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UNICE – ENSINO SUPERIOR

IESF – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE FORTALEZA


PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO EDUCACIONAL

JULIANA KELLY NOGUEIRA DE OLIVEIRA

Fortaleza – Ceará
2017.1
JULIANA KELLY NOGUEIRA DE OLIVEIRA

A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO EDUCACIONAL

Artigo científico apresentado à UNICE – Ensino


Superior/ IESF – Instituto de Ensino Superior de
Fortaleza, como requisito parcial para obtenção
do título de especialista em Docência do Ensino
Superior sob orientação da Profa. Dra. Terezinha
de Jesus Afonso Tartuce.

Fortaleza – Ceará
2017.1
A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO EDUCACIONAL

Juliana Kelly Nogueira de Oliveira


Graduada em Estética e Cosmética pela Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza –
FAMETRO.
Pós-graduanda em Docência do Ensino Superior pela UNICE-Ensino Superior.

RESUMO

O presente artigo aborda sobre a importância da integração Escola/Família no


processo de desenvolvimento da aprendizagem do educando e para uma educação
de qualidade. A participação da família no processo educacional é uma temática que
tem sido excessivamente explorada pelos os estudiosos na área da educação, nos
últimos anos. Os resultados desses estudos apontam os benefícios da parceria
escola e família, assim como a cooperação dos pais na vida escolar dos filhos pode
contribuir nesse processo. Tem-se conhecimento que a família está atribuindo a
escola toda a responsabilidade de educar resultando na sobrecarga por parte da
escola que adquire mais uma missão: a formação inicial do caráter e dos valores
morais, éticos e sociais da criança, no momento que a família se exime do seu
compromisso. Com isso a família deixa de cumprir sua responsabilidade no Neste
sentido, surge a necessidade de definir os papéis de cada instituição, familiar ou
escolar, para que se conscientizem de suas tarefas, de modo que, se cada uma
cumprir com seu dever, não serão necessárias cobranças e não haverá uma
sobrecarga nem por parte da família e nem da escola. Percebe-se que somente por
intermédio de uma participação coletiva, na perspectiva de uma gestão democrática,
quando a família e a escola caminham em convergência em busca dos mesmos
objetivos, é possível a formação plena do educando e, por conseguinte, uma
sociedade mais justa, igualitária e acessível a todos os cidadãos.

Palavras-chave: Família; Escola; Integração; Participação; Processo Educativo;


Gestão Democrática.

INTRODUÇÃO

A família como instituição vem passando por intensas


modificações na sua estrutura, pode-se perceber que a composição da constituição
social depende do contexto histórico em que se encontra. Um núcleo familiar
estruturado pode influenciar decisivamente em uma formação de qualidade para a
3

criança, jovem, ou mesmo, para o adulto. Sendo assim a participação da família no


processo educativo contribui para enriquecer as práticas pedagógicas da escola.

Nota-se realidade brasileira atual, que existe uma inversão dos


papéis no que diz respeito ao ato de educar, a família delega toda a
responsabilidade de educar à escola e se exime do seu compromisso.

Essa problemática acaba se tornando um jogo de empurra-


empurra, principalmente quando os pais culpam a escola pelo o fracasso escolar do
filho e do outro lado, a escola reclama da falta de apoio e compromisso dos pais no
processo educativo, certamente a busca por culpados é maior que a procura por
soluções. Para conter esse círculo vicioso é necessário a mudança de postura de
ambas as instituições, no momento em que cada uma tem clareza do seu papel e
assume suas responsabilidades, a educação passa a ser encarada como uma tarefa
complexa que precisa ser partilhada para que se obtenha êxito.

A ausência dos pais da vida escolar dos filhos pode acarretar


prejuízos em sua aprendizagem. Problemas como a indisciplina, a falta de limites e o
fracasso escolar, que são comuns na sala de aula, muitas vezes estão associados a
carência de atenção e afeto da família. A motivação e a participação dos pais na
educação de seus filhos são condutas que contribuem indubitavelmente para que
sintam se valorizados, amados e capazes de aprender.

Neste contexto, entende-se que é de suma importância um


estreitamento nas relações estabelecidas entre essas duas instituições para o
desenvolvimento intelectual, moral, social do indivíduo, logo essa parceria seria um
estímulo que facilitaria o processo de ensino e de aprendizagem. É imprescindível
que os pais se conscientizem da importância que exercem na educação da criança,
assim como na parceria entre escola e família que são ambientes educativos
distintos, mas buscam objetivos comuns.

A escola, portanto, deve dar o primeiro passo, possibilitando


momentos que integre a família nas atividades e ações escolares, fazendo com que
esta se sinta importante e responsável com a educação. É preciso também
4

disponibilizar horários diferenciados, levando em consideração as peculiaridades de


cada família e oportunizando a presença de todos.

Sabe-se que manter essa parceria entre escola/família não é


uma tarefa fácil, pois são pensamentos distintos e os conflitos geralmente se fazem
presentes, porém quando as dificuldades são compartilhadas e discutidas é possível
chegar a um denominador comum. Entende-se que não mais existe o sentimento de
confiabilidade entre essas duas organizações, por isso a urgência de solidificar essa
união, apostando na proximidade para que juntas possam planejar ações cabíveis
para a resolução de problemas educacionais, pois compreende-se que possuem
funções distintas, porém complementares.

