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--·--.

FACULDADE DE ENGENHARIA SOUZA MARQUES


\ EXTENSÔMETROS ELÉTRICOS.DE RESISTÊNCIA·
\
J


Veniza.ltA: SLf..ve.Dr.a.' de. O.f....tveúta. Filho.
Ca.nio~ fneden..teo da. S..ttve.ina. Ollveina..
Ti.:to Lu.ü da. SLf..v e.Dw
AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ã Professqra Elisabete Pinto


de Oliveira pela revisão e colaboração, à Srta. Helena Santos de
Oliveira pela datilografia do trabalho, e ao Sr. Niva ldo Luiz
Mendes pelos desenhos que muito bem ilustram esse trabalho.

1:;
!~
('·
L ._!•
I
rNDICE

I - INTRODUÇÃO 10 O* O* • O O. o o o o o o o O o o o o o o O O o O 0 0 O O O I O O O o· O O 1010 e
9
1 - Extensômetros •.•.•.••••..•..•.•...••..........•. lO
2 - Tipos de Extensõ'metros .•••..•••.•.•.... , ....... . ll
2.1 - Extensômetros He.cânicos .••..••••.•.•...... li
j 2.2- Extensômetros Clticos ..........••.•.•.•.•..
I 2.3 - Extensõmetros Elétricos .......•...........
16
18
2.4 - Extensômetros Acústicos ou de Cordas Vibran
te s ...•........•.......................... -: 26
2.5- Extensômetros Pneumáticos .••••••••.•.•.•.. 29
3 - Erros Normalmente Cometidos nas Medições de Defor
mações com Extensômetros ...••... , .....•........ -: 31

4 - Grandezas Características dos Instrumentos de Me-


dição .........••.•.••••.•••••.••••••••.•.•.•.••. 32
j
1
~,
5 - Características de um Extensômetro Ideal 32

II - EXTENSOMETROS 'E LETRI COS DE RESISTENC!A (EER) 33


1 - Definição o o o o o o o 10 O o O o O 10 O 10 O 10101010 O 10 O 10 O O I 101010 o O e o 10 o oo o
33
2 ~ Princíp io Físico de Funcionamento •••..• .••...•..• · 33

3 - Relacionamento entre a Variação de Resistência Elé- 35


trica dos EER e a Deformação ••.••••••.•.•....•..
4 - Análise Básica .. .. .. . • .. • • . ... • • .. • .. .. .. • . .. • . .. 38
5 - Tipos de Extensômetros Elétricos de Resistência • 39
6 - Caracter~sticas dos Extensômetros Elétticos de Re
sistência ••...•...••.•.•...•.•.••••.•.••....... -: 41

7 - Materiais Usados nos Exiensômetros Elétricos de


Resistência .. ·...•..•.... ... ~- .......... ;.......... 42

III - CIRCUITOS UTILIZADOS PARA MEDIÇAO DE DEFORMAÇÃO USÁN-


DO EXTE~SO~lliTROS ELETRICOS DE RESISTENCIA .•.•.••.•.• 14
1 ~ Circllito Potenciométrico ...... , .. .. .. .. .. . .. .. .. 44
i
1.1 - Saídn do Circuito Potenciométrico .•....•.• 46
1.2 - Sensibilidade do Circuito Potenciométrico . 48

I
1.3 - Compensação dos Efeitos de Temperatura nos
Circuitos Potenciométricos •.•.•........... 50
t:t
tl
2 - Pon'te de Wheatst'one • . .. • .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 v - MO,NTAGEM DE EER PARA ANÁLISE DE DEFORMAÇOES ELÁSTICAS 102
2.1 - Método de Leitura Direta . . . . . . • . • . . . . . . . • . 53 f - Tração ou Compressão Uniaxial com Montagem. em
2, 2 -·' Método de Balanceamento Nulo .•.. : . . . . . . . . . 59 Meia Ponte e em Ponte Completa ......... . ........ . W2
3 - Ins-trumentos Comerciais de Medição . . . .• . . . . . . . . . . 60 2 - Flexão Simples com Montagem em Meia Ponte ....... 114
\
4 - Tipos de Ligação de EER na ponte de Wpeats tone . . 62 3 - Flexão Simples com Montagem em Ponte Completa ... 118
5 - Cri.t érios para .a Seleção do Circuito Adequado ... 62 4 - Flexão Combinada à Tração Axial: Montagem em Pon-
te Completa, para Medir Apenas a Solicitação de
Flexão ......................·.................... 120

IV - PARÂMETROS QUE · INFLUENCIAM NAS MEDIÇOES DE DEFORMAÇÃO 5 - Flexão Combinada à Tração Axi a l; Montagem em Meia
COM
. EXTENSOMETROS EUlTRICOS DE . RESISTENCIA . • . • . . . . . . 66 Ponte e em Ponte Completa para Medi r Apenas a So-
licitação. de Tração ............................ . 123
1 ,- Influênc;ia da Tempe r atura na Medição de Defonnação
c om EER ...•.••.•.•.•.•...•. ; .... , ........ .. ...... . 66 6 - Cisalhamen t o Simples; Montagem em Meia Ponte ·e em
... Ponte Completa para Medição de Cisalhamento ..... 126
4.1 - Métodos para Compensação dos Efei.tos da Te_!!!
peratura .......••..•.. ; .................. . 68 7 - Torção Simples. Ligação em POJ).te Completa para M~_-
d i ção de Torção ................................. 131
2 - iiifluência do Estado Local de Tensões na Resposta
dos EER .. , .••.....•. ; .•.......•.•.•.. ·· ...• ~ ..•... 74 8 - Compressão Simples com Carga Ligeiramente Excên-
trica. Montagem em Ponte Completa para Medição
2.1- Erro Devido a Sensibilidade Transversal .•. 75 de Compressão .....•...••.•.. ·.•.•....•.•.•.•.•.•• 134
2. 2 - Correção do Erro Devido a Sensibilidade Trans
versa! .............•...... , •.• , .......•.. -;- 77 VI - FATORES QUE INFLUENCIAM NA SELEÇAO ·E INSTALAÇÃO DOS
3 -·Influência dos Fios Condutores nas Medições de De EER •.•......•.••.•..•• , •.•.•••.• • •..•.•.•.•••......• 137
formação com. EER •••••• • ............•... · ••••.•.. :- 84
1 - Estado de Deformação .•...•.•..... : ..•..._•.•..... 138
3.1 - Variações Incontroladas da Temperatura • dos 2
Cabos de Conexão ..•.•...•.••.•......... .. :. 85 Temperatura de Operação •.....•••...••.•.•.•.•.•. 139
3.2 Maus-Contatos nas Ligações com os Terminais 3 Estabilidade ..•.••• ; ••••.•.•.•.••••.........•... 141
dos EER .. ......•• , ••••.•.•••..•.•.•........ 87
3.3 Variações Incontroladas. ·dos Comprimentos e .
das Bitolas dos Fios Condutores . • . • . • . • • . . . 88 VII - ROSETAS DE EXTENSOMETROS. ESTADO PLANO DE 'l'ENSOES .. 144
I 4- Influência dos Adesivos nas Respostas dos EER ... 88 ~-Obtenção de Tensões a Partir de Deformações .•.•. 144
I
5 - Influência da Umidade nas Medições de Deformação 1.1 - Direções, Tensões e Deformações num Ponto.
com EER e Materiais Usados .para sua Proteção· .•.. 92 Convensão de Sinais •.•.•.•.....••.•••••.•• 144
II 5.1- Influência de Umidade nos EER .•..••.•..... 92 1.2 -Estado de Tensões. Relações entre Tensões
e Deformações .•.•..•...•.•.•....••••. :•..•. 146
5. 2 - Proteção dos EER Contra Umidade .......... . 94
1. 3 - Deformações numa Direção Qualquer • .•...... 148
6 Influência da Frequênc~'a das Respostas dos EER .. 95 1.4 Deformações Principais e Distorção Máxima . 150
7 - Influência dos · Campos Magnéticos ..... ........•... . 99 1. 5 - Direções Principais ...................... . 152
1.6 - Tensões num Plano Qualquer Definidás pela
8 - Influência da Pressão Hidrostát.ica ........ -~ .•... 100 Direção de suas Normais ................. .. 152
L7 Ten sões Principais e Tensões de Cisalhamen-
to Máxima ............. ·: ._l · • • • • • • • • • • • • • • • • 153
jlr
~
li~
f --- ·

I
fl 1.8- Direções das Tensõ e s Principais;Planos Pri~ I - INTRODUÇAO
p cipais ........... ·: · ·. · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·
!54
,.
O conhecimento de métodos e xpe r imentais para. med_!:
I 1.9 - Direções das Tensões Extremas de Cisalhame~
to ........... · · · · · · · · · .·. · · · · · · · · · · · · · · · · · ·
!55 .,1.:

çao de deformações e tensões locais em estruturas mecânicas su-


2 - .C írculo de ~1ohr .......... . ................. • ..•. 15 5
j e i tas a car gas ap l ica das, e a conj ungação das in f or ma ções por
2.1 - Círculo de Mohr pa ra Deformaç ões Unitárias. 155
eles obtidas com os res ul t ados preditos pelos modelos analít i cos
2. 2 - Ch culo de ~1ohr para Tensões ............. . !56
clássicos, são frequenteme nte importantes ao Engenheiro Mecânico
Ti po s de Rosetas de Extensômetros .•............. 157
3
e Civil. Equipamentos de me diç ã o simples e precisos, tornam a
4 - Es colha Convenien-te das Rosetas ................ . 159
verificação experimental dos re s ul tados teóricos uma realidade
4.1- Roseta Retangular ................ ; ....... . 159
4. 2 - Roseta Del ta .. . .........•.......•......... !59 prática e um complemento importante dos métodos analít i cos da
160
4 •.3 - Ros e ta Estrela ........................... . elasticidade aplicada.

A análise teórica e a análise experimental se com


VÍII- APLICAÇAO PE EER NA CONSTRUÇAO DE C:SLULAS DE CARGA .. 161
pletam mutuamente. Entretanto, apesar do eleva do grau de adian-
1- ~rincípio da C6lula de Carga. Aferiçã6 .· ....... . 161
tamento das ciências mat emãticas · e demais ciênc i as t eóricas, há
~- ~·
2- Definições Importantes •.....................•... 162
I
r situações em que somente o estudo experimental
.
pode
. .. ..--
trazer os es
~

I 3 - Opções Construtivas de C6lulas de Carga ....... .. 165


clarecimentos necessários. Na análise teórica são usados ·mode-
3.1 - Célula de Carga Destinada a Meqição de Car- los ma temáticos e são feitas di versas hipóteses simplificadoras,
. gas de Tração e Compressã:o até 20 t ....... 166

3.2 - Célula de Carga Destinada a Medi ção de Car- tanto a r espe it o das propriedades mecânicas dos materiais como
gas jde Cómpressão até 3 t .................. 166
com relação às ca racterísticas da estr-utura e ao seu comportame~
3.3 - Çélula de Carga Destinada a Medição de Car-
Ili gas de Compressão até z:oo t ••..•.•••..... , 166
to. Na análise experimental o modelo fÍsico que se ut i liza pode
! 3.4 - Célula d~ Carga Destinada .a Medição. de Car-
I; .i\! ~as de Cmnpressão até 6. t .• .• •••.•.•••••••.• 167 reproduzir, se não exatamente, pelo' menos mais adequadamente a e~

trutura que se analisa. O método experime n tal é pa r ticularmente


\!ii \: T:SCNICÀS.DE FIXAÇ.l\O! E INSPECAO DOS EXTENSOMETROS EL:S- importante quando nenhum modelo matemático teórico é possível.
I. IX
TRICOS DE RESISTENdiA ..... ~ ......................... . 171
I 171 Aparelhos para medição de deforma çõe s po dem ter
li 1 - Escolha do Adesivo ......... , ·...... ·.... ,' .••. •· .. .

2 - Preparação cie Sup erfície . • ..••..•...•••••..•.•. •.


171 sua construção baseada em princípios de operação os mais diversos,

), 172 sendo o mais usado e versátil o de fio de resistência elétrica v~


3 - Col-agem do Extensômetro •.•.•.••••••••••.........
;I
f: 173 riável. Esta forma, inicialmente desenvolvida por A.V. De Forest
'\·· 4 - Insp eção do·s Extensômetros ..................... .
Ii
em 1939, encontrou bastante aplicação, tanto em Análise Experi-
,J\
'I 174 mental de Tensões, para uma informação precisa da deforma ção, co
I BIB LIOGRAFIA ......... ................. . • ..................•
:· I 9
I,\
..~·
-

mo em trans dutores, para medir :. outras quantidades deseja das, tais


a deformação for constante ou variar linearmente,a\ d~' fór.ni'~ção ob
co.mo força, deflexão, torque, taxa de escoamento volumétrico ou tida será igual ã real. ;.
outra grandeza qualquer que possa ser relac l on~dq com a deforma-
ção medida pelo elemento sensor. 1.2 -TIPOS DE EX.TENSOMETROS
~i ·
'i·
:- •
"n; 1.1- EXTENSOMETROS Os Extensôme t ros podem ter princípios de funcion~
't]
I• Qualquer que SElj a a finalidade do estudo; na de- menta os mais ·diversos, sendo os séguintes os mai~ importantes:
ll

""ll
!I terminação Experiment al do Estado de De f ormação de um componente 1. Mecânicos
'~· mecânico são normalmente analisados os . deslocamentos lineares,os 2. Oticos
1
;r
d deslocamentos ângulares, as de f ormações, as temperaturas, as ten 3. Elétricos (capacitivos, indutivos e Resístivos tipo Ca rl
son}
~
!i
sões e os es forços provo·cados P.or solicitações que podem ser es-
4. Acústicos ou de .. cordas vl.brantes
il t ·âticas ou dinâmicas .
-~ S. Pneumáticos

I~
r' . .
Cada uma dessas grandezas é medida através instru 6. Elétricos de Resistência · .vari~vel
,_]
~ mentos ou t écnicas de medição adequadas. Em particular, para a
~~
1
1.2.1- Extensômetros Mecânicos
Í!l mediçjí.o de deformação, são usados os chamados "Extensômetros"
!!
Eles medem as deformações específicas ou relativas. Esses e:xténs.ômetros· l)ledem a var i ação de comprime!!
I to 61 que par.a isso é ampliado por.. meio de alavancas ou engre-
I 8 =1 li L
(1.1) na:gens. Esse va lor dividido por .L dá a deformação : específica
liI! ou relativa (1.1).
! sendo,
A - ÇQ~H!!~:l:~ª!L~-~!E!S!Q!!Ml!:P,!Q
liL - alongal'len to , a var i ação cie comprimento entre dois
pontos do componente mecânico carregado; Consideremos aqu;i: o tipo "Tensómetro Huggemberger'...
Este extensômetro, mostrado e·squeina'ti:camente na Fi.gura l.l, é ba-
L - base de medida, a distância entre esses dois pontos
:! antes do componente sofrer deformação. seado inteiramente em princípio?~ ni:ecân;i.cos.
:I
,:! A deformação . c obtida com um Extensômetro é uma
!i! deformação média no comprimento L e é considerada como sendo a
lii
jl
deformaÇão correspondente ao ponto médio desse comprimento. A
1:1 proximidade dessa média com a deformação .real nesse ponto vai de
iii pender do gradiente de deform ação ao longo da base de medida. Se
;
il
'iil 10
li
;I
rn;
l"Ji:

''I que gira em torno cto ponto O , serve como ponteiro para 0 exte~
l:
sômetro. O ponteiro move-se sobre a distância ôl' , que· é rela

cionada com 6S e õL pela seguinte expressão:

Wz ôS Wz Vz H
11, 89..' (1. 3)
wl wl vl
;i wz v2
n
J n,
li!
11
O fator de ampliação é então
wl Vl
los comercialmente usados, varia entre 300 e 2000.
, que em mode

Jli.
I'!;r! O tensômetro Huggenberger pode ser reajustado du-
Ili:
llift
;,[,
rante uma série de medições de deformação pela rotação do parafu-
H!·
'i' so K que move o pivot no ponto O sem causar distúrbio no re-
l:
1ji,;
pouso· do sistema de articulação.
.1~j FIGURA 1.1 - O SISTEMA DE ALAVANCA - MECÂNICA EMPREGADO PARA AM-
ll!
'i~
[;•, PLIAR OS DESLOCAMENTOS NO TENSOMETRO HUGGENBERGER Este extensômetro pode ainda ser travado quando
.,.,!li
il
não estiver em uso, através o pino R e a alavanca F ,para evi
lil
H!
O deslocamento do cutelo móvel é ampliado por uma .tar usos desnecessários dos componentes.
série· de alavancas compostas até 2000. O frame C suporta dois Os extensômetros mecânicos podem ser ou não fixá-
cutelos A e B bem como o sistema de alavancas e a escala 'indi- veis ã estrutura.
(fi cadora Z . O cutelo A é rigidamente fixado ao fraine C en-
[111

quanto que o cutelo B move-se em torno de um ponto fixado B - !?!!~:g~§!l~H2§_!:1~f~!:Llf2LE!!~Yê~ê-ê_l?ê:!:I~!~!~


no
'!
f r ame a uma distância
j
.!:
vl • Este cutelo portanto serve como a Eles são f i xados à estrutura com dispositivo;:;,es-
primeira alavanca do sistema, e, desde que é também uma parte in peciais e aí mantidos durante todo o ensaio. São· deste tipo os
't tegrante do braço H , o deslocamento ôL é transmitido para o i Tensômetros Huggenberger.
H
'!j •'j'
ponto M , onde é ampliado para a distância AS O valor de ôS - Cuidados necessários na utilização dess~s extensômetros:
r
é dado pela regra simples das alavancas como:
1 - Aferição periódica dos extensômetros:
os cutelos têm tendência a. se desgastar. Esse desgaste mo
v .difica a .ampliaç~o do aparelho.
õS -.1n (1. 2)
VI
2 - Fixação conveniente do aparelho à ·e strutura:
os cutelos devem ficar bem apertados contra a estrutura p~
O movimento no ponto M (isto é, ôS) é transmi-
ra evitar deslizamento, mas de maneira a não danificar os
tido através o balancim I para a alavanca G . A alavanca G, I\ cutelos ou a superfície da Estrutura. Para medições em con
12 I 13
b
jUt
f L ~reto ou madeira, os cutelos devem ser apoiados sobre lâmi
~..

;, 2 - A massa adicional do extensômetro e disposi.tivos de. fixação


.~J for suficientemente pequena com relaç.ão à massa da peça tes-
)! nas metálicas coladas na estrutura. (
~- tada para que seu efeito· nas condições de ensaio seja . despr~
3 - Verificação da influência da variaçao de temperatura dura!!_
te o ensaio: r
~
zível.
3 - Houver espaço suficiente abaixo ou acima da peça testada pa-
Para isso, podem ser feitas, simul tâneamente com
ções na estrutura e com exiens6metro semelhante ou aí ins-
as medi-
If ra que o ex.t ensômetro seja posicionado.

