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Aviso legal: Este é um modelo inicial que deve ser adaptado ao caso concreto por profissional habilitado.

Verifique sempre a
vigência das leis indicadas, a jurisprudência local e os riscos de improcedência. Limitações de uso: Você NÃO PODE revender,
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cliente final.
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AO JUÍZO DA ________ VARA DO TRABALHO DE ________

Processo Nº ________

________ , já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem à


presença de Vossa Excelência, por seu representante constituído propor

CONTESTAÇÃO

Em face da Reclamação Trabalhista movida por ________ , igualmente


qualificado, pelos fatos e motivos a seguir dispostos:

PRELIMINARES
1. DA IMEDIATA APLICAÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA

Inicialmente insta consignar que a Lei 13.467/2017, que instituiu a Reforma


Trabalhista, deve ter imediata aplicação nos contratos vigentes conforme clara redação da MP
808/17 em seu Art. 2º:

Art. 2º O disposto na Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, se


aplica, na integralidade, aos contratos de trabalho vigentes.

Assim, não obstante tratarmos de contratos firmados preteritamente à norma, são de trato
sucessivo, submetendo-se de forma imediata ao novo regramento vigente.

A doutrina ao avaliar o tema, destaca sobre a sua imediata aplicabilidade a partir da data de
sua vigência:

"(i) Quanto às regras de Direito Material do Trabalho, o


início de sua aplicação deve ser considerado, de fato, em
11.11.2017, visto que não há qualquer ressalva legal ou regra de
transição exposta na Lei 13.467/2017, aplicando-se normalmente o
artigo 6º, caput, da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro
(LINB)" (FREITAS, Cláudio Victor de Castro. A reforma trabalhista e o
direito intertemporal. In Desafios da reforma trabalhista. Revista dos
Tribunais, 2017. p. 43)

Neste aspecto, importante a transcrição da base legal sobre esta aplicabilidade:

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato


jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (LINB)
Razão pela qual, as normas instituídas pela Lei 13.467/2017 devem ter imediata
aplicabilidade, em especial a aplicação de sucumbência, honorários sobre as parcelas
improcedentes (Art. 791-A), e, sobre os honorários periciais (Art. 790-B CLT), conforme
precedente sobre tema:

HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA.


O deferimento do benefício da gratuidade da justiça não
implica, por si só, a isenção dos honorários periciais. A
responsabilização do sucumbente pelo pagamento dos honorários periciais
não viola o art. 790-B da CLT, a Portaria GP 443/2013 e a Súmula 457 do
TST, pois cabe ao magistrado, conforme o caso, isentar a parte de algum
ou de todos os atos processuais (inteligência dos §§ 2º e 5º, do art. 98, do
NCPC). Medida que não fere o direito ao livre e amplo acesso à Justiça e
conscientiza o postulante de que o direito de ação não pode ser exercido de
forma irresponsável, desnudo de consequências. (TRT-12 - RO:
00006521420145120019 SC 0000652-14.2014.5.12.0019, Relator: HELIO
BASTIDA LOPES, SECRETARIA DA 3A TURMA, Data de Publicação:
16/11/2017)

Razão pela qual, requer a aplicação imediata das normas instituídas pela Reforma
Trabalhista.

2. DA PRESCRIÇÃO BIENAL

Inicialmente insta consignar que a presente ação foi proposta apenas em


________ . Assim, considerando que o início do prazo prescricional/decadencial, nos termos
do art. 11, da CLT, iniciou em ________ , data em que ocorreu o término da relação de
contrato, tem-se, portanto, configurada a prescrição do objeto.

Proposta a reclamação trabalhista mais de dois anos após a extinção


do contrato, deve ser declarada a prescrição extintiva. Recurso a
que se nega provimento. (TRT-1 - RO: 00013408920135010512 RJ,
Relator: Luiz Alfredo Mafra Lino, Quarta Turma, Data de Publicação:
23/01/2018)

Insta consignar ainda que o Reclamante não logrou comprovar a identidade de


causa de pedir e pedidos entre as reclamatórias propostas, não podendo se considerar
interrupção do prazo prescricional:

PRESCRIÇÃO TOTAL. CONFIGURAÇÃO. ARQUIVAMENTO DE AÇÕES


ANTERIORES. INEXISTÊNCIA DE PROVA DA IDENTIDADE DOS
PEDIDOS. Embora a reclamante tenha alegado na petição inicial que o
presente processo deveria correr por dependência aos processos nº
0000969-63.2012.5.06.0014 e 0000004-51.2013.5.06.0014, os quais
foram extintos sem resolução do mérito em virtude do não
comparecimento da autora à audiência de conciliação, não cuidou em
juntar aos autos as peças preambulares daquelas ações de modo que fosse
possível averiguar se os pedidos ali são idênticos aos desta reclamação
trabalhista. Isso porque, nos termos da Súmula 268, do C. TST, "A ação
trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição
somente em relação aos pedidos idênticos". (grifo inexistente no
original). Recurso ordinário a que se nega provimento. (TRT-6 - RO:
00001667520155060014, Data de Julgamento: 19/01/2018, Terceira
Turma)

PRESCRIÇÃO BIENAL. CAUSA INTERRUPTIVA RECLAMAÇÃO


TRABALHISTA ANTERIOR ARQUIVADA. SÚMULA 286, DO TST.
AUSÊNCIA DE PROVA DA IDENTIDADE DOS PEDIDOS
VEICULADOS NAS RECLAMAÇÕES. Uma vez que o autor não
cuidou de carrear documentação mínima capaz de demonstrar a
identidade de pedidos entre a primeira reclamação, ajuizada dentro do
prazo prescricional, e a segunda, manejada após o transcurso do biênio
contado da rescisão contratual, encargo que lhe competia, a teor do
preconizado nos termos do art. 818 , consolidado e 333 , inciso I , do CPC ,
não há que falar em interrupção do prazo prescricional previsto
no art. 7º , XXIX da Constituição Federal de 1988. (TRT7 RO
00004455620155070039 21/07/2016 Relator PLAUTO CARNEIRO
PORTO)
Portanto, configurada a prescrição bienal.

3. DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Conforme relacionado na inicial, o reclamante intenta pleitear verbas que julga


devidas datadas de ________ , ou seja, com prazo superior ao limite prescricional.

A redação da Constituição Federal, em seu art. 7º, XXIX dispõe que é assegurada a
ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos.

Ou seja, não há que se falar em viabilidade de análise de verbas trabalhistas de


mais de 5 anos:

REENQUADRAMENTO - PRESCRIÇÃO TOTAL - O enquadramento


do empregado em plano de cargos e salários constitui ato único
do empregador, sendo passível de prescrição total, conforme
orientação traçada pela Súmula 275, II, do TST. Ajuizada a ação quando já
ultrapassados mais de cinco anos das lesões aduzidas, impõe-se declarar
fulminados pela prescrição os direitos reivindicados pela autora. Recurso
improvido, no aspecto. (Processo: RO - 0001590-76.2015.5.06.0007,
Redator: Milton Gouveia da Silva Filho, Data de julgamento: 24/01/2018,
Segunda Turma, Data da assinatura: 25/01/2018)

Requer, portanto, o reconhecimento da prescrição quinquenal dos pedidos


anteriores a ________ , com fundamento no art. 7º, inc. XXIV, CFRB/88, com a extinção do
processo com resolução do mérito sobre esses pedidos.

4. DA INEXISTÊNCIA OU NULIDADE DA CITAÇÃO


Nos termos do art. 238 do CPC, a Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o
executado ou o interessado para integrar a relação processual, indispensável para a validade do
processo, conforme leciona a doutrina:

"A citação é indispensável para a validade do processo e


representa uma condição para concessão da tutela jurisdicional,
ressalvadas as hipóteses em que o processo é extinto sem afetação
negativa da esfera jurídica do demandado (indeferimento da petição
inicial e improcedência liminar). Não se trata de requisito de existência
do processo. O processo existe sem a citação: apenas não é válido, acaso
desenvolva-se em prejuízo do réu sem a sua participação." (MARINONI,
Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo
Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017.
Vers. ebook. Art. 239)

Da irregular citação por edital

Todavia, o Contestante teve conhecimento da presente ação apenas quando


________ . Ou seja, não foi regularmente citado nos termos da lei. Afinal, a lei autoriza a
citação por edital somente nos casos expressos no art. 256, o que não foi observado, devendo ser
considerada nula a citação realizada:

APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO. NULIDADE. CITAÇÃO POR


EDITAL. NECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DOS MEIOS DE
LOCALIZAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS REGISTRAIS PARA CITAÇÃO.
DESCONSTITUIÇÃO DA SENTENÇA. Acolho a arguição do Ministério
Público de ausência do esgotamento das tentativas de citação dos
proprietários registrais. A citação por edital, por ser medida excepcional,
subordina-se ao exaurimento dos meios acessíveis à localização dos réus.
Nulidade da citação por edital relizada antes do esgotamento
das tentativas de localização da parte ré, não esclarecido nem sequer
se houve, ou não, o falecimento dos proprietários registrais do imóvel.
Precedentes jurisprudenciais. DESCONSTITUÍRAM A SENTENÇA.
UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70073870446, Vigésima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Glênio José Wasserstein Hekman,
Julgado em 11/10/2017).