Os pais podem colaborar com o processo de construção do


saber de diferentes formas seja na participação do Projeto Político Pedagógico da
escola, nas atividades escolares, reuniões, lição de casa, enfim, a família deve
compreender que estar presente na vida escolar dos filhos perpassa a um simples
encontro de reunião.

Diante da realidade, aposta-se na integração da família/escola


como condição favorável para o sucesso escolar, sendo que uma educação bem-
sucedida, no âmbito familiar, é que irá servir de apoio à criatividade e ao
comportamento produtivo da criança quando adulta, levando em conta os vários
desafios que os alunos encontram para chegar as instituições de Ensino Superior e,
por meio de uma participação familiar e coletiva, é possível a formação de sujeitos
conscientes e atuantes na sociedade.

1. O RESGATE DA FAMÍLIA PARA A ESCOLA

Compreende-se que na sociedade atual a educação é uma


tarefa que compete a família e a escola, porém o que se nota com frequência é a
ausência dos pais na vida escolar dos filhos. Outrora, a educação era pensada de
uma outra forma, o ensino consistia apenas para os filhos dos nobres com o modelo
de escola elitista. Devido as lutas e os movimentos sociais em favor da escola
pública como direito de todos, aconteceu a democratização do ensino que permitiu
5

às pessoas de diferentes classes sociais, econômicas e culturais, o acesso a


escolarização. A educação tornou-se acessível a todos e a classe popular finalmente
conseguia ter acesso ao conhecimento formal. Em contrapartida a essa
acessibilidade, ocorre a perda de qualidade do ensino público.

Dentre as várias causas responsáveis por esse fenômeno,


destaca-se a inversão dos papéis no que diz respeito ao ato de educar, tendo em
vista que não existe ainda uma verdadeira conscientização por parte da família e da
escola quanto suas funções na formação do sujeito, assim o fracasso ou sucesso
escolar do aluno são responsabilidades delegadas apenas a uma instituição.
Portanto, é possível entender que existe um distanciamento nas ações realizadas
entre essas duas organizações. Sabe-se que o conceito de família sofreu
modificações no decorrer dos anos, surgindo com isso as novas e diversas formas
de constituição familiar, bem diferentes da tradicional família nuclear.

Como destaca PAROLIN:

A grande arte da família é manter-se família, seja ela composta


por pai, mãe e filhos; por mãe e filhos; por padrasto, mãe e
filhos; por avó, mãe e filhos/ netos; por avô, mãe e filhos ou
outras composições. É continuar promovendo o
desenvolvimento, a mudança e permanecer sendo família. 1

A Constituição Brasileira de 1988, representou grandes


avanços quanto a representação e o novo conceito de família, assim como o
Estatuto da Criança e do Adolescente que a reconhece como sendo um conjunto de
pessoas que estão unidas por laços de afetividade. Um exemplo disso são nas
famílias em que há adoção, nas quais não são ligadas por laços sanguíneos, mas a
relação é legitimada pelo respeito e o amor. Assim, independentemente da forma
como está constituída, a família é a base do desenvolvimento do ser humano.

É na família que a criança tem suas primeiras experiências e


formas de socialização, são nas relações familiares que se aprende os valores
morais e éticos que serão exercitados nas relações estabelecidas durante sua vida.

1
Isabel Parolin. As dificuldades de aprendizagem e as relações familiares. 2003, p. 38.
6

De acordo com TIBA:

(...) para a escola, os alunos são apenas transeuntes


psicopedagógicos. Passam por um período pedagógico e, com
certeza, um dia vão embora. Mas, família não se escolhe e não
há como mudar de sangue. As escolas mudam, mas os pais
são eternos (...). 2

Diante disso, torna-se necessário um ambiente saudável, com


relações harmoniosas de convivência, um espaço de diálogo, união e respeito, pois
mesmo que a família não seja a única referência da criança, ela é a que mais exerce
influência na sua personalidade e caráter.

Já a escola é uma instituição social que tem por objetivo


democratizar os conhecimentos e formar cidadãos conscientes, autônomos e
atuantes na sociedade, deve promover o desenvolvimento do aluno em seus
aspectos cognitivo, social e emocional. O ambiente escolar deve favorecer o
aprendizado, deixando de ser apenas um local formal e passando a ser um
ambiente de descobertas prazerosas.

Conforme LIBÂNEO:

Devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é


aquela mediante a qual a escola promove, para todos, o
domínio dos conhecimentos e o desenvolvimento de
capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao
atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos.
3

A escola deve deixar claro seus objetivos quanto ao conteúdo


trabalhado, para que o aluno compreenda a importância desse aprendizado para a
sua vida. É importante ainda, que a escola conheça a realidade social de cada
educando para que possa traçar estratégias de aprendizagem condizentes com as
dificuldades e habilidades de cada um.

