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OBJETIVO GERAL
Relatório das atividades laboratoriais
2 Q
uais são as grandezas físicas que devem ser medidas e/ou conhecidas para determinar a
energia elétrica transformada em energia térmica, por efeito Joule, numa resistência elétrica?
Justifique a sua resposta.
A diferença de potencial, a intensidade de corrente elétrica e o intervalo de tempo de aquecimento.
A energia dissipada calcula-se pela expressão: E = U I Dt.
3 C
onsidere o sistema «resistência elétrica + bloco calorimétrico» sem estar isolado termicamente.
Refira as transferências e transformações de energia que ocorrem entre o sistema e a vizinhança,
identificando a energia útil e a energia dissipada no processo.
Na resistência elétrica, há transformação de energia elétrica em térmica (também denominada energia
dissipada na resistência). Parte da energia térmica da resistência é transferida por condução, como
energia útil, para o bloco calorimétrico e outra parte é transferida para a vizinhança (ar) que existe
na cavidade onde foi colocada a resistência.
Quando a temperatura do bloco excede a temperatura ambiente, o bloco transfere energia para a vizinhança
(energia dissipada) por condução (contacto com a bancada, o termómetro e o ar exterior) e por radiação.
4
4 A
dmitindo que toda a energia elétrica transformada na resistência é transferida como energia útil para o
bloco calorimétrico, pretende-se construir o gráfico da variação da temperatura do bloco calorimétrico
em função da energia fornecida.
1 D
ada a dificuldade em isolar termicamente o sistema para o qual se pretende medir a capacidade
térmica mássica, refira soluções possíveis de serem implementadas para minimizar a
transferência de energia, por radiação e por condução, para a vizinhança.
Os blocos calorimétricos deveriam estar isolados da vizinhança para evitar dissipação de energia por
radiação e por condução. Deveriam ser introduzidos num recipiente espelhado e de esferovite e ainda
garantir um bom contacto térmico entre o bloco e a resistência elétrica e o termómetro, através do
preenchimento da cavidade com um fluido; por exemplo, glicerina, melhor condutor térmico do que
o ar. Além disso, o intervalo de tempo de aquecimento deve ser suficientemente curto para minimizar
as transferências de energia.
2 O
que prevê que vá acontecer quanto à variação da temperatura do material no intervalo de
tempo em que a resistência está ligada e imediatamente após ser desligada?
A temperatura do bloco calorimétrico aumenta durante o intervalo de tempo em que a resistência está
ligada devido à transferência de energia por condução. Depois de a resistência ser desligada, a temperatura
continua a aumentar, até um valor máximo (até que se estabeleça o equilíbrio térmico no bloco de metal).
3 O
aumento da temperatura do bloco calorimétrico é conseguido à custa da introdução de uma
resistência de aquecimento no seu interior. Qual é a intensidade da corrente na resistência
sabendo que é aplicada uma tensão aos seus terminais de 12 V e que consome 50 J por segundo?
U = 12 V; P = 50 W
P 50
P=UI+I= = = 4,2 A
U 12
A intensidade da corrente máxima permitida pela resistência é cerca de 4 A.
4 F
aça a representação esquemática do circuito simples que permite efetuar a medição da corrente
elétrica e da diferença de potencial elétrico numa resistência. Deve integrar cada um dos
seguintes elementos: amperímetro, voltímetro, resistência elétrica, interruptor, fonte de tensão
contínua e reóstato de forma a controlar a corrente máxima permitida pela resistência.
ALU3P9H1
4
PARTE II Execução da atividade laboratorial
Material utilizado no procedimento experimental…
Relatório das atividades laboratoriais
• Faça a montagem experimental que lhe permita efetuar a medição das grandezas necessárias para
determinar a energia elétrica transformada em energia térmica, por efeito Joule, na resistência elétrica
e a elevação de temperatura que o bloco calorimétrico sofre, ao longo do tempo.
• Baseie-se no circuito simples representado anteriormente e na montagem ilustrada na figura.
• Antes de fechar o circuito, efetue a medição da massa do bloco calorimétrico e implemente as soluções que
permitem minimizar as perdas de energia (por exemplo, colocar glicerina nos orifícios para isolar
termicamente o sistema do exterior).
• Tenha em atenção a intensidade da corrente máxima permitida pela resistência e efetue o número
de medições necessárias para traçar o gráfico da variação da temperatura em função da energia.
