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Mitologia é o estudo dos mitos: lendas e/ou histórias de uma cultura em particular creditadas como verdadeiras e

que constituem um sistema religioso ou de crenças específicos.


Os mitos são, geralmente, histórias baseadas em tradições e lendas feitas para explicar o universo, a criação do
mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são atribuíveis. Mas nem todos os
mitos têm esse propósito explicativo. Em comum, a maioria dos mitos envolvem uma força sobrenatural ou uma
divindade, mas alguns são apenas lendas passadas oralmente de geração em geração.
Figuras mitológicas são proeminentes na maioria das religiões e a maior parte das mitologias estão atadas a pelo
menos uma religião. Alguns usam a palavra mito e mitologia para desacreditar as histórias de uma ou mais religiões.
O termo é freqüentemente associado às descrições de religiões fundadas por sociedade antigas como Mitologia
romana, Mitologia grega, Mitologia Egípcia e Mitologia nórdica, que foram quase extintas. No entanto, é importante
ter em mente que enquanto alguns vêem os panteões nórdicos e célticos como meras fábulas outros os têm como
religião.
Pessoas de muitas religiões tomam como ofensa a caracterização de sua fé como um conjunto de mitos, pois isso é
afirmar que a religião em si é uma mentira. Mesmo assim, muitas pessoas concordam que cada religião tem um
grupo de mitos os quais desenvolveram-se somados às escrituras.
Mitologia Yorubá
O yoruba é o segundo grupo étnico na Nigéria, compreendendo aproximadamente dezoito por cento da população
total. Vivem a maior parte no sudoeste do país; há também uma comunidade substancial do yorubá em Benin. É um
grupo étnico principal nos estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun, e Oyo. Há um número de yorubas na
república de Benin, enquanto comunidades pequenas podem ser encontradas , em Togo, em Serra Leoa, no Brasil e
em Cuba. A maioria de povos yorubás. Os muçulmanos compreendem aproximadamente um quarto da população do
yorubá.O yorubá era a maior urbanização de africanos na era pré-colonial, e tem um história da cidade natal que
conta de 500 A.D. As cidades principais yorubás são Lagos, Ibadan, Abeokuta, Akure, Ilorin, Ogbomoso, Oyo, e Ife.
Mitologia do yorubá
O yorubá é um grupo étnico historicamente muito importante da África Ocidental, concentrado principalmente na
Nigéria. Muitos escravos nas Américas eram etnicamente Yorubanos e muitas das idéias mitológicas de opinião
religiosa de Yorubanos foram combinadas com o cristianismo e a espiritualidade americana nativa. Hoje conhecemos
a religião africana no continente americano como:
-candomblé, batuque, xangô, santeria, vodu e outras)
Em cada grupo, juntaram-se culturas, associadas ao maior ou menor número de pessoas originárias da mesma raiz
(nagô, ketu, angola, oyo, jêje, ijexá, etc) (ver mapa).

Um babalaô me contou:

"Antigamente, os orixás eram homens.


Homens que se tornaram orixás por causa de seus poderes.
Homens que se tornaram orixás por causa de sua sabedoria.
Eles eram respeitados por causa de sua força,
Eles eram venerados por causa de suas virtudes.
Nós adoramos sua memória e os altos feitos que realizaram.
Foi assim que estes homens tornaram-se orixás.
Os homens eram numerosos sobre a Terra.
Antigamente, como hoje,
Muitos deles não eram valentes nem sábios.
A memória destes não se perpetuou
Eles foram completamente esquecidos;
Não se tornaram orixás.
Em cada vila, um culto se estabeleceu
Sobre a lembrança de um ancestral de prestígio
E lendas foram transmitidas de geração em geração para
render-lhes homenagem".
Lendas Africanas dos Orixás,
Pierre Verger

