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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO


CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

BIOGRAFIA DE
LAURO CELESTINO VIEIRA FRANCO

ALIRIANE FERREIRA ALMEIDA


ANA CUNHA
JOSÉ ALEXANDRE FERRERIA
PRISCILA LOPES
COORDENADOR:
AUGUSTO MUNHOZ

Porto Alegre
2008
ALIRIANE FERREIRA ALMEIDA
ANA CUNHA
JOSÉ ALEXANDRE FERRERIA
PRISCILA LOPES
AUGUSTO MUNHOZ

BIOGRAFIA DE
LAURO CELESTINO VIEIRA FRANCO

Trabalho apresentado como requisito


parcial para avaliação da disciplina
BIB03016 Fontes Gerais de
Informação, ministrada pela
professora Jussara Pereira, do Curso
de Biblioteconomia da Faculdade de
Biblioteconomia e Comunicação da
Universidade Federal do Rio Grande
do Sul.

Porto Alegre
2008
RESUMO

Apresenta a biografia de Lauro Franco. Para tanto, faz um retrospecto da infância e


adolescência deste grande cidadão da cidade de Triunfo. Explica como se deu a
inserção de Lauro na vida pública do Município. Reconstitui o contexto político em que
se deu suas principais empreitadas. Aponta suas principais atividades culturais.
Descreve Lauro Franco em seu ambiente familiar. Reflete sobre a importância de suas
iniciativas para a comunidade. Relata o processo de criação deste trabalho, destacando
a coleta de informação através de fontes pessoais e institucionais.

PALAVRAS-CHAVES:
BIOGRAFIA. TRIUNFO. LAURO FRANCO.
ABSTRACT

This paper presents the biography of Lauro Franco. For this purpose, it provides a
retrospection of the childhood and teenage years of this man born in Triunfo. It explains
his involvement in the public life of his hometown. It rebuilds the political context of his
greatest enterprises and points out his most important cultural activities. It describes
Lauro Franco in his family environment. It reflects about the importance of his initiatives
towards the community. It is also reported the creation process of this paper, describing
the data collection from personal and institutional sources.

KEYWORDS:
BIOGRAPHY. TRIUNFO. LAURO FRANCO
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5
2. LAURO FRANCO: UM HOMEM À SOMBRA DE TRIUNFO ........................................... 6
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 10
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 11
APÊNDICE A ......................................................................................................................... 12
APÊNDICE B..................................................................................................................16
ANEXOS ................................................................................................................................ 17
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho visa apresentar a biografia de Lauro Celestino Vieira Franco, ou


simplesmente Lauro Franco, como assinava suas obras, sua importância para Triunfo
como poeta, homem público e suas grandes contribuições para a área social da cidade.
Uma pessoa apaixonada pela família e pela cidade, assim nos foi descrito.
Sempre lutou muito por seus objetivos, sendo o principal deles o progresso de Triunfo.
Muitos desses sonhos foram concretizados muito embora hoje em dia não estejam
exatamente nos moldes que Lauro sonhou.
Neste trabalho procuramos resgatar seu nome como uma figura revolucionária e
que sonhava alto em sua época mostrando não apenas o lado profissional desse
grande homem, mas também um pouco de seu lado pessoal e sua visão de mundo,
através de amigos, familiares e de seus poemas, que por si só já poderiam ser
considerados sua autobiografia.
2 LAURO FRANCO: um homem à sombra de Triunfo

“Fui parido em trinta e cinco,


Num berço-pobre-e-inacabado,
Cozinha-coberta-de-zinco...
Chão-batido, paiol do lado!...”
(FRANCO, 1988, p. 39)

Lauro Celestino Viera Franco (ANEXO A) nasceu em 23 de janeiro de 1935, filho


de Waldemar Goulart Franco e Adelaide Vieira Franco. Sobre seus primeiros anos de
vida suas impressões são melhores expressas no trecho de O GRITO (1988):

