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COMEÇANDO DO ZERO

Direito Processual Civil - Aula 01


Sabrina Dourado

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TEMAS: Apresentação do NCPC; Equivalentes Jurisdicionais; estudo das normas fundamentais e aplica-
ção das normas processuais;
Breve histórico da tramitação do Projeto do Novo Código de Processo Civil

Por meio do Ato n. 379, de 30 de setembro de 2009, publicado no Diário Oficial da União do dia 02 de outubro de
2009, o Presidente do Senado Federal, Sen. José Sarney, nomeou a Comissão de Juristas que ficou responsável
pela elaboração do Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil.

A Comissão foi formada pelos seguintes e ilustres juristas: Min. Luiz Fux (Presidente), Dra. Teresa Arruda Alvim
Wambier (Relatora), Dr. Adroaldo Furtado Fabrício, Dr. Benedito Cerezzo Pereira Filho, Dr. Bruno Dantas, Dr.
Elpídio Donizetti Nunes, Dr. Humberto Theodoro Júnior, Dr. Jansen Fialho de Almeida, Dr. José Miguel Garcia
Medina, Dr. José Roberto dos Santos Bedaque, Dr. Marcus Vinicius Furtado Coelho e Dr. Paulo Cesar Pinheiro
Carneiro.

A composição da Comissão se apresentou heterogênea, notadamente nos aspectos da idade, da origem demo-
gráfica e da classe profissional de seus membros.

No decorrer de seus trabalhos, a Comissão realizou audiências públicas em vários Estados da Federação, com o
objetivo de expor as ideias centrais do Anteprojeto e de recolher sugestões para a elaboração da proposta legisla-
tiva.

No dia 08 de junho de 2010, a Comissão de Juristas apresentou ao Senado Federal o Anteprojeto do Novo Códi-
go de Processo Civil, o qual passou a tramitar naquela Casa Legislativa sob a denominação de PLS 166/2010
(Projeto de Lei do Senado n. 166/2010).

O Anteprojeto, com 970 artigos, propunha a divisão do Novo Código de Processo Civil em cinco Livros, a saber:
Livro 1 – Parte Geral; Livro 2 – Processo de Conhecimento e Cumprimento de Sentença; Livro 3 – Do Processo
de Execução; Livro 4 – Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões Judiciais; Livro 5
– Das Disposições Finais e Transitórias.

No Senado Federal, foi criada uma Comissão Temporária destinada a emitir parecer sobre o Novo Código de Pro-
cesso Civil, na qual atuou como relator-geral o Sen. Valter Pereira (PMDB-MS).

Em 15 de dezembro de 2010, o PLS 166/2010 foi aprovado pelo Senado Federal, com 1.007 artigos, seguindo a
matéria para o exame da Câmara dos Deputados, onde passou a tramitar como PL 8.046/2010 (Projeto de Lei n.
8.046/2010).

Na Câmara dos Deputados, foi criada em 16 de junho de 2011 uma Comissão Especial destinada a proferir pare-
cer ao Projeto de Lei n. 8.046/2010, nela atuando como presidente o Dep. Fábio Trad (PMDB-MS) e como relator-
geral o Dep. Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA).

Nesta Comissão Especial, atuaram notáveis juristas com o fito de colaborar para a adequação e aperfeiçoamento
do texto do Projeto de Lei, a saber: Dr. Fredie Didier Jr., Dr. Luiz Henrique Volpe Camargo, Dr. Alexandre Freitas
Câmara, Dr. Daniel Mitidiero, Dr. José Manuel Arruda Alvim, Dr. Leonardo Carneiro da Cunha, Dr. Marcos Des-
tefenni, Dr. Paulo dos Santos Lucon, Dr. Rinaldo Mouzalas.

Em 2012, assume a relatoria-geral dos trabalhos na Comissão Especial da Câmara dos Deputados o Dep. Paulo
Teixeira (PT-SP), ocasião em que outros notáveis juristas passaram a também colaborar com os trabalhos da
Comissão: Dra. Ada Pellegrini Grinover, Dr. Alexandre Freire, Dr. Antônio Carlos Marcato, Dr. Antônio Costa Ma-
chado, Dr. Athos Gusmão Carneiro, Dr. Candido Rangel Dinamarco, Dr. Carlos Alberto Sales, Dr. Cassio Scarpi-
nella Bueno, Dr. Dierle Nunes, Dr. José Augusto Garcia, Dr. Kazuo Watanabe, Dr. Lenio Luiz Streck, Dr. Luiz Gui-
lherme Costa Wagner, Dr. Luiz Guilherme Marinoni, Dr. Paulo Cesar Pinheiro Carneiro, Dra. Regina Beatriz Tava-
res e Dra. Teresa Arruda Alvim Wambier.

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Durante os trabalhos da Comissão Especial, foram promovidos debates, conferências e audiências públicas em
diversas cidades do país, a fim de tornar o texto do Projeto de Lei o mais democrático possível. Foram apresenta-
das 900 emendas pelos Deputados e apensados 146 Projetos de Lei que já tramitavam na Câmara dos Deputa-
dos tratando de modificações ao Código de Processo Civil.