4- Não houver variações de comprimento muito rápidas,isto é, so

~,
talado, medições numa "peça compensadora" ou 'numa barra de
mente para aplicações estáticas •
. INV.AR. "Peça Compensadora" seria uma peça do mesmo mate- ....

riàl que a estrutura.e sem carregamento. As leituras na ~ E - Çe!!!~!~:d:!!!~ê~-ª!L~1g!.!-!!~-!?2S!~ll2Q!!.l~!!Q~-M~f~U!f2~


barra de invar darão a influência -da variação de temperat~
ra no extensômetro e as leituras na peça compensadora da-
t
t 1 - Tensômetro Huggenberger
k = 0,955 x 10- 6 m/dívisão
rão
. .
a influência na estrutura e no extensômetro. constante do aparelho
n9 de ·divisões da escala 42
rr -3 -3
campo de medida da escala: /:,2. = 0,955 xlO x42 = 40 x 10 mm
c - :§~!~!!2Q!J.l~!!:2LM~f~!!:!:fQ~-!!~2-!:·á:~~:i~!!_ª_J?gE~!~!'~ r
r base de medida : 2 em (5 ou 10 em)

I
No momento das. me:dições, as · ·pontas desses extens.§.
2 - Deformetro Huggenberger D250
metros são ajustadas à bases p:rreviamente fixadas na estrutura. O
menor di visão oo defletôrretro 0,001 mm
movimento- relativo de suas pontas ê transmitido, diretamente ou campo de medida t:,L = ± 2,5 mm
~
~ base de medida L = 25 em
amplia do , a um. de fie tôme tro. . ~

Cui~ados necessários na utilização desses extensômetros: I 3 - Deformetro Huggenberger D7

1 - Rigorosa colocação gas bases com auxílio do gabarito.


~~ 1JI3nor divisão do defletôrretro 0,00254 mm (0,0001")
campo de medida t:,L = ± 4 mm
f L = 75 em
~
-2 - Proteção das bases contra ferrugem. base de medida
3 - Limpeza das bases antes das medições. [ 4 - tensotast
l 0,001 mm
4 - Veri.ficação da estabilização das leituras e repetição das •
~:
rrenor di visão do defletôrretro
t.L= ± 1 mm
mesmas. ~ campo de medida
~ base de medida 2 em (5 ou 10 em)
5 - Verificação da influência da variac;:ão
medições.
da tell)peratura nas
[ Em comparação com outros tipos de extensômetros
f
mecânicos o Huggenberger e o Johansson Mikrokator são os mais p~
D - ÇQgª!ç§~2-~~-g'!:!L2Lfl~!!:!!ã§!!I~!!~LM~~~!!!~QLl?Q~~~-~~!-º2§:ªQ2 I cisos e sensíveis. Entretanto, dE:.s.de o advent~ dos Extensômetros
f
Os extensômetr.as poderão ser usados quando:
\.
-~
elétricos de resistência (EER) ~ -tambéin c'o nhecidos, principalmen-
:i(
1 - O grndiente de deformaçõe··s for suficiéntemente· pequeno para 1l : te em literatura de ling~;:i ·inglesa como Stráín-Gauges, o uso ge-
que a deformação média na base qe medida (L . em:' torno de 2 f:..
apreciavelmente,
~.
. , v mm ral .dos exterisõmeú'os mecânicos tem diminuído
em) possa ser considerado fO!llo a deformação num ponto dado.
}~~ 15
~
14 li
'i'!
·iI
;: ! sendo hoje usados apenas em aplicações espe c iais. A luz passa através a lente L do autocolimador
1, 1
I e emerge paralelamente ao seu e_ixo incidindo-se e refletindo~se
i' L2.2- Extensômetros dticos no espelho . M , que na realidade é um prisma. A luz é então r!
1
I'· Os extensômetros óticos são muito similares aos fletid·a pelo espelho M , que é preso ao cutelo móvel, atrás da
2
lente colimadora, que focaliza a imagem do reticulado plano. A
mecânicos no que diz respeita a fixação dos cut.e los - um fixo . e
i .
I
outro móvel. A diferença principal entre os dois é o sistema de imagem do ponto F no reticulado se dá no ponto C • A segunda
~-' t;
' imagem produzida pelo segundo raio de luz ocorrerá no ponto B
-' ii alavancas, onde o ótico substitui por raios de luz · as alavancas me
!: cânicas. Esta substituição diminui ap r eciavelmente o· tamanho e Desde que a seção A é a porção visível do reticuladp,através o
:j:
ti! inércia do projeto permitindo que os extensômetros Óticos sejam ocular, B é a imagem vista, representando assim a deformação
Ili usados em aplic1).ções dinâmicas, desde que as frequências de res- medida.
/.:
I
postas não sej am maiores que 40 ciclos por segundo. Um dos mais O ângulo e traçado na figura é maior que 90° ;
precisos e amplamente usado é o modelo Tuckerman fabricado pela rotação de
entretanto, se êle é reduzido para menos de 90° pela
American Instrument Company. ambos B e C se aproximarão de F • Quando
, . 1J Ml relativa a Mz ,
F • Se e e re-
J
:1
O extensômetro Ótico Tuckerman emprega um sistema e é igual a 90°, B e C ficam exatamente em
'i
duzido de novo, torna o feixe visível e o move. No ~x­
~ de três espelhos. Entretanto, o princípio básico de funcionamen C B
li
tensômetro em si, B representa a compressão da imagem, quan~o
l
to pode ser discutido considerando-se simplesmente dois espe-
lhos. Consideremos o sistema ótico da Figura 1.2 e tracemos um 6 é maior que 90° e C re'presenta a. tração, quando e é me-
li
I; raio de luz originalmente do ponto F . nor que 90° .

i! O autocolimador e o extensômetro Tuckerman são mos


de
trados, esquematicamente, na Figura 1.3, com um Único feixe
luz para simplicidade. A marca F da Figura 1.2 é o ponto sob
o refletor R na Figura 1. 3a, que é iluminado pela lâmpada LA.
Esta marca é um círculo com dois otÕlitos, ambos constituindo a
imagem, Figura 1.3b . . Os otôlitos no círculo servem para indicar
o correto alinhamento do autocolimador sobre seu eixo. As lentes
empregadas em ambas as - oculares são de alta qualidade e as obje-

tivas são cUidadosamente posicionadas.


FIGURA 1. 2 - DIAGRAMA dTICO MOSTRANDO A OPERAÇAO DO EXTEJ\SONETRO
TUCKERMAN ~1

17
~f.
16 .:;.;
-·-.- ·--. :....::,~;,'- <p.; ~·· .

três outros extensômetros elétricos de menor UtÚii'dÇ~fti·


.
):: sko
•,-·..- :
eles
,_ .... '• ,'·

os extensômetros elétricos capaci ti vos, indutivos e ~~ÚtiVos ti

po Carlson. Embora estes extensômetros tenham usos mais li~iti~


dos na anilise cor.vencional de tensões, eles são frequentemente
fLASH !JA

REPROOUç~·o
empregados em aplicações de transdutores, e, em alguns casos, na
..
L:EITUR4
6LEOTUnA
.

medição de deformação.

~~ A - :§~!~~~§l.!!~!:!~L:§H!!~f9~-Ç~E!!S:HiY9~
A capacitância do capacitar de placas paralelas,
(b) ilustrado na Figura 1. 4, pode ser expressa pela relação:
KA (1. 4)
c= o.2z5 11
onde:

C = capac i tância, pf
0·2 1111
(a) K constante dielétrica do meio entre as duas placas
2
A Área da seção transversal das placas, cm
FIGURA L 3 - O EXTENSOMETRO TUCKERHAN. distância entre. as duas placas paralelas·, em
h
(a) ILliSTRACJI.o ESQUEMÁTICA DO AUTOCOLIMADOR E EXTEN
SllMETROS PARA MEDIDOR DE
CAPACITANCIA
(b) MEDIDA DE DEFORMAÇÃO ATRAV~S A OCULAR DO AUTOCQ
LIMADOR

A sensibilidade do extensômetro Ótico Tuckerman é


2~ em/em , e a precisãô é de ± 0.1% da deflexão completa da e~
cal&. Os extensômetros Óticos são projetados em três diferentes
comprimentos (O. 63 ; 5. O8 e 25.4 em) , com três diferentes tama-
nhos· de losango. ~
\_ (J"f ~
1.2.3- Extensômetros Elétricos
. J
O mais importante extensômetro .elétrico é o tipo t lo
de resistência variivel que seri estudado Fom detalhes nos capí• FIGURA 1. 4 - ILUSTRAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UM EXTENSOMETRO CAPACITI -
tulos subséquentes. Nesta seç·ão, entretanto, serão anaUsados VO COM gap DE AR VARIÁVEL

19
18
n1w
;.j!f;:
!~ ! :'

O capacito r de placas planas pode ser empregado c~ Para um extensômetro capacitivo com i = 2,54 em,
o
6
e e: = 10- em/em , o valor obtido para
mo um extensômetro de deformação ou deslocamento de três 'modos: h = 0.0254 em, I!. c
ê
·' •'
·;: c
10- 4 . ·'é i r c ui tos eletrônicos podem ser empregados para medições
'i·
1 - pela mudança da distância h (gap) entre as placas;
;ij precisas de variações de capacitância tão
~j i 2 pequenas como
pelo movimento de uma pla c a na direção transversal com rela- 4
;··: I!.C = c 10- , tanto para aplicações estáticas como dinâmicas
entre as duas pl~
x de
ção a outra, mudando desse modo a área A
r· cas; baixa frequência.

~
!'li J:·
H: r:
3 - pelo movimento de um corpo com constante dielêtrica maior que B - ~!!~~ª§mg!!2~_g!~!!ifQ§_!~~Y!iY2!
o AR entre a s duas placas.
Dos vários tipos de circuitos indutivos que podem
J.·
l
:r
,.,
ltl. A mudança da capaci 6i.ncia devido a uma variação p~ ser empregados para medir deformação, o transform?dor diferencial
quena do gap de AR h pode ser obtida pela diferenciação da equ~ linear é o mais usado e simples. 2 um excelente dispositivo pa-
) :.! ,
11'·' •'..' ·; ção (1.4) com respeito a h para obter: ra conversão de deslocamentos mecânicos em sinais elétricos. Ele
~ /1
f: ·r: pode ser empregado em uma larga variedade de transdutores incl~
1)
Q'l1iji.'. · ,,
de do deformação, deslocamento, pressão, aceleração, força e tempe-
1
0.225 KA (- .l_) c
em h2 - - Fi (1. 5)
' !',[:-
1 'i r ratura. Uma ilustração esquemática de um transformador diferen-
;;
·/li!, cial linear empregado como um extensômetro transdutor ê mostrado
Quando o extensômetro é montado sobre uma peça ca!.
d,!l na Figura 1.5.
'i' ' regada, seu comprimento mudará pelo aumento t.i , e a distância BOBINA
PRIMARIA BOBINA
'i 'll': h de ar será mudado para t.h =· t.R. • Então, a deformação e: pr.9_
H! SECUNDARIA

r. duz uma mudança na capacitância t.c que é dada pela equação (1.5)
l !fi
~~
,.'l.

como: MANCAL

ili
ij: c = g = t.h = _ __!!_ t.c
.!i'i , R. o R.o R.o c
/lij ou .. , i
(1. 6) f.
Jj
,,
:t t.c _ ia
/;1.-1! c-- T
k
ii:
:;~! Sendo conhecidos h e i 0 , e podendo-se medir a
~
PEÇA
variação unitári? de éapacitância c
( t. c) , atraves .
equ1pamentos e 1~
FIGURA 1. 5 - ILUSTRAÇÃO ESQUEHÁTICA DE UM TRANSFORNADOR DIFEREN-
trônicos adequados, pode-se determinar a deformação
t:I· e: sofrida .f
CIAL LINEAR EMPREGADO COMO UM TRANSDUTOR DE DEFORMA
pela peça sobre a qual se encontrava o extensômet~o montado. Çl\.0
:I: 20
i'!i 21
t
ji\,[ '
o método de le i tura dos indicadores paf.,..a'·-- 'exi
·. . .ensõ-.
:· ;"; > -_ ..
<~- ~

Nes t e s i s t ema, cut e los mecânicos são deslocados


metros Carlson é o de balanceamento nulo (vide Capítulo II{; .Ítem
sobre o comprimento do extensômetr o pela deformação induzida na
3. 2. Z) e neles são feit os ·dois tipos de ligação com os elementos
peça sobre a qual estão montadõs·. Este deslocamento é transmiti
e R , Figura 1.7.
do para o núcleo, que move.- se relativamente às bobinas, produzi.!! sensíveis Rl 2
do" nas mesmas um sinal elétrico de saída. E~te sinal elétrico é
i proporcional ao deslocamento dos cutelos. Desse modo, podendo-
1::

~
~I
se detect.ar e medir esse sinal elétrico, o deslocamento dos cute R, R>

~
; los pode ser determinado e com isso a deformação.
f> E
f> E_.

~1:,I'•'.
1
,_
,._Rv / - . /·
!f:
I I~ c - ~~!~g~Q~~!E2~-~!~!!~~Q~-ª~-g~~~~!êu~~ê_T!~2-~ê!!~gg -t.-'1-:, Rf
i.~
,.I~.~ ',
A deformação da peça é apl i cada ao extensômetro v

v L-----t•l• .
1.------1 1(~>-------' LIG A. ÇÀO(II)
nas suas extremidades e transferida mec~nicamente aos elementos L IGAÇAO {I}

l~ :
sensíveis. Esses e lementos s ensíveis são dois enrolamentos de
~
11
1
fio de aço esticados, de comprimento e resistência iguais, Figu- FIGURA 1.7 - . TIPOS DE LIGAÇÃO COM OS ELEMENTOS SENSfVEIS DOS EX-

~I"
rir.! ra 1.6, que se deformam em valor absoluto m~s de sinais contri- TENSÕMETROS RESISTIVOS CARLSON
l,i
ii rios.
"i:il Com o tipo de ligação (I) , 1~-se .no indicador a
(Z)
~
11. 1 relação entre as duas . resistências R1 e R2

~l.iI
lii l
'·M
'I
1I ~ I I
CILINDRO IJ t. I'ORMAVH
I

ra a relação entre as resis,t-~ncias:


Inicialmente, antes da peça deformar-se,tem-se p~

:t!' l
~
~ Rl Rv (1. 7)
•. r
'j'i'l' I
zo
~ / / 1f2 Rf
ti~· 8ft,II JIAS S UPORTI.'
I
I

~~ Após o carregàme.nto,' sendo o extensômetro deform~


I
I ·i
~
t - - -·- - - -- -- -·
I
- - - -·- - --- 4L ____.j e de
R1 s t: EM TRAÇ AO E SE ENCU RT A EM C:O ~PAE SSA O I
~
ALO NGA
R2 S E EN C URTA .E M T RAÇA.O E SE A LO NGA EM CD MPRES SAO do, os dois elementos sensíveis sofrem deformações iguais
'ilt.t O ND E R1 E R:~: SA O os f L I! M f NTOS Sf N 51VI:! IS

;:i sinai s contrários


;;:1
··:-
ii:
l:'r'U g e:z
h FIGURA 1. 6 - REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UM EXTENSÕMETRO ELI!TR!. e:l 2.1
I(
ii CO DE RESISTENCIA TIPO CARLSON
l.:~ 23
!\
l".,i
:;i
22
i'!
,-,
Balanceando-se nova mente a ponte, tem-se: A deformação da peça é e: = Ai/i . Chamando-se de

C a relação e: /e: , onde e:l é a deformação do elemento· sensí-


1
R + liR R + liR Rl (1 + K' El)
1 1 v v-
zl R2 - liR 2 vel, · tern"-·se:
Rf - Rz ( 1 - K' E l)

onde: AZ 2 K' c e:

ie:ll I e: 2 1 ou
e:
6Z 1i -
AZ f llZ (1. 9)
2 K' c .-. T J'"

liR 1 =K' e:R


I
I
1
sendo f
1 a constante de calibração do extensômetro e
L
;;I
• !.
rK' c
! liR 2 =K' ER 2 traduz a relação entre a deformação da peça e a variação de rela
,!· ção de resistências do extensôrnetro.
I:
!li
!:t;: sendo: Com o tipo de ligação (II), lê-se no aparelho in-
!,i
r1 ' K' urna constante de proporcionalidade
11,I'
dicador a soma das duas resistências (R), e o extensômetro passa

~·'!: 1 !
e: a deformação sofrida pelos elementos sensíveis a funcionar também corno medidor de temperatura.
. liR1 e liR 2 as variações de resistência dos elementos sensíveis
l'·I'i Rf Rv
(1.10)
R Rl + Rz --p::::-·
f = . Rv
I'1H·:
'I'
A deformação e: sofrida pelos 'elementos sensíveis
1!1.
é a mesma deformação da peça sobre a qual se encontra fixado o
Chamando de R0 a soma das duas resistências ã
l,lii extensôrnetro.
ção da peça.
Desse modo pode-se medir com facilidade a deforma
temperatura de O °C e de e o coeficiente que traduz a variação

f da resistência uni tãria para uma variação de temperatura de 1 °C,


·,!!i A variação de relação de resistências será:
tem- sé:

= ~Rl R1] R (2 K' e: )


,;,li!
liRv (1 + K: e: 1 )
= zl zo 1 1
H
'-·
liZ
Rf ltt 2 (1 - K e: 1 ) Rz Rz (1 - 'K' e: )
1
R R
0
+ R _
0
e T . (1.11)

H~
I!!
I!' i sendo
Então, a temperatura no instante da mediçãó será:
:n
:i;!:li RI ;;; Rz 1 - K' e:
1
;;; 1
' '! ~ R - Ro J (1. 12)
'"!:
f;: T = .R é- e r8 (R- R)
o o o
n
t;
e neste caso:
ri
ti liZ ;;; 2 K' e: (I. 8) fazendo
1
1i
24 25
!li
' ..:'1

1 tro de referência. Um tipo importante desses extensômetros e o


ll R0 e
.R.S. Jerrett,cujos componentes principais são mostrados esquema-
tem-se·:
ticamente na Figura 1.8.-- ..

T ll (R - R ) (1.13)
O extensômetro tem corno os demais tipos, dois cu-
0
telos, sendo_ uni. fixo e outrci móvel. Urna das extremidades de um

onde ll é a constante de temperatura do extensômetro e traduz a fio de aço é ligada ao cutelo móvel enquanto a outra extremidade
variação de temperatura para a vari-ação de resistênci'a passa através um pequeno orifício do cutelo fixo sendo conectado
de 1 n •
a um parafuso de regulagern de tensão. O cutelo móvel é conecta-

Tendo-se a temperatura correspondente a cada ins- do diretamente a um segundo parafuso de regulagern de tensão por

tante de medição, pode-se corrigir os efeitos da variação de tem meio de urna mola de lâmina. O fio passa entre dois pequenos ele

peratura durante as medições, para se obter a deformação devida tro-rnagnetos; um deles usado para mante-lo vibrando na sua fre-

apenas às solicitações mecânicas (Es) quência natural, e o outro empregado para refazer a frequência do
sistema. Eletricamente, entretanto, ambos operam juntos.