 A ponte entre o Orum e o Aiyê


Todas as religiões do mundo tentam explicar os grandes mistérios da humanidade: De onde viemos? Quem
somos? Para onde vamos?
Reza uma história africana, originária de Ketu, que no início de tudo havia o Orum, o espaço infinito, e lá vivia o
deus supremo Olorum. Certo dia, Olorum criou uma imensa massa de água, de onde nasceu o primeiro orixá:
Oxalá, o único capaz de dar vida. Olorum mandou Oxalá partir e criar o aiyê, o mundo. Só que Oxalá não fez as
oferendas necessárias para a viagem e enfrentou sérios problemas no caminho.
Quem acabou criando o mundo foi Odudua, sua porção feminina. Para consolar Oxalá, o deus supremo lhe deu
outra missão: a de inventar os seres que habitariam o aiyê. Assim Oxalá usou a água branca e a lama marrom
para criar peixes azuis, árvores verdes e homens de todas as cores. Foram justamente os homens que, mais
tarde, imaginaram formas de adorar e representar a saga de deuses como Oxalá, Odudua, Olorum e tantos
outros.
 O sopro sagrado de Olorum
Quando Olorum, o senhor do infinito, fez o universo com o seu hálito sagrado, criou junto um punhado de seres
imateriais com a finalidade de povoá-lo. Estes seres, os orixás, foram dotados de poderes fantásticos, como o
domínio sobre o fogo, a água, a terra, o ar, os animais e as plantas e também o masculino e o feminino.
No princípio, eram muitas as divindades africanas, tantas que a comparamos às cores da exuberante África.
Ainda hoje, os adeptos das religiões afro-brasileiras continuam adorando um pequeno grupo destas divindades,
que representam todos os elementos essenciais à natureza e à vida humana.
Os povos africanos produziram uma infinidade de mitos sobre a criação do mundo e as forças espirituais. Isso
porque a necessidade de explicar o mundo em que vivemos é praticamente tão antiga quanto a própria
humanidade.
 No tabuleiro de Iansã
Orixá das cores vermelha e branca, Iansã é a regente do vento e dos temporais. Segundo uma antiga história da
África, Xangô, marido de Iansã, certa vez a enviou para uma aventura especial na terra dos baribas. A missão
era buscar um preparado que lhe daria o poder de cuspir fogo. Só que a guerreira, ousada como ela só, ao invés
de obedecer ao marido, bebeu a alquimia mágica, adquirindo para si a capacidade de soltar labaredas de fogo
pela boca.
Mais tarde, os africanos inventaram cerimônias que saudavam divindades como Iansã através do fogo. E, para
isso, usavam o àkàrà, um algodão embebido em azeite de dendê, num ritual que lembra muito o preparo de um
alimento bastante conhecido até os dias que correm: o acarajé. Na verdade, o acarajé que abastece o tabuleiro
das baianas é o alimento sagrado de Iansã, também conhecida como Oyá.
O quitute tornou-se símbolo da culinária da Bahia e patrimônio cultural brasileiro. E, assim como ele, diversos
elementos da tradição africana fazem parte do nosso cotidiano. Em sons, movimentos e cores, a arte encontrou