"Não foram uma infância e adolescência


regadas de conforto, de mimos, de
satisfações materiais, dos bafejos-da-
sorte... mas ainda assim, foi um começo de
existência que, apesar de rude e tosca às
vezes, de amargas outras tantas, de sofrida
de vez em quando, se permitisse o bom
Deus, eu me atreveria a viver de novo..."
(FRANCO, 1988 p.39)

Em 1941, Lauro Franco cursava o primeiro ano escolar quando uma enchente de
grandes proporções alagou a cidade, impossibilitando-o de freqüentar a escola no
restante daquele ano. O pânico causado na comunidade triunfense pela histórica cheia
dos rios marcou profundamente a infância do biografado, como pode ser observado em
O REINO DOS RATOS (1995), livro de contos autobiográficos que ele escreveria
quarenta e quatro anos mais tarde.
Em 1948, como era comum à época, seu pai o enviou para Porto Alegre a fim de
que estudasse no tradicional Colégio Cruzeiro do Sul. Foi na capital que surgiu o
interesse de Lauro Franco pelo estudo da língua portuguesa, fato que o acompanhou
quando de sua ida à General Câmara para freqüentar o ginásio em 1951 e o estimulou
a iniciar curso na Universidade de Bagé. Esse convívio com o meio acadêmico, se não
foi duradouro, serviu para alimentar o desejo de que sua comunidade também contasse
com uma universidade. Desde jovem, Lauro Franco pensava grande.
“Deixem o Triunfo crescer!...
É chegada a nossa vez,
Digo isto em Português,
É bem fácil de entender!...”
(FRANCO, 1988, p.29)

No ano de 1957, Lauro Franco foi nomeado tesoureiro da Prefeitura Municipal de


Triunfo, tendo sido promovido ao cargo de contador em 1960, função onde foi efetivado
após prestar concurso público. Dois anos mais tarde, presidiu o Clube Comercial
Centenário (ANEXO B) e decidiu abrir uma boate dentro do Clube, fato que causou
grande alvoroço na comunidade, devido principalmente ao conservadorismo da época.
Em uma de suas principais empreitadas pelo crescimento da cidade, no ano de
1967 Lauro Franco articulou um movimento juntamente com o PE. Clemente Hilleshein
e Wilibaldo Belírio Persch, objetivando a construção do Ginásio Comercial Bom Jesus.
Fazia parte de um plano para melhorar o setor de Educação do município. Através de
incentivo do Conselho Nacional de Escolas da Comunidade – Cnec, esse movimento
conseguiu a formação de turmas de 1ª a 4ª séries de ensino; as aulas ocorreram
primeiramente em prédio cedido pela prefeitura (ANEXO C). A primeira turma formou-se
em 1971.
Com o apoio da administração municipal e doação dos terrenos por parte de
Carlos Borba, da professora Cláudia Kolling e Dr. Wilson Dias Cunha, foi construído o
prédio próprio para a Escola Bom Jesus, na rua Marechal Deodoro da Fonseca, nº 385
(ANEXO D). O primeiro diretor da escola foi Padre Clemente Hilleshein; Lauro Franco
exerceu a função entre 1974 e 1975. A escola passou a oferecer cursos de 2º grau a
partir de 1977, encerrando suas atividades em 2005.

“Se usarmos o Bom Senso,


O trabalho se torna imenso,
Quem ganha é a Comunidade...
Fique então conscientizado
Que com tudo simplificado,
Haverá mais prosperidade!...”
(FRANCO, 1988, p.29)

O forte carisma e o histórico de trabalhos em prol da cidade fizeram com que


Lauro Franco fosse eleito vereador em 1972 pela Aliança Renovadora Nacional, em
uma época em que vereadores não eram remunerados. Ao final dos anos 70, o biografo
foi morar novamente em Porto Alegre, para realizar atividades junto ao DEMHAB.
Retornando a sua terra no início das anos 80 ele exerceu as funções de Secretário
Municipal de Planejamento e Secretário de Divulgação, Desporto e Turismo. Foi eleito
vereador ainda mais uma vez, em 1982.