Assim, conforme previsão do art. 239, §1º, o prazo de contestação passa a fluir do
comparecimento espontâneo do réu, devendo serem aceitas as razões de defesa aqui dispostas.

Da nulidade da citação

O Código de Processo Civil dispõe claramente a exposição de situações em que a


citação não devem ocorrer:

Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo
grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV de doente, enquanto grave o seu estado.

Assim, considerando que a citação ocorreu em ________ , por pessoa sem


qualquer poder dentro da empresa, deve ser reconhecida a nulidade da citação, para fins de ser
considerada somente em ________ , momento em que findou o prazo previsto no Art. 239.

Desta forma, requer seja reagendada nova audiência e aceitas as razões abaixo
trazidas.

5. DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL

Apesar de mais flexível, a inicial trabalhista deve revestir-se de no mínimo condições


claras à compreensão do dissídio, nos termos do ARt. 840, §1 das CLT, in verbis:

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a


qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o
dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de
seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

Dessa forma, considerando que a petição inicial deixou de apresentar os cálculos


discriminados de todas as verbas pleiteadas, deixou de apresentar PEDIDO CERTO,
DETERMINADO e com o VALOR pleiteado.

A Reclamante deixou de indicar ainda ________ , em claro descumprimento ao


previsto no dispositivo legal, razão pela qual, deve ser imediatamente extinta sem julgamento do
mérito, conforme precedentes sobre o tema:

PRELIMINAR DE INÉPCIA RECONHECIDA DE OFÍCIO. A autora


requer que a reclamada seja condenada a autorizar e custear "TODO O
TRATAMENTO MÉDICO LABORATORIAL-HOSPITALAR
DECORRENTE DA NEOPLASIA DA AUTORA". Ante a sua
generalidade, todavia, é de se reconhecer a inépcia do pedido, a
teor do disposto no art. 330, I, § 1º, II, do CPC, de aplicação
subsidiária por força do disposto no art. 769, da CLT. Vale registrar que,
embora o art. 840, da CLT, com a redação vigente ao tempo do
ajuizamento da presente reclamação trabalhista, exigisse apenas uma
breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, a dedução de pedido
genérico, no presente caso, impede um pronunciamento judicial específico,
sendo certo que a decisão não pode ser indefinida. (TRT-21 - RTOrd:
00009353120175210003, Data de Julgamento: 19/01/2018, Data de
Publicação: 19/01/2018)
RECURSO DE APELAÇÃO – AÇÃO DE PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
(RECLAMAÇÃO TRABALHISTA) – DIREITO ADMINISTRATIVO -
SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL – CONTRATO ADMINISTRATIVO
TEMPORÁRIO - AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS – PRETENSÃO À
REINTEGRAÇÃO AO CARGO E RECEBIMENTO DAS VERBAS
REMUNERATÓRIAS PREVISTAS NA CLT – INÉPCIA DA PETIÇÃO
INICIAL - IMPOSSIBILIDADE – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DE MÉRITO. 1. A hipótese é de contrato administrativo,
visando o atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse
público, com fundamento na Lei Municipal nº 10.793/89. 2. Contratação
submetida ao regime estatutário. 3. Impossibilidade de adimplemento das
verbas remuneratórias previstas na CLT, cujo regime jurídico é diverso da
contratação. 4. Inépcia da petição inicial, caracterizada e
reconhecida. 5. Processo, julgado extinto, sem resolução de mérito, ante
a ocorrência de inépcia da petição inicial. 6. Sentença, ratificada. 7.
Recurso de apelação, apresentado pela parte autora, desprovido. (TJ-SP -
APL: 00366486320138260053 SP 0036648-63.2013.8.26.0053, Relator:
Francisco Bianco, Data de Julgamento: 30/06/2017, 5ª Câmara de Direito
Público, Data de Publicação: 30/06/2017)

INÉPCIA DA INICIAL. A ausência de indicação do horário de trabalho, em


inicial de reclamação trabalhista em que se pleiteia o pagamento de
diferenças de horas extras, acarreta a inépcia do pedido e impõe, quanto a
este, a extinção do feito sem análise do mérito, a teor dos artigos 319, III e
IV, 330, I, e 485, I, todos do novo CPC. (TRT-1 - RO:
00100460320145010035, Relator: CARLOS HENRIQUE
CHERNICHARO, Data de Julgamento: 25/01/2017, Quarta Turma, Data
de Publicação: 03/02/2017)

Portanto, diante da ________ requer a declaração de INÉPCIA DA INICIAL

6. DA PEREMPÇÃO

A Perempção é a perda do Direito de Ação do Autor de demandar acerca do mesmo


objeto da ação, quando o mesmo abandona o processo por três vezes.

Assim, considerando que o Autor deu causa, por 3 (três) vezes a sentença fundada em
abandono da causa (Processos nº ________ ), não poderá propor nova ação contra o réu com
o mesmo objeto, nos termos do §3º do Art. 486 do CPC. Decisões que certificam o abandono das
ações

7. DA LITISPENDÊNCIA

Ocorre a litispendência quando a mesma ação é proposta repetidamente pelo Autor, ou


por ter o indeferimento da liminar ou mesmo querer escolher o julgador, o que é vedado pelo
CPC nos termos do §1º, Art. 337. Portanto, considerando que estamos diante da repetição da
ação nº ________ , cujas partes, pedido e causa de pedir são as mesmas, tem-se a necessária
declaração de litispendência.

Cópia da inicial e andamentos do primeiro processo

8. DA COISA JULGADA

Cumpre destacar que estamos diante de uma ação cujo objeto é a ________ .
Ocorre que referido pedido já foi indeferido em idêntica ação transitada em julgado sob nº
________ . Portanto, tem-se configurada Coisa Julgada não passível de nova análise judicial.

Cópia da inicial, decisão e trânsito em julgado da primeira ação

9. DA CONEXÃO

Nos termos do CPC em seu Art. 55., reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações
quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. Assim, considerando a similitude destes
elementos com a ação nº ________ , tem-se configurada a Conexão.
Cópia da inicial e andamentos da primeira ação

10. DA INCAPACIDADE DA PARTE, DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO


OU FALTA DE AUTORIZAÇÃO

Conforme previsto no §1º do art. 447, não poderia o Réu ser considerado citado,
pois enquadra-se no inciso ________ do referido artigo. Afinal, trata-se de pessoa natural
incapaz não podendo responder sem a devida representação.

11. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO CONTESTANTE

Pelos fatos narrados na inicial, resta demonstrado que ________ .

Assim pelas alegações da inicial, conclui-se que referem-se a atos praticados por
pessoa jurídica de direito privado e não por pessoa física da Contestante, ou, distinta do
Contestante.

Ou seja, a ação deve ser proposta contra ________ .

Trata-se, portanto, de mais um elemento que contribui para o imediato


indeferimento da petição inicial.

12. CARÊNCIA DA AÇÃO – DA FALTA DE INTERESSE DE AGIR

O artigo 17 do CPC dispõe claramente que “para postular em juízo é necessário ter
interesse e legitimidade”. É de ressaltar que a Autora, segundo os termos da inicial, pretende
________ . Todavia, deixou de juntar elemento indispensável à prova de seu interesse de agir,
qual seja o ________ .
Assim, nos termos do Art, 330, a petição será indeferida quando o Autor carecer do
interesse processual. Para tanto, precisa demonstrar claramente a utilidade, necessidade e
adequação da ação, o que somente seria demonstrado por meio de ________ .

Afinal, se o interesse do Autor fosse legítimo, teria ao menos juntado ao processo


________ .

Resta, portanto, caracterizada a carência da ação aqui contestada, uma vez que a
ação proposta pelo Autor não demonstra o seu interesse de agir e o seu interesse processual de
litigar com a Contestaste, constituindo-se a inicial em lide temerária, motivo suficiente para ser
declarada a carência da ação proposta.

13. DA INDEVIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE


DE JUSTIÇA

Pelo que se depreende da documentação juntada à inicial, o Autor apenas declarou


ser pobre nos termos da lei para auferir os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita.

A Lei 13.467/17 que instituiu a Reforma Trabalhista, ao alterar o Art. 790, trouxe
critérios mais objetivos à concessão da Gratuidade de Justiça:

§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais


do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos,
àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.

