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LIÇÃO 8

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 9ª LIÇÃO DO 2º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 27 DE MAIO DE 2018

ÉTICA CRISTÃ E PLANEJAMENTO FAMILIAR

Texto áureo

“Eis que os filhos são herança


do Senhor, e o fruto de ventre, o
seu galardão.” (Sl 127.3)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Gênesis 1. 24-31.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Meus diletos amigos leitores, chegamos a 9ª lição deste trimestre. Vamos


estudar, desta feita, a Ética Cristã e o Planejamento Familiar, abordando os
seguintes temas: Conceito Geral de Planejamento Familiar; O que as Escrituras
dizem sobre o Planejamento Familiar e a Ética Cristã e o Limite do número de
Filhos.

Pois bem, distintos leitores, tenham um bom estudo!

1
I – CONCEITO GERAL DE PLANEJAMENTO FAMILIAR

1. Controle de natalidade.

Segundo Wellington Souza Filho, graduado em Geografia pelo Centro


Universitário Fundação Santo André, 2014:

O controle de natalidade é visto em muitos países como uma solução para o


crescimento populacional, a partir de políticas públicas para o incentivo da
diminuição do número de nascimentos no país, por meio de campanhas, distribuição
gratuita de contraceptivos, preservativos, entre outros. Essa ideia de utilizar o
controle de natalidade como método de diminuir os nascimentos, vem das teorias
malthusiana1 e neomalthusiana,2 teorias demográficas que analisam o alto índice
populacional de um país como o fator principal de seu baixo desenvolvimento
econômico, colocando em vista que os países com maiores índices de
desenvolvimento econômico tem baixo crescimento populacional, e conseguem esse
fato a partir da utilização dos controles de natalidade. A China, por exemplo,
utilizou durante décadas uma política de controle de natalidade conhecida como
Política do Filho Único, onde ela regulamenta por lei que os casais não podem ter
mais do que um filho, sendo penalizados caso tenham um segundo filho, ou mais.
Essa política vigorou de 1970 até 2015, quando foi modificada para permitir até dois
filhos por casal. Muitos analistas indicam que ela tenha auxiliado na contenção
da explosão demográfica no país, visto que a China é o país mais populoso do
mundo, e atualmente se encontra entre as maiores potências mundiais. Porém essa
política implica em problemas relacionados a abortos de bebês do sexo feminino,
pois há preferência ao sexo masculino, principalmente nas áreas rurais do país,
causando um desequilíbrio na população da China, onde há mais homens do que
mulheres.

1
A Teoria populacional Malthusiana foi uma teoria demográfica criada por volta de 1789 na Inglaterra pelo
economista e sacerdote protestante Thomas Robert Malthus (1766 – 1834), em sua principal obra, Ensaio sobre
o princípio da população. A importância dessa publicação nesse momento histórico, final do século XVIII, foi
devido os problemas em que o país passava com a Primeira Revolução Industrial, como o êxodo rural, o
desemprego e o aumento da população, onde em períodos curtos de tempo havia um crescimento elevado do
número de habitantes nos países europeus que acompanharam a implementação da Revolução. Malthus atribui a
culpa ao crescimento da população pobre, sendo fundamentada entre duas ideias: 1ª. Guerras, epidemias,
desastres naturais são fatores controladores do crescimento populacional, e esse tende a evoluir de forma
acelerada, em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16...), sendo ilimitado seu crescimento, duplicando a cada 25
anos; 2ª. A produção de alimentos (meios de subsistência) cresce em ritmo lento, em progressão aritmética (1, 2,
3, 4, 5...), sendo restrita aos limites naturais do planeta, ou seja, sendo limitada.

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A Teoria populacional Neomalthusiana é uma teoria demográfica que se baseia em fundamentos ligados ao
malthusianismo, surge nas primeiras décadas do século XX, e ganha mais influência após a Segunda Guerra
Mundial. A Teoria Neomalthusiana acredita que o alto índice populacional presente nos países subdesenvolvidos
(assim vistos na época) era o principal fator para que o país possuísse baixa renda per capita, consequentemente
baixa economia e até mesmo estado de miséria. Essa teoria surge após estudos demográficos no período pós-
guerra, principalmente durante a década de 1950, em relação as bases tecnológicas, desenvolvimento da
medicina, entre outros avanços que ocorriam nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos,
acompanhando a implantação do capital transnacional, diminuindo a mortalidade infantil, porem esses países
continuavam com as taxas de natalidade em alta, gerando uma explosão demográfica. Esses teóricos analisavam
esse crescimento como algo alarmista e catastrófico, assim como na teoria Malthusiana, argumentando que o
mesmo deveria ser barrado para que não se esgotassem os recursos naturais disponíveis, que poderiam
desaparecer em algumas décadas.
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Destarte, o controle de natalidade acima descrito tem a ver com o controle
estatal imposto às famíias com o intuito de regrar o nascimento dos filhos, sem com
isso ter relação, de fato, com o conceito de planejamento familiar.

