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Volume 20, Número 1, 2017

Perfil de Escoamento entre Placas Planas


Flow profile between flat planes
Perfil de escurrimiento entre placas planas.

Arthur Ferreira Costa Jesiel Pereira Vieira


Arth.costa1@gmail.com Jesielpv.iub@gmail.com

Valdeon Batista de Oliveira Filho


vfilho96@hotmail.com

Resumo
Neste trabalho, deseja-se obter a solução para o escoamento entre placas planas de um fluido
incompressível aplicado em um sistema de refrigeração, onde serão utilizadas as soluções analíticas
e numéricas, neste último caso, para a solução numérica, será aplicada a técnica de volumes finitos.
Como soluções finais, serão apresentados gráficos, traçados a partir de um ponto x, dos
comportamentos dos números adimensionais Fr, Re e Eu, além de plotar os resultados na forma de
vetores de velocidade.

Palavras-Chave: escoamento; fluidos; refrigeração; numérica; analítica; simulação.

Abstract
In this project, the aim is obtaining a solution for flow profile between flat planes of an incompressible
fluid applied in a refrigeration system, where will be make use of analytical and numerical solutions,
where for numerical solution, will be applied finite volume technic. As final solutions, will be showed
graphs, traced from a given x point, of the behavior dimensionless numbers Fr, Re and Eu, moreover
plot results in vector velocity form.

Keywords: flow; fluids; refrigeration; numerical; analytical; simulation.

Resumen
En este proyecto, el objetivo es obtener una solución para el perfil de flujo entre planos de un fluido
incompresible aplicado en un sistema de refrigeración, donde se utilizarán soluciones analíticas y
numéricas, donde para la solución numérica, se aplicará una técnica de volumen finito. Como
soluciones finales, se mostrarán gráficos, trazados a partir de un punto x dado, de los números
adimensionales de comportamiento Fr, Re y Eu, y además se trazarán los resultados en forma de
velocidad vectorial.

Palabras clave: flujos; refrigeración; numérica; analítica; simulación.


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1. ESCOAMENTO TRIDIMENSIONAL

1.1. Análise Matemática

De forma geral, o modelo matemático diferencial de um escoamento


tridimensional para um fluído incompressível isotérmico na forma vetorial é
dado por:

Ou, na forma expandida, tem-se a Equação da Continuidade:

E, na forma expandida, tem-se a Equação do Movimento Linear:

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Dessa maneira, é possível modelar problemas de escoamento com certa


generalidade, impondo-se as restrições de geometria, campo de velocidades e
gradientes de pressão. Assim, é possível modelar os problemas de escoamento
com certa precisão, mesmo com as restrições de geometria, campo de
velocidades e gradiente de pressão.

Os três fluidos usados para o escoamento do problema proposto são


fluidos de refrigeração, sendo eles: Fluido Refrigerante Freon™ 22 (R-22),
Fluido Refrigerante Freon™ 123 (alternativo ao R-11) e Fluido Refrigerante R-
600a (Isobutano).

2. ESCOAMENTO ENTRE PLACAS PLANAS

O problema do escoamento em tubos pode ser tratado como um


escoamento 2D, desprezando a velocidade em z (velocidade w) ou, ainda,
pode-se assumir, de maneira aproximada, que apenas é importante a
velocidade em x (velocidade u).

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Figura 1 – Escoamento entre placas paralelas.

2.1 Solução Analítica

No caso do escoamento unidimensional, é possível desenvolver uma solução


analítica para u, que dependerá da derivada parcial da pressão na direção x. Em
muitos casos, pode-se assumir u dependente apenas de y e P dependente apenas de
x, tornando o problema em y uma equação diferencial parcial em y de 2ª. ordem, de
fácil resolução. Assim, a solução desacopla u e P, tornando u = u(y) e P=P(x), sendo
possível resolver o problema analiticamente para u deixando em função da derivada
parcial de P(x).

Para obter-se u(y), seguiremos os passos a seguir.