§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar


insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.” (NR)
Ou seja, o benefício da justiça gratuita somente será concedido quando
evidenciado que o salário é igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do RGPS (o
que em 2017 é o valor de R$ 2.212,52), ou diante da demonstração de insuficiência de recursos
para pagamento das custas do processo.

No presente caso, não há qualquer prova dos requisitos acima elencados, e bem
pelo contrário, há inúmeras evidências de que o Reclamante tem condições de pagar as custas,
tais como ________ .

Portanto, deve ser revogada a concessão da gratuidade de justiça, conforme


precedentes sobre o tema:

GRATUIDADE DA JUSTIÇA - Necessidade de comprovação de


insuficiência de recursos - Não demonstração - Precedentes do STF
e STJ - Recurso desprovido. (TJ-SP 21850862020178260000 SP
2185086-20.2017.8.26.0000, Relator: Alcides Leopoldo e Silva Júnior, 2ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 18/01/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO


ESPECIFICADO. GRATUIDADE DA JUSTIÇA. A declaração de
insuficiência prevista no § 3º do art. 99 do CPC/2015 implica presunção
relativa, motivo pelo qual o pedido de gratuidade da justiça pode ser
indeferido, sobretudo se houver nos autos elementos que evidenciem a
falta dos pressupostos legais para a concessão (art. 99 , § 2º , do
CPC/2015 ). No caso concreto, a conclusão é no sentido de que a
parte-agravante possui condições financeiras de suportar as
despesas processuais e os honorários advocatícios. Benefício
indeferido. Decisão mantida. AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70076454719, Décima Nona
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antonio Angelo,
Julgado em 22/01/2018).
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO.
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA. IMPOSTO DE RENDA. RETENÇÃO
HOMOLOGADA NA JUSTIÇA DO TRABALHO. COISA JULGADA.
GRATUIDADE DA JUSTIÇA. REVOGAÇÃO. POSSIBILIDADE.
PARTE QUE AUFERE RENDIMENTOS INCOMPATÍVEIS COM A
BENESSE. RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO. (Apelação Cível Nº
70075196634, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Marilene Bonzanini, Julgado em 26/10/2017).

Ao disciplinar sobre o tema, grandes doutrinadores sobre o tema esclarecem:

"Havendo dúvidas fundadas, não bastará a simples declaração,


devendo a parte comprovar sua necessidade (STJ, 3.ª Turma. AgRg no
AREsp 602.943/SP, rel. Min. Moura Ribeiro, DJe 04.02.15). Já
compreendeu o Superior Tribunal de Justiça que “Por um lado, à luz da
norma fundamental a reger a gratuidade de justiça e do art. 5º, caput,
da Lei n. 1.060/1950 – não revogado pelo CPC/2015 –, tem o juiz o
poder-dever de indeferir, de ofício, o pedido, caso tenha
fundada razão e propicie previamente à parte demonstrar sua
incapacidade econômico-financeira de fazer frente às custas
e/ou despesas processuais. Por outro lado, é dever do magistrado, na
direção do processo, prevenir o abuso de direito e garantir às partes
igualdade de tratamento” (STJ, 4ª Turma. RESp 1.584.130/RS, rel. Min.
Luis Felipe Salomão, j. 07.06.2016,DJe 17.08.2016)."(MARINONI, Luiz
Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código
de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers.
ebook. Art. 99)

Ademais, insta registrar a vida abastada conduzida pelo Autor conforme provas
que faz em anexo, devendo ser revista a concessão do benefício da AJG.

Prova das condições financeiras do Reclamante


MÉRITO

A Reclamada impugna todos os fatos articulados na inicial, esperando a


IMPROCEDÊNCIA DA RECLAMAÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos:

14. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO SÓCIO RETIRANTE

Não há que se falar em legitimidade passiva dos sócios quando ainda é possível
direcionar eventuais encargos trabalhistas aos sócios responsáveis subsidiários.

Note-se que além da empresa como responsável principal pelo encargo, esta ação
deve repercutir ainda sobre a empresa ________ como responsável subsidiária. Trata-se de
posicionamento firmado que deve prevalecer:

MUNICÍPIO. CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE


SATISFAÇÃO DO DÉBITO TRABALHISTA PELO DEVEDOR PRINCIPAL.
EXECUÇÃO IMEDIATA DO DEVEDOR SUBSIDIÁRIO. Frustrada a
execução em face do devedor principal, o juiz deve direcioná-la contra o
subsidiário, não havendo amparo jurídico para a pretensão de
prévia execução dos sócios ou administradores daquele (Súmula 12,
deste Regional). (TRT-1 - AP: 00001401620145010511 RJ, Relator: Maria
Aparecida Coutinho Magalhães, Oitava Turma, Data de Publicação:
23/01/2018)

Ademais, não há qualquer evidência que a transferência de quotas pudesse indicar


alguma fraude passível de nulidade, sendo indevido o redirecionamento.

Afinal, a certidão emitida pela Junta Comercial que junta em anexo, confirma que
o Contestante deixou de figurar como sócio da empresa mais de ________ meses antes da
admissão do Reclamante.

Por outro lado, inexiste qualquer indício ou comprovação de que sua saída do
quadro societário tenha sido fraudulenta, ou de que, apesar da transferência de cotas, o ex-sócio
tivesse alguma ingerência na administração da sociedade.

EMENTA: EXECUÇÃO. EX-SÓCIO. AUSÊNCIA DE FRAUDE NA


TRANSFERÊNCIA DE COTAS. IMPOSSIBILIDADADE. Inexistindo nos
autos qualquer comprovação de que as alterações societárias tenham sido
fraudulentas, ou de que, apesar da transferência de cotas, o ex-sócio
tivesse alguma ingerência na administração da sociedade, não se pode
considerá-lo como co-responsável pela execução de dívida
trabalhista contraída pela sociedade em época que ele não a
integrava. (TRT-1 - AP: 01588001420095010017 RJ, Relator: Rildo
Brito, Terceira Turma, Data de Publicação: 24/01/2018)

Por fim, insta destacar que a desconsideração da personalidade jurídica, mediante


a instauração de incidente previsto nos arts. 133 a 137 do NCPC, aplicáveis ao processo do
Trabalho por força da IN 39/2016-TST, deve alcançar primeiro os atuais sócios da empresa, não
podendo ser efetivada, sem qualquer critério, em relação ao sócio retirante, ainda mais quando
não fazia parte à época do contrato de trabalho ora questionado.

A doutrina ao disciplinar sobre o tema destaca:

"A partir da vigência da reforma, altera-se a regra anterior sendo


necessário que se obedeça a disposição legal: o sócio que se retira e
averba a alteração do contrato social, responderá subsidiariamente pelo
prazo de dois anos, contados a partir da publicação da averbação do
contrato social alterado. Observe que o legislador, ainda, estabelece que
sua responsabilidade está restrita ao período em que figurou como sócio
o que quer dizer que, se a dívida por qual é demandado nasceu em
período que já não compunha mais os quadros da sociedade, não terá
qualquer responsabilidade sobre ela. Passado este prazo, de natureza
decadencial, não poderá mais ser acionado."(NAHAS, Thereza, O novo
direito do trabalho: institutos fundamentais. São Paulo: Editora RT, 2017.
p. 80.)

Afinal, não há que se responsabilizar aquele que não contribuiu para a criação do
débito, como bem sinalizado por Areaken de Assis ao lecionar sobre o tema:

"Não é possível, ante a natureza ou a grandeza do privilégio do crédito


(v.g., o crédito trabalhista), estender a responsabilidade a todo e
qualquer sócio minoritário, que jamais interferiu ou
comandou, à distância ou por interposta pessoa, as operações sociais."
(in Manual da Execução. Ed. RT, 2017. Versão ebook, 40.5.1
Responsabilidade secundária direta do sócio)

Portanto, diante das razões aqui dispostas, tem-se por suficientemente


demonstrada a ilegitimidade passiva do sócio, devendo ser arquivado de plano a ação em
relação a ele.

15. DA DESCONSIDERAÇÃO DE PERSONALIDADE JURÍDICA

Totalmente descabido o pedido da desconsideração da personalidade jurídica


quando não presentes os requisitos legais para a sua ocorrência.

