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CONHECIMENTO VULGAR E

CONHECIMENTO CIENTIFICO

O que distingue o conhecimento vulgar


do cientifico?
Que valor têm os conhecimentos que
adquirimos no dia-a-dia?
Porque é a ciência mais importante que
as nossas crenças comuns?
Conhecimento vulgar- é obtido por processos cognitivos que
utilizamos naturalmente na nossa vida corrente: observa-se,
comparam-se observações, e delas elaboram-se
intelectualmente os resultados; a observação é a que decorre
das nossas vivências quotidianas, não sujeita a especiais
precauções.

A linguagem é vulgar – não há nenhum cuidado particular na sua


formulação, não utilizamos termos especificos e rigorosos nem
expressões matemáticas; utilizamos sim, com muita frequencia,
expressões retóricas e metafóricas, como ocorre nos proverbios
e ditados populares, que constituem pitorescas sinteses de
observação.
Limita-se a constatar e a registar a frequência de certas
ocorrências, aceitando o que existe tal como existe, sem
procurar a explicação, confundindo simples relação de
concomitância com relações de causalidade, apresenta-se
com um carácter de evidencia que não vale a pena contestar,
claro que essa evidencia é apenas aparente, mas disso o
senso comum não se apercebe porque precisamente não se
questiona.
A superficialidade é assim uma característica do conhecimento comum , mas este
tem inegável valor prático e orienta muitas das nossas decisões, ajudando-nos a
resolver problemas com que nos deparamos no quotidiano; precisamente porque
está muito ligado à prática e ao imediato, não consegue atingir a universalidade
que iremos encontrar no conhecimento cientifico.

Em sintese:

Procede das observações e experiencias quotidianas recolhidas ao longo da


vida e de diferentes gerações;
É formulado na linguagem vulgar r corrente;
Limita-se a constatar o que existe, sem se preocupar com a explicação do que
existe.
Tem valor prático, ajudando a resolver situações do quotidiano.
CONHECIMENTO CIENTIFICO

O conhecimento cientifico é obtido através de processos rigorosos de


análise/observação, reflexão e demonstração ou experimentação.

A linguagem utilizada para formular esse conhecimento é precisa, com recurso a


termos específicos e, por vezes, a expressões matemáticas, de modo a eliminar as
ambiguidades e imprecisões da linguagem corrente.

A preocupação, não apenas com com a descrição , mas também com a explicação dos
fenómenos, é uma constante do conhecimento cientifico; daí, a enunciação das
relações de causa e efeito entre fenómenos, que permitem estabelecer a trama
fenoménica do real, e lhe conferem capacidade predicativa.

O valor dos conhecimentos expressos é elevado pois que, ou correspondem a


generalizações cientificas, ou a verdades matemáticas susceptiveis de serm
demonstradas racionalmente. Como fornecem um conhecimento acurado da realidade,
permitem não só a sua compreensão, mas também uma intervenção muito eficaz.
Em síntese:

É obtido através de práticas cognitivas rigorosas, utilizadas de forma metódica e


sistemática;
É expresso numa linguagem especifica e exacta;
Descreve e explica os fenómenos através da enunciação de relações de causa e
efeito;
Permite compreender e prever com rigor a ocorrência dos fenómenos;
Reveste-se não só de valor prático, mas também de valor teórico, que garante
enorme capacidade predicativa.
ATITUDE CIENTIFICA

Estabelecidas as diferenças entre conhecimento cientifico e vulgar, podemos agora


especificar melhor algumas importantes características não propriamente do
conhecimento cientifico, mas da atitude cientifica, que todos podemos e devemos
cultivar.

Tem consciência que a solução para os problemas não pode resultar de uma
revelação ou iluminação súbita; só o esforço, mas um esforço dirigido pelo
conhecimento já acumulado, pela inteligência e por um método que a mente se
impõe a si mesma, pode permitir conhecer a natureza e os fenómenos que nela
ocorrem e tirar proveito desse conhecimento.
A VERDADE NÃO É DADA À PARTIDA - é o resultado de um caminho
percorrido, e nunca podemos estar absolutamente certos de a ter
atingido. Ela é sempre frágil e instável, já que o mundo muda e mudam os
instrumentos, tanto teóricos como práticos para lidar com ele.

A atitude cientifica - implica curiosidade intelectual, aquele que não se


questiona, que aceita o que é tal como é, sem querer saber mais, não tem decididamente
espírito cientifico, este identifica-se com a própria atitude filosófica na sua essência mais
pura. A atitude critica é constitutiva do trabalho cientifico – as explicações cientificas são
sempre submetidas a testes rigorosos e só são aceites depois de devidamente
corroboradas.
SENSO COMUM E CIENCIA - Continuidade ou ruptura?
Senso comum e ciência correspondem a dois níveis diferentes de apreensão da
realidade, são dois códigos diferentes de leitura do real.

A questão é saber se estaremos perante dois códigos diferentes de apreensão do real


ou se haverá continuidade entre eles. Partirá a ciência do senso comum?
A tese da continuidade

Os defensores desta tese consideram que existe diferença de grau, mas não de
natureza, defendem a tese continuísta. Para estes a ciência tem como função criticar e
aprofundar o conhecimento do senso comum, afastando tudo o que neste é ilusório e
aparente.
 As práticas cognitivas que permitem elaborar o conhecimento seriam comuns ao
conhecimento vulgar e à ciência, limitando-se a ciência a introduzir critérios e
protocolos de rigor na utilização dessas práticas. Isto é, no conhecimento comum, as
práticas cognitivas que consistem em perceber e pensar o que se percebe seriam
utilizadas espontânea e inconscientemente, enquanto que a elaboração cientifica
exigiria reflexão e sistematicidade.
O senso comum, tal como a ciência, permitiria atingir generalizações, só que à
falibilidade das generalizações empíricas corresponderia a segurança e o rigor das
generalizações cientificas.
A TESE DA RUPTURA

Os que perfilham a tese da ruptura enfatizam a natureza profundamente subjectiva do


senso comum em contraste com um ideal de objectividade que a ciencia persegue e
que julga poder atingir através da utilização de instrumentos de medida e de registo em
linguagem matemática.

Os partidários desta tese desvalorizam o senso comum, a opinião, que acusam de não
permitir aceder ao verdadeiro conhecimento, e mesmo de funcionar como
impedimento, isto é, como obstáculo epistemológico, para utilizarmos a terminologia
de Bachelard.
O senso comum porque se baseia nos sentidos está sujeito a erros
perceptivos e oculta, em vez de desvendar, a realidade;

Porque se limita a constatar a ocorrência dos fenómenos e não se questiona,


ou , pelo menos, não o faz com carácter sistemático, estaria nas antípodas do
espírito cientifico, para o qual o que parece obvio se torna problemático;

O conhecimento vulgar, prático e pragmático, regido por critérios de


utilidade, não estimula o progresso intelectual;

Consideram que a ciência tem de se afastar do senso comum, e mesmo de o


destruir, já que sobre os assuntos que a ciência investiga não se pode ter
opiniões.

A ciência procura de superar o imediato para ler a natureza, que é como um


livro escrito em código, cuja linguagem é preciso descodificar antes da leitura,
para se poder entender o que ele nos diz.

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