente térmica convencional em invólucro deve ser no mínimo igual ao valor máximo da corrente de operação
nominal (ver 4.3.2.3) do equipamento com invólucro em regime de carga de 8 horas (ver 4.3.4.1).

Se o equipamento é normalmente destinado a ser utilizado em invólucros não especificados, este ensaio não é obrigatório
se o ensaio da corrente térmica convencional ao ar livre (I th) tiver sido efetuado. Neste caso, o fabricante deve estar
preparado para fornecer orientações sobre o valor da corrente térmica em invólucro ou sobre o fator de desclassificação.

NOTA 1 Esta corrente não é uma característica nominal e não é obrigatoriamente marcada no equipamento.

NOTA 2 O valor da corrente térmica convencional em invólucro pode ser para equipamento sem ventilação, caso em que o invólucro
utilizado no ensaio deve ser de tamanho declarado pelo fabricante como sendo o menor utilizável em serviço. Alternativamente, o valor
pode ser para um equipamento com ventilação de acordo com os dados do fabricante.

NOTA 3 Um equipamento com invólucro é um equipamento normalmente destinado para ser usado com um tipo e em tamanho
especificados de invólucro ou com mais de um tipo de invólucro.
PROJETO 03:017.05-004:2005 35

4.3.2.3 Corrente de operação nominal (I e) ou potência nominal de operação


A corrente de operação nominal de um equipamento é estabelecida pelo fabricante e leva em consideração a tensão de
operação nominal (ver 4.3.1.1), a freqüência nominal (ver 4.3.3), o regime de carga nominal (ver 4.3.4), a categoria de
utilização (ver 4.4) e o tipo de invólucro de proteção, se apropriado.

No caso do equipamento para partida direto de um único motor, a indicação de uma corrente de operação nominal pode
ser substituída ou complementada por uma indicação do máximo valor da potência nominal de saída, na tensão de
operação nominal considerada, do motor para o qual o equipamento é previsto. O fabricante deve estar preparado para
indicar as relações assumidas entre a corrente de operação e a potência de operação, se existir.

4.3.2.4 Corrente nominal em regime contínuo (Iu).


A corrente nominal em regim e contínuo de um equipamento é um valor de corrente, indicado pelo fabricante, que o
equipamento pode conduzir em regime de carga contínua (ver 4.3.4.2).

4.3.3 Freqüência nominal


A freqüência de alimentação para a qual um equipamento é projetado e para a qual correspondente os outros valores
característicos.

NOTA O mesmo equipamento pode ser declarado para uma quantidade ou para uma faixa de freqüências nominais ou ser considerado
como para c.c. e c.a..

4.3.4 Regimes de cargas nominais


Os regimes de cargas nominais considerados como normais são:

4.3.4.1 Regime de carga de 8 h


Um regime de carga em que os contatos principais de um equipamento permanecem fechados, enquanto conduzem uma
corrente estabilizada por tempo suficiente para o equipamento alcançar equilíbrio térmico, mas não por mais de oito horas
sem interrupção.

NOTA 1 Este é o regime de carga básico no qual as correntes térmicas convencionais Ith e Ithe do equipamento são determinadas.

NOTA 2 Interrupção significa corte da corrente pela manobra do equipamento.

4.3.4.2 Regime de carga contínuo


Um regime de carga sem qualquer intervalo de interrupção da carga em que os contatos principais de um equipamento
permanecem fechados, durante a condução de uma corrente estabilizada, sem interrupção por períodos de duração
superiores a oito horas (semanas, meses ou até anos).

NOTA Este tipo de serviço difere do regime de carga de 8 h porque a oxidação e a poeira podem se acumular nos contatos e induzir ao
aquecimento progressivo. O regime de carga contínuo pode ser considerado, quer seja para a adoção de um fator de desclassificação,
como para condições especiais de projeto (por exemplo, contatos de prata).

4.3.4.3 Regime de carga intermitente periódico ou regime de carga intermitente


Um regime de carga com períodos sob carga, em que os contatos principais de um equipamento permanecem fechados,
tendo uma relação definida para os períodos sem carga, sendo os dois períodos suficientemente curtos para permitir que
o equipamento alcance o equilíbrio térmico.

O regime de carga intermitente é caracterizado pelo valor da corrente, da duração do fluxo de corrente e pelo fator com
carga, o qual é a relação entre o período em serviço e o período total, geralmente expresso como percentagem.

Os valores normalizados do fator com carga são 15%, 25%, 40% e 60%.

Os equipamentos são divididos nas seguintes classes, de acordo com o número de ciclos de manobras por hora que são
capazes de realizar:

- classe 1: 1 ciclo de manobra por hora;

- classe 3: 3 ciclos de manobra por hora;

- classe 12: 12 ciclos de manobra por hora;

- classe 30: 30 ciclos de manobra por hora;

- classe 120: 120 ciclos de manobra por hora;

- classe 300: 300 ciclos de manobra por hora;

- classe 1200: 1200 ciclos de manobra por hora;

- classe 3 000: 3 000 ciclos de manobra por hora;

- classe 12 000: 12 000 ciclos de manobra por hora;

- classe 30 000: 30 000 ciclos de manobra por hora;


36 PROJETO 03:017.05-004:2005

- classe 120 000: 120 000 ciclos de manobra por hora;

- classe 300 000: 300 000 ciclos de manobra por hora.

Para um regime de carga intermitente com um elevado número de ciclos de manobra por hora, o fabricante deve indicar,
tanto em termos de ciclo real se o mesmo for conhecido, como em termos de ciclos convencionais designados por ele, os
valores da corrente de operação nominal devem ser tais que:
T

∫ i dt ≤ I ×T ×T
2 2 2
th ou I the
0

o que for aplicável

onde T é o período total de um ciclo de manobras.

NOTA A fórmula acima não considera a energia do arco de comutação.

Um dispositivo de manobra destinado ao regime de carga intermitente pode ser designado pelas características do regime
de carga intermitente.

Exemplo: Um regime de carga intermitente que consiste no fluxo de corrente de 100 A por 2 min a cada 5 min, pode ser definido como
100 A, classe 12, 40 %.

4.3.4.4 Regime de carga temporário


Regime de carga em que os contatos principais de um equipamento permanecem fechados por períodos não suficientes
para permitir que o equipamento alcance o equilíbrio térmico, sendo os períodos com carga separados dos períodos sem
carga de suficiente duração que permita restabelecer o equilíbrio de temperatura com o meio de resfriamento.

Os valores normalizados do regime de carga temporário são: 3 min, 10 min, 30 min, 60 min e 90 min, com os contatos
fechados.

4.3.4.5 Regime de carga periódico


Um tipo de regime de carga em que a operação com carga constante ou variável é repetida regularmente.

4.3.5 Características em condições normais de carga e de sobrecarga


Esta subseção fornece requisitos gerais relativos às características nominais para condições normais de carga e de
sobrecarga.

NOTA Onde aplicável, as categorias de utilização referidas em 4.4 podem incluir requisitos relativos ao desempenho em condições de
sobrecarga.

Os requisitos detalhados são indicados em 7.2.4.

4.3.5.1 Aptidão para suportar as correntes de sobrecarga no acionamento de motores


Um equipamento destinado para acionar motores deve ser capaz de suportar esforços térmicos produzidos na partida e
na aceleração de um motor até a velocidade normal e pelas sobrecargas de operação.

Os requisitos detalhados para satisfazer estas condições são indicadas na norma de produto correspondente.

4.3.5.2 Capacidade nominal de estabelecimento


A capacidade nominal de estabelecimento de um equipamento é um valor de corrente, declarado pelo fabricante, que o
equipamento pode estabelecer de maneira satisfatória nas condições especificadas de estabelecimento.

As condições de estabelecimento que devem ser especificadas são:

- a tensão aplicada (ver 2.5.32);

- as características do circuito de ensaio.

A capacidade nominal de estabelecimento é expressa em função da tensão de operação nominal e da corrente de


operação nominal, de acordo com a norma de produto correspondente.

NOTA 1 Onde aplicável, a norma de produto correspondente fornece a relação entre a capacidade nominal de estabelecimento e a
categoria de utilização.

Para c.a., a capacidade nominal de estabelecimento é expressa pelo valor eficaz da componente simétrica da corrente,
assumida como sendo constante.

NOTA 2 Para c.a., o valor de pico da corrente durante os primeiros semi-ciclos seguintes ao fechamento dos contatos principais do
equipamento, pode ser apreciavelmente maior que o valor de pico de corrente nas condições normais utilizadas na determinação da
capacidade de estabelecimento, dependendo do fator de potência do circuito e o instante na onda de tensão quando ocorre o
fechamento.
PROJETO 03:017.05-004:2005 37

Convém que um equipamento seja capaz de estabelecer uma corrente que tenha uma componente c.a. igual àquela que define sua
capacidade nominal de estabelecimento, qualquer que seja o valor da componente c.c. inerente, dentro dos limites resultantes dos
fatores de potência indicados na norma de produto correspondente.

4.3.5.3 Capacidade de interrupção nominal


A capacidade de interrupção nominal de todo o equipamento é um valor de corrente, declarado pelo fabricante, que o
equipamento pode interromper de maneira satisfatória, nas condições especificadas de interrupção.

As condições de interrupção que devem ser especificadas são:

- as características do circuito de ensaio;

- tensão de restabelecimento à freqüência industrial.

A capacidade de interrupção nominal é expressa em função da tensão de operação nominal e da corrente de operação
nominal, de acordo com a norma de produto correspondente.

Um equipamento deve ser capaz de interromper todos os valores de corrente menores ou igual à sua capacidade de
interrupção nominal.

NOTA 1 Um dispositivo de manobra pode ter mais de uma capacidade de interrupção nominal, cada uma correspondendo a uma tensão
de operação e a uma categoria de utilização.

Para c.a., a capacidade de interrupção nominal é expressa pelo valor eficaz da componente simétrica da corrente.

NOTA 2 Onde aplicável, a norma de produto correspondente fornece a relação entre a capacidade de interrupção nominal e a categoria
de utilização.

4.3.6 Características de curto-circuito


Esta subseção fornece os requisitos gerais relativos às características nominais nas condições de curto-circuito.

4.3.6.1 Corrente suportável de curta duração nominal (I cw)


A corrente suportável de curta duração nominal de um equipamento é o valor da corrente suportável de curta duração,
indicada pelo fabricante para o equipamento, que o equipamento pode conduzir sem danos, nas condições de ensaio
especificadas na norma de produto correspondente.

4.3.6.2 Capacidade nominal de estabelecimento em curto-circuito (Icm)


A capacidade nominal de estabelecimento em curto-circuito de um equipamento é o valor da capacidade de
estabelecimento em curto-circuito declarado pelo fabricante para o equipamento para a tensão de operação nominal, à
freqüência nominal e para um fator de potência especificado em c.a. ou uma constante de tempo especificada para c.c..
Ela é expressa como o máximo valor de pico da corrente presumida, sob condições prescritas.

4.3.6.3 Capacidade de interrupção nominal em curto-circuito (Icn)


A capacidade de interrupção nominal em curto-circuito de um equipamento é o valor da capacidade de interrupção em
curto-circuito declarado pelo fabricante para o equipamento para a tensão de operação nominal, à freqüência nominal e
para um fator de potência especificado em c.a. ou uma constante de tempo especificada para c.c.. Ela é expressa pelo
valor da corrente de interrupção presumida (valor eficaz da componente c.a. no caso de c.a.), nas condições prescritas.

4.3.6.4 Corrente de curto-circuito condicional nominal


A corrente de curto-circuito condicional nominal de um equipamento é o valor da corrente presumida, declarado pelo
fabricante, na qual o equipamento, protegido por um dispositivo de proteção contra curto-circuito especificado pelo
fabricante, pode suportar satisfatoriamente pelo tempo de operação deste dispositivo nas condições de ensaio
especificadas na norma de produto correspondente.

Os detalhes do dispositivo de proteção contra curto-circuito especificados devem ser determinados pelo fabricante.

NOTA 1 Em c.a., a corrente de curto-circuito condicional nominal é expressa pelo valor eficaz da componente c.a..

NOTA 2 O dispositivo de proteção contra curto-circuito pode fazer parte integrante do equipamento ou ser uma unidade separada.

4.4 Categoria de utilização


A categoria de utilização de um equipamento define a aplicação para a qual ele é destinado e deve ser especificada na
norma de produto correspondente; ela é caracterizada por uma ou mais das seguintes condições de serviço:

- corrente(s), expressa(s) em múltiplo(s) da corrente de operação nominal;

- tensão(ões), expressa(s) em múltiplo(s) da tensão de operação nominal;

- fator de potência ou constante de tempo;

- desempenho em curto-circuito;

- seletividade;
38 PROJETO 03:017.05-004:2005

- outras condições de serviço, quando aplicável.

Exemplos de categorias de utilização para dispositivos de manobra e comando de baixa tensão são indicados no anexo A.

4.5 Circuitos de comando

4.5.1 Circuitos de comando elétricos


As características dos circuitos de comando elétricos são:

- tipo de corrente;

- freqüência nominal, em caso de c.a.;

- tensão nominal do circuito de comando Uc (natureza e freqüência em caso de c.a.);

- tensão nominal da alimentação de comando Us (natureza e freqüência em caso de c.a.), onde aplicável.

NOTA 1 A distinção feita acima entre a tensão do circuito de comando, que é a tensão que apareceria entre os contatos "a" (ver 2.3.12)
no circuito de comando, e a tensão da alimentação de comando, que é a tensão aplicada nos bornes de entrada do circuito de comando
do equipamento e pode ser diferente da tensão do circuito de comando, devido à presença de transformadores, retificadores, resistores
etc., incorporados.

A tensão nominal do circuito de comando e a freqüência nominal, se existirem, são os valores baseados nas
características de operação e elevação de temperatura do circuito de comando.. As condições de operação satisfatórias
são baseadas em um valor da tensão de alimentação de comando que não seja inferior a 85% de seu valor nominal
quando a corrente que circula nos circuitos de comando atinja seu valor mais elevado, nem superior a 110% de seu valor
nominal.

NOTA 2 Convém que o fabricante esteja apto a indicar o valor ou valores da corrente absorvida pelo(s) circuito(s) de comando na tensão
nominal de alimentação de comando.

Os valores nominais e as características dos dispositivos do circuito de comando devem estar de acordo com os
requisitos da IEC 60947-5 (ver nota da seção 1).

4.5.2 Circuitos de comando alimentados a ar (pneumáticos ou eletropneumáticos)


As características dos circuitos de comando alimentados a ar são:

- pressão nominal e seus limites;

- volume de ar, à pressão atmosférica, requerida para cada manobra de fechamento e cada manobra de abertura.

A pressão nominal de alimentação de um equipamento pneumático ou eletropneumático é a pressão do ar na qual as


características de operação do sistema de comando pneumático são baseadas.

4.6 Circuitos auxiliares


As características dos circuitos auxiliares são o número e o tipo de contatos (contato-a, contato-b etc) de cada um destes
circuitos e suas características nominais de acordo com a IEC 60947-5 (ver nota da seção 1).

As características dos contatos e dos interruptores auxiliares devem es tar de acordo com os requisitos da norma acima.

4.7 Relés e disparadores


As seguintes características dos relés e dos disparadores devem ser estabelecidas na norma de produto correspondente,
onde aplicável:

- tipo do relé ou do disparador;

- valores nominais;

- corrente de ajuste ou faixa da corrente de ajuste;

- características tempo-corrente (para apresentação das características tempo-corrente, ver. 4.8);

- influência da temperatura ambiente.

4.8 Coordenação com os dispositivos de proteção contra curto-circuito (DPCC)


O fabricante deve especificar o tipo ou as características do DPCC para ser usado com o equipamento ou internamente a
este, conforme o caso, e a máxima corrente de curto-circuito presumida para a qual o equipamento, incluindo o DPCC, é
apropriado na(s) tensão(ões) operacional(is) especificada(s).

NOTA É recomendado que a corrente seja representada na abcissa e o tempo na ordenada, usando escalas logarítmicas. É
recomendado que a corrente seja representada como um múltiplo da corrente de ajuste e o tempo em segundos no gráfico padrão
detalhado na ABNT NBR IEC 60269-1 (primeira edição, 5.6.4) e ABNT NBR IEC IEC 60269-2 (figuras 1 a 7).
PROJETO 03:017.05-004:2005 39

4.9 Sobretensões de manobra


O fabricante deve especificar o valor máximo das sobretensões de manobra causadas pela manobra do dispositivo de
manobra, quando requerido pela norma de produto correspondente.

Este valor não deve exceder a tensão de impulso suportável nominal (ver 4.3.1.3).

5 Informações do produto

5.1 Natureza das informações


As seguintes informações devem ser fornecidas pelo fabricante, quando requeridas pela norma de produto
correspondente:

Identificação:

- nome ou marca do fabricante;

- designação do tipo ou número de série;

- número da norma de produto correspondente, se o fabricante declara estar em conformidade.

Características:

- tensões de operação nominais (ver 4.3.1.1 e nota de 5.2);

- categoria de utilização e correntes de operação nominais (ou potências nominais ou correntes nominais em regime
contínuo), nas tensões de operação nominais do equipamento (ver 4.3.1.1, 4.3.2.3, 4.3.2.4 e 4.4). Em certos casos,
estas informações podem ser completadas pelo valor de referência da temperatura ambiente, na qual o equipamento
tenha sido calibrado;

- o(s) valor(es) da(s) freqüência(s) nominal(is), por exemplo, 50Hz, 50 Hz/60 Hz, e/ou a indicação “c.c.” ou do símbolo
;

- regime de carga nominal, com a indicação da classe de regime de carga intermitente, se existir (ver 4.3.4);

- capacidades nominais de estabelecimento e/ou de interrupção. Estas indicações podem ser substituídas, onde
aplicável, pela indicação da categoria de utilização;

- tensão de isolamento nominal (ver 4.3.1.2);

- tensão de impulso suportável nominal (ver 4.3.1.3);

- sobretensão de manobra (ver 4.9);

- corrente suportável de curta duração nom inal associada com sua duração, onde aplicável (ver 4.3.6.1);

- capacidades nominais de estabelecimento e/ou de interrupção em curto-circuito, onde aplicável (ver 4.3.6.2 e 4.3.6.3);

- corrente de curto-circuito condicional nominal, onde aplicável (ver 4.3.6.4);

- código IP, em caso de equipamento com invólucro (ver anexo C);

- grau de poluição (ver 6.1.3.2);

- tipo e características máximas nominais do dispositivo de proteção contra curto-circuito, onde aplicável;

- classe de proteção contra choque elétrico (ver IEC 61140), onde aplicável;

- tensão nominal do circuito de comando, tipo de corrente e freqüência;

- tensão nominal da alimentação de comando, tipo de corrente e freqüência, se diferentes da bobina de comando;

- pressão nominal do ar comprimido e limites de variação de pressão (para equipamento de comando pneumático);

- aptidão ao seccionamento (função de isolação adequada).

NOTA Esta lista não é exaustiva.

5.2 Marcação
Todas as informações correspondentes, como detalhadas em 5.1, que devem ser marcadas no equipamento, devem ser
especificadas na norma de produto correspondente.

As marcações devem ser indeléveis e facilmente legíveis.

A marcação do nome ou da marca do fabricante e da designação do tipo ou do número de série são obrigatórias no
equipamento e, preferencialmente, na placa de identificação, se existir, de forma a permitir a obtenção de todas as
informações junto ao fabricante.

NOTA Nos EUA e no Canada, a tensão de operação nominal Ue, pode ser marcada como segue:
40 PROJETO 03:017.05-004:2005

a) em equipamento para uso trifásico – sistemas de quatro condutores, com ambos os valores da tensão fase-terra e fase-fase, por
exemplo, 277/480 V;

b) em equipamento para uso trifásico – sistemas de três condutores, com o valor da tensão fase-fase, por exemplo, 480 V.

As informações seguintes devem também ser marcadas e visíveis após a montagem:

- sentido do movimento do atuador (ver 7.1.4.2), se aplicável;

- indicação da posição do atuador ( ver também 7.1.5.1 e 7.1.5.2);

- marca de aprovação ou certificação, se aplicável;

- para equipamentos miniaturizados, símbolos, código de cores ou código de letras;

- identificação e marcação dos bornes (ver 7.1.7.4);

- código IP e classe de proteção contra choque elétrico, quando aplicável (marcado preferencialmente no equipamento,
na medida do possível);

- aptidão ao seccionamento, onde aplicável, com o símbolo da função isolação de acordo com a IEC 60617-7,
referência 07-01-03, combinado com o símbolo da função, apropriado para o equipamento, por exemplo:

para um disjuntor apto ao seccionamento;

para um interruptor seccionador.

Este símbolo deve ser:

- clara e inequivocamente marcado;

- visível quando o equipamento está instalado como em serviço e o atuador está acessível.

Este requisito aplica-se ao equipamento sem invólucro ou com invólucro, de acordo com 7.1.10.

Este requisito também é aplicável se o símbolo estiver integrado em um esquema de fiação e quando este esquema for a
única marcação que indica a aptidão ao seccionamento.

5.3 Instruções para instalação, para operação e para manutenção


O fabricante deve especificar em seus documentos ou catálogos as condições para instalação, operação e manutenção,
se existirem, do equipamento durante a operação e depois de uma falha.

O fabricante deve, também, especificar as medidas a serem consideradas relativas a compatibilidade eletromagnética
EMC, se existirem. Para o equipamento adequado somente ao ambiente A (ver 7.3.1) o fabricante deve indicar na
documentação a seguinte informação:

ATENÇÃO

Este produto foi projetado para ambiente A. O uso deste produto em ambiente B pode causar perturbação
eletromagnética não desejada, caso em que o usuário pode ser solicitado a tomar medidas adequadas para atenuação.

Se necessárias, as instruções para o transporte, a instalação e a operação do equipamento devem indicar as medidas
que são de particular importância para a exata e correta instalação, comissionamento e operação do equipamento.

Estes documentos devem indicar a extensão e a frequência recomendadas para a manutenção, se existir.

NOTA Todos os equipamentos abrangidos por esta Norma não são necessariamente projetados para ter manutenção.

6 Condições normais de serviço, de montagem e de transporte

6.1 Condições normais de serviço


Os equipamentos em conformidade com esta Norma devem ser capazes de funcionar nas seguintes condições
normalizadas:

NOTA Para as condições não normalizadas de serviço, ver anexo B. Estas condições podem requerer acordo entre o fabricante e o
usuário.

6.1.1 Temperatura ambiente


A temperatura ambiente não deve exceder +40°C e sua média em um período de 24 h não deve exceder +35°C.

O limite inferior da temperatura ambiente é –5°C.

A temperatura ambiente é a que existe na vizinhança do equipamento se for fornecido sem invólucro, ou na vizinhança do
invólucro se for fornecido com um invólucro.

NOTA 1 Convém que os equipamentos previstos para serem utilizados em locais onde a temperatura ambiente é superior a +40°C (por
exemplo, em fornalhas, caldeiras, países tropicais) ou inferior a –5°C (por exemplo, -25°C, como requerido pela IEC 60439-1 para
PROJETO 03:017.05-004:2005 41

montagens de dispositivos de manobra e controle de baixa tensão instalados ao ar livre) sejam projetados ou utilizados conforme a
norma de produto correspondente, onde aplicável, ou conforme acordo entre fabricante e usuário. As informações contidas no catálogo
do fabricante podem substituir esse acordo.

NOTA 2 A temperatura ambiente de referência normalizada para certos tipos de equipamentos, por exemplo, disjuntores ou relés de
sobrecarga para chaves de partida, é indicada na norma de produto correspondente.

6.1.2 Altitude
A altitude do local de instalação não deve exceder 2 000 m.

NOTA Para equipamentos a serem utilizados em altitudes superiores, é necessário levar em consideração a redução da tensão
suportável e do efeito de resfriamento do ar. Os equipamentos elétricos previstos para operar nessas condições devem ser projetados ou
utilizados conforme acordo entre o fabricante e o usuário.

6.1.3 Condições atmosféricas

6.1.3.1 Umidade
A umidade relativa do ar não deve exceder 50 % a uma temperatura máxima de +40 °C. Umidades relativas mais
elevadas podem ser permitidas em temperaturas menores, por exemplo, 90 % a +20 °C. Medidas especiais podem ser
necessárias em casos de condensação ocasional devido a variações de temperatura.

NOTA Os graus de poluição, como estabelecidos em 6.1.3.2, definem mais precisamente as condições do ambiente.

6.1.3.2 Grau de poluição


O grau de poluição (ver 2.5.58) refere-se às condições do ambiente para as quais o produto é previsto.

NOTA 1 O micro ambiente de uma distância de escoamento ou de isolamento e não o ambiente do equipamento é que determina o efeito
sobre o isolamento. O micro ambiente pode ser melhor ou pior que o ambiente do equipamento. Ele inclui todos os fatores que
influenciam a isolação, como as condições climáticase eletromagnéticas, geração de poluição etc.

Para o equipamento previsto para uso dentro de um invólucro ou provido de um invólucro integrado, o grau de poluição do
ambiente no interior do invólucro é aplicável.

Para avaliar as distâncias de escoamento e de isolamento, os quatro graus de proteção de poluição do micro ambiente
seguintes são estabelecidos (distâncias de escoamento e de isolamento de acordo com os diferentes graus de poluição
são indicados nas tabelas 13 e 15):

Grau de poluição 1:

Sem poluição ou somente ocorre uma poluição seca não condutora.

Grau de poluição 2:

Normalmente, somente ocorre poluição não condutora. No entanto, ocasionalmente, uma condutividade temporária
causada por condensação pode ser esperada.

Grau de poluição 3:

Ocorre uma poluição condutora ou uma poluição seca não condutora que se torna condutora devido a condensação.

Grau de poluição 4:

A poluição provoca condutividade contínua causada, por exemplo, por poeira condutora ou por chuva ou neve.

Grau de poluição normal para aplicações industriais:

Salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente, o equipamento para aplicações industriais é,
geralmente, destinado para utilização em ambiente de grau de poluição 3. Entretanto, outros graus de poluição podem ser
aplicados dependendo de usos particulares ou do micro ambiente.

NOTA 2 O grau de poluição do micro ambiente para o equipamento pode ser influenciado pela instalação do mesmo em um invólucro.

Grau de poluição normal para aplicações domésticas e similares:

Salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente, o equipamento para aplicações domésticas e
similares é, geralmente, destinado para utilização em ambiente de grau de poluição 2.

6.1.4 Impácto e vibração


As condições normalizadas de impacto e vibração às quais o equipamento pode ser submetido estão em estudo.

6.2 Condições durante o transporte e a armazenagem


Um acordo especial deve ser feito entre o usuário e o fabricante se as condições durante o transporte e a armazenagem,
por exemplo, temperatura e umidade, diferirem das definidas em 6.1, exceto que, de outra maneira especificada, as
seguintes faixas de temperatura aplicadas durante o transporte e o armazenamento: entre -25°C e +55°C e, para
pequenos períodos não excedendo 24 h, até +70°C.
42 PROJETO 03:017.05-004:2005

Os equipamentos sujeitos a estas temperaturas extremas sem serem operados não devem sofrer qualquer dano
irreversível e devem, então, operar normalmente nas condições especificadas.

6.3 Montagem
O equipamento deve ser montado de acordo com as instruções do fabricante.

7 Requisitos de construção e de desempenho

7.1 Requisitos de construção


O equipamento com seu invólucro, se existir, integrado ou não, deve ser projetado e construído para suportar a tensão
que ocorre durante a instalação e em uso normal e, em adição, deve prover um grau de resistência especificado ao calor
anormal e ao fogo.

NOTA É reconhecida a necessidade de reduzir os impactos de um produto sobre o meio ambiente durante todas as fases de sua vida . O
auxílio no estudo dos aspectos ambientais relativo aos produtos abrangidos pelas IEC 60947 é indicada no anexo O.

7.1.1 Materiais
A adequação dos materiais utilizados é verificada pela realização dos ensaios:

a) no equipamento; ou

b) nas partes retiradas do equipamento; ou

c) em amostras de material idêntico tendo uma seção transversal representativa.

A adequação deve ser determinada com respeito à resistência ao calor anormal e ao fogo.

O fabricante deve indicar quais são os ensaios, dentre a), b) e c), que devem ser realizados.

Quando um material idêntico tendo seção transversal representativa já tiver satisfeito aos requisitos de algum dos ensaios
de 8.2.1, então, estes ensaios não precisam ser repetidos.

7.1.1.1 Resistência ao calor anormal e ao fogo


As partes em material isolante que possam ser expostas a tensões térmicas devido a efeitos elétricos e a deterioração
que possa diminuir a segurança do equipamento, não devem ser afetadas pelo calor anormal e pelo fogo.

Os ensaios nos equipamentos devem ser realizados pelo ensaio de fio incandescente da IEC 60695-2-10 e IEC 60695-2-
11.

As partes em material isolante, necessárias para reter as partes condutoras de corrente em posição, devem satisfazer aos
ensaios de fio incandescente de 8.2.1.1.1 a uma temperatura de ensaio de 850°C ou 960°C de acordo com o risco de fogo
esperado. As normas de produto devem especificar o valor apropriado para o produto, considerando o anexo A da IEC
60695-2-11.

As partes em material isolante, além daquelas especificadas no parágrafo anterior, devem satisfazer aos requisitos de
ensaio de fio incandescente de 8.2.1.1.1 a uma temperatura de 650°C.

NOTA Para as pequenas partes, como especificado em IEC 60695-2-11, a norma de produto correspondente pode especificar outro
ensaio (por exemplo, o ensaio de agulha incandescente, de acordo com a IEC 60695-2-2). O mesmo procedimento pode ser aplicável por
outras razões práticas quando a parte metálica é grande, comparada com o material isolante (por exemplo os conectores).

Quando os ensaios em materiais são aplicados, eles devem ser feitos de acordo com os ensaios para a categoria de
inflamabilidade, ignição por fio quente e, onde aplicável, ignição por arco, como especificado em 8.2.1.1.2.

A norma de produto correspondente deve especificar a categoria de inflamabilidade requerida da IEC 60695-11-10.

Os ensaios devem ser realizados de acordo com o anexo M. Os requisitos para os ensaios de ignição por fio quente e de
ignição por arco, relativos à categoria de inflamabilidade dos materiais devem estar em conformidade com a tabela M.1.

O fabricante pode apresentar dados do fornecedor de material isolante para demonstrar a conformidade com este
requisito.

7.1.2 Partes condutoras de corrente e suas conexões


As partes condutoras de corrente devem ter resistência mecânica e capacidade de condução de corrente necessárias
para o seu uso destinado.

Para as conexões elétricas, nenhuma pressão de contato deve ser transmitida através de outros materiais isolantes
exceto a cerâmica, ou outro material com características não menos equivalentes, a menos que exista elasticidade
suficiente nas partes metálicas para compensar alguma possível contração ou deformação do material isolante.

A conformidade deve ser verificada por inspeção e pela realização da seqüência de ensaios conforme a norma de produto
correspondente.

NOTA Nos EUA, o uso de unidades de aperto em que a pressão é transmitida por meio de outros materiais isolantes além da cerâmica é
permitido somente nas seguintes circunstancias:
PROJETO 03:017.05-004:2005 43

1 onde a unidade de aperto é parte de um conector;

2 onde um ensaio de temperatura demonstrar que os limites de temperatura do material isolante e dos bornes, em conformidade com a
norma de produto correspondente, não são excedidos; e

3 quando um metal elástico é utilizado na fabricação da unidade de aperto para compensar as perdas de pressão de aperto devido à
deformação do material isolante.

7.1.3 Distâncias de escoamento e de isolamento


Para equipamentos ensaiados de acordo com 8.3.3.4 desta Norma, os valores mínimos são indicados nas tabelas 13 e
15.

Os requisitos elétricos são indicados em 7.2.3.

Em outros casos, orientação para valores mínimos é indicada na norma de produto correspondente.

7.1.4 Atuador

7.1.4.1 Isolamento
O atuador do equipamento deve ser isolado das partes vivas para a tensão de isolamento nominal e, se aplicável, tensão
de impulso suportável nominal.

Além disso:

- se ele é feito de metal, ele deve ser capaz de conectar-se satisfatoriamente a um condutor de proteção a menos que
ele seja provido de isolação suplementar satisfatória;

- se ele é feito ou coberto de material isolante, toda parte interna metálica, a qual possa tornar-se acessível em eventual
falha de isolação, deve, também, ser isolada das partes vivas pela tensão nominal de isolamento .

7.1.4.2 Sentido do movimento

7.1.5 O sentido de manobra dos atuadores dos dispositivos deve normalmente estar em conformidade com a IEC 60447.
Onde os dispositivos não puderem estar em conformidade com esses requisitos, por exemplo, devido a aplicações
especiais ou posições de montagem alternativas, eles devem ser claramente marcados para que não existam dúvidas
quanto às posições "I" e "O" e o sentido da manobra.Indicação da posição dos contatos

7.1.5.1 Dispositivos indicadores de posição


Quando um equipamento é provido com meios para indicar as posições fechada e aberta, estas posições devem ser
inequívoca e claramente indicadas. Isto é feito por um dispositivo indicador de posição (ver 2.3.18).

NOTA No caso de equipamento com invólucro, a indicação pode ou não ser visível de fora do invólucro.

A norma de produto correspondente pode especificar se o equipamento é provido com dispositivo indicador.

Se forem usados símbolos, eles devem indicar as posições fechada e aberta respectivamente, de acordo com a IEC
60417-2:

60417-2-IEC-5007 I Ligado (energizado)

60417-2-IEC-5008 O Desligado (desenergizado)

Para equipamentos manobrados por meio de dois botões de pressão, somente o botão designado para a manobra de
abertura deve ser vermelho ou marcado com o símbolo "O".

A cor vermelha não deve ser usada para nenhum outro botão de pressão.

As cores dos outros botões de pressão, botões de pressão iluminados e indicador luminoso devem estar de acordo com a
IEC 60073.

7.1.5.2 Indicação pelo atuador de comando


Quando um orgão de comando é utilizado para indicar a posição dos contatos, ele deve automaticamente assumir ou
permanecer, quando acionado, na posição correspondente àquela dos contatos móveis; neste caso, o orgão de comando
deve ter duas posições de repouso distintas correspondentes às posições dos contatos móveis, mas uma terceira
posição distinta do orgão de comando pode ser prevista, em caso de abertura automática.