Deste modo, o aluno também precisa ser estimulado a


2
Içami Tiba. Disciplina, Limite na medida certa. 1996, p. 181.
3
Libâneo apud Simone Medianeira Rosa; Rosemar de Fatima Vestena. O professor e sua valorização
profissional. Disponível em: http://jne.unifra.br/artigos/4741.pdf Acesso em: 01/abr/2017.
7

aprender e ser entendido como um sujeito completo com emoções e sentimentos


que precisam ser trabalhados na sala de aula, entendendo ainda que este é um
sujeito ativo no processo de construção do conhecimento e não um mero receptor
de informações.

Com a consolidação do Capitalismo no século XIX várias


mudanças ocorreram, assim a entrada da mulher no mercado de trabalho é um
marco que tem influenciado diretamente as relações familiares.

Segundo ACKERMAN,

O momento histórico em que nos encontramos, tem alterado a


configuração da vida familiar e tem abalado os padrões
estabelecidos de Indivíduo, Família e Sociedade. [...] Seres
humanos e relações humanas foram lançados em um estado
de turbulência, enquanto a máquina cresce muito, à frente da
sabedoria do homem sobre si mesmo. A redução do espaço e
a intimidade forçada entre as pessoas vivendo em culturas em
conflito, exigem um novo entendimento, uma nova visão das
relações do homem com o homem e do homem com a
sociedade. 4

Em conformidade ao que se apresenta, observa-se nos dias de


hoje que, os pais passam a maior parte do seu tempo trabalhando, com o objetivo
de oferecer o melhor para a família e, para compensar a falta de tempo com seus
filhos, proporciona-os uma infinidade de presentes, porém sabe-se que isso jamais
irá substituir sua presença, atenção e amor. Conseguinte a isso forma-se crianças
carentes, estressadas, hiperativas, que refletem essas características na sala de
aula.

Ao se fazer um paralelo do período antes e pós a


democratização do ensino em relação a participação dos pais na vida educacional
dos filhos, verifica-se que houve um retrocesso, nesse caso, como bem diz
TEDESCO, “(...) entre a família de hoje e a do final do século passado há uma
distância enorme, enquanto entre a escola de hoje e a escola do final do século

4
Ackerman apud Fabiana Fagundes Brambatti. A importância da família na educação de seus filhos
com dificuldades de aprendizagem escolar sob a ótica da psicopedagogia. Disponível em:
http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/201_1.pdf Acesso em: 01/abr/2017.
8

passado as mudanças são muito menos significativas.” 5

Antes os pais tinham mais tempo para os filhos e se


encarregavam de educá-los, o que se observa na atualidade é totalmente adverso à
colocação do autor citado, a família atribui toda a responsabilidade de educar a
escola. Considera-se essa concepção errônea, visto que a escola tem uma
importância significativa na construção da formação humana, mas a família ainda é
a maior responsável pela a formação do caráter e dos valores morais, éticos e
sociais de seus filhos.

Com base na Lei nº 9.394/96, em seu artigo 2º:

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos


princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. 6

No artigo citado, entende-se que é dever tanto da família como


da escola, promover o desenvolvimento integral do educando, baseado em uma
educação pautada em princípios e valores humanos que são imprescindíveis para a
formação de seres conscientes e ativos na sociedade.

Diante dessa realidade, faz-se necessário uma boa formação


para os professores, necessitando de profissionais mais qualificados no sentido de
exigir para além dos conhecimentos específicos na área de atuação, oferecendo
uma preparação para lidar com as relações humanas que se fazem presentes no
processo de ensino aprendizagem.

A relação família e escola é um objeto de grande estudo na


área da educação, algumas pesquisas apontam que a ausência dos pais na vida
escolar dos filhos acarreta prejuízos a sua aprendizagem. Os problemas vivenciados
5
Tedesco apud João Luiz Gasparin; Robson Borges Maia. Um novo educador para uma nova relação
professor-alunos na escola contemporânea. Disponível em: http://docplayer.com.br/233406-Um-novo-
educador-para-uma-nova-relacao-professor-alunos-na-escola-contemporanea.html Acesso em:
01/maio/2017.
6
Brasil. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf Acesso em: 01/abr/2017.
9

no contexto familiar refletem no comportamento das crianças. Ao fazer um


levantamento dos maiores desafios na educação escolar, constata-se que a falta de
interesse pelos os conteúdos, a falta de limite e dificuldades na aprendizagem
estariam ocupando as primeiras colocações. Acredita-se que na maioria das vezes
isso está ligado a carência da atenção dos pais com seus filhos.

A base para um bom relacionamento é o amor, as crianças que


tem sua afetividade desenvolvida, sentem-se seguras, estimuladas e capazes de
aprender. Nessa visão, o diálogo é um instrumento indispensável para uma boa
educação, assim, os pais precisam estar disponíveis para ouvir o que os filhos têm a
dizer, pois quando a criança expressa seus medos, suas angustias é compreendida
e orientada, ela sente-se amada. Porém, o que ainda se percebe na atualidade são
crianças sem limites, que agem como querem, pois não tem entendimento sobre
seus atos e suas consequências, por isso é importante que os pais estabeleçam
limites para que a criança compreenda o que é certo e o que é errado, bem como o
que pode e o que não pode.