O artigo 50 do Código Civil dispõe claramente a necessária observância dos


requisitos previstos para a sua concessão:

Art. 50 . Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado


pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz
decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Assim, não ocorrendo os presentes requisitos não há que se falar na


desconsideração da personalidade jurídica sob pena de grave afronta à legalidade, uma vez que
trata-se de excessão admitida somente em casos extremos, conforme assevera a doutrina:

"Tratando-se de regra de exceção, de restrição ao princípio da


autonomia patrimonial da pessoa jurídica, a interpretação que melhor se
coaduna com o art. 50 do Código Civil é a que relega sua aplicação a
casos extremos, em que a pessoa jurídica tenha sido
instrumento para fins fraudulentos, configurado mediante o desvio
da finalidade institucional ou a confusão patrimonial” (STJ, 2.ª Seção.
EREsp 1.306.553/SC, rel. Min. Maria Isabel Gallotti. DJe 12.12.14)."
"(MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO,
Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos
Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 133)

Ademais, insta consignar que ainda restam bens a ser penhorados em nome do
devedor subsidiário antes ainda dos sócios, conforme precedentes sobre o tema:

A desconsideração da personalidade jurídica é medida


excepcional e está subordinada à comprovação do abuso da
personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade
ou pela confusão patrimonial. 2. “O encerramento das atividades ou
dissolução, ainda que irregulares, da sociedade não são causas, por si só,
para a desconsideração da personalidade jurídica, nos termos do Código
Civil” (EREsp 1306553-SC, rel. Min. Maria Isabel Gallotti, 2.ª Seção, j.
10.12.2014, DJe 12.12.2014). 3. Agravo regimental não provido (STJ, 3.ª
T., AgRg no AREsp 584195-RJ, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, DJUE
4.8.2015).
AGRAVO DE PETIÇÃO. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA DO DEVEDOR PRINCIPAL. A desconsideração da
personalidade jurídica é medida extrema e excepcional,
aplicada somente quando se verifica a impossibilidade de
pagamento do débito pelos responsáveis principais, entre os
quais está inserido o devedor subsidiário. Recurso conhecido e não
provido. (TRT-11 00011834320125110005, Relator: EULAIDE MARIA
VILELA LINS, Gabinete da Desembargadora Valdenyra Farias Thome,
Data de Publicação: 03/10/2017)

AGRAVO DE PETIÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.


DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. Existindo
responsável subsidiário, devidamente reconhecido no título judicial e
passível de garantir o crédito devido nos autos, não há que se falar em
execução dos bens dos sócios da devedora principal, eis que a teoria da
desconsideração da personalidade jurídica não pode ser alegada em
proveito de quem também é devedor na obrigação, ainda que de forma
subsidiária. (TRT-20 00003658820165200009, Relator: JORGE
ANTONIO ANDRADE CARDOSO, Data de Publicação: 14/09/2017)

MANDADO DE SEGURANÇA. DESCONSIDERAÇÃO DE


PERSONALIDADE JURÍDICA. BANCO PRIVADO. INCLUSÃO DE EX-
EMPREGADO COMO EXECUTADO. CONSTRIÇÃO DE VALORES
INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO DE SAÚDE DO IMPETRANTE.
PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. INOBSERVÂNCIA. ILEGALIDADE
E ABUSIVIDADE. OCORRÊNCIA. A mera alegação de que o
impetrante é um dos administradores da executada não tem o
condão de o tornar responsável pelas dívidas trabalhistas da
executada, não havendo informações nos autos originários de
que tenha o impetrante cometido abusos ou ilegalidades no seu
cargo de gestão capazes de ensejar a sua responsabilização
pessoal, já que no presente caso, trata-se, tão somente, de
inadimplemento de créditos trabalhistas pelos executados, por sociedade
anônima regida pela Lei nº 6.404/76. Data venia, a ilegalidade no
direcionamento da execução a ex-Diretor Empregado dos executados é
suficiente para ensejar que seja cassada a decisão que determinou a
penhora dos ativos financeiros disponíveis em sua conta corrente, não
sendo cabível a exigência de comprovação de que os valores são
impenhoráveis na forma do artigo 833 do NCPC, o que beira a teratologia,
afrontando, o direito líquido e certo do impetrante, ofendendo os
princípios constitucionalmente consagrados como do devido processo
legal, ampla defesa e a dignidade da pessoa humana, razão pela qual se
impõe a concessão da segurança. (TRT-1 - MS: 01009406220165010000,
Relator: PAULO MARCELO DE MIRANDA SERRANO, Data de
Julgamento: 11/05/2017, SEDI-2, Data de Publicação: 25/05/2017)

Razão pela qual é de se negar o pedido por manifestamente ilegal.

16. DA HOMOLOGAÇÃO SINDICAL

Conforme termo de rescisão que junta em anexo, houve nítida e inquestionável


quitação das parcelas pleiteadas, devidamente homologada pelo sindicato da categoria.

Em contrapartida, o reclamante não produziu qualquer prova no sentido de


invalidar o referido documento, não havendo que se falar em rediscussão das parcelas quitadas,
conforme precedentes sobre o tema:

VERBAS RESCISÓRIAS. CHANCELA SINDICAL. SEM RESSALVAS.


EFEITOS - Confirmado pelo trabalhador o recebimento das verbas
rescisórias constantes do termo de rescisão contratual, homologado
pelo sindicato da categoria, sem qualquer ressalva, deve ser
rejeitado o pedido alusivo àquelas verbas postuladas na
exordial. Recurso improvido . (TRT-24 00243663120145240031,
Relator: FRANCISCO DAS CHAGAS LIMA FILHO, 2ª TURMA, Data de
Publicação: 02/02/2017)

Razão pela qual não há que se falar em novas verbas trabalhistas a pleitear, pois
devidamente quitadas.

Termos de rescisão homologado pelo sindicato

17. AUSÊNCIA DE PROVAS QUE AMPAREM O PEDIDO INICIAL

Inicialmente cumpre destacar que a exordial pauta-se unicamente em alegações do


Reclamante, sem quaisquer provas juntadas aos autos, não subsistindo, portanto, provas
suficientes a demonstrar a probabilidade do direito pleiteado.

Portanto, considerando que é dever do Reclamante, nos termos do art. 818 da CLT,
320 e 373 do CPC, instruir a inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação,
requer a total improcedência da ação. Afinal, caberia à Reclamante colacionar aos autos as
normas coletivas que embasam suas pretensões.

DIFERENÇAS E INTEGRAÇÃO DE COMISSÕES PAGAS "POR FORA".


PROVA. A prova do fato irregular, excepcional, há de ser indene
de dúvidas, de forma a embasar com segurança a convicção do
juízo. Não fazem prova bastante depoimentos testemunhais que não
atestam explicitamente os fatos alegados. (TRT10 RO 952200301710001
DF 00952-2003-017-10-00-1 3ª Turma 02/04/2004 Relator
Desembargador Bertholdo Satyro)

Portanto, totalmente incabíveis os pedidos pautados em hipotéticas normas


coletivas sequer apresentadas na inicial, tais como: Reajuste salarial (item ________ , pedido “
________ ”), auxílio-transporte (item ________ , condicionado à norma coletiva; pedido “
________ ”), multa normativa pelo não fornecimento de cópia do contrato (item ________ ,
pedido “ ________ ”).
18. DA FORMAÇÃO DO GRUPO ECONÔMICO

O Reclamante foi admitido pela Reclamada, ________ , e alega que exercia suas
funções para a 2ª Reclamada - ________ .

No entanto, não faz qualquer prova a respeito destas alegações.

Ademais, a Lei 13. 467/17 que introduziu a Reforma Trabalhista trouxe


expressamente que:

Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios,


sendo necessárias, para a configuração do grupo, a
demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
(Art. 1º, §3º CLT)

Na prática, a configuração do grupo econômico só fica caracterizada quando


atendidos aos três requisitos referidos, concomitantemente.

Assim, não observado tal regramento legal, não há qualquer vínculo entre as duas
empresas, que possa motiva a responsabilização desta Contestante.

Assim, totalmente excluída a possibilidade de configuração de GRUPO


ECONÔMICO entre as reclamadas, devendo esta ser excluída do polo passivo da demanda.

19. DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

A CLT dispõe claramente em seu Art. 192, que "o exercício de trabalho em condições
insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho,
assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte
por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos
graus máximo, médio e mínimo."

Ou seja, somente nos casos expressamente previstos e quando acima do grau de


tolerância estabelecido.

Ao pleitear o adicional de insalubridade, a Reclamante deixa de fazer prova de suas


alegações, uma vez que não realizava as atividades narradas na inicial, pelo contrário, foi
contratada e executava exclusivamente as atividades de ________ , não fazendo jus ao
adicional de Insalubridade, eis que o trabalho realizado em nada é insalubre.