Es f 6Z + b 6T - a 6T (1.14) O extensôrnetro de referência é muito similar ao


extensôrnetro de teste exceto em que os cutelos s·ao substituídos
onde: por um micrômetro, usado para regular a tensão do fio.
b ,~ a constante de correção do aparelho (leva em conta a
-deformação das barras a que estão ..ligados os fios) MOLA EM LAMINA

a e o coeficiente de dilatação térmica qo material da peça

6T é a variação de temperatura

1.2.4- Extensôm.etro.s Acústicos ou de Corda Vibrante

~. O~.
CUTELO FIXO ELETROIMAS CUTELO MÓVEL
Nestes extensômetros a de;fbrmação da peça, sobre . ) . • I
TENSAO
PARAFUSO

':: ·:.".:' ~
a qual estão montado~. é obtida a partir da variação da frequên-
cia natural de- vibração· de um fio esticado entre dois pontos fi.- .. . ..

xos.

Neste sistema de mediç.ão de deformação são usados FIGURA 1.8- ESQUE~~ MOSTRANDO A OPERAÇAO DO EXTENSÓMETRO ACÜSTI
dois extensômetros acústicos muito similares; um de test.e e ou- CO R.S. JERRETT
27
26

/1: li
I •i
Para operar o sistema, o extensômetro de teste é
'l: {~
~i ~ montado sobre a peça e ajustado, enquanto o extensômetro de ref~
f=_l~gEe:' (L16)
21 w
'i !
rência é -colocado perto para eliniina·r~os efeitos de tempera t ura .
. i
··:· onde:
Ambos os extensômetros são energizados, e cada fio emitirá uma E é o módulo de elasticidade do material, kg/cm2
li': vibração. Se a frequência de vibração dos dois extensôrretros nao
A sensibilidade deste instrumento é mui to alta,
ii;. i
for a mesma, ocorrerão fr e quências de batimento. O micrômetro de
chegando a medir deslocamentos da ordem de 0,254 u em. A ampli-
j !.! •11
:;:') regulagem do extensômetro de refe:rência é então ajustado até que
tude, entretanto, é limitada, em geral, em torno ~e 1/1000
I S'i,
\.: a frequência de batimento se anule, e sua leitura é feita. A se
do

.ll~ ! comprimento do fio antes de sofrer deformação.


:1•''!• guir, a peça é s~licitada e sua deformação é transmitida ao ex-

/:~:( tensômetro de teste. A mudança na ·tens.ão d~ fio do extensômetro


O extensômetro acústico é muito sensível a varia-
ções de temperatura e por isso seus efeitos devem ser eliminados.
fi
Y''''i
' I~::F
de teste produz então uma variação ue frequência, sendo necessá-
1
iii::
,1,,,. rio ajustar novamente o. extensômetro de referência até os bati- 1. 2.5- · Extensômetros Pneumâti cos
f l~l i
mentos serem eliminados. A deformação sofrida pela peça será
!iii'I'
#- ·~~~- , Um importante extensômetro pneumático é o H. De
proporcional à ..:frequência detectada e à 'nova leitura do micrôme-
i)!•t•::J:l:::
lli' 1
tro.
Leiris mostrado na Figura L 9.. Ele é empregado para determinar
J'!li-
o mõdulo de elasticidade e o coeficiente de Poissoh ' de materiais

fi!
,:1•!
A frequência natural de um fio preso
pon t os fixos é . dada por:
entre dois sob tensão uniaxial.
mente simples.
Seu princípio de funcionamento é relativa-
O AR é mantido à uma pressão constante no inte-
!'i
/,,,,11
rior do extensômetro, fluindo para fora do orifí~io G, e atingi~
'!i:'(I•! __!_{i cr '
'I J·ii 1
f (L 15) do o topo da placa. O ar defletido no topo da placa viaja então
l•j·'
'l!'i 21 w
J\l;:lfj)i ao longo dela na direção horizontal, escapando para a atmosfera.
1
i!!lii onde:
~~~~; A ârea anular entre o orifício G e o topo da placa forma um se-
I:Í;:· L comprimento do fio entre os suportes, em
;,li. gundo orifício S que está em série com 6 primeiro orifÍcio G .
.
jr~
g constante gravitacional, 980 em /s 2 A passagem do ar através os dois orifícios em série provoca uma
i:fJ !!:
:!·] cr - tensão no fio, Kgf/cm 2
!:;i diferença de nível no manômetro. Como essa diferença da altuna
~~ ::
w densidade do material do fio, kg/cm 3 manométrica através o orifício G é (H - h) e a altura manom~
iii
'I'
,:!; f frequência, Hz· trica através o orifício S ê h a relação de continuidade PE.
'!L'.
li-:i.
i!:ii de ser escrita da seguinte maneira:
Em termos da deformação no fio a frequêncria e ex-
P' pressa pela seguinte equação, que vem diretamente da equação (1.15):
~ AG f2g tH =-- hJ As l2gh (1.17)
" F
f ·!: i
I.
28 ·r:
l:
~;;.
29
.. ~.~.-, . .........-..-. -, ---:-:-

F
IF( i
- ~·-c- -•-:c"""".'~"'"''~ .-.~
-~l.

1.(~1;
·:·· J:. onde:
·i {
~
~ j!
I AG e AS sao as areas das seções transversais · dos orifícios

'a
1,
G e S, respectivamente ....,
'i I
;: i, I
1 ~.

~9
~ I
H é a altura manomêtrica mantida constante pelo re- COLUNA!
I

servatório MANOMÉT~ICA
I
I
h é a altura manomêtrica medida pelo manômetro 0 I
~~
::il :s I
p!, i
''
\r:-:·
~ A densidade do ar é constante para pressões pequ~ 1 J6 I
'f
I
I~
nas nao estando por -isso incluida na equação (1.17). Resolvendo ~ I
i~ H
d·• .
·) I I
a equação (l.i7) para h , tem-se: L---1-1...:
~
A
~
I
~

~
fJI
11 ~
~
0
h

l
A2
--
A2
G
H

s) + . 1
(1. 18)

'•
I
If
~
~
FIGURA 1.9 - O EXTENSOMETRO PNElWÁTIC0 DE H. DE LEIRIS
1

Quando a peça a ser ensaiada é carregada, a dis-


~
~ r
~
tância entre os dois pontos ·do extensômetro varia.
~~ Este alonga- 1.3- ERROS NORMALMENTE COMETIDOS NAS MÊDIÇOES DE -·nEFORJv!..AÇJI.O COM EX
1 menta é transmitido, então, através um sistema de alavancas para ~• TENSOMETROS
'l j
li• o extensômetro pneumático, onde muda a distância entre o orifí- a) ·§!!2~_§!!!ê!~!!f2!
iil
~~­

'
cio G e o topo da placa, mudando, portanto, a área
A8 ,na pr.9_ erros constantes ou que variam regularmente. São difíceis de
~:j porção direta da deformação. Desse modo, medindo-se a variação u
~
serem detectados:
0
I,
i;!
de área As , pode-se determinar facilmente a deformação rla peça I - erros devidos ao aparelho (falta de calibração ou manuten-
!~ ~ são) ;
~
I
If
~
Fatores de multiplicação de 100.000 são possíveis
de se obter com este tipo de amplificação pneumática. II)~
erros humanos (leitura incorreta; uso incorreto do aparelho);
- erros devidos à técnica de ensaio.

'
y

íif..::
h
b) §!!2!-~~!ªe~!~!~
erros de incidência desordenada e de valor variável. Eles são
responsáveis pela dispers-ão de uma série de medidas:
- erros humanos;
.1.-
!;.

l! -mudança de condições ambientais (vibrações, variações de tem


t peratura).
i'
i!
30 li
ll
31
1.4- GRANDEZAS CARACTER!STICAS DOS INSTRUNENTOS DE MEDIÇÃO Il _ EXTE:\Sll~1ETROS ELflTRICOS DE RESISTENCIA (EER)

1:::: a) ê~!!~!~!!!ªeª~
{:l 2.1- DE FI:\ I ÇÃO
li''
-.! ~ é o menor valor que pode ser lido no aparelho. ~ uma fração
São extensômetros que utilizam princípios elétri-
da menor divisão da escala, em geral, a metade. Depende do
:•'t cos para o seu funcionamentó. Constam de uma resistência ligada
afastamento das divisões e da largura do pon-teiro indicador
a uma base (material isolante) que é colada na peça onde se dese
:;}:
J b) rr~s:!~~2
H ja medir deformações.
,i!l
•'i t 't é o maior erro .de que pode vir afetado o valor indicado pelo
Essa resistência elétr:ica pode ser .de material cog
.!J:t!: aparelho. Depende das características internas do aparelho;
dutor ou semicondutor, mas tratar-se-â . aqui apenas dos extensô-
c) Çe~2Q_ª~-M~ª!ªe metros de material condutor.
·;·:il:i:
!U ~~::: é o maior valor que o aparelho é capai de medir;
\:~~!! Com o extensômetro preso firmemente ' ã superfície
,~..;~1
1

d) ~e~~-ª~-M~ª!Qe_i~1 .da peça em teste, cargas são aplicadas, o que acarreta a sua de-
:J1:i::
il~i~::
6

formação junto com a superfície onde está montado. A variação r~
l>u!, é o comprimento útil dos Extensômetro's em relação ao qual se
lfli;i
II J;i; bL sultante da sua resistência elétrica é uma medida.. __da deformação
I :; ~ t !. mede o ~L para se obter e:= 1
l;; ,l'i
~ ~li 'l·
j .,,,
média da peça no loc-al sob o EER.
~ !11 !
,l!:,l!r 1.5- CARACTER!STICAS DE ID~ EXTENSÔMETRO IDEAL
'·1·:.11:!1' 2.2- PRINC!PIO F!SICO DE FUNCIONAMENTO
l'·I''rl:r Um extensômetro bom deve possuir as seguintes ca-
I'di 1 Esses extensômetros se baseiam na propriedade que
,,:1 11! racterísticas básicas:
''1:!:11,!
.t;·:u os materiais condutores apresentam de variar de resistência elé-
:11:··:· ·- pequen.a s dimensões e pouco peso;

~ 'lj.l ·hi
.··i:.'jl
trica quando são deformados.
I!
.,..,., .1·
- grande sensibilidade, precisão e alcance; .
;ii} A resistência elétrica R de um ·fio condutor é
facilidade de instalação;
~~.'I
:'1:'1·1·
função do seu comprimento L , da área da sua seção transversal
l!~~!l!: - Possibilidade de medida de deformações estáticas e dinâmicas;
''':ii S e da resistividade p ·do seu material, que é função da temp~
,..,'.1
1!:'
- Possibilidade de leituras e registros à distância;
i:l
::. !i:::
ratura do condutor e das solicitações mecânicas a· ele aplicadas,
iiJt
-Baixo custo;
:1'1·•'
l!·..l:
Não ser afetado por vibrações, temperatura, umidade, etc. ou seja:

':'!!:!
. (2 .1)
;;.;1
;: ' R p sL
,,!1::...,,.
.'1

HI
i ltii
l' 1i1,11,1
..
32
33
~~'· "
Sir Willian Thompson (Lord Kelvin) em 1856, na ~~i z. 3 :-RELACIONAMENTO
ENTRE A VARIAÇÃO DA RESISTENCIA ELETRICA DOS
Royal Society of London, estudando as propriedades eletrodinâmi- i~~j EER E A DEFORMAÇÃO

cas dos met a is, descobriu que a resistência elétrica


condutor varia com a solicitação mecânica aplicada. A utilização
R de um
Ii~ . A variação da resistência
mecânica decorre da deformação do EER que étl tera
R com a · solicitação
L e S na rela
~ -
!~&
prática deste fenômeno somente foi possível no século seguinte. ~ ção (2.1), e tamb-
em da .
var~açao
- da .
res~st~~
. . da de p do m~ter1al
.
,~l
: !~
Em 1917 , P.W. Bridgman, confirmou
de Lórd Kelvin e, em 1923, construiu células destinadas a medir
os resultados
I ..com a solicitação .mecânica.
. -
~~· Diferenciando a relaçao (2. 1) , tem-se:
a pressão hidrostática; em 1930, o Engenheiro M. Carlson cons- f!·

'
:;-
"
·~
truiu um extensômetro de fio para utilização em concreto
1938, E.E. Simmon, no C.I.T. e A.C. Ruge no M.I.T., mediram . va-
e, em
~
~~ ou
dR = aR d
ap e
+ ~
aR..
dR. + aR ds-
as (2.2)

t~ "'
riações de resistência elétrica de um condutor colado em uma es- '!-~í1 dR =! dp + ~ dt - E! dS (2. 3)
t~ " s s2
trutura e v~rifiéaram que essa variação de resistência obtida era
proporcional a deformação.
ij!
E~.
ff.~ Dividindo (2.3) por (2.1) tem-se:
Assim se fixarmos intimamente ~m fio condutor na u~
~-

superfíéie externa de uma peça ·ou estrutura poderemos acompanha~· ·rJ. ~+~-~
1;\
~'i
dR (2. 4)
'1f R. s
.. a partir de então, suas deformações, simplesmente medindo a va ( '
p

riação de resistência elétrica do condutor.

Note~se que a solicitação mecânica que produz a


~7
f
ti.i
f!
Considerando um EER de seção circular s 'lt' T2 '

t~ onde r é o raio do fio condutor, temos:-


variação na resistência elétrica do fio condutor deriva da defo~

mação lotai da ~strutura a que o fio está solidário • . Isto é, a ~1 dS 2-ª.!:. (2. 5)
experiência mostra que a deformação E ;
AR.
c orresponde uma va
:li s r
R. ]j
riação uni tãria de resistência ~:.: que, dentro de amplos limi- ~; dL
No fio condutor, uma deformação longitudinal
·~
L
tes, é sensivelmente proporcional à defbrma.ç ão e: do fio. dr
corresponde a uma contração transversal r tal que sendo Jl

Um problema fundamental nessa técnica de medição


o coeficiente· de Poisson, tem-se:
de defo r mação, é justamente garantir a perfeit~ transmissão de I,
deformação entre a estrutura e ·o fio condutor. ~t~
'jl
dS dL
dr dL (2. 6)

~
i' ~ JJ L e s -: 2pL
E possível obter bons resultados desde que utili-
zada técnic a adequada como descrito adiante. :t
;t,~;
e, de acordd com as experiências de Bridgman,
'",:
::;·
·35
34 :~
dp _ K dV dR _
p- p v R ·- K"'
isto é,
ou em termos finitos:

-dp
p
= kp (1 - 2)J) LdL (2. 7) '.'1.:1
llR
R
= K "' (2.10)
onde Kp indica uma constante do material do condutor. · Conside
rando ct1}) e c2.AI) tem-se: Frequentemente, embora de maneira imprópria, ate~

ta-se apenas para a parcela de variação da Resistência R devi-


dR
R d~~,R. [c1- 2)J) Kp + c1 + z11)] (2. 8) da à variação de 11, e S , admitindo-se p constante. Se assim
foss·e, porém, o fator K se reduziria a K = 1 + 2JJ e, para as
Da. equação (2.8) podemos tirar : ligas comumente utilizadas em extensômetros, sendo J.J = 0,3 , se

ria K ;; 1,6 .
dR
R Em verdade, o valor de K para os EER mais em-
dll, = (1 - 2J.J) kp + (1 + 2J.J) K (2. 9)
11,
pregados varia entre 2,0 e 2,6; para a liga Is?.:elâstica é apr~

ximadamente 3,6; para o constantan e o nicrome 2,1; para a plati


mÍde:
na chega a valores entre 4,0 e 6,0; e, para o níquel, é franca-
.
mente nega~ivo (K - 12,0 a K =- 20,0) , o que significa que
K ( 1 - 2 J.J ) Kp + ( 1 + 2 iJ ) 2 + (Kp - 1) (1 - 2 J.J)
o est:tram,ento de f io diminui sua resistência, ao contrário do que

e o chamado "Fator ou Sensibilidade do Extensômetro", que pode ocorre com outr·os metais.

ser suposto constante para cada c'ondutor, para os intervalos Sobre a correlação sensivelmente linear t!R = K E:
R
usuais de variação das tensões. O fator K depende das caracte existente entre a deformação e a consequente va r iação de resis-
rísticas .Kp e \J do material do condutor. tência é que se baseiam os . EER . . Em princípio, basta fixar um cog

De (2.9) obtemos finalmente que: dutor à estrutura, · de maneira que ambos sofram a mesma deforma-
ção; podendo medir a v~riação de resistência l!R . ou
t!R
R . tem-
dR
R dR K dt
se imed ~a tamente a deformação ~ . através do fator K .o qu.al

dR. K ou realiza, por assim dizer., uma "ampliação elétrica".


R R.
9.

sendo, por definição, E: = df , temos ainda que


37
36
~~~ !
i-::!~ !
2.4- ANÁLISE BÁSICA trumentação.
:i!H .
.:
:~
2.5 TIPOS DE EXTHNSOMETROS ELgTRICOS DE RESlSTENCIA .
:i A variação da resistência elétrica de um extertsô-
H nietro · i.úüdo· a urna peça de teste deformada está relacionada com a A parte sensível do extensômetro pode ser formado
tensão aplicada atravé~: por .fio ou lâmina de uma liga metâlica .O fio (.p = 0.01 ; 0.02 mm)

i ) da definição do fator do extensômetro; é enrolado em forma de espiras planas, Figura . 2: la, ou em forma .

.de bobina enrolada em torno de um núcleo isolante, e . posterior-


ii) e da lei de Hooke:
~ mente achatada, Figura Z.lb, e f i xado sobre uma base plástica ·ou

~i.,.I
LIR LIR de papel isolantes na qual fica encapsulado. A lâmina (e < O. 02 mm)
R K E ou K5!..
R E
é recortada em forma de serpentina e fixada em base plástica; F!
~
O recorte da lâmina é feito quimicamente, após grav~

I
onde: gura Z.lc.

R,: i
cr = tensão aplicada,
E =módulo de Young,
kgf/cm 2
kgf/cm 2 I· ção Ótica, ou por punção.

W1
.I!
~~ !
consideremos os seguintes valores para ilustrar a ordem de gran-
I
p
j
'!
I

''li;· '· ~~' !'


de.za das variações de resistência esperadas:
!i'!.'