7.1.6 Requisitos adicionais para equipamento apto ao seccionamento

7.1.6.1 Requisitos adicionais de construção


NOTA 1 Nos EUA, os dispositivos que atendam estes requisitos adicionais não são aceitos como garantia de seccionamento, por si só.
Os requisitos de seccionamento e os procedimentos são cobertos pelos regulamentos federais correspondentes e normas de
manutenção.
44 PROJETO 03:017.05-004:2005

Os equipamentos adequados aos seccionamentos devem assegurar na posição aberto (ver 2.4.21) uma distância de
seccionamento em conformidade aos requisitos necessários para satisfazer a função de seccionamento (ver 7.2.3.1 e
7.2.7). A indicação da posição dos contatos principais deve ser fornecida por um ou mais dos seguintes dispositivos:

- a posição do orgão de comando;

- um indicador mecânico separado;

- visibilidade dos contatos móveis.

A eficácia de cada um dos dispositivos de indicação fornecido no equipamento e sua resistência mecânica devem ser
verificados de acordo com 8.2.5.

Quando os dispositivos são fornecidos ou especificados pelo fabricante para travar o equipamento na posição aberta, o
travamento nesta posição somente deve ser possível quando os contatos principais estiverem na posição aberta. Isto
dever ser verificado conforme 8.2.5.

O equipamento deve ser projetado de tal forma que o atuador de comando, o painel frontal ou a cobertura estejam
ajustados ao equipamento de modo que assegure a indicação correta da posição dos contatos e o travamento, se
previsto.

NOTA 2 O travamento na posição fechada é permitido para aplicações particulares.

NOTA 3 Quando forem fornecidos contatos auxiliares para fins de intertravamento, convém que o tempo de operação dos contatos
auxiliares e principais sejam declarados pelo fabricante. Requisitos mais específicos podem ser indicados na norma de produto
correspondente.

A posição indicada aberto é a única posição na qual é assegurada a distância de isolamento especificada entre os
contatos.

Para os equipamentos previstos de posições tais como “posição disparado” ou “posição de espera” que não são a posição
aberta indicada, estas posições devem ser identificadas claramente. A marcação de tais posições não devem incluir os
símbolos “I” ou “O”.

Um atuador de comando que possui apenas uma posição de repouso não deve ser considerado como apropriado pra
indicar a posição dos contatos principais.

7.1.6.2 Requisitos adicionais para os equipamentos que asseguram o intertravamento elétrico com contatores ou
disjuntor
Quando o equipamento apto para o seccionamento é provido de um interruptor auxiliar para intertravamento elétrico, com
contator(es) ou disjuntor(es), e previsto para ser utilizado em circuitos de motor, os seguintes requisitos devem ser
aplicados, a menos que o equipamento seja classificado para categoria de emprego AC-23.

Um interruptor auxiliar deve ser classificado de acordo com a IEC 60947-5-1 como declarado pelo fabricante.

O intervalo de tempo entre a abertura dos contatos do interruptor auxiliar e dos contatos dos pólos principais devem ser
suficientes para assegurar que o contator associado ou o disjuntor interrom pa a corrente antes que os pólos principais do
equipamento se abram.

Salvo prescrição em contário na documentação técnica do fabricante, o intervalo de tempo não deve ser menor que 20 ms
quando o equipamento é manobrado de acordo com as instruções do fabricante.

A conformidade dever ser verificada pela medição do intervalo de tempo entre o instante de abertura do interruptor auxiliar
e o instante de abertura dos pólos principais sob condição sem carga, quando o equipamento é manobrado de acordo
com as instruções do fabricante.

Durante a operação de fechamento, os contatos do interruptor auxiliar devem fechar após ou simultaneamente com os
contatos dos pólos principais.

Um intervalo de tempo de abertura apropriado pode também ser fornecido por uma posição intermediária (entre as
posições LIGADO e DESLIGADO) em que o(s) contato(s) de intertravamento está(ão) aberto(s) e os pólos principais
permanecem fechados.

7.1.6.3 Requisitos adicionais para equipamento fornecido com meios para travamento com cadeado na posição
aberta.
Os meios de travamento devem ser projetados de tal forma que não possam ser removidos com o(s) cadeado(s)
apropriadamente instalado(s). Quando o equipamento estiver travado, até mesmo por um só cadeado, não deve ser
possível por manobra do orgão de com ando reduzir a distância de isolamento entre os contatos abertos, de tal forma que
não mais satisfaçam aos requisitos de 7.2.3.1b).

Alternativamente, o projeto pode oferecer meios de bloqueio com cadeado para prevenir acesso ao orgão de comando.

A conformidade aos requisitos para travar com cadeado o orgão de comando dever ser verificada usando-se o cadeado
especificado pelo fabricante ou de uma medida equivalente, nas as condições mais adversas, para simular o travamento.
A força F especificada em 8.2.5.2.1 deve ser aplicada ao orgão de comando numa tentativa de manobrar o equipamento
da posição aberto para a fechada. Enquanto a força F é aplicada, o equipamento deve ser submetido a uma tensão de
PROJETO 03:017.05-004:2005 45

ensaio através dos contatos abertos. O equipamento deve ser capaz de suportar a tensão de ensaio exigida de acordo
com a tabela 14 apropriada para a tensão de impulso suportável nominal.

7.1.7 Bornes

7.1.7.1 Requisitos construtivos


Todas as partes dos bornes que mantêm contato e conduzem corrente devem ser de metalcom resistência mecânica
adequada.

As conexões dos bornes devem ser de tal forma que os condutores possam ser conectados por meio de parafusos,
presilhas ou outro meio equivalente, assegurando que a pressão de contato necessária seja mantida.

Os bornes devem ser construídos de tal forma que os condutores possam ser fixados entre superfícies apropriadas sem
nenhum dano significativo nos condutores ou nos bornes.

Os bornes não devem permitir aos condutores se movimentarem, nem poder os mesmos serem deslocados de maneira a
causar

Os bornes não devem permitir aos condutores se movimentarem, nem poder os menos movimentarem entre si de
maneira prejudicial à operação do equipamento e a tensão de isolamento não deve ser reduzida abaixo dos valores
nominais.

Se requeridos pela aplicação, os bornes e oscondutores podem ser conectados por meio de olhal para condutores de
cobre unicamente.

NOTA 1 Exemplos de dimensões externas de terminal olhal apropriados para serem conectados diretamente aos bornes com porca do
equipamento são indicados no anexo P.

Exemplos de bornes são indicados no anexo D.

Os requisitos desta subseção devem ser verificados pelos ensaios 8.2.4.2, 8.2.4.3 e 8.2.4.4, onde aplicáveis.

NOTA 2 Os países da América do Norte têm requisitos específicos para bornes apropriados para condutores de alumínio e marcações
para identificar o uso de condutores de alumínio.

7.1.7.2 Capacidade de conexão


O fabricante deve determinar o tipo (rígido - sólido ou encordoado - ou flexível), as seções transversais mínima e máxima
dos condutores para os quais o borne é adequado e, se aplicável, o número de condutores conectáveis simultaneamente
ao borne. Porém, a seção transversal máxima não deve ser menor que aquela definida em 8.3.3.3 para o ensaio de
elevação de temperatura e o borne deve ser adequado a condutores do mesmo tipo (rígido - sólido ou encordoado - ou
flexível) no mínimo duas seções menores, como indicado na coluna apropriada da tabela 1.

NOTA 1 Diferentes normas de produto podem prescrever seções transversais de condutores menores que a seções transversais
nominais mínimas.

NOTA 2 Por causa da queda de tensão e outras considerações, as normas de produto podem prescrever que os bornes sejam
apropriados para condutores com seções transversais maiores que aquelas especificadas para o ensaio de elevação de temperatura. As
normas de produto podem fornecer a relação entre seção transversal do condutor e as correntes nominais.

Os valores normalizados das seções transversais de condutores redondos de cobre (expressos no sistema métrico e
AWG/kcmil) são indicados na tabela 1, que também fornece a relação aproximada entre seções transversais do sistema
métrico ISO e AWG/kcmil.

7.1.7.3 Conexão
Os bornes para conexão de condutores externos devem ser facilmente acessíveis durante a instalação.

Os parafus os e as porcas não devem servir para fixar qualquer outro componente, apesar de servirem para segurar os
bornes no lugar ou prevenir que girem.

7.1.7.4 Identificação e marcação do borne


Os bornes devem ser identificados de maneira clara e permanentede acordo com a IEC 60445 e o anexo L, salvo outras
prescrições da norma de produto correspondenete.

Os bornes destinados exclusivamente para a conexão do condutor neutro devem ser identificados pela letra “N”, em
conformidade com a IEC 60145.

O borne terra de proteção deve ser identificado em conformidade com 7.1.9.3.

7.1.8 Requisitos adicionais para equipamento provido de um pólo neutro.


Quando um equipamento é provido de um pólo destinado exclusivamente para conectar o neutro, este pólo deve ser
claramente identificado pela letra “N” (ver 7.1.7.4).

O pólo neutro seccionado não deve interromper a corrente antes dos outros pólos e não deve estabelecer a corrente
após os outros pólos.
46 PROJETO 03:017.05-004:2005

Se um pólo tendo uma capacidade de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito (ver 2.5.14 e 2.5.15) for utilizado
como um pólo neutro, então, todos os pólos, inclusive o pólo neutro, podem operar simultaneamente.

NOTA O pólo neutro pode estar provido de um disparador de sobrecorrente.

Para um equipamento que tem um valor de corrente térmica convencional ao ar livre ou com invólucro, (ver 4.3.2.1 e
4.3.2.2) não excedendo a 63 A, este valor deve ser o mesmo para todos os pólos.

Para valores de corrente térmica convencional superiores, o pólo neutro pode ter valor de corrente térmica convencional
diferente daqueles dos outros pólos, mas não menor que a metade deste valor ou de 63 A, o que for maior.

7.1.9 Disposições para aterramento de proteção

7.1.9.1 Requisitos construtivos


As massas condutoras expostas (por exemplo: chassis, estruturas e partes fixas de um invólucro metálico) diferentes
daquelas que não podem representar perigo, devem ser eletricamente interconectadas e conectadas a um borne terra de
proteção para conexão a um eletrodo terra ou a um condutor de proteção externo.

Este requisito pode ser atendido pelas partes estruturais normais que fornecem continuidade elétrica adequada e aplica-
se ao equipamento utilizado isoladamente ou incorporado a um conjunto.

NOTA Se necessário, os requisitos e os ensaios podem ser especificados na norma de produto correspondente.

As partes condutoras expostas não são consideradas perigosas se não puderem ser tocadas em grandes áreas ou
tocadas com a mão, ou se forem de tamanho reduzido (aproximadamente 50 mm X 50 mm), ou se estiverem localizadas
de forma a impedir qualquer contato com partes vivas.

Exemplos disto são parafusos, rebites, placa de identificação, núcleo de transformador, eletroímãs de dispositivos de
manobra e certas partes dos disparadores, independente de seus tamanhos.

7.1.9.2 Borne terra de proteção


O borne terra de proteção deve ser facilmente acessível e disposto de tal forma que a conexão do equipamento ao
eletrodo terra ou ao condutor de proteção é mantida quando a cobertura ou qualquer outra parte removível é retirada.

O borne terra de proteção deve ser adequadamente protegido contra corrosão.

Em caso de equipamento com estruturas condutoras, invólucros etc., devem ser fornecidos meios, se necessário, para
assegurar continuidade elétrica entre as massas do equipamento e cobertura metálica dos condutores de conexão.

O borne terra de proteção não deve ter outra função, exceto quando é destinado para ser conectado a um condutor PEN
(ver Nota de 2.1.1.5). Neste caso, ele deve ter, adicionalmente, a função de um borne neutro para satisfazer aos
requisitos aplicáveis ao borne terra de proteção..Marcação e identificação do borne terra de proteção

O borne terra de proteção deve ser identificado de maneira clara e permanente pela sua marcação.

A identificação deve ser realizada pela cor (verde-amarelo) ou pela notação PE ou PEN, conforme aplicável, em
conformidade com 5.3 da IEC 60445, ou, no caso do PEN, pelo símbolo gráfico sobre o equipamento.

O símbolo gráfico a ser utilizado é o símbolo:

60417-2- IEC - 5019 Terra de proteção

em conformidade com a IEC 60417-2.

NOTA O símbolo (60417-2–IEC–5017), recomendado anteriormente, deve ser progressivamente substituído pelo símbolo
preferencial 60417-2-IEC-5019 representado acima.

7.1.10 Invólucros para equipamento


Os seguintes requisitos são aplicáveis somente para invólucros fornecidos ou destinados a serem utilizados com o
equipamento.

7.1.10.1 Projeto
O invólucro deve ser projetado de tal forma que, quando ele for aberto e forem removidos os meios de proteção, se
houver, todas as partes que requeiram acesso para instalação e manutenção, como prescrito pelo fabricante, sejam
facilmente acessíveis.

Um espaço suficiente deve ser provido no interior do invólucro para a acomodação dos condutores externos, desde seu
ponto de entrada no invólucro até os bornes, para assegurar conexão adequada.

As partes fixas de um invólucro metálico devem ser conectadas eletricamente a outras partes condutoras expostas do
equipamento e conectadas a um borne que possibilite aterramento delas ou conectadas a um condutor de proteção.

Em nenhum caso uma parte metálica removível do invólucro deve estar isolada da parte onde é conectada ao borne terra
quando a parte removível estiver em seu lugar.
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As partes removíveis do invólucro devem ser solidamente montadas às partes fixas por um dispositivo de maneira que
elas não possam ser soltas acidentalmente ou desprendidas pelos efeitos da manobra ou vibrações do equipamento.

Quando um invólucro é projetado de maneira a permitir que as coberturas a serem abertas sem o uso de ferramentas,
medidas devem ser tomadas para evitar a perda dos dispositivos de fixação.

Um invólucro integrado é considerado como sendo uma parte não removível.

Se o invólucro for utilizado para montar botões de pressão, convém que a remoção dos botões seja feita pelo lado de
dentro do invólucro. A remoção pelo lado de fora do invólucro deve ocorrer somente com a utilização de ferramentas para
esta finalidade.

7.1.10.2 Isolamento
Se, para prevenir contato acidental entre um invólucro metálico e as partes vivas, o invólucro é parcial ou completamente
recoberto com material isolante, então, esta isolação deve ser seguramente fixada ao invólucro.

7.1.11 Graus de proteção do equipamento com invólucro


Os graus de proteção do equipamento com invólucro e os ensaios correspondentes são indicados no anexo C.

7.1.12 Tração, torção e flexão dos eletrodutos metálicos


Os invólucros em polímeros de equipamentos, integrados ou não, previstos com entradas para eletrodutos metálicos com
rosca, previstos para conexão a eletrodutos metálicos rígidos com rosca, previstos para um serviço pesado conforme a
norma IEC 60981 devem suportar os esforços mecânicos que ocorrerem durante a instalação, tais como tração, torção e
flexão.

A conformidade deve ser verificada pelo ensaio de 8.2.7.

7.2 Requisitos de desempenho


Os seguintes requisitos são aplicáveis a equipamentos novos e em perfeito estado, salvo indicação em contrário na norma
de produto correspondente.

7.2.1 Condições de operação

7.2.1.1 Generalidades
O equipamento deve ser manobrado de acordo com as instruções do fabricante ou com a norma de produto
correspondente, especialmente para equipamentos com manobra manual, onde as capacidades de estabelecimento e de
interrupção podem depender da habilidade do operador.

7.2.1.2 Limites de operação do equipamento manobrado por fonte externa de energia


Salvo indicação em contrário na norma de produto correspondente, o estabelecimento dos equipamentos
eletromagnéticos e eletro-pneumáticos devem operar com qualquer tensão de alimentação entre 85% e 110% do seu
valor nominal Us e a uma temperatura ambiente entre –5°C e +40°C. Estes limites se aplicam a c.c. ou c.a., conforme
apropriado.

Para os equipamentos pneumáticos e eletro-pneumáticos, os limites da pressão de alimentação do ar são, salvo indicação
em contrário, 85% e 110% da pressão nominal.

Onde uma faixa de operação é dada, o valor de 85% deve se aplicar ao limite inferior da faixa e o valor de 110% ao limite
superior.

NOTA Para equipamentos com trava, convém que os limites de operação sejam objeto de um acordo entre o fabricante e o usuário.

Para equipamentos eletromagnéticos e eletro-pneumáticos, a tensão de desarme não deve ser superior a 75% da tensão
nominal de alimentação de comando Us , nem inferior a 20% de Us no caso de c.a. na freqüência nominal, ou 10% de Us
no caso do c.c..

Para equipamentos pneumáticos e eletro-pneumáticos, salvo especificação em contrário, a abertura deve ocorrer a uma
pressão entre 75% e 10% da pressão nominal.

Onde a faixa de operação é dada, o valor de 20% ou 10%, conforme o caso, deve se aplicar ao limite superior da faixa e o
valor de 75% ao limite inferior da faixa.

No caso de bobinas, os valores limites de desarme aplicam -se quando a resistência do circuito da bobina é igual àquela
obtida a –5°C. Isto pode ser verificado pelo cálculo baseado nos valores obtidos à temperatura ambiente normal.

7.2.1.3 Limites de operação dos relés e disparadores de subtensão


a) Tensão de operação

Um relé ou disparador de subtensão, quando associado a um dispositivo de manobra, deve provocar a interrupção do
equipamento mesmo com a tensão caindo lentamente dentro da faixa de 70% e 35% da sua tensão nominal.
48 PROJETO 03:017.05-004:2005

NOTA Uma disparador de falta de tensão é um tipo especial de disparador de subtensão para o qual a tensão de funcionamento está
entre 35% e 10% da tensão nominal de alimentação.

Um relé ou disparador de subtensão deve impedir o fechamento do equipamento quando a tensão de alimentação for
inferior a 35% da tensão nominal do relé ou do disparador; ele deve permitir o fechamento do equipamento à tensão
de alimentação igual ou superior a 85% do seu valor nominal.

Salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente, o limite superior da tensão de alimentação
deve ser 110% do seu valor nominal.

Os valores indicados acima aplicam -se igualmente a c.c. e a c.a. na freqüência nominal.

b) Tempo de operação

Para um relé ou disparador de subtensão com retardo de tempo, o retardo deve ser medido a partir do instante em que
a tensão atinge o valor ajustado de operação até o instante em que o relé ou disparador acione o dispositivo de
disparo do equipamento.

7.2.1.4 Limites de operação dos disparadores em derivação


Um disparador em derivaçãode abertura deve provocar o desligamento sob qualquer condição de operação de um
equipamento, quando a tensão de alimentação do disparador em derivação, medida durante a operação de desligamento,
permanecer entre 70% e 110% da tensão nominal de alimentação de comando, no caso de c.a., na freqüência nominal.

7.2.1.5 Limites de operação dos relés e disparadores operados por variação de corrente
Os limites de operação dos relés e disparadores operados por variação de corrente devem ser definidos na norma de
produto correspondente.

NOTA O termo “relés e disparadores operados por variação de corrente” engloba os relés ou disparadores de sobrecorrente, relés ou
disparadores de sobrecarga, relés ou disparadores de corrente inversa etc.

7.2.2 Elevação de temperatura


As elevações de temperatura das partes de um equipamento, medidas durante o ensaio efetuado nas condições
especificadas em 8.3.3.3, não devem ultrapassar os valores determinados nesta subseção.

NOTA 1 A elevação de temperatura em serviço normal pode diferir dos valores de ensaio, dependendo das condições de instalação e do
diâmetro dos condutores conectados.

NOTA 2 Os limites de elevação de temperatura indicados nas tabelas 2 e 3 aplicam-se ao equipamento ensaiado em condições de novo
e em perfeito estado. Valores diferentes podem ser prescritos nas normas de produto para diferentes condições de ensaio e para
dispositivos de pequenas dimensões, mas não excedendo os valores acima por mais de 10 K.

7.2.2.1 Bornes
As elevações de temperatura nos bornes não devem exceder os valores indicados na tabela 2.

7.2.2.2 Partes acessíveis


As elevações de temperatura das partes acessíveis não devem exceder os valores indicados na tabela 3.

NOTA Os limites de elevações de temperatura de outras partes são indicados em 7.2.2.8.

7.2.2.3 Temperatura ambiente


Os limites da elevação de temperatura indicados nas tabelas 2 e 3 são aplicáveis somente se a temperatura ambiente
permanecer dentro dos limites indicados em 6.1.1.

7.2.2.4 Circuito principal


O circuito principal de um equipamento deve ser capaz de conduzir corrente térmica convencional do equipamento sem
que as elevações de temperatura excedam os limites especificados nas tabelas 2 e 3, quando ensaiado de acordo com
8.3.3.3.4.

7.2.2.5 Circuitos de comando


Os circuitos de comando de um equipamento, incluindo os dispositivos dos circuitos de comando a serem utilizados para
as manobras de fechamento e de abertura de um equipamento, devem permitir um regime de carga nominal de acordo
com 4.3.4 e também ensaios de elevações de temperatura especificados em 8.3.3.3.5 a serem executados sem que as
elevações de temperatura excedam os limites especificados nas tabelas 2 e 3.

7.2.2.6 Enrolamentos das bobinas e dos eletroímãs


Com a corrente circulando através do circuito principal, os enrolamentos das bobinas e dos eletroímãs devem suportar
suas tensões nominais sem que as elevações de temperatura excedam os limites especificados em 7.2.2.8, quando
ensaiados de acordo com 8.3.3.3.6.

NOTA Esta subseção não é aplicada para as bobinas de pulso, cujas condições de operação são definidas pelo fabricante.
PROJETO 03:017.05-004:2005 49

7.2.2.7 Circuitos auxiliares


Os circuitos auxiliares de um equipamento, incluindo interruptores auxiliares, devem ser capazes de conduzir suas
correntes térmicas convencionais sem que as elevações de temperatura excedam os limites especificados nas tabelas 2 e
3, quando ensaiados de acordo com 8.3.3.3.7.

NOTA Se um circuito auxiliar é parte integrante do equipamento, é suficiente ensaiá-lo simultaneamente com o equipamento, porém com
a sua real corrente de serviço.

7.2.2.8 Outras partes


As elevações de temperatura obtidas durante o ensaio não devem causar danos às partes condutoras de corrente ou às
partes adjacentes do equipamento. Em particular, para materiais isolantes, o fabricante deve demonstrar conformidade
com referência ao índice de temperatura de isolação (determinado, por exemplo, pelos métodos da IEC 60216) ou por
conformidade com a IEC 60085.

7.2.3 Propriedades dielétricas


As propriedades dielétricas são baseadas nas publicações fundamentais de segurança IEC 60664-1 e IEC 61140.

a) As prescrições a seguir garantem os meios para realizar a coordenação de isolamento de um equipamento com as
condições recomendadas das instalações.

b) O equipamento deve ser capaz de suportar:

- a tensão de impulso suportável nominal (ver 4.3.1.3), em conformidade com a categoria de sobretensão indicada
no anexo H;

- a tensão de impulso suportável no espaçamento entre os contatos dos dispositivos aptos ao seccionamento, como
indicado na tabela 14;

- a tensão suportável à freqüência industrial.

NOTA A correlação entre a tensão nominal da redede alimentação e a tensão de impulso suportável nominal do equipamento é
indicada no anexo H.

A tensão de impulso suportável nominal para uma determinada tensão nominal de operação (ver notas 1 e 2 de
4.3.1.1), não deve ser menor do que aquela correspondente no anexo H à tensão nominal do sistema de alimentação
do circuito no local onde o equipamento está destinado a ser utilizado e na categoria de sobretensão apropriada.

c) Os requisitos desta subseção devem ser verificados pelos ensaios de 8.3.3.4.

7.2.3.1 Tensão de impulso suportável


1) Circuito principal

a) As distâncias de isolamento entre as partes vivas e as partes destinadas para serem aterradas, como também a
distância entre pólos, devem suportar a tensão de ensaio indicada na tabela 12 em função da tensão de impulso
suportável nominal.

b) As distâncias de isolamento entre os contatos abertos devem suportar:

- a tensão de impulso suportável especificada, onde aplicável, na norma de produto correspondente;

- no caso de equipamento projetado como apto para seccionamento, a tensão de ensaio indicada na tabela 14
apropriada em função da tensão de impulso suportável nominal.

NOTA Convém que a isolação sólida do equipamento, associada com as distâncias de isolamento a) e/ou b) acima, seja submetida à
tensão de impulso suportável especificada em a) e/ou b), quando aplicável.

2) Circuitos auxiliares e de comando

a) Os circuitos auxiliares e de comando que são diretamente alimentados a partir do circuito principal e na tensão
nominal de serviço devem cumprir com os requisitos de 1) a) de 7.2.3.1 (ver também a nota de 7.2.3.1 1)).

b) Os circuitos auxiliares e de comando que não operam diretamente a partir do circuito principal podem ter uma
capacidade de suportar sobretensão diferente daquela do circuito principal. As distâncias de isolamento e a
isolação sólida associada desses circuitos, seja em c.a. ou c.c., devem suportar a tensão apropriada, de acordo
com o anexo H.

7.2.3.2 Tensão suportável à freqüência industrial dos circuitos principal, auxiliar e de comando

a) Os ensaios dielétricos à freqüência industrial são utilizados nos seguintes casos:


- ensaios dielétricos considerados como ensaios de tipo para a verificação da isolação sólida;

- verificação da suportabilidade dielétrica, como um critério de falha, depois dos ensaios de tipo de manobra ou de
curto-circuito;

- ensaios de rotina.
50 PROJETO 03:017.05-004:2005

b) Ensaios de tipo das propriedades dielétricas

Os ensaios das propriedades dielétricas, como ensaios de tipo, devem ser realizados de acordo com 8.3.3.4.

Para equipamento apto ao seccionamento, a corrente de fuga máxima deve estar de acordo com 7.2.7 e deve ser
ensaiada de acordo com 8.3.3.4.

c) Verificação da suportabilidade dielétrica depois dos ensaios de manobra ou de curto-circuito

A verificação da tensão suportável depois dos ensaios de manobra e de curto-circuito, como um critério de falha, é
sempre realizada na tensão à freqüência industrialde acordo com 4) de 8.3.3.4.1.

Para equipamento apto ao seccionamento, a corrente de fuga máxima deve estar de acordo com 7.2.7, deve ser
ensaiada de acordo com 8.3.3.4 e não deve exceder os valores especificados na norma de produto correspondente.

d) Vago

e) Verificação da suportabilidade dielétrica durante os ensaios de rotina

Os ensaios para detectar falhas em materiais e de fabricação são executados na tensão à freqüência industrial, de
acordo com 2) de 8.3.3.4.2.

7.2.3.3 Distâncias de isolamento


As distâncias de isolamentodevem ser suficientes para permitir ao equipamento suportar a tensão de impulso suportável
nominal, de acordo com 7.2.3.1.

As distâncias de isolamentodevem ser superiores aos valores indicados na tabela 13, para o caso B (campo homogêneo)
(ver 2.5.62), e verificadas por um ensaio de amostragem, de acordo com 8.3.3.4.3. Este ensaio não é requerido se as
distâncias de isolamento, relacionadas com a tensão de impulso suportável nominal e ao grau de poluição, forem
superiores aos valores indicados na tabela 13, para o caso A (campo não homogêneo).

O método de medição das distâncias de isolamentoé indicado no anexo G.

7.2.3.4 Distâncias de escoamento


a) Dimensões

Para os graus de poluição 1 e 2, as distâncias de escoamento não devem ser inferiores às distâncias de isolação
associadas, determinadas de acordo com 7.2.3.3. Para os graus de poluição 3 e 4, as distâncias de escoamento não
devem ser inferiores às distâncias de isolação do caso A (tabela 13) para reduzir os riscos de descarga disruptiva
devido às sobretensões, mesmo se as distâncias de isolação forem inferioresaos valores do caso A, como permitido
em 7.2.3.3.

O método de medição das distâncias de escoamento é indicado no anexo G.

As distâncias de escoamento devem corresponder ao grau de poluição como especificado em 6.1.3.2 ou àquele
definido na norma de produto correspondente e ao grupo de material correspondente à tensão de isolamento nominal
ou de serviço indicado na tabela 15.

Os grupos de materiais são classificados como segue, de acordo com a faixa de valores do índice de resistência ao
trilhamento (IRT) (ver 2.5.65):

- Grupo de material I 600 < IRT

- Grupo de material II 400 < IRT < 600

- Grupo de material IIIa 175 < IRT < 400

- Grupo de material IIIb 100 < IRT < 175

NOTA 1 O valores de IRT se referem aos valores obtidos de acordo com a IEC 60112, método A, para o material isolante utilizado.

NOTA 2 Para materiais isolantes inorgânicos, por exemplo, vidros ou cerâmicas, os quais não permitem trilhamento, as distâncias de
escoamento não precisam ser maiores do que suas distâncias de isolação associadas. Entretanto, convém que o risco de descarga
disruptiva seja considerado.

b) Uso de nervuras

Uma distância de escoamento pode ser reduzida para 0,8 do valor correspondente da tabela 15 através do uso de
nervuras com altura mínima de 2mm, independente do número de nervuras. A largura mínima da base da nervura é
determinada pelos requisitos mecânicos (ver G.2).

c) Aplicações especiais

Os equipamentos previstos para determinadas aplicações, onde uma falha de isolação pode acarretar conseqüências
severas, deve ter um ou mais fatores de influência da tabela 15 considerados (distâncias, materiais isolantes, poluição
no micro-ambiente), utilizados de tal maneira que atinjam uma tensão de isolamento mais elevada do que a tensão de
isolamento nominal fornecida para o equipamento, conforme a tabela 15.
PROJETO 03:017.05-004:2005 51

7.2.3.5 Isolação sólida


A isolação sólida deve ser verificada por qualquer um dos ensaios à freqüência industrial, de acordo com 3) de 8.3.3.4.1,
ou ensaios em c.c., no caso de equipamento c.c..

As regras de dimensionamento para isolação sólida e as tensões de ensaio em c.c. estão em estudo.

7.2.3.6 Espaçamento entre circuitos distintos


Para o dimensionamento das distâncias de isolação, de escoamento e de isolação sólida entre circuitos distintos, a tensão
nominal mais elevada deve ser utilizada (tens ão de impulso suportável nominal para as distâncias de isolação e a isolação
sólida associada e tensão de isolamento nominal ou tensão de trabalho para as distâncias de escoamento).

7.2.3.7 Requisitos para equipamento com separação de proteção


Os requisitos para equipamento com separação de proteção são indicados no anexo N.

7.2.4 Capacidade para estabelecer, conduzir e interromper correntes nas condições sem carga, com carga
nominal e de sobrecarga.

7.2.4.1 Capacidades de estabelecimento e de interrupção


O equipamento deve ser capaz de estabelecer e de interromper correntes de carga e de sobrecarga sem falhas nas
condições estabelecidas na norma de produto correspondente, para a categoria de utilização requerida e o número de
manobras fixado na norma do produto correspondente (ver também as condições gerais de ensaio de 8.3.3.5).

7.2.4.2 Desempenho em serviço


Os ensaios relativos ao desempenho em serviço de um equipamento são destinados a verificar se esse equipamento é
capaz de estabelecer, de conduzir e de interromper, sem falha, as correntes que circulam em seu circuito principal, nas
condições correspondentes à categoria de utilização especificada, onde houver.

Os requisitos específicos e as condições de ensaios devem ser estabelecidos na norma de produto correspondente e
pode envolver:

- o desempenho em serviço sem carga para o qual os ensaios são realizados com os circuitos de comando energizados
e o circuito principal desenergizado, para demonstrar que o equipamento satisfaz as condições de serviço
especificadas, nos limites superiores e inferiores da tensão de alimentação e/ou da pressão especificados para o
circuito de comando, durante as manobras de fechamento e de abertura;

- o desempenho em serviço com carga, durante o qual o equipamento deve estabelecer e interromper a corrente
especificada correspondente, onde houver, à sua categoria de utilização para o número de manobras especificado na
norma do produto correspondente.

A verificação do desempenho em serviço sem carga e com carga pode ser combinada em uma seqüência de ensaios, se
assim especificado na norma do produto correspondente.

7.2.4.3 Durabilidade
NOTA O termo “durabilidade” foi escolhido, ao invés de “resistência”, para expressar a expectativa do número de ciclos de manobras que
pode ser realizado pelo equipamento antes do reparo ou substituição de partes. Além disso, o termo “resistência” é também usado
comumente para tratar do desempenho em serviço, como está definido em 7.2.4.2 e foi decidido não empregar o termo “resistência"
nesta Norma para evitar confusão entre os dois conceitos.

7.2.4.3.1 Durabilidade mecânica


Com relação à sua resistência ao desgaste mecânico, um equipamento é caracterizado pelo número de ciclos de
manobras sem carga ( isto é, sem corrente nos contatos principais), especificado na norma do produto correspondente,
que o equipamento pode ser operado antes da necessidade de revisar ou substituir quaisquer partes mecânicas;
entretanto, uma manutenção normal, de acordo com as instruções do fabricante, pode ser permitida para os
equipamentos que foram projetados para receber essa manutenção.

Cada ciclo de manobra consiste de uma manobra de estabelecimento seguida por uma manobra de interrupção.

O equipamento deve ser montado para o ensaio de acordo com as instruções do fabricante.

O número preferencial de ciclos de manobras sem carga deve ser especificado na norma do produto correspondente.

7.2.4.3.2 Durabilidade elétrica


Com relação à sua resistência ao desgaste elétrico, um equipamento é caracterizado pelo número de ciclos de manobras
com carga, correspondendo às condições de serviço indicadas na norma do produto correspondente, que pode ser
realizado sem reparo ou substituição.

O número preferencial de ciclos de manobras com carga deve ser especificado na norma do produto correspondente.
52 PROJETO 03:017.05-004:2005

7.2.5 Capacidade de estabelecer, conduzir e interromper correntes de curto-circuito


O equipamento deve ser construído de maneira a ser capaz de suportar, nas condições especificadas na norma do
produto correspondente, os esforços térmicos, dinâmicos e elétricos causados pelas correntes de curto-circuito. Em
particular, o equipamento deve comportar-se de tal maneira que ele atendaaos requisitos de 8.3.4.1.8.

