Вы находитесь на странице: 1из 8

O Acto de Habitar

O Acto de Habitar e a sua Semelhança Musical

Diogo Beatriz Santos


20101067 MIARQ3A
Docente : Centeno Jorge
Disciplina: Teoria da Arquitectura
Índice
Introdução...............................................3
Uma relação ao longo da historia.............4
A contextualização da composição..........5
A redução da representação....................6
O acto de habitar.....................................7
Bibliografia...............................................8

2
Introdução
Serve o presente ensaio, numa primeira
instância, para debater, identificar e
relacionar o acto da composição e
representação musical com o processo de
representação do espaço arquitetónico.
Nele pretende-se identificar e demonstrar as
relações entre ambas as partes e encontrar o
motivo pelo qual elas são tão facilmente
comparáveis. Por fim pretende-se entender
a aplicação deste motivo no acto de
projectar o habitar.
Para este efeito observaram-se relações
históricas entre ambas as partes,
estudaram-se ensaios, teses, textos e
artigos sobre os mesmos e escutaram-se
oradores.

3
Uma relação ao longo da história
Quão comum é ouvir um arquitecto falar em Harmonia, Ritmo, Métrica
ou Pausa? Provavelmente tão comum como ouvir um músico falar de
Estrutura, Espaço, Forma e Composição. Estes são só alguns dos exemplos
de analogias usualmente feitas entre Arquitectura e Musica, uma comum
troca de conceitos que serve ambas as partes.
Desde sempre que existe uma enorme relação entre a arquitectura e a
música, essa relação pode ser categorizada de duas formas:

- Matemática: Pitágoras foi um dos primeiros a reduzir matematicamente


expressões musicais, provando, numericamente, a existência de proporção
musical. As noções providenciadas por Pitágoras foram mais tarde utilizadas
por Vitruvius Pollio, quando projectava os seus teatros, por Le Corbusier
quando utilizou estas mesmas proporções (e a sequência de Fibonacci) para
conceber o “Modulor” e por Iannis Xinakis, musico, compositor e arquitecto,
conhecido pela sua parceria com Corbusier, pelo caracter arquitectónico das
suas estruturas musicais e pelas referências musicais nos seus projectos.

“The most elaborate paradigm here is the theory of 'harmonic proportions'.


This synthesis of rationalism and metaphysics knew its peak in the
Renaissance when numerous architects and composers tried to shape
(1)
architectural and musical form according to the same numerical principles.”

- Fenomenológica: Tanto a música como a arquitectura têm um caracter


espontâneo na sua apreensão, elas diferem das outras artes na medida em
que são capazes de se imporem ao sujeito, de serem artes submersivas.
Este facto apenas acontece pois ambas possuem espacialidade. A
consequência da manipulação espacial é a submersão do Homem.

“Here, beauty does not arise from the intricate structure of the work of art, but
from its aesthetic effect and its immersive power. As Paul Valéry states in
Eupalinos ou l'architecte,
in this context, music and architecture differ from the other arts in their capacity
(1)
to surround man entirely.”

(1) Serken, S. "Music as an Art of Space: Interactions between Music and Architecture in the Work of Iannis Xenakis"

4
A contextualização da composição
O músico e compositor David Byrne, após observar o som
produzido por pássaros e os códigos sonoros que os mesmos utilizam
para comunicar (consoante as diferentes espacialidades em que se
encontram), interrogou-se acerca do método de composição musical.
“Será que é assim que as coisas são feitas?” “Do we make music to fit
(2)
the context?”. Este seria um ponto de vista valido para um músico, será
que a produção musical tem de estar pensada, à partida, pelo contexto
onde esta vai estar inserida? Esta questão surgiu da análise de
diferentes recintos de espectáculo, desde a música de rua à grande
sala de espectáculo ao grande recinto.

No ponto de vista do arquitecto a questão estaria invertida. A


verdadeira pergunta seria “Do we make the context to fit the music?”.
Será que o trabalho do arquitecto é projectar o contexto, o “palco” com
a condicionante de este ter de ser adaptável à música lá reproduzida?

Isto remete-nos para uma questão simples, será que o processo


de criação de artes “Submersivas” implica à partida um contexto onde
estarão inseridas? Será que criamos espaço para um espaço?

(2) No seguimento da "TEDTALK" "How Architecture Helped Music Evolve" do musico e compositor David Byrne

5
A redução da representação
Qual é a razão para que seja tão fácil a relação entre música e
arquitectura?
Porque é que se utilizam termos em comum para ambas as
áreas?

“The musical scale is a convention that circumscribes the area of


potentiality and permits construction within those limits in its own
particular symmetry.” – Iannis Xenakis

Claude Debussy, compositor Francês de Finais do século XIX


inícios do século XX afirmou que “música é o espaço entre notas”. Mas
(3)
se musica pode ser considerada a “Arte do Design no Tempo” então
como é que é possível projectar\compor o espaço e o tempo? Esta
Questão é também valida para a arquitectura.
Tanto a musica como a arquitectura utilizam ferramentas de
modo a poderem ser representadas. Estas ferramentas são utilizadas
no processo compositivo e projectual. São estas ferramentas que,
numa primeira instância, reduzem e traduzem a espacialidade de
ambas as artes a algo menor que elas mesmas. É esta redução que
torna tão fácil a comparação entre as duas áreas, elas têm a mesma
base representativa. A linha e o ponto. O que é a composição musical
senão a união de pontos e linhas (Notas e Silêncios), o que é a
representação arquitectonica senão a utilização de ponto e linha para
criar a ilusão de plano.

(3) Martin, E. "The Achitectural Translation of Music"

6
O acto de habitar
No que diz respeito ao projectar o acto de habitar, este não foge à
regra da Linha e do Ponto. (4)
Para toda a acção existe uma reacção e sendo o acto de Habitar
um conjunto de acções, cabe ao arquitecto planear a submersão
desses actos e controlar as reacções espaciais dos mesmos.
O arquitecto é o maestro da linha e do ponto como ferramenta de
representação da manipulação espacial necessária para o controlo da
acção.

(4) Referência à 3ª Lei de Newton

7
Bibliografia
Xenakis, I. "Arquitectura e Música"
Martin, E. "The Achitectural Translation of Music"
Bernal, J. "Architecture as a Translation of Noise", Tese de Mestrado, Virginia Polytechnic Institute
Variego, J. "Architecture in Motion a Model for Music Composition", Tese de Mestrado, University of Florida
Grilo, P. (2008) "Musica I Arquitectura, um espaço para possíveis analogias" Ensaio Teórico, Universidade Brasilia
Sterken, S. "Music as an Art of Space: Interactions between Music and Architecture in the Work of Iannis Xenakis"

Вам также может понравиться