I
~·~I
~~ K = 2,0

'I
·I';~':·~
:ii!
r~~ ~
cr = 6 80 kgf/ cm2

E = 2,41 • 10 6 kgf/cm 2 ~
1
~1li!l
"''l'j
~I
:lt!:l
0~
~~ti
. ~."
A variaç ão percentu al da resistência é:
'•
~
~
m
~
~
!C I

~li l
!BI

~.~ FIGURA 2.1 - a) EER EM FIO, 'MONTAGEM EM ESPIRA PLANA


Dr
w~~I
AR
R
2 • 0,680
2.41
10
3

10 6
• 100 0.056%
I
a b) MONTAGEM EM BOBINA ACHATADA ·I
i

~
I
~
!'..
c) EER DE LÂMINA
~ Deste resulta de é aparente que _a varJ açiio da re- [
~
~
di I,:
t~
sistência é bastante pequena, acarretando a ne cess2dade de ins- I Os extensômetros que têm grades (de fio ou de lâ-

~I' trumentação e circuitos pre·cisos. A ponte de Wheatstone forma o mina) orientados segundo mais de uma direção, são denominados Ro-
~
"~ três
circuito básico para tais sistemas. · Ainda que estruturabnente si!! setas, e permitem medir .de formações locais segundo duas ou
.·~..i ·'li.!l
a~ ples, é .precisa e provê uma forma econômica e realizável de ins- direções definidas. Na figura 2. 2 são yistos alguris tipos de ex
~
],;I;; 39
38
~~~t ~
tens6metros de· fio e limina e alguns tipos de riosetas.· z.6- CARACTERTSTICAS DO.S EXTENSOMETROS ELETRICOS DE RESlSTENCIAS

a) !?e=::!::-ª!::-M~Mªi!_E: (Figura 2. 3)
I I
·~· Varia em torno de 0. , 3 a 150 mm.
~
.!. '
SR-4
·, t .
i[
- ~-·
:; i,f: m:c' -
:; :.p
/\91'\'!!1 . f!J!I'flll'

l.i:·I·~ B.
c. I
E.

l·: '' l j
1 ! A. D.
_j
lt"'·' t
'l1l;t;:

~
:1:• :::,
\!i~::: ,1 .Figuia2 . 2
} L J,

'~!I
Alguns tipos de STRAIN GAGES em f-Jiha fqb'rlcados por
BLH El ectronies -a) uni:ucial; b) roseta 2 ulementos 900;
G. H. c} ro1cta 3 clfmento$ eCo; d) roseta 2 elementos para ç:lza· FIGURA 2.3 -: INDICAÇAO· DA BASE DE MEDLDA 9. DE UM EER DE FIO
lh<Jmcnto: e) roseta 3 olementos 450.

PNIAXIAL
~
'l.ii'
.,, :l·d!
.I ..,.....,...
,'' . '"'.·:··.'.''•I.· . b) ~~~!~~~~f!~-~
.'!H•;,
1·~j~·:N•;i F.
· ~·j : hlll
Os valores mais comuris são 120 e 350 n
l,li'li:!'~~~•.'."'i''
,.:lii;l.lljll
I

'. ~~::~;]! : FIGURA 2. 2 -' ALGUNS TIPOS DE EER EM FOLHA (LÂMINA) E EM FIO FA- c) ~e!QE_Q~-~~~~!~!!!ªªª~-ªQ-~ê!~!!e1_QQ_g~!~~~§~~!!2-~
il~··t'
q:l'~ I BRICADOS POR BLH ELÊTRONICS
•S•i·~
'ij!•;..'
fl em geral , ~ 2
J~fl A) UNIAXIAL DE LÂMINA
'! l:.lli:J
B) ROSETA DE DOIS ELEMENTOS A 90° li R
·'::1''i'1·1 R
,.l.~· , C) ROSETA DE TRES ELEMENTOS DE LÂMINA A 60° K
Ti:
1:.·1· ~.:. Irlj.
,li•!!; R,
D) ROSET!-. DE DOIS EL~NTC\S DE J..ÃMP•lA PARA CIZAIHAMEN'ID
Ji
~'_1'1: _1
1
11'1'1 [1 E) ROSETA DE TRES ELEMENTOS DE LÂMINA A 45°
O valor dessa constante . é determinadD . colando-se o extens6me-
1,1:!::[1
,.. ,, F) UNIAXIAL DE FIO
[;1:·". .''.•1' G) UNIAXIAL DE FIO tro numa viga de aço submetida. a um estado uniaxial de tensões.
·.h!ihi
!''iil·ll
'·.vi'"'
•·t:;lill H) UNIAXIAL DE FIO DE TRES FILAMENTOS. ENROLADOS EM Comete-se erro (em· mui tos casos insignificantes) quando se usa
UMA BASE DE PAPEL
i:;;;i'i:: esse fator, para r elacionar .variação relati ~a de comprimep.to,
,,,. ,
''i!!:i
.,', '''r i·!
I•V!l
se o extens6metro é usado em peças submetida~ a um estadó bi~

xial de tensões.
l!i!i!l:
:i i~j":!i Além dessas características, podem também ser fornecidos
::dj;
1'' '1
pelo fabricante outros dados:
. ,....,
iil'!:,
:'r i::ilr - dimensões da base;
::·,,,i
~i ::·:J:ii
- material do elemento sensível e da base;
'i::·ii!!i
I::h!

~ i!il !l'i 40 41
I•J
·1 '1''I
,,· I
- coeficiente de dilatação térmica do material em que ele de- 3. Nicrome
ve ser fixado para que haja autocompensação de variação de
(80% Ni + 20% Cr)
temperatura;
Tem um fator K = 2.1 e possui grande estabilidad.e sob ele
- deformação máxima;
vadas temperàturas.
- número máxtmo de ciclos de deformação;
-"corrente elgtrica máxima; 4. Manganin
- adesivo mais conveniente. (4% Ni + 12% Mn + 84% Cu)

S. Cuprom
2.7- MATERIAIS USADOS NOS EXTENSOMETROS E4ETRICOS DE RESIST.ENCIA
(45% Ni + 55% cu)
a) ÇQgª~!2~-2~-~!~~~g!2_ê~gê~Y~!-ª2ê_gªg·
b) ~eê~-ª2ê-~~!~gê§~~!~2ê
O material do condutor deve ter:
- alto fator K ; São materiais usados:

- alta resistividade; 1. Papel

- fator constante para grande intervalo de deformação e tem- g flexível, bastante higroscôpicos, apropriado para tempe-
peratura. raturas entre - 150 °C < T < 80 °c

São muito usados condutores d~s seguintes ligas metálicas: 2. Produtos Fenôlicos (Baquelite)
1. Advance ou Constantan
Pouco flexíveis, apropriados para temperaturas .variando en
(57% cu + 43% Ni)
tre - 200 °C < T < 200 °C
tem K = 2,1 que se mantê~ constante para grandes deforma
ções e é pouco sensível à variação de temperatura; 3. Produtos à Base de Epoxi
.Flexíveis, aproprÚI.dos para trabalhar entre
2. Isoelastic
- 150 °C < ~ < 90 °C
(36% Ni + 8% Cr + 0,5% Mo + 55,5% Fe)
Para deformações abaixo de 7 ,550/co, possui um fator K = 3,6
e, para deformações maiores passa a ter K = 2,5 ;tem gra~

de sensibilidade a variações de temperatura; é usada em ex


tensômetros para aplicações dinâmicas.

42
n:"'
~1't'"'l é!·li.l'.i
'.1,::::
1(··': ·;1
III - CIRCUITOS UTILIZADOS PARA MEDIÇAO DE DEFORMAÇÃO USANDO EX-
Sabe-se, pela lei d.e Kirchhoff, que:
TENSOMETROS EL:6TRICOS DE RESISTENCIA
!rfl:: 1

V = R1 I + R2 I =I (R 1 + Rz)
-A mediçio de deformação usando EER i feita a par-
'I, i':' :
;~ :':;' ;l~ tir da variaçio de sua r es i st~ncia elitrica, at~avis a equaçio:
.i ! ; ~'I'
1~ I: ;:..,) que nos di a corrente do circuito:
llR = K ou _ llL 1 llR (2 .10)
0
r,l'l :'
L .-:~,
R
€ 8 -L=KR

~:i J:l! Dois tipos de circuitos elétricos . são usados para I


Rl
v
+ Rz
(3.1)
1:::;;!', 6 li L
obtençio de : e, consequentemente, de =T através a medi

l

:;,t ':'!i· ção de variaçio de tensio (llE): A diferença de potencial entre os pontos B e C ,
ilil: :11i i:
'fl ~ i' i!t (a) Circuito Potenciométrico E ; VBC , é a tensão de saída do circuito fechado e dada por:
l!:~~'ll~'
,!j:~,l!i~ (b) Circuito da Ponte de Wheatstone
l i,ilil l 1 ~
l'ii;:;l.i: 3.1- CIRCUITO POTENCIO.M:STRICO E = R1 I
·~·:i·,·. ; !l'l '
··'""'r
. 'i\'l!'r·
;"JI!i Um circuito potenciomitrico simples, Figura 3.la,
idH!ll t~: mas t endo em vista (3.1) tem-se: .
'i!:;:rl':l
#' l.:l·::.')!~:'11"
il. lil:. é usado em aparelhos para medições dinâmicas com ou sem correção
('''1:·1· ' dos efeitos de temperatura; Ele converte a variação de resistên Rl 1
l'l;i~(:' ' '
l ,· :·i·H·I'_I' I· ,_
·
c1. a e 1-etr1ca
. llR em var1açaÇJ de tensao
. - - E = v R. 1 + R2 vr+r (3. 2)

:i~li!; l l "1f li E c~paz· de ser medid~

:li!!~,li
.'ill~l-1
~~~ I onde:
,!ii!i:'li ~ fI v tensão · de entrada (alimentaçio)
·':il ·l·r R .
' /~ Jri i JI
1

r R2 , o coeficiente de resist~ncia do circuito


,1:1;:1 11''
_v ~A
1
i ·' i!!~'i:!:
..,j;)lfrr
,,,.,,,•Ir Se R1 for a resist~ncia de um EER te remos uma vari a
ill' 'i!:ilil :l·
\f1 :i ~!i ll,
I'J ilill; .ção llR( , quando a peça sofrer deformaçio; isto é
!.i t:!':i!
Il'i i["!i:. $ $ ® @8
li''l1'"1'1'
l.!
!J ~!)}; Ri + R1 + 't~R
1
'i'! III a .
b
'it'Mil: l E= _ _R_1_y
".''f. . ~
I'Ui!:~' R1+ R2
~ :t iIiII' Neste caso, a variaçio llE da tensio de safda E
:i :l·l'il·'.
'ir·i jl,:,
FIGURA 3.1 a) CIRCUITO POTENCIOMETRICO SIMPLES pode ser determinada pela equação (3. 2) como se_gue:
1''1'' '
i·:'i'll'
r1i:11: b) CIRCUITO POTENCIOMETRICO COM FILTRO CAPACITIVO QUE
:~ !~ . !~;,

j;,J::Ii: PERMITE MEDIR A Ca.IPONENTE DINÂMICA llE , PRODUZIDA PELO Rl + óRl


i\ ;!i!i! EER COLADO NA POSIÇAO R E + liE V R1 + liR
!,) lil'' 1 . 1 + ·Rz
.
< '111:1,
i.·H~

\:tilil1
·:r 1 rr ~ [1;1 44 45
l!iiii!
'·'W§:
;{Yi l~
!~i,. ;.l Resolvendo esta equação para ôE teremos: Normalmente a tensão E é de ordem dé alguns volts
;~~:!~f;
que a variação ôE é de ordem de microvolts.
r~;:~!~ R + . ôR . -R -- '
Não se
Rl + ~Rl Rl
i\'!' H v
Rl
1
+ ~Rl +
1 - v
Rz
1
Rl + Rz V (Rl + ~Rl + Rz Rl + R_2)
·.d ispõe de voltímetro com amplitude de escala combinada a sensib_!

i.: . ·i:\1: !idade capaz de medir com precisão nece~siria a tensão E + ~E •


r' 't' Que pode ser 'expressa da seguinte forma: Desse modo, os circuitos potenciométricos são. inadequados para
',)t'·:
,:t: aplicações estiticas, onde ambos E e ôE são constantes com 0

i~ ~E v
~Rl
Rl Rz
-
(R 1 + RzF R
1
(3.3)
tempo. Se, entretanto, as deformações
. varia com o tempo enquanto E
for~m dinâmicas, onde
ê uma constante,· é possível,com
ôE

t;;il;l'i: ~Rl emprego de um fÍl tro, bloquear a passagem 'da componente de tensão
:::j·.::i Mas, .tendo em vista a equação, K1 El , tem-se ·:
:\,11ili Rl
rrh:ti E em C.C. e medir com precisão apenas a componente ~E variivel
i':"lj\l,:
::fi:n Rl Rz com o tempo. U.m filtro típico usado com .um circuito potenciomê-
1'··[1"'' ~E (3.4)
<lJ!i: (R + Rz) 2- V K El
l''t';
:,(1,1'
1 trico ê ilustrado na Figura 3.lb.
:!~!ij li·i
ou . Rl Rz
Se RM é grande em comparação com
'ii.!ll•. •l
1(j 'i (Rl + Rz) , e.!!
;.I~'.
1 li'' tão a tensão E' medida através da x:esistência do instrum~nto
r
~~ ii. AE ~ (r+ l)z v K E 1 (3. 5)
".'~~·· 1
·I1
' de medição. RM e
li; ti
,ji
~~ I, onde: E'
J-===~1=,,
(E + âE) (3. 7)
1 R2 + -
11 .[1·· l M w2c2
Rz
onde:
1111 r = Rl
illiI ~ c ê a capacitância usada no filtro
'ii'di
::r:: Conhecendo-se R1 , R , V e K (fator do Exten- w ê a frequência angular da tensão (E + ~E)
...1.: 2 1
:'!lhli'i'· s6metro)·, e medindo-se 4E , podemos encontrar a deformação E ,
lj':1~:;l'1 ' 1 Desde que a componente E da tensão de saída do
i l~!l!,
i'Jii'll~ potenc i ô~etro E + ~E ê constante com o tempo, w o· e, esta com
(Rl + Rz)2 ~E
1:... :[;!
:1,1!·.
,,,,,,,
'''I['•
1'''1
El R R V K (3.6) ponente em C.C. do sinal é inteiramente bloqueada pelo filtro.
1 2 1
:;1 ~t
':lli~ ~ ~
Se RM = 10 6
n e c = 0.1 u f , a constante RC para o filtro
ilhl:
3.1.1 - Saída do Circuito Potenciométrico é 10-l , o que indica que a componente de frequência associada
:!li)l!:
,. ·r ,, r·,·
i:!lr
A saída de um circuito potenciomêtrico ê m~dida com a tensão ~E passari através o filtro com distorção despre-
':'il'+
·ll,;!
'itll li
i' ~· atravês'os terminais A~ B , como inditado na Figura 3.1, para zível, uma vez que eles excedem a 30 rad/seg ou cerca de 5 cps.
~!:!!1, .li
!ol;!j!i dar uma tensão total E + ôE • O filtro pode então ser empregado com sucesso para adap.t ar o !I
l' i'l!: 'i

li~ il lI
I

46 ; .t,.1
.,_,.. , ... "·····-····----
~~.

circuito potenciomêtrico para aplicações dinamicas onde as defo! é controlada pelo coef~ciente de resistência ~ p pela ten-
--~----
mações são compostas de componentes de frequência que excedem V do circuito. Por outro lado o relacionamento entre a cor
5 cps. Ig no extensômetro e a tensão V pode · ser determinada
simplesmente aplicando a lei de Ohm no circuito, isto é:
3. L 2 - S.ensibilidade do Circuito Potenciomêtrico

· ·.. Uma vez determinada no microvol tímetro do c i rcui- v I (R 1 ,+ R 2 )

J to potenciomêtrico a tensão de saída ~E , obtém-se a deformação


e: pela relação: e; sendo, I Ig e Rl Rg

e: =
s~Ec (3.8) tem-se ;-'</
:/
onde Se é a sensibilidade do circuito potenciomêtrico que po r v Ig (Rg + Rz) Ig Rg (1 + r) (3.12)
sua vez vale:

Substituindo (3.12) em (3.10) e (3.11) encontra-


~E
~c -
e:
(3.9) mos às duas expressões equivalentes para a sensibilidade Se do
circuito potenciométrico:
Substituindo a equação (3.4) em (3.9) tem-se :
Rz
Rl R2
se Rg + R K Ig Rg (3.13)
2
se --=---'=--- V K (3.10)
(R + R ) 2 1
1 2
e,
R2
Fazendo-se r = ~ , teremos também que:
1 Rz se r K Ig Rg (3.14)
Rl R2 Rl ':'
se VK ~VK·= . VJ!..
R2
1
+ 2 R
1
R + R2
2 2
1
1 + 2 Rz ~ + (~) 1
1 + Zr + r
2 1

~ ~ onde:
K é Q. fator do EER
ou
Ig é a corrente que passa pelo EER

se r VK (3.11) Rg é a · resistência elétrica do EER


(1 + r) z
Rz é a resistência de comparação
R
Est a equação indica que a sensibilidade do circui r ·= _l coeficiente de resistência do circuito
Rl
48
i 49
.,,l .••!,,,,,,~
~ l}Ji!i
v.~:~:[ 3.1.3 - Compensação dos Efeitos de Temperatura nos Circuitos Po- A eq-uação (3.15} pode ainda ser escrita. da . s~gui!!_
vri tenciomét r icos
"i:Hill~
;'i1i': f'
~J I · ,,.