As correntes de curto-circuito podem ocorrer

- durante as manobras de estabelecimento;

- quando a corrente é estabelecida na posição fechada;

- em caso da interrupção da corrente.

A capacidade do equipamento de estabelecer, de suportar e de interromper correntes de curto-circuito é definida em


termos de uma ou mais das seguintes características nominais:

- capacidade nominal de estabelecimento em curto-circuito (ver 4.3.6.2);

- capacidade de interrupção nominal em curto-circuito (ver 4.3.6.3);

- corrente suportável nominal de curta duração admissível (ver 4.3.6.1);

- no caso de equipamento coordenado com dispositivos de proteção contra curto-circuito (DPCC):

a) corrente de curto-circuito condicional nominal (ver 4.3.6.4),

b) outros tipos de coordenação, especificados somente na norma do produto correspondente.

Para características nominais e valores limites, conforme alíneas a) e b) acima, o fabricante deve indicar o tipo e as
características (por exemplo, corrente nominal, capacidade de interrupção, corrente interrompida limitada, I 2t) do DPCC
necessário para a proteção do equipamento.

7.2.6 Sobretensões de manobra


As normas do produto podem especificar os ensaios de sobretensões de manobra, se aplicáveis.

Neste caso, o procedimento de ensaio e os requisitos devem ser definidos na norma do produto correspondente.

7.2.7 Correntes de fuga de equipamentos aptos ao seccionamento


Para equipamento apto para seccionamento e tendo uma tensão de operação nominal Ue superior a 50V, a corrente de
fuga deve ser medida entre cada pólo com os contatos na posição aberto.

O valor da corrente de fuga, com uma tensão de ensaio igual a 1,1 vez a tensão de operação nominal não deve exceder

- 0,5 mA por pólo para equipamento em uma condição de novo;

- 2 mA por pólo para equipamento que tiver sido submetido às manobras de estabelecimento e de interrupção em
conformidade aos requisitos de ensaio da norma do produto correspondente.

Uma corrente de fuga de 6 mA medida a 1,1 vez a tensão nominal de manobra , é um valor limite para equipamentos
aptos ao seccionamento que não deve ser excedido em qualquer circunstância. Os ensaios para verificar este requisito
podem estar especificados na norm a do produto correspondente.

7.3 Compatibilidade eletromagnética (EMC)

7.3.1 Generalidade
Para os produtos cobertos pelo objetivo desta Norma, dois grupos de condições ambientais são considerados e são
referidos como:

a) ambiente A;

b) ambiente B.

O ambiente A refere-se a redes / locais / instalações não públicas ou industriais de baixa tensão incluindo fontes de alto
grau de interferência.

NOTA 1 O ambiente A corresponde ao equipamento de classe A da CISPR 11.

O ambiente B refere-se a redes públicas de baixa tensão, tais como locais/instalações domésticas, comerciais e
industriais de pequeno porte. As fontes de alto grau de interferência, tais como equipamentos de solda a arco não estão
incluídos neste ambiente.

NOTA 2 O ambiente B corresponde ao equipamento de classe B da ABNT NBR CISPR 11.

7.3.2 Imunidade

7.3.2.1 Equipamentos que não incorporam circuitos eletrônicos


PROJETO 03:017.05-004:2005 53

Os equipamentos que não incorporam circuitos eletrônicos não são sensíveis a interferências eletromagnéticas em
condições normais de serviço e, portanto, nenhum ensaio de imunidade é requerido.

7.3.2.2 Equipamentos que incorporam circuitos eletrônicos


Os equipamentos que incorporam circuitos eletrônicos devem ter uma imunidade satisfatória à interferências
eletromagnéticas.

Para o propósito desta subseção, o termo “circuitos eletrônicos” exclui os circuitos nos quais todos os componentes são
passivos (por exemplo, diodos, resistores, varistores, capacitores, supressores de surto e indutores).

Para os ensaios apropriados para verificar a conformidade com estes requisitos, ver 8.4.

Os critérios de desempenho específicos devem ser indicados na norma de produto correspondente, baseados em critérios
de aceitação indicados na tabela 24.

7.3.3 Emissão

7.3.3.1 Equipamentos que não incorporam circuitos eletrônicos


Para os equipamentos que não incorporam circuitos eletrônicos, as interferências eletromagnéticas podem ser geradas
somente pelo equipamento durante as manobras ocasionais. A duração das interferências é da ordem de milisegundos.

A freqüência, o nível e as conseqüências dessas emissões são consideradas como parte do ambiente eletromagnético
normal das instalações de baixa tensão.

Portanto, os requisitos para emissões eletromagnéticas são julgados como satisfeitos, e nenhuma verificação é
necessária.

7.3.3.2 Equipamentos que incorporam circuitos eletrônicos

7.3.3.2.1 Limites para emissões em alta freqüência


Os equipamentos que incorporam circuitos eletrônicos (tais como fontes de tensão chaveadas, circuitos incorporando
microprocessadores com osciladores em alta-freqüência) podem gerar interferências eletromagnéticas contínuas.

Para tais emissões, estas não devem exceder os limites especificados na norma de produto correspondente, baseado na
ABNT NBR CISPR 11 para ambiente A e para ambiente B.

Estes ensaios são requeridos somente quando os circuitos de comando e/ou auxiliares tiverem componentes com
freqüências de comutação fundamental superiores a 9 kHz.

A norma de produto correspondente deve detalhar os métodos do ensaio.

7.3.3.2.2 Limites para emissões em baixa freqüência


Para os equipamentos que geram harmônicas em baixa freqüência, onde aplicável, aplicam -se os requisitos da IEC
61000-3-2.

Para os equipamentos que geram flutuações em baixa freqüência, onde aplicável, aplicam -se os requisitos da IEC 61000-
3-3.

8 Ensaios

8.1 Tipos de ensaios

8.1.1 Generalidade
Os ensaios devem ser feitos para verificar a conformidade aos requisitos estabelecidos nesta Norma, onde aplicável, e na
norma de produto correspondente.

Os ensaios são os seguintes:

- ensaios de tipo (ver 2.6.1) que devem ser feitos em amostras representativas de cada tipo equipamento;

- ensaios de rotina (ver 2.6.2) que devem ser feitos em cada peça individual do equipamento fabricado conforme esta
Norma, onde aplicável, e a norma de produto correspondente;

- ensaios por amostragem (ver 2.6.3) que são feitos se pedidos na norma de produto correspondente. Para ensaios por
amostragem para verificação da distância de isolação, ver 8.3.3.4.3.

Os ensaios acima podem consistir de seqüências de ensaios, de acordo com os requisitos da norma de produto
correspondente.

Onde tais seqüências de ensaios são especificadas na norma de produto, os ensaios cujos resultados não são
influenciados pelos precedentes e não têm importância para os ensaios subsequentes, podem ser omitidos daquela
seqüência de ensaio e feitos em novas amostras separadas, através de um acordo com o fabricante.

A norma de produto deve especificar tais ensaios, onde aplicável.


54 PROJETO 03:017.05-004:2005

Os ensaios devem ser realizados pelo fabricante, em suas instalações ou em qualquer laboratório apropriado de sua
escolha.

Onde apropriado, os ensaios especiais (ver 2.6.4) podem ser realizados conforme especificações da norma de produto
correspondente e acordado entre o fabricante e o usuário.

8.1.2 Ensaios de tipo


Os ensaios de tipo são destinados para verificar a conformidade do projeto de um determinado equipamento com esta
Norma, onde aplicável, e a norma de produto correspondente.

Estes ensaios podem abranger, como apropriado, a verificação de

- requisitos de construção;

- elevação de temperatura;

- propriedades dielétricas (ver 8.3.3.4.1, onde aplicável);

- capacidades de estabelecimento e de interrupção;

- capacidades de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito;

- limites de operação;

- desempenho em serviço;

- grau de proteção de equipamento com invólucro;

- ensaios de compatibilidade eletromagnética.

NOTA A lista acima não é exaustiva

Os ensaios de tipo aos quais um produto deve ser submetido, os resultados a serem obtidos e, se correspondente, a
seqüência de ensaio e o número de amostras devem ser especificados na norma de produto correspondente.

8.1.3 Ensaios de rotina


Os ensaios de rotina são destinados para detectar falhas de materiais e processos de fabricação, assim como verificar o
funcionamento correto do produto. Eles devem ser efetuados em cada peça individual do produto.

Os ensaios de rotina podem compreender:

a) ensaios funcionais;

b) ensaios dielétricos.

Os detalhes dos ensaios de rotina e as condições nas quais eles devem ser realizados, devem estar especificados na
norma de produto correspondente.

8.1.4 Ensaio por amostragem


Se as técnicas empregadas e a análise estatística mostrarem que os ensaios de rotina (sobre cada produto) não são
necessários, os ensaios por amostragem podem ser efetuados, se indicado na norma de produto correspondente.

Os ensaios podem compreender:

a) ensaios funcionais;

b) ensaios dielétricos.

Os ensaios por amostragem podem, também, ser realizados para verificar propriedades ou características específicas de
um equipamento, seja pela iniciativa do próprio fabricante, seja por acordo entre o fabricante e o usuário.

8.2 Conformidade com requisitos de construção


A verificação de conformidade aos requisitos de construção, definidas em 7.1, refere-se, por exemplo:

- aos materiais;

- ao equipamento;

- aos graus de proteção do equipamento com invólucro;

- às propriedades mecânicas dos bornes;

- ao atuador;

- ao dispositivo indicador de posição (ver 2.3.18).

8.2.1 Materiais

8.2.1.1 Ensaio de resistência ao calor anormal e ao fogo


PROJETO 03:017.05-004:2005 55

8.2.1.1.1 Ensaio com fio incandescente (sobre o equipamento)


O ensaio com fio incandescente deve ser realizado de acordo com as seções 4 a 10 da ABNT NBR IEC 60695-2-
10(Projeto 03:023.02-070) e a ABNT NBR IEC 60695-2-11(Projeto 03:023.02-071) nas condições especificadas em
7.1.1.1.

Para o propósito deste ensaio, um condutor de proteção não é considerado como uma parte condutora de corrente.

NOTA Se o ensaio tiver que ser efetuado em mais de um local na mesma amostra, precauções serão tomadas para assegurar que
qualquer deterioração causada pelo ensaio precedente não afete o ensaio que será feito.

8.2.1.1.2 Flamabilidade, ensaio de ignição com fio quente e ensaio de ignição com arco (sobre os materiais)
As amostras adequadas de material devem ser submetidas aos seguintes ensaios:

a) ensaio de flamabilidade, de acordo com a ABNT NBR IEC 60695-11-10 (Projeto 03:023.02-070);

b) ensaio de ignição com fio quente (FI), conforme descrito no anexo M;

c) ensaio de ignição com arco (IA), conforme descrito no anexo M.

O ensaio c) é requerido somente se o material estiver situado a menos de 13 mm das partes do arco ou partes vivas que
estão sujeitas a desconexões. Os materiais localizados a menos de 13 mm das partes do arco não são submetidos a este
ensaio se o equipamento for submetido aos ensaios de estabelecimento e de interrupção.

8.2.2 Equipamento
Abrangido por várias subseções de 8.2.

8.2.3 Invólucros para o equipamento


Para os graus de proteção de equipamento com invólucro, ver anexo C.

8.2.4 Propriedades mecânicas dos bornes


Esta subseção não se aplica aos bornes em alumínio nem aos bornes para conexão de condutores de alumínio.

8.2.4.1 Condições gerais para os ensaios


Salvo indicação em contrário pelo fabricante, cada ensaio deve ser efetuado sobre bornes nas condições limpa e nova.

Quando os ensaios são efetuados com condutores redondos de cobre, estes devem ser de cobre conforme a IEC 60028.

Quando os ensaios são efetuados com condutores planos de cobre, estes devem ter as seguintes características:

- pureza mínima: 99,5 %;

- resistência máxima à tração: 200-280 N/mm²;

- dureza Vickers: 40 a 65.

8.2.4.2 Ensaio de resistência mecânica dos bornes


Os ensaios devem ser efetuados com o tipo apropriado de condutor de seção transversal máxima.

O condutor deve ser conectado e desconectado cinco vezes.

Para os bornes -parafuso, o torque de aperto deve ser de acordo com a tabela 4 ou 110% do torque especificado pelo
fabricante, o que for maior.

O ensaio deve ser realizado sobre duas unidades de aperto distintas.

Onde um parafuso tiver a cabeça sextavada com possibilidade de ser apertada com uma chave de fenda e os valores das
colunas II e III forem diferentes, o ensaio é feito duas vezes, primeiro aplicando sobre a cabeça sextavada o torque
especificado na coluna III, e então, em outro conjunto de amostras, aplica-se o torque especificado na coluna II com uma
chave de fenda.

Se os valores das colunas II e III forem os mesmos, somente o ensaio com a chave de fenda é realizado.

Cada vez que o parafuso de aperto ou a porca é desapertada, um novo condutor deve ser utilizado para cada ensaio de
aperto.

Durante o ensaio, as unidades de aperto e os bornes não devem trabalhar desapertados e não devem apresentar
defeitos, tais como rupturas dos parafusos ou defeitos na fenda da cabeça, roscas, arruelas ou rebarbas que impeçam
sua utilização futura em conexões com parafuso.

8.2.4.3 Ensaio de deterioração e de desaperto acidental dos condutores (ensaio de flexão)


O ensaio aplica-se aos bornes destinados a conectar os condutores redondos de cobre, não preparados, e na quantidade,
a seção transversal e o tipo (flexível e/ou rígido (encordoado e/ou sólido), que são especificados pelo fabricante.

NOTA Um ensaio apropriado para os condutores planos de cobre pode ser efetuado por acordo entre o fabricante e o usuário.
56 PROJETO 03:017.05-004:2005

Os seguintes ensaios devem ser realizados sobre duas novas amostras com:

a) o número máximo de condutores da menor seção transversal conectados ao borne;

b) o número máximo de condutores de maior seção transversal conectados ao borne;

c) o número máximo de condutores de menor e de maior seções transversais conectados ao borne.

Os bornes destinados à conexão de condutores flexíveis ou rígidos (sólidos e/ou encordoados) devem ser ensaiados com
cada tipo de condutor com diferentes conjuntos de amostras.

Os bornes destinados à conexão simultânea de condutores flexíveis ou rígidos (sólidos e/ou encordoados) devem ser
ensaiados como indicado em c) acima.

O ensaio é realizado com um dispositivo de ensaio conveniente. O número especificado de condutores deve ser
conectado ao borne. É recomendado que o comprimento dos condutores de ensaio seja superior a 75 mm da altura H
especificada na tabela 5. Os parafusos de aperto devem ser apertados com um torque de acordo com a tabela 4 ou com o
torque especificado pelo fabricante. O dispositivo ensaiado deve ser fixado conforme mostrado na figura 1.

Cada condutor é submetido aos movimentos circulares, de acordo com o seguinte procedimento:

A extremidade do condutor no ensaio deve passar através de uma bucha de passagem de diâmetro apropriado em um
disco posicionado a uma altura H abaixo do borne do equipamento, conforme indicado na tabela 5. Os outros condutores
devem estar dispostos inclinados de forma a não influenciar no resultado do ensaio. A bucha deve ser posicionada no
disco horizontal concêntrica com o condutor. A bucha deve ser movida de maneira que seu eixo descreva um círculo de
75 mm de diâmetro, entorno do seu eixo a 10 rpm ± 2 rpm. A distância entre a entrada do borne e a superfície superior da
bucha deve ser igual a altura H ± 15 mm da tabela 5. A bucha deve ser lubrificada para evitar atrito, torção ou rotação do
condutor isolado. Uma massa de valor especificada na tabela 5 deve ser suspensa na extremidade do condutor. O ensaio
deve consistir de 135 rotações contínuas.

Durante o ensaio, o condutor não deve escapar do borne nem quebrar perto da unidade de aperto.

Imediatamente após o ensaio de flexão, cada condutor em ensaio deve ser submetido ao ensaio de 8.2.4.4 (ensaio de
tração) no dispositivo de ensaio.

8.2.4.4 Ensaio de tração

8.2.4.4.1 Condutores redondos de cobre


Após o ensaio de 8.2.4.3, uma força de tração conforme tabela 5 deve ser aplicada ao condutor ensaiado de acordo com
8.2.4.3.

Para este ensaio, os parafusos de aperto não devem ser reapertados.

A força deve ser aplicada sem trancos, por 1 min.

Durante o ensaio, o condutor não deve escapar do borne nem quebrar perto da unidade de aperto.

8.2.4.4.2 Condutores planos de cobre


Um condutor de comprimento conveniente deve ser fixado ao borne e uma força de tração conforme tabela 6 deve ser
aplicada sem trancos, por 1 min, no sentido oposto ao da inserção do condutor.

Durante o ensaio, o condutor não deve escapar do borne nem quebrar perto da unidade de aperto.

8.2.4.5 Ensaio de inserção dos condutores redondos de cobre sem preparação, da seção transversal máxima
especificada.

8.2.4.5.1 Procedimentos de ensaio


O ensaio deve ser realizado utilizando-se um gabarito apropriado de forma A ou B especificado na tabela 7.

A seção de medição do gabarito deve poder penetrar livremente na abertura de aperto do borne até a profundidade total
deste borne (ver também nota da tabela 7).

8.2.4.5.2 Construção de gabaritos


A construção dos gabaritos é representada na figura 2.

As dimensões a e b e as suas tolerâncias admissíveis são indicados na tabela 7. A seção de medição do gabaritodeve ser
feita em calibrador de aço.

8.2.4.6 Ensaio de inserção de condutores planos de seção transversal retangular


Sob consideração.

8.2.5 Verificação da eficácia da indicação da posição dos contatos principais dos equipamentos aptos ao
seccionamento
NOTA Ver nota em 7.1.6.
PROJETO 03:017.05-004:2005 57

A verificação da eficácia da indicação da posição dos contatos principais prescrito em 7.1.6, é efetuada assegurando que
todos os dispositivos de indicação da posição dos contatos continuam funcionando corretamente após os ensaios de tipo
para as manobras e os ensaios especiais de durabilidade, se realizados.

8.2.5.1 Condições dos equipamentos para os ensaios


As condições dos equipamentos para os ensaios devem ser indicadas na norma de produto correspondente.

8.2.5.2 Método de ensaio

8.2.5.2.1 Manobra manual dependente e independente


A força normal F de manobra requerida na extremidade do atuador de comando para realizar manobra dos equipamentos
em posição de abertura deve ser previamente determinada.

Quando os equipamentos estão em posição de fechamento, os contatos fixos e os contatos móveis do pólo para o qual o
ensaio é considerado ser o mais severo devem ser fixados entre eles por exemplo por solda.

O atuador de comando deve ser submetido a uma força de ensaio 3F não inferior à força mínima, e não superior à força
máxima indicada na tabela 17, correspondente ao tipo de atuador de comando.

A força de ensaio deve ser aplicada, sem trancos, na extremidade do atuador de comando na direção destinada à
abertura dos contatos durante um período de 10 s.

A direção da força de ensaio em relação ao atuador de comando, como indicado na figura 16, deve ser mantida durante
todo o ensaio.

8.2.5.2.2 Manobra dependente assegurada por uma fonte de energia externa


O equipamento estando na posição de fechamento, os contatos fixos e móveis do pólo para o qual o ensaio é considerado
ser o mais severo, devem ser fixados entre eles por exemplo por solda.

A tensão de alimentação igual a 110% de seu valor normal nominal deve ser aplicada ao comando, assegurado por uma
fonte de energia externa com a finalidade de ensaiar a abertura do sistema de contato do equipamento.

Três tentativas para manobrar o equipamento, com intervalo de 5 min, por um comando assegurado por uma fonte de
energia externa devem ser realizados, cada um deles por um período de 5 s, a menos que um dispositivo de proteção
associado ao comando assegurado por uma fonte de energia externa limite os tempos a um período mais curto.

A verificação deve ser feita como em 8.2.5.3.2.

NOTA No Canadá e nos Estados Unidos da América os dispositivos que satisfazem estes requisitos não são aceitos como garantia de
seccionamento, por si mesmos.

8.2.5.2.3 Manobra independente assegurada por uma fonte de energia externa


Oequipamento estando na posição de fechamento, os contatos fixos e móveis do pólo, para o qual o ensaio é considerado
ser o mais severo, devem ser fixados entre eles por exemplo por solda.

A energia armazenada pelo comando assegurado por uma fonte de energia externa deve ser liberada a fim de ensaiar a
abertura do sistema de contato do equipamento.

Três tentativas para manobrar o equipamento para liberar a energia armazenada devem ser realizadas.

A verificação deve ser feita como em 8.2.5.3.2.

NOTA No Canadá e nos Estados Unidos da América os dispositivos que satisfazem estes requisitos não são aceitos como garantia de
seccionamento, por si mesmos.

8.2.5.3 Condições dos equipamentos durante e após o ensaio

8.2.5.3.1 Manobra manual dependente e independente


Após o ensaio, quando a força não é mais aplicada, o atuador de comando estando livre, a posição de abertura não deve
ser indicada por quaisquer dos dispositivos fornecidos e os equipamentos não devem apresentar deterioração que impeça
sua operação normal.

Quando os equipamentos são providos de meios de travamento em posição de abertura, não deve ser possível de travar
os equipamentos quando a força de ensaio é aplicada.

8.2.5.3.2 Manobra dependente e independente assegurada por uma fonte de energia externa
Durante e após o ensaio, a posição de abertura não deve ser indicada por qualquer meio fornecido e o equipamento não
deve apresentar deterioração que impeça a sua operação normal.

Quando o equipamento é provido de travamento na posição de abertura, não deve ser possível travar o equipamento
durante o ensaio.
58 PROJETO 03:017.05-004:2005

8.2.6 Disponível

8.2.7 Ensaios de tração, torção e flexão com os eletrodutos metálicos


O ensaio deve ser realizado com um eletroduto metálico de diâmetro adequado, de um comprimento igual a (300 ± 10)
mm.

O invólucro em polímero deve ser montado conforme as instruções do fabricante, na posição mais desfavorável.

Os ensaios devem ser realizados na mesma entrada do eletroduto, sendo esta a entrada mais desfavorável.

Os ensaios devem ser realizados na seqüência 8.2.7.1, 8.2.7.2 e 8.2.7.3.

8.2.7.1 Ensaio de tração


O eletroduto deve ser aparafusado, sem trancos, na entrada com um torque igual a dois terços dos valores indicados na
tabela 22. Uma tração contínua deve ser exercida, sem trancos, sobre o eletroduto durante 5 min.

Salvo prescrição contrária à especificada na norma de equipamento correspondente, a força de tração deve ser conforme
a tabela 20.

Após o ensaio, o deslocamento do eletroduto em relação à entrada deve ser inferior a um filete e não deve haver
evidência de avaria que impeça o uso posterior do invólucro.

8.2.7.2 Ensaio de flexão


Um momento de flexãode um valor aumentado lentamente, deve ser aplicado, sem trancos, na extremidade livre do
eletroduto.

Quando o momento de flexão provocar sobre o eletroduto uma flexão de 25 mm para 300 mm de comprimento ou se o
momento de flexão atingir o valor indicado na tabela 21, ele é mantido durante 1 min. Em seguida o ensaio é recomeçado
no sentido perpendicular.

Após o ensaio, não deve haver evidência de avaria que impeça o uso posterior do invólucro.

8.2.7.3 Ensaio de torção


O eletroduto deve ser apertado, sem golpes, com um torque indicado na tabela 22.

O ensaio de torção não é aplicável a um invólucro desprovido de entrada de eletroduto pré-montada e que tenha
instruções declarando que a entrada do eletroduto é para ser mecanicamente conectada ao eletroduto antes de ser
conectada ao invólucro.

Para os invólucros fornecidos com eletroduto de conexão única até e inclusive 16 H, o torque de aperto é reduzido a 25
Nm.

Após o ensaio, deve ser possível desapertar o eletroduto e não deve haver evidência de deterioração que impeça o uso
posterior do invólucro.

8.3 Desempenho

8.3.1 Seqüências de ensaios


Onde aplicável, a norma de produto correspondente deve especificar as seqüências de ensaios às quais o equipamento
deve ser s ubmetido.

8.3.2 Condições gerais para os ensaios


NOTA Os ensaios conforme os requisitos desta Norma não excluem a necessidade de efetuar os ensaios suplementares referentes aos
equipamentos incorporados nos conjuntos, por exemplo, ensaios em conformidade com a IEC 60439.

8.3.2.1 Requisitos gerais


O equipamento a ensaiar deve estar conforme em todos os detalhes essenciais, aos projetos de tipo que ele representa.

Salvo especificação em contrário na norma de equipamento correspondente, cada ensaio, ou seqüência de ensaios , deve
ser efetuada em um equipamento nas condições limpa e nova.

Salvo indicação em contrário, os ensaios devem ser efetuados com a mesma natureza de corrente (e, no caso de c.a.,
com a mesma freqüência nominal e com o mesmo número de fases) como no serviço previsto.

A norma de produto correspondente deve especificar os valores das grandezas de ensaio que não estejam especificados
nesta Norma.

Se, para facilitar um ensaio, deseja-se aumentar a severidade de um ensaio (por exemplo, adotar uma cadência de
manobras mais elevada para reduzir a duração do ensaio), isto pode ser feito somente com o consentimento do
fabricante.

O equipamento a ser ensaiado deve ser montado completo em seu próprio suporte ou em um suporte equivalente e
conectado como em serviço normal, conforme as instruções do fabricante e as condições ambientais definidas em 6.1.
PROJETO 03:017.05-004:2005 59

Os torques de aperto a serem aplicados nos parafusos dos bornes devem estar de acordo com as instruções do
fabricante, ou na ausência de tais instruções, de acordo com a tabela 4.

Os equipamentos que têm invólucro integrado (ver 2.1.17) devem ser montados completos e qualquer abertura
normalmente fechada em serviço deve ser fechada para os ensaios.

Os equipamentos previstos para serem utilizados somente em um invólucro individual devem ser ensaiados no menor
desses invólucros declarado pelo fabricante.

NOTA Um invólucro individual é um invólucro projetado e dimensionado para conter somente um equipamento.

Todos os outros equipamentos devem ser ensaiados ao ar livre. Se tais equipamentos puderem igualmente ser utilizados
em invólucros individuais especificados e tiverem sido ensaiados ao ar livre, eles devem, adicionalmente, ser ensaiados
no menor desses invólucros declarado pelo fabricante, para os ensaios específicos que devem ser indicados na norma de
produto correspondente e registrados no relatório de ensaio.

Contudo, se tais equipamentos puderem, igualmente, ser utilizados em invólucros individuais especificados e forem
ensaiados no menor desses invólucros declarado pelo fabricante, os ensaios ao ar livre não necessitam ser efetuados
contanto que tal invólucro seja em metal nu, sem isolação. Os detalhes, incluindo as dimensões dos invólucros, devem ser
registrados no relatório de ensaio.

Para os ensaios ao ar livre, salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente, para os ensaios
relativos às capacidades de estabelecimento e de interrupção e desempenho nas condições de curto-circuito, uma tela
metálica deve ser colocada em todos os pontos dos equipamentos prováveis de serem a origem de fenômenos externos
capazes de produzir uma descarga disruptiva, de acordo com as disposições e as distâncias especificadas pelo
fabricante. Os detalhes, incluindo a distância dos equipamentos em ensaio à tela metálica, devem estar registrados no
relatório de ensaio.

As características da tela metálica devem ser as seguintes:

- estrutura: malha de fios entrelaçados;

ou metal perfurado;

ou metal expandido;

- material: aço;

- espessura ou diâmetro do material: 1,5 mm no mínimo;

- área do furo em relação à área total : 0,45 - 0,65;

- área de cada furo: não excedendo 30 mm 2 ;

- revestimento: sem revestimento ou com revestimento condutor;

- resistência: deve ser incluída no cálculo da corrente de fuga presumida no circuito do elemento fusível (ver 8.3.3.5.2,
g) e 8.3.4.1.2, d)), medida a partir do ponto mais afastado da tela metálica suscetível de ser atingido pelas emissões
de arco.

A manutenção ou a substituição de partes não é permitida, salvo especificação em contrário na norma de produto
correspondente.

O equipamento pode ser manobrado sem carga antes de começar um ensaio.

Para os ensaios, o sistema de atuação dos dispositivos de manobra mecânica deve ser operado como para uso
pretendido indicado pelo fabricante e nos valores nominais das grandezas de comando (tais como, tensão ou pressão),
salvo especificação em contrário nesta Norma ou na norma de produto correspondente.

8.3.2.2 Grandezas de ensaio

8.3.2.2.1 Valores das grandezas de ensaio


Todos os ensaios devem ser realizados com os valores das grandezas de ensaio correspondentes às características
nominais fixadas pelo fabricante, conforme as tabelas e dados correspondentes da norma de produto correspondente.

8.3.2.2.2 Tolerâncias das grandezas de ensaio


Os valores registrados no relatório de ensaio devem estar dentro das tolerâncias indicadas na tabela 8, salvo
especificação em contrário nas subseções correspondentes. Contudo, com a concordância do fabricante, os ensaios
podem ser realizados em condições mais severas que aquelas especificadas.

8.3.2.2.3 Tensão de restabelecimento


a) Tensão de restabelecimento na freqüência industrial

Para todos os ensaios de capacidade de interrupção e capacidade de interrupção em curto-circuito, o valor da tensão
de restabelecimento na freqüência industrial deve ser 1,05 vez o valor da tensão de operação nominal especificado
pelo fabricante ou especificada na norma de produto correspondente.
60 PROJETO 03:017.05-004:2005

NOTA 1 O valor 1,05 vez a tensão de operação nominal para a tensão de restabelecimento na freqüência industrial, junto com a
tolerância da tensão de ensaio conforme a tabela 8, é considerado para compensar os efeitos das variações da tensão da rede nas
condições normais de serviço, conforme a IEC 60038.

NOTA 2 Isso pode requerer que a tensão aplicada seja aumentada mas convém que o pico da corrente de estabelecimento
presumida não seja ultrapassada sem a concordância do fabricante.

NOTA 3 O limite superior da tensão de restabelecimento na freqüência industrial pode ser aumentado com a concordância do
fabricante (ver 8.3.2.2.2).

b) Tensão transitória de restabelecimento

As tensões transitórias de restabelecimento, onde requeridas na norma de produto correspondente, são determinadas
conforme 8.3.3.5.2.

8.3.2.3 Avaliação dos resultados de ensaios


O comportamento do equipamento durante os ensaios e sua condição após os ensaios devem ser especificados na
norma de produto correspondente. Para os ensaios de curto-circuito, ver também 8.3.4.1.7 e 8.3.4.1.9.

8.3.2.4 Relatórios de ensaios


Os relatórios escritos de ensaios de tipo que atestam a conformidade à norma de produto correspondente, devem ser
colocados à disposição pelo fabricante. Os detalhes das disposições de ensaio, tais como o tipo e o tamanho do invólucro,
se tiverem, as dimensões dos condutores, a distância das partes ativas ao invólucro ou às partes normalmente aterradas
em serviço, o método de operação do sistema de atuação, etc., devem ser indicados no relatório de ensaio.

Os valores e os parâmetros de ensaio devem fazer parte do relatório de ensaio.

8.3.3 Desempenho nas condições sem carga, com carga normal e sobrecarga

8.3.3.1 Manobra
Os ensaios devem ser realizados para verificar que o equipamento manobra corretamente conforme os requisitos de
7.2.1.1.

8.3.3.2 Limites de operação

8.3.3.2.1 Equipamentos manobrados por uma fonte de energia externa


Deve ser verificado que o equipamento abre e fecha corretamente entre os valores limites das grandezas de comando,
tais como tensão, corrente, pressão e temperatura do ar, especificadas na norma de produto correspondente. Os ensaios
são realizados sem corrente circulando pelos circuitos principais, salvo especificação em contrário.

8.3.3.2.2 Relés e disparadores


Os limites de operação dos relés e dos disparadores devem satisfazer aos requisitos de 7.2.1.3, 7.2.1.4 e 7.2.1.5 e devem
ser verificados conforme o procedimento de ensaio definido na norma de produto correspondente.

Para os relés e disparadores de subtensão, ver 7.2.1.3.

Para os disparadores em derivação, ver 7.2.1.4.

Para os relés e disparadores manobrados por variação de corrente, ver 7.2.1.5.

8.3.3.3 Elevação de temperatura

8.3.3.3.1 Temperatura do ar ambiente


A temperatura do ar ambiente deve ser registrada durante o último quarto do período de ensaio por pelo menos dois
sensores de temperatura, por exemplo, termômetros ou termopares, distribuídos uniformemente em volta do equipamento
a aproximadamente metade de sua altura e a uma distância de aproximadamente 1 m do equipamento. Os sensores de
temperatura devem ser protegidos contra correntes de ar, radiações de calor e erros de indicação devidos às variações
bruscas de temperatura.

Durante os ensaios, a temperatura do ar ambiente deve estar compreendida entre +10°C e +40 °C e não deve variar por
mais que 10 K.

Contudo, se a variação da temperatura ambiente ultrapassar 3 K, convém que seja aplicado um fator de correção
apropriado para a temperatura medida das partes, em função da constante de tempo térmica do equipamento.

8.3.3.3.2 Medição da temperatura das partes


Para outras partes que não as bobinas, a temperatura das diferentes partes deve ser medida por sensores de temperatura
apropriados, nos pontos mais prováveis de atingir a temperatura máxima; esses pontos devem ser mencionados no
relatório de ensaio.

A temperatura do óleo dos equipamentos imersos em óleo deve ser medida na parte superior do óleo; essa medição pode
ser efetuada por meio de um termômetro.
PROJETO 03:017.05-004:2005 61

Os sensores de temperatura não devem influenciar a elevação de temperatura de maneira significativa.

Uma boa condutibilidade térmica deve ser assegurada entre os sensores de temperatura e a superfície da parte em
ensaio.

Para as bobinas dos eletroimãs, o método de medição da temperatura pela variação da resistência deve ser geralmente
empregado. Outros métodos são admitidos somente se for impraticável utilizar o método da resistência.