Note que as atividades de ________ não dispõem de qualquer contato com


algum tipo de agente ou produto químico que possa ensejar adicional de insalubridade, fatos
que se provará mediante perícia, não podendo ser concedido o pedido conforme precedentes
sobre o tema:

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CONTATO COM PRODUTOS DE


LIMPEZA. Não há insalubridade no trabalho do atendente
comercial que faz uma limpeza rápida do seu setor, ainda que
utilize produtos potencialmente nocivos e que possam ser
considerados álcalis cáusticos. Ocorre que o uso de tais produtos de
limpeza, uma vez diluídos em água, só são suscetíveis de gerar
insalubridade quando utilizados de forma sistemática, como ocorre com os
profissionais que trabalham exclusivamente na limpeza, o que não é o caso
dos autos. Recurso da reclamante desprovido. (TRT-4 - RO:
00201710620155040231, Data de Julgamento: 21/07/2017, 7ª Turma)

INSALUBRIDADE. Sem constatação da insalubridade, por


intermédio de perícia técnica, ou por outros documentos dos
autos, descabe o seu reconhecimento. (TRT-11
00022634720145110013, Relator: DAVID ALVES DE MELLO JUNIOR,
Gabinete do Desembargador David Alves de Mello Junior. Data de
publicação: 26/09/2017)

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. De acordo com a Orientação


Jurisprudencial n. 173, da Subseção I, Especializada em Dissídios
Individuais, do Tribunal Superior do Trabalho, o trabalho a céu aberto,
por si só, não enseja recebimento de adicional de insalubridade.
(TRT-11 00011583520145110401, Relator: Solange Maria Santiago Morais.
Data de publicação: 25/09/2017)

Só há insalubridade, diante de atividades em que o trabalhador é exposto a agentes


nocivos à saúde acima dos limites tolerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assim a
pretensão da Reclamante é totalmente descabida, eis que não utilizava nenhum tipo de produto
ou era exposta, em suas atividades laborais

Laudo pericial de ausência de insalubridade

20. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

O direito ao adicional de periculosidade previsto na Constituição Federal, dispõe o


seu cabimento exclusivamente para as atividades penosas, insalubres ou perigosas.

Ocorre que o reclamante não trouxe qualquer prova sobre o elevado grau de risco
exigível para a concessão do benefício. Do contrário, tem-se em plena vigência laudo da
________ que declara a ausência de periculosidade de tais atividades, sendo indevido o
adicional pleiteado:

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ÔNUS DA PROVA. É do


empregado o ônus de provar os fatos que dão supedâneo à sua
pretensão de ver deferido o adicional de periculosidade.
Inteligência do art. 818 da CLT. (TRT-20 00004193620165200015,
Relator: FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO, Data de Publicação:
12/12/2017)

Afinal, o simples trânsito por áreas de periculosidade não ensejam por si só o


direito ao adicional:

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. AGENTE DE RAMPA. Não


atuando diretamente na operação de abastecimento da
aeronave, tampouco permanecendo em área de risco, o simples
fato de o empregado transitar, rapidamente pela área de risco,
ao deslocar-se de um porão ao outro, não configura condição de
risco acentuado a ensejar o pagamento de adicional de
periculosidade. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU
MÁXIMO. LIMPEZA E COLETA DE LIXO DAS INSTALAÇÕES
SANITÁRIAS NO INTERIOR DAS AERONAVES. No vertente caso, o
reclamante, no exercício da função de agente de limpeza, realizava a
higienização das instalações sanitárias no interior das aeronaves, inclusive
recolhendo o lixo presente nesses locais frequentados por um número
razoável de pessoas. Assim, o enquadramento realizado pela Sra. Perita
não se coaduna com o entendimento pacificado no item II, da Súmula 448,
do C. TST, o que resulta devida a condenação ao pagamento do adicional
de insalubridade. Recurso conhecido e parcialmente provido. (TRT-11
00008788120165110017, Relator: ORMY DA CONCEICAO DIAS BENTES,
Gabinete da Desembargadora Ormy da Conceicao Dias Bentes. Data de
publicação: 26/09/2017)

Ademais, o Reclamante já recebe o adicional de Insalubridade, sendo indevida a


cumulação:

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. CUMULAÇÃO.


Nos termos da jurisprudência pacífica do Eg. TST, não há falar
em pagamento cumulativo dos adicionais de insalubridade e
periculosidade. O artigo 193, § 2º, da CLT deixa claro que o empregado
pode optar pelo adicional que porventura lhe seja devido. (TRT-20
00009507220135200001, Relator: MARIA DAS GRACAS MONTEIRO
MELO, Data de Publicação: 06/07/2017)

Portanto, não há de ser reconhecida a atividade perigosa desenvolvida pelo Autor.

Laudo pericial de ausência de periculosidade

21. DA ESTABILIDADE DA GESTANTE

Exige a reclamante o direito à indenização pecuniária pelo desligamento do


emprego durante seu período de gravidez.

Ocorre que a estabilidade pretendida não contempla situações que permitem a


rescisão por justa causa, sob pena de abuso de direito.

No presente caso a Reclamante ________ , caracterizando falta grave a justificar


a justa causa, conforme provas em anexo.

Estas situações permitem a demissão mesmo durante o período de estabilidade,


conforme precedentes sobre o tema:

ESTABILIDADE PROVISÓRIA. GESTANTE. JUSTA CAUSA. A garantia


de emprego da empregada gestante não subsiste diante do
cometimento de falta grave que embase a despedida por justa
causa. (TRT-4 - RO: 00201522920165040016, Data de Julgamento:
03/07/2017, 11ª Turma)
ESTABILIDADE DA GESTANTE. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA. Não é
devida a estabilidade da gestante, prevista no art. 10, II, b, do
ADCT, em caso de dispensa por justa causa, por abandono de
emprego, devidamente comprovada pelo empregador. (TRT-7 - RO:
00012538820145070009, Relator: DULCINA DE HOLANDA PALHANO,
Data de Julgamento: 19/04/2017, Data de Publicação: 20/04/2017)

Razões que conduzem à necessária e imediata improcedência da demanda.

DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Alega a Reclamante o não pagamento das verbas devidas no ato da rescisão


contratual.

Ocorre que todo valor devido foi devidamente pago conforme comprovantes em
anexo.

Todavia, em manifesta litigância de má fé, tenta induzir este Juízo em erro ao


juntar extratos de recebimento de datas diversas.

No presente caso fica perfeitamente evidenciada a litigância de má fé da


Reclamante uma vez que ingressa com a Reclamatória sem qualquer base probatória, conforme
precedentes sobre o tema:

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. CARACTERIZAÇÃO. A teor do inciso II do art.


80 do CPC, incorre em má-fé processual a parte que altera a verdade dos
fatos. VÍNCULO DE EMPREGO. PERÍODO ANTERIOR AO REGISTRO. A
configuração do vínculo de emprego anterior ao anotado na CTPS exige a
produção de prova robusta e inequívoca a respeito da prestação de
serviços. Fato constitutivo do seu direito, cabe ao autor a prova do alegado
labor em período anterior ao registro, de forma a desconstituir a
presunção relativa de veracidade da anotação da CTPS referente à data de
sua admissão. (TRT-12 - RO: 0004510562015xx SC 0004510-
56.2015.5.12.0039, Relator: ALEXANDRE LUIZ RAMOS, SECRETARIA
DA 3A TURMA, Data de Publicação: 29/06/2017)

Assim, diante a comprovação do pagamento na íntegra das verbas rescisórias


devidas, requer o não conhecimento da petição inicial proposta, bem como o reconhecimento de
nítida má fé do Reclamante.

22. DAS DIFERENÇAS SALARIAIS REQUERIDAS - PISO

Do início da relação de trabalho, iniciado em ________ até ________ , a


Reclamante recebia mensalmente o valor de ________ , conforme comprovantes que junta em
anexo. Trata-se de cumprimento expresso ao piso salarial previsto na convenção coletiva da
categoria que junta em anexo.

Demonstrado, portanto, claramente a regularidade do pagamento, não há que se


falar em diferenças salariais.

23. DAS HORAS EXTRAS

Nos termos de clara redação da CLT, em seu Art. 58, "A duração normal do
trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas
diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite."

O Reclamante, diferentemente do alegado, exercia suas atividades dentro deste


período, relatório do cartão ponto que junta em anexo, ão podendo ser computado qualquer
período como hora extra.