na religião de origem africana seu sentido, sua essência, sua identidade.
 A porção humana dos orixás
Obá, a orixá guerreira, disputava o amor de Xangô com Iansã e Oxum. Obá sentia o corpo arder de ciúme ao
ver seu amado tratar Oxum com gestos de atenção e carinho e passou a imaginar que sua rival colocava algum
tempero especial na comida para enfeitiçar Xangô.
Certo dia, Obá foi à cozinha disposta a descobrir o segredo de Oxum. Percebendo o ciúme de Obá, Oxum
resolveu pregar uma peça na guerreira e mentiu. Disse que seu ingrediente era, na verdade, um pedaço de sua
orelha. Obá então pôs uma tasca da própria orelha na comida e serviu para Xangô, que rejeitou o prato. Foi
quando Obá se deu conta que caíra em uma armadilha e desde este dia, cobre as orelhas quando dança na
presença de Oxum.
Os sentimentos humanos sempre estiveram presentes na mitologia dos orixás e na tradição oral africana.
Sentimentos que mais tarde viriam contar outras histórias, que compõem uma literatura tipicamente feita por
negros no Brasil.
 A espada justa de Ogum
Ogum é um orixá benfeitor, capaz de salvar muitas vidas, mas também destruidor de reinos. Há quem diga que
um belo dia Ogum chegou em uma aldeia onde ninguém falava com ele. Sempre que se dirigia a um habitante
do lugar, só recebia um grande vazio como resposta.
Pensando que todos estavam zombando dele, Ogum ficou furioso e destruiu cada pedacinho da aldeia. Logo em
seguida, descobriu que aqueles moradores permaneceram calados porque faziam voto de silêncio e se
arrependeu amargamente por haver empregado as suas forças numa ação bélica.
Desde então, o deus da guerra jurou ser mais cauteloso e proteger os mais fracos, sobretudo aqueles que
estiverem sofrendo algum tipo de perseguição arbitrária. Tanto no orum, o universo, como no aiyê, a terra, a luta
dos negros contra as injustiças é encarada por corajosos guerreiros espirituais e de carne e osso.
 Omolu dança só
Há muitos e muitos anos, um episódio interessante percorre a África inteira. É sobre uma grande festa, que
reunia uma lista de ilustres convidados - Oxum, Iemanjá, Oxalá, Xangô, Oxossi, Ossaim, Obá, Logunedé, Iansã,
Nanã, Ogum e Oxumaré. Todos os orixás estavam lá. Na verdade, quase todos, porque faltava o Omolu.
Omolu ficou do lado de fora com vergonha das marcas que a varíola lhe deixara no rosto. Ao saber disso, Ogum
correu até a floresta e teceu uma roupa de palha, o ofilá, para que o irmão participasse da festa. Omolu entrou,
mas ninguém quis dançar com ele. Mesmo cobertas, suas feridas causavam repulsa nos orixás. A corajosa
Iansã foi a única que o chamou para uma dança. E como Iansã é a orixá dos ventos, sem querer, mandou a
roupa de Omolu pelos ares!
Qual não foi a surpresa quando, livre do ofilá, surgiu um homem lindo, sem defeito algum. Ao ver a beleza de
Omolu, os orixás femininos suspiraram e os masculinos se morderam de inveja. Omolu ofereceu à Iansã uma
recompensa, mas, a partir daquele dia, passou a dançar sempre sozinho nas festividades.