A temperatura das bobinas antes do início do ensaio não deve diferir daquela do meio ambiente por mais de 3 K.

Para os condutores de cobre, o valor da temperatura a quente T2 pode ser obtido a partir do valor da temperatura a frio T1,
em função da relação da resistência a quente R2 com a resistência a frio R1 através da seguinte fórmula:

T2=
R2
(T 1 + 234 ,5) − 234,5
R1
onde T1 e T2 são expressos em graus Celsius.

O ensaio deve ser efetuado durante um tempo suficiente para que a elevação de temperatura atinja um valor estável,
porém que não ultrapasse 8 h. É assumido que a estabilidade térmica é alcançada quando a variação não exceder 1 K
por hora.

8.3.3.3.3 Elevação de temperatura de uma parte


A elevação de temperatura de uma parte é a diferença entre a temperatura da parte medida conforme 8.3.3.3.2 e a
temperatura do ar ambiente, medida conforme 8.3.3.3.1.

8.3.3.3.4 Elevação de temperatura do circuito principal


O equipamento deve ser montado como especificado em 8.3.2.1 e deve ser protegido contra aquecimentos ou
resfriamentos anormais externos.

Para o ensaio de corrente térmica convencional (ao ar livre ou com invólucro), o equipamento com um invólucro integrado
e o equipamento destinado a operar com um tipo específico de invólucro devem ser ensaiados em seus invólucros.
Nenhuma abertura que dê falsa ventilação deve ser permitida.

O equipamento destinado a ser utilizado com mais de um tipo de invólucro deve ser ensaiado, seja no menor invólucro
declarado conveniente pelo fabricante, seja sem invólucro. Se o equipamento é ensaiado sem invólucro, o fabricante deve
estar em condições de fornecer um valor de corrente térmica convencional com invólucro (ver 4.3.2.2).

Para os ensaios com correntes polifásicas, a corrente deve ser equilibrada em cada fase a ±5 % e a média dessas
correntes não deve ser inferior à corrente apropriada de ensaio.

Salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente, o ensaio de elevação de temperatura do circuito
principal é realizado em uma ou ambas as correntes térmicas convencionais, definidas em 4.3.2.1 e 4.3.2.2 e pode ser
efetuado em qualquer tensão conveniente.

Quando as trocas de calor entre o circuito principal, o circuito de comando e os circuitos auxiliares podem ser
significativas, os ensaios de elevação de temperatura estabelecidos em 8.3.3.3.4, 8.3.3.3.5, 8.3.3.3.6 e 8.3.3.3.7 devem
ser realizados simultaneamente, na medida em que isto seja permitido pela norma de produto correspondente.

Os ensaios em equipamento previsto para c.c. podem ser feitos em c.a. se isto resultar em maior facilidade de ensaio,
porém somente com a concordância do fabricante.

No caso de equipamento multipolar que tenha os pólos idênticos e ensaiado em c.a., o ensaio pode ser realizado, sujeito
à concordância do fabricante, em corrente monofásica, com todos os pólos conectados em série, contanto que os efeitos
magnéticos possam ser desprezados.

No caso de equipamento tripolar que tenha um pólo neutro diferente dos pólos das fases, o ensaio deve compreender

- um ensaio em corrente trifásica nos três pólos idênticos;

- um ensaio em corrente monofásica no pólo neutro ligado em série ao pólo adjacente, sendo o valor das grandezas de
ensaio determinado em função do valor da corrente térmica convencional (ao ar livre ou com invólucro) do pólo neutro
(ver 7.1.8).

O equipamento provido de dispositivos de proteção contra curto-circuito deve ser ensaiado conforme os requisitos
indicados na norma de produto correspondente.

No final do ensaio, a elevação de temperatura das diferentes partes do circuito principal não deve exceder os valores
indicados nas tabelas 2 e 3, salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente.

Dependendo do valor da corrente térmica convencional (ao ar livre ou com invólucro), uma das seguintes disposições
para as conexões de ensaio deve ser utilizada:

i) Para os valores de corrente de ensaio inferiores ou igual a 400 A:

a) As conexões devem ser de condutores de cobre de alma única, isolação de PVC, com seções transversais
indicadas na tabela 9.
62 PROJETO 03:017.05-004:2005

b) As conexões devem ser ao ar livre e espaçadas, aproximadamente, na mesma distância existente entre os bornes.

c) Para os ensaios em corrente monofásica ou polifásica, o comprimento mínimo de qualquer conexão provisória de
um borne do equipamento a outro borne, ou à fonte ou a um ponto comum em ligação estrela deve ser de

- 1 m para as seções transversais inferiores ou igual a 35 mm 2;

- 2 m para as seções transversais superiores a 35 mm 2.

ii) Para os valores de corrente de ensaio superiores a 400 A mas não excedendo 800 A:

a) As conexões devem ser de condutores de cobre de alma única, isolação de PVC, com seções transversais
indicadas na tabela 10, ou barras de cobre equivalentes indicadas na tabela 11, como recomendado pelo
fabricante.

b) As conexões especificadas em a) devem estar espaçadas, aproximadamente, na mesma distância àquela entre os
bornes. As barras de cobre devem ser pintadas de preto fosco. Os condutores múltiplos paralelos relativos a um
mesmo borne devem ser agrupados e dispostos com um espaço de ar ambiente entre eles de aproximadamente
10 mm. As barras múltiplas de cobre relativas a um mesmo borne devem estar separadas por uma distância igual à
sua espessura. Se as dimensões indicadas para as barras não forem apropriadas aos bornes, ou não forem
disponíveis, outras barras que tenham aproximadamente as mesmas seções transversais e aproximadamente a
mesma ou menor área de resfriamento podem ser usadas. Os condutores ou as barras de cobre não devem ser
laminados.

c) Para os ensaios em corrente monofásica ou polifásicas, o comprimento mínimo de toda conexão provisória de um
borne do equipamento a outro borne ou à fonte deve ser de 2 m. O comprimento mínimo para o ponto comum de
uma ligação estrela pode ser reduzido para 1,2 m.

iii) Para os valores de corrente de ensaio superiores a 800 A mas não excedendo 3 150 A:

a) As conexões devem ser de barras de cobre nas dimensões indicadas na tabela 11 a não ser que o equipamento
seja projetado apenas para conexão de cabos. Neste caso, a seção e a disposição dos cabos devem ser conforme
especificados pelo fabricante.

b) As barras de cobre devem ser separadas, aproximadamente, na mesma distância àquela entre os bornes. As
barras de cobre devem ser pintadas de preto fosco. As barras múltiplas de cobre relativas a um mesmo borne
devem ter entre elas uma distância aproximadamente igual à sua espessura. Se as dimensões indicadas para as
barras não forem apropriadas aos bornes ou não forem disponíveis, outras barras que tenham aproximadamente a
mesma ou menor área de resfriamento podem ser usadas. As barras de cobre não devem ser laminados.

c) Para os ensaios em corrente monofásica ou polifásica, o comprimento mínimo de toda conexão provisória de um
borne do equipamento a outro borne ou à fonte deve ser de 3 m, mas pode ser reduzido a 2 m desde que a
elevação de temperatura da extremidade da conexão, no lado da fonte, não seja superior a 5 K abaixo do valor de
elevação da temperatura no ponto médio da conexão. O comprimento mínimo para o ponto comum de uma ligação
estrela deve ser de 2 m.

iv) Para os valores de corrente de ensaio superiores a 3 150 A:

Um acordo deve ser obtido entre o fabricante e o usuário em todos os itens correspondentes do ensaio, tais como: tipo
da fonte de alimentação, número de fases e freqüência (onde aplicável), seção transversal das conexões de ensaio
etc. Estas informações devem fazer parte do relatório de ensaio.

8.3.3.3.5 Elevação de temperatura dos circuitos de comando


Os ensaios de elevação de temperatura dos circuitos de comando devem ser realizados com a corrente especificada e, no
caso de c.a., na freqüência nominal. Os circuitos de comando devem ser ensaiados em sua tensão nominal.

Os circuitos previstos para operações contínuas devem ser ensaiados por um tempo suficiente para que a elevação da
temperatura alcance um valor estável.

Os circuitos para regime de carga intermitente devem ser ensaiados como estabelecido na norma de produto
correspondente.

No final destes ensaios, a elevação de temperatura nas diferentes partes dos circuitos de comando não deve exceder os
valores especificados em 7.2.2.5, salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente.

8.3.3.3.6 Elevação de temperatura das bobinas dos eletroímãs


As bobinas e os eletroímãs devem ser ensaiados de acordo com as condições indicadas em 7.2.2.6.

Eles devem ser ensaiados por um tempo suficiente para elevação de temperatura alcançar um valor estável.

A temperatura deve ser medida quando o equilíbrio térmico é alcançado no circuito principal e na bobina do eletroímã.

As bobinas e os eletroímãs de equipamentos previstos para regime de carga intermitente devem ser ensaiados de acordo
com a norma de produto correspondente.

Ao final destes ensaios a elevação de temperatura das diferentes partes não deve exceder os valores especificados em
7.2.2.6.
PROJETO 03:017.05-004:2005 63

8.3.3.3.7 Elevação de temperatura dos circuitos auxiliares


Os ensaios de elevação de temperatura dos circuitos auxiliares devem ser realizados nas m esmas condições que aquelas
especificadas em 8.3.3.3.5, mas podem ser realizados com qualquer tensão conveniente.

Ao final destes ensaios a elevação de temperatura dos circuitos auxiliares não deve exceder os valores especificados em
7.2.2.7.

8.3.3.4 Propriedades dielétricas

8.3.3.4.1 Ensaios de tipo


1) Condições gerais para os ensaios de tensão suportável

O equipamento a ser ensaiado deve satisfazer aos requisitos gerais de 8.3.2.1.

Se o equipamento é para ser usado sem invólucro, ele deve ser montado sobre uma placa metálica e todas as partes
condutoras expostas (estrutura, etc.) previstas para serem conectadas ao aterramento em serviço normal, devem ser
conectadas a essa placa.

Quando a base do equipamento é de material isolante, as partes metálicas devem ser colocadas em todos os pontos
de fixação de acordo com as condições normais de instalação do equipamento e estas partes devem ser consideradas
como parte da estrutura do equipamento.

Todo atuador de comando de material isolante e qualquer invólucro não metálico integrado do equipamento previsto
para ser usado sem um invólucro adicional devem ser revestidos por uma folha metálica e conectados à estrutura ou à
placa de montagem. A folha deve ser somente aplicada para aquelas partes da superfície que podem ser tocadas com
o dedo-padrão normalizado durante o funcionamento ou a regulagem do equipamento. Se a parte isolante de um
invólucro integrado não puder ser tocada pelo dedo-padrão devido à presença de um invólucro adicional, a folha não é
requerida.

NOTA 1 Isto corresponde às partes acessíveis pelo operador durante o funcionamento ou a regulagem do equipamento (por
exemplo, atuador de comando de um botão pulsador).

Quando a tensão suportável do equipamento depende da isolação das conexões com fita isolante ou do uso de
isolação especial, tal isolação com fita isolante ou isolação especial devem ser usadas também durante os ensaios.

NOTA 2 Os ensaios dielétricos para dispositivos à semicondutores estão em estudo.

2) Verificação das tensões de impulso suportável.

a) Generalidades

O equipamento deve satisfazer aos requisitos especificados em 7.2.3.1.

A verificação do isolamento é realizada por um ensaio na tensão de impulso suportável nominal.

Se o equipamento contém qualquer parte para a qual as propriedades dielétricas não são sensíveis a altitude (por
exemplo, optoacopladores, partes encapsuladas), então, a verificação da isolação pode ser, alternativamente, feita
por um ensaio na tensão de impulso suportável nominal sem a aplicação do fator de correção da altitude. Estas
partes devem ser desconectadas e o restante do equipamento deve ser ensaiado com a tensão de impulso
suportável nominal usando o fator de correção da altitude.

As distâncias de isolação iguais ou superiores aos valores da classe A da tabela 13 podem ser verificadas por
medição, de acordo com o método descrito no anexo G.

b) Tensão de ensaio

A tensão de ensaio deve ser aquela especificada em 7.2.3.1.

Para equipamento que incorporam dispositivos supressores de sobretensão, a energia da corrente de ensaio não
deve exceder a energia nominal dos dispositivos supressores de sobretensão. Estes últimos devem ser
apropriados para a aplicação.

NOTA 1 As características nominais estão em estudo.

O equipamento de ensaio deve ser calibrado para produzir uma forma de onda 1,2/50 µs como definida na IEC
61180. A saída é então conectada ao equipamento sob ensaio e o impulso é aplicado 5 vezes para cada
polaridade, em intervalos de no mínimo 1s. A influência do equipamento submetido ao ensaio sobre a forma de
onda, se existir, é ignorada.

Se, no decorrer de um procedimento de ensaio, os ensaios dielétricos repetitivos são requeridos, a norma de
produto correspondente deve estabelecer as condições dos ensaios dielétricos.

NOTA 2 Um exemplo de dispositivo de ensaio está em estudo.

c) Aplicação da tensão de ensaio

Com o equipamento montado e preparado como especificado na alínea a) acima, a tensão de ensaio é aplicada
como segue:
64 PROJETO 03:017.05-004:2005

i) entre todos os bornes do circuito principal conectados juntos (incluindo os circuitos de comando e auxiliares
conectados ao circuito principal) e o invólucro ou a placa de montagem, com os contatos em todas as posições
normais de operação;

ii) entre cada pólo do circuito principal e os outros pólos conectados juntos e ao invólucro ou à placa de
montagem, com os contatos em todas as posições normais de operação;

iii) entre cada circuito de comando e cada circuito auxiliar que não estão normalmente não conectados ao circuito
principal e:

- o circuito principal,

- os outros circuitos,

- as massas,

- o invólucro ou a placa de montagem,

os quais, quando apropriado, podem ser conectados juntos;

iv) para os equipamentos aptos ao seccionamento, através dos pólos do circuito principal, entre os bornes de linha
conectados juntos e os bornes de carga conectados juntos;

A tensão de ensaio deve ser aplicada entre os bornes de linha e de carga do equipamento com os contatos na
posição aberto e seus valores devem ser conforme especificados em 1) b) de 7.2.3.1.

Para os equipamentos não aptos ao seccionamento os requisitos para ensaio com os contatos na posição
aberto devem ser estabelecidos na norma de produto correspondente.

d) Critério de aceitação

Não deve haver descarga disruptiva não intencional durante os ensaios.

NOTA 1 Uma exceção é uma descarga disruptiva prov ocada intencionalmente, por exemplo, por dispositivos de supressão de
sobretensões transitórias.

NOTA 2 O termo “descarga disruptiva“ é relacionado ao fenômeno associado a uma falha de isolação sob esforço elétrico, na qual a
descarga rompe completamente a isolação em ensaio, reduzindo a tensão aplicada entre os eletrodos a zero ou próximo de zero.

NOTA 3 O termo "centelhamento" é usado quando a descarga disruptiva ocorre num dielétrico gasoso ou líquido.

NOTA 4 O termo "arco" é usado quando uma descarga disruptiva ocorre ao longo da superfície de um dielétrico imerso num meio líquido
ou gasoso.

NOTA 5 O termo "perfuração" é usado quando uma descarga disruptiva ocorre através de um dielétrico sólido.

NOTA 6 Uma descarga disruptiva através de dielétrico sólido ocasiona a perda permanente da tensão suportável do objeto; em um
dielétrico gasoso ou liquido, essa perda pode ser temporária.

3) Verificação da suportabilidade à freqüência industrial da isolação sólida

a) Generalidades

Este ensaio aplica-se para a verificação da isolação sólida e à aptidão de suportar a sobretensões temporárias.

Os valores da Tabela 12A são considerados para cobrir a capacidade de suportar as sobretensões temporárias
(ver nota 2 da Tabela 12A).

b) Tensão de ensaio

A tensão de ensaio deve ter uma forma de onda praticamente senoidal e uma freqüência entre 45 Hz e 65 Hz .

O transformador de alta tensão utilizado para este ensaio deve ser projetado de maneira que, quando os bornes de
saída são curto-circuitados após a tensão de saída ter sido ajustada ao valor de ensaio apropriado, a corrente de
saída deve ser de pelo menos 200 mA.

O relé de sobrecorrente não deve atuar quando a corrente de saída for inferior a 100 mA.

O valor da tensão de ensaio deve ser como a seguir:

i) para o circuito principal e para os circuitos de comando e auxiliares de acordo com a tabela 12A. A incerteza de
medição da tensão de ensaio não deve exceder a ±3 %.

ii) se uma tensão de ensaio alternada não pode ser aplicada, por exemplo, devido ao componente de filtro EMC,
uma tensão de ensaio contínua pode ser utilizada, tendo um valor da tabela 12 A, terceira coluna. A incerteza
de medição da tensão de ensaio não deve exceder a ±3 %.

A tensão de ensaio aplicada deve ser de ± 3%.

c) Aplicação da tensão de ensaio


PROJETO 03:017.05-004:2005 65

Para os ensaios dielétricos entre fases, todos os circuitos entre estas fases podem ser desconectadas para o
ensaio.

NOTA 1 O propósito deste ensaio é verificar somente a isolação básica e suplementar.

Quando os circuitos do equipamento incluírem dispositivos como motores, instrumentos de medição, micro-
interruptores, capacitores e dispositivos em estado sólido que, de acordo com suas especificações
correspondentes, tenham sido submetidos às tensões de ensaio dielétrico inferiores àquelas especificadas em b)
acima, tais dispositivos devem ser desconectados para o ensaio.

Para o ensaio dielétrico entre fase e terra, todos os circuitos devem ser conectados.

NOTA 2 O propósito deste ensaio é verificar a isolação básica e suplementar, e a capacidade de suportar sobretensões
temporárias.

A tensão de ensaio deve ser aplicada por 5 s de acordo com os itens i), ii) e iii) de 2) c) acima.

Em casos particulares, por exemplo, equipamentos possuindo mais de uma posição aberto ou equipamento de
estado sólido, etc., a norma de produto correspondente pode especificar os requisitos de ensaio detalhados.

Os circuitos impressos e módulos com conectores multipontos podem ser retirados, desconectados ou substituídos
por circuitos fictícios durante o ensaio de isolação.

Isto não se aplica, entretanto, a auxiliares para que, em caso de uma falha de isolamento, a tensão pode passar
nas partes acessíveis não conectadas ao invólucro ou do lado da alta tensão para o lado da baixa tensão, por
exemplo, transformadores auxiliares, equipam entos de medição, transformadores de impulso, onde o esforço de
isolação é igual daquele do circuito principal.

d) Critério de aceitação

Durante o ensaio não deve ocorrer arco, falha da isolação, nem internamente (perfuração) ou externamente
(trilhamento) ou qualquer outra manifestação de descarga disruptiva. Toda descarga luminescente deve ser
ignorada.

Os componentes conectados entre fase e terra podem ser danificados durante os ensaios mas esta falha não pode
resultar em uma condição que conduza a uma situação perigosa. As normas dos produtos podem definir os
critérios de aceitação específicos.

NOTA Os níveis de tensão para terra são baseados na IEC 60664-1 sob as piores condições as quais geralmente não ocorrem
na prática.

4) Verificação da suportabilidade à freqüência industrial após os ensaios de manobra em carga e os ensaios de curto-
circuito

a) Generalidades

Convém que o ensaio seja realizado sobre o equipamento enquanto ele permanece montado para os ensaios de
manobra em carga ou os ensaios de curto-circuito. Se isto não for praticável, ele pode ser desconectado e
removido do circuito de ensaio; devem ser tomadas medidas para assegurar que isto não influencie o resultado do
ensaio.

b) Tensão de ensaio

Os requisitos de 3) b) acima devem ser aplicados exceto que o valor da tensão de ensaio deve ser 2 Ue com um
mínimo de 1 000 V eficaz, ou 1 415 V c.c. se a tensão de ensaio c.a. não puder ser aplicada. O valor de U e referido
é aquele utilizado para os ensaios de manobra e/ou de curto-circuito.

NOTA Convém que as norma de produto correspondente sejam adaptadas a esta decisão quando reeditadas.

c) Aplicação da tensão de ensaio

Os requisitos de 3) c) acima devem ser aplicados. A aplicação da folha metálica, de acordo com 8.3.3.4.1 1), não é
requerida.

d) Critérios de aceitação

Os requisitos de 3) d) acima devem ser aplicados.

5) Vago

6) Verificação da suportabilidade em corrente contínua

Sob consideraçaõ.

7) Verificação das distâncias de escoamento

As menores distâncias de escoamento entre fases, entre os condutores de circuito em diferentes tensões e as partes
condutoras vivas e expostas devem ser medidas. A distância de escoamento medida com relação ao grupo de
material e ao grau de poluição deve satisfazer aos requisitos de 7.2.3.4.

8) Verificação da corrente de fuga do equipamento apto ao seccionamento


66 PROJETO 03:017.05-004:2005

Os ensaios devem estar especificados na norma de produto correspondente.

8.3.3.4.2 Ensaios de rotina


1) Tensão de impulso suportável

Os ensaios devem ser realizados de acordo com 2) de 8.3.3.4.1. A tensão de ensaio não deve ser inferior ao maior
dos dois valores seguintes: 30% da tensão de impulso suportável nominal (sem fator de correção da altitude) ou 2 Ui.

2) Tensão suportável à freqüência industrial

a) Tensão de ensaio

O dispositivo de ensaio deve ser o mesmo que o indicado em 3) b) de 8.3.3.4.1 exceto que o disparo de
sobrecorrente seja ajustado em 25 mA.

Entretanto, o fabricante pode, por razões de segurança, utilizar um dispositivo de ensaio de potência inferior ou de
regulagem de disparo mais baixa, mas a corrente de curto-circuito do dispositivo de ensaio deve ser pelo menos
igual a 8 vezes a regulagem de disparo nominal do relé de sobrecorrente, por exemplo para um transformador com
corrente de curto-circuito de 40 mA, a regulagem de disparo máxima do relé de sobrecorrente deve ser 5 mA ± 1
mA.

NOTA 1 A capacitância do equipamento pode ser levada em conta.

O valor da tensão eficaz de ensaio deve ser 2 Ue com um mínimo de 1 000 V .

NOTA 2 No caso de valores múltiplos, Ue refere-se ao valor mais elevado marcado no equipamento ou identificado na
documentação do fabricante.

b) Aplicação da tensão de ensaio

Os requisitos de 3) c) de 8.3.3.4.1. devem ser aplicados, exceto que a duração da aplicação da tensão de
ensaio deve ser de 1s apenas.

Entretanto, como uma alternativa, um procedimento de ensaio simplificado pode ser utilizado se for
considerado que a isolação seja submetida a um esforço dielétrico equivalente.

c) Critérios de aceitação

O relé de sobrecorrente não deve disparar.

3) Tensões combinadas de impulso e de freqüência industrial suportável

As normas de produto podem especificar se os ensaios de 1) e 2) acima podem ser substituídos por um simples
ensaio de freqüência industrial suportável onde o valor de pico da onda senoidal correspondente ao valor indicado em
1) ou 2), o que for maior.

4) Em nenhum caso a aplicação da folha metálica, conforme 8.3.3.4.1 1), é requerida.

8.3.3.4.3 Ensaios por amostragem para verificação das distâncias de isolamento


1) Generalidades

Estes ensaios são destinados para verificação da conformidade com o projeto em relação às distâncias de isolamento
e somente são aplicáveis ao equipamento com as distâncias de isolamento menores do que aquelas correspondentes
à tabela 13, caso A.

2) Tensão de ensaio

A tensão de ensaio deve ser aquela correspondente à tensão de impulso suportável nominal.

As normas de produto correspondentes devem estabelecer os planos de amostragem e o procedimento.

3) Aplicação da tensão de ensaio

Os requisitos de 2) c) de 8.3.3.4.1 devem ser aplicados, exceto que a folha metálica não necessita ser aplicada ao
dispsitivo de manobra ou ao invólucro.

4) Critérios de aceitação

Não deve ocorrer descarga disruptiva.

8.3.3.4.4 Ensaios para equipamentos com separação de proteção


Os ensaios para equipamentos com separação de proteção são indicados no anexo N.

8.3.3.5 Capacidades de estabelecimento e de interrupção

8.3.3.5.1 Condições gerais de ensaios


Os ensaios para verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção devem ser feitos de acordo com os
requisitos gerais de ensaio definidos em 8.3.2.
PROJETO 03:017.05-004:2005 67

As tolerâncias para fases individuais devem estar de acordo com a tabela 8, salvo especificação em contrário.

Os equipamentos tetrapolares devem ser ensaiados como um equipamento tripolar com o pólo inutilizado, que no caso de
um equipamento provido de um pólo neutro, é o pólo neutro conectado à estrutura. Se todos os pólos forem idênticos, um
ensaio sobre os três pólos adjacentes é suficiente. Caso contrário, um ensaio suplementar deve ser efetuado entre o pólo
neutro e o adjacente, de acordo com a figura 4, na corrente nominal do pólo neutro e a tensão fase-neutro, com os outros
dois pólos não utilizados conectados à estrutura.

Para os ensaios de capacidade de interrupção, sob condições normais de carga e de sobrecarga, os valores das tensões
transitórias de restabelecimento devem estar especificados na norma de produto correspondente.

8.3.3.5.2 Circuito de ensaio


a) As figuras 3,4,5 e 6 representam os esquemas dos circuitos a serem usados para os ensaios relativos a :

- um equipamento unipolar em corrente alternada monofásica ou contínua (figura 3) ;

- um equipamento bipolar em corrente alternada monofásica ou contínua (figura 4) ;

- um equipamento tripolar ou três equipamentos unipolares em corrente alterna trifásica (figura 5) ;

- um equipamento tetrapolar, em corrente alternada trifásica em um circuito composto de quatro condutores (figura
6) ;

Um esquema detalhado do circuito usado para o ensaio deve ser indicado no relatório de ensaio.

b) A corrente presumida nos bornes de alimentação do equipamento não deve ser menor que 10 vezes a corrente de
ensaio ou 50 kA, o que for menor.

c) O circuito de ensaio compreende a fonte de alimentação, o equipamento D em ensaio e o circuito de carga.

d) O circuito de carga deve consistir de resistores montados em série com as reatâncias a núcleo de ar. As reatâncias a
núcleo de ar em cada fase devem ser derivadas para os resistores de absorção de aproximadamente 0,6% da
corrente que passa pela reatância.

Entretanto, onde uma tensão transitória de restabelecimento é especificada, ao invés dos resistores em derivação de
0,6% devem ser incluídos resistores e capacitores em paralelo com a carga, o circuito de carga completo é
representado na figura 8.

NOTA Para os ensaios em corrente contínua onde L/R > 10 ms, pode ser utilizada uma reatância com núcleo de ferro em série com
os resistores, se necessários, verificando com um osciloscópio que o valor L/R é como o especificado (0+15 )%, e que o tempo
necessário para obter 95% da corrente estabilizada é igual a 3 × L/R ± 20%.

Quando um pico de corrente transitória de energização é especificada (por exemplo, categorias de emprego AC-5b,
AC-6 e DC-6), um tipo de carga diferente pode ser especificado na norma de produto correspondente.

e) As cargas devem ser ajustadas para obter, à tensão especificada:

- os valores da corrente e do fator de potência ou da constante de tempo especificado na norma de produto


correspondente;

- o valor da tensão de restabelecimento à freqüência industrial;

- quando especificadas, a freqüência de oscilação da tensão transitória de restabelecimento e o valor do fator γ.

O fator γ é a razão do valor U1 do pico máximo da tensão transitória de restabelecimento e do valor instantâneo U2, no
instante de corrente zero, da componente da tensão de restabelecimento à freqüência industrial (ver figura 7).

f) O circuito de ensaio deve ser aterrado em apenas um ponto. Este aterramento pode ser feito no ponto estrela do lado
da carga ou do lado da alimentação. A posição deste ponto deve ser indicada no relatório do ensaio.

NOTA Convém que a seqüência da conexão de R e X (ver figuras 8a e 8b) não seja modificada entre o ajuste e o
ensaio.

g) Todas as partes do equipamento normalmente aterradas em serviço, incluindo o invólucro ou as telas, devem ser
isoladas da terra e conectadas como indicado nas figuras 3,4,5,ou 6.

Esta conexão deve compreender um elemento fusível F constituído por um fio de cobre de 0,8 mm de diâmetro e de
pelo menos 50 mm de comprimento, ou um elemento fusível equivalente, para detecção da corrente de falta.

A corrente de falta presumida no circuito do elemento fusível deve ser 1 500 A ± 10%, salvo os casos indicados nas
notas 2 e 3. Se necessário, um resistor limitando a corrente para aquele valor deve ser utilizado.

NOTA 1 Um fio de cobre de 0,8 mm de diâmetro fundirá a 1 500 A em aproximadamente meio ciclo numa freqüência entre 45 Hz e 67
Hz (ou 0,01 s em corrente contínua).

NOTA 2 No caso de uma fonte de alimentação com neutro artificial, uma corrente de falta presumida menor pode ser aceita, sujeita à
aprovação do fabricante, com um fio de cobre de diâmetro menor conforme a tabela seguinte.
68 PROJETO 03:017.05-004:2005

Diâmetro do fio de cobre Corrente de falta presumida no


circuito do elemento fusível
mm A

0,1 50
0,2 150
0,3 300
0,4 500
0,5 800
0,8 1 500

NOTA 3 Para o valor da resistência do elemento fusível ver 8.3.2.1.

8.3.3.5.3 Característica da tensão transitória de restabelecimento


Para simular as condições nos circuitos compreendendo as cargas constituídas por motores (cargas indutivas), a
freqüência de oscilação da tensão tansitória de restabelecimento deve ser ajustada para o valor :

−0 , 8
f = 2 000 ⋅ I c ⋅U e ± 10%
0, 2

onde:

f é a freqüência de oscilação, em kHz;

I c é a corrente de interrupção, em A;

Ue é a tensão de operação nominal do equipamento, em V.

O fator γ deve ser ajustado para o valor:

γ = 1,1 ± 0,05
O valor da reatância necessária para o ensaio pode ser obtida acoplando-se diversos reatores em paralelo na condição
em que a tensão transitória de restabelecimento pode ainda ser considerada como tendo uma freqüência de oscilação.
Este é geralmente o caso quando os reatores tem praticamente a mesma constante de tempo.

As conexões entre os bornes abaixo do equipamento e os bornes do circuito de carga uma vez ajustado devem ser
montados tão próximos quanto possível. Convém que os ajustes sejam feitos com estas conexões no lugar.

Dependendo da posição do aterramento, dois métodos de ajuste do circuito de carga são indicados no anexo E.

8.3.3.5.4 Vago

8.3.3.5.5 Procedimento de ensaio para as capacidades de estabelecimento e de interrupção


O número de operações , os períodos com e sem condução de corrente e as condições ambientais devem ser indicadas
na norma do produto correspondente.

8.3.3.5.6 Comportamento do equipamento durante e após os ensaios de capacidade de estabelecimento e de


interrupção
Os critérios de aceitação durante e após os ensaios devem ser indicados na norma do produto correspondente.

8.3.3.6 Aptidão ao funcionamento em serviço


Os ensaios devem ser realizados para verificar a conformidade aos requisitos 7.2.4.2. O circuito de ensaio deve estar em
conformidade com 8.3.3.5.2 e 8.3.3.5.3.

As condições de ensaios detalhadas devem ser indicadas na norma do produto correspondente.

8.3.3.7 Durabilidade
Os ensaios de durabilidade são previstos para verificar o número de ciclos de manobra que um equipamento é sucetível
de efetuar sem reparo nem substituição de peças.

Os ensaios de durabilidade constituem a base de uma estimativa estatística da duração de vida, quando as quantidades
fabricadas o permitem.

8.3.3.7.1 Durabilidade mecânica


Durante o ensaio não deve haver nenhuma tensão ou corrente no circuito principal. O equipamento pode ser lubrificado
antes do ensaio, se a lubrificação for prescrita em serviço normal.
PROJETO 03:017.05-004:2005 69

O circuito de comando deve ser alimentado em sua tensão nominal e, onde aplicável, em sua freqüência nominal.

Os equipamentos pneumáticos e eletro-pneumáticos devem ser alimentados com ar comprimido na pressão nominal.

Os equipamentos manobrados manualmente devem ser manobrados como em serviço normal.

O número de ciclos de manobras não deve ser inferior ao prescrito na norma do produto correspondente.

Para os equipamentos providos com relés ou dos disparadores de abertura, o número total de manobras de abertura a
serem realizadas pelos tais relés ou disparadores deve ser indicado na norma do produto correspondente.

A avaliação dos resultados dos ensaios deve ser definida na norma do produto correspondente.

8.3.3.7.2 Durabilidade elétrica


As condições de ensaios são aquelas de 8.3.3.7.1 exceto que o circuito principal é alimentado conforme os requisitos da
norma do produto correspondente.

A avaliação dos resultados dos ensaios deve ser definida na norma do produto correspondente.

8.3.4 Operação em condições de curto-circuito


Esta sub-seção especifica as condições de ensaio para verificação dos valores nominais e dos valores limites de 7.2.5. Os
requisitos adicionais referentes ao procedimento de ensaio, à operação e à seqüência dos ensaios, condição do
equipamento após os ensaios e os ensaios de coordenação dos equipamentos com os dispositivos de proteção contra os
curtos-circuitos (DPCC) são indicados na norma do produto correspondente.

8.3.4.1 Condições gerais para os ensaios de curto-circuito

8.3.4.1.1 Requisitos gerais


Aplica-se os requisitos gerais de 8.3.2.1. O mecanismo de comando deve ser manobrado nas condições especificadas na
norma do produto correspondente. Se o mecanismo é comandado elétrica ou pneumaticamente, ele deve ser alimentado
com a tensão mínima ou a pressão mínima especificada na norma do produto correspondente. Deve ser verificado que o
equipamento opera corretamente sem carga quando ele é manobrado nas condições acima.

As condições suplementares podem estar especificadas na norma do produto correspondente.