1.1 Ausência de provas


Diferente do que fora alegado na inicial, o período de trabalho respeitava
integralmente os termos contratados, uma vez que o reclamante não juntou qualquer prova que
invalidasse o cartão ponto para auferir as alegadas horas extras:

HORAS EXTRAS. As horas extras são deferidas dentro dos limites


da prova, respeitadas as peculiaridades do serviço e da região de sua
execução. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DOS
SERVIÇOS. INAPLICABILIDADE. DONO DA OBRA. Havendo contrato de
empreitada de construção civil entre o litisconsorte e a reclamada, não
sendo a contratante construtora ou incorporadora descabe
responsabilidade solidária ou subsidiária. Aplicação da OJ nº 191, da SDI-
I, do TST. (TRT-11 00019309220145110014, Relator: DAVID ALVES DE
MELLO JUNIOR, Gabinete do Desembargador David Alves de Mello
Junior, Data de Publicação: 12/07/2017)

HORAS EXTRAS. É ônus do autor comprovar o labor em


sobrejornada, do qual não se desincumbiu satisfatoriamente.
ACÚMULO DE FUNÇÃO. NÃO CARACTERIZADO. O acúmulo de função
ocorre quando o empregado passa a desempenhar função diversa para a
qual foi contratado, acumulando-a com a função antes desempenhada,
com acréscimo de serviço e responsabilidade, sem a contraprestação
financeira. Não tendo sido caracterizado o acúmulo de função alegado pelo
reclamante, impõe-se a manutenção da sentença que julgou improcedente
o pleito de plus salarial. (TRT-11 00002407620155110019, Relator:
ELEONORA SAUNIER GONCALVES, Gabinete da Desembargadora
Eleonora Saunier Goncalves, Data de Publicação: 24/08/2017)

HORAS EXTRAS. MANUTENÇÃO DO JULGADO. Não comprovado,


nos autos, que o autor cumpria a extensa jornada descrita na
petição inicial, sobretudo porque sequer produziu prova
testemunhal a fim demonstrar sua tese de que havia fraude nos
registros de horários, mantém-se a sentença que corretamente
indeferiu o pagamento das horas extras perseguidas. Recurso
conhecido e desprovido. (TRT-20 00008357120155200004, Relator:
FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO, Data de Publicação: 20/11/2017)
Portanto, todas as condições eram respeitadas pela Reclamada, o que se prova por
meio ________ .

Assim, não há que se falar em horas extras, pois totalmente indevido.

24. CONCESSÃO DE INTERVALO INTRAJORNADA

A Reclamante foi contratada para laborar no horário de ________ às


________ , de segunda à sábado.

Ocorre que, diferentemente do alegado, a alteração da jornada de trabalho é


amparada por norma coletiva, podendo sim ter o horário intra jornada diminuído.

REVELIA. CONFISSÃO QUANTO À MATÉRIA DE FATO. PRESUNÇÃO


RELATIVA DE VERACIDADE DOS FATOS ALEGADOS NA INICIAL. A
reclamada foi declarada revel e a confissão ficta resultante da inércia
acarreta a presunção relativa de veracidade das alegações da parte
contrária, podendo ser ilidida por prova pré-constituída. Inteligência da
Súmula n. 74, do C. TST. Recurso da reclamada provido, no particular.
INTERVALO INTRAJORNADA. ART. 71 DA CLT. POSSIBILIDADDE
DE REDUÇÃO OU MAJORAÇÃO DO TEMPO DO INTERVALO.
PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. O art. 71 da CLT estabelece a
possibilidade de reduzir ou majorar o tempo do intervalo, desde que haja
autorização em norma coletiva. Na hipótese dos autos, e especificamente
em relação à função de motorista, os instrumentos coletivos autorizam a
ampliação do intervalo intrajornada. Assim, reconhece-se intervalo
intrajornada equivalente ao maior tempo entre as diversas paradas
durante a jornada de trabalho, sendo que os demais intervalos são
considerados à disposição do empregador. (TRT-24
00241088720145240106, Relator: RICARDO GERALDO MONTEIRO
ZANDONA, TRIBUNAL PLENO, Data de Publicação: 04/04/2016)
Portanto, não se configura supressão ou redução indevida, pois há norma coletiva
que ampara.

25. DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

Em relação aos trabalhos realizados nos fins de semana, cumpre destacar que
todos foram devidamente pagos nos termos da súmula 146 do TST, que rege que os dias
trabalhados em domingos e feriados deverão ser pagos em dobro sem prejuízo à remuneração
relativa ao repouso semanal.

Nesse sentido, o reclamante ao trabalhar nos sábados e domingos logrou


regularmente do devido pagamento conforme prova que faz em anexo.

26. DO VALE ALIMENTAÇÃO E TRANSPORTES PAGOS EM


DINHEIRO

Ao longo de todo período contratual, o Reclamante deixou de realizar cadastro que


lhe incumbia no registro municipal de transporte público, inviabilizando a empresa à liberação
dos vales transporte por meio do cartão específico.

Em relação ao vale alimentação, exclusivamente os meses de ________ foram


pagos em dinheiro, sendo que nos termos do art.458 da CLT, por forçada Lei nº 6.321/76, criou-
se o Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT.

A pessoa jurídica que aderir ao PAT deverá obter anuência dos empregados
interessados em receber a alimentação respectiva (o que ocorreu, conforme acordo coletivo
anexo).

Assim, o art. 3º da Lei 6.321/76 prevê que a alimentação recebida pelo empregado
não integra a remuneração para qualquer efeito. Portanto, com fundamento no art. 3º da lei que
instituiu o PAT, requer a improcedência do pedido.

27. DOS DESCONTOS EFETUADOS

Durante o pacto de trabalho, o Reclamante dispunha de adiantamentos de


despesas de viagens, os quais deveriam ter a devida contraprestação no retorno de cada viagem.

Em relação ao dano moral pleiteado, a simples retenção de valores devidos não


configura por si só danos morais, uma vez que não fica demonstrado qualquer vexame ou
humilhação capaz de causar grave sofrimento:

RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.


DESCONTOS INDEVIDOS NO SALÁRIO. Incabível o deferimento da
indenização por danos morais apenas em virtude de descontos
salariais indevidos da empregada, porquanto do acórdão
regional não se verifica a ocorrência de nenhuma situação
objetiva que demonstre a ocorrência de constrangimento
pessoal, da qual pudesse se extrair a hipótese de abalo dos
valores inerentes à honra da reclamante. Não é demais ressaltar,
ainda, que o prejuízo patrimonial foi devidamente reparado com a
determinação de ressarcimento dos valores irregularmente descontados.
Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR:
209676520155040661, Relator: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento:
03/05/2017, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 05/05/2017)

Ocorre que, conforme recibos em anexo, algumas viagens não tiveram a devida
contraprestação, valores devidamente descontados das verbas rescisórias.

28. DO ACÚMULO DE FUNÇÃO

Inicialmente, ista consignar que o fato de ter sido atribuída outras funções
inerentes à atividade desenvolvida pelo empregado não configura acúmulo de funções. Isto
porque a descrição do cargo do reclamante possui atribuições genéricas que contemplam todas
as atividades indicadas na inicial.

O fato de existir um treinamento prévio que contemplou apenas parte das


atividades não descaracteriza a vinculação das outras funções ao mesmo cargo, isso porque
apenas algumas atividades demandam maior conhecimento técnico motivando o treinamento.

Tratando-se dessa forma de atividades compatíveis à própria finalidade do cargo,


não há que se falar em cúmulo ou desvio de função, conforme já asseverou o tribunal sobre a
matéria:

ACÚMULO DE FUNÇÕES. ACRÉSCIMO SALARIAL. Não comprovado


o exercício de função incompatível, diversa ou além daquela
para a qual o autor foi contratado, é indevido o acréscimo
salarial pelo acúmulo de funções. (TRT-4 - RO:
00200232920165040661, Data de Julgamento: 07/07/2017, 11ª Turma)

ACÚMULO DE FUNÇÕES. ACRÉSCIMO SALARIAL. Não se configura


o acúmulo de funções quando as tarefas desenvolvidas integram
o conjunto de tarefas da função originalmente contratada, por se
inserirem na normal capacidade do empregado, elemento intrínseco da
relação de trabalho, nos termos do artigo 456, parágrafo único, da CLT.
(TRT-4 - RO: 00005667820145040241, Data de Julgamento: 06/04/2017,
5a. Turma)

HORAS EXTRAS. É ônus do autor comprovar o labor em sobrejornada, do


qual não se desincumbiu satisfatoriamente. ACÚMULO DE FUNÇÃO.
NÃO CARACTERIZADO. O acúmulo de função ocorre quando o
empregado passa a desempenhar função diversa para a qual foi
contratado, acumulando-a com a função antes desempenhada, com
acréscimo de serviço e responsabilidade, sem a contraprestação financeira.
Não tendo sido caracterizado o acúmulo de função alegado pelo
reclamante, impõe-se a manutenção da sentença que julgou
improcedente o pleito de plus salarial. (TRT-11
00002407620155110019, Relator: ELEONORA SAUNIER GONCALVES,
Gabinete da Desembargadora Eleonora Saunier Goncalves, Data de
Publicação: 24/08/2017)

ACÚMULO DE FUNÇÕES. ACRÉSCIMO SALARIAL. Nos termos do artigo


456, parágrafo único, da CLT, na falta de prova ou inexistindo cláusula
expressa a respeito, o obreiro se obriga a todo e qualquer serviço
compatível com a sua condição pessoal. Além disso, a Consolidação
das Leis do Trabalho não obsta que um único salário seja fixado
para remunerar todas as atividades executadas durante a
jornada laboral. (TRT-1 - RO: 00112476820135010066, Relator:
ANGELO GALVAO ZAMORANO, Data de Julgamento: 09/11/2016, Sexta
Turma, Data de Publicação: 24/11/2016)

Ora! Não há lei que impeça o empregador de exigir do empregado a prestação de


outros serviços, caso findas as tarefas próprias de seu cargo ou quando correlatas.