Dessa forma é preciso a aplicação de regras, que devem ser


definidas por meio do diálogo dos pais com os filhos, com uma combinação
importante para uma convivência agradável. Quando a criança tem clareza da regra,
ela aceita e respeita e, com o tempo, internaliza e se conscientiza de suas
responsabilidades e ações. Isso é importante, pois quando não é estabelecida as
regras, em uma determinada atitude que a criança merece ser repreendida, os pais
agem de acordo com seu humor naquele momento e muitas vezes, acabam agindo
de forma desequilibrada, sendo assim sua intervenção não tem nenhum valor
educativo.

As crianças de hoje em dia nascem nessa nova Era


Globalizada e marcada pelas grandes transformações tecnológicas, por isso há
necessidade dos pais e professores adequarem suas práticas, levando em
consideração essas inovações nas quais as crianças estão expostas. Com isso, a
tendência é que a criança tenha acesso desde muito cedo aos meios de
comunicação que estão presentes tanto na escola como nos lares. A grande
questão é como fazer para orientar essas crianças de como fazer o uso correto
10

dessas ferramentas. Os pais têm um papel primordial de controlar horários diante da


televisão, internet, estar atento a programação adequada a sua idade, já que as
crianças passam a maior parte de seu tempo em casa.

Sabe-se que a mídia pode influenciar diretamente no


comportamento das crianças, seus hábitos, valores, modo de consumo e ainda
repassa valores diferentes e antagônicos aos quais os pais e a família prezam e
ensinam. As crianças que não tem um acompanhamento dos pais, acabam suprindo
essa carência nas mídias, o que acaba, de certa forma, sendo prejudicial para o seu
desenvolvimento, pois a programação oferecida estimula o consumismo.

Vive-se em uma época em que é frequente os filhos


desrespeitarem seus pais e familiares e tal atitude chega a ser considerado habitual
e aceitável, pois os pais estão perdendo cada vez mais sua autoridade para com
seus filhos e isso reflete negativamente na sala de aula, visto que o aluno não
respeita nem o professor, nem os colegas, e quando solicitado sua presença os pais
alegam que não sabem mais o que fazer com aquela criança. A escola muito tem
feito no sentido de trabalhar boas maneiras e regras básicas de tratar as pessoas,
porém a família também precisa tomar para si a responsabilidade que lhe compete,
pois tem-se conhecimento que uma instituição não substitui a outra. É preciso que a
escola assuma a responsabilidade pelo o educando e que as famílias façam o
mesmo pelo o filho.

É necessário que os pais resgatem sua autoridade com os


filhos, vale ressaltar que essa autoridade a qual nos referimos não é a relação de
autoritarismo, mas o resgate de valores, de respeito e isso pode ser possível através
do diálogo e das próprias atitudes, já que as crianças aprendem também com as
ações das pessoas de seu convívio.

Deste modo, é preciso mais do que ensinar, é necessário


também viver esses princípios.

2. A FAMÍLIA E O PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM


11

A indisciplina aparece como a principal consequência da falta


de limites e como um desafio que os professores precisam enfrentar diariamente em
um trabalho conjunto com os pais que, na maioria das vezes, estão alheios a essa
situação, pois levam em consideração que o termo educação diz respeito apenas à
educação escolar, que acontece dentro da sala de aula, sem levar em consideração
que a aprendizagem também acontece na família, na igreja, na interação com os
amigos, assim, com tal percepção a família se isenta da responsabilidade de educar.
Nesse contexto entende-se que há um conflito entre essas duas organizações que
possuem funções diferentes, todavia complementares.

O fracasso escolar é uma outra problemática alarmante nas


escolas, já que a busca por culpados por esse fato certamente é maior que a
procura por soluções. Conforme, já abordado anteriormente, de um lado se encontra
os pais que não cumprem suas responsabilidades no desenvolvimento de seus
filhos e cobram da escola uma formação integral; do outro está a escola que se
sente sobrecarregada pela a educação, formação do educando e os desafios dessa
nova geração. É necessário definir os papéis de cada instituição, para que se
conscientizem de suas responsabilidades, de modo que se cada uma cumprir com
sua tarefa, não serão necessárias cobranças e não haverá uma sobrecarga nem por
parte da família e nem da escola.

Nesse sentido, torna-se relevante, também deixar claro, para


as crianças, a função de cada uma, pois no momento em que precisarem de ajuda,
saberão exatamente a quem recorrer. Portanto, é necessário que escola e família
tenham os mesmos interesses, igualmente sabendo que existirão conflitos, visto que
a sociedade é heterogênea, as culturas são diversificadas. Assim, o importante é
saber lidar de forma aberta, aceitando e respeitando o ponto de vista de ambas.