Operando com ·circuito potenciométrico, é eventual


r· j;11;j
r . LIRl LIR
:[il. mente possível corrigir os efeitos de temperatura. LIE (1 + r)2.
--(~- R
2
R ) (1 - n) v (3.16)

il
2 1
Montando na posição R2 da Figura 3 .lb um EER não
solicitado, chamado e:xtensômetro ~compensador, a leitura final t.Ei
onde o termo não-linear n é expresso como:
''j'l•:I'·.·
I

:;:j:!i não dependerá da temperatu r a. Entretanto a sensibilidade se é


.!:i[r'' Rz 1 ( 3 .17)
n 1 -
~:~~~~!I muito sacrificada, porque o fator R + R fica reduzido a O. 5. \t~· LIR
.1 .LIRz .
1 11
1:1~'1 1 Pára eliminar a influência espúria de temperatura é recomendável ~
g 2 · ~~ 1 + j (1 ~ r) I l Rl -- +r(-)
Rz 1
·~f ~-

'li( operar com EER auto compensador. Sendo, portanto, R1 e R2 as 11


8'..!;
il:lti.•
t./j:H).I1l!.l resistências de dois EER teremos uma variação liR 1 e liR 2 , quan- ~.:
w,.;
Se n << 1 , a equação (3.16) torna-se:
11 '11'
1)ft',·;.
··~·~-! qo a peça for deformada. Neste caso, a variação liE -
~~
~
da tensao "'"
.[i[!i! liR 1 t.R
2
JI~ l'j : sera determinada da seguinte maneira: .WJ LIE r ~)v (3.18)
( Rl
SH·,' I
~~ r)<: 2
~.l[''''• il,.•l '~":.i
(1 +
~f,f
R + liR ·~'
~
\ 1'1 1. 1
E + liE v . Neste caso, ainda., a sensibilidade· do-·Ci.rcuito po-
' '·11i' Ri + liRl + Rz + liRz ;re~

I,I ·~~
~-
de ser dada _por:

~~ 1
Resolvendo esta equação para liE , temos:

. '11.
R1 + liR 1
.1 se (1 +
r
r) 2.
(
LIR 1
Rl
LIRz
-)e-
Rz
V (3.19)

I
RI
·.i.1.'''ti E cR + liR 1 + Rz -
+ liR 2 Rl + Rz) V
1
''·!I'i'.~li:' ou, sendo
11 ' 1 que pode ser expressa da seguinte forma, sendo
Rz
r = Rl
~
~~
111!'
1.
1' 'j!l'1~! .
1
V = Ig (Rg 1 + Rg 2 )
lil~'.!: r >c

I (~
.f;(
r,~'/'
f~.
i:1Í ' r liR liR
1
ltl!li.
I(1 + r) z - ~)
li E { 1 2 ~;; tem-se:
!~h:l
.,':.H.Il.j'\

l:i'j,: 1
+
I(1 +
1
r)
I RI ~ liRRzz) I}
lliRl .
+ C
(3.15)

!~
!I:!: li1 ll~z) Ig (Rgl + Rg 2 )

~r1
r l\Rl (3.20)
l il.i 1
':!:li .
,:;J;I Esta equação mostra que, neste caso, a tensão liE
se .(1 +r) (R
1
R
2
e:
lij~li
'i:~!: liR 1 'P.!:~

l~il i
do circuito .potenciométrico é uma função não linear de e j~
liR 2 RI Se R. é um EER ativo, cola do numa ;região que s~
'~ 1
1'jii'
~f-\
'1 ·· Rz :!~ fre deformação, sua resistência irá variar devido a deformação
':1~ ~!t,;
:1~';

111
50
I
de peça ~ a temperatura; então 1 desde que R1 = R2 = Rg .
r

Este tipo de comp~nsação de temperatura ê eficie~


t.Rl tiR ... t.RT
__ E+-·- te somente se os dois EER , ativo e compensador, forem exatame~
Rl Rl Rl
te iguais (do mesmo 1ote), estiverem colados ~a mesma peça,ou p~

Entretanto, se R2 é um EER compensador, colado numa ças do mesmo material e forem mantidos rigorosamente nas mesmas
solicitada, sua resistência somente irâ variar devido a condiÇões ambientes. Nos casos em que uma dessas três condições
tura, então: não possa ser observada, para eliminar os efeitos de temperatura,
deve-se usar os EER autocompensadores.
óR óRT 3.2 - PONTE DE WHEATSTONE
2
RZ Rz
Pode ser usada tanto para aplicações estáticas co
Substituindo estas duas equações em (3.16) temos: mo dinâmicas e admite dois métodos de leitura:

a) método de leitura di reta


t;E r (t.RE + llRT - llRT
(1 + r)2 R1 Rl R2 ) (1 - 11) V (3.21) b) método de balanceamento nulo

3.2.1-l-'lêtodo de Leitura Direta


Desde que R
1 = R2 = Rg , é evidente que o
t.R.r
termo Rg serâ· cancelado na equação (3. 21) e o sinal de saída Pode ser usado em medições estáticas· ou dinâmicas.
t.E será apenas função do termo ARE , isto é: Emprega osciloscópios de rápida resposta ou oscilógrafos que são
frequentemente usados para medir deformações unitárias variâveis.i
r AR E
t.E (3.22) Neste método a Ponte de Wheatstone converte a variação de resis-
(1 + r)2 Rg (1 - 11) V
tência AR ;m variação de tensão t.E capaz de ser medida tanto
Temos ainda que: em regime estâtico como em regime dinâmico. Esta conversão per-
mite obter as deformações a partir das variações de tensão nos
t.RE terminais da ponte. As leituras dependem da tensão. V da fonte·
Rg KE e v 2 Kg Ig 2 Rg Ig (1 + r)
alimentadorà do circuito, da variação de tensão t.E nos: termi-

logo a equação (3.22) torna-se, para n << 1: nais da' ponte e do fator dos extensârnetros usados, bem como de
suas resistências.
r O esquema b'ásico da Ponte de 1\iheatstone por leitu
t.E 2 K ERg Ig (3. 23)
1 + r
ra direta é representado na Figura 3.2.
52 ·53
~! ·!
~·t·'~!
l'l ·"-
ilirfr{1i·
'1
B

iilf.~ _Rl R3 . - Rz R4 . 1.
E V (Rl + R2) (R3 + R4) . .. (3. 26 )
li!. R2 =
I
.· ·;

{:·I"·
r ri
~~ E possível assim dispor EER iguais em dois bra-
:I'' E, dE
n:!·; ços ~djacentes ou nos quatro braços da Ponte.
~~~~;.'
!ih:t
Sem solicitação mecânica aplicada a ponte estará
!:~i!' :
'·lp.
.'.r\'. em equilÍbrio, e, neste caso, tendo em vista (3.24) e (3.26),

t~J~-
.;:\ll;i E = VBD =O
r.l :J>•,I.
;I
; fi!~!
v Havendo solicitação mecânica a variação de resis-
''·l!l '---- ---1111---"--------'
l!'!r"t
~lt: tência dos EER provoca uma variação de tensão AE , resultante
~li:ir:
i:'Jtl do desbalanceamento da ponte, que poderá então ser'lida num mi-
':•j''ir! FIGURA 3.2 - ESQUEMA BÁSICO DA PONTE DE WHEATSTONE POR LEITURA ~i:i
nf!j~: l
rfrt:+
!'ll l;; !' i
DIRETA crovoltímetro.
~. ri:. -~. ·:

r
As resistências R1 , R2 , R3 e R4 , sofrerão
' llt Quando a ponte está equilibrada (Ig O) ,VB
VDI :· acréscimos
AR 1 , AR 2 , AR 3 e AR 4 . Podemos en_tão, tendo em

I
1.1'
~· 1 e nes.te caso,
~ 1!~1
l
f.nl·· vista a equação (3.26), montar uma matriz.
--- - - --·· ··-- ·--· ..
j l .l
~)I'.~!
I l
,!
L/2
I, 'Í?z
~ LR1 f')
= Iz </25 ( .J} Rl R3 "' R2 R4 I
(3. 24) i&~
R + AR
1 1 Rz HR
2

,,,,I

II'
i•'
.'!'.
R4 + AR4 R3 + t.R3 -
lfl·j
I·I·
,~.r r 1
~ ~.~.-·~
(I) _:_ ( ..:~) .
Da Figura 3. 2 conclui mos que: AE =V -- - J =v~
11:1':
1 1!.::t .. ?'2. '

.I
i' ~i o
h:i! Y:?5 i<'z. v e v (3 2 5) ,,.~, \"' • àR
1 2
: R • AR
2
Il Iz
1·~i:fl RI +Rz R3 + R4 R3 + AR 3 + R4 + t.R 4
f!r~:~ r?z " 1!. 1 = f; • -!?.s
lirtiJ
il[r,,
r;,~.~
•.• A tensão E será dada por:
1
I:·ii.J:"'di1 A e B
'ri1:' · Resolvendo a matriz tem-se os valóres de
'Jr·:'·i.lj
·,1::1
,I· r:,.,
:•I',:·1ri:(· E = VBD :~n~
i'jJiic ou
')!l
·I'I
li, :l~!
I Rl R4 I
I
Jl!il·r E
:b:.f: VAB - VAD v IRl + Rz - R3 + R4
:1!,;1.
J! ij~l

~1 !~·
i 1l~t~lli~i 54
:~~
. -_,- • r"" " '.--;:-:: ,..,~.-;- ... -
. - ..-
., --:--:- ..,.....~e -- -

onde os determinantes foram expandidos e os infinitésimos de or- VK L 4 fiE


I
ti E ~
e L
--vr- (3.32)
.~ ~-\~•\)C.
dem superior despresados. I 0 1
\

f> ' ~ "


O valor da micro tensão fiE será então: Observa-se que
r 6E resulta da soma algébrica das
J inàicaçõe·s fornecidas pelos quatro br.aços da ponte. Indicações
RI R2 fiR fiR fiR
ôE = V ( I - _2 + 3 fiR4
~ -
(3. 29) \em braços adjacentes tendem a se. anular e de braços opostos a se
CRl + R2)2 RI Rz R4)
j reforçar. E~ta característica pode ser aproveitada para compen-
R2
J Fazendo-Se r = ~ , tem-se: ! sar os efeitos de temperatura na leitura de deformação, como se-
1
·. rã vis to ma i~ a diante.
fiE = r fiRl fiRz fiR3 fiR
v
(I + r)2
(!C"-- +
1 R2 Jl:3 - "1<44) Conhecida a sensibilidade Se de ponte obtem-se
a deformação pela relação:
onde (3. 29) é a equação q.ue governa a Ponte de Wheat.stone.

Sabe-se que fi R K logo (3.29) se torna: 6E


R g , E = (3. 33)
se
RI Rz onde:
fiE CRI + R2)2 v (Kl e:l - K2 e:z + K3 e:3 - K4 g4) c:r. 30)
r fiR 6 R4
se -fiE -V chR 1 6R
2 3 -)
"'1C" - R4 (3.34)
e: e: (1 + r) 2 ""'ftl - R2
+
3
Se os EER são todos iguais entre si, o que nor-
malmente deve ocorre.r A sensibilidade da Ponte de Wheatstone depende do
número de EER atuantes e ·da ordem em que são montados na ponte.
RI = Rz R3 R4 e KI Kz K3 K4 Então é possível escrever:

Então, a equação (3.30) torna-se: m=n 6R


l: _.1!! fiR ,
nR
m=l Rm
H
v4 K (e:I Ez + E3 - g4) (3.31)
Que, tendo em vista a equação (2.10) to.rna-se:
onde:

m=n f1Rm
e:l - gi + E3 - E4 L !: I r n K e:
m=l · m

é a leitura feita pelo Ponto de Wheatstone. Então (3.31) nos dá: Substituindo esta equação na equação (3. 34) temo.s

56 57
~· ·".': ' ''-:"'·~-
- -. -. · -· :· ·;~ ..... ''""' " ..

~~
;:fi.
a sensibilidade do circuito da ponte como:

se v r
n K (3.35)
• 2. 2 - Método de Balanceamento Nulo

Para a leitura de deform aç~o

tática, com ou sem correção do efeito da temper.atura é


es_tâtica ou quase e2_
recomend~
(1 + r) 2
::1t.:
HJ! vel _o emprego dos EER montados em forma de Ponte de Wheatstone
''',;'1 ' 1
1
:!'!l li A Figura (3.3) indica as sensibilidades para alg~ por balanceamento nulo •. Este dispositivo utiliza um galvanôme-
~l'l:! !
mas montagens mais comuns: tro muito sensível disposto como na Figura 3.4. Um potenciôme-
\!;J.: rl :tro é montado de tal modo que seus dois resistores R5 e · R6 es
~;i~·::
:_,!l:!l tão em p~ralelo, respectivamente, com os braços R
2
e R
3
da
~!)~l.t

il!1i~
q~·~r~
.1f t.E ponte. Dispõe-se os EER em um ou mais braços da ponte, e reg~

~: ~~:!;:~~ la-se o potenciômetro para leitura zero do galvanômetro.


ii\j;·,!
~: iht:ll Neste método as deformações são obtidas a partir
t!r:·i;,;ll
'J·i~·
"11Jil;._ ·- 1·
'l·rn
~ ,,.,r v v da variação de uma resistência que é ajustada·até quõ tJ.E ; O .
llj)1_',-l' ~~1111 I '---llllll
~~H~~!'r:li
I
A medida que a ponte se desequilibra, devido as solicitações, v~
~c=fi<IgRg
~,
lli ~!,
~~ : ~
Se= R::R2. KJgRg
·ou como V:2Ig.Rg ria-se uma resistência mantendo-se sempre a ponte-- equilibrada.
..
A

li
[1',
Se: KV
4 corrente no galvanômetro é sempre nula (Ig ; O) ·. As leituras,
i' neste método, não dependem da tensão do circuito •.
l ii
"i-'' ,1
1

~-~lr:,Ji~ l'.
1

,._ i',·I:
' i11iil I
\)j'lil LIE
i~~~F
P_
·' )·E R•

~
·-·1"·

RG'

.\'1"411
;~l:r.J.l v v
i~~ii
ij,lli,
'-----lllln--....J '-----111111----l
v
ti·\~' Sc:~IgRg 1....-~---i•JI------'
fi~d;::· .Se;;; _fu_ k' Jg Rg ,.,
Rg+R2 ou _como V:ZI9R9
~~~~ 1'
1: ~;J:ill Se- KV
l'!~'i,:'i',;
,-_~1 ,,.,,
~~.! I
- e
• •,
");!·.!·
~~:~rir: FIGJRA 3. 4 - ESQUEHA DA PONTE DE WHEATS10NE POR BALANCEA!viB'JTO NULO
y~~'
:~: i.:_il :
"··v
"l·_ll