8.3.4.1.2 Circuito de ensaio


a) As figuras 9, 10, 11 e 12 representam os esquemas dos circuitos a serem utilizados para os ensaios

- de um equipamento unipolar, em corrente monofásica ou em corrente contínua (figura 9);

- de um equipamento bipolar, em corrente monofásica ou em corrente contínua( figura 10);

- de um equipamento tripolar, em corrente trifásica (figura 11);

- de um equipamento tetrapolar, em corrente trifásica de quatro condutores (figura 12).

Um esquema detalhado do circuito utilizado para o ensaio deve ser indicado no relatório respectivo.

NOTA Para as combinações com os DPCC, convém que a norma do produto correspondente especifique o arranjo correspondente
entre o DPCC e o equipamento em ensaio.

b) A fonte S alimenta o circuito incluindo resistores R1, reatâncias X e o equipamento D em ensaio.

Em todos os casos a fonte deve ter potência suficiente para permitir a verificação das características indicadas pelo
fabricante.

A resistência e reatância do circuito de ensaio devem ser ajustáveis para satisfazer as condições de ensaio
especificadas. As reatâncias X devem ter núcleo de ar. Elas devem ser ligadas em série com os resistores R1 e os
seus valores devem ser obtidos por associação em série de reatâncias individuais; a conexão em paralelo de
reatâncias é permitida quando estas têm praticamente a mesma constante de tempo.

Desde que a característica da tensão transitória de restabelecimento dos circuitos de ensaios que incluem reatâncias
com núcleo de ar de valores elevados não seja representativa em condições normais de serviço, a reatância com
núcleo de ar em cada fase deve ser ligada em derivação com um resistor absorvendo aproximadamente 0,6 % da
corrente da reatância, salvo acordo em contrário entre o fabricante e o usuário.

c) Em cada circuito de ensaio (figuras 9, 10, 11 e 12), os resistores e as reatâncias são inseridas entre a fonte de
alimentação S e o equipamento D em ensaio. As posições do dispositivo de fechamento A e dos dispositivos sensores
de corrente (I1, I2 , I3) podem ser diferentes. As conexões do equipamento em ensaio ao circuito de ensaio devem ser
indicadas na norma de produto correspondente.

Quando os ensaios são realizados com uma corrente inferior a seu valor nominal, convém que as impedâncias
suplementares requeridas devem normalmente ser inseridas no lado da carga do equipamento entre este e o curto-
circuito; elas podem, entretanto, ser inseridas no lado da linha, neste caso deve ser indicado no relatório de ensaio.

Isto não se aplica necessariamente aos ensaios de corrente suportável de curta duração admissível (ver 8.3.4.3).
70 PROJETO 03:017.05-004:2005

Salvo acordo especial entre o fabricante e o usuário e os detalhes anotados no relatório de ensaio, o esquema do
circuito de ensaio deve estar em conformidade com as figuras.

Deve existir um e apenas um ponto do circuito de ensaio aterrado; este pode ser a ligação de curto-circuito do circuito
de ensaio ou o ponto neutro da fonte ou outro ponto conveniente, mas o método do aterramento deve ser indicado no
relatório de ensaio.

d) Todas as partes do equipamento normalmente conectadas à terra em serviço, incluindo o invólucro ou as telas, devem
estar isoladas da terra e conectadas a um ponto como indicado nas figuras 9, 10, 11 ou 12.

Esta conexão deve conter um elemento fusível F constituído de um fio de cobre de 0,8 mm de diâmetro e de no
mínimo 50 mm de comprimento, ou um elemento fusível equivalente, para a detecção da corrente de falta.

A corrente de falta presumida no circuito do elemento fusível deve ser de 1 500 A ± 10%, exceto conforme indicado
nas notas 2 e 3. Se necessário, um resistor limitando a corrente para aquele valor deve ser utilizado.

NOTA 1 Um fio de cobre de 0,8 mm de diâmetro fundirá a 1 500 A em aproximadamente meio ciclo numa freqüência entre 45 Hz e 67
Hz (ou 0,01 s em corrente contínua)

NOTA 2 No caso de uma fonte de alimentação com neutro artificial, uma corrente de falta presumida menor pode ser aceita, sujeita à
aprovação do fabricante, com um fio de cobre de diâmetro menor conforme a tabela seguinte.

Diâmetro do fio de cobre Corrente de falta presumida no


circuito do elemento fusível
mm A

0,1 50
0,2 150
0,3 300
0,4 500
0,5 800
0,8 1 500

NOTA 3 Para o valor da resistência do elemento fusível do circuito ver 8.3.2.1.

8.3.4.1.3 Fator de potência do circuito de ensaio.


Em corrente alternada, convém que o fator de potência para cada fase do circuito de ensaio seja determinado de acordo
com um método estabelecido que deve ser mencionado no relatório de ensaio.

Dois exemplos são indicados no anexo F.

O fator de potência de um circuito polifásico é considerado como o valor médio dos fatores de potência de cada fase.

O fator de potência deve estar de acordo com a tabela 16.

A diferença entre o valor médio e os valores máximo e mínimo dos fatores de potência nas diferentes fases deve ficar
dentro da tolerância de ±0,05.

8.3.4.1.4 Constante de tempos do circuito de ensaio


Em corrente contínua, a constante de tempos do circuito de ensaio pode ser determinada de acordo com o método
indicado na seção F.2. do anexo F.

A constante de tempos deve estar de acordo com a tabela 16.

8.3.4.1.5 Calibração do circuito de ensaio


A calibração do circuito de ensaio é realizada pela colocação provisória da conexão B de impedância desprezível tão
próximo quanto possível dos bornes destinados à conexão do equipamento em ensaio.

Em corrente alternada, os resistores R1 e as reatâncias X são regulados de forma a obter, na tensão aplicada, uma
corrente igual a capacidade de interrupção nominal em curto-circuito, assim como o fator de potência indicado em
8.3.4.1.3.

Para determinar a capacidade de estabelecimento em curto-circuito do equipamento em ensaio, , é necessário calibrar o


circuito de maneira a assegurar que a corrente de estabelecimento presumida é atingida em uma das fases.

NOTA A tensão aplicada é a tensão de circuito aberto necessária para obter a tensão especificada de restabelecimento na freqüência
industrial (mas ver também nota 1 do 8.3.2.2.3).

Em corrente contínua, os resistores R1 e as reatâncias X são regulados de forma a obter, na tensão de ensaio, uma
corrente onde o valor máximo é igual à capacidade de interrupção nominal em curto-circuito, bem como a constante de
tempos especificada em 8.3.4.1.4.
PROJETO 03:017.05-004:2005 71

O circuito de ensaio é alimentado simultaneamente em todos os pólos e a curva de corrente é registrada para uma
duração de pelo menos 0,1 s.

Para os dispositivos de conexão para corrente contínua, onde a separação dos contatos se realiza antes que o valor de
pico da curva de calibração seja alcançado, é suficiente registrar a calibração com uma resistência pura adicional ao
circuito, para demonstrar que a taxa de elevação da corrente, expressa em ampère/segundo, é a mesma para a corrente
de ensaio e a constante de tempos especificada (ver Figura 15). Esta resistência adicional deve ser tal que o valor de pico
da curva da corrente de calibração seja pelo menos igual ao valor de pico da corrente de interrupção. Esta resistência
deve ser removida para o ensaio real (ver 8.3.4.1.8, alínea b)).

8.3.4.1.6 Procedimento de ensaio


Após a calibração do circuito de ensaio em conformidade com 8.3.4.1.5, as conexões provisórias são substituídas pelo
equipamento em ensaio e pelos seus cabos de conexão, se existirem.

Os ensaios de desempenho em condições de curto-circuito devem ser realizados conforme os requisitos da norma do
produto correspondente.

8.3.4.1.7 Comportamento do equipamento durante os ensaios de estabelecimento e de interrupção em curto-


circuito
Não deve se produzir arco ou faiscamento entre os pólos ou entre os pólos e a estrutura, nem fusão do elemento fusível F
no circuito de detecção de fuga (ver 8.3.4.1.2).

Os requisitos suplementares podem estar indicados na norma do produto correspondente.

8.3.4.1.8 Interpretação dos registros


a) Determinação da tensão aplicada e da tensão de restabelecimento à freqüência industrial

A tensão aplicada e a tensão de restabelecimento à freqüência industrial são determinadas após os registros
correspondentes ao ensaio de interrupção realizado com o dispositivo em ensaio e avaliado como indicado na figura
13 para corrente alternada e na figura 14 para corrente contínua.

A tensão do lado da alimentação deve ser medida durante o primeiro ciclo completo após a extinção do arco em todos
os pólos e após a atenuação dos fenômenos de alta freqüência (ver figura 13 ).

Se forem necessárias informações complementares relativos, por exemplo, a tensão entre pólos individuais, a
durração do arco, a energia do arco, a sobretensão de manobra etc, isto pode ser obtido por meio de sensores
complementares através de cada pólo e, neste caso, a resistência de cada um destes circuitos de medição
complementares não deve ser inferior a 100 ohms por volt do valor da tensão eficaz entre cada pólo individual; este
valor deve ser indicado no relatório de ensaio.

b) Determinação da corrente de interrupção presumida

Esta determinação se realiza por comparação das curvas de corrente, registradas durante a calibração do circuito,
com aquelas registradas durante o ensaio de interrupção do equipamento (ver figura 13).

Em corrente alternada, a componente periódica da corrente de interrupção presumida é tomada como sendo igual ao
valor eficaz da componente periódica da corrente de calibração no instante em que corresponde à separação dos
contatos de arco (valor correspondente a A2 /2√2 da figura 13, alínea a)). A corrente de interrupção presumida deve ser
a média das correntes presumidas em todas as fases com a tolerância de acordo com a tabela 8; o valor da corrente
presumida em cada fase deve estar compreendida entre ±10% do valor nominal.

NOTA Com a concordância do fabricante, a corrente em cada fase pode estar compreendida entre ±10 % do valor médio.

Em corrente contínua, o valor da corrente de interrupção presumida é tomado como sendo igual ao valor máximo A2
como determinado através da curva de calibração para os equipamentos que interrompem antes que a corrente tenha
atingido o seu valor máximo, e o valor A para os equipamentos que interrompem após a corrente ter ultrapassado o
seu valor máximo (ver a figura 14, alíneas a) e b)).

No caso de equipamentos em corrente contínua. ensaiados conforme os requisitos de 8.3.4.1.5, quando a calibração
do circuito de ensaio tiver sido realizada com a corrente I 1 inferior à capacidade de interrupção nominal, o ensaio é
considerado sem efeito se a corrente de interrupção real I 2 for superior a I 1 e deve ser recomeçado após uma
calibração a uma corrente I 3 de um valor superior a I 2 (ver a figura 15).

A corrente de interrupção presumida A2 = U/R é determinada pelo cálculo da resistência R do circuito de ensaio a
partir da resistência R1 dos circuitos de calibração correspondentes. A constante de tempos do circuito de ensaio é
dada por :

T = A2
di / dt
As tolerâncias devem estar em conformidade com a tabela 8.

c) Determinação do valor de pico da corrente de estabelecimento presumida


72 PROJETO 03:017.05-004:2005

O valor de pico da corrente de estabelecimento presumida é determinado após o registro de calibração e o seu valor
deve ser igual aquele correspondente a A1 da figura 13, alínea a) em corrente alternada e para A2 da figura 14 em
corrente contínua. No caso de ensaio trifásico, deve ser tomado igual ao maior dos três valores A1 após os registros.

NOTA No caso de ensaios de um equipamento unipolar, o valor de pico da corrente de estabelecimento presumida determinado após
o registro de calibração, pode ser diferente do valor real da corrente de estabelecimento correspondente ao ensaio, dependendo do
instante de estabelecimento.

8.3.4.1.9 Condição do equipamento após os ensaios


Após os ensaios, o equipamento deve satisfazer aos requisitos da norma do produto correspondente.

8.3.4.2 Capacidades de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito


O procedimento de ensaio para verificação das capacidades nominais de estabelecimento e de interrupção em curto-
circuito devem estar indicadas na norma do produto correspondente.

8.3.4.3 Verificação da suportabilidade da corrente de curta duração admissível nominal


O ensaio deve ser realizado com o equipamento na posição fechada, com uma corrente presumida de valor igual a aquela
corrente de curta duração admissível nominal e a correspondente tensão de operação sob as condições gerais de 8.3.4.1.

No caso onde o laboratório de ensaio tem dificuldades para realizar este ensaio na tensão de operação, pode ser
realizado em qualquer tensão menor conveniente, a corrente de ensaio real sendo, neste caso, igual a corrente de curta
duração admissível nominal I cw. Isto deve ser mencionado no relatório de ensaio. Entretanto, se uma separação
momentânea dos contatos ocorrer durante o ensaio, o ensaio deve ser repetido na tensão de operação nominal.

Para este ensaio, todo disparador de sobrecorrente, se existir, suscetíveis de funcionar durante o ensaio, devem ser
tornados inoperantes.

a) Em corrente alternada

Os ensaios devem ser realizados à freqüência nominal do equipamento com uma tolerância de ±25 %, e com fator de
potência correspondente à corrente de curta duração admissível nominal conforme tabela 16.

O valor da corrente durante a calibração é a média dos valores eficazes das componentes periódicas em todas as fases
(ver 4.3.6.1). O valor médio deve ser igual ao valor nominal com as tolerâncias especificadas na tabela 8.

Em cada fase a corrente deve estar entre ±5% do valor nominal.

Quando o ensaio é realizado na tensão de operação nominal, a corrente de calibração é a corrente presumida.

Quando o ensaio é realizado em qualquer tensão inferior, a corrente de calibração é a corrente de ensaio.

A corrente deve ser aplicada durante o tempo especificado durante o qual o valor eficaz de sua componente periódica
deve permanecer constante.

NOTA Com a concordância do fabricante, a corrente em cada fase pode estar entre ±10% do valor médio em caso de dificuldades no
laboratório de ensaio.

O maior valor do pico de corrente durante o seu primeiro ciclo não deve ser inferior a n vezes o valor da corrente de curta
duração admissível nominal, o valor n sendo aquele que corresponde a este valor de corrente conforme a tabela 16.

Quando, entretanto, as características do laboratório de ensaio são tais que os requisitos acima não podem ser obtidos,
as seguintes alternativas são permitidas desde que

t ensaio
∫ dt ≥ I • t st
2 2
0 i ensaio

onde

tensaio é a duração do ensaio;

tst é a curta duração;

i ensaio é a corrente de calibração se a componente periódica não for constante ou ≥ I cw;

I é a corrente real de calibração assumida para ter uma componente periódica constante.

Se o decréscimo da corrente de curto-circuito do laboratório de ensaio é tal que a corrente de curta duração admissível
nominal não pode ser obtida durante o tempo nominal, sem necessitar a aplicação inicial de uma corrente excessivamente
elevada, o valor eficaz da corrente pode cair durante o ensaio abaixo do valor especificado, a duração do ensaio é
aumentada em conseqüência, desde que o valor do maior pico da corrente não seja inferior àquele que é especificado.

Se, para obter o valor de pico requerido, o valor eficaz da corrente deve ser ser aumentado acima da corrente
especificada, a duração do ensaio deve ser reduzida em conseqüência.

b) Em corrente contínua
PROJETO 03:017.05-004:2005 73

A corrente deve ser aplicada durante o tempo especificado e o seu valor médio determinado após registrado deve ser
pelo menos igual ao valor especificado.

Se as características do laboratório de ensaio são tais que os requisitos acima não podem ser obtidos para o tempo
nominal sem necessitar a aplicação inicial de uma corrente excessivamente elevada, o valor da corrente pode ser
reduzido durante o ensaio abaixo do valor especificado, a duração do ensaio é aumentada em conseqüência, desde que o
valor máximo da corrente não seja inferior do que aquele especificado.

Se o laboratório de ensaio não permite realizar esses ensaios em c.c., eles podem, se acordado entre o fabricante e o
usuário, ser efetuados em c.a., contanto que as precauções adequadas sejam tomadas: por exemplo, o valor de pico da
corrente não deve ultrapassar a corrente admissível.

c) Comportamento do equipamento durante e após o ensaio

O comportamento do equipamento durante o ensaio deve ser definido na norma do produto correspondente.

Após o ensaio, deve ser possível manobrar o equipamento por seus órgãos de manobra normais.

8.3.4.4 Coordenação com os dispositivos de proteção contra os curtos-circuitos e a corrente de curto-circuito


condicional nominal
As condições e os procedimentos de ensaio, quando aplicáveis, devem ser definidos na norma do produto
correspondente.

8.4 Ensaios para EMC


Os ensaios de emissão e de imunidade são ensaios de tipo e devem ser realizados nas condições representativas, nas
condições de operação e ambientais, utilizando as instruções do fabricante para a instalação.

Os ensaios devem ser realizados em conformidade com a norma EMC de referência; entretanto, a norma de produto deve
especificar todas as medidas adicionais necessárias para verificar os critérios de desempenho do produto (por exemplo,
aplicação de tempos de repouso).

8.4.1 Imunidade

8.4.1.1 Equipamentos que não incorporam circuitos eletrônicos


Nenhum ensaio é necessário. Ver 7.3.2.1

8.4.1.2 Equipamentos que incorpora circuitos eletrônicos


Para os equipamentos utilizando os circuitos nos quais todos os componentes são passivos (por exemplo, diodos,
resistores, varistores, capacitores, supressores de surto e indutores) não são requeridos serem ensaiados.

Os ensaios devem ser realizados de acordo com os valores indicados na tabela 23, exceto onde um nível de ensaio
diferente é indicado e justificado na norma do produto.

Os critérios de desempenho devem ser indicados na norma do produto baseados nos critérios de aceitação indicados na
tabela 24.

8.4.2 Emissão

8.4.2.1 Equipamentos que não incorporam circuitos eletrônicos


Nenhum ensaio é necessário. Ver 7.3.3.1

8.4.2.2 Equipamentos que incorporam circuitos eletrônicos


A norma do produto deve especificar os detalhes dos métodos de ensaio. Ver 7.3.3.2.
74 PROJETO 03:017.05-004:2005

Tabela 1 – Seções transversais normalizadas de condutores redondos de cobre e


correspondência aproximada entre mm2 e AWG/kcmil
(ver 7.1.7.2)
Seção nominal AWG/kcmil Área métrica equivalente
2
mm mm 2
0,2 24 0,205
0,34 22 0,324
0,5 20 0,519
0,75 18 0,82
1 - -
1,5 16 1,3
2,5 14 2,1
4 12 3,3
6 10 5,3
10 8 8,4
16 6 13,3
25 4 21,2
35 2 33,6
- 1 42,4
50 0 53,5
70 00 67,4
95 000 85,0
- 0000 107,2
120 250 kcmil 127
150 300 kcmil 152
185 350 kcmil 177
- 400 kcmil 203
240 500 kcmil 253
300 600 kcmil 304

NOTA O traço, quando existe, refere-se a uma dimensão quando considerada uma capacidade de conexão (ver 7.1.7.2)

Tabela 2 – Limites de elevação de temperatura dos bornes

(ver 7.2.2.1 e 8.3.3.3.4)

Material do borne Limites de elevação de temperatura 1) 3)


K
Cobre nu 60
Latão nu 65
Cobre ou latão estanhado 65
Cobre ou latão prateado ou niquelado 70
2)
Outros metais
1)
O emprego em serviço de condutores conectados significativamente menores que aqueles listados nas tabelas 9 e 10
poderiam resultar em altas temperaturas nos bornes e partes internas e convém que tais condutores não sejam usados
sem o consentimento do fabricante visto que temperaturas mais elevadas podem conduzir à falha do equipamento.
2)
Os limites de elevação de temperatura devem ser fixados em função da experiênciaadquirida em serviço ou em ensaios
de durabilidade mas não excedendo 65 K.
3)
Valores diferentes podem ser prescritos nas normas do produto correspondentes para condições de ensaio diferentes e
para dispositivos de pequenas dimensões, mas não excedendo por mais que 10 K os valores desta tabela.
PROJETO 03:017.05-004:2005 75

Tabela 3 – Limites de elevação de temperatura das partes acessíveis

(ver 7.2.2.2 e 8.3.3.3.4)

Partes acessíveis Limites de elevação de


temperatura 1)
K
Órgãos de manobra manual:
Metálicos 15
Não metálicos 25
Partes destinadas para serem tocadas, mas não acionadas
manualmente:
Metálicas 30
Não metálicas 40
2)
Partes que não necessitam ser tocadas durante operação normal :
Partes exteriores do invólucro adjacentes às entradas de cabos
Metálicas 40
Não metálicas 50
Partes exteriores do invólucro contendo os resistores 2002)
Saída de ar dos orifícios de ventilação dos invólucros contendo os 2002)
resistores
1)
Valores diferentes podem ser prescritos pelas normas do produto correspondentes para condições de ensaio diferentes e
para dispositivos de pequenas dimensões, mas não excedendo por mais de 10 K dos valores desta tabela.
2)
O equipamento deve ser protegido contra os contato com os materiais combustíveis ou os contatos acidentais com a
pessoa. O limite de 200 K pode ser excedido se assim for estabelecido pelo fabricante. É de responsabilidade do instalador a
escolha do método de proteção e a localização para prevenir os riscos e as deteriorações. O fabricante deve fornecer
informações apropriadas, em conformidade com 5.3.
76 PROJETO 03:017.05-004:2005

Tabela 4 – Torques de aperto para a verificação da resistência mecânica dos bornes com parafuso

(ver 8.3.2.1, 8.2.6 e 8.2.6.2)

Diâmetro do parafuso Torque de aperto


mm N.m
Valores Faixa de diâmetro I II III
normalizados
do sistema
métrico
1,6 ≤ 1,6 0,05 0,1 0,1
2,0 > 1,6 até e inclusive 2,0 0,1 0,2 0,2
2,5 > 2,0 até e inclusive 2,8 0,2 0,4 0,4
3,0 > 2,8 até e inclusive 3,0 0,25 0,5 0,5
- > 3,0 até e inclusive 3,2 0,3 0,6 0,6
3,5 > 3,2 até e inclusive 3,6 0,4 0,8 0,8
4,0 > 3,6 até e inclusive 4,1 0,7 1,2 1,2
4,5 > 4,1 até e inclusive 4,7 0,8 1,8 1,8
5 > 4,7 até e inclusive 5,3 0,8 2,0 2,0
6 > 5,3 até e inclusive 6,0 1,2 2,5 3,0
8 > 6,0 até e inclusive 8,0 2,5 3,5 6,0
10 > 8,0 até e inclusive 10,0 - 4,0 10,0
12 > 10 até e inclusive 12 - - 14,0
14 > 12 até e inclusive 15 - - 19,0
16 > 15 até e inclusive 20 - - 25,0
20 > 20 até e inclusive 24 - - 36,0
24 > 24 - - 50,0

Coluna I Aplica-se aos parafusos sem cabeça que, quando apertados, não ficam salientes do alojamento, e a outros parafusos
que não podem ser apertados por meio de uma chave de fenda com uma lâmina mais larga que o diâmetro da rosca
do parafuso.

Coluna II Aplica-se às porcas e aos parafusos que são apertados por meio de uma chave de fenda.

Coluna III Aplica-se às porcas e aos parafusos que podem ser apertados por meios diferentes de uma chave de fenda.
PROJETO 03:017.05-004:2005 77

Tabela 5 – Valores de ensaio para os ensaios de flexão e de tração dos condutores redondos de
cobre (ver 8.2.4.4.1)

Seção transversal dos condutores Diâmetro do Altura Massa Força de tração


furo da bucha
H 1)
de passagem 1) 2)
mm
mm 2 AWG/kcmil mm kg N
0,2 24 6,5 260 0,2 10
0,34 22 6,5 260 0,2 15
0,5 20 6,5 260 0,3 20
0,75 18 6,5 260 0,4 30
1,0 - 6,5 260 0,4 35
1,5 16 6,5 260 0,4 40
2,5 14 9,5 280 0,7 50
4,0 12 9,5 280 0,9 60
6,0 10 9,5 280 1,4 80
10 8 9,5 280 2,0 90
16 6 13,0 300 2,9 100
25 4 13,0 300 4,5 135
- 3 14,5 320 5,9 156
35 2 14,5 320 6,8 190
- 1 15,9 343 8,6 236
50 0 15,9 343 9,5 236
70 00 19,1 368 10,4 285
95 000 19,1 368 14 351
- 0000 19,1 368 14 427
120 250 kcmil 22,2 406 14 427
150 300 kcmil 22,2 406 15 427
185 350 kcmil 25,4 432 16,8 503
- 400 kcmil 25,4 432 16,8 503
240 500 kcmil 28,6 464 20 578
300 600 kcmil 28,6 464 22,7 578
1)
Tolerâncias: para altura H ± 15 mm, para o diâmetro do furo da bucha de passagem de ± 2 mm.
2)
Se o diâmetro do furo da bucha de passagem indicado não permitir a passagem do condutor sem apertá-lo, pode ser usada
uma bucha de passagem com diâmetro do furo imediatamente superior.

Tabela 6 – Valores de ensaio para os ensaios de tração para condutores planos de cobre

(ver 8.2.4.4.2)

Largura máxima dos condutores planos Força de tração


mm N
12 100
14 120
16 160
20 180
25 220
30 280
78 PROJETO 03:017.05-004:2005

Tabela 7 – Seções máximas dos condutores e gabaritos correspondentes

(ver 8.2.4.5.1)

Seção transversal dos condutores Gabarito (ver figura 2)


Condutores Condutores Forma A Forma B Tolerâncias
flexíveis rígidos (sólidos admissíveis
ou para a e b
encordoados)
Marcação Diâmetro Largura Marcação Diâmetro
a b a
mm 2 mm 2 mm mm mm mm
1,5 1,5 A1 2,4 1,5 B1 1,9
0
2,5 2,5 A2 2,8 2,0 B2 2,4 −0, 05

2,5 4 A3 2,8 2,4 B3 2,7


4 6 A4 3,6 3,1 B4 3,5
0
6 10 A5 4,3 4,0 B5 4,4 −0, 06

10 16 A6 5,4 5,1 B6 5,3


16 25 A7 7,1 6,3 B7 6,9
0
25 35 A8 8,3 7,8 B8 8,2 −0, 07

35 50 A9 10,2 9,2 B9 10,0


50 70 A10 12,3 11,0 B10 12,0
70 95 A11 14,2 13,1 B11 14,0
0
−0, 08
95 120 A12 16,2 15,1 B12 16,0
120 150 A13 18,2 17,0 B13 18,0
150 185 A14 20,2 19,0 B14 20,0
185 240 A15 22,2 21,0 B15 22,0
240 300 A16 26,5 24,0 B16 26,0

NOTA Para as seções transversais de condutores para diferentes condutores normalizados, sólidos ou encordoados, outros
diferentes dos indicados nesta tabela, um condutor não preparado de seção transversal apropriada pode ser usado como gabarito,
sendo a força de inserção inferior ou igual a 5 N.

Tabela 8 – Tolerâncias para os valores de ensaio

(ver 8.3.4.3, alínea a))

Todos os ensaios Ensaios em vazio, em condições Ensaios em condições de curto-


normais de carga e sobrecarga circuito

- Corrente +5 - Fator de potência ± 0,05 - Fator de potência 0−0, 05


0 %
+15
+5 - Constante de tempos 0 % +25
- Tensão 0 % - Constante de tempos 0 %
- Freqüência ± 5 %
(incluindo a tensão de - Freqüência ± 5 %
restabelecimento à freqüência
industrial)

NOTA 1 As tolerâncias acima não se aplicam quando os limites mínimos e/ou máximos de funcionamento são estabelecidos na
norma do produto.

NOTA 2 Por acordo entre o fabricante e o usuário, os ensaios realizados em 50 Hz podem ser aceitos para um funcionamento em
60 Hz e vice-versa.
PROJETO 03:017.05-004:2005 79

Tabela 9 - Condutores de ensaio de cobre para correntes de ensaio inferiores ou iguais a 400 A*

(ver 8.3.3.3.4)
1) 2), 3), 4)
Faixa de corrente de ensaio Seção do condutor
A mm 2 AWG/kcmil
0 8 1,0 18
8 12 1,5 16
12 15 2,5 14
15 20 2,5 12
20 25 4,0 10
25 32 6,0 10
32 50 10 8
50 65 16 6
65 85 25 4
85 100 35 3
100 115 35 2
115 130 50 1
130 150 50 0
150 175 70 00
175 200 95 000
200 225 95 0000
225 250 120 250
250 275 150 300
275 300 185 350
300 350 185 400
350 400 240 500

* Ver notas da tabela 11

Tabela 10 - Condutores de ensaio de cobre para correntes de ensaio superiores a 400 A e não
ultrapassando a 800 A *

(ver 8.3.3.3.4)
1)
Faixa de corrente de ensaio Condutores 2), 3), 4)
A Sistema métrico Sistema kcmil
Número Seção Número Seção
2
mm kcmil
400 500 2 150 2 250
500 630 2 185 2 350
630 800 2 240 3 300

* Ver notas da tabela 11


80 PROJETO 03:017.05-004:2005

Tabela 11 - Barras de ensaio de cobre para corrente de ensaio superiores a 400 A e não
ultrapassando a 3150 A

(ver 8.3.3.3.4)

Faixa de corrente de ensaio 1) Barras de cobre 2),3),4),5),6)


Número Dimensões Dimensões
A mm Polegadas
400 500 2 30 x 5 1 x 0,250
500 630 2 40 x 5 1,25 x 0,250
630 800 2 50 x 5 1,5 x 0,250
800 1000 2 60 x 5 2 x 0,250
1000 1250 2 80 x 5 2,5 x 0,250
1250 1600 2 100 x 5 3 x 0,250
1600 2000 3 100 x 5 3 x 0,250
2000 2500 4 100 x 5 3 x 0,250
2500 3150 3 100 x 10 6 x 0,250

NOTAS das tabelas 9, 10 e 11

NOTA 1 O valor da corrente de ensaio deve ser superior ao primeiro valor da primeira coluna e inferior ou igual ao segundo valor da
mesma coluna.

NOTA 2 Para facilitar o ensaio e com a concordância do fabricante, podem ser utilizados condutores de seção menor que os indicados
para uma corrente determinada.

NOTA 3 As tabelas indicam as dimensões alternativas para condutores nos sistemas métrico e AWG/kcmil e para barras em milímetros
e em polegadas. A comparação entre as dimensões em AWG/kcmil e aquelas expressas no sistema métrico está indicada na tabela 1.

NOTA 4 Pode ser utilizado qualquer um dos dois condutores especificados para uma dada faixa de corrente de ensaio.

NOTA 5 As barras são dispostas de tal maneira que suas faces mais largas sejam dispostas na vertical. Disposições com as faces
mais largas na horizontal podem ser utilizadas se especificadas pelo fabricante.

NOTA 6 Onde são utilizadas quatro barras, elas devem estar dispostas em dois jogos de duas barras com um intervalo não
ultrapassando 100 mm entre os centros de cada jogo.
PROJETO 03:017.05-004:2005 81

Tabela 12 - Tensões de ensaio de impulso suportável

Tensão de impulso Tensões de ensaio e altitudes correspondentes


suportável nominal
U1,2/50
Uimp
kV
kV
Nível do mar 200 m 500 m 1000 m 2000 m
0,33 0,35 0,35 0,35 0,34 0,33
0,5 0,55 0,54 0,53 0,52 0,5
0,8 0,91 0,9 0,9 0,85 0,8
1,5 1,75 1,7 1,7 1,6 1,5
2,5 2,95 2,8 2,8 2,7 2,5
4,0 4,8 4,8 4,7 4,4 4,0
6,0 7,3 7,2 7,0 6,7 6,0
8,0 9,8 9,6 9,3 9,0 8,0
12 14,8 14,5 14 13,3 12

NOTA A tabela 12 utiliza as características de um campo homogêneo, caso B (ver 2.5.62).

Tabela 12 A - Tensão de ensaio dielétrico em função da tensão de isolamento nominal

Tensão de isolamento nominal Tensão de ensaio em corrente Tensão de ensaio em corrente


alternada contínua 2), 3)
Ui
(valor eficaz)
V
V V
Ui ≤ 60 1000 1415

60 < Ui ≤ 300 1500 2120

300 < Ui ≤ 690 1890 2670

690 < Ui ≤ 800 2000 2830

800 < Ui ≤ 1000 2200 3110


- 3820
1000 < Ui ≤ 1500 1)

1) Somente para corrente contínua

2) Tensões de ensaio baseadas em 4.1.2.3.1, terceiro parágrafo da IEC 60664-1.

3) Uma tensão de ensaio em corrente contínua pode ser utilizada somente se uma tensão de ensaio alternada não pode ser aplicada.
Ver também 8.3.3.4.1 3) b) ii)
82 PROJETO 03:017.05-004:2005

Tabela 13 - Distâncias mínimas de isolamento no ar

Tensão de Distâncias de isolamento mínimas


impulso
suportável Caso A Caso B
nominal Condições de campo não homogêneo Condições ideais de campo homogêneo
Uimp (ver 2.5.63) (ver 2.5.62)
kV Grau de poluição Grau de poluição
1 2 3 4 1 2 3 4
0,33 0,01 0,01
0,5 0,04 0,2 0,04 0,2
0,8 0,1 0,8 0,1 0,8 1,6
1,5 0,5 0,5 1,6 0,3 0,3
2,5 1,5 1,5 1,5 0,6 0,6
4,0 3 3 3 3 1,2 1,2 1,2
6,0 5,5 5,5 5,5 5,5 2 2 2 2
8,0 8 8 8 8 3 3 3 3
12 14 14 14 14 4,5 4,5 4,5 4,5

NOTA Os valores das distâncias mínimas de isolamento no ar são baseadas na tensão de impulso de 1,2/50 µs, a uma pressão
barométrica de 80 kPa, equivalente à pressão atmosférica normal a 2000 m acima do nível do mar.