Segundo WEIL,

Antigamente, a instrução dos filhos era dever exclusivo da


família. Mas a vida foi se complicando e o conjunto dos
conhecimentos a serem adquiridos por uma pessoa também se
estendeu indefinidamente. O resultado disto é que a escola
tomou, aos poucos, o encargo de instruir as crianças e os
adolescentes. Muitos até lhe atribuem a missão de formar o
12

caráter. 7

A escola acredita que a ausência dos pais no cotidiano escolar,


deve-se ao fato da baixa escolaridade, falta de conhecimento e saberes que os
impossibilitam de ajudar no desempenho estudantil de seus filhos, além da falta de
tempo que é outro empecilho. Porém. isso não justifica esse afastamento da escola,
os pais podem usar o seu exemplo, de como a falta de estudos os privaram das
oportunidades de um futuro melhor, e colaborar naquilo que está dentro de suas
possibilidades para o sucesso escolar dos filhos. A motivação e participação dos
pais na educação de suas crianças são condutas que contribuem indubitavelmente
para que sintam se valorizados e amados e ainda promovem uma aprendizagem
significativa.

É imprescindível a conscientização dos pais sobre a


importância que exercem na educação de seus filhos, assim como uma parceria
entre escola e família que são ambientes educativos distintos, mas buscam objetivos
comuns.

Como afirma BARTHOLO, “A parceria família escola é


fundamental para que ocorram os processos de aprendizagem e crescimento de
todos os membros deste sistema, uma vez que a aprendizagem não está
circunscrita à conteúdos escolares.” 8

Nas palavras do autor nota-se a necessidade da interação


entre essas duas instâncias sociais para a formação integral do aluno, uma vez que
quando a família reconhece a realidade da criança e a leva até aos educadores para
que compreendam é possível em conjunto, elaborar estratégias que solucionem os
problemas.

Na atualidade, pode-se observar que a presença dos pais na

7
Weil apud Elisangela Aparecida Branquinho Aureliano. A falta de limites na educação dos filhos na
atualidade. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd189/a-falta-de-limites-na-educacao-dos-
filhos.htm Acesso em: 01/maio/2017.
8
Bartholo apud Cleophas Mudita Ilunga. A interacção Família-Escola: Um desafio para o processo de
Ensino e Aprendizagem. Disponível em: http://freicleo.blogspot.com.br/2015/07/a-interaccao-familia-
escola-um-desafio.html Acesso em: 01/maio/2017.
13

escola acontece apenas nas reuniões bimestrais, quando convocados para


comtemplar os resultados do desenvolvimento de seus filhos, para fazer alguma
reclamação sobre maus comportamento ou para a defesa de seus interesses
próprios.

Nessa perspectiva NOGUEIRA, afirma que,

A relação entre escola e família tem-se resumido à


comunicação de notas e frequência escolar, e resultados de
aprendizagem com a solicitação de ajuda para resolver
problemas disciplinares e financeiros, relação esta que
normalmente não inclui o respeito e reconhecimento dos pais
como educadores responsáveis por seus filhos. 9

A escola deve criar um ambiente de acolhimento, como uma


forma de facilitar e atrair a participação da família na vida escolar de seus filhos, é
de fundamental importância que a escola utilize uma linguagem de fácil
compreensão. É um momento que a instituição tem de mostrar como trabalha, seus
objetivos e desafios no processo educacional, reforçando como essa parceria irá
influenciar inegavelmente no sucesso escolar do educando, deste modo, a família
sente-se compromissada e responsável com o desenvolvimento de seu filho. Esse
incentivo à cooperação entre essas duas organizações deve começar na elaboração
do projeto político pedagógico da escola, no qual é possível desenvolver ações
coerentes com a realidade, as dificuldades de cada indivíduo que são singulares,
para assim buscar soluções em conjunto.

Portanto, o bom relacionamento entre escola e família,


perpassa a um simples encontro de reuniões, é necessário planejar atividades,
palestras e oficinas nas quais os pais sejam requisitados a participarem juntamente
com seus filhos, assim essa parceria irá se firmar e a gestão da escola deixará de
ser hierarquizada e centralizada e passará a ser democrática e participativa.

Conforme destaca GADOTTI,

9
Raimundo Augusto Nogueira. Mudanças na sociedade contemporâneas. Mundo Jovem. v. 1, nº.
123, fev. 2002, p. 56.
14

A gestão democrática da escola implica que as comunidades,


os usuários da escola, sejam seus dirigentes e gestores, e não
apenas seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços
educacionais. Na gestão democrática, pais, alunos,
professores e funcionários assumem sua parte de
responsabilidade pelo projeto da escola. 10

A escola deve defender a democracia, para que deste modo,


família, educadores, gestores e comunidade possam elaborar ações estratégicas,
onde todos tenham o mesmo poder de decisão e assim alcançar os objetivos
desejados. Tendo em vista que quando entendido que a educação é um termo mais
abrangente do que ensino e cada um se conscientiza de sua parcela de
responsabilidade no processo educativo, torna-se mais fácil a aproximação e a
busca dessa excepcional união, imprescindível para o processo de ensino
aprendizagem.

Com isso, fica nítido que o esse jogo de empurra-empurra, no


qual a família culpa a escola pelo o fracasso escolar de seu filho e a escola reclama
da falta de apoio e compromisso dos pais com o processo educativo, não leva a
nenhuma solução cabível para essa contrariedade.

Desse modo, a mudança de postura de ambas as instituições é


primordial para que se possa conter esse círculo vicioso, pois no momento em que
cada um tem clareza do seu papel e assume suas responsabilidades, certamente a
educação passa a ser encarada como uma tarefa complexa que precisa ser
partilhada para que se obtenha êxito, assim o discente se favorece dessa união.

