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CONHECIMENTO CIENTIFICO
Em sintese:
A preocupação, não apenas com com a descrição , mas também com a explicação dos
fenómenos, é uma constante do conhecimento cientifico; daí, a enunciação das
relações de causa e efeito entre fenómenos, que permitem estabelecer a trama
fenoménica do real, e lhe conferem capacidade predicativa.
Tem consciência que a solução para os problemas não pode resultar de uma
revelação ou iluminação súbita; só o esforço, mas um esforço dirigido pelo
conhecimento já acumulado, pela inteligência e por um método que a mente se
impõe a si mesma, pode permitir conhecer a natureza e os fenómenos que nela
ocorrem e tirar proveito desse conhecimento.
A VERDADE NÃO É DADA À PARTIDA - é o resultado de um caminho
percorrido, e nunca podemos estar absolutamente certos de a ter
atingido. Ela é sempre frágil e instável, já que o mundo muda e mudam os
instrumentos, tanto teóricos como práticos para lidar com ele.
Os defensores desta tese consideram que existe diferença de grau, mas não de
natureza, defendem a tese continuísta. Para estes a ciência tem como função criticar e
aprofundar o conhecimento do senso comum, afastando tudo o que neste é ilusório e
aparente.
As práticas cognitivas que permitem elaborar o conhecimento seriam comuns ao
conhecimento vulgar e à ciência, limitando-se a ciência a introduzir critérios e
protocolos de rigor na utilização dessas práticas. Isto é, no conhecimento comum, as
práticas cognitivas que consistem em perceber e pensar o que se percebe seriam
utilizadas espontânea e inconscientemente, enquanto que a elaboração cientifica
exigiria reflexão e sistematicidade.
O senso comum, tal como a ciência, permitiria atingir generalizações, só que à
falibilidade das generalizações empíricas corresponderia a segurança e o rigor das
generalizações cientificas.
A TESE DA RUPTURA
Os partidários desta tese desvalorizam o senso comum, a opinião, que acusam de não
permitir aceder ao verdadeiro conhecimento, e mesmo de funcionar como
impedimento, isto é, como obstáculo epistemológico, para utilizarmos a terminologia
de Bachelard.
O senso comum porque se baseia nos sentidos está sujeito a erros
perceptivos e oculta, em vez de desvendar, a realidade;