Tabela 14 - Tensões de ensaio através dos contatos abertos dos equipamentos aptos ao
seccionamento

Tensão de Tensões de ensaio e altitudes correspondentes


impulso
suportável U1,2/50
nominal kV
Uimp Nível do mar 200 m 500 m 1000 m 2000 m
kV
0,33 1,8 1,7 1,7 1,6 1,5
0,5 1,8 1,7 1,7 1,6 1,5
0,8 1,8 1,7 1,7 1,6 1,5
1,5 2,3 2,3 2,2 2,2 2
2,5 3,5 3,5 3,4 3,2 3
4,0 6,2 6,0 5,8 5,6 5
6,0 9,8 9,6 9,3 9,0 8
8,0 12,3 12,1 11,7 11,1 10
12 18,5 18,1 17,5 16,7 15
PROJETO 03:017.05-004:2005 83

Tabela 15 - Distâncias mínimas de escoamento

Tensão de Distâncias de escoamento para os equipamentos sujeitos a esforços de longa duração


isolamento
nominal do mm
equipamento
ou tensão de Grau de poluição Grau de poluição Grau de poluição Grau de poluição
operação em
5) 5) 1 2 3 4
corrente 1 2
alternada em
valor eficaz Grupo de material Grupo de material Grupo de material Grupo de material
ou em
corrente 1) 2) 1) I II IIIa IIIb I II IIIa IIIb I II IIIa IIIb
4)
alternada

V
10 0,025 0,04 0,08 0,4 0,4 0,4 1 1 1 1,6 1,6 1,6
12,5 0,025 0,04 0,09 0,42 0,42 0,42 1,05 1,05 1,05 1,6 1,6 1,6
16 0,025 0,04 0,1 0,45 0,45 0,45 1,1 1,1 1,1 1,6 1,6 1,6
20 0,025 0,04 0,11 0,48 0,48 0,48 1,2 1,2 1,2 1,6 1,6 1,6
25 0,025 0,04 0,125 0,5 0,5 0,5 1,25 1,25 1,25 1,7 1,7 1,7
32 0,025 0,04 0,14 0,53 0,53 0,53 1,3 1,3 1,3 1,8 1,8 1,8
40 0,025 0,04 0,16 0,56 0,8 1,1 1,4 1,6 1,8 1,9 2,4 3
50 0,025 0,04 0,18 0,6 0,85 1,2 1,5 1,7 1,9 2 2,5 3,2
63 0,04 0,063 0,2 0,63 0,9 1,25 1,6 1,8 2 2,1 2,6 3,4
80 0,063 0,1 0,22 0,67 0,95 1,3 1,7 1,9 2,1 2,2 2,8 3,6
100 0,1 0,16 0,25 0,71 1 1,4 1,8 2 2,2 2,4 3 3,8
125 0,16 0,25 0,28 0,75 1,05 1,5 1,9 2,1 2,4 2,5 3,2 4
160 0,25 0,4 0,32 0,8 1,1 1,6 2 2,2 2,5 3,2 4 5
200 0,4 0,63 0,42 1 1,4 2 2,5 2,8 3,2 4 5 6,3
250 0,56 1 0,56 1,25 1,8 2,5 3,2 3,6 4 5 6,3 8
320 0,75 1,6 0,75 1,6 2,2 3,2 4 4,5 5 6,3 8 10
400 1 2 1 2 2,8 4 5 5,6 6,3 8 10 12,5
500 1,3 2,5 1,3 2,5 3,6 5 6,3 7,1 8 10 12,5 16
3)
630 1,8 3,2 1,8 3,2 4,5 6,3 8 9 10 12,5 16 20
800 2,4 4 2,4 4 5,6 8 10 11 12,5 16 20 25
1000 3,2 5 3,2 5 7,1 10 12,5 14 16 20 25 32
1250 4,2 6,3 9 12,5 16 18 20 25 32 40
1600 5,6 8 11 16 20 22 25 32 40 50
2000 7,5 10 14 20 25 28 32 40 50 63
2500 10 12,5 18 25 32 36 40 50 63 80
3)
3200 12,5 16 22 32 40 45 50 63 80 100
4000 16 20 28 40 50 56 63 80 100 125
5000 20 25 36 50 63 71 80 100 125 160
6300 25 32 45 63 80 90 100 125 160 200
8000 32 40 56 80 100 110 125 160 200 250
10000 40 50 71 100 125 140 160 200 250 320
1)
Grupos de materiais I, II, IIIa, IIIb.
2)
Grupos de materiais I, II, IIIa.
3)
Os valores das distâncias de escoamento não estão determinados para esta área. O grupo de material IIIb não é, geralmente,
recomendado para aplicação em grau de poluição 3 acima de 630 V e para o grau de poluição 4.
4)
Pode-se utilizar, como exceção, para as tensões de 127 V, 208 V, 415/440 V, 660/690 V e 830 V, os valores das distâncias de
escoamento correspondentes respectivamente aos valores 125V ,200V, 400 V, 630 V e 800 V.
5)
Os valores indicados nestas duas colunas aplicam-se às distâncias de escoamento de materiais para circuitos impressos.
6)
Os valores das distâncias de escoamento estabelecidos para 250 V podem ser utilizados para tensão nominal de 230 V (±10 %)

NOTA 1 Nota-se que o trilhamento ou a erosão não ocorrerá sobre uma isolação submetida às tensões de trabalho inferiores ou iguais a
32 V. Entretanto, tem que ser considerado a possibilidade de corrosão eletrolítica e por esta razão as distâncias de escoamento mínimas
foram especificadas.
NOTA 2 Os valores da tensão são selecionados de acordo com a série R10.
84 PROJETO 03:017.05-004:2005

Tabela 16 – Valores dos fatores de potência e das constantes de tempos correspondentes às


correntes de ensaio e a relação n entre o valor de pico e o valor eficaz da corrente

(ver 8.3.4.3, item a))

Corrente de ensaio Fator de potência Constante de tempos n


A ms
I≤ 1 500 0,95 5 1,41
1 500 < I ≤ 3 000 0,9 5 1,42
3 000 < I ≤ 4 500 0,8 5 1,47
4 500 < I ≤ 6 000 0,7 5 1,53
6 000 < I ≤ 10 000 0,5 5 1,7
10 000 < I ≤ 20 000 0,3 10 2,0
20 000 < I ≤ 50 000 0,25 15 2,1
50 000 < I 0,2 15 2,2

Tabela 17 – Limites da força de ensaio sobre o atuador de comando para os tipos de atuadores

(ver 8.2.5.2.1)

Tipo de atuador* Limite inferior da força Limite superior da força


N N
Botão de pressão (a) 50 150
Manobrado por um dedo (b) 50 150
Manobrado por dois dedos (c) 100 200
Manobrado por uma mão (d e e) 150 400
Manobrado por duas mãos (f e g) 200 600

*Ver figura 16.

Tabela 18 - Disponível

Tabela 19 - Disponível

Tabela 20 – Valores de ensaio de tração sobre os eletrodutos

(ver 8.2.7.1)

Diâmetro do eletroduto Força de tração


Denominação do eletroduto de acordo
com a IEC 60981 Interno Externo
mm mm N
12 H 12,5 17,1 900
16 H a 41 H 16,1 a 41,2 21,3 a 48,3 900
53 H a 155 H 52,9 a 154,8 60,3 a 168,3 900
PROJETO 03:017.05-004:2005 85

Tabela 21 – Valores de ensaio de flexão nos eletrodutos


(ver 8.2.7.2)

Denominação do eletroduto de acordo Diâmetro do eletroduto Momento de flexão


com a IEC 60981
Interno Externo
mm mm N
12 H 12,5 17,1 351)
16 H a 41 H 16,1 a 41,2 21,3 a 48,3 70
53 H a 155 H 52,9 a 154,8 60,3 a 168,3 70
1)
Este valor é reduzido a 17 Nm para os invólucros que são somente previstos para um eletroduto de entrada, mas
nenhum de saída

Tabela 22 – Valores de ensaio de torção nos eletrodutos


(ver 8.2.7.1 e 8.2.7.3)

Diâmetro do eletroduto Torque


Denominação do eletroduto de acordo Interno Externo
com a IEC 60981
mm mm Nm
12 H 12,5 17,1 90
16 H a 41 H 16,1 a 41,2 21,3 a 48,3 120
53 H a 155 H 52,9 a 154,8 60,3 a 168,3 180

Tabela 23 – Ensaio para EMC – Imunidade


(ver 8.4.1.2)

Tipo de ensaio Nível de ensaio requerido


Ensaio de imunidade às descargas eletrostáticas 8 kV/descarga no ar
IEC 61000-4-2 ou
4 kV/descarga no contato
Ensaio de imunidade aos campos eletromagnéticos irradiados ou de 10 V/m
rádio freqüência (80 MHz a 1 GHz)
IEC 61000-4-3
Ensaio de imunidade aos transitórios elétricos rápidos em explosões 2 kV nas portas da potência 1)
IEC 61000-4-4 1 kV nas portas de sinalização 2)
Ensaio de imunidade ao surto 1,2/50 µs - 8/20 µs 2 kV (entre linha e terra)
IEC 61000-4-5 3) 1 kV (entre linhas)
Ensaio de imunidade às perturbações conduzidas nas rádio 10 V
freqüências (150 kHz a 80 MHz)
IEC 61000-4-6
Ensaio de imunidade ao campo magnético a freqüência industrial 30 A/m
IEC 61000-4-8 4)
Ensaio de imunidade às quedas momentâneas de tensão e 30% de redução para 0,5 ciclo
interrupções 60% de redução para 5 e 50 ciclos
IEC 61000-4-11 100% de redução para 250 ciclos
Ensaio de imunidade às harmônicas na fonte Nenhum requisito 5)
IEC 61000-4-13
1)
Porta de potência: o ponto ao qual é conectado um condutor ou um cabo transportando energia elétrica primária necessária para a
operação de um equipamento ou equipamento associado.
2)
Porta de sinalização: o ponto ao qual é conectado um condutor ou cabo transportando as informações para a transferência de dados
ou de sinais. As portas aplicáveis são mencionadas na norma de produto.
3)
Não aplicável às portas de tensão nominal igual ou inferior a 24 V em corrente contínua.
4)
Aplicável somente para equipamento contendo dispositivos sensíveis aos campos magnéticos à freqüência industrial.
5)
Os requisitos estão em estudo para o futuro.
86 PROJETO 03:017.05-004:2005

Tabela 24 – Critérios de aceitação quando as perturbações eletromagnéticas estão presentes

Item Critérios de aceitação


(critérios de desempenho durante os ensaios)
A B C
Desempenho geral Semalterações Degradação temporária ou Degradação temporária ou
significativasdas perda de desempenho auto- perda de desempenho que
características de recuperável requer intervenção de um
desempenho. operador ou a reinicialização
do sistema 1)
Desempenho como previsto
Desempenho dos circuitos Nenhum mal desempenho Degradação temporária ou Degradação temporária ou
de potência e de comando perda de desempenho auto- perda de desempenho que
recuperável 1) requer intervenção de um
operador ou a reinicialização
do sistema 1)
Desempenho dos Sem mudanças visíveis das Alterações visíveis desligamento ou perda
dispositivos de visualização informações visualizadas . temporárias ou perda da permanente do dispositivo
e dos painéis de comando informação. de visualização.
Somente uma pequena
flutuação na intensidade Iluminação não desejável do Má informação e/ou modo
luminosa dos diodos Diodo Emissor de Luz de operação não permitido,
emissores de luz ou um leve a qual deveria ser aparente
movimento dos caracteres ou uma indicação deveria
ser fornecida.
Não auto-recuperável
Processamento das Comunicação e intercâmbio Comunicação Processamento errôneo da
informações e das funções de dados inalterados para temporariamente informação.
de detecção os dispositivos externos perturbada, com erro de
Perda de dados e/ou da
relatórios dos dispositivos
informação.
internos e externos 1)
Erros na comunicação.
Não auto-recuperável
1)
Os requisitos específicos devem ser detalhados na norma de produto.
PROJETO 03:017.05-004:2005 87

Dimensões em milímetros

Figura 1 – Equipamento de ensaio para o ensaio de flexão


(ver 8.2.4.3 e tabela 5)

Dimensões em milímetros

Figura 2 – Gabarito de forma A e de forma B


(ver 8.2.4.5.2 e tabela 7)
88 PROJETO 03:017.05-004:2005

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2 = Sensores de tensão
V = Dispositivo de medição de tensão
F = Elemento fusível (8.3.3.5.2, item g)
Z = Circuito de carga (ver figura 8)
RL = Resistor de limitação de corrente de falta
D = Equipamento em ensaio (incluindo cabos de ligação)
NOTA O pontilhado compreende uma tela metálica ou um
invólucro

B = Conexão temporária de calibração


I1 = Sensor de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento (lado carga ou
fonte)

Figura 3 – Esquema de ensaio para verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção de um


equipamento unipolar em corrente alternada monofásica ou em corrente contínua

(ver 8.3.3.5.2)
PROJETO 03:017.05-004:2005 89

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2, Ur3 = Sensores de tensão
V = Dispositivo de medição de tensão
F = Elemento fusível (8.3.3.5.2, item g)
Z = Circuito de carga (ver figura 8)
RL = Resistor de limitação de corrente de falta
D = Equipamento em ensaio (incluindo cabos de
ligação)
NOTA O pontilhado compreende tela metálica ou o
invólucro

B = Conexão temporária de calibração


I1, I2 = Sensor de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento (lado carga ou
fonte)

NOTA 1 Ur1 pode, alternativamente, ser conectado entre fase e neutro.

NOTA 2 No caso de equipamentos destinados para serem utilizados em uma fonte onde uma fase é ligada a terra ou quando este
esquema é utilizado para o ensaio do pólo neutro e do pólo adjacente de um equipamento tetrapolar, F deve ser conectado à uma fase
da fonte de alimentação.

Em caso de corrente contínua, F deve ser conectado ao negativo da fonte de alimentação.

NOTA 3 Nos EUA e Canadá, F deve ser conectado:


- à uma fase da alimentação para os equipamentos marcados com um único valor de Ue;

- ao neutro para equipamentos marcados com duplo valor de Ue (ver nota de 5.2)

Figura 4 - Esquema de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção de um


equipamento bipolar em corrente alternada monofásico ou corrente contínua

(ver 8.3.3.5.2)
90 PROJETO 03:017.05-004:2005

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2, = Sensores de tensão
Ur3, Ur4
Ur5, Ur6
V = Dispositivo de medição de tensão
N = Neutro da fonte (ou neutro artificial)
F = Elemento fusível (8.3.3.5.2, item g)
Z = Circuito de carga (ver figura 8)
RL = Resistor de limitação de corrente de falta
D = Equipamento em ensaio (incluindo cabos de
ligação)
NOTA O pontilhado compreende tela metálica ou o
invólucro

B = Conexão temporária de calibração


I1, I2, I3 = Sensor de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento (lado
carga ou fonte)

NOTA 1 Ur1, Ur2 e Ur3 podem, alternativamente, ser conectados entre fase e neutro.

NOTA 2 No caso de equipamentos destinados para serem utilizados em uma fonte onde uma fase ligada a erra ou quando este
esquema é utilizado para o ensaio do pólo neutro e do pólo adjacente de um equipamento tetrapolar, F deve ser conectado a uma fase
da fonte de alimentação.

NOTA 3 -Nos EUA e Canadá, F deve ser c onectado

- a uma fase da fonte de alimentação para os equipamentos marcados com um valor único de Ue;

- ao neutro para os equipamentos marcados com duplo valor de Ue (ver nota de 5.2)

Figura 5 - Esquema ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção de um


equipamento tripolar

(ver 8.3.3.5.2)
PROJETO 03:017.05-004:2005 91

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2, = Sensores de tensão
Ur3, Ur4
Ur5, Ur6
V = Dispositivo de medição de tensão
N = Neutro da fonte (ou neutro artificial)
F = Elemento fusível (8.3.3.5.2, item g)
Z = Circuito de carga (ver figura 8)
RL = Resistor de limitação da corrente de
falta
D = Equipamento em ensaio (incluindo
cabos de ligação)
NOTA O pontilhado compreende tela metálica
ou o invólucro

B = Conexão temporária de calibração


I1, I2, I3 = Sensor de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento
(lado carga ou fonte)

NOTA Ur1, Ur2 e Ur3 podem, alternativamente, ser conectados entre fase e neutro.

Figura 6 - Esquema de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção de um


equipamento tetrapolar

(ver 8.3.3.5.2)
92 PROJETO 03:017.05-004:2005

Figura 7 - Representação esquemática da tensão de restabelecimento entre os contatos da primeira fase que se
interrompe nas condições ideais

(ver 8.3.3.5.2 item e)


PROJETO 03:017.05-004:2005 93

S = Fonte de alimentação
D = Equipamento em ensaio
C = Chave seletora para ajuste das fases
B = Diodo
A = Registrador
Ra = Resistor
G = Gerador de alta freqüência
R = Resistor do circuito de carga
X = Reator do circuito de carga (8.3.3.5.2,
item d)
Rp = Resistor em paralelo
Cp = Capacitor em paralelo
I1, I2, I3 = Sensor de corrente

As posições relativas do gerador de alta freqüência G e do diodo devem ser conforme indicadas. Nenhum outro ponto do
circuito além do indicado na figura deve ser aterrado.

Figura 8a - Esquema de um método de ajuste do circuito de carga onde o ponto estrela do lado da carga é ligado
aterra
94 PROJETO 03:017.05-004:2005

S = Fonte de alimentação
D = Equipamento em ensaio
C = Chave seletora para ajuste das fases
B = Diodo
A = Registrador
Ra = Resistor
G = Gerador de alta freqüência
R = Resistor do circuito de carga
X = Reator do circuito de carga (8.3.3.5.2, d))
Rp = Resis tor em paralelo
Cp = Capacitor em paralelo
I1, I2, I3 = Sensor de corrente

As posições relativa do gerador de alta-frequência G e do diodo devem estar conforme indicadas. Nenhum outro ponto do
circuito além do indicado na figura deve ser ligado a terra.

Nesta figura a título deexemplo 1, 2 e 3 são representadas na posição correspondente para o ajuste da fase 1 (a primeira
fase a interromper) em série com as fases 2 e 3 conectadas em paralelo.

Figura 8b - Esquema de um método de ajuste do circuito de carga: ponto estrela do lado carga ligado a terra
PROJETO 03:017.05-004:2005 95

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2 = Sensores de tensão
V = Dispositivo de medição de tensão
A = Dispositivo de fechamento
R1 = Resistor ajustável
F = Elemento fusível (8.3.3.5.2, item d))
X = Reator ajustável
RL = Resistor de limitação de corrente de falta
D = Equipamento em ensaio (com cabos de conexão)
NOTA O pontilhado compreende tela metálica ou o
invólucro
B = Conexões temporárias de calibração
I1 = Sensor de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento (lado carga ou
fonte)
r = Resistor em derivação (8.3.4.1.2, item b))

NOTA As cargas ajustáveis X e R1 podem ser localizadas tanto do lado da alta tensão como do lado da baixa tensão do circuito de
alimentação, o dispositivo de fechamento A sendo localizado no lado de baixa tensão.

Figura 9 - Esquema de ensaio para a verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção em curto-
circuito de um equipamento unipolar em corrente alternada monofásica ou em corrente contínua

(ver 8.3.4.1.2)
96 PROJETO 03:017.05-004:2005

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2, Ur3 = Sensores de tensão
V = Dispositivo de medição de tensão
A = Dispositivo de fechamento
R1 = Resistor ajustável
N = Neutro da fonte (ou neutro artificial)
F = Elemento fusível (8.3.4.1.2, item d))
X = Reator ajustável
RL = Resistor de limitação de corrente de falta
D = Equipamento em ensaio (com cabos de
conexão)
NOTA O pontilhado compreende tela metálica ou o
invólucro

B = Conexão temporária de calibração


I1, I2 = Sensores de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento (lado carga
ou fonte)
r = Resistor em derivação (8.3.4.1.2, item b))

NOTA 1 As cargas ajustáveis X e R1 podem ser localizadas tanto do lado da alta tensão como do lado da baixa tensão do circuito de
alimentação, o dispositivo de fechamento A sendo localizado no lado de baixa tensão.

NOTA 2 Ur1 pode, alternativamente, ser conectado entre fase e neutro.

NOTA 3 No caso de equipamentos destinados para serem utilizados em uma fonte onde uma fase é ligada a terraou quando o esquema
é utilizado para o ensaio do pólo neutro e do pólo adjacente de um equipamento tetrapolar, F deve ser conectado a uma fase da fonte de
alimentação.

No caso de corrente contínua, F deve ser ligado ao negativo da alimentação

NOTA 4 Nos EUA e Canadá, F deve ser conectado

- a uma fase de alimentaçào para os equipamentos marcados com um valor único de U ;


e

- ao neutro para equipamentos marcados com duplo valor de U (ver nota de 5.2)
e

Figura 10 - Esquema de ensaio para a verificação das capacidades


de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito de um equipamento bipolar em corrente alternada
monofásica ou em corrente contínua

( ver 8.3.4.1.2)
PROJETO 03:017.05-004:2005 97

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2 = Sensores de tensão
Ur3, Ur4
Ur5, Ur6
V = Dispositivo de medição de tensão
A = Dispositivo de fechamento
R1 = Resistor ajustável
N = Neutro da fonte (ou neutro artificial)
F = Elemento fusível (8.3.4.1.2, item d))
X = Reatores ajustáveis
RL = Resistor de limitação de corrente de falta
D = Equipamento em ensaio (incluindo cabos de
conexão)
NOTA O pontilhado compreende tela metálica
ou invólucro
B = Conexões temporárias de calibração
I1, I2, I3 = Sensores de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento (lado
carga ou fonte)
r = Resistor em derivaç ão (8.3.4.1.2, item b))

NOTA 1 As cargas ajustáveis X e R1 podem ser localizadas tanto do lado da alta tensão, como do lado da baixa tensão da fonte de
alimentação, o dispositivo de fechamento A sendo localizado no lado de baixa tensão.

NOTA 2 Ur1Ur2 e Ur3 podem, alternativamente, serem conectados entre fase e neutro.

NOTA 3 No caso de equipamentos destinados para serem utilizados em fontes com uma fase aterrada ou se este esquema é utilizado
para o ensaio do pólo neutro e do pólo adjacente de um equipamento tetrapolar, F deve ser conectado a uma fase da fonte de
alimentação.NOTA 4 Nos EUA e Canadá, F deve ser conectado
- a uma fase da fonte de alimentação para equipamento marcado com um valor único de Ue;

- ao neutro para equipamentos marcados com duplo valor de Ue (ver nota 5.2)

Figura 11 - Esquema de circuito de ensaio para a verificação das capacidades


de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito de um equipamento tripolar.

(ver 8.3.4.1.2)
98 PROJETO 03:017.05-004:2005

S = Fonte de alimentação
Ur1, Ur2 = Sensores de tensão
Ur3, Ur4
Ur5, Ur6
V = Dispositivo de medição de tensão
R1 = Resistor ajustável
N = Neutro da fonte (ou neutro artificial)
F = Elemento fusível (8.3.4.1.2, item d))
X = Reatores ajustáveis
RL = Resistor de limitação de corrente de falta
A = Dispositivo de fechamento
D = Equipamento em ensaio (incluindo cabos
de conexão)
NOTA O pontilhado compreende tela
metálica ou invólucro
B = Conexões temporárias de calibração
I1, I2, I3 = Sensores de corrente
T = Terra - Único ponto de aterramento (lado
carga ou fonte)
r = Resistor em derivação (8.3.4.1.2, item b))

NOTA 1 As cargas ajustáveis X e R1 podem ser localizadas tanto do lado da alta tensão como do lado da baixa tensão da fonte de
alimentação, o dispositivo de fechamento A sendo localizado no lado de baixa tensão.
NOTA 2 Ur 1, Ur 2 e Ur 3 podem, alternativamente, serem conectados entre fase e neutro.

NOTA 3 Se um ensaio adicional é solicitado entre o neutro e o pólo adjacente, as conexões C1 e C2 não são utilizadas.

Figura 12 - Esquema de circuito de ensaio para a verificação das capacidades


de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito de um equipamento tetrapolar .

(ver 8.3.4.1.2)
PROJETO 03:017.05-004:2005 99

a) = Calibração do circuito
A 1 = Corrente de estabelecimento de
pico presumida
A2 = Corrente de interrupção simétrica
2 2
presumida (valor eficaz)
B1 = Tensão aplicada (valor eficaz)
2 2

b) = Manobra O ou CO
B2 = Tensão de alimentação (valor
2 2
eficaz)

Capacidade de estabelecimento (valor de pico) = A1 (ver 8.3.4.1.8, itens b) e c))

A2
Capacidade de interrupção (valor eficaz) = (ver 8.3.4.1.8, itens b) e c))
2 2

Nota 1 A amplitude do traçado de tensão, após o inicio da corrente de ensaio, varia de acordo com as posições relativas do dispositivo de
fechamento, as impedâncias ajustáveis, os sensores de tensão e de acordo com o esquema do circuito de ensaio.

Nota 2 Supõe-se que o instante de estabelecimento é o mesmo para calibração e para ensaio.

Figura 13 - Exemplo de registros de ensaio de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito em um


equipamento unipolar em circuito monofásico em corrente alternada

(ver 8.3.4.1.8)
100 PROJETO 03:017.05-004:2005

a) Calibração do circuito
Corrente de estabelecimento de pico
presumida = A 2

b) Oscilograma correspondente a interrupção


após a corrente ter passado pelo seu valor
máximo
Capacidade de interrupção em curto-circuito:
Corrente I = A na tensão U = B1
Capacidade de estabelecimento em curto-circuito:
Corrente I = A2 na tensão U = B

c) Oscilograma correspondente a interrupção


antes da corrente ter atingido seu valor máximo
Capacidade de interrupção em curto-circuito:
Corrente I = A2 na tensão U = B2
Capacidade de estabelecimento em curto-circuito:
Corrente I = A2 na tensão U = B

Figura 14 - Verificação das capacidades de estabelecimento e de interrupção em curto-circuito em corrente


contínua

(ver 8.3.4.1.8)
PROJETO 03:017.05-004:2005 101

I 1 Primeira calibração
I 2 Corrente de interrupção real
I 3 Segunda calibração
A2 Capacidade de interrupção

Figura 15 - Determinação da corrente de interrupção presumida quando a primeira calibração do circuito de


ensaio for realizada a uma corrente inferior que a capacidade de interrupção nominal

(ver 8.3.4.1.8, item b))


102 PROJETO 03:017.05-004:2005

Figura 16 - Ensaio de força do atuador

(ver 8.2.5.2.1 e tabela 17)

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 103

Anexo A

(informativo)

Exemplos de categorias de utilização de dispositivos de manobra e comando de baixa tensão

Natureza Categoria Aplicações típicas Norma IEC do


da corrente produto
correspondente

Corrente AC-20 Fechamento e abertura em vazio


alternada
AC-21 Cargas resistivas, incluindo sobrecargas moderadas
60947-3
AC-22 Cargas mistas resistivas e indutivas, incluindo sobrecargas moderadas
AC-23 Cargas constituidas pelos motores ou outras cargas altamente indutivas
AC-1 Cargas não indutivas ou ligeiramente indutivas, fornos a resistência
AC-2 Motores de anéis: partida, desligamento
AC-3 Motores de indução (gaiola): partida, desligamento de motores em regime
AC-4 Motores de indução (gaiola): partida, reversão 1), fechamento por impulsos 2)
AC-5 Comando de lâmpadas à descarga elétrica
AC-5b Comando de lâmpadas incandescentes 60947-4-1
AC-6a Comando de transformadores
AC-6b Comando de bancos de capacitores
AC-8a Comando de motores de compressores herméticos de refrigeração com
rearme manual dos disparadores de sobrecarga
AC-8b Comando de motores de compressores herméticos de refrigeração com
rearme automático dos disparadores de sobrecarga
AC-52a Comando estatórico do motor de anéis: serviço de 8 horas com as correntes
de partida, de aceleração e de velocidade normal
AC-52b Comando estatórico do motor de anéis: serviço intermitente
AC-53a Comando de motor de indução (gaiola) serviço de 8 h com as correntes de
partida, de aceleração e de velocidade normal
AC-53b Comando de motores de indução (gaiola): serviço intermitente 60947-2

AC-58a Comando de compressores herméticos de refrigeração com rearme


automático dos disparadores de sobrecarga: serviço de 8 h com correntes de
partida, de aceleração de de velocidade normal
AC-58b Comando de compressores herméticos de refrigeração com rearme
automático dos disparadores de sobrecarga: serviço intermitente
AC-51 Cargas não indutivas ou ligeiramente indutivas , fornos a resistência
AC-55a Comutação de lâmpadas à descarga elétrica
AC-55b Comutação de lâmpadas incandescentes 60947-4-3
AC-56a Comutação de transformadores
AC-56b Comutação de banco de capacitores
AC-12 Comando de cargas resistivas e cargas estáticas isoladas por acoplador
óptico
AC-13 Comando de cargas estáticas isoladas por transformador 60947-5-1
AC-14 Comando de pequenas cargas eletromagnéticas de eletro-imãs
AC-15 Comando de cargas eletromagnéticas de eletro-imãs
AC-12 Comando de cargas resistivas e de cargas estáticas com uma isolação ótica
AC-140 Comando de pequenas cargas elétromagnéticas com corrente de 60947-5-2
manutenção (fechada) = 0,2 A, por exemplo relés auxiliares

AC-31 Cargas não indutivas ou ligeiramente indutivas


AC-33 Motores ou cargas diversas compreendendo os motores, as cargas resistivas
e até à 30% de cargas constituidas pelas lâmpadas incandescentes 60947-6-1
AC-35 Lâmpadas à descarga elétrica
AC-36 Lâmpadas incandescentes
104 PROJETO 03:017.05-004:2005

Natureza Categoria Aplicações típicas Norma IEC do


da corrente produto
correspondente

AC-40 Circuitos de distribuição compreendendo as cargas mistas resistivas e


reativas tendo uma reatância resultante indutiva
AC-41 Cargas não indutivas ou ligeiramente indutivas, fornos a resistência
AC-42 Motores de anéis: partida e desligamento
AC-43 Motores de indução (gaiola): partida e desligamento do motor em regime 60947-6-2
1)
AC-44 Motores de indução (gaiola): partida, reversão , partida, fechamento por
impulsos 2)
AC-45a Comando de lâmpadas à descarga elétrica
AC-45b Comando de lâmpadas incandescentes
AC-7a Cargas ligeiramente indutivas em dispositivos domésticos e aplicações 61095
similares.
AC-7b Motores para aplicações domésticas.
Corrente A Proteção de circuitos sem corrente de curta duraç ão admissível nominal.
alternada e
B Proteção de circuitos com corrente de curta duração admissível nominal. 60947-2
corrente
contínua
Corrente DC-20 Fechamento e abertura em vazio
contínua
DC-21 Cargas resistivas incluindo sobrecargas moderadas
DC-22 Cargas mistas resistivas e indutivas incluindo sobrecargas moderadas (por 60947-3
exemplo: motores em derivação)
DC-23 Cargas fortemente indutivas (por exemplo motores em série)
DC-1 Cargas não indutivas ou ligeiramente indutivas, fornos a resistência.
DC-3 Motores em derivação, partida, reversão 1), acionamento por impulsos 2)
,
frenagem em contra-corrente de motores.
60947-4-1
DC-5 Motores em série, partida, reversão 1), acionamento por impulsos 2) , frenagem
em contra-corrente de motores.
DC-6 Comando de lâmpadas incandescentes.
DC-12 Comando de cargas resistivas e cargas estáticas isoladas por acoplador
óptico.
60947-5-1
DC-13 Comando de eletroimãs
DC-14 Comando de eletroímãs com resistores de economia no circuito.
DC-12 Comando de cargas resistivas e de cargas estáticas isoladas por acoplador
óptico 60947-5-2
DC-13 Comando de eletroimãs
DC-31 Cargas resistivas
DC-33 Motores ou cargas diversas compreendendo motores 60947-6-1

DC-36 Lâmpadas incandescentes


DC-40 Circuitos de distribuição compreendendo as cargas mistas resistivas e
reativas tendo uma reatância resultante indutiva
DC-41 Cargas não indutivas ou ligeiramente indutivas, fornos a resistência
DC-43 Motores em derivação: partida, reversão 1), acionamento por impulsos 2)
,
60947-6-2
frenagem em contra-corrente de motores para corrente contínua
DC-45 Motores em série: partida, reversão 1), acionamento por impulsos 2) , frenagem
em contra-corrente de motores para corrente contínua
DC-46 Comando de lâmpadas incandescentes

1) É entendido por reversão a parada ou a reversão rápida do sentido da rotação do motor pela reversão das conexões
primárias do motor enquanto este está acionado.

2) É entendido por acionamento por impulso, um comando caracterizado por um ou mais fechamentos breves e frequêntes
do circuito de um motor, com a finalidade de obter pequenos deslocamentos do mecanismo acionado.

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 105

Anexo B

(informativo)

Conformidade do equipamento quando as condições de operação em serviço diferem das condições normais

Se as condições de operação em serviço e utilização do equipamento diferem daquelas indicadas nesta Norma, o usuário
deve definir as divergências com as condições normais e consultar o fabricante sobre a possibilidade de utilizar o
equipam ento em tais condições.

B1 Exemplos de condições diferentes das condições normais

B.1.1 Temperatura do ar ambiente


Os limites previstos para a temperatura do ar ambiente são inferiores a –5°C ou superiores a +40°C.

B.1.2 Altitude
A altitude do local de ins talação é superior a 2 000 m.

B.1.3 Condições atmosféricas


A atmosfera na qual o equipamento deve ser instalado pode ter grau de umidade relativa superior aos valores indicados
em 6.1.3 onde podem conter uma quantidade excessiva de pó, ácidos, gases corrosivos etc.

O equipamento deve ser instalado próximo ao mar.

B.1.4 Condições de instalação


O equipamento pode ser montado em um dispositivo móvel onde seu suporte é suscetível de assumir uma posição
inclinada permanente ou temporária (equipamento montado a bordo de navios) ou pode ser exposto em serviço a
choques ou vibrações anormais .

B.2 Condutores de conexão a outros dispositivos


O usuário deve informar ao fabricante o tipo e as dimensões dos condutores de conexão elétrica a outros dispositivos
para lhe permitir prover os invólucros e os bornes que atendam às condições de montagem e de elevação de temperatura
prescritas por esta Norma e/ou pela norma de produto correspondente e, também, se necessário, prever o espaço, onde
necessário, que permita acomodar os condutores no interior do invólucro.