Ademais o Art. 456 da CLT prevê expressamente que "a falta de prova ou inexistindo
cláusula expressa e tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer
serviço compatível com a sua condição pessoal."

Ou seja, ausente previsão expressa ou contrária das atividades no contrato de


trabalho, aceitáveis as atribuições compatíveis à condição pessoal do empregado.

A ordem para o cumprimento de tarefas diversas, mas compatíveis, dentro da


jornada normal de trabalho, decorre do poder do empregador de distribuir tarefas para o
cumprimento do objetivo empresarial, não havendo ilicitude em tal ato.

Portanto, não havendo qualquer dano demonstrado ou prova de desvio das


atividades do cargo o qual foi contratado, não há que se falar em acúmulo de função.

DO DESVIO DE FUNÇÃO - EQUIPARAÇÃO SALARIAL

Alega o Reclamante que exercia atividades distintas daquelas contratadas. Ocorre


que as atividades atribuídas ao reclamante são funções inerentes ao cargo para o qual foi
contratado.

Isto porque a descrição do cargo do reclamante possui atribuições genéricas que


contemplam todas as atividades indicadas na inicial.

Ausência de desvio de função

O fato de existir um treinamento prévio que contemplou apenas parte das


atividades não descaracteriza a vinculação das outras funções ao mesmo cargo, isso porque
apenas algumas atividades demandam maior conhecimento técnico motivando o treinamento.

Tratando-se dessa forma de atividades compatíveis à própria finalidade do cargo,


não há que se falar em desvio de função, conforme já asseverou o tribunal sobre a matéria:

DESVIO DE FUNÇÃO. INOCORRÊNCIA. O desvio de função exige que


ocorra a troca de atividade do empregador, que passa a exercer
atividade mais complexa e melhor remunerada da que
realizava, sem que tal represente acúmulo, o que não se verifica no
presente caso. Recurso do reclamante a que se nega provimento. (TRT-4
- ROPS: 00203654820155040702, Data de Julgamento: 09/05/2017, 5ª
Turma)

Ora! Não há lei que impeça o empregador de exigir do empregado a prestação de


outros serviços, caso findas as tarefas próprias de seu cargo ou quando correlatas.
Atividades inerentes ao cargo

Ademais o Art. 456 da CLT prevê expressamente que "a falta de prova ou inexistindo
cláusula expressa e tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer
serviço compatível com a sua condição pessoal."

A ordem para o cumprimento de tarefas diversas, mas compatíveis, dentro da


jornada normal de trabalho, decorre do poder do empregador de distribuir tarefas para o
cumprimento do objetivo empresarial, não havendo ilicitude em tal ato.

Ausência de provas do alegado

Nos termos do Art. 818 da CLT, com redação dada pela Lei 13.467/15 que instituiu
a Reforma Trabalhista:

Art. 818. O ônus da prova incumbe:


I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito.

Ocorre que o reclamante apenas alegou uma série de fatos sem trazer qualquer
prova sobre o pretenso desvio de função, devendo ser sumariamente indeferido o pedido:

DESVIO DE FUNÇÃO. Incumbe ao reclamante a prova quanto ao


alegado desvio de função. Dele não se desincumbindo, não há
como ser acolhido o pedido. (TRT-1 - RO: 00115629720155010043,
Relator: CARLOS HENRIQUE CHERNICHARO, Data de Julgamento:
30/01/2017, Quarta Turma, Data de Publicação: 22/02/2017)

Equiparação salarial
Em relação ao salário paradigma trazido pela Reclamante, insta consignar que a
Reforma Trabalhista positivou entendimento que já predominava nos Tribunais, ao
introduzir ao Art. 461 da CLT:

§ 5o A equiparação salarial só será possível entre


empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando
vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma
contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.

Ou seja, considerando que o salário paradigma é de ________ , não há que se


aproveitar para fins de equiparação salarial.

Portanto, não havendo qualquer dano demonstrado ou prova de desvio das


atividades do cargo o qual foi contratado, não há que se falar em acúmulo de função.

29. DA NECESSÁRIA LIBERAÇÃO DAS GUIAS DE SEGURO


DESEMPREGO

Conforme disposto nesta defesa, ficou configurado abandono de emprego, não


havendo que se falar em liberação das guias do seguro desemprego.

30. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS

O Reclamante requer indenização por danos morais por ________ . Ocorre que
tal pleito é devido somente quando diante de uma ilicitude ou erro de conduta por parte do
empregador.

Para caracterizar o Dano Moral, imprescindível a existência do nexo causal entre o


ato ilícito do Reclamado em desfavor do Reclamante. Trata-se de direito reconhecido pela
jurisprudência somente em casos de ilicitude, erro de conduta do empregador e principalmente
em casos de atrasos reiterados, o que não é o caso, vejamos:

RECURSO DE REVISTA. DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE PROVA


DO ALEGADO TRATAMENTO DISCRIMINATÓRIO. FATO
CONSTITUTIVO DO DIREITO DO RECLAMANTE. INDENIZAÇÃO
INDEVIDA. 1. O Tribunal de origem registrou que "a prova produzida
nos autos se mostrou dividida. As duas testemunhas indicadas pelo
reclamante corroboram a tese obreira de que o gerente usava de palavras
de baixo calão e tratava de forma preconceituosa os funcionários baianos.
Todavia, as duas testemunhas empresariais afirmaram que nunca viram o
gerente destratando seus funcionários ou fazendo qualquer tipo de
brincadeira em razão da naturalidade destes" . E, nesse contexto, concluiu
que, "em casos nos quais se alega a prática de atos de discriminação - dada
a natural dificuldade na comprovação dos fatos -, cabe ao juiz se valer em
indícios e presunções, se for o caso, ou mesmo inverter o ônus da prova" e
que, "a prova dividida milita em favor de quem alega a discriminação, até
porque, tais atos, em geral, são praticados na surdina" , condenando a
reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$
35.000,00 (trinta e cinco mil reais). 2. Nos termos dos arts. 818 da
CLT e 333, I, do CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto
ao fato constitutivo de seu direito. Cabia, assim, ao reclamante,
provar o fato constitutivo do direito à indenização por danos
morais , qual seja, a existência de tratamento discriminatório e
desrespeitoso. 3. Nesse contexto, em que, a teor do acórdão regional, a
prova produzida pelo reclamante não foi suficiente a demonstrar a alegada
discriminação, o Colegiado de origem, ao condenar a reclamada ao
pagamento de indenização por danos morais, ao fundamento de que "a
prova dividida milita em favor de quem alega a discriminação", aplicou
mal os princípios disciplinadores da repartição do ônus da prova, violando
os artigos 818 da CLT e 333 do CPC. Recurso de revista conhecido e
provido. (TST - RR: 6269820105050003, Relator: Hugo Carlos
Scheuermann, Data de Julgamento: 02/12/2015, 1ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 04/12/2015)

DANO MORAL. Para averiguação do dano moral, é preciso


observar que deve estar fundamentado na firme comprovação
de danos aos direitos relacionados à intimidade, à vida privada,
a honra e a imagem da obreira, ser irrefutável a relação de
causalidade entre o eventus damni e a conduta do empregador, que agiu de
maneira intencional, ou que, agindo com negligência ou imprudência, deu
causa ao dano suportado pelo empregado. Assim, descabido o dano moral
ante a insuficiência de comprovação de sua ocorrência, qual seja
demonstrar devidamente o nexo causal e o dano efetivamente sofrido.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Não satisfeitos os requisitos das
Súmulas 219 e 329 do TST, é incabível a condenação em honorários
advocatícios. Recurso conhecido e parcialmente provido. (TRT-16
714200900716001 MA 00714-2009-007-16-00-1, Relator: JAMES
MAGNO ARAÚJO FARIAS, Data de Julgamento: 18/05/2010, Data de
Publicação: 31/05/2010)

DANO MORAL. A reparação por dano moral decorrente do contrato de


trabalho pressupõe um ato ilícito ou um erro de conduta do empregador
ou de seu preposto, um dano suportado pelo ofendido e um nexo de
causalidade entre o comportamento antijurídico do primeiro e o prejuízo
suportado pelo último. O atraso reiterado no pagamento de
salários configura o descumprimento do dever do empregador
mais relevante ao contrato de trabalho, implicando, assim, violação dos
direitos da personalidade do empregado, com destaque para o da
dignidade da pessoa humana. No caso dos autos comprovado o reiterado
atraso de salários impõe-se o deferimento da indenização postulada. 2.
Recurso ordinário conhecido e provido em parte. (TRT-10 - RO:
561201300210000 DF 00561-2013-002-10-00-0 RO, Relator:
Desembargador Brasilino Santos Ramos, 11/09/2013, 2ª Turma,
Data de Publicação: 20/09/2013 no DEJT).