2. Planejamento Familiar.

Segundo o portal da juventude, planejamento familiar “é o meio


de proporcionar informação às pessoas que lhes permita decidir o número de filhos
que querem ter e quando os querem ter. Isto implica o acesso à informação sobre
métodos de contracepção e serviços de saúde apropriados que permitam a vivência
da sexualidade de uma forma saudável, feliz e segura, bem como o planejamento de
uma gravidez e parto nas condições mais adequadas”. Seus objetivos são:

 Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;


 Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva;
 Reduzir a incidência das infecções sexualmente transmissíveis e as suas
consequências, nomeadamente a infertilidade;
 Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
 Permitir que o casal decida quando quer ter filhos, o número de filhos que
quer ter e o espaçamento entre eles;
 Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável;
 Melhorar a saúde sexual e reprodutiva do casal e o bem-estar da família.

Portanto, esses objetivos visam instruir a família da melhor maneira possível


quanto aos aspectos de gestão familiar nos aspectos já descritos.

II – O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE O PLANEJAMENTO FAMILIAR

1. A família e a procriação da espécie.

Em Atos 17.26, assim está escrito: “de um só fez todas as raças dos homens,
para habitarem sobre toda a face da Terra.”

Esse versículo é muito significante e diz respeito ao ato criador de Deus no


sentido de que a terra fosse povoada, através das relações sexuais afetuosas entre
um homem e uma mulher (Adão e Eva), constituindo, assim, aquela instituição que
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seria mais tarde chamada de família. Em falando de procriação, logo os nossos
sentidos, sobretudo o visual, recai em um texto deveras conhecido: “Então Deus os
abençoou e lhes disse: Crescei e Multiplicai-vos: ENCHEI a Terra” (Gênesis 1.28).
Algumas traduções dizem: “Sede fecundos”; outras dizem ainda: “Frutificai e
multiplicai-vos”.

Destarte, esta ordem dada ao primeiro casal que Deus formara, foi repetida,
após o Dilúvio, a Noé: “Deus abençoou Noé e seus filhos, e determinou-lhes: Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra (Gn 9.1)”. Repetiu essa ordenança a Noé e
a seus filhos mais adiante, “Quanto a vós, sede fecundos, multiplicai-vos, povoai a
terra e dominai-a!” (Gn 9.7).

Portanto, vemos o quanto Deus se preocupou e ainda se preocupa com


aqueles aos quais Ele ama, não deixando à mercê da solidão, pois o homem e a
mulher, e logo os seus filhos, foram constituídos para formarem uma família unida e
harmoniosa, segundo o mandamento divino, sob a bênção de uma nova aliança: “Eu
me voltarei para vós e vos farei crescer e multiplicar, e confirmarei minha Aliança
convosco”. (Lv 26.9 – contextualizado aqui!)

2. O Planejamento Familiar no Antigo Testamento.

Nesse contexto da Antiga Aliança, no que diz respeito ao planejamento


familiar, quanto ao se ter filhos, lemos em Salmos 127, versos 3 a 5, e constatamos
que os filhos são herança e também dádivas de Deus (Sl 128.3).

No verso quatro deste Salmos 27, notamos que os filhos são comparados a
“flechas nas mãos do guerreiro”, pois na antiguidade, ter muitos filhos era um sinal
de força e de prosperidade aos pais. Isso era mais forte e contundente ainda no que
diz respeito ao trabalho no campo – como base da agricultura familiar – até porque,
a ajuda da prole aumentava a produtividade do fazendeiro. Portanto, a aljava nesse
texto é um símbolo da bênção divina.

Logo, ser abençoado era sinal de que Deus se agradara desta família e era
um sinal de bênção no lar, dando à família motivo de orgulho junto à comunidade. A
porta (v. 5) era o local onde os anciãos – juízes da cidade –, se reuniam e os

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cidadãos se encontravam, para tratar de negócios e dos mais diversos assuntos (Rt
4. 1-12), e se este juiz tivesse muitos filhos, o seu respeito aumentava
consideravelmente.