B.3 Contatos auxiliares


O usuário deve especificar o número e o tipo de contatos auxiliares a serem fornecidos para atender aos requisitos, tais
como, a sinalização, o intertravamento e as funções similares.

B.4 Aplicações especiais


O usuário deve informar ao fabricante se o equipamento é suscetivel de ser utilizado para as aplicações que não são
cobertas por esta Norma e/ou pela norma de produto correspondente.

________________

//ANEXO
106 PROJETO 03:017.05-004:2005

Anexo C

(normativo)

Graus de proteção do equipamento com invólucro

Introdução
Quando um código IP é declarado pelo fabricante para um equipamento com invólucro e para um dispositivo com
invólucro integrado, ele deve atender aos requisitos da ABNT NBR IEC 60529, com as seguintes modificações e
complementos.

NOTA A figura C.1 fornece as informações para facilitar a compreensão do código IP coberto pela ABNT NBR IEC 60529.

As seções e subseções da ABNT NBR IEC 60529 aplicáveis ao equipamento com invólucro estão detalhadas
explicitamente neste anexo.

Os números das seções e subseções deste anexo correspondem aos números da ABNT NBR IEC 60529.

C.1 Campo de aplicação


Este anexo aplica-se aos graus de proteção dos dispositivos de manobra e comando com invólucro cuja tensão nominal
não ultrapasse 1 000 V c.a. ou 1 500 V c.c., denominado daqui por diante como “equipamento”.

C.2 Objeto
Aplica-se a seção 2 da ABNT NBR IEC 60529 com os requisitos adicionais deste anexo.

C3 Definições
Aplica-se a seção 3 da ABNT IEC 60529, exceto que a definição "Invólucro" (3.1) é substituída pelo seguinte texto,
permanecendo as notas 1 e 2 como estão.

“Uma parte que forneça um grau de proteção especifico do equipamento contra certas influências externas e um grau de
proteção específico contra aproximação ou contato com as partes vivas e as partes móveis”.

NOTA Esta definição indicada em 2.1.16 desta Norma é similar àquela da IEV 441-13-01, que se aplica às montagens.

C.4 Designações
Aplica-se a seção 4 da ABNT NBR IEC 60529, com exceção das letras H, M e S.

C.5 Graus de proteção contra acesso às partes perigosas e contra a penetração de objetos sólidos estranhos,
indicados pelo primeiro dígito característico
Aplica-se a seção 5 da ABNT NBR IEC 60529.

C.6 Graus de proteção contra a penetração de água, indicados pelo segundo dígito característico.
Aplica-se a seção 6 da ABNT NBR IEC 60529.

C.7 Graus de proteção contra acesso às partes perigosas, indicados pela letra adicional.
Aplica-se a seção 7 da ABNT NBR IEC 60529.

C.8 Letras suplementares


Aplica-se a seção 8 da ABNT NBR IEC 60529, com exceção das letras H, M e S.

C.9 Exemplos de designações com o código IP


Aplica-se a seção 9 da ABNT NBR IEC 60529.

C.10 Marcação
Aplica-se a seção 10 da ABNT NBR IEC 60529 com a seguinte adição:

Quando o código IP é des ignado para uma posição de montagem, ele deve ser indicado pelo símbolo 0623 da ISO 7 000,
localizado próximo ao código IP especificando esta posição do equipamento, por exemplo vertical:

C.11 Requisitos gerais de ensaios


C.11.1 Aplica-se a subseção 11.1 da IEC 60529.

C.11.2 Aplica-se a subseção 11.2 da IEC 60529, com as seguintes adições:


PROJETO 03:017.05-004:2005 107

Todos os ensaios são realizados na condição desenergizada.

Certos dispositivos (por exemplo, faces expostas dos botões de pressão) podem ser verificados por inspeção.

A temperatura da amostra em ensaio não deve desviar-se mais de 5 K da temperatura ambiente.

- Quando o equipamento é montado em um invólucro vazio que já tenha um código IP (ver 11.5 da IEC 60529), os
seguintes requisitos são aplicáveis:

a) Para IP1X a IP4X e as letras adicionais A a D.

Este requisito é verificado por inspeção e conforme as instruções do fabricante do invólucro.

b) Para o ensaio com pó IP6X.

Este requisito é verificado por inspeção e conforme as instruções do fabricante do invólucro.

c) Para o ensaio com pó IP5X e os ensaios com água IPX1 a IPX8.

O ensaio do equipamento com invólucro só é exigido quando a penetração de pó ou de água pode prejudicar a
operação do equipamento.

NOTA Os ensaios com pó IP5X e com água IPX1 a IPX8 admitem a penetração de uma certa quantidade de pó e de água, desde que
não tenha efeitos prejudiciais. Convém que toda a configuração interna do equipamento seja, portanto, considerada separadamente.

C.11.3 Aplica-se a subseção 11.3 da ABNT NBR IEC 60529, com a seguinte adição:

Os furos de escoamento e os de ventilação são tratados como aberturas normais.

C.11.4 Aplica-se a subseção 11.4 da ABNT NBR IEC 60529.

C.11.5 Quando um invólucro vazio é utilizado como um componente de um equipamento com invólucro, aplica-se a
subseção 11.5 da ABNT NBR IEC 60529.

C.12 Ensaios para a proteção contra o acesso às partes perigosas indicadas pelo primeiro dígito característico
Aplica-se a seção 12 da ABNT NBR IEC 60529, com exceção de 12.3.2.

C.13 Ensaios para a proteção contra a penetração de objetos sólidos estranhos indicados pelo primeiro dígito
característico
Aplica-se a seção 13 da ABNT NBR IEC 60529, exceto para:

C13.4 Ensaio com pó para os primeiros dígitos característicos 5 e 6


Os equipamentos com invólucro de grau de proteção IP5X devem ser ensaiados de acordo com a categoria 2 de 13.4 da
ABNT NBR IEC 60529.

NOTA 1 Uma norma de produto particular para equipamentos tendo um grau de proteção IP5X pode requerer ensaios de acordo com a
categoria 1 de 13.4 da ABNT NBR IEC 60529.

Os equipamentos com invólucro de grau de proteção IP6X devem ser ensaiados de acordo com a categoria 1 de 13.4 da
ABNT NBR IEC 60529.

NOTA 2 Para os equipamentos com invólucro conforme esta Norma, o grau de proteção IP5X é geralmente considerado como
satisfatório.

C.13.5.2 Condições de aceitação para o primeiro dígito característico 5


O seguinte texto deve ser adicionado:

Quando o acúmulo de pó puder levantar dúvidas ao correto funcionamento e à segurança do equipamento, um ensaio de
pré-condicionamento e um ensaio dielétrico devem ser realizados como segue:

O pré-condicionamento, após o ensaio de penetração de pó, deve ser verificado por ensaio Cab: ensaio contínuo de calor
úmido, de acordo com a IEC 60068-2-78, nas seguintes condições.

O equipamento deve ser preparado, então o pó que foi depositado estará submetido ao ensaio, deixando aberta a tampa
e/ou removendo partes possíveis sem a ajuda de ferramenta.

Antes de ser colocado na câmara de ensaio, as amostras devem ser armazenadas na temperatura ambiente por pelo
menos 4 horas antes do ensaio.

A duração do ensaio deve ser de 24 h consecutivas.

Após este período, o equipamento deve ser removido da câmara de ensaio num espaço de tempo de 15 min e submetido
a um ensaio dielétrico à freqüência industrial por 1 min, sendo a tensão de ensaio igual a 2 U e máximo com um mínimo de
1 000V.

C.14 Ensaios para a proteção contra a penetração de água indicado pelo segundo dígito característico.
108 PROJETO 03:017.05-004:2005

C.14.1 Aplica-se a subseção 14.1 da ABNT NBR IEC 60529.


C.14.2 Aplica-se a subseção 14.2 da ABNT NBR IEC 60529.

C.14.3 Aplica-se a subseção 14.3 da ABNT NBR IEC 60529, com as seguintes adições.

O equipamento é, então, submetido a um ensaio dielétrico à freqüência industrial por 1 min, sendo a tensão de ensaio
igual a 2 Ue com um mínimo de 1 000V.

C.15 Ensaios para a proteção contra o acesso às partes perigosas indicados pela letra adicional
Aplica-se a seção 15 da ABNT NBR IEC 60529.

C.16 Resumo das responsabilidades das comissões de estudo correspondentes


As normas de produtos correspondentes especificam as informações detalhadas, como um guia, no anexo B da ABNT
NBR IEC 60529, levando em consideração os suplementos especificados acima neste anexo C.

Ilustrações adicionais são incluídas para facilitar a compreensão dos códigos IP (ver figura C.1).
PROJETO 03:017.05-004:2005 109

C.1a - PRIMEIRO DÍGITO


Proteção contra a penetração de objetos sólidos Proteção das pessoas
contra o acesso às
IP Requisitos Exemplo partes perigosas

0 Nenhuma proteção Nenhuma proteção

Não permitida a penetração total


de uma esfera de 50 mm de
1 Dorso da mão
diâmetro. Não permitido o contato
com as partes perigosas

Não permitida a penetração total


de uma esfera de 12,5 mm de
diâmetro. O dedo de ensaio
2 articulado deve ter adequada Dedo
distância de isolação das partes
perigosas

O calibre de acessibilidade de 2,5 Ferramenta


mm de diâmetro não deve
3 penetrar

O calibre de acessibilidade de 1,0


mm de diâmetro não deve
4 Fio
penetrar

Permitida a penetração limitada


de pó (nenhum depósito
5 Fio
prejudicial)

Totalmente protegido contra a


penetração de pó
6
Fio

Figura C.1 – Códigos IP


110 PROJETO 03:017.05-004:2005

C.1b - SEGUNDO DÍGITO


Proteção contra a penetração prejudicial de água Proteção contra a água
IP Requisitos Exemplo

0 Nenhuma proteção Nenhuma proteção

Protegido contra as quedas


1 verticais de gotas de água. Caindo verticalmente
Permitida a penetração limitada

Protegido contra as quedas


2 verticais de gotas de água com o caindo em uma direção
invólucro inclinado no máximo a formando um ângulo de
15°. Permitida a penetração até 15° da vertical de um
limitada lado ou de outro

3 Protegido contra a aspersão a 60° Aspersão limitada


da vertical. Permitida a
penetração limitada

4 Protegido contra as projeções de Projeção em todas as


água em todas as direções. direções
Permitida a penetração limitada

5 Protegido contra os jatos de água Jatos em todas as


a baixa pressão. Permitida a direções
penetração limitada

6 Protegido contra os fortes jatosde Fortes jatos em todas as


água. Permitida a penetração direções
limitada

7 Protegido contra os efeitos de Imersão temporária


imersão entre 15 cm e 1 m

8 Protegido contra os longos Imersão contínua


períodos de imersão sob pressão
PROJETO 03:017.05-004:2005 111

C.1c - LETRA SUPLEMENTAR (opcional)


Proteção das
pessoas contra o
IP Requisitos Exemplo
acesso às partes
perigosas

Penetração de uma esfera


A de 50 mm de diâmetro até Dorso da mão
uma barreira, não deve
Para a utilização com o tocar as partes perigosas
primeiro dígito 0

B Penetração do dedo de Dedo


ensaio no máximo de 80
Para a utilização com mm, não deve tocar as
os primeiros dígitos 0 e partes perigosas
1

C O fio de 2,5 mm de diâmetro


e de 100 mm de Ferramenta
Para a utilização com comprimento não deve tocar
os primeiros dígitos 1 e as partes perigosas quando
2 a face esférica de limite é
parcialmente introduzida

D O fio de 1,0 mm de diâmetro


e de 100 mm de Fio
Para a utilização com comprimento não deve tocar
os primeiros dígitos 2 e as partes perigosas quando
3 a face esférica de limite é
parcialmente introduzida

________________

//ANEXO
112 PROJETO 03:017.05-004:2005

Anexo D

(informativo)

Exemplos de bornes

A Parte fixa
B Arruela ou placa de aperto do condutor
C Dispositivo contra o espalhamento do condutor
D Espaço para o condutor

NOTA Os exemplos representados aqui não proíbem que o condutor seja dividido em cada um dos lados do parafuso.

Borne de aperto sob a cabeça do-parafuso

Borne a parafuso no qual o condutor é apertado sob a cabeça de um ou mais parafusos. A pressão de aperto pode ser
aplicada diretamente pela cabeça do parafuso ou por meio de uma parte intermediária, tal como uma arruela, uma placa
de aperto ou um dispositivo contra o espalhamento.

Figura D.1 – Bornes de aperto sob a cabeça do parafuso


PROJETO 03:017.05-004:2005 113

Borne com estribo

A Parte fixa
B Corpo da unidade de aperto
C Espaço para o condutor

Borne coluna

Borne com parafuso, em que o condutor é inserido dentro de um furo ou de uma cavidade, onde ele é apertado sob o
corpo do parafuso ou dos parafusos. A pressão de aperto pode ser aplicada diretamente pelo corpo do parafuso ou por
uma parte intermediária à qual uma pressão é aplicada pelo corpo do parafuso.

Figura D.2 – Bornes coluna


114 PROJETO 03:017.05-004:2005

A Parte fixa
B Arruela ou placa de aperto do condutor
C Dispositivo contra o espalhamento do condutor
D Espaço para o condutor
E Parafuso

NOTA A parte que mantém o condutor na posição pode ser de material isolante, contanto que a pressão necessária para apertar o
condutor não seja transmitida pelo material isolante.

Borne com parafuso filetado

Borne com parafuso no qual o condutor é apertado sobre uma ou duas porcas. A pressão de aperto pode ser aplicada
diretamente por uma porca de formato apropriado ou por uma parte intermediária, como uma arruela, uma placa de aperto
ou dispositivo contra o espalhamento.

Figura D.3 - Bornes com parafuso filetado


PROJETO 03:017.05-004:2005 115

Borne com placa de aperto

Borne com parafuso no qual o condutor é apertado sob a placa de aperto por meio de dois ou mais parafusos ou porcas.

Figura D.4 - Bornes tipo placa de aperto


116 PROJETO 03:017.05-004:2005

NOTA Exemplos de dimensões totais de olhais de cabo são indicados no anexo P.

Figura D.5 - Bornes para olhal e barras


PROJETO 03:017.05-004:2005 117

A Parte fixa

D Espaço para o condutor

Borne com porca de cabeça

Borne com parafuso no qual o condutor é apertado contra a base de uma fenda em um parafuso filetado por meio de uma
porca. O condutor é apertado contra a base de uma fenda por uma arruela de formato apropriado sob a porca, ou por uma
peça central se a porca for uma porca de cabeça, ou por dispositivo igualmente eficaz para transmitir a pressão da porca
para o condutor dentro da fenda.

Figura D.6 - Bornes com porca de cabeça


118 PROJETO 03:017.05-004:2005

Figura D.7 - Bornes tipo sem parafuso

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 119

Anexo E

(informativo)
Descrição de um método para ajustar o circuito de carga

Para ajustar o circuito de carga para obter as características prescritas acima, diversos métodos podem ser aplicados na
prática. Um deles é descrito a seguir.

O princípio é ilustrado na figura 8.

A freqüência de oscilação f da tensão transitória de restabelecimento e o valor do fator γ são determinados,


essencialmente, pela freqüência própria e pelo amortecimento do circuito de carga. Uma vez que estes valores são
independentes da tensão e da freqüência aplicada ao circuito, o ajuste pode ser efetuado energizando-se o circuito de
carga com uma fonte c.a., onde a tensão e a freqüência podem ser diferentes da fonte de alimentação utilizada para o
ensaio do equipamento. O circuito é interrompido na corrente zero por um diodo, e as oscilações da tensão de
restabelecimento são observadas na tela de um osciloscópio de raios catódicos, cuja varredura é sincronizada com a
freqüência da fonte de alimentação (ver figura E.1).

Para permitir que sejam feitas medições confiáveis, o circuito de carga é alimentado por um gerador de alta freqüência G
fornecendo uma tensão conveniente para o diodo. A freqüência do gerador é selecionada igual a

a) 2 kHz para as correntes de ensaio inferiores ou igual a 1000 A;

b) 4 kHz para ensaio de correntes superiores a 1000 A.

São conectados em série com o gerador

- um resistor de queda com um valor Ra elevado em relação à impedância do circuito de carga (Ra ≥ 10 Z, onde
Z = √R² + (ωL) ² e onde ω = 2 π.2000 s -¹ ou 2π.4000 s-¹) para os casos a) e b), respectivamente;

- um diodo de comutação de bloqueio instantâneo B; os diodos de comutação comumente utilizados em computadores,


tais como os diodos de comutação de silício de junção por difusão, onde a corrente nominal direta não ultrapasse 1 A,
adequada para esta aplicação.

Em razão do valor da freqüência do gerador G, o circuito de carga é praticamente e puramente indutivo e, no instante da
corrente zero, a tensão aplicada através do circuito de carga estará no seu valor de pico. Para assegurar que os
componentes do circuito de carga sejam adequados, deve ser verificado na tela que a curva da tensão transitória tem uma
tangente praticamente horizontal no seu ponto de partida (ponto A da figura E.1).

O valor real do fator γ é a relação U11/U12; U11 é lida na tela, U12 é lida entre a ordenada do ponto A e a ordenada do traço
quando o circuito de carga não está mais alimentado pelo gerador (ver figura E.1).

Quando for observada a tensão transitória no circuito de carga sem o resistor R p ou capacitor C p em paralelo, lê-se na tela
a freqüência de oscilação própria no circuito de carga. Convém que seja tomado cuidado para que a capacitância do
osciloscópio ou que os fios de conexão não influenciem a freqüência de ressonância do circuito de carga.

Se esta freqüência natural exceder o limite superior do valor f requerido, os valores convenientes da freqüência e do fator
γ podem ser obtidos conectando-se em paralelo os capacitores C p e os resistores Rp de valores apropriados. Os resistores
Rp devem ser praticamente não indutivos.

Dependendo da posição da ligação à terra, os dois procedimentos seguintes de ajuste do circuito de carga são
recomendados.

a) No caso da ligação a terra do ponto estrela da carga: cada uma das três fases do circuito de carga deve ser ajustada
individualmente, como indicado na figura 8a.

b) No caso da ligação a terra do ponto estrela da fonte: uma fase deve ser conectada em série com as duas outras fases
conectadas em paralelo, como indicado na figura 8b. O ajuste deve ser repetido com conexões sucessivas das três
fases ao gerador de alta freqüência em todas as combinações possíveis.

NOTA 1 Um valor mais elevado da freqüência fornecida pelo gerador G facilita a observação na tela e melhora a resolução.

NOTA 2 Pode-se, também, utilizar outros métodos de determinação da freqüência e do fator γ (tal como, emprego de uma corrente de
onda quadrada no circuito de carga).

NOTA 3 A conexão da carga em estrela poderia ser efetuada tanto com o valor final do resistor R, ou com o valor final da reatância X, se
o modo de curto da carga (aterrado ou flutuante) não mude entre o ajuste e o ensaio.

Razão: Dependendo de qual lado da carga for curto-circuitado, ocorrem freqüências de oscilação diferentes.

NOTA 4 Convém que seja, também, tomado cuidado para que a capacitância de fuga a terra do gerador de alta freqüência não tenha
qualquer efeito sobre a freqüência de oscilação própria do circuito de carga.
120 PROJETO 03:017.05-004:2005

Figura E.1 Determinação do valor real do fator γ

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 121

Anexo F

(informativo)
Determinação do fator de potência ou da constante de tempo de um curto-circuito

Não há um método que possa ser determinar com precisão o fator de potência ou a constante de tempo de um curto-
circuito, porém para os propósitos desta Norma, a determinação do fator de potência ou da constante de tempo do circuito
de ensaio pode ser feita através de um dos métodos seguintes.

F.1 Determinação do fator de potência de um curto-circuito


Método I – Determinação a partir da componente c.c.

O ângulo ϕ pode ser determinado a partir da curva da componente c.c. da onda de corrente assimétrica entre o instante
do curto-circuito e o instante da separação dos contatos como segue:

1 Determinar a constante de tempo L/R a partir da fórmula da componente c.c..

A fórmula da componente c.c. é


−Rt
i d = I do e
L

onde

id é o valor da componente c.c. no instante t;

I do é o valor da componente c.c. no instante tomado como origem dos tempos;

L/Ré a constante de tempo do circuito, em segundos;

t é o tempo, em segundos, contado a partir do instante inicial;

e é a base dos logaritmos neperianos.

A constante de tempo L/R pode ser determinada por

a) medição do valor de I do no instante do curto-circuito e o valor de id em um outro instante t, antes da separação dos
contatos;

b) cálculo do valor de e -Rt/L dividindo-se id por ido ;

c) cálculo do valor de -χ corresponde à relação id/ i do, a partir de uma tabela de valores de e-χ.

O valor χ representa portanto Rt/L, de onde obtém -se R/L.

2 Determinar o ângulo ϕ a partir de

?L
? = arctg
R
onde ω é 2 π vezes a freqüência real.

Convém que este método não seja utilizado quando as correntes são medidas com transformadores de corrente, exceto
se precauções convenientes forem tomadas para eliminar os erros devidos à :

- constante de tempo do transformador e à sua carga em função daquela do circuito primário;

- saturação magnética que pode resultar das condições de um fluxo transitório combinado com uma remanência
eventual.

Método II – Determinação com um gerador piloto

Quando for utilizado um gerador piloto montado no mesmo eixo do gerador de ensaio, a tensão do gerador piloto no
oscilograma pode ser comparada na primeira fase com a tensão do gerador de ensaio e em seguida com a corrente do
gerador de ensaio.

A diferença do ângulo de fase entre a tensão do gerador piloto e aquela do gerador principal, de uma parte, e entre a
tensão do gerador piloto e a corrente do gerador principal, de outra parte, dá o ângulo de fase entre a tensão e a corrente
do gerador de ensaio, a partir do qual pode ser determinado o fator de potência.

F.2 Determinação da constante de tempo de um curto-circuito (método oscilográfico)

O valor da constante de tempo é dado pela abscissa correspondente à ordenada 0,632 A2 da parte ascendente da curva
do oscilograma de calibração do circuito (ver figura 14).

________________

//ANEXO
122 PROJETO 03:017.05-004:2005

Anexo G

(informativo)
Medição das distâncias de isolação e de escoamento

G.1 Princípios essenciais


As larguras X das ranhuras indicadas nos exemplos 1 a 11, basicamente, aplicam -se a todos os exemplos em função do
grau de poluição, como segue:

Grau de poluição Valores mínimos da largura X


das ranhuras
mm
1 0,25
2 1,0
3 1,5
4 2,5

Para a distância de escoamento entre a isolação dos suportes fixo e móvel dos contatos, nenhum valor mínimo de X é
requerido entre as partes isoladas que se deslocam uma com relação à outra (ver figura G.2).

Se a distância de isolação associada for inferior a 3 mm, a largura mínima da ranhura pode ser reduzida a um terço desta
distância de isolação.

Os métodos de medição das distâncias de escoamento e de isolação são indicados nos exemplos 1 a 11 seguintes.
Esses exemplos não fazem diferenciação entre intervalos e ranhuras ou entre tipos de isolação.

Outrossim:

- todo ângulo é suposto estar em ponte por uma ligação isolante de X mm de largura, colocada na posição mais
desfavorável (ver exemplo 3);

- quando a distância entre as arestas superiores de uma ranhura for superior ou igual a X mm, uma distância de
escoamento é medida ao longo dos contornos das ranhuras (ver exemplo 2);

- as distâncias de escoamento e de isolação medidas entre as partes móveis, uma em relação a outra, são medidas
quando essas partes se encontram em suas posições mais desfavoráveis.

G.2 Emprego das nervuras


Devido à sua influência na contaminação e à sua melhor capacidade de secagem, as nervuras diminuem
consideravelmente a formação de correntes de fuga. As distâncias de escoamento podem, portanto, ser reduzidas a 0,8
vezes o valor requerido, contanto que a altura mínim a da nervura seja de 2 mm.
PROJETO 03:017.05-004:2005 123

Figura G. 1 – Medição das nervuras

Figura G.2 – Distância de escaomento entre os isolantes fixo e móvel dos suportes dos contatos
124 PROJETO 03:017.05-004:2005

Exemplo 1

Condição: Este caminho da distância de escoamento Regra: As distâncias de escoamento e de isolação são
compreende uma ranhura de flancos paralelos medidas diretamente através da ranhura, como
ou convergentes, de qualquer profundidade e indicado
de largura inferior a X mm

Exemplo 2

Condição: Este caminho da distância de escoamento Regra: A distância de isolação é a distância em linha reta.
compreende uma ranhura de flancos paralelos O caminho da distância de escoamento segue o
de qualquer profundidade e de largura igual ou contorno da ranhura
superior a X mm

Exemplo 3

Condição: Este caminho da distância de escoamento Regra: A distância de isolação é a distância em linha reta.
compreende uma ranhura em V com uma O caminho da distância de escoamento segue o
largura superior a X mm contorno da ranhura, porém curto-circuita a parte
inferior da ranhura por uma ligação de X mm.

Distância de isolação Distância de escoamento


PROJETO 03:017.05-004:2005 125

Exemplo 4

Condição: Este caminho da distância de escoamento Regra: A distância de isolação é o caminho mais curto pelo
compreende uma nervura ar sobre o topo da nervura. O caminho da distância
de escoamento segue o contorno da nervura.

Exemplo 5

Condição: Este caminho da distância de isolação Regra: O caminho das distâncias de escoamento e de
compreende duas partes não coladas com as isolação é a distância em linha reta indicada.
ranhuras de largura inferior a X mm de cada
lado.

Exemplo 6

Condição: Este caminho da distância de escoamento Regra: A distância de isolação é a distância em linha reta.
compreende duas partes não coladas com as O caminho da distância de escoamento segue o
ranhuras de largura igual ou superior a X mm contorno das ranhuras.
de cada lado.

Distância de isolação Distância de escoamento


126 PROJETO 03:017.05-004:2005

Exemplo 7

Condição: Este caminho da distância de escoamento Regra: Os caminhos da distância de escoamento e de


compreende duas partes não coladas com, de isolação são como indicados.
um lado, uma ranhura de largura inferior a X
mm e, de outro lado, uma ranhura de largura

Exemplo 8

Condição: A distância de escoamento através da junção Regra: A distância de isolação é o caminho mais curto pelo
não colada é inferior à distância de ar por cima do topo da barreira.
escoamento por cima da barreira.

Exemplo 9

Condição: Distância entre a cabeça do parafuso e a Regra: Os caminhos da distância de isolação e de


parede do alojamento de largura suficiente escoamento são como indicados.
para ser levado em consideração.

Distância de isolação Distância de escoamento


PROJETO 03:017.05-004:2005 127

Exemplo 10

Condição: Distância entre a cabeça do parafuso e a Regra: A medição da distância de escoamento é do


parede do alojamento muito estreito para ser parafuso à parede quando a distância é igual a X
levado em consideração. mm.

Exemplo 11

C’ parte flutuante

A distância de isolação é a distância d + D A distância de escoamento é também d + D

Distância de isolação Distância de escoamento

________________

//ANEXO
128 PROJETO 03:017.05-004:2005

Anexo H

(informativo)
Correlação entre a tensão nominal de alimentação e a tensão de impulso suportável nominal do equipamento

INTRODUÇÃO

Este anexo tem por objetivo fornecer as informações necessárias à escolha de um equipamento para uso em um circuito,
dentro de um sistema elétrico ou parte deste.

A tabela H.1 fornece exemplos de correlação entre as tensões nominais do sistema de alimentação e a respectiva tensão
de impulso suportável nominal do equipamento.

Os valores da tensão de impulso suportável nominal indicados na tabela H.1 são baseados nas características de
desempenho dos supressores de surtos.

Convém que seja reconhecido que o controle de sobretensões em relação aos valores da tabela H.1 pode também ser
atingido pelas condições no sistema de alimentação, tais como existência de impedâncias ou cabos de alimentação
adequados.

Nos casos onde o controle das sobretensões é atingida por outros meios que não os supressores de surtos, orientações
sobre a correlação entre a tensão nominal do sistema de alimentação e a tensão de impulso suportável nominal do
equipamento são indicadas na IEC 60364-4-443.
PROJETO 03:017.05-004:2005 129

Tabela H.1 – Correspondência entre a tensão nominal do sistema de alimentação e a tensão de impulso suportável nominal do equipamento, no caso de proteção
de sobretensão por supressores de surtos conforme a IEC 60099-1.

Valor máximo Tensão nominal do sistema de alimentação Valores preferenciais de tensão de impulso suportável nominal
da tensão de (≤ tensão de isolação nominal do equipamento) (1,2/50 s) a 2000m
operação à
terra kV
Categoria de sobretensão
IV III II I
Nível de origem Nível de Nível de carga Nível
da instalação circuito de (aparelho ou especialmente
distribuição equipamento) protegido
c.a.eficaz c.a.eficaz c.a.eficaz ou c.c. c.a.eficaz ou c.c.
V V V V
50 - - 12,5, 24, 25 60-30 1,5 0,8 0,5 0,33
30, 42, 48
100 66/115 66 60 - 2,5 1,5 0,8 0,5
150 120/208 115, 120 110, 120 220-110, 240-120 4 2,5 1,5 0,8
127/220 127
300 220/380, 230/400 220, 230 220 440-220 6 4 2,5 1,5
240/415, 260/440 240, 260
277/480 277
600 347/600, 380/660 347, 380, 400 480 960-480 8 6 4 2,5
400/690, 415/720 415, 440, 480
480/830 500, 577, 600
1000 - 660 1000 - 12 8 6 4
690, 720
830, 1000

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 131

Anexo J

(informativo)
Itens sujeitos a acordo entre o fabricante e o usuário

NOTA Para a finalidade deste anexo:


- “acordo” é usado no mais amplo sentido;
- “usuário” inclui os laboratórios de ensaios.

Número da seção ou Item


subseção desta
Norma
2.6.4 Ensaio especial
6.1 Ver anexo B para condições não padrão em serviço
6.1.1 Equipamento previsto para ser usado em temperatura ambiente superior ou inferior à faixa
– 5 ºC + 40 ºC. Ver nota.
6.1.2 Equipamento previsto para ser usado em altitudes superiores a 2000 m. Ver nota.
6.2 Condições de transporte e armazenagem, se diferentes daquelas especificadas nesta
subseção.
7.2.1.2 Limites de operação de equipamento travado.
7.2.2.1 (tabela 2) Utilização em serviço de condutores conectados de seção transversal significativamente
menor que os listados nas tabelas 9 e 10.
7.2.2.2 (tabela 3) Informação a ser fornecida pelo fabricante sobre os limites de elevação de temperatura
dos resistores para invólucros.
7.2.2.6 Condições de operação de bobinas operadas por impulso (a serem definidas pelo
fabricante).
7.2.2.8 Conformidade com a IEC 60085 e/ou IEC 60216 para materiais de isolação (a ser
demonstrado pelo fabricante).
8.1.1 Ensaios especiais
8.1.4 Ensaios por amostragem.
8.2.4.3 Ensaio de flexão em condutores planos de cobre.
8.3.2.1 Aumentar o grau de severidade de um ensaio para facilitar o mesmo.
Menor invólucro para ensaio de equipamento previsto para uso em mais de um tipo ou
tamanho de invólucro.
8.3.2.2.2 Condições mais severas de ensaios (com a concordância do fabricante).
Aceitação de equipamento ensaiado em 50 Hz para uso em 60 Hz (ou vice-versa). Ver
nota 2 da tabela 8.
8.3.2.2.3 Aumento do limite superior da tensão de restabelecimento à freqüência industrial (sujeito à
concordância do fabricante). Ver nota 3
8.3.3.3.4 Ensaio de equipamento alimentado em c.c. com uma fonte c.a. (sujeito à concordância do
fabricante).
Ensaio de elevação de Ensaio de equipamento multipolar com corrente monofásica.
temperatura do circuito Arranjos de conexão de ensaios para valores de corrente de ensaio superiores a 3150 A.
principal Uso de condutores de seções transversais menores que aquelas especificadas nas tabelas
9,10 e 11 (sujeito à concordância do fabricante). Ver nota 2 das notas das tabelas 9, 10,
11.
8.3.3.4.1 Ensaios dielétricos à freqüência industrial ou em c.c. (sujeito à concordância do fabricante).
8.3.3.5.2 (nota 3) Condições de aceitação de uma corrente presumida de falha < 1500 A (com a
concordância do fabricante).
8.3.4.1.2 (nota 3) b) No circuito de ensaio para ensaio de curto-circuito, realizar a derivação do reator com
bobina sem núcleo por resistores diferentes daqueles definidos na alínea b);
c) O esquema do circuito de ensaio para o ensaio de curto-circuito, se diferente daquele da
figura 9, 10, 11 ou 12.
8.3.4.3 Aumento do valor da corrente de ensaio para I cw.
Verificação da capacidade de conduzir I cw em c.a. para um equipamento alimentado em
c.c..

________________
132 PROJETO 03:017.05-004:2005

Anexo L (normativo)
Marcação dos bornes e número de distinção

L.1 Generalidade
O propósito de identificar os bornes dos dispositivos de manobra é fornecer informação referente à função de cada borne,
ou à sua localização em relação aos outros bornes, ou para outro uso.

A marcação de bornes aplica-se aos dispositivos de manobra como eles são fornecidos pelo fabricante, e deve ser livre de
ambigüidade, isto é, cada marcação deve ocorrer somente uma vez. Entretanto, dois bornes conectados na fabricação
podem ter a mesma marcação.

A marcação de diferentes bornes de um elemento do circuito deve indicar que eles estão no mesmo caminho de corrente.

A marcação dos bornes de uma impedância deve ser sempre alfa-numérica e ter uma ou duas letras indicando a função,
seguida por um número. As letras devem ser maiúsculas em caracteres romanos somente e os números devem ser
arábicos.

Para os bornes de elemento de contato, um dos bornes é marcado com um número ímpar e os outros bornes do mesmo
elemento de contato são marcados com os números pares imediatamente superiores.

Se os bornes de saída e de entrada de um elemento são especificamente identificados como tal, então o número menor
deve ser escolhido para o borne de entrada (assim entrada 11 e saída 12, entrada A1 e saída A2).