Desde os primórdios, os humanos cultuam as divindades a fim de assegurar o equilíbrio das forças vitais do
universo. Junto com poderes, os orixás receberam tarefas. Exu, Ogum e Oxóssi, por exemplo, atuam como
guardiões. Alguns reinam sobre as águas, como Iemanjá e Oxum. Iemanjá também está vinculada à infância e à
maternidade, assim como Ibeji. Ossaim e Oxumarê são as entidades da natureza. O ambiente de Xangô é regido
pelo fogo. Já Omolu e Nanã atuam sobre a saúde da humanidade, o que implica, muitas vezes, na doença e na
morte.
Exu, o princípio dinâmico que rege a vida, e Ifá, encarregado de transmitir os propósitos dos orixás aos homens, são
as duas divindades que aparecem com destaque nos rituais afro-brasileiros. A casa de Exu fica próxima à entrada
dos terreiros com o objetivo de proteger o espaço sagrado. Muitas vezes confundido com o conceito cristão de
demônio, Exu é, na verdade, uma força que possibilita a ligação entre este mundo físico, Aiyê, e aquele habitado
pelas divindades, Orum.
Muniz Sodré – escritor
“As divindades do panteão negro são princípios cosmológicos, ou seja, a explicação de como e por que o homem foi
instalado no mundo. Isso ocorre com Xangô, Ogum e todos os orixás. Cada um é dotado de preceitos explicativos
acerca dos humanos. Exu é visto como perigoso porque traz o que é instável. É ele quem transporta a fala, o
fundamento da comunicação, e também está relacionado à sexualidade, que, em movimento, é considerada
perigosa.
Quando os antropólogos anglicanos chegaram à África e estudaram o sistema nagô, encontraram o Exu e toda a
simbologia que há por trás desta divindade. Então, pensaram ‘se é tão livre sexualmente, se não tem fixidez, é o
diabo’. Foi assim que Exu passou a ser representado para o ocidente como o demônio. Claro que os próprios cultos
afro-brasileiros assumiram esta definição e, por influência do catolicismo, apresentam o Exu com aqueles chifres.
No culto negro não existe, sequer, diabo. E todo princípio cosmológico em toda a divindade é ambivalente, com
aspectos sexuais, de perigo, de luta, de guerra e de ciúme porque tudo isso é constitutivo da humanidade. Só que
Exu é o motor do sistema, é ele quem transporta as mensagens, é ele quem constitui a individualidade do sujeito”.
Rafael Zamora, babalaô
“O culto a Ifá se originou no antigo Egito, depois migrou para a África, onde se desenvolveu e, com o tráfico de
escravos, chegou ao Brasil e em Cuba. Hoje em dia está no mundo inteiro. O oráculo de adivinhação de Ifá, formado
por 256 hinos, é muito certeiro e revela passado, presente e futuro dos homens. Trata-se de uma cultura iorubá sobre
as energias do mar, da terra, dos ventos, dos rios e funciona como a base do que conhecemos como Candomblé”.
O babalaô ocupa uma importante posição nos terreiros de Candomblé. É aquele que se dedica ao culto do Ifá,
também conhecido como Orunmilá, a divindade que tem livre acesso a todos os segredos. O babalaô usa búzios e
caroços de dendê para descobrir como foi o passado e lançar previsões sobre o futuro, transmitindo a vontade de
Olorum, o deus supremo. O babalaô está acima ao babalorixá.
Pai Bira de Xangô (Ilê Axé Oba Ogodô)
“O babalorixá é o sacerdote detentor dos conhecimentos a respeito do zelo e do culto aos orixás. Ele passa por
diversos estágios de formação. Ainda na fase de abiã, quando chega à casa de culto, recebe o fio-de-conta, sua
insígnia inicial. Em seguida, faz a primeira obrigação e vira um iaô, quando desposar o orixá. Depois ele aprofunda
seus conhecimentos numa etapa que dura a vida inteira. E após sete anos de obrigações gradativas, ele recebe um
axé que lhe garante o posto de babalorixá ou ialorixá, no caso das mulheres. Ou seja, alguém preparado para iniciar
outras pessoas ao sacerdócio”.
O pernambucano Felipe Sabino da Costa, o Pai Adão, foi um dos babalorixás mais respeitados do seu tempo. Ele
exercia suas funções sacerdotais no terreiro do Sítio da Água Fria, aberto em 1893. Em um de seus artigos, Nei
Lopes revela que Pai Adão dominava a língua ioruba e se relacionava em pé de igualdade com cientistas e
pesquisadores. Faleceu em 1936, aos 59 anos, mas ainda hoje é considerado a maior personalidade da história do
‘Xangô’, como é chamado o Candomblé no Recife.
Manoel ‘Papai’ Nascimento – babalorixá pernambucano
“É inegável a contribuição que Pai Adão deu ao Xangô do Recife. Pelo que encontro hoje, e isso já foi dito por
Gilberto Freyre em um de seus trabalhos, ele tornou-se uma figura representativa até entre católicos e políticos.
Freyre diz que muitos ricos e pobres passavam pelo terreiro para tomar benção a Pai Adão porque sabiam que
aquele seria um dia iluminado”.

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