Como ressalta LOPES,

É indispensável que família e escola sejam parceiras, com os


papéis bem definidos, onde não se pratica a exigência e sim a
proposta, o acordo. A família pode sugerir encontros para a
escola, não ficando presos somente às reuniões formais, pois
além de ser um bom momento para consolidar a confiança,
podem discutir juntos acerca dos seus papéis. A escola pode
estimular a participação dos pais, procurando conhecer o que

10
Moacir Gadotti. Perspectivas atuais da educação. 2000, p. 17.
15

pensam e fazem e obtendo informações sobre a criança. 11

Portanto a escola deve dar o primeiro passo, possibilitando


momentos que integre a família nas atividades e ações escolares, com isso além da
família se sentir importante e responsável, faz com que o aluno sinta se valorizado e
capaz de aprender. É necessário também que a escola propicie diferentes horários
para que essa participação aconteça, pois, as particularidades de cada família deve
ser levada em consideração.

Por consequência essa esplêndida parceria, resultará numa


educação de qualidade que visa a formação de sujeitos atuantes na sociedade, uma
educação na qual os compromissos são compartilhados e todos os protagonistas
nesse processo educacional participam e contribuem eminentemente para o
sucesso escolar.

Diante do que se apresenta, vale destacar que manter uma


parceria entre a escola e a família não é um trabalho fácil, uma vez que os
pensamentos são distintos e os conflitos geralmente se fazem presentes, porém
quando as dificuldades são compartilhadas e discutidas é possível chegar a um
denominador comum.

SILVA explica com propriedade que,

Aí entra a parceria família/escola. Uma conversa franca dos


professores com os pais, em reuniões simples, organizadas,
onde é permitido aos pais falarem e opinarem sobre todos os
assuntos, será de grande valia na tentativa de entender melhor
os filhos/alunos. A construção desta parceria deveria partir dos
professores, visando, com a proximidade dos pais na escola,
que a família esteja cada vez mais preparada para ajudar seus
filhos. Muitas famílias sentem-se impotentes ao receberem, em
suas mãos os problemas de seus filhos que lhe são passados
pelos professores, não estão prontas para isso. 12

Quando essa relação filhos–alunos estiver realmente

11
Patrícia Lopes. Atuação dos pais na educação. Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.
com.br/sugestoes-pais-professores/atuacao-dos-pais-na-educacao.htm Acesso em: 01/abr/2017.
12
Sonia das Graças Oliveira Silva. A relação família/escola. Disponível em: http://www.sinaldafenix.
com.br/site/educacao/a-relacao-familiaescola/ Acesso em: 01/abr/2017.
16

fortalecida, a família participar de fato da vida escolar de seus filhos, não somente
para o encontro de reuniões e para resolver situações que fogem do controle da
escola, mas quando o comparecimento dos pais estiver permanente no âmbito
escolar, acredita-se que muitos problemas hoje encontrados na sala de aula, irão ser
solucionados. Portanto a sintonia na relação escola e família é essencial para que se
possa realizar um trabalho que promova o desenvolvimento pleno do educando.

2.1 A Lição de Casa ou Tarefa

A lição de casa é um tema que vem sendo muito debatido no


meio estudantil, principalmente entre os pais e educadores. A grande questão é o
seu objetivo, pois existem diversas situações que se fazem refletir sobre sua
importância para a aprendizagem da criança: alunos realizam para ganhar nota, os
pais executam as atividades dos filhos, os deveres são produzidos de modo
mecânico, geralmente são forçados pelos os pais e até mesmo como forma do
professor penalizar o aluno.

A grande questão está no educador em esclarecer de fato o


objetivo da tarefa de casa, pois entende-se que é de grande valia para que os pais
percebam o que a escola está na busca de transmitir conhecimento ao seu filho.

Nessa temática destaca PAROLIN

Observo que, apesar das teorias que embasam a nossa prática


educativa, os testemunhos vêm inflamados de emoção e
distantes das teorias preconizadas. Essa realidade vivida não
corresponde ao que os educadores gostariam de viver.
Encontrei no tema lição de casa uma realidade que é
vivida/sofrida e distante da idealizada. (...) Poucas escolas,
educadores ou crianças falam bem e de forma construtiva
dessa “tarefa”. Parece que a lição de casa está envolta em
uma sombra que gera muita emoção e precisa ser clareada.
Ela é, ou tem sido, em muitas escolas e famílias, uma tarefa
que não tem servido para nada, e não é responsabilidade de
ninguém especificadamente. 13

No momento em que a escola organiza as atividades de casa

13
Isabel Parolin. Op. Cit. p. 68.
17

deve deixar claro seu objetivo que é: reforçar o conteúdo trabalhado; aprofundar o
conhecimento sobre o assunto em estudo; incentivar a autonomia e fazer com que a
criança crie o hábito de estudo. É importante que os pais não façam interferências
desnecessárias, tentando explicar o assunto de maneira diferente a qual a criança
aprendeu, para que ela não se confunda e, em hipótese alguma, realizar a tarefa
pelo o filho, ou apresentar as respostas prontas. Procurar a resposta juntamente
com o filho é viável, as crianças precisam aprender com as dificuldades e dúvidas.