NOTA 1 O equipamento tratado nas seguintes seções L.2 e L.3 é também ilustrado por símbolos gráficos de acordo com a IEC 60617-7.
Convém que seja entendido, entretanto, que estes símbolos não têm a pretensão de ser utilizados para a marcação de bornes no
equipamento.

NOTA 2 A posição dos bornes mostradas nas ilustrações não têm a pretensão de fornecer qualquer informação da posição real dos
bornes no dispositivo em si.

L.2 Marcação dos bornes das impedâncias (alfanumérico)

L.2.1 Bobinas
L2.1.1 Os dois bornes de uma bobina de um comando manobrado eletromagneticamente devem ser marcados A1 e A2.

L.2.1.2 Para uma bobina com derivações, os bornes das derivações são marcados em ordem seqüencial A3, A4, etc.

Exemplos:

L.2.1.3 Para uma bobina com dois enrolamentos, os bornes do primeiro enrolamento deve ser marcado A1, A2 e os do
segundo enrolamento B1, B2.

L.2.2 Disparador eletromagnético

L.2.2.1 Disparador em derivação


Os dois bornes de um disparador em derivação devem ser marcados C1 e C2.
PROJETO 03:017.05-004:2005 133

NOTA Para um dispositivo com dois disparadores em derivação (por exemplo com diferentes características nominais), convém que os
bornes do segundo disparador sejam de preferência marcados C3 e C4 .

L.2.2.2 Disparador à subtensão


Os dois bornes de uma bobina previstos para serem utilizados exclusivamente como um disparador à subtensão devem
ser marcados D1 e D2.

NOTA Para um dispositivo com dois atuadores em derivação (por exemplo com diferentes características nominais), convém que os
bornes do segundo disparador sejam de preferência marcados D3 e D4.

L.2.3. Intertravamento eletromagnético


Os dois bornes de um intertravamento eletromagnético devem ser marcados E1 e E2.

L.2.4 Dispositivos de indicação luminosa


Os dois bornes de um dispositivo de indicação luminosa devem ser marcados X1 e X2.

Exemplos:

NOTA O termo “dispositivo de indicação luminosa” inclui qualquer resistor ou transformador incorporado.

L.3 Marcação dos bornes dos elementos de contatos para dispositivos de manobra com duas posições (numérico)

L.3.1 Elementos de contatos para circuitos principais (elementos de contatos principais)


Os bornes dos elementos de manobra principais são identificados por números inteiros de um dígito.

Cada borne marcado por um número ímpar é associado com aquele borne marcado por um número inteiro par seguinte.

Exemplos:
134 PROJETO 03:017.05-004:2005

Dois elementos de contatos principais Cinco elementos de contatos principais

Quando um dispositivo de manobra tiver mais do que cinco elementos de contatos principais, deve ser escolhida a
marcação alfanumérica, de acordo com a IEC 60445.

L.3.2 Elementos de contatos para circuitos auxiliares (elementos de contatos auxiliares)


Os bornes dos elementos de contatos auxiliares são identificados por um número de dois dígitos:

- o dígito da unidade é um dígito da função;

- o dígito da dezena é um dígito de seqüência.

L.3.2.1 Dígito da função


L.3.2.1.1 Os dígitos de função 1 e 2 são atribuídos aos elementos de contatos de abertura e as funções 3 e 4 aos
elementos de contatos de fechamento (elementos de contatos de abertura, elementos de contatos de fechamento, como
definidos na IEC 60050 (441))

Os bornes dos elementos de contatos comutadores são marcados pelos dígitos de função 1, 2 e 4.

L.3.2.1.2 Os elementos de contatos auxiliares com funções especiais, tais como os elementos de contatos auxiliares
temporizados, são identificados pelos dígitos de função 5 e 6, 7 e 8 atribuídos, respectivamente, aos elementos de
contatos de abertura e aos elementos de contatos de fechamento.

Exemplos:

Contato de abertura retardada ao seu fechamento

Contato de fechamento retardado ao seu fechamento

Os bornes dos elementos de contatos comutadores com funções especiais são marcados pelos dígitos de função 5, 6 e 8.

Exemplo:
Contato comutador retardado ao fechamento e à abertura

L.3.2.2 Dígito de seqüência


Os bornes que pertencerem aos mesmos elementos de contatos são marcados com os mesmos dígitos de seqüência.

Todos os elementos de contato que têm a mesma função devem ter os dígitos de seqüência diferentes.

Exemplos:
PROJETO 03:017.05-004:2005 135

L.3.2.2.2 O dígito de seqüência pode ser omitido dos bornes somente se uma informação adicional fornecida pelo
fabricante ou pelo usuário indicar claramente o dígito de seqüência.

Exemplos:

Dispositivo Dispositivo Esquema

NOTA Os pontos representados nos exemplos de L.3.2 são simplesmente usados para mostrar a relação e não necessitam ser usados na
prática.

L.4 Marcação dos bornes dos dispositivos de proteção contra sobrecarga


Os bornes dos circuitos principais de um dispositivo de proteção contra sobrecarga são identificados da mesma maneira
que os bornes dos elementos de contatos principais.

Exemplos:

Os bornes de um elemento de contato auxiliar de um dispositivo de proteção contra sobrecarga são identificados da
mesma maneira que os bornes de um elemento de contato especial (ver L.3.2.1.2) mas com o dígito de seqüência 9.

Se um segundo dígito de seqüência for requerido, convém que seja o dígito 0.

Exemplos:

L.5 Número distintivo


Um dispositivo com um número fixo de elementos de contato de estabelecimento e elementos de contato de interrupção
pode ser atribuído um número distintivo com dois dígitos.
136 PROJETO 03:017.05-004:2005

O primeiro dígito indica o número de elementos de contato de fechamento e o segundo dígito o número de elementos de
contatos de abertura.

Número distintivo 31

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 137

Anexo M (normativo)
Ensaio de flamabilidade

M.1 Ensaio de ignição com fio quente


M.1.1 Cinco amostras de cada material devem ser ensaiadas . As amostras devem ter de 150 mm comprimento por 13 mm
de largura, com espessura uniforme declarada pelo fabricante do material.

As extremidades não devem apresentar rebarbas, cantos vivos, etc.

M.1.2 Deve ser utilizado um fio de niquel-crom o (80% níquel, 20% cromo, sem ferro) de (250 ± 5) mm de comprimento e
aproximadamente 0,5 mm de diâmetro e uma resistência a frio de aproximadamente 5,28 Ω/m. O fio deve ser conectado
direto a uma fonte de energia variável que é ajustada para causar uma dissipação de 0,26 W/mm no fio por um período de
8s a 12s. Após o resfriamento, o fio deve ser enrolado em volta de uma amostra formando cinco voltas completas
espaçadas de 6 mm.

M.1.3 Uma amostra com este enrolamento deve ser apoiada na posição horizontal e as extremidades do fio conectadas a
uma fonte de energia variável, que é, novamente, ajustada para dissipar 0,26 W/mm no fio (ver figura M.1).

Figura M.1– Montagem para ensaio de ignição com fio quente

M.1.4 Começar o ensaio energizando o circuito de tal forma que uma corrente passe pelo fio de aquecimento com uma
densidade de energia linear de 0,26 W/mm.

M.1.5 Continuar o aquecimento até que a amostra se inflame. Quando se inflamar, desligue a energia e registre o tempo
de inflamação.

Interromper o ensaio se a inflamação não acontecer dentro de 120 s. Para amostras que derretem pelo fio sem inflamação,
interromper o ensaio quando a amostra não estiver mais em contato direto com as cinco voltas do fio de aquecimento.

M.1.6 O ensaio deve ser repetido nas amostras restantes .

M.1.7 O tempo médio de inflamação e a espessura de cada jogo de amostras devem ser registrados.

M.2 Ensaio de ignição com arco


M.2.1 Três amostras de cada material devem ser ensaiadas. As amostras devem ter um comprimento de 150 mm por 13
mm de largura e uma espessura uniforme declarada pelo fabricante do material. As extremidades não devem apresentar
rebarbas, cantos vivos, etc.

M.2.2 O ensaio deve ser feito com um par de eletrodos de ensaio e uma impedância de carga indutiva variável conectados
em série a uma fonte de 230 V c.a., 50 Hz ou 60 Hz (ver figura M.2).
138 PROJETO 03:017.05-004:2005

Figura M.2–Circuito para ensaio de ignição por arco

M.2.3 Um eletrodo deve ser fixo e o outro móvel. O eletrodo fixo deve consistir de um condutor de cobre sólido de 8 mm 2 a
10 mm 2, tendo um ponto em cinzel horizontal com um ângulo total de 30º. O eletrodo móvel deve ser uma barra de aço
inoxidável com 3mm de diâmetro, com um ponto cônico simétrico com um ângulo total de 60º, e deve ser móvel ao longo
do seu eixo. O raio de curvatura das extremidades do eletrodo não deve exceder 0,1 mm ao início de um determinado
ensaio. Os eletrodos deverm estar posicionados face a face, formando um ângulo de 45º em relação à horizontal. Com os
eletrodos em curto-circuito, a impedância da carga indutiva variável deve ser ajustada até se obter uma corrente de 33 A
com um fator de potência de 0,5.

M.2.4 A amostra em ensaio deve ser sustentada na posição horizontal no ar, de tal forma que os eletrodos, quando em
contato um com o outro, entrem em contato com a superfície da amostra. O eletrodo móvel deve ser comandado
manualmente ou de outra forma, de maneira que ele possa ao longo de seu eixo ser retirado de contato com o eletrodo
fixo para interromper o circuito e diminuir para fechar novamente o circuito, para produzir uma série de arcos à razão de 40
arcos/min, com uma velocidade de separação de (250 ± 25) mm/s.

M.2.5 O ensaio é prosseguido até que a ignição ocorra na amostra, até que um orifício queimado se forme na amostra ou
até que um total de 200 ciclos tenha decorrido.

M.2.6 O número médio de arcos para ignição e a espessura de cada jogo de corpo de provas devem ser registrados.

Os requisitos dos ensaios de ignição com fio quente (IFQ) e de ignição com arco (IA) em função das categorias de
flamabilidade dos materiais são indicados na tabela M.1.

Cada coluna representa as características mínimas de FI e IA em função da categoria de flamabilidade.

Tabela M.1–Características de IFQ e IA

Categoria de FV 0 FV 1 FV 2 FH 1 FH 3 FH 3
flamabilidade
≤ 40 mm/min ≤ 75 mm/min
Espessura da parte Qualquer Qualquer Qualquer Qualquer ≥3 <3
mm
IFQ, tempo de 7 18 30 30 30 30
ignição, mínimo
s
AI, número mínimo 15 30iNI 30 60 60 60
de arcos para
ignição

Exemplo: Um material com categoria de flamabilidade FV1 de qualquer espessura deve ter um valor de IFQ de pelo
menos 15 s e, se aplicável, um valor de IA igual de pelo menos 30 arcos.

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 139

Anexo N

(normativo)
Requisitos e ensaios para equipamentos com separação de proteção

Este anexo aplica-se a um dispositivo com um ou mais circuitos que podem ser utilizados em um circuito SELV (PELV) (o
dispositivo, por si só, não pode ser Classe III – ver IEC 61140, subseção 7.4).

N.1 Generalidades
O propósito deste anexo é harm onizar, na medida do possível, todas as regras e requisitos aplicáveis aos dispositivos de
manobra e comando de baixa tensão que tenham uma separação de proteção entre as partes previstas para serem
utilizadas nos circuitos SELV (PELV) e outros, para obter uniformidade de requisitos e de ensaios e evitar a necessidade
de ensaios baseados em diferentes normas.

N.2 Definições

N.2.1 Isolação funcional


Isolação entre partes condutoras que é somente necessária para o funcionamento correto do equipamento.

N.2.2 Isolação principal


Isolação das partes vivas perigosas que proporciona proteção principal contra os choques elétricos.

NOTA O termo isolação principal não se aplica à isolação utilizada exclusivamente para propósitos funcionais. (Ver N.2.1)

N.2.3 Isolação suplementar


Isolação independente aplicada além da isolação principal para prover proteção contra choques elétricos no caso de falha
da isolação principal.

N.2.4 Isolação dupla


Isolação que compreende uma isolação principal e uma isolação suplementar.

N.2.5 Isolação reforçada


Isolação das partes vivas perigosas que proporciona um grau de proteção contra choques elétricos equivalente àquele de
uma dupla isolação.

Nota Uma isolação reforçada pode incluir várias camadas que não podem ser ensaiadas isoladamente como isolação principal ou
suplementar.

N.2.6 Separação de proteção


Separação entre circuitos por meio de

- proteção principal (isolação principal) e

- proteção contra falhas (isolação suplementar ou blindagem protetora), ou

- por uma medida de proteção equivalente (por exemplo: isolação reforçada).

N.2.7 Circuito SELV


Um circuito elétrico:

- em que a tensão não pode exceder ELV; e

- com separação de proteção de outros circuitos que não o SELV; e

- sem provisão para aterramento do circuito SELV, nem de suas partes condutoras expostas; e

- com separação simples da terra.

N.2.8 Circuito PELV


Um circuito elétrico

- em que a tensão não pode exceder ELV; e

- com separação de proteção de outros circuitos que não o PELV; e

- com provisão para aterramento do circuito PELV, ou de suas partes condutoras expostas, ou ambos.
140 PROJETO 03:017.05-004:2005

N.3 Requisitos
Generalidades

Salvo especificação em contrário na norma de produto correspondente:

- o único método considerado nesta Norma para alcançar a separação de proteção é baseado na isolação dupla (ou
reforçada) o(s) circuito(s) SELV (PELV) e outros circuitos;

- os efeitos dos arcos elétricos, normalmente produzidos nas câmaras de extinção dos dispositivos de manobra e
comando, sobre a isolação são levados em conta no dimensionamento das distâncias de escoamento e nenhuma
verificação específica é requerida;

- não são considerados os efeitos de descargas parciais.

N.3.1 Requisitos dielétricos

N.3.1.1 Distâncias de escoamento


Deve ser verificado que as distâncias de escoamento entre um circuito SELV (PELV) e outros circuitos são iguais ou
superiores do que duas vezes àquelas fornecidas para a isolação principal, na tabela 15 e que correspondam ao valor de
tensão nominal determinado SELV (PELV) (segundo os princípios indicados em 3.2.3 da IEC 60664-1).

As distâncias de escoamento devem ser verificadas conforme N.4.2.1.

N.3.1.2 Distâncias de isolamento


As distâncias de isolamento entre um circuito SELV (PELV) e outros circuitos do dispositivo devem ser dimensionadas para
resistir à tensão de impulso nominal como especificado no anexo H correspondente à isolação principal para a classe
específica de utilização, porém em um nível imediatamente superior na série de valores (ou um valor igual a 160% do valor
de tensão requerida para a isolação principal) segundo os princípios indicados em 3.1.5 da IEC 60664-1. As condições de
ensaios são indicadas em N.4.2.2.

N.3.2 Requisitos de construção


Convém que as medidas de construção sejam tomadas considerando:

- os materiais empregados em função do envelhecimento;

- as fadigas térmicas ou os riscos mecânicos de falha que afetarão a isolação entre circuitos;

- os riscos de contato elétrico entre os diferentes circuitos no caso de uma desconexão acidental dos condutores.

A subseção N.4.3 indica os exemplos de riscos relativos à construção que devem ser considerados.

N.4 Ensaios

N.4.1 Generalidades
Estes ensaios são, normalmente, realizados como ensaios de tipo. Quando o projeto de construção não puder assegurar,
sem dúvidas, que a isolação pretendida para a separação de proteção não possa ser prejudicada pelas condições de
produção, o fabricante ou a norma de produto correspondente podem, também, prever que os ensaios ou parte deles
sejam realizados como ensaios de rotina.

A verificação dos ensaios deve ser feita entre o circuito SELV (PELV) e cada um dos outros circuitos, tais como o circuito
principal, os circuitos de comando e os circuitos auxiliares.

Os ensaios devem ser realizados nas condições de operação do dispositivo: posições de abertura, de fechamento e de
disparo.

N.4.2 Ensaios dielétricos

N.4.2.1 Verificação das distâncias de escoamento


As condições de medição são aquelas indicadas em 8.3.3.4.1 e no anexo G.

N.4.2.2 Verificação das distâncias de isolamento

N.4.2.2.1 Condições do dispositivo para o ensaio


Os ensaios devem ser realizados nos dispositivos montados como em serviço, incluindo condutores internos e em uma
condição limpa e seca.

N.4.2.2.2 Aplicação da tensão de ensaio


Para cada circuito do dispositivo em ensaio, os bornes externos devem ser interconectados.
PROJETO 03:017.05-004:2005 141

N.4.2.2.3 Tensão de ensaio de impulso


É uma tensão de ensaio de impulso que tenha uma forma de onda 1,2/50 µs como descrito em 8.3.3.4.1, sendo o valor
escolhido como definido em N.3.1.2.

N.4.2.2.4 Ensaio
As distâncias de isolamento são verificadas pela aplicação da tensão de ensaio de N.4.2.2.3. O ensaio deve ser realizado
para um mínimo de três impulsos de cada polaridade com um intervalo de pelo menos 1 s entre os pulsos em
conformidade com 8.3.3.4.1.

A aplicação da tensão de ensaio pode ser evitada quando as distâncias de isolamento são iguais ou superiores às
indicadas na tabela 13 para o valor determinado da tensão de ensaio.

N.4.2.2.5 Resultados a serem obtidos


Quando a tensão é aplicada, o ensaio é considerado como satisfatório se não houver nenhuma perfuração ou presença de
arco.

N.4.3 Exemplos de medidas de construção


Convém que sejam tomadas as medidas para que somente uma falha mecânica - por exemplo, um ponto de solda torto,
um ponto de solda destacado ou um enrolamento (bobina) interrompida, um parafuso solto ou caído – não afete a isolação
a ponto que ela não satisfaça mais aos requisitos da isolação principal; contudo, convém que o projeto considere que dois
ou mais desses eventos não aparecerão simultaneamente.

Exemplos de medidas de construção:

- estabilidade mecânica suficiente;

- barreiras mecânicas;

- utilização de parafusos imperdíveis;

- impregnação ou revestimento dos componentes;

- inserção dos pinos dentro de uma luva isolante;

- evitar extremidades afiadas nas proximidades dos condutores.

________________

//ANEXO
142 PROJETO 03:017.05-004:2005

Anexo O

(informativo)
Aspectos ambientais

Introdução
A necessidade para reduzir os impactos de um produto no meio ambiente durante toda a fase de sua vida - da aquisição
de materiais para fabricação, distribuição, uso, reuso, reciclagem e disposição - é reconhecida na maioria dos países do
mundo. As escolhas realizadas decidem em grande parte como serão os impactos durante cada fase da vida do produto.
Porém, há obstáculos consideráveis que fazem a tarefa de selecionar as melhores opções, quanto ao meio ambiente,
extremamente difícil. Por exemplo, a seleção de opções de projeto para minimizar o impacto ambiental pode implicar
concessões severas como menor reciclabilidade para maior eficiência de energia.

A introdução contínua de novos produtos e materiais pode tornar a avaliação cada vez mais difícil, visto que devem ser
desenvolvidos dados adicionais para avaliar os impactos do ciclo de vida destes novos produtos e materiais. Além disso,
há, atualmente, pouquíssimos dados disponíveis sobre os impactos ambientais dos materiais existentes. Porém, aqueles
que existem podem ser usados como uma base para melhoria dos produtos com respeito ao impacto ambiental. Os
princípios de estudo de impacto ambiental e preocupação com o meio ambiente fornecem instrumentos adicionais que
podem ser úteis neste aspecto. Este anexo detalha alguns princípios de estudo de impacto ambiental para dar informação
de base sobre estes assuntos.

Até que mais dados estejam disponíveis, os fabricantes podem documentar mais extensivamente, pelo uso de avaliações
de impactos ambientais, as escolhas de projeto específico e as suas razões. Isto amplia o conhecimento baseado em tais
opções e escolhas e também pode ajudar na reciclagem e disposição do produto ao término de sua vida.

Convém que seja notado que este anexo pode ajudar somente na medida em que o estado da arte tenha sido
desenvolvido. Como mais estudos e análises são completados, mais dados de ciclo de vida serão acumulados e melhores
escolhas adaptadas ao ambiente serão possíveis. Até então, a recomendação é usar este anexo com cuidado, juízo
profissional e uma capacidade crítica sensata.

O.1 Objetivo
Este anexo é destinado a auxiliar na consideração de aspectos ambientais relativos aos impactos sobre o meio ambiente
de produtos da série IEC 60947.

O termo meio ambiente, como usado neste anexo, difere do termo usado nas normas IEC que tratam do impacto de
condições ambientais sobre os produtos eletrotécnicos.

NOTA Quanto às condições de impactos ambientais sobre o desempenho de produtos, é feita referência às séries IEC 60068 e IEC 60721
e ao Guia IEC 106.

O.2 Definições
Para as finalidades deste anexo, aplicam -se as seguintes definições:.

O.2.1
meio ambiente atributos que afetam a qualidade de vida, tais como qualidade da água, do ar e do solo, conservação de
energia e dos materiais e a redução do desperdício

O.2.2
ciclo de vida

etapas sucessivas e interligadas, e todas as entradas e saídas significativas diretamente associadas, de um sistema a
partir da extração ou da exploração de recursos naturais até a disposição final de todos os materiais, bem como
desperdícios irreparáveis ou energia dissipada

O.2.3
avaliação do ciclo de vida

conjunto sistemático de procedimentos para compilar e examinar entradas e saídas de materiais e energia e impactos
ambientais associados diretamente atribuíveis ao funcionamento de um sistema econômico ao longo do seu ciclo de vida

O.2.4
perigo ambiental

toda mudança no meio ambiente que, permanente ou temporariamente, resulte em perda de recursos naturais ou
deterioração da qualidade natural do ar, da água ou do solo
PROJETO 03:017.05-004:2005 143

O.2.5
impacto ambiental

conseqüências para a saúde humana, para o bem -estar da flora e da fauna ou para a disponibilidade futura de recursos
naturais, atribuível ao fluxo de entrada e saída de um sistema

O.2.6
avaliação do impacto ambiental

processo para determinar a amplitude e a importância de impactos ambientais dentro dos limites das metas, campo de
aplicação e objetivos definidos na avaliação do ciclo de vida

O.2.7
reciclagem

conjunto de processos para materiais derivados que poderiam de outra maneira serem dispostos como desperdícios, em
um sistema econômico onde eles contribuem para a produção de material útil

O.2.8
aptidão à reciclagem

propriedade de uma substância ou um material e partes fabricadas a partir dessa substância ou material que os torna
possível serem reciclados

O.2.9
fim de vida

estado de um produto quando é definitivamente removido de utilização

O.2.10
projeto para meio ambiente

conjunto de procedimentos destinados ao projeto de um produto para otimizar as características ecológicas do produto nas
condições técnicas e econômicas existentes

O.3 Considerações gerais


Convém que seja verificado que a consideração dos pontos seguintes sempre conduz a minimizar os impactos ambientais
do produto ao longo de seu ciclo de vida:

- conservação de material para preservação de recursos;

- uso eficiente de energia e de recursos;

- redução das emissões e dos dejetos;

- conteúdo mínimo em material de um produto (incluindo material de embalagem);

- diminuição do número de materiais diferentes;

- substituição ou redução da utilização de substâncias perigosas;

- reutilização / renovação dos subconjuntos ou de componentes;

- projeto para tornar fácil a manutenção, a desmontagem e a aptidão a reciclagem se aplicável;

- revestimento de superfície ou outras combinações de materiais que impeçam a aptidão a reciclagem;

- instrução/informação ambiental adequada para o usuário.

O.4 Entradas e saídas a serem consideradas

O.4.1 Generalidades
A figura O.1, baseada no trabalho do ISO/TC 207/WG1, apresenta a correlação entre as etapas principais no ciclo de vida
ambiental de um produto, a função do produto, seu projeto, seu desempenho e outras considerações externas. Os
objetivos principais das normas ambientais também são listados, com o consumo de material e de energia, emissões
ambientais, aptidão à reciclagem e a desmontagem. Convém que a cada passo do ciclo de vida de um produto seja
considerado o equilíbrio de materiais e de energia. Quando dados estão disponíveis, o estudo cobrirá o ciclo de vida do
início ao fim. A figura O.1 também ilustra um ciclo de melhoria de produto que conduz à prevenção de poluição e à
conservação de recurso.
144 PROJETO 03:017.05-004:2005

O.4.2 Entradas e saídas


Os impactos ambientais de um produto são largamente determinados pelas entradas que são utilizadas e as saídas que
são geradas em todos os estágios do ciclo de vida dos produtos. A mudança de somente uma entrada, seja pela alteração
dos materiais e a energia utilizados, seja pela influência somente uma saída, podem afetar outras entradas e saídas (veja
figura O.1).
Conceito/necessidade Projeto de Ciclo de vida do
de produto produto produto

+ Função + Escolha de material Entradas Saídas


+ Desempenho + Reformulação
+ Materiais + Energia + Produtos
+ Segurança e + Processo de melhoria
e desmontagem + Emissões no ar
saúde + Efluentes na água
+ Custo + Redução de material
+ Reciclabilidade + Resíduos sólidos
+ Ambiente + Extração de matéria- + Barulho e vibração
+ Requisitos + Serviços auxiliares prima
+ Eficiência energética + Outros emissões
legais e Transporte
regulatórios + Escolha de processo
+ etc. de produção + Fabricação
+ etc.
Transporte
Uso/reuso/reciclagem
Manutenção
Transporte

Disposição
Especificação
de produto

+ Conservação de recursos
+ Prevenção de poluição + Diminuição de recurso
+ Saúde humana
+ Saúde do ecosistema
+ Outros

Estratégias de melhorias Impactos ambientais

INCLUIR FIGURA O.1 – FIGURA IEC 1357/2000NOTA 1 Esta figura é baseada no trabalho da ISO/TC 207.

NOTA 2 No setor de eletrotécnica, "outras emissões" significa emissões eletromagnéticas, radiação ionizante e não ionizante e emissões
para o solo.

Figura O.1 - Aspectos ambientais relativos ao ciclo de vida dos produtos

O.4.3 Entradas: materiais e energia


O.4.3.1 Também devem ser levadas em consideração as entradas relativas aos materiais utilizados no desenvolvimento de
um produto . Estes impactos podem incluir o esgotamento de recursos renováveis e não-renováveis, a utilização prejudicial
do solo e a exposição ambiental ou humana a materiais perigosos. As entradas de materiais também podem contribuir
para a geração de dejetos, emissões para o ar, efluentes para a água e outras emissões. As entradas de materiais
associadas com a aquisição de matéria-prima, fabricação, transporte (incluindo embalagem e armazenamento),
uso/manutenção, reuso/reciclagem e disposição de produtos podem produzir uma variedade de impactos ambientais.

O.4.3.2 As entradas relativas à energia são requeridas na maioria das etapas do ciclo de vida de um produto. As fontes de
energia incluem os combustíveis fósseis, energia nuclear, os dejetos recuperados, energia hidroelétrica, energia
geotérmica, energia solar, energia eólica e outras fontes. Cada fonte de energia tem seu próprio conjunto de impactos
ambientais.

O.4.4 Saídas
O.4.4.1 As saídas geradas durante o ciclo de vida de um produto geralmente compreendem o produto em si, os produtos
intermediários e derivados, emissões no ar, efluentes na água, dejetos e outras emissões.

O.4.4.2 As emissões no ar compreendem as emissões de gases, vapores ou material particulado. A emissão de


substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas, ácidas ou odoríferas podem afetar adversamente a flora, a fauna,
os seres humanos, os edifícios, etc., ou contribuir para outros impactos ambientais como diminuição da camada de ozônio
ou formação de nevoeiro. As emissões no ar incluem as emissões pontuais, bem como fontes difusas, emissões tratadas
como também não tratadas, e emissões de operação normal bem como emissões acidentais.

O.4.4.3 Os efluentes na água compreendem a descarga de substâncias nos cursos d'água, tanto de superfície como
subterrânea. A descarga de nutrientes ou de substâncias tóxicas, corrosivas, radioativas, continuadas, acumulativas ou
redutoras de oxigênio podem dar lugar a impactos ambientais adversos, inclusive vários efeitos de poluição em
ecossistemas aquáticos e “eutrofisação” indesejável das águas naturais. Os efluentes de água incluem descargas
pontuais, bem como de fontes difusas, descargas tratadas como também não tratadas, e descargas de operação normal
bem como descargas acidentais.
PROJETO 03:017.05-004:2005 145

O.4.4.4 Os dejetos compreeendem os materiais sólidos ou líquidos e produtos refugados. Os dejetos podem ser
produzidos em todas as etapas do ciclo de vida de um produto. Os dejetos são sujeitos a reciclagem, tratamento,
recuperação ou técnicas de rejeição associados com entradas e saídas que podem contribuir aos impactos ambientais
adversos.

O.4.4.5 Outras emissões podem incorporar emissões para o solo, ruído e vibração, radiação e calor.

O.5 Técnicas para identificação e avaliação dos impactos ambientais


O.5.1 A identificação precisa e a avaliação de como os impactos ambientais são influenciados pelos produtos são
complexos e requer consideração cuidadosa e pode envolver a necessidade de consulta a peritos. Certas técnicas estão
evoluindo para orientar a identificação e a avaliação dos impactos ambientais de um produto. Embora uma compreensão
completa destas técnicas e as limitações delas requeiram larga experiência e estudo das ciências ambientais, a
conscientização delas oferece o entendimento geral de como os produtos podem afetar o ambiente.

O.5.2 Um exemplo de tais técnicas e a análise do ciclo de vida, é assunto de normalização pelos ISO/TC 207/SC 5 e ISO
14040.

A análise do ciclo de vida é uma técnica para avaliar os aspectos ambientais e impactos potenciais associados com um
produto e inclui uma série de análises de três fases.

Fase 1: as anális es de inventário, também conhecido como inventário de ciclo de vida - identificação e quantificação da
energia e dos materiais utilizados e as emissões/cargas ambientais resultantes que acontece durante a totalidade do
ciclo de vida.

Fase 2: a avaliação dos impactos - avaliação dos impactos ambientais da energia e dos materiais utilizados, bem como
aqueles do próprio produto final, ainda todas e quaisquer emissões/cargas ambientais durante a totalidade do ciclo de
vida.

Fase 3: a avaliação de melhoria - avaliação das oportunidades de melhoria de desempenho ambiental e, então,
implementação das mudanças que alcançarão as melhorias.

A análise do ciclo de vida estuda os aspectos ambientais e os impactos potenciais ao longo da vida de um produto (do
início ao fim), da aquisição da matéria-prima até a produção, uso e refugo. As categorias gerais de impactos ambientais
que necessitam consideração incluem uso de recurso, a saúde humana e as conseqüências ecológicas.

A análise do ciclo de vida pode ajudar na:

- identificação de oportunidades para melhorar os aspectos ambientais de produtos em vários pontos dos seus ciclos de
vida;

- tomada de decisão na indústria, nas organizações governamentais ou não-governamentais (por exemplo, planejamento
estratégico, estabelecim ento de prioridade, projeto ou reprojeto de produto ou de processo);

- seleção de indicadores correspondentes de desempenho ambiental, inclusive técnicas de medição;

- a comercialização (por exemplo, uma reivindicação ambiental, esquema eco-rotulagem ou declaração de produto
ambiental).

Além da avaliação do ciclo de vida, convém que os fabricantes estejam atentos ao campo emergente de projeto ambiental.

O.6 Comitês técnicos correspondentes da ISO


TC 61 Plásticos

TC 79 Metais leves e suas ligas

TC 122 Embalagem

TC 146 Qualidade do ar

TC 147 Qualidade da água

TC 190 Qualidade do solo

TC 203 Sistemas de energia técnica

TC 205 Projeto ambiental do interior de edifícios

TC 207 Gestão ambiental

SC 1 Sistemas de gestão ambiental

SC 2 Auditoria ambiental e investigações ambientais associadas

SC 3 Rotulagem ambiental

SC 4 Avaliação do desempenho ambiental


146 PROJETO 03:017.05-004:2005

SC 5 Análise do ciclo de vida

SC 6 Termos e definições

GT 1 Aspectos ambientais em normas de produto

O.7 Guia sobre os princípios de avaliação de impacto ambiental


Em estudo.

O.8 Guia sobre os princípios de projetos ambientais


Em estudo.

O.9 Documentos de referência


Guia IEC 106, Guia para especificação das condições ambientais para o desempenho de equipamento

IEC 60068 (todas as partes), Ensaios ambientais

IEC 60721 (todas as partes), Classificação das condições ambientais

ISO 14040:1997, Gestão ambiental – Análise do ciclo de vida - Princípios e estrutura

________________

//ANEXO
PROJETO 03:017.05-004:2005 147

Anexo P

(informativo)
Borne-olhal para dispositivos de manobra e comando de baixa tensão conectados a condutores de cobre

Tabela P.1 – Exemplos de bornes-olhais para dispositivos de manobra e comando de baixa tensão
conectados a condutores de cobre

Seção transversal do Dimensões Orifício para


condutor parafuso de
(ver figura P.1) montagem
mm 2
mm
Flexível Sólido ou L N W Calibre W Z M H
encordoad
max. max. max. max. min.
o
6 10 22 6 10 12 6 M5
10 16 26 6 10 12 6 M5
16 25 28 6 10 12 6 M5
25 35 33 7 12 12,5 17 7 M6
35 50 38 7 12 12,5 17 7 M6
50 70 41 7 12 12,5 17 7 M6
70 95 48 8,5 16 16,5 20 8,5 M8
95 120 51 10,5 20 20,5 25 10,5 M10
120 150 60 10,5 20 20,5 25 10,5 M10
150 185 72 11 25 25,5 25 11 M10
185 240 78 12,5 31 32,5 31 12,5 M12
240 300 89 12,5 31 32,5 31 12,5 M12
300 400 105 17 40 40,5 40 17 M16
400 500 110 17 40 40,5 40 17 M16

NOTA Outros dimensões diferentes de olhais são disponíveis.

Figura P.1 - Dimensões

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