“Nos debates-de-história,
Um revivar-a-nossa-glória,
Pois tudo, enfim, se aguça:
As artes plásticas, a pintura...
Já tivemos o trem-da-cultura,
E agora?... a Escaramuça!...”
(FRANCO, 1988, p. 23)

Apaixonado pelo cancioneiro local, sempre usou de sua influência como homem
público para viabilizar projetos culturais. Em 1985, por exemplo, ano do
sesquicentenário da Revolução Farroupilha, teve papel preponderante na criação do
Centro Cultural Qorpo Santo. Foi Lauro Franco o principal parceiro de Egídio Maia na
criação da 1ª Escaramuça da Canção Gaudéria (ANEXO E), festival de músicas
tradicionalistas com grande repercussão que ocorreu no CTG Querência Farroupilha,
no Estaleiro. Foi idealizador do Festival de Músicas Populares de Triunfo - MPT,
organizado pelo Centro Cultural Qorpo Santo (ANEXO F).
Ainda na área musical, homenageou um dos grandes músicos de Triunfo,
Bertulino Silva, com o “Projeto Tula”, onde convidados faziam apresentações no Clube
Comercial Centenário e em outras entidades. Exercendo a presidência do Centro, em
1989 e 1990, criou o “Prata da Casa”, festival direcionado a valorizar intérpretes de todo
o município com edições em diversas localidades. Organizou ainda diversos saraus de
poesia e mostras de fotografia.
"Qual a definição deste "entre-nascer-e-morrer"?
Um continente de angústia, de amargura, de dor, de prazer,
de euforia, de afeto, de amor! Mas... e o além?!...
esperem pra ver?!..."
(FRANCO, 1988, p. 59)

Lauro Franco faleceu em 03 de fevereiro de 1998, vítima de problemas cardíacos


que, segundo os que com ele conviveram, tiveram origem nas duras batalhas que
travou em sua vida pública, em um município onde até pouco tempo se vivia um
contexto político baseado no “coronelismo”. Foi sepultado num dos Cemitérios da
cidade que tanto amava (ANEXO G,H e I).

“As minhas preposições no sentido de se ultrapassar as barreiras


foram, sempre, ignoradas ou engavetadas. O mesmo, aliás, aconteceu
com o trabalho de motivação e mobilização que eu esboçara, no início
de 85, com vistas à deflagração dum processo de industrialização do
Município.”
(FRANCO, 1988, p. 28)

