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Introdução
Serve o presente ensaio, numa primeira
instância, para debater, identificar e
relacionar o acto da composição e
representação musical com o processo de
representação do espaço arquitetónico.
Nele pretende-se identificar e demonstrar as
relações entre ambas as partes e encontrar o
motivo pelo qual elas são tão facilmente
comparáveis. Por fim pretende-se entender
a aplicação deste motivo no acto de
projectar o habitar.
Para este efeito observaram-se relações
históricas entre ambas as partes,
estudaram-se ensaios, teses, textos e
artigos sobre os mesmos e escutaram-se
oradores.
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Uma relação ao longo da história
Quão comum é ouvir um arquitecto falar em Harmonia, Ritmo, Métrica
ou Pausa? Provavelmente tão comum como ouvir um músico falar de
Estrutura, Espaço, Forma e Composição. Estes são só alguns dos exemplos
de analogias usualmente feitas entre Arquitectura e Musica, uma comum
troca de conceitos que serve ambas as partes.
Desde sempre que existe uma enorme relação entre a arquitectura e a
música, essa relação pode ser categorizada de duas formas:
“Here, beauty does not arise from the intricate structure of the work of art, but
from its aesthetic effect and its immersive power. As Paul Valéry states in
Eupalinos ou l'architecte,
in this context, music and architecture differ from the other arts in their capacity
(1)
to surround man entirely.”
(1) Serken, S. "Music as an Art of Space: Interactions between Music and Architecture in the Work of Iannis Xenakis"
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A contextualização da composição
O músico e compositor David Byrne, após observar o som
produzido por pássaros e os códigos sonoros que os mesmos utilizam
para comunicar (consoante as diferentes espacialidades em que se
encontram), interrogou-se acerca do método de composição musical.
“Será que é assim que as coisas são feitas?” “Do we make music to fit
(2)
the context?”. Este seria um ponto de vista valido para um músico, será
que a produção musical tem de estar pensada, à partida, pelo contexto
onde esta vai estar inserida? Esta questão surgiu da análise de
diferentes recintos de espectáculo, desde a música de rua à grande
sala de espectáculo ao grande recinto.
(2) No seguimento da "TEDTALK" "How Architecture Helped Music Evolve" do musico e compositor David Byrne
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A redução da representação
Qual é a razão para que seja tão fácil a relação entre música e
arquitectura?
Porque é que se utilizam termos em comum para ambas as
áreas?
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O acto de habitar
No que diz respeito ao projectar o acto de habitar, este não foge à
regra da Linha e do Ponto. (4)
Para toda a acção existe uma reacção e sendo o acto de Habitar
um conjunto de acções, cabe ao arquitecto planear a submersão
desses actos e controlar as reacções espaciais dos mesmos.
O arquitecto é o maestro da linha e do ponto como ferramenta de
representação da manipulação espacial necessária para o controlo da
acção.
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Bibliografia
Xenakis, I. "Arquitectura e Música"
Martin, E. "The Achitectural Translation of Music"
Bernal, J. "Architecture as a Translation of Noise", Tese de Mestrado, Virginia Polytechnic Institute
Variego, J. "Architecture in Motion a Model for Music Composition", Tese de Mestrado, University of Florida
Grilo, P. (2008) "Musica I Arquitectura, um espaço para possíveis analogias" Ensaio Teórico, Universidade Brasilia
Sterken, S. "Music as an Art of Space: Interactions between Music and Architecture in the Work of Iannis Xenakis"