Assim, como bem expressou o Pr. Elienai B. Batista: “Portanto, filhos não
chegam por meio de um processo mecânico, mas são uma dádiva na qual Deus está
plenamente envolvido”, e acrescenta: “Portanto, a mentalidade mundana, que vê os
filhos como problemas e impedimento à felicidade é contrária ao que Deus diz ser
Sua bênção.”

3. O Planejamento Familiar no Novo Testamento.

Segundos os estudiosos no assunto, quanto à natalidade, os aspectos


seguintes devem ser considerados:

a) A vontade de Deus. De uma maneira geral, o casal, pela união sexual,


poderá gerar filhos. É a vontade permissiva do Senhor. Como filhos de Deus, no
entanto, devemos estar acima de tudo, sujeitos à vontade diretiva do Senhor. Ele
nos guia pelo seu Espírito (Rm 8.14). Para ter filhos, o cristão deve buscar, por fé,
a direção de Deus e não apenas depender do instinto sexual.

b) Alimentação, saúde e educação digna. Da concepção ao parto, o novo ser


precisa ser bem alimentado, de modo a não se desenvolver com deficiências
orgânicas que ocasionam danos por toda a vida. Se um casal gera um filho
doente, por subnutrição, ou doença da mãe, vai fazê-lo sofrer. Filhos mal
educados tendem a se converter em pessoas prejudiciais à sociedade e, em
escândalo para a igreja do Senhor. Isso não glorifica a Deus. Em 1 Timóteo 5.8,
lemos: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua
família, negou a fé e é pior do que o infiel” (1 Tm 5.8). Esse cuidado tem seu
começo na gestação.

c) A abstenção permitida. A Bíblia admite a abstenção sexual do casal, “por


mútuo consentimento”, para que ambos se dediquem melhor à oração, num
período de tempo (1 Co 7.4,5).

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III – ÉTICA CRISTÃ E O LIMITE DO NÚMERO DE FILHOS.

1. A questão do fator de multiplicação.

No Antigo Testamento, como vimos, filhos era uma benção de Deus, algo
sagrado. Não ter filhos era sinal de infelicidade (Gn 30.1,23). Ter família numerosa
era sinal de benção. (1 Sm. 2.21). Filhos eram considerados presentes ou prêmios
da parte do Senhor (Sl. 127.3).
No Novo Testamento a natalidade é enaltecida. (Lc. 1.28;). Ter filhos também
é uma benção de Deus (Lc. 1.14). No Novo Testamento, também não há referência
expressa a ter ou não muitos filhos. Para ter filhos, cremos que o casal deve orar
muito, para que nasçam debaixo da benção de Deus. E, para não tê-los, deve orar
muito mais, para não contrariar a vontade de Deus. Devem ser considerados os
fatores de saúde, alimentação e educação (espiritual e secular), pois não é justo que
se tragam filhos ao mundo para vê-los subnutridos, mal educados e mal cuidados.
Isso não é sinal de amor.
Logo, não gerar filhos só porque a mãe não quer perder a esbelteza do corpo
(por “vaidade”), porque a vida está difícil ou porque o casal não quer ter muito
trabalho, deve repensar o conceito de família e de casamento. Quem pensa em
casar, deve antes preparar-se para isso, em todo o sentido.

2. A questão ética no planejamento familiar.

Além disso, o planejamento familiar também pode se tornar pecaminoso


quando fundamentado em motivos egoístas. Há casais que veem os filhos como
arruinadores do estilo de vida que julgam ser perfeito. Obviamente esse tipo de
conceito é completamente contrário à Palavra de Deus que enxerga os filhos como
um presente do Senhor. Considerando essas diretrizes, a ética cristã não se opõe ao
tipo de planejamento familiar que não distorce a instituição da família conforme os
princípios bíblicos.

6
CONCLUSÃO

Portanto, um planejamento familiar bem equilibrado dará ao casal condições


plenas e necessárias para se ter um verdadeiro equilíbrio na criação dos filhos, se
os mesmos tiverem, ou uma adequação melhor caso ainda pensem em tê-los

Louvemos ao Senhor, cantando o coro do Hino da Harpa Cristã de número


175:

No nome santo – alegre canto:


Eu fui lavado – Santificado;
Vivi perdido – Mas sou remido.
No nome santo de Jesus!

[Professor. Teólogo. Tradutor. Jairo Vinicius da Silva Rocha – Presbítero,


Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 26 de maio de 2018.

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