Por tais razões não que ser reconhecido o dano moral causado ao reclamante sem
qaulaquer condenação indenizatória.
DA LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ

O princípio da lealdade processual e boa-fé deve vigorar plenamente em qualquer


atuação processual, exigindo dos litigantes o respeito aos deveres impostos pelo artigo 80 do
Código de Processo Civil.

Ao sedimentar tais princípios, o novo CPC dispõe em seus artigos 5º e 79º o


principio da boa-fé deve ser obedecido por todos que fazem partes do processo:

“Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve


comportar-se de acordo com a boa-fé.”

“Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como
autor, réu ou interveniente.”

No mesmo sentido, a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) previu a preocupação


com a boa fé nos artigos 793-A a 793-D de forma semelhante ao CPC:

‘Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.’
‘Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de
má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e
inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a
parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários
advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

As mudanças legislativas objetivam cumprir um papel importante na busca pela


lealdade processual, inclusive na celeridade no trâmite dos processos.

No presente caso fica perfeitamente evidenciada a litigância de má fé da


Reclamante uma vez que ingressa com a Reclamatória sem qualquer base probatória, conforme
precedentes sobre o tema:

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. CARACTERIZAÇÃO. A teor do inciso II do art.


80 do CPC, incorre em má-fé processual a parte que altera a verdade dos
fatos. VÍNCULO DE EMPREGO. PERÍODO ANTERIOR AO REGISTRO. A
configuração do vínculo de emprego anterior ao anotado na CTPS exige a
produção de prova robusta e inequívoca a respeito da prestação de
serviços. Fato constitutivo do seu direito, cabe ao autor a prova do alegado
labor em período anterior ao registro, de forma a desconstituir a
presunção relativa de veracidade da anotação da CTPS referente à data de
sua admissão. (TRT-12 - RO: 0004510562015xx SC 0004510-
56.2015.5.12.0039, Relator: ALEXANDRE LUIZ RAMOS, SECRETARIA
DA 3A TURMA, Data de Publicação: 29/06/2017)

Diante todo o exposto, requer o não conhecimento da petição inicial proposta, bem
como o reconhecimento de nítida má fé do Reclamante, condenando a pagar multa, que deverá
ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa nos
termos do Art. 793-C da CLT.

Portanto, totalmente improcedente os pedidos ventilados na Reclamatória, razão


pela qual necessária a conclusão pela total improcedência dos pedidos dispostos pelo
Reclamante.
31. DA RECONVENÇÃO

Conforme disposição expressa do Art. 343 do CPC, pode o Réu em sede de


contestação arguir a Reconvenção, o que faz pelos fatos e direito a seguir.

O Reclamante ao se afastar da empresa sem aviso prévio:

a) deixou de indenizar a empresa pelo aviso prévio, no


montante de ________ ;

b) deixou de prestar os serviços que foram delegados, sem


qualquer justificativa de seu não cumprimento, interrompendo
todo um ciclo funcional que dependia desta atividade, causando
prejuízos ao Reclamado;

c) utilizou-se de informações sigilosas em grave


descumprimento ao contrato;

d) não devolveu materiais e equipamentos que estavam sob sua


posse, totalizando num prejuízo de ________ ;

Razão pela qual, requer o recebimento desta reconvenção para fins de condenar o
Reclamante a ________ .

32. DAS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR

Caso seja dada a continuidade à presente ação, o Contestante pretende instruir


seus argumentos com as seguintes provas:
a) depoimento pessoal da autora, para esclarecimentos;

b) ouvida de testemunhas, cujo rol segue em anexo, caso não ocorra o


julgamento antecipado da lide, com a acolhida das preliminares arguidas
nesta Contestação;

c) a juntada dos documentos em anexo, em especial a pericial e


________ .

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O Contestante é microempresário, com despesas superiores à receita, em especial


pela crise que assola o país desde 2015.

O reclamado não dispõe de condições financeiras para arcar com as custas


processuais sem prejuízo da saúde financeira já abalada, conforme declaração de
hipossuficiência, cópia de inúmeros protestos que junta em anexo.

Esta possibilidade possui amparo em inúmeros precedentes:

GRATUIDADE DA JUSTIÇA. Pessoa jurídica. Situação econômica


compatível com o alegado estado de hipossuficiência
econômica. Decisão reformada. Benefício concedido. Recurso provido.
(TJ-SP 21864554920178260000 SP 2186455-49.2017.8.26.0000, Relator:
Tasso Duarte de Melo, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
24/01/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ORDINÁRIO OBSTADO NA


ORIGEM POR DESERÇÃO. CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA
JUSTIÇA GRATUITA À MICROEMPRESA. POSSIBILIDADE. É
sabido que a concessão da gratuidade no âmbito da Justiça do Trabalho
sempre esteve relacionada à condição de hipossuficiente do trabalhador
que, impossibilitado de arcar com as despesas do processo, acabava por
ver restringido o seu direito de acesso à justiça. Entrementes, a
jurisprudência pátria vem reconhecendo a possibilidade de concessão da
benesse em espeque ao empregador, ainda que pessoa jurídica ou
microempresa, caso haja a declaração de pobreza; ou mesmo às demais
empresas, de maneira excepcional, caso seja cabalmente demonstrada a
ausência de condições financeiras para o custeio do processo. Comprovada
a condição de microempresa e presente a declaração de insuficiência
econômica, restam atendidos os requisitos previstos no art. 790, § 3º, da
CLT para a concessão do benefício da justiça gratuita aos reclamados.
(Processo: AIRO - 0000598-02.2015.5.06.0271, Redator: Ruy Salathiel de
Albuquerque e Mello Ventura, Data de julgamento: 20/02/2017, Terceira
Turma, Data da assinatura: 21/02/2017)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. AJG.


PESSOA JURÍDICA. POSSIBILIDADE. A COMPROVAÇÃO DA
CONDIÇÃO DE MICROEMPRESA PARTICIPANTE DO SIMPLES
NACIONAL E DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA É
SUFICIENTE PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. AGRAVO PROVIDO.
(Agravo de Instrumento Nº 70069506251, Sexta Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Luís Augusto Coelho Braga, Julgado em
17/08/2016).

Ao disciplinar sobre o tema, grandes doutrinadores esclarecem:

"Pessoa Jurídica e Assistência Judiciária Gratuita. A pessoa


jurídica que não puder fazer frente às despesas do processo
sem prejuízo de seu funcionamento também pode beneficiar-se
das isenções de que trata a gratuidade da justiça. “Faz jus ao
benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos
que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais” (Súmula 481, STJ)." (MARINONI, Luiz Guilherme.
ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo
Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º LXXIV da Constituição Federal e pelo
artigo 98 do CPC, requer seja deferida a AJG ao Reclamado.

Balanço patrimonial Declaração de hipossuficiência

DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:

O reconhecimento da nulidade da citação e recebimento da


presente contestação, por tempestiva;

O deferimento do pedido da Gratuidade de Justiça ao


reclamado;

O acolhimento das preliminares arguidas com a imediata


extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos dos
arts. 354 e 485 do CPC;

Seja reconhecida a conexão, para fins de que o presente


processo tramite em conexão ao processo nº ________

O acolhimento das contraposições às provas e argumentos


trazidos e consequente declaração de IMPROCEDÊNCIA DA
DEMANDA;
O ACOLHIMENTO NA ÍNTEGRA destas razões, para fins de julgar TOTALMENTE
IMPROCEDENTE a Reclamação Trabalhista proposta;

A condenação do Reclamante ao pagamento de multa por


litigância de má fé;

A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a ________ ;

A aplicação da TR para fins de correção e atualização do quantum debeatur nos termos do art.
879, §7º da CLT;

A condenação do reclamante ao pagamento de sucumbência e honorários advocatícios, nos


termos dos Arts 791-A e 790-B da CLT.

Do valor da causa à Reconvenção: R$ ________

Nestes termos, pede deferimento

________ OAB/ ________

Anexos:

Procuração

Contrato Social
Demais provas

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