Além de suas atividades já descritas, Lauro Franco sempre foi um crítico


fervoroso do que considerava errado na administração de Triunfo e sempre fez questão
de expor a sua opinião nos meios de comunicação. Já citados anteriormente, ele
publicou um livro e reuniu algumas crônicas noutro, que não chegou a ser editado.
O livro O GRITO (1988), praticamente autobiográfico, mostra diversos aspectos
de sua forte personalidade e, em O REINO DOS RATOS (1995), as críticas políticas e
desabafos pessoais são predominantes. Também tem destaque em suas publicações o
seu periódico O Recado (ANEXO J), onde contava aos leitores sobre seus sonhos,
indignações, repúdios e felicidades.
Segundo as pessoas próximas, a grande frustração de sua vida foi nunca ter sido
Prefeito da cidade pela qual tanto lutou.
Um capítulo à parte, que melhor retratado ficará apenas na memória dos mais
íntimos é Lauro Franco no seio de sua família, junto à sua esposa Elária Franco
(ANEXO L), com quem se casou nos anos 60 (ANEXO M), seus filhos, Maria de Fátima,
Maria Goreti e Marcos Renan, e de suas netas. Os relatos são de um marido exemplar
que, com defeitos e qualidades, era o conjunto perfeito. Um pai dedicado, que adorava
estar na companhia dos filhos, com seu filho Marcos, por exemplo, a diversão preferida
era o futebol, tinha grande estima por esse esporte e uma de suas paixões sem dúvida
alguma foi o Sport Club Internacional, clube de futebol porto-alegrense.
Também não dispensava o “café da tarde” de todos os dias, chegando no
horário, era um momento de entrosamento com a família e também amigos.
Seus olhos viam a poesia em tudo, e seu dom da escrita transformava em
poema qualquer movimento da esposa ou acontecimento relacionado a ela (um dos
temas marcantes foram suas flores) poemas estes que estão guardados até hoje, no
papel, e no coração. Assim foram os anos que passaram juntos na casa onde ate hoje
Elária Franco reside (ANEXO N).
Lauro Franco recebeu homenagens póstumas da administração municipal
(ANEXO O) e da comunidade de Triunfo onde inclui-se criação do Centro de Eventos
Lauro Franco (ANEXO P), que integra o patrimônio do Parque Camboatá, local onde
ocorre o tradicional Rodeio Estadual (já em sua 15ª edição) e a Escaramuça da Canção
Gaudéria (já em sua 16ª edição).
3 CONCLUSÃO

Lauro Celestino Vieira Franco deixou para a população de Triunfo um grande


exemplo de luta, foi um homem de personalidade forte que nunca mediu esforços em
prol do que acreditava, mesmo que fosse tachado muitas vezes por “revolucionário”.
Foi um pai, marido e avô exemplar que colocava a família como base de sua
vida. Esperamos que seja sempre lembrado por toda a população da cidade, sobretudo
por suas marcas deixadas e agora resgatadas, humildemente, nesse trabalho.
FONTES CONSULTADAS

FRANCO, Lauro. O Grito - prosa o verso. Triunfo: [s.n.], 1988.

FRANCO, Lauro. O Reino dos Ratos. Triunfo: [s.n.], 1995.

AVALONI, Paulo. Lauro Franco. Entrevistador: Augusto Munhoz. Triunfo, 02 de


outubro 2008.

FRANCO, Elária. Lauro Franco. Entrevistadores: Augusto Munhoz, Aliriane Almeida.


Triunfo, 02 de outubro 2008.

Biblioteca Pública Coronel João Maria


Endereço: Rua Demétrio Ribeiro, 40
Triunfo – RS – Brasil

Secretaria de Turismo de Triunfo


Endereço: Rua Flores da Cunha, 273.
Triunfo – RS – Brasil

Cemitério Repouso de Triunfo.


Triunfo – RS – Brasil
ANEXO 1 - 13
ANEXO A – Lauro Celestino Vieira Franco

ANEXO B - Sede do Clube Comercial onde criou uma boate na década de 70.
ANEXO C - Escola Professor Afonso Machado Coelho: onde, em salas cedidas,
começava a funcionar o Ginásio em Triunfo.
ANEXO D - Parte da atual Escola Qorpo Santo para onde o Ginásio foi transferido
posteriormente (antiga Escola Bom Jesus)
ANEXO E - Primeiro Escaramuça, onde foi um dos fundadores

ANEXO F - Primeiro Festival de música de Triunfo, o MPT.


ANEXO G, H, I- Cemitério Repouso onde Lauro Franco foi sepultado e sua lápide.
ANEXO J - Periódico semanal de Lauro Franco, O Recado. Edição N°: 19 de 29/03
a 04/04/1986
ANEXO L - Dona Elária, viúva de Lauro Franco. À frente, Lauro Franco aos 17 anos.

ANEXO M – Foto de casamento de Lauro e Elária


ANEXO N - Casa onde viveu Lauro Franco e família e onde reside sua viúva

ANEXO O - Diploma de reconhecimento da Câmara Municipal de Vereadores da


cidade de Triunfo
ANEXO P - Centro de eventos “Lauro Franco”.

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