FIGURA 3.3- VALORES DA SENSIBILIDADE Se PARA DIFERENTES MONT~ ~I


~r~[~i! GENS DE EER EH PONTE DE WHEATSTONE POR LEITURA Dl.
~~~~~
il
RETA. EM CADA CASO TEH-SE e: ; õE/S c 'I
,[~il!:
.

~~illm 58 59
I
A ponte estará balanceada q~ando: em.termos da deformação. A figura 3;5 mostra um tipo de in-
cador cujo método de leitura é o de balanceamento nulo. Ele p~
Rl R3 eq R4 Rz eq (3,36)
ser usado em medições com EER de 120 Q ~ com 'filtor va·ria!!_

do de 1, 8 a 2, 2, ligados em meia pont·e ou em ponte completa. São


A medida, que a solicitação mecânica altera a re-
também características desse indicador:
sistência dos EER , começa haver passagem de corrent.e que é de-
uma divisão da escala 10 X 10- 6
tectada no galvanômetro. Volta-se a equilibrar o potenciômetro,
J fazendo-se com que o ponteiro do galvanômet ro fique no ponto ze-
campo de me di da 29.500 a+ 30.500 x 10- 6

- precisão 5 X 10·- 6
ro.
temperatura de operação 10 °C a 50 °C
Analisando-se o circuito, observa-se que a ajust~
voltagem de alimentação de ponte: 6 volts
gem do potenciômetro· é proporcional a variação de resistência dos
EER Assim ê possível construir-se uma escala graduada, acopl~

da ao movimento do cursor do potenciômetro, de modo a obter-se


nessa escala a leitura direta da deformação.

Neste método a leitura de deformação indicada pe-


la ponte é:

L El - E2 + E3 - E4

independente, portanto, de fiE , V e K .

3. 3 - INSTRill-ffiNTOS COMERCIAIS DE MEDICAO

Nos aparelhos comerciais de rn'e dição, os circuitos


FIGURA 3. 5 - INSTRUHEN TO PARA MEDIÇÃO DE DEFORMAÇÃO QUE OPERA S~ _
são mais complexos que o da Figura 3.4. As vezes tem-se urna pog GUNDO O PRINCfFIO DE PONTE DE BALANCEAMENTO. FABRI
te onde se ligam os EER e uma outra (ponte de referência) lig~ CAÇÃO SHINKOK PS7-H
da a ela que tem resistências fixas e variáveis. A variação das
resistências da ponte de referência . ê que provocará o balancea - Há possibilidade de serem lidas deformações em di

mente. feren te s pon~os com um sô indicador. Nesse caso, os EER são li


gados a uma cai xa comutatora e esta é que é ligada ao indicador.
Nesses aparelhos indicadores, as leituras são fei
61
60
. ' ' ' '.'": - ~.-.,':" ::· ~~ :- ~~'!': l ~''i- "!"1':':;"1• --~---~ .,- •. , ~, ,...

3.4 ~ TIPOS DE LIGAÇÃO DE EER NA PONTE DE WHEATSTONE Dois fatores normalmente ditam o tipo de circuito
a) Ligação em Quarto de Ponte (1 EER): a ser empregado:

(1) Se a deformação a ser medida é estática ou dinâmica, e


R2 chámando de L0 a lei tu r a inicial (2) Se deve ou não haver compensação dos efeitos de ternpe~atura
no indicador e Lp a leitura fei-
ta após ter ~ EER sofrido uma de- Numa aplicação .dinâmica onde a compensação de te~
·;:;·
formação El , tem-se: .1:-i.
I'~ peratura não é necessária, ambos os circuitos, potenciométrico e
R4
Ponte de Wheatstone podem ser e~pregados. A sensibilidade des-
e:l L Lo
p
caJ ~-~ ses dois circuitos são idênticas, corno nos mostram · as equações
:,~~,, (3.14) e (3.35):
b) Ligação em meia Ponte (2 EER) i';·.'i· M
-
\:'- ._,
r
se 1+T K Ig Rg

O circuito potenciométrico, entretanto, tem a van


tagem de que o balanceamento inicial não é necessário.
e:l - "'z Lp Lo
R4 Para uma aplicação dinâmica onde é!..-compensação de
temperatura é necessária a Ponte de Wheatstone é a mais recomen-
(bl
It~ dada por dar maior sensibilidade do que o circuito· potenciométrl
c) Ligação em pont~ completa (4 EER)
co. Este fato pode ser confirmado comparando-se as seguintes equ~
Jl1
i•

li
~
ções de sensibilidade:

MIW
1 se -z1 K Ig Rg - Para o circuito potenciométrico
El - Ez + E3 - E4 L
p
- L
o
i~~

II
Se =l ~ r K Ig Rg - Para a Ponte de .Wheatstone
!Cl

Por causa dessa diferença nas sensibilidades dos


3.5 - CRITfRIOS PARA A SELEÇÃO DO CIRCUITO ADEQUADO. ,'
circuitos, o potenciométrico não deve ser usado para compensação
~l
Concluindo o que foi dito neste capítulo, aprese~ ~!
~ de temperatura, a menos que a necessidade de uma terra comum,que ~·li

1~ l
tarernos nesta seção critérios para uma boa seleção do . circuito ele permite, tenha mais· importância. do que a vantagem da sensibl
mais adequado a uma dada medição. ,\I
I·i -t.
lidade da Ponte de Wheatstone.
..,j.l'

I
J
62 63 lj
____
ir ii
.,...•"''"'"'"'_,..,______ --~-. ,-,_-~_ ,,.

Se a aplicação é estática, onde um indicador de i;

balanceamento nulo pode ser empregado, nenhum outro sistema deve


ser considerado. Este indicador é simples de operar e pode ser
-utilizado com ou sem compensação de temperatura para leituras da
ordem de ± 5 ~ em/em .

Em aplicações estáticas onde a leitura direta é


.i
necessária, a Ponte de Wheatstone pr-ecisa ser empregada, uma vez
que o circuito potenciométrico é _impróprio._ Se a cõmpensação de
~~ CONDIÇÃO DEFORMAÇÃO COMPENSAÇÃO CIRCUITO
TEMPERATURA SENSIBILIDADE
. Sc
temperatura ê necessária, pode-se usar a Ponte de Wheatstone com
:; 1 Dinâmica Não Potenciomé r
dois EER ligados em braços adjacentes. Se a compensação-· de tem- trico - !+r K I~ Rg I
I

peratura não é necessária, a Ponte de Wheatstone:com um sô EER ~ ;

2 Dinâmica Sim Ponte de r


muito adequada. Ambas as Pontes tem uma sensibilidade dada por: Wheat.stone !+r K Ig Rg
li Ponte de
r Wheatstone r
se r+r K Ig Rg i
por leitura l+r K Ig Rg
3 Estática Não direta ...---

Balanceamen
Um sumário dessas quatro condições de operação é to nulo 5 ~ em/ em
mostrado na Tabela 3.1 .
Ponte de
Wheatstone
de leitura l ~- r K Ig Rg
!{
direta
!
4 Estática Sim
li
· Balanceame!
!' to nulo 5 ~ em/em

I~
i}
!'

64 65
.. -~: · ;;: . .. ..···:·.. ., ., . i'·• ' ~·:·.-.

IV - PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM NAS MEDIÇOES DE DEFO~~ÇAO COM induzida pela variação de temperatura de uma 6ati~ada pela
EXTENSÕMETROS EL~TRICOS DE RESisrEN~IA
aplicação de uma carga, devemos ter condições de ~ep~i•r estes

O comportamento dos EER é bastante influenciado dois efeitos.

por diversos parâmetros que, embora sejam motivos de erros nas Existem vários métodos usados para compensar os
medições de deformação, podem ser controlados e corrigidos. efeitos de temperatura. Eles serão estudados mais adiante. An-

Entre esses parâmetros os mais importantes e que tes, porém, devemos analisar melhor a influência da temperatura.

serao tratados neste capítulo sao: Quando a temperatura do EER varia, três efeitos

1. temperatura
resultam no valor de sua resistência:

2. Estado Local de Tensões I - Os fios condutores do EER se alongam por efeito de dila-
3. Fios Condutores
tação térmica :

4. Adesivos
li L
5. Umidade L al ClT c4 .1)
6 .. Frequência de Deformação
7. Pressão Hidrostática onde:
8. Campos Magnéticos a 1 =·coeficiente de dilatação térmica do material do
EER
Desses oito parâmetros, os seis primeiros preci-
H
sam ser considerados em muitas aplicações ordinárias com EER L deformação devido a variação de temperaturê liT.
Os dois 6ltimos são casos esp~ciais encontrados com suficiente
frequência para jus~ificar sua inclusão aqui. II - O material da base do EER também se alonga por efeito da
dilatação térmica:
Além desses pa r âmetros, alguns outros como o esta ~~
do de deformação, a temperatura de operação, a estabilidade, os
li L
efeitos do tempo e os ciclos de deformação, serão discutidos no T az liT (4. 2)

Capítulo VI.
onde:
4.1 - INFLU~NCIA DA TEMPERATURA NA MEDIÇÃO DE DEFORMAÇÃO COM EER
az coeficiente de dilatação térmica do material da
Uma deformação superficial pode ser induzida num base do EER
elemento mecânico ou aplicando-se uma ca.rga ou va1iando-se sua
.,1

temperatura. Como o extensômetro não pod·e distinguir uma defor-


~
•:
.... 1

'I
'

66 11
..~. · -·- · ·:--· :"' '·""".";::·~·~-:~.,..--·": '"'' -··~,.,.,..,.,.,.,. _
.. •.... _

III ~ A resistência elétrica do EER varia pela alteração da re- tem dois métodos possíveis de procedimento.
sistividade do material do condutor.
~is!ç~g-ªº!-ªªª-~!_M~!!_rggf!_Q9_!!~reu!!_Çem~!!!!

LIR Consiste em ligar dois ou quatro EER similares,


lf a t.T (4.3)
em braços adjacentes, em meia ponte ou em ponte · completa. No ca
50 mais simples de compensar a temperatura usando dois EER,um de
onde:
j les, o EER ativo, é colado na direção em que se deseja medir a
e coeficiente de variação térmica da resistividade
do material do EER por variação de temperatura. deformação, de modo a fornecer indicação do ef~ito de deformação
e de temperatura;. outro, o EER compensador, é colado numa seção
A combinação desses três efeitos provoca
não solicitada mecânicamente ou numa peça inerte porém do mesmo
posta no EER c8: ) ' induzida pela temperatura e que não
material da base, de modo a indicar apenas o efeito da temperat~
llT
ser separada da resposta induzida no EER pela deformação da
ra. Ambos devem ser submetidos as mesmas condições de_. temperat~
trutura devido a tensão aplicada.
ra. Montado o par de EER em braços adj acente.s da ponte, o efe_i
Tendo em vista a equaçã9 (2.10) essa combinação to da tempera tu r a se rã iguà1 ,em ambos. Apenas em um d:el es have-
resulta: rá indicação correspondente a daformação. ~ feita então a leitu
ra de diferença de resposta dos· dois EER, e essa âl.'ferença cor-
(li R) K (a 2 llT - a 1 llT) + e llT responde a ação isolada da deformação, isto é, como na ponte o
R llT
par de EER atuará subtrativamente; o valor de liE final inde-
ou
penderá da influência de t~mperatura .

R LIT A compensação do efeito da temperatura, por este


(t.R) li T {e + K (a
2 - a 1 ) llT} (4.4)
método, pode ser feita também usando dois EER ativos colado5 na

Então, devido a variação de temperatura, os EER mesma região que sofre deformação, porém em direções diferentes.

é os f1os condutores sofrem variação de resistência e causam uma A deformação desses EER estão relacionadas com o coeficiente de

deformação aparente que não pode ser separada da ·indicaçã·o de d~ poisson. Os EER são ligados em meia ponte, em braços adjacent~s.

formação real, causando erro nas leituras, que deve ser corrigi- Como os dois sofrem o mesmo efeito de temperatura, este será eli

do. minado.

Um exemplo é o de uma viga biapoiada submetida a


4.1.1 - Métodos para Compensação dos Efeitos de Temperatura
uma carga concentrada, na qual encontram-se dois EER colados na
Para compensar o efeito da variação da temperatu- fibra inferior, perpendiculares entre si. Os EER são ligados em
. 68 69
braços adjacentes na ponte conforme mostra a Figura 4.1. L Ef (1 + JJ) ' ( 4. 5)
.B

O que indi ca --q-ue os efeitos de temperatura for~


({,~0~
•' eliminados.
A C AE
A deformação será dada por:
R

o L
e: f (4.6)
I+lJ
v
L_____J I j l------~ onde:
L = Leitura do aparelho indicador
FIGURA 4 • 1 - LI GAÇ.AO DE EER EM ME IA PONTE
}J Coeficiente de Pois~on

Ef = Deformação devido a flexão


Seja El a deformação do EER E
1
e Ez a do
EER E2 • A leitura final de deformação será: Neste método usado para compensar os efeitos de
temperatura os EER usados deverão:
L e:l - e:z ter R, K e sensibilidades ã temperatura iguais;
- ser colados em peças do mesmo material;
mas, o EER E1 sofre uma deformação devido a flexão e devido a estar nas mesmas condições de temperatura;
temperatura: ~ estar ligados a fios condutores do mesmo tipo e d'o mesmo com-
primento;

El Ef + E 8T na ligação em meia ponte, podem-se usar dois EER ativos ou um


ativo e um compensador.·
na ligação em ponte completa pode-se ter quatro EER ativos ou
O EER E2 sofre a mesma deformação do
E devido
1 dois ativos e dois compensadores;
a temperatura e a deformação devido a flexão está relacionada com
o do EER E1 pelo coeficiente de Póisson, sendo - Jl e:f . Então B. Y!!!!~ê~~Q-~~-~~!~~~§~~!!~~-~~!~=f~~ll~U§êª~E~~-ª~-!~~E~E~!~!e
Outra técnica para eliminar os efeitos da temper~

Ez - }J Ef + e: 8T tura consiste em usar extensômetros auto-compensadores de tempe-


ratura. Estes são extensômetros que combinados com o metal ba-
,;i A leitura final será então: se, apresentam o efeito da dilatação técnica capaz de anular,num
,.1
·ji

;if 70
71
M o ~ - - - ~ .,-c> - .,...,. ' ~·-:-.~·-:-:~"":"'7'-.-~~ ....! .
,- '

determinado intervalo de temperatura, o efeito da v a riação de três fios; dois deles iguais, ficarão fazendoparte da
sistividade do material. I s to é, dentro de certo intervalo um e m cada braço, e o terceiro fica~â n~ ponte, Figura 4.2.
temperatura, não acusam vari ação de res i stência devido a \'ar i a-
ção de temperatura.

Esses ~xtens6metros podem ter ~ua grade feita de


um ou dois tipos de condutores ..
J
Nos EER autocompensadores de um condutor, o mate- E
rial do f i l amento é e scolhido de tal maneira que, quando os EER
.. ;

são coladcis numa estrutura de material de coeficiente de dilata-


~ .

ção térmica a2 ' t em-se:

llR
R e llT + K llT Ca 2 - a1 ) llT ia+ K Ca 2 - a1 )\
'

l:j . mas, llR o e, como llT i O , tem-se : FI GURA 4. 2 - LIGAÇÃO DE UM EXTENSOMETRO AUTO COMPENSADOR DE TEMPE
R
i'!
~ I·
RATURA

I!
li: e + K Ca 2 - a1 ) ; o ... 8 a2 al o A Figura 4~3 mostra curvas de aferição,fornecidas
juntamente com EER autocompensadores para aço doce de fabrica-
Isto é, esses EER são tais cujos valores al e ção BLH •

\!: e anulam o efeito de a


2 , para os materiais de ba s e comuns. A curva signoidal nessa Figura (4.3) representa a
.:J
\:1 Nos EER autocompensadores de dois condutores di variação da deformação aparente indicada no EER atribuída apenas
H
Li ferentes, os efeitos da temperatura em cada, condutor se anulam, ao efeito da tempera tura. O material . bás i co é aço AISI 1018
i~ isto é, os dois materiais do condutor e o comprimento da parte Observa-se assim, que a deformação apare nt e a 250 ?p é da ordem
i!
I'

Ii' de cada um são escolhidos de maneira que: de - 130 x 10- 6 in/in valor esse bastan t e gran de. Os li mites
1,:
de atuação au t ocompensadora desse lote de EER são 50 °F a 110 °F
llR R' {e' llT + K' llT (a 2 - a 1 ) } +R" {e" llT + K" (a 2 - a ) llT}
1
o 0
(lO c a 43 °C)

Quando se usa um extensômetro auto- compensador 1! A Figura mostra ainda a variação percentual do ê!
gado em quarto de ponte, para se eliminar também o efeito dava- ro do fator K em função da temperatura. Esse êrro é pequeno

l!!
riação de temperatura nos fios condutores, devem-se ligar ao e x- apenas para a temperatura ambiente.
-1: 73
72
il
"
1!

DEFORMAÇÃO A P ARENTE EM MICRO 111 POR IN resistividade com . a deform~ção, considerando-se em (2.10) o coe- .
-000 -600 -4 ~ 0 -200 o •200 •400
- s o- l••••··r·· l ······•••l•••t•••••J•~·······I•••••••••I•. ••••••••!
· ficiente de poisson l.l constante par"l todos os materiais. empre-
gados em EER Entretanto o valor de K depende em cert~ ex-
tensão também do desenho do EER.

Acontece que os EER têm uma pequena parte do fio

E
ou lâmina orientada ·segundo o sentido transversal, em relação a
M
!
F
direção do comprimento útil.
A
H
R 'Esta porção transversal do EER acu~a uma variação
EQ~r . . QQ ERRO DA TEMPo de resistência quando este é solicitado a um campo biaxial de d~

E .A P=-Dt.03 • t . s:I:T- 2.o:l:l•to-2T2 o formações. Daí resulta um êrro na leitura, uma vez que a indic~
• !1.•8 o10_11T3-:J , UOC10-liT4

fAÇO 1018! ção total fornecida corresponde a interação das deformações nas
duas direções ortogonais. Na maioria dos casos esse erro ê des-
·i.:
j! prezível para o que contribue o próprio desenho dos EER. Para
:il 1
l~O-

esse fim os modelos tipo lâmina, por exemplo, possuem a ~egião

lllii1 transversal com área de seção reta bem superior a área ao longo
•oo.w.
I •• •• • •• • "I • • •• •• .~' •• ••• • •••I• ••• • •• • •t • • • • • • • ••I • • • • • ••• •I
o .,
do comprimento Útil.
lj ~~ &I•.>.O::AO P(RCU•fi,Uo\ 00 l,i.l.(ll - IAI'IIII> POR
Dl fllll'liU.IIIAA
VJ.RU.CÀ.n

Ili~l FIGURA 4.3- CURVAS EXPERIMENTAIS DE AFERIÇÃO DO EER AUTOCOMPEN-


SADOR TIPO "SELECTED-HELT", PARA AÇO DOCE FABRICA-
ÇÃO BLH ELETRONICS
4.2.1 - Erro Devido a Sensibi[idade Transversal

Para definir o erro causado pela pequena parte dos


:~
!(!
EER disposta no sentido transversal consideremos os seguintes fa
i' 4.2 - INFLU~NCIA DO ESTADO LOCAL DE TENSOES NA RESPOSTA DOS EER tores :
l~~~::i
I
~;
p Definiu-se anteriormente o fator de sensibilidade Kt = sensibilidade longitudinal ou axial do extensômetro
:',
~;

· ~! K dos EER como uma relação entre a variação de resistência elé Kt = sensibilidade transversal ou normal do extensômetro
,!)

trica e a deformação correspondente: Kg fator ou sensibilidade de deformação do extensômetro


:; :
'i:
f•,
~R e:Jl. deformação no sentido longitudinal (eixo xx) do extensômetro
n K R
e: (2.10) e:t deformação no sentido transversal (eixo yy) do extensômetro
;:J
i1l K fator ou sensibilidade do material dd extensômetro
:;~i O ~alor de K conforme expressão (2.10) depende
~~
J:· apenas do ·material do EER, a medida que depende da variação de
;;i
::~
nu
li~ 74 75
onde: K!/, Ei + Kt e:t
f'. R E =1 l'.R (4.9)
K = R quando E:t = o ( 4. 7a) KT KQ, - Jl Kt
Q, EQ,
li R ''erro relativo" cometido será:
e: 0
K = R quando E.Q, = 0 ( 4. 7b)
t E:t
e:t Kt
li R e: - e: Kt - + ~ K
e:.Q, t - 8
Ki t
Kg = R quando Et = - ~ EQ, = - 0.285 EQ, ( 4. ?c) e = 9. (4.10)
E.Q, e:~~, K.Q, - J1 Kt - K (€ + Jl)
1-jl_! Q,
Ki
,I, A variaçio unitiria total de resist~nci~ do EER Nos extens6metros de lâmina, a parte transversal
considerados todos esses fatores sera: e muito mais grossa que o restan'te. Isso faz com que o erro re-
i li R lativo cometido nos EER de lâmina seja menor que nos de fio.
R K9, EQ, + Kt Ej; (4.7d)
E possível entretanto corrigir o efeito dessa sen
Os valores do fatór K fornecidos pelo fabrican- sibilidade transversal.
. !ii
v :.i te para cada EER sio obtidos ex'perimentalmente por método esta-
:~ 4.2.2 - Correção do Erro Devido a Sensibilidade Transversal