O Portal e-Democracia, criado para que qualquer brasileiro pudesse participar e apresentar sugestões ao Projeto
de Lei, registrou 25.300 acessos, 282 sugestões, 143 comentários e 90 e-mails.

Em 26 de março de 2014, o PL 8.046/2010 foi aprovado na Câmara dos Deputados, com 1.086 artigos, retornan-
do a matéria ao exame da Casa originária (Senado Federal), nos termos do art. 65, parágrafo único, da Constitui-
ção da República.

Ele esta dividido em duas partes, quais sejam: parte geral e especial.

A esta altura, o Novo Código de Processo Civil apresentava-se assim dividido (esta divisão prevaleceu após a
sanção): PARTE GERAL, composta por 06 (seis) Livros: Livro I – Das Normas Processuais Civis, Livro II – Da
Função Jurisdicional, Livro III – Dos Sujeitos do Processo, Livro IV – Dos Atos Processuais, Livro V – Da Tutela
Provisória, Livro VI – Da Formação, Da Suspensão e Da Extinção do Processo; PARTE ESPECIAL, composta por
03 (três) Livros: Livro I – Do processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença; Livro II – Do Processo de
Execução; Livro III – Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões Judiciais; LIVRO
COMPLEMENTAR – Disposições Finais e Transitórias.

Com o retorno do Projeto de Lei ao Senado (para análise do Substitutivo da Câmara dos Deputados), foi designa-
da Comissão Especial para exame da matéria e emissão de parecer sobre o Novo Código de Processo Civil, nela
atuando como relator-geral o Sen. Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Nesta etapa, os Senadores da Comissão Especial foram auxiliados por notáveis juristas, a saber: Min. Luiz Fux,
Dr. Bruno Dantas, Dr. José Roberto dos Santos Bedaque, Dr. Paulo Cezar Pinheiro Carneiro e Dra. Teresa Arruda
Alvim Wambier.

Em 17 de dezembro de 2014, o Substitutivo da Câmara dos Deputados foi aprovado, com emendas, pelo Plenário
do Senado Federal, totalizando o texto 1.068 artigos.

Em seguida, o Projeto de Lei foi enviado à sanção da Presidente da República, a qual se efetivou no dia 16 de
março de 2015, com vetos parciais, conforme publicação do Diário Oficial da União do dia 17 de março de 2015.
O CPC/15, como é chamado, entrou em vigor no dia 18.03.2016. Logo, já é uma realidade.

ALGUMAS IMPORTANTES INFORMAÇÕES

Eis um novo código;


A legislação nasceu no estado democrático de direito;
O texto é composto por 1072 artigos;
VEJAMOS OS DISPOSITIVOS DA LEI 13.105/15

DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS


ESTUDO DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
o
Art. 1 O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.

CPC-------------------------------------CF/88
o
Art. 2 O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas
em lei.

AMEAÇADO OU EFETIVAMENTE LESADO--------------IRÁ DAR INICIO AO PROCESSO.

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o
Art. 3 Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. Eis o chamado controle jurisdicional
obrigatório.
o
§ 1 É permitida a arbitragem, na forma da lei.

Qual a lei, Sabrina?

9.307/96 + 13.129/15.
o
§ 2 O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
o
§ 3 A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por
juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
o
Art. 4 As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfa-
tiva.

Qual a boa-fé contemplada no artigo, prof?

-A boa fé OBJETIVA!
o
Art. 5 Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
o
Art. 6 Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão
de mérito justa e efetiva.
o
Art. 7 É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades proces-
suais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz
zelar pelo efetivo contraditório.
o
Art. 8 Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, res-
guardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a
legalidade, a publicidade e a eficiência.
o
Art. 9 Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

I - à tutela provisória de urgência;


II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701.

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.

Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as deci-
sões, sob pena de nulidade.

Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus
advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.

Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir
sentença ou acórdão. Redação conferida através da lei 13.256/16.
o
§ 1 A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública
em cartório e na rede mundial de computadores.
o
§ 2 Estão excluídos da regra do caput:

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I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido;


II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetiti-
vos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas;
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
o
§ 3 Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências
legais.
o o
§ 4 Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1 , o requerimento formulado pela parte não altera a
ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamen-
to em diligência.
o o
§ 5 Decidido o requerimento previsto no § 4 , o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se
encontrava na lista.
o o o
§ 6 Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1 ou, conforme o caso, no § 3 , o processo que:

I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de
complementação da instrução;
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.

Está em curso o PL 168/15, pendente apenas de sanção presidencial, que altera a redação dos arts. 12 e 153 do
NCPC. De acordo com ele a ordem cronológica de julgamento não seria obrigatória. Seria preferencial. Vejamos:
“Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir
sentença ou acórdão.”

No mesmo sentido o artigo 153 passará a rezar com a seguinte redação, vejamos: “Art. 153. O escrivão ou o
chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetiva-
ção dos pronunciamentos judiciais.”

APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específi-
cas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.

Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados
os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

REGRA GERAL!

Processos novos----------------------- CPC/15


Processos pendentes---------------CPC/15 no estado em que se encontrarem.

Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições
deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.

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