Acompanhar as atividades escolares em casa é uma forma dos


pais avaliarem o desenvolvimento de seus filhos, e esse auxilio no processo de
ensino aprendizagem certamente traz rendimento para a criança. Portanto, apesar
dos compromissos dos pais com o mundo do trabalho, é precípuo que essa parceria
seja firmada, pois compreende-se a necessidade da complementação entre essas
duas instituições no processo de ensino e de aprendizagem.

Compartilhar da vida escolar dos filhos, é uma condição


importante no processo de construção do saber, assim acredita-se que o diálogo é
uma importante ferramenta que possibilita a troca de informações entre escola e
família. Deste modo, devem ser propostos momentos nos quais a família seja
integrada realmente com a ação pedagógica da escola e possam ser trabalhados os
valores e as diferenças comuns em cada família de forma perspicaz. Assim também,
apostamos numa gestão democrática e participativa, na qual todos estejam inseridos
e ainda com a combinação entre essas duas organizações seja possível promover
uma educação de qualidade que forme cidadãos autônomos, atuantes, consciente
do seu papel de transformador de sua realidade social.

3. A INSTITUIÇÃO DE ENSINO COMO FORMADORA DE DOCENTES


QUALIFICADOS

Nos dias de hoje pode-se constatar que a relação entre família


e escola se encontra um pouco conturbada, pois a confiança que os pais
depositavam na escola não mais existe e é nítido que já não permeia o sentimento
de confiabilidade entre essas duas organizações sociais que um dia existiu. Sabe-se
que mais que um direito, é um dever dos pais acompanhar a vida educacional de
18

seu filho, informar-se sobre a escola e os profissionais que nela atuam é uma
preocupação que geralmente a família traz consigo, a fim de averiguar se a
formação oferecida a criança vai de encontro as suas necessidades e anseios.

Essa é uma atitude pertinente, pois quando os pais realmente


têm interesse pela a educação da criança, antes mesmo da matrícula é feita uma
análise e avaliação da instituição, como uma forma de proporcionar uma maior
segurança para o filho.

Como ressalta REIS, “A escola nunca educará sozinha, de


modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez
escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre
escola, pais e filhos.” 14

Existem várias formas dos pais participarem do processo de


desenvolvimento educacional de seus filhos. Acredita-se que o professor tenha o
importante papel de incentivar a proximidade dos pais nas atividades escolares,
promover encontros e propostas de integração, entretanto existe um empecilho
alarmante nas escolas: a desvalorização do profissional.

Progressivamente as escolas recebem cada vez mais funções


como: educação sexual, formação política e religiosa, entre outras atribuições que
antes competiam à família. Atualmente, é comum as Instituições de Ensino,
principalmente na Educação Básica apresentarem salas de aula com numerosos
alunos, no que implica vários trabalhos para o professor corrigir, sábados
pedagógicos e outras exigências que precisam ser cumpridas. Além do excesso de
trabalho e falta de valorização profissional por parte dos governantes, lidam, os
educadores, no momento, atual com a violência e falta de respeito pelos alunos.

LIBÂNEO enfatiza em relação ao profissional da educação que


“(...) necessita-se de melhores salários, condições de trabalho, melhor qualificação,
estabilidade das equipes nas escolas, servindo também para reconfigurar o papel

14
Risolene Pereira Reis. Mundo Jovem. nº. 373. Fev 2007, p. 6.
19

deste professor.” 15

A falta de estímulo está fazendo com que o profissional da


educação repense na escolha da sua carreira. Esse fator tem um peso negativo na
qualidade da educação brasileira, já que alguns não realizam um bom trabalho,
assim, com esse desencanto pelo o ofício, o educador tende a se acomodar com o
conhecimento que já possui da formação inicial e não busca uma formação
continuada que é de vital relevância para a atualização das práticas pedagógicas
que facilitam seu trabalho com essa nova geração.

Como consequência da sobrecarga, falta de condições de


trabalho e a desvalorização não somente por parte do governo, mas também da
própria família que não reconhece a grande missão do professor que consiste na
formação integral da criança, os pais geralmente os procuram para criticar, seja pelo
baixo rendimento escolar, pela a suspensão que foi dada ao filho, entre outros, e
quase nunca para elogiar, assumir a sua parcela de culpa e sua a responsabilidade
na educação desses aprendizes.

3.1 Docência no Ensino Superior

Pensar a Docência no Ensino Superior remete à reflexão sobre


o processo de formação para a docência universitária, considerando seus aspectos
teóricos e práticos, buscando a compreensão de como tornar-se docente e de que
repertório de saberes se faz necessário lançar mão para um magistério pertinente,
que atenda aos desafios de uma formação pedagógica cada vez mais atualizada,
científica, qualificada e que destaque o papel do professor universitário no processo
de formação pessoal e profissional.