~ tístico para cada partida produzida. Para esse fim as amostr~s
•1!!1
,llil
sao montadas parqlelas a direçio X de aplicaçio da. solicitação
A correçio dos efeitos da deformaçãó transversal
~
M • num corpo de prova submetido a carga uniaxial de tração. de um EER pode ser feito através um fator denominado "Fator da
r:
Na su-
·li··.'

~ perfície onde o EER esti montado tem-se uma distribuição plana


Sensibilidade Transversal".
I'·.·::I
il:::
de deformação tal que: Este fator é definido pela seguinte equação:
~
~
•;!
i''i f'. R
=-
e:t ~ e:i
Kt I
e:Rt e: Q,=O
~ K'
11'
(4 .11)
KR. f'. R
I~
ll Então tem-se: R Ie:t =O
e:.Q,
~
0 onde:
.~ f'. R Kt e Ki são definidos pelas equações (4.7a) e (4.7b) e
!I R KJI, e:Q, - JJ Kt e:Q, (KQ, - ~ Kt) E.Q, K EQ, c4. 8)
::~
K' é o fator de sensibilidade transversal.

onde K KQ, - JJ Kt 'é o fator do material do extens6metro. Para determinar este fator considere-se um EER
li,'
h
Uma deformação genérica obtida através do extens6 com seu eixo axial paralelo a direção x , como mostra a Figura
~: .:
metro sera: 4.4.
i :1
1

11
~. I'
{j 76
77
e:r
,, . l·l..
ff'ii['
' '
't• r é o raio da curva
'\'·:!·'·.
' '1 y 2
i K é a sensibilidade do material do fio
I i

Integrando a equação acima, tem-se:

t.R [ p K r IEl : e:2 + e:l - e:2


~ co s 2 Ce + cp) I de
t------r----------~x ~ X

€i Desde que P-
1
e e: são constante.s em relação a
2
(al (b)
equação acima pode ser integrada facilmente:

..•·.,
!
FIGURA 4.4 - (a) EER DE FIO COM SEU EIXO PARALELO A X MAS p K e:l + E
I\ R r1f--, 2
~ \:;; PARALELO OS EIXOS PRINCIPAIS DE DEFORMAÇÃO
.< (b) ELEMENTO SIMPLES DO FIO ou
\

.~1
d p K~r 1f (e:,~~,+ e:t)
i~
t.RI curva
A defo r mação ao longo da · curva do fio · em

I'I~~11 pOSl
·ç-ao localizada pelo ângulo e é dada por:
onde e:R. e:xx e e:t e:yy

m
,d El + Ez El -" Ez COS 2 (e + ~)
e: e - , -- +
~ 1\R para o segmento reto do fio é dado por:
~
I~
·1'11
A variação de resistência ao longo do comprimento
~ t.Rifio reto = P K R. e:,~~,
~~ dS pode ser encontrada substituindo a equação (4.12) na
de fio

~
~
-
equa Ça 0
(2.10) como mostrado a s~guir:
E, finalmente, 1\R total será a soma d~ du~ equ~

4
~r
L~
d (t.R) EB K dR e:
8
K Cp r de)
ções ante.riores,

I'
ii
~
t.RI
total
= P K je:R. R.+ 1T2r (e:,~~,+ e:t) I
,f onde:
11:
• ~ ,;1 dR é a resistência do fio ao longo do elemento de compri- I\ R
O termo será então:
·i·!
mento r da; R '
[i/1·
j}
·,,! p é a resistência do fio por unidade de comprimento :i
~:;~; l!R
R
= p
R
K Ie:,~~, cR. + :!!.....!'.)
2
+ e: t :!!.._!'
2
.I (a) !,,,
....1:
:::;;
,ll[i
79
'i'!''·r: 78
'I
,,
'i
Pelas equações (4.11), (4.7a) e (4.7b) A equação (c) pode ser reduzida pela determinação
sensib.ilidade transversal é, finalmente, dado por: resistência total R d.o extensômetro como:

K'
~r
- E
Et ~ =
Z"'Ü 1f
r
R P U + 1r r) p c~+ 1T2r + 1T2r) P 2 l + K'
1=K' (d)

-.,.1 '. ~2.


--1f

-e:~
-oe:t- Substituindo a equação (d) na equação (c) tem-se:

Então, conhecendo-se o segmento reto ~ , e o raio da


li R K
~a do fio, pode-s~ determinar o fator de sensibilidade R 1 + K' (e:R. + K' Et) c4 .14)
sal (K') •

li R
O fator ou sensibilidade de deformação do extensô
Uma expressão relacionando K e K' • e
R metro (Kg) é determinado empregando-se as equaçõ.es (4.14) e
estado de deformação definido pelos valores. de e: ~ = e: XX
(4.7c) e considerando-se e:t = - u s2 • Então tem-se:
e:t "' Eyy , serve como um excelente
. procedimento para
dos efeitos de deformação transversal. li R K e:R.
R 1~ (1 - u K') ER. Kg (e)

K
Kg
!'+K' (1 - J.l K')
ou
Kg (1 + K')
K (f-)
1 - u K'

e, Estas equações são importantes na dete:rminação das

~ + 1T r ~ correçoes necessárias da sensíbilidade transversal.


~2~
r-::-r
Considere-se, para isso, o caso em que o· ~ER é
1T r K' R. aplicado sobre uma peça num ponto onde:
-2- 1--=--ifi

e:t
Substituindo a equação (b) em (a) tem-se: - =a (uma constante conhecida)
E: R.

li R Então pelas equações (4.14) e (f) obtem-se:


.fL..! ~ (
R 1-If' e:R,
+ K'
Et ) (c)
R

80 81
- --~~---:-: -co::~-:~-~-~:~
;'-<'"' .:;, '.·. - ~-

t.R K
(e:.R. + K' e:t) , Kg E~" (l + a K') li R
(R)extensômeúo y
R r+ K' e:'t
Kg
j i

Resolvendo esta equaçã? para E.R. tem-se:


Pelas equações (4.14) e (f) é evidente que:
t.R
R 1 - Jl K'
E.R. = Kg 1 + a K'
t.Rj -, Kg rr t (e: Jl, + K' e:t)
R extensômetro x
O fator (t.RR)/Kg representa a leitura que
e,
obtida se nenhuma medição fosse feita para corrigir os
; ~:- :
(1-l.IK')
; -1 da sensibilidade transversal. O segundo termo (e: t e: R.)
:u
· ~~
1 + a K' t.Rj
R extensômetro y
1
Kg UI
+ K' (g)

!,,,1,~ presenta o fator de correção. E possível corrigir


p·r de dois modos:
.~ · onde e:R. .e e:t são deformações verdadeiras.

II~
Primeiro, pela obtenção prévia do valor de Kg determinado
los fabricantes e a correção prévia como indicado acima;
Combinando as equações (4.17) e
tem-se a seguinte relação:
as equações (g)

In Segundo, pelo emprego de um valor de correção de


~,, nido de acordo com os instrumentos de medição.


}~j
!·,,
Este valor corrido para kg ê:
E I -
.t - 1 - u K'
} (
EJ!. + KI e:t)
( 4 .18)"
!iij
~~ Kgl = Kg 1 + a K'1
~h corrigido ·· 1 - ll K Et _ _ (e: + K' e:.)
1
., . t "'
~
I
~

~~
A correção do efeito da sensibilidade transversal
Finalmente, resolvendo-se as equações (4.18), pa-
quando o campo de deformação é desconhecido ê um tanto mais com-
ra as deformações verdadeiras e:~ e e:t em termos da deforma-
~
I~
rM plexa e requer o uso de dois EER, um na direção
direção y As deformações indicadas por ambos os
x
EER
ção aparente e:'R. e e:'
t
tem-se: I'I
~1 I.
- ~

'! ~
l'
falsos por causa dos efeitos da sensibilidade transversal.
j 1 - ]l 1r K I (e: R,I - K' e:t')
~ E R, "' 1 .,
I'
.~ Estas deformações seriam: :I
~ (4.19) :11
~
~ t.R Et 1 - 1.1 K'
. ., . (e:'t .:. K' e:D
"'
l:
·~
llí:, {R)extensômetro x lJ
~ e:' 1·
.t Kg
~ (4.17)
'ji
1 Como o fator de sensibilidade transversal K' é
~ .~ ·
~~ 82 ri-~j
ll :Í
r;~·;
êrro pode s e r separado, simplesmente multiplicando-se o roem-
conhecido para um dado tipo de EER e ~ = 0.285 , para R + .R
da direita por n c ' isto é :
das ligas metálicas, as deformações verdadeiras podem realmente
i' ·-···
I i ser determinadas a partir das deformações aparentes medidas. R + R
e: e:' c
R (4. 21)
Os erros envolvidos dependem inteiramente do
do de deformação e do valor de K' para o EER empregado na
Isto pode ser feito também alterando - se o valor da
cação. Em certos casos esses erros introduzidos pelos efeitos
_j
constante K , da seguinte maneira:
sens i bilidade transversal podem ser desprezados; entretanto,
1 _ 1 R + Rc
outros casos, podem ser muito grandes, e, então, devem ser K'- K R (4.22)
: 1:.
1,' gidos.
:~· e, desta forma. ler-se-ão diretamente as deformações, sem preocu
1':.

~~
I'>! 4.3 - INFLUENCIA DOS FIOS CONDUTORES NAS MEDIÇOES DE DEFORMAÇAO pações, com a fórmula:

~
COM EER 1 ~R 1 t.R
e:= R' R+Rc KR (4.23)
~
A principal influência dos fios condutores nas m~

~~r ~
~
dições de deform·ação com EER é a resistência do próprio condutor.
Para reduzir esta influência procura-se, em geral, trabalhar com
Todos estes cuidados podem ser dis?ensados,
dito anteriormente, se chegarmos ã conclusão que o valor de
como
Rc
M fios de baixa resistência ohmica por unidade de comprimento, e é despresível em presença de R .
~
f tão curtos quanto possível.
~
Ili i:: Até agora, falamos de um problema básico, que é

[ ~ '!·~,
I(
r
.· ~ ;
Isto pode ser visto observando-se a fÓrmula usada
para o cálculo da deformação
'
inevitável, pois em casos -de medidas efetuadas no campo,ou em lo
cais difíceis, g.e ralmente os fios condutores têm grande compri-
mento, e estas correções devem ser feitas.
jr l':·r!i 1 ~R
e:= KR
i r~
I
Existem, e~tretanto, outros erros, que são oriun-
dos de situações que podem ser as vezes evitados, como mau uso

I~ i'
Se no lugar de R , tivermos
tencia do condutor) estaremos cometendo um erro,
R + Rc (Rc =
dos condutores, ou mesmo descuidos nas montagens, etc.

t ' '
!: • Analisemos alguns destes problemas.
( to mais significativo for o valor de Rc em presença de R .
I

~ .:: mos então, dada pelo indicador: 4.3.1 - · variações Incontroladas da Temperatura dos Cabos de Cone
I ;;~;
;.:,•·
~ ....
xao
· ·; (

1 ~R As variações , muitas vezes incontroladas, de tem-


e:'
KR
UI ~ 1Ui 84
85
peratura dos fios condutores, também influem de maneira l Rc e llTc
ST "'K R (4.24)
vel nas medições de deformação.
Esta correção é dificultada _pelo fato de que llTc
O fio AwG- 25 , por exemplo, tem If = 106 x 10- 3 !'2/m
pode ser determinado com precisão.
suponhamos que os fios condutores sejam desta bitola e tenham
metros de comprimento. A resistência total que se soma a do Sempre que houver possibilidade, deve-se tentar

Rc ;; 2 !'2 . problema.
é
4.3.2 - Maus Contatos nas Ligações com os. Terminais dos EER
Se durante o ensaio, numa ligação em meia ponte ,
os cabos de um extensômetro tiver aquecimento diferente dos Para diminuir essa influência, qualquer ligação en

outro, digamos uma diferenç~ de temperatura de 5 °c admitindo tre os fios condutores e os terminais dos EER deve ser feita de

a"' 0,004 !'2/!'2 °C , tem-se uma variação de Resistência de-llR=0,04 n. preferência por cuidadosa solda.

Para um = 120 n e K = 2, O isso significa uma de for-·


EER de R Muitas vezes por ser mais fácil a utilização de
mação aparente de E = 117 x 10 -6 ligações sem solda, costuma-se utilizar plugs em macho e fêmea.

Este problema as vezes ê inevitável. Num labora- Ist~ é uma grande fonte de êrros devido a deficiente pressão de

tório, por exemplo, pode-se não consegui;r evitar que um fio pas-· contato que eles oferecem, e também devido a oxidação da parte

se perto de uma· máquina que esteja ã temperatura elevada,. ou fêmea. Portanto deve ser evitado o uso de plugs e usado somente

campo, pode acontecer, que-parte da fiação se encon.tre ao sol ligaçõés por meio de parafusos de pressão, uma vez que somente os

parte à sombra. parafusos de pressão são capàzes de substitui.r as soldas.

Para se levar em conta esta influência, pode-se Assim mesmo, ao se usar parafusos de pressão é co

proceder da seguinte maneira: mum surgirem deformações aparentes, provenientes de mau aperto •
6
Estas. deformações chegam à ordem de grandeza de 30 x 10- , que
Sendo Rc a resistência do fio condutor, e
já é considerável.
ficiente de temperatura da resistência do mesmo, e llTc
.. ção de temperatura, a deformação aparente devida ã variação E. fácil perceber numericamente a importância das

temperatura será: resistências de contato, utilizando-se, por exemplo, EER qe


R = 120 K
rl e 2,0 • Basta uma variação de resistência de
1 llRc ~R = 1,2 x 10- 3 rl numa das ligações para surgir uma deformação
E = K !["" onde llRc Rc e llTc
aparente d e F: = 5 x 10 -6 . -
Esta deformaçao correspon cl. e multas

vezes à sensibilidade do aparelho indicador, causando, portanto,


logo
erros nas-medições.

86 87
•••• • •'";" • - :-:·- - · .•....,..... _-;--·• •~;- ~·-~, :'·, ! '!'·o'<-•

~
1~1 1 \'i

I
~·~· l.·: 4 .3.3- Variações Incontroladas dos Comprimentos e das Bitolas Aqueies que curam por reação química; caso dos adesivos de ba
;;.J .l'· .'
!':. I dos Fios Condutores se fenôlica, epóxica, acrílica e poliamídica.
:'.- ' l ''i'
~· t..
t, '' Outra influência que os fios condutores podem · exe.T Adesivos cerâmicos utilizados em aplicações a ahas · temperat~
':'
[· l cer nas medições de deformação são os êrros provenientes da sub~
r as.
Como resultado da operação de cura ou de reação
tituição de fios de conexão por outros de comprimento diferente
de polimerização de colas fenólicas surgem materiais voláteis que
I ou de diferente bitola.
devem ser evaporados. Se as condições de aplicação não forem
1:
i.
O fio AWG-18, por exemplo, .tem R ;- 2 O x 10 -3 f! I m. .adequados esses materiais voláteis dão ori gem a vazios entre o
I
I
se durante as medidas, esse fio for substituído por outro "um m~
i corpo dos EER e o material de base que prejudicam o funcionamen-
!: tro" mais longo, por exemplo, a resistência do EER sofrerá uma to do sistema Colas apõxicas em geral tem a vantagem de seca r
,.I' -3
l variação âR ; 40 x 10 f! , o que representa, para um EER de sem desenvolver materiais gasosos, e, por conseguinte, menor ten
R = 120 ri e K. = 2, O , uma deformação aparente de e: = 150 X 10- 6• dência a formação de bolhas.

se~
1
.cr- 1~
Para diminuir essa influência é aconselhável,
pre que for preciso mudar um dos condutores, faze-lo por outro
Em qualquer caso muito cuidado deve ser tomado P!
ra que o adesivo cure completamente antes do sistema entrar em
do mesmo comprimento (L) mesmo diâmetro (bitola) e mesmo mate - serviço. Caso contrário haverá tendência para relaxação de ten-
.-·J · ··

li rial (mesmo p), ~ara que a variação de comprimento,e área do con sões e também para surgimento de tensões internas consequentes
1: dutor não altere. a sua resistência que sabemos ser: .da progressão da cura durante o serviço.
1\
!)
·f Uma forma de verificar o estado de cura da cola é
R p sL (2. 1)
medir o isolamento entre o EE~ e o material da base. Se for da
ordem de 10.000 Mn ou além, a cura terá sido satisfatória. Se
4 . 4 - INFLueNCIA DOS ADESIVOS NAS RESPOSTAS DOS EER
for da ordem de 100 a 1000 Mf! deverão ser aplicados tratamentos
O desempenho do adesivo é vital para a qualidade
de cura ao adesivo.
dos resultados finais que se deseja obter.
Um problema sério na escolha do adesivo e o tempo
O adesivo deve ser capaz de transmitir,fielmente,
de vida Útil de muitos deles entre o instante em que são fabri-
ao extensômetro, as deformações da estrutura.
cados e o instante de àplicação. Este tempo em alguns casos se
Os adesivos podem ser enquadrados em três catego~ limita a 2 meses, assim mesmo quando mantidqs em baixas tempera-
rias: turas. Considerando a demora inevitável nos processos de impor-
tação, muitos dos adesivos de utilização comum no e ~terior são
!:· 1. Aqueles que curam por evaporação de solventei; caso dos adesi

l \d~
vos a base de Nitrato de Celulose. inaplicáveis entre nós. No mercado nac i onal existem entretanto

~ 1lr 88 89
adesivos potencialmente adequados à colagem de EER. O _ Super Bonder com proteção de Borracha de Silicone.
inconveniente do seu uso é que suas limitações,principalmente
Desde que não se exija precisão e qualidade muito
ensaios de longa duração, não são bem conhecidos. apuradas, pode-se, 'também, usar com razoável eficiência a combi-
ra minimizar este problema e tornar o comporta~ento desses ades.!_.
nação
vos mais conhecidos, um .trabalho foi realizado, no qual investi-
- Cascopox lento com proteção de Cascopox lento
gou-se., entre d-iversos tipos de adesivos e protetores comuns ,aqu~
A seguir são representadas as característieas màis
les mais convenientes à colagem de EER. Neste trabalho, estudo_l:!
se, também, o comportamento quanto ã durabilidade, cura e resis- importantes de alguns tipos de adesivos normalmente utilizados.

tência ao tempo e às intempéries desses adesivos assim como 1. M~ê:l:Y2:L~H!Q~~!Y!§:ü~Q§_!);]y~Q ... ~_§!m.Hêt~!!!l
respbstas dos EER a determinada carga aplicada. Apesar de serem excessivamente plásticos e apre-
O corpo de prova, sobre os quais foram colados p~
sentarem problemas de relaxação de tensões, se devidamente emp;r~

res de EER, correspondendo cada par a uma dada combinação gados podem ser indicados para EER com base de papel ou acrílico; .
+ proteção", foram confeccio·nados a partir de chapas retangula- a cura se dá a temperatura ambiente por evaporação de solventes;
res e ensaiados à flexão. Cada combinação foi montada em 3 cha- ·são hj,Jgroséôpicos; a temperatura máxima de utilização é de 60 °C.
pas, ficando uma delas dentro do laboratório com controle
dições ambientes, outra exposta ao sol e a chuva todo o tempo z. ~g~§!Y22-~~u§1!~Q§_1~êg~~!!!~l

ensaio, e, a terceira exposta somente à chuva. São indicados para EER com base de baquelite; a

Os resultados das leit.uras de deformação cura se dá por polimerização sob pressão e temperatura elevadas;·
dos pelqs EER, foram sumarizados numa tabela e plotados em são termo-relativos, isto é, liberam água durante a cura; a tem-

gráficos percentuais, os quais mostram o afastamento das leitu- peratura máxima de utilização é de 200 °C.
ras de cada semana, em relação as leituras iniciais tomadas co-
3. ~~~§:l:Y22-EEQ!!~Q§_i~!ê1g!!~~-fê§~QPQ!_~_§!m.!!êE~§l
mo referência. Para análise dos resultados, também foi
São indicados para EER de qualquer tipo de base ;
cálculo ·da média dos erros relativos das leituras de· deformação
curam à temperatura ambiente por reação química e por polimeriz~
de cada semana em relação ã leitu!a inicial, para cada combin~­
ção de um manômetro em presença de um endurecedor; apresentam ten-
ção.
·Dentre os adesivos e protetores testados neste sões residuais provenientes de polimerização; são menor higrosc~
balho, três foram de excelente qualidade: picos que os adesivos nitrocelulôsicos; a temperatura máxima. de

~ Araldite lento com proteção de Araldite lento utilização é de 120 °C •

- super Bonder com proteção de Barrier B

90
4. 69-§~!YQ~_Ç!g:gQg~!!1~!!f2~_.1§!-!2~!-ª2ll5!~! .. _'Ih!~~-ªQ!!ª .. --:gg~!!!.lê:!_!.
acarretando, consequentemente, o aumento da resistência em vir
nQ ..
_~tf!.l
tude da diminuíção da ·área da seçã~ transversal.
São indicados para EER de qualquer tipo· de base
Variação da resistência aparente do EER devido a Redução do
exceto papel; curam à temperatura ambiente por polinearização;
isolamento entre o EER e a estrutura.
catalizador pode ser usado para diminuir ? tempo de cura;
