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Maio / 2006 ISBN 85-99956-01-9
Investigações Teóricas, Experimentais, Numéricas e Computacionais
Trabalho JOR0118 - p. 215-224
RESUMO
As placas de base são utilizadas para fazer a ligação da base da coluna com o
elemento de apoio, geralmente um bloco de concreto, e tem por finalidade distribuir
adequadamente a pressão da coluna sobre uma determinada área de fundação sem
exceder a resistência do concreto da mesma e garantir a fixação da extremidade da
coluna. A fixação da placa de base com o bloco é feita por chumbadores, que também
são usados para posicionar a coluna no bloco durante a montagem. Esse tipo de ligação
da coluna com o apoio é muito significativo no comportamento global da estrutura,
como na distribuição de esforços, deslocamentos e estabilidade da estrutura.
As placas de base de colunas podem estar submetidas a tipos de carregamento
que dependem da excentricidade da aplicação da carga. A conexão entre a coluna e a
chapa de base, segundo DEWOLF & RICKER [1], depende da combinação desses
carregamentos atuantes e pode ser classificada de acordo com a restrição ao giro em: (a)
bases flexíveis, que não oferecem restrição ao giro; (b) bases rígidas, que oferecem
restrição ao giro; (c) bases semi-rígidas, que estão submetidas a carga horizontal e axial.
O estudo teórico experimental realizado em POSSATO [2] contempla apenas
bases rígidas na análise das placas de base, com comportamento uniforme e sem a
utilização de enrijecedores na coluna.
2.3 Instrumentação
Para a instrumentação dos corpos de prova foram utilizados extensômetros
elétricos de resistência (EER), transdutor de deslocamento (LVDT), defletômetros,
célula de carga e sistema automático de aquisição de dados. Os extensômetros foram
colados na placa de base e nos chumbadores. Os posicionamentos dos extensômetros
estão mostrados nas figuras 1 e 2.
Viga do Pórtico
de reação
Atuador
hidráulico
Console
Placa de base
Célula de
carga
Bloco de apoio
Tubo
3 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
A avaliação teórica das placas de base utilizadas nos ensaios foi calculada a
partir das características geométricas dos protótipos ensaiados e assim foi encontrada a
carga máxima nominal que as respectivas placas suportam na fase elástica. Para o
cálculo da carga máxima nominal não foi utilizado nenhum coeficiente de majoração
nas equações.
L−D
a1 = , ou, (1)
2
L − 0,8 ⋅ D
m= (2)
2
P2 P1
450 168,3 mm
428,60
393,53 400
Carga
350
300
Tensão (MPa)
294,93
300 mm
250
y = -2,7753x - 18,639 217,22
200
150
100
190,09 mm
50
109,91 mm =
yexperimental
0
-190,09 -160,09 -130,09 -100,09 -70,09 -40,09 -10,09 19,91 49,91 79,91 109,91
Distâncias (mm)
Figura 5 – Tensão ao longo do comprimento da placa para o Ensaio 5.
e Carga
yteórico
Pt
Figura 6 – Detalhe típico de base com “e” > L/6 onde os chumbadores são solicitados.
12,0
Viga engastada e apoiada - Vão da viga = yteórico
11,0
Viga engastada e apoiada em mola - Vão da viga = a1
10,0
Ensaio 2
9,0 Ensaio 3
8,0 Ensaio 4
7,0 Ensaio 5
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0 24,0 25,0 26,0 27,0 28,0 29,0 30,0 31,0 32,0
L/tp
Figura 7 – Comparações entre as formulações.
5 CONCLUSÕES
Através dos resultados obtidos pode-se observar de uma maneira geral que a
distribuição de tensões no carregamento axial mostra que a aproximação da teoria de
uma viga em balanço com carregamento distribuído é conservadora e fornece placa de
base espessa. Nos Ensaios 2 a 5, que possuem excentricidade de carregamento de
168,30 mm, o escoamento ocorreu primeiro na posição dos extensômetros que se
localizam na linha de eixo dos chumbadores tracionados, ou seja, nessa posição ocorreu
as maiores tensões diminuindo a medida que os extensômetros se aproximam da coluna,
chegando a ficarem nulos no centro da mesma. Observou-se também, que as cargas
experimentais médias que provocaram escoamento na placa de base são
aproximadamente, 33% e 47% maiores que as cargas teóricas obtidas a partir de
formulações das prescrições de cálculo.
As prescrições propõem que para o cálculo da espessura da placa de base deve
ser considerada a projeção da placa como sendo uma viga em balanço, engastada na
parede do tubo da coluna e livre na borda da placa de base, onde o carregamento dessa
viga é a pressão de contato entre a placa de base e o bloco de concreto. Com relação a
essa hipótese, foi possível observar experimentalmente a condição de engaste visto que
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] DEWOLF, J.T. & RICKER, D. T., 1990 - Column Base Plates. AISC Design Guide Series I,
Chicago, IL.
[2] POSSATO, G.S.N., 2004 – Análise Teórico-Experimental de Placas de Base de Colunas Metálicas
Tubulares. Dissertação de Mestrado, Ouro Preto.
[3] ASTM, 1995 - E8M-95 A-Standard Test Methods for Tension Testing os Metallic Materials
(Metric).
[4] EUROCODE 3, 1992 - Design of steel structures. ENV 1993 – 1 - 1: General rules and rules for
buildings.
[5] AISC, 1998 - Manual of steel construction. Load and Resistance Factor Design-LRFD, VOL.1&2,
2nd editon, Illinois.
[6] RAUTARUUKKI OYJ; HANNU VAINIO, 1998 - Design Handbook for Rautaruukki Structural
Hollow Sections. Hämeenlinna, Finlândia.
[7] BLODGETT, O. W., 1966 - Design of Welded Structure. The James F. Lincoln Arc Welding
Foundation, Cleveland, Ohio.
[8] POSSATO, G.S.N., 2005 - Análise Teórico-Experimental de Placas de Base de Colunas Metálicas
Tubulares. REM – Revista Escola de Minas, Ouro Preto (submetido).