Vale assinalar a educadora CASTELLI, quando afirma que,

As universidades, pontualmente, são locais privilegiados de


produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico.
Sendo assim, o compromisso social da universidade deve ser

15
Libâneo apud Simone Medianeira Rosa; Rosemar de Fatima Vestena. Op. Cit. Disponível em:
http://jne.unifra.br/artigos/4741.pdf Acesso em: 01/abr/2017.
20

efetivo, visto que ela faz parte de um contexto global inclusivo


que a determina e, que a torna um dos agentes para a
manutenção e/ou para a transformação da sociedade. Dado a
isso, a aprendizagem e o fazer reflexivo são inerentes ao
processo de construção deste conhecimento, em que o ensinar
tende a se fazer, de forma dialógica com as exigências
empreendidas ao novo contexto e às novas exigências
econômico/sociais, políticas e culturais. 16

Desse modo, para o professor, é exigido mudanças no sentido


de trabalhar com seus discentes desempenhando com todas as competências
técnicas desenvolvidas ao longo da sua carreira profissional, contudo, não é fácil,
pois o mercado de trabalho é muito concorrido e muitos cursos de formação deixam
a desejar e, por esta razão, há uma grande procura do corpo de educadores por
qualificação profissional, visando aperfeiçoar suas práticas pedagógicas visto que,
nesse meio, o ponto crucial são os saberes pedagógicos que contribui para o
crescimento do lecionador.

CONCLUSÃO

Neste trabalho, aborda-se a importância do processo de


integração família e escola para o desenvolvimento da aprendizagem, fazendo-se
perceber que muito ainda precisa ser feito para se consolidar, de fato, essa relação.

A escola na atualidade, além de ser responsável por


proporcionar a aquisição do conhecimento, tem o importante papel de trabalhar os
valores éticos e sociais e a de formar cidadãos, sendo que esse é um compromisso
que compete a família e está se exime de sua tarefa e julga a escola como única
culpada pelo fracasso. Os pais não se conscientizam da importância de sua
participação e parceria com a escola para que se obtenha êxito na construção do
saber.

É imprescindível que cesse a busca por culpados pelos


problemas educacionais como a indisciplina, o fracasso escolar e se inicie a procura

16
Maria Dinorá Baccin Castelli. A formação docente no contexto do ensino superior. IX ANPED SUL.
Disponível em: http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/2012/Formacao_de_Professores/Tr
abalho/12_13_00_2595-7178-1-PB.pdf Acesso em: 01/maio/2017.
21

por soluções cabíveis para essa problemática. Deste modo, faz-se necessário definir
os papéis de cada instituição para que não haja uma sobrecarga nem por parte da
família nem da escola.

Assim, compreende-se que é de suma importância o


estreitamento das relações estabelecidas entre essas duas instituições para o
desenvolvimento intelectual, moral e social do educando. É essencial ressaltar que a
participação dos pais na vida escolar dos filhos, não se dá somente através de
reuniões bimestrais para tratar de assuntos que fogem do controle da escola, mas
em palestras, atividades escolares, lições de casa.

Acredita-se que a escola deve dar o primeiro passo,


possibilitando momentos que associe a família em suas ações e, com isso, além dos
pais se sentirem responsáveis, faz com que o aluno se sinta valorizado e estimulado
a aprender.

Conclui-se finalmente, que somente por intermédio de uma


parceria efetiva entre escola e família, numa perspectiva de gestão democrática que
permitam a comunhão das ações entre essas duas organizações sociais, que
possuem funções diferentes, mas complementares, é possível uma educação de
qualidade que vise a formação do professor no ensino superior para que se possa
formar cidadãos conscientes e atuantes na sociedade.

Vale ressaltar, também, na conclusão da pesquisa que,


entendido os diversos propósitos e as contribuições do docente para a formalização
profissional do processo de ensino e de aprendizagem, buscou- se migrar tais
conhecimentos e aptidões para o ramo tecnológico em formação dos cursos de
Estética e Cosmetologia.

Diante disto, a relevância do professor nessa área de estudo,


possui inúmeros desafios, pois se trata de um ramo tecnológico especializado, que
estimula a realização de pesquisas e trabalha com manuseio de instrumentos,
recursos e estratégias que se não usadas corretamente, podem prejudicar o
paciente.
22

Neste sentido, o docente tem a missão, não só de ensinar os


conteúdos programáticos, e sim preparar para uma visão de futuro, estimulando os
estudantes a futuros empreendedores, oferecendo-lhes capacitação e segurança.
Sendo importante, também, destacar que a Educação Superior em relação ao corpo
docente, se preocupa muito com a intelectualidade do professor, quando é
esquecida a formação pedagógica, podendo ocasionar uma defasagem na
aprendizagem do aluno.

BIBLIOGRAFIA

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Jovem. v. 1, nº. 123, São Paulo, Fev. 2002.

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da 5ª Jornada de Educação do Norte e Nordeste. Fortaleza, 2003.

REIS, Risolene Pereira. Mundo Jovem. nº. 373. São Paulo, Fev. 2007

TIBA, Içami. Disciplina, Limite na medida certa. 41. ed. São Paulo: Gente, 1996.

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limites-na-educacao-dos-filhos.htm Acesso em: 01/maio/2017.

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filhos com dificuldades de aprendizagem escolar sob a ótica da psicopedagogia.
Disponível em: http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/201_
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Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf Acesso
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