 Equação diferencial parcial em y de segunda ordem:

1 𝜕𝑃 𝜕 2𝑢
− +𝜈 =0
𝜌 𝜕𝑥 𝜕𝑦 2

 Dividindo a equação diferencial parcial pela viscosidade (ν):

1 𝜕𝑃 𝜕 2 𝑢
− + =0
𝜈𝜌 𝜕𝑥 𝜕𝑦 2

 Reagrupando os termos da equação, temos:

𝜕 2𝑢 1 𝜕𝑃
=
𝜕𝑦 2 𝜈𝜌 𝜕𝑥

 Chamando a derivada parcial em x de uma constante W, temos:

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𝜕𝑃
=𝑊
𝜕𝑥

 A equação diferencial, tornara-se:

𝜕2𝑢 𝑊
=
𝜕𝑦 2 𝜈𝜌

 Integrando ambos os lados da igualdade, temos:

𝜕2𝑢 𝑊
∫ 2 = ∫
𝜕𝑦 𝜈𝜌

 Como solução, obtém-se a equação, a seguir, com duas constantes e com


dependência em y:

𝑊𝑦²
𝑢(𝑦) = + 𝑐₁𝑦 + 𝑐₂
2𝜈𝜌

𝑢 (𝑦 = 0) = 0
 Aplicando-se as condições iniciais { :
𝑢 (𝑦 = ℎ) = 0

𝑊(0)²
𝑢(0) = + 𝑐₁(0) + 𝑐₂
2𝜈𝜌

𝑐₂ = 0

𝑊ℎ²
𝑢(𝑦 = ℎ) = + 𝑐₁ℎ + 0
2𝜈𝜌

𝑊ℎ²
𝑐₁ℎ = −
2𝜈𝜌

𝑊ℎ²
𝑐₁ = −
2𝜈𝜌ℎ

𝑊ℎ
𝑐₁ = −
2𝜈𝜌

 Substituindo as constantes 𝑐₁ e 𝑐₂, na equação u(y), temos:

𝑊𝑦² 𝑊ℎ
𝑢(𝑦) = +− 𝑦+0
2𝜈𝜌 2𝜈𝜌

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 Substituindo o valor de W, pela derivada parcial em x, obtém-se a equação


governante:

𝜕𝑃 𝜕𝑃
𝑦² ℎ
𝑢(𝑦) = 𝜕𝑥 + − 𝜕𝑥 𝑦
2𝜈𝜌 2𝜈𝜌

1 𝜕𝑃
𝑢(𝑦) = ( ) (𝑦 2 − ℎ𝑦)
2𝜈𝜌 𝜕𝑥

2.2 Solução Numérica

Para os casos em que a solução analítica é de difícil obtenção (ou


mesmo impossível de se obter...) pode-se trabalhar com a solução numérica
do problema a partir da técnica de volumes finitos. Nessa técnica, o material é
compartimentado em volumes finitos, e a equação que rege o problema é
então discretizada e aplicada nos domínios de cada volume finito.

Figura 2 – Esquematização da técnica de volumes finitos

Integrando:

𝜕2𝑢
= −𝐶
𝜕𝑦 2

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Tem-se:

𝑛 𝑛
𝜕 𝜕𝑢
∫ ( ) 𝑑𝑦 = ∫ −𝐶 𝑑𝑦
𝑠 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝑠

Logo,

𝜕𝑢 𝜕𝑢
| − | = −𝐶∆𝑦
𝜕𝑦 𝑛 𝜕𝑦 𝑠

Através da aproximação conceitual da derivada, tem-se:

𝑢𝑁 −𝑢 𝑃 𝑢 𝑃 −𝑢 𝑆
− = −𝐶∆𝑦
∆𝑦 ∆𝑦
Ou seja,

𝑢 𝑁 − 2𝑢 𝑃 + 𝑢 𝑆 𝑢 𝑖+1 − 2𝑢 𝑖 + 𝑢 𝑖−1
= −𝐶 ↔ = −𝐶
(∆𝑦)² (∆𝑦)2

Fazendo:

Assim, na equação:

Tem-se

Dessa maneira, para cada célula i, tem-se a velocidade ui , o qual o


cálculo de seu valor depende do valor de seus vizinhos ao norte (ui+1) e ao
sul (ui-1), ponderados por coeficientes A correspondentes, e de um

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coeficiente linear Bi . Além disso, as condições de fronteira devem ser


consideradas e aplicadas nos volumes finitos nessa região, conforme abaixo:

Assim, na fronteira y=h tem-se os seguintes índices:

Conhecidos os coeficientes A e B para todos os volumes finitos, pode-


se construir um sistema de equações algébricas lineares na forma matricial do
tipo 𝑨 ∙ 𝑢 = 𝑩,

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Dessa forma, pode-se obter o vetor de velocidades calculando 𝑢 = 𝑩𝑨⁻¹ .

3. FLUIDOS UTILIZADOS

Fluidos refrigerantes são substâncias químicas responsáveis pelas trocas


térmicas nos sistemas de refrigeração e climatização. Por possuir a propriedade de
passar de líquido a gás, e vice-versa, é capaz de absorver calor e, assim, resfriar o
ambiente de maneira controlada.
Sua composição molecular varia de acordo com a aplicação, e por isso
existem vários tipos de fluidos refrigerantes. Há fluidos refrigerantes do tipo
halogenados, amônia, dióxido de enxofre, dióxido de carbono e hidrocarbonetos não
halogenados.
Suas propriedades devem satisfazer as condições e exigências de uma determinada
aplicação, dentre elas:

 Não ser inflamável, não explosivo, não tóxico em seu estado puro;
 Não deve contaminar alimentos ou outros produtos armazenados no espaço
refrigerado;
 Pressões correspondentes às temperaturas disponíveis com os meios de
condensação normais não devem ser excessivas;
 Pressões correspondentes às temperaturas necessárias devem ser acima da
pressão atmosférica, para evitar penetração de ar e vapor de água;
 Os coeficientes de transferência de calor e a viscosidade devem contribuir
para boas proporções de transferência de calor;

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 O refrigerante deve ser facilmente disponível, de baixo custo, não contribuir


para a destruição da camada de ozônio;
 O refrigerante deve ser facilmente detectado por indicadores adequados para
localizar vazamentos no sistema.

Neste trabalho serão usados os fluidos refrigerantes:

 Fluido Refrigerante R600a (Isobutano)

 Equipamentos de refrigeração e pequenos eletrodomésticos;


 Refrigeração comercial;
 Baixo impacto ambiental.

 Fluido Refrigerante Freon™ 22 (R-22)

 Ar condicionado residencial e comercial;


 Refrigeração comercial de média e baixa temperatura;

 Fluido Refrigerante Freon™ 123

 Proporciona excepcional capacidade e eficiência energética;


 Baixo potencial de degradação da camada de ozônio;
 Baixa toxicidade;
 Não inflamável;
 Utilizado em Retrofit se sistemas existentes de R-11;
 Chiller Centrífugo de Baixa Pressão;
 Novos equipamentos centrífugos.

3.1 Propriedades dos fluidos refrigerantes utilizados

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Tabela 1
Propriedades dos fluidos refrigerantes utilizados
Fluido Refrigerante Temperatura (ºC) Viscosidade Cinemática (m²/s) Densidade (kg/m³)
R600a 0°C 3,432× 10−7 580,6

Freon™ 22 10ºC 176,4234162× 10−9 1247,0


Freon™ 123 -24ºC 519,6451204× 10−9 1578

4. NÚMEROS ADIMENSIONAIS

4.1 Froude

O número de Froude é um número adimensional que relaciona a força inercial


e a força gravitacional. É de suma importância na distinção entre escoamentos
rápidos e tranquilos com superfície livre como o escoamento em canais abertos, ou
em estruturas hidráulicas.