• Execute a experiência, seguindo a metodologia anteriormente descrita, e conceba tabelas de registo de
dados de forma a sistematizar a informação relevante sobre os instrumentos de medida (grandeza física;
menor divisão de leitura; digital/analógico; incerteza absoluta de leitura) e efetuar o registo das medições
diretas e indiretas realizadas (massa; diferença de potencial; intensidade da corrente elétrica; potência
dissipada, tempo, temperatura e energia). A medição direta de grandezas deve atender
à incerteza experimental associada à leitura do aparelho de medida.
NOTA: Cada grupo deverá utilizar blocos calorimétricos diferentes de modo a determinar capacidades térmicas mássicas
de diferentes materiais. Após a experiência e o tratamento dos dados, os grupos devem comparar os resultados
experimentais obtidos, entre si e com os valores tabelados.
Sugestão para o professor: O circuito elétrico deve estar fechado até que o bloco sofra uma variação de
temperatura no mínimo de 20 °C. Faça registos da temperatura de 30 em 30 s.
4
Tabela 2 Registo da variação da temperatura ao longo do tempo.
Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3
m/g
4
PARTE III Análise e discussão da atividade laboratorial
1 A partir dos resultados experimentais obtidos:
Relatório das atividades laboratoriais
a) complete a(s) tabela(s) concebida(s) com os valores das medições indiretas (potência dissipada por
efeito Joule e energia);
4
b) construa o gráfico da variação da temperatura em função da energia fornecida.
SUGESTÃO: Utilize a calculadora gráfica ou folha de cálculo.
30,0
20,0
10,0
0,0
0,0 1,00◊103 3,00◊103 5,00◊103 7,00◊103 9,00◊103
E/J
i /oC
50,0
y = 0,0025x + 21,4
40,0
ALU3P12H1
30,0
20,0
10,0
0,0
0,0 2,00◊103 4,00◊103 6,00◊103 8,00◊103 1,00◊104 1,20◊104
E/J
ALU3P13H1
i /oC
40,0
y = 0,0011x + 21,3
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
0,0 4,00◊103 8,00◊103 1,20◊104 1,60◊104
E/J
2 A
linha média (reta mais provável) que se ajusta aos valores experimentais traduz a relação linear
ALU3P13H2
que era esperada? Justifique a sua resposta.
SUGESTÃO: Seja crítico na escolha dos valores a utilizar.
Sim. A temperatura do bloco varia linearmente com a energia recebida pelo bloco. Fazendo o gráfico
E
da temperatura em função da energia fornecida tem-se ifinal = m c + iinicial.
3 E
screva a equação de regressão que melhor se ajusta aos pontos experimentais, identificando
as grandezas físicas na equação da reta de regressão.
y=mx+b
Com:
y (variável dependente) — temperatura
m (declive da reta) — inverso da capacidade térmica
x (variável independente) — energia
b (ordenada na origem) — temperatura inicial
Bloco 1: i = 0,0026E + 22,2 ºC
Bloco 2: i = 0,0025E + 21,4 ºC
Bloco 3: i = 0,0011E + 21,3 ºC
4
4 C
alcule, a partir do declive da reta traçada no gráfico T = f(E), o valor da capacidade térmica
e respetiva capacidade térmica mássica do material.
1 1
declive = m c + C = . Sabendo que C = m c, determina-se a capacidade térmica do bloco.
Relatório das atividades laboratoriais
declive
Bloco 1: declive = 0,0026
C = 3,85 ◊ 102 J K-1
cexperimental = 4,7 ◊ 102 J kg-1 K-1
Bloco 2: declive = 0,0025
C = 4,0 ◊ 102 J K-1
cexperimental = 4,0 ◊ 102 J kg-1 K-1
Bloco 3: declive = 0,0011
C = 9,1 ◊ 102 J K-1
cexperimental = 1,0 ◊ 103 J kg-1 K-1
5 C
ompare o valor obtido com o valor tabelado e, após a determinação do erro percentual, conclua
quanto à sua exatidão.
Bloco 1: cexperimental = 4,7 ◊ 102 J kg-1 K-1
cteórico = 443 J kg-1 K-1
D = 6,1 %
cexperimental = 4,0 ◊ 102 J kg-1 K-1
Bloco 2:
cteórico = 385 J kg-1 K-1
D = 3,9 %
cexperimental = 1,0 ◊ 103 J kg-1 K-1
Bloco 3:
cteórico = 900 J kg-1 K-1
D = 11 %