Tabela 2
Tipos de escoamento
Número de Froude Tipo de Escoamento
Fr > 1 Supercrítico
Fr < 1 Subcrítico
Fr = 1 Crítico

4.2 Reynolds

O número de Reynolds (Re) é formado pela razão entre densidade,


velocidade característica e comprimento característico e a viscosidade. Outra
maneira alternativa para o número de Reynolds, é a relação entre a velocidade
característica e o comprimento com relação à velocidade cinemática, definida como:
𝜇
𝜈=
𝜌
É importante para a distinção entre regimes de escoamentos laminares,
transitórios e turbulentos. Sua utilização ocorre de maneira ampla em projetos
hidráulicos e desempenhos sobre corpos.

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Tabela 3
Tipos de escoamento
Número de Reynolds Tipo de Escoamento
0 ≤ Re ≤ 2000 Laminar

2000≤Re≤ 4000 Transitório


Re > 4000 Trubulento

4.3 Euler

É apropriada em regiões de alto número de Reynolds do escoamento, onde


as forças viscosas resultantes são desprezíveis, muito distante das paredes e
esteiras. É útil para prever capacidade de um sistema em função do consumo
energético, aplicado no projeto de bombas e compressores.
É importante notar que quanto menor o número adimensional Eu, maior a
chance de ocorrer o fenômeno de cavitação.

5. SOFTWARE

O software apresenta a seguinte interface:

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Figura 3 – Interface Gráfica

Ao se clicar em uma das opções de fluidos refrigerantes disponíveis (Freon™


123, Freon™ 22 (R-22) e R600a), deve-se inserir os valores de densidade,
viscosidade cinemática, pressão atmosférica, etc. Também, deve-se inserir o
número total de amostras.
Para exibir os gráficos relacionados às funções P(x), deve-se selecionar uma
das opções disponíveis.

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Figura 4 – Exemplos de gráficos relacionados à função P(x) selecionada.

Ao selecionar a opção de Perfis com animação, será exibida em uma nova


janela com os vetores de velocidade para diferentes posições de x.

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Figura 5 – Exemplo de vetores de velocidade.

6. ANÁLISE DA VELOCIDADE E NÚMEROS ADIMENSIONAIS

Para exemplificar o perfil de velocidades e análise dos números adimensionais será apresentado
os resultados para a pressão:

𝑃 (𝑥 ) = 𝑃0 𝑒 −𝐻𝑥 (1 + 𝑠𝑒𝑛 (𝐺𝑥 ))

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Figura 6 – Perfil de velocidade – Método Analítico.

Figura 7 – Perfil de velocidade – Método Numérico.

Na figura 8 observamos os números de Reynolds, Froude e Euler.

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Figura 8 – Números de Reynolds, Froude e Euler.

7. REFERÊNCIAS

 J. M. Cimbala, Y. A. Çengel. Mecânica dos Fluidos - Fundamentos e


Aplicações. AMGH, Porto Alegre, 2015.

 Chemours. Freon 123 (Refrigerant R-123).


https://www.chemours.com/Refrigerants/en_US/assets/downloads/freon-123-
properties-uses-storage-handling.pdf, Dec. 2017.

 Chemours. Safety Data Sheet. Freon 22 (R-22 Refrigerant).


https://3eonline.com/ImageServer/NewPdf/9cb8c3ef-5037-41d6-a382-
5067fc82aecf/9cb8c3ef-5037-41d6-a382-5067fc82aecf.pdf, Dec. 2017.

 L. C. Vilanova. Mecânica dos Fluidos.


http://http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_ctrl_proc_indust/tec_
autom_ind/mec_fluido/161012_mec_fluidos.pdf, Dec. 2017

 Chemours. Thermodynamic Properties (SI Units).


https://www.chemours.com/Refrigerants/en_US/assets/downloads/freon-22-
thermodynamic-properties-si-units.pdf, Dec. 2017

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