groscôpicos; durante a cura, uma leve pressão deve ser s. Tensões de Relaxação - a umidade provoca redução nas proprie-
,. dades mecânicas do adesivo permitindo relaxação de tensões a!
'
durante um ou dois segundos; a temperatura máxima de operaç·ão é
_j terando a calibração inicial. Os plásticos expandem e contr~
de. 90 °C . em c'om a quantidade de água absorvida o que também acarreta
S. ~ª~~!Y2~-Ç~!~!!.li~2~ tensões de relaxação no adesivo.

São indicados apenas para aplicação ã temperaturas


6, Alteração do fator K do EER - a umidade pode fazer com que
elevadas. a base, o adesivo e até a própria estrutura constituam uma r~
sfstência em paralelo com o EER alterando o seu fator K , Fi
gura 4.5.
4.5 - INFLUENCIA DA UMIDADE NAS ~ffiDIÇOES DE DEFORMAÇÃO COM EER E
MATERIAIS USADOS PARA SUA PROTEÇÃO
EXTENSOMETRO
4. 5.1 Influência da Umidade no EER

u
ADESIVO

Os adesivos e os suportes dos EER são muitas vezes l ~ lE


higroscÓpicos e absorvem umidade do ar. Esta umidade pode prov~

car alteração na medida fornecida pelo EER quando atacar o adesi


vo, a base do EER ou o material da estrutura, por vários motivos:
v
1. Deformação da. Camada de Ade s ivo - ao absorver umidade, o ade~ ,_______,B,II-----___,1
si-iro se expande aumentando de volume e alterando sua base de
medida. Esta expansão é transmitida ao EER sem que seja pos-
sível desassociá-la da deformação real da estrutura. FIGURA 4.5 - RESISTENCIA PARALELA PROVOCADA PELA UMIDADE

2. Perda de aderência entre o ~ER e a estrutura, podendo o mesmo


até, ser descolado ou destruído; Então a resistência real não será mais a do EER e
sim uma resistência equivalente igual a
3. Corrosão - se a base do EER absorver umidade, esta será tran?_
mitidas para a grade. Isto pode provocar corrosão da grade
quer por oxidação, quer por reação de eletrôlise, pela passa- 1 1 1 Rext x RD
-R- + ou Req ( 4. 2 5)
Re c;_ R R
ext + R
g~m de corrente elétrica, quando o aparelho estiver em uso, ext p p

92
93
i!':·
:.~lf
li onde:
:-i· .
...
i.:
.·.... ·.;1
·· .·•· .-. ·:··· ·
- silicone combinado com teflon e fibra de vidro.
.:.! .
Req resistência real equivalente ·,
:.-. .
COB E..RTURA DE METAL
Rext resistência do extensômetro (EER)
R resistência em paralelo provocada pela umidade
il
p
,'i
Em virtude disso os sinais de deformação induzicl~J ,~r- ·
no EER pela umidade não podem ser separados dos sinais de deforJ

I
mação reais da estrutura e as deformações lidas não co.rresponda:;.;l
I
rão mais as deformações reais.
·.I ' i'
Jt I
%
~
i!
Todos esses efeitos apresentados sãc
agravados se a umidade apresentar concentração de sais.
ainda '
ma.ts r ;.s I •
ESTRUTURA

j
,: : Os EER devem, portanto, ser protegidos contra Ç\. 8
~ umidade. FIGURA 4.6 - PROTEÇÃO DO EER CONTRA UMIDADE

II~ 4.5.2 - Proteção dos EER Contra Umidade

A proteção do ÊER dependerá do grau de exposiç~


Esta proteção deverá ser nao só contra a
;omas também contra possíveis ataques de Óleo, produt6s químicos e
umidade

~N: . à umidade e da temperatura do meio.


,,i ainda contra acidentes mecânicos e pancadas •
~
~ Em ensaios usuais de laboratórios em que a exposi. i j_'e~
t,;
ru
ção é por pouco tempo e apenas ã umidade normal do ar, poàe q ' -~r 6 INFLU~NCIA DA FREQU~NCIA DAS RESPOSTAS DOS EER
~
~ mos revertir o EER com ceras próprias para esta finalidade. D<c~ : -( Em aplicações dinâmicas com EER o problema da fre
Í'
cola, i .ll \fluência de sua resposta é mui to importante.
I
.,,
pendendo das condições de uso, podemos também proteger com Este problema pode
f
j ã base de Araldite ou adesivo tipo Duco. ser devido a dois fatores: ao tempo que o element·o sensor do EER
~~
~ eleve para responder a uma dada deformação da peça na qual está
I Para proteção maior, como por exemplo, se o EER
'
) exposto 4iretamente ã água, deve-se usar um selo composto de c a- . -~~lado, e ao seu comprimento Útil.
'•· maqas de cera le y~ _, borraclJ.a sintética (tipo borracha de silico .. Muito pouco se :t em feito parª3-~.1-ª1Jeli3_C~ _r _o tempo
8 ne), capa metálica e uma cobertura de borracha, conforme mostra· s de transmissão de deformação da peça através o adesivo até atin-
a Figura 4.6. Podem ser usados também materiais como: gir o elemento sensor do EER. Entret::>.Hto, é possível estimar groÊ.
- espuma de Uretano seiramente este tempo pela consideração do exemplo mostrado na
- cera micro-cristalina I
I Figura 4. 7.
i

94 ·I ·?5
:J
,-.-- ---..,..-.. ,..,....,......, •. ~~;-;:- e ,~·;:
,- -G,~c=~C""

!'LEMENTO SENSOR

{Õ:=··"'"
DO EER
511\!AL DA
r li< ~DEFORMAÇÃO DE
CISALHAMENTO

PEÇA

l
C1: 200,000 IN/SEG.
(AÇO)
FRENTE
DE DEFORMAÇÃO
'
i''
DA PEÇA

I i'
'
FIGURA 4. 7 - TRANSMISSÃO DE DEFORMAÇ.iíO DINANICA ENTRE A PEÇA E O j. to t lo ~to
EER
!fi:
SINAL DE SAIOA DO Eell

..t.J
2 l
.
t :
'
.,... ;_
j_ lt=f=21o
A deformação da peça propaga-se com velocidade c
1
im:roduzindo uma deformação de cisalhamento, que por sua vez:, pr~ FIGURA 4.8- SINAL DE SA!DA DE UM EER NUMA . ~SPOSTA DINÂMICA IN-
paga-se com velocidade c2 através o adesivo até atingir o ele~ FLUENCIADA PELO SEU COMPRIMENTO
menta sensor do EER. A frente desta onda passará através·· um EER de co~
O tempo de transmissão é dado por t h
tz . . !L o
e e, muitas vêzes igual a 8 primento !Lo num tempo de transmissão tt =c Na Figura 4.8
5 x 10- seg para uma velocidade
c2 = 40.000 in/seg e h = 0.002 in. vê-se que este tempo de transmissão tt é igual a 2 t
0
Se o
EER registra uma deformação média ao longo do seu comprimento e~
O tempo que o elemento sensor do EER levapara res E: o
ta deformação aumentará linearmente até um valor num perí~
ponder esta deformação pode exceder ao tempo de 2
transmissão de um eo
do de tempo t A seguir permanecerá constante em
2 por ou
fator 3 para S. Es t e tempo de o
resposta normalmente é ele ordem
tro período de tempo to para então diminuir l i nearmente até z:~
de 2 x 10 -7 seg ou 0.2 }J
"(:, seg.
i:' ro num período de tempo final também to . O efeito do compri-
t Quanto a influência do comprimento (R: ) do EER menta do EER neste exemplo foi o de diminuir a amplitude de saí-
0
nas respostas dinâmicas, dois casos podem ser considerados: da' de uma fator 2 e o de aumentar o tempo total de duração oo pul
t
so pelo fator 3. A distorção do pulso está na razão · ~1 e, c~
1. considere-se um EER montado numa peça que estâ propagando um "o
pulso de deformação de amplitude e , num tempo ue duração mo o valor desta razão vai para zero, a distorção também vai pa-
0 I

L\t~~
~­ t 0 e com uma velocidade C , como mostra a Figura 4.8. i
i
ra zero.

I -~ ~7
~~
·:: ;
1(;:,I· ·r:' 2. Co_JJH,J ~e guri do exemplo da influência do comprimento do EER no
•,· ·,,

·érro introduzido na medida de deformação, em relação a frequê!!_ e: O sen T


Z1r xl + x2
e:verd. --n
( 4. 2 8}
cia da 'resposta, considere,-se .a deformação senoidal constante
mostrada na Figura 4.9.
Então, o erro percentual (e) é dado pel as equações (4.27) e

c 4. 2 8) como:

{1 +
Czn \ ) Icos c2;) Cxz) - cos c2À 11
) (xl) I
e O X + X . } X 100

I X
21T)
sen ( T Ic--1
. 2
... .2) I
up .e pode ser reescrito como:
;~:.
,.
·., .. ;
;:;
•.: .
W·'
ii'
À
('Zil"T)
o
1cos c2;) (xl + to) - cos (2">> (xl) I
·,
•: !
e = U+
1'.
X 100
:\ ~ FIGURA 4. 9 - UM EER DE COMPRIMENTO t EMPREGADO PARA MEDIR A sen cl.!) (xl + zo)
0 À
DEFORMAÇÃO NUM PONTO DE UMA DEFORMAÇÃO SENOIDAL crNS (4.29)
TANTE
Esta expressão mostra que o erro percentual que
i
Esta deformação tem um comprimento à e um EER ocorre depende da razão : e da posição do EER relativa ao pu!
de comprimento 1'.0 é posicionado numa distância entre x 1 e x_2 • so da deformação, como indica o parâmetro x1 na equação.

O EER medirá a deformação média sobre seu comprimento; então ·tem


4. 7 - INFLUENCIA DOS CAMPOS .MAGNSTICOS
se:
Às vezes é necessário emprega·r EER perto de equi-

,l,
rz e: sen (21T X) dx
o . À Cz~) e: o Icos (2À1T) (Xz) - cos cz;) (xl) I pamentos elétricos que produzem campos magnéticos
altos. Estes campos magnéticos podem infiuenciar a resposta dos
relativamente

xl
;I, e:médio Xz - Xl R. o EER de várias maneira, entr·e as quais mencionaremos as duas mais
'I
I
( 4. 2 7) impor·t antes:

l. Se o EER move-se relativamente ao campo, seu elemento sensor


A deformação verdadeira que ocorre num ponto mé-
cortará as linhas de força, induzindo em seu interior corren-
dia do EER é: tes elétricas. Estas correntes produzirão um sinal que será
superposto ao sinal devido a deformação mecânica, causando um
erro na medição. Este efeito é comum, por exemplo, em àplic~
ções de EER em modelos estruturais sujeitos à vibrações por um
98
·>" 'l'l
A geometria do EER também pode influenciar na me-
vibrador eletromagnético. Nestas aplicações i Rconselhâvel 0
dida de deformação e, por este motivo, os EER de folha são mais
emprego de EER não indutivos.
recomendados que os de fio tipo bobina. O uso do EER de folha
2. Uma segunda causa de erros induzidos por campos tende a minimizar as deformações produzidas pela pressão hidros-
são os efeitos magnetostiticos. Certos materiais
tática~
campo magnético sofrendo deformações. Se um EER · é
num desses materiais magnetostâticos, ele responderá às Os EER devem também ser montados, se possível, nu
mações magnéticamente induzidas, cujas intensidades podem
ma superfície uniforme com uma camada muito fina de adesivo. Bo
significantes em relação às deformações ·mecânicamente
das, que estão sendo medidas. lhas na camada do adesivo abaixo do elemento sensor do EER devem
ser evitadas uma vez que a pressão normal forçará o elemento· sen
As ligas isoelâstics , por exemplo, são
sor para dentro de algum vazio do EER acarretando variações errô
táticas; se EER fabricados com estas ligas são empregados
neas na resistência.
ximidade de campos magnéticos, eles sofrerão variação de
O EER usado para compensação de temperatura não de
tência devido tanto às deformações mecânicamente aplicadas
ve ser colado no interior do vaso. de pressão. Este EER compens~
às magnéticamente induzidas. Estas deformações serão medi~

tas ca~sando erros que· devem ser evitados. dor é normalmente montado num pequeno bloco de material similar
àquele do vaso de pressão. Se este bloco com seu-EER é colocado
4.8- INFLuENCIA DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA
dentro do vaso de pressão para compensação da temperatura e pre~
Na análise de tensões em vasos de pressão é fre- são, outro erro resultará urna vez que a deformação. induzida no
quentemente necessário empregar EER ria superfície interna bloco devido a pressão hidrostática influenciará na tensão de saí
determinar a distribuição das tensões principais. Estes EER, da da ponte de Wheatstone introduzindo erros que serão maiores
tretanto, ficarão sujeitos a duas deformações; uma devido a do que aqueles devidos a própria variação de pressão ou tempera-
formação mecânica da parede do vaso de pressão, que é a tura.
deseja medir, e outra devido a pressão interna normal que
A deformação devido a pressão hidrostática (p) nos
diretamente no elemento sensor do EER. Estas duas deformações
EER é dada por:
serão medidas junta~ causando erros.

Para ligas de Advance (ou constantan) a E (1 - 2 11) ( 4. 30)


e:x E
de resistência induzida pela pressão normal no EER sera
de - 15 ~ em/em por 70 Kg/cm 2 de pressão. Este valor Esta expressão mostra como a pressão hidrostática
tivamente alto e a deformação correpondente causará em erro que influi na medição de deformação na parede do vaso de pressão.
deve ser considerado.
101
100
• ··-••-
,--
. ,._ ' . •· -,~'"·'-;·: : ·'· 1. · - ;~ ;-.:;:·;:,~'} ,;~'.0:_.' ;:_~~:.; ~::;;::;:·!~~t·~~::-·-~- :-~:":':t

V - MONTAGEM DE EER PARA ANÁLISE DE DEFORMAÇOES ELÁSTICAS a) ~r!~~!Eê-~Q~!êg~~

Os EER podem ser empregados quer corno elemento sen Sobre a peça solicitada pór F , dispõe-sen~ 1 dos
sível em transdutores de medida de diveras grandeza:s·· físicas planos priricipais de iriircia um EER,R1 ; sobre o~tra peça, de
caso em que, via de regra, as peças sobre as quais se fixam os mesmo material que a ensaiada, e preferivelmente com a mesma for
EER têm forma bem definida e solicitação desconhecida - quer pa- ma, dispõe-se outro EER, R2 . Esta segunda peça deverá ser man-
ra a determinação de deformações e tensões em estruturas com ge~ tida sem solicitação mecânica, e nas mesmas condições de ternper~
rnetria difi~il, mas sujeitas a solicitações em geral conhecidas. tura que a peça solicitada, Figura 5.1

Nos parágrafos seguintes indicam-se as montagens de


maior interesse para a determinação e análise de deformações e
iI '.-
~ ~ tensões a título de ilustração do uso dos EER.
!
M
i!
Em toda a exposição supõe-se o emprego de
iguais entre si, isentos de sensibilidade transversal. Tratando f=o
F
se, entretanto, de outros tipos será necessária a correspondente
!:1 correção, geralmente fornecida pelo fabricante.
V_.-·
:li Supõem-se ainda as deformações elásticas e os EER
1------lll
!;
!; montados em ponte de Wheatstone por leitura direta e por balan-
'I
'I
'I
!j cearnento nulo.
,
.!.
-, FIGURA 5.1 - (a) MONTA,GEM DOS EER NAS PEÇAS •
(b) LÍGAÇOES DOS EER NA PONTE DE WHEATSTONE (MEIA
I 5.1 - TRAÇAO OU COMPRESSÃO UNIAXIAI. COM MONTAGEM EM MEIA PONTE E
EM PONTE COMPLETA PONTE) PARÁ MEDIÇÃO DE DEFORMAÇOES .EM SOLICITA-
ÇÃO DE TRAÇÃO OU CQMPRESSÃO UNIAXIAL
. Seja urna barra prisrnática de seção transversal S,
solicitada axialrnente por força F de tração ou compressão; pe-
Nos extensôrnetros 1 e 2 tem-se:
lo princípio de Saint-Venant, F poderá ser a resultante de um
carregamento não concentrado.
Rl + ~Rlx + ~RlM + ~RlT
Exist~rn diversos modos de montagem dos EER para a
análise deste e de outros tipos de solicitação. Para este caso R2 + b.RzT
consideraremos todas as montagens possíveis; para outros exemplos
consideraremos apenas as montagens mais simples e importantes: onde:

102 ~03
.... ......-,.,--.~.,..,,.,~.,-. ~ .- .. ... '-''•:'•'-'""'
~I !
~r~
t.RlX variação de resist~ncia do EER 1 devido a força F'
~' e:.x 4 ll.E
= ICiT"
~r·~i
+ 8M
( 5. la)
aplicada;

f t.RlM variação de resistência devido a eventual Momento Fle


onde:
! tor no plano principal de inércia que contém R1
ex deformação causada por F suposta axial
II llRlT = LIR2T variação de resistência dos EER
riações de temperatura;
1 e 2 devido à va
eM deformação oriunda de eventual flexão

J lii Operando com Ponte de Wheatstone por leitura dire Operando com ponte de Wheatstone por balanceamen-
ih to nulo e utilizando um inst rumento do tipo ponte de referência
il ta, o valor de LIE será:
r
;\I"
com valor de K corrigido, tem-se para uma leitura L indicada
'I liRlX
lj Rl Rz llRlM + llRlT llRzr em micro mm/mm:
LIE ( Rl + R ) z V ( ~ ,R- + -- ....,--)
z 1 Rl RJ 1.1.2

L El - Ez (ElX + ElM + ElT - EzT) ElX + ElM


Sendo os EER iguais, tem-se

ou
Rl R2 liRlT liRzr

Ex + EM L (S.lb)
Então:

li R liRlM Se a peça for relativamente prismãtica e se F for


L'. E v(~+ ~~)
4 Rl Rl perfeitamente axial, tem-se que EM= O
LIR
Mas, tendo em vista a equação l f , tem-se: Neste caso, para a ponte de leitura direta tem-se:
K
E

4 llE
llRlX llRlM Ex ~
(S.lc)
R:} KE:lX KElM
RI
e, para a ponte de balanceamento nulo:
Então :

v Ex L (S.ld)
LIE 4 K (ElX + ElM)

Qualquer que seja o processo de leitura, para a


I ou
I tensão crX basta que se conheça o módulo de elasticidade do ma-

104 105
teria!. Ainda aqui, nos EE~ 1 e 2 tem-se:
crX = E EX Fx ES ' EX 'max 0,5 crx 0, 5 E EX

( 5 .le) Rl + ARlX + ARlM + ARlT

Praticamente, essa montagem pode fornecer observa


ções muito imp~ecisas. Em pr~meiro lugar, é pouco frequente te! R2 + t.R 2y + AR 2M + t.R 2T

se EM = o, em virtude das imperfeições de carr~gamento. Depoi~

tem-se um único extensômetro ativo; é sempre aconselhável obter- Sendo os EER iguais entre si tem-se:

se a média de pelo menos dois extensômetros. Ainda, a compensa-


ção de temperatura pode não ser suficientemente perfeita; basta Rl R2 ARzy - Jl ARlX AR 2M - Jl ARlM ARlT t.R2T
por exemplo manter a mão sobre o extensômetro 2
, R , por al-
2
Jnde:
guns segundos para comprometer a medida. Finalmente, esta mont~
]1 coeficiente de Poisson
gem não é a.de maior sensibilidade;-ver-se-â logo que a mesma de
formação Ex pode corresponder leitura L maior. Operando com ponte de Wheatstone por leitura dire
;!i
i'lf ta tem-se:
b) §~&~!!ª·e_MQ!!:!:~&~!!.l
•.
I•
~~ .
i! Dispensa~se a peça inerte. Coloca-se o EER 2 t.E = y_ (ll.RlX + t.RlM + t.RlT _ t.Rzy _ t.RzM _ ARzT)
I 4 R1 R1 RI R2 R2 Rz
d!: • tão próximo quanto possível do EER 1 , e normalmente a este.

~ Os EER são ligados ao indicador como anteriormente, Figura 5.2


V ll.RlX ARIM t.RlX ll.RlM
~~ AE = 4 (-- + - - + J1 - - + J1 - - )
l! Rl RI Rl Rl

t.R AR
F AE = y_4 (__!! + ~) (1 + Jl)
'I
AE R1 R1
,,fl ·:-.
j:
,,
= 4v
,I
AE K (ElX + EIM) (1 + Jl)

·(b)
la) v 4 AE
. Ex + EM (5. 2a)
I IJIJII--- KV -Tl---:tiD
f ~I
FIGURA 5.2 - (a) MONTAGEM DOS EER NA PEÇA; .
11 (b) LIGAÇÃO DOS EER,NA PONTE DE WHEATSTONE: MONTA- Operando com ponte de Wheatstone por balanceamen- 11
GEM EM MEIA PONTE PARA MEJ~HÇÃO DE DEFORNAÇOES Hl
SOLICITAÇÃO DE.TRAÇÃO OU COMPRESSÃO UNIAXIAL to nulo, tem-se para uma leitura L : 'li
I

'.i

106
:I
li
..
· ~·~=-~::··._, ,~"'"'"'1
~-~l- ·i,;
ú
L e:l - c:z
Em relação a montagem anterior, esta apr·esenta
mas maior sensibilidade e, principalmente, compensação de _t~l]lperatu­

ra ce rtamente supe r ior. A roseta em cruz seria muito adequada,


E1 e:1X + e:lM + E1T
não fosse o preço.

e:z c:zx· + EzM + c:zr - ~ tElX + E1M) + E1T


c) T~!~~~!~_M2~!~g~~
111

_] Evita-se que o indicador acuse a deformação para-


L E1X + ElM + ~ (ElX + E1M)
sita eM com a montagem abai xo, ·derivada da primeira, Figura 5.3.

L = ( c: X + EM) (1 + ~) F

•;I
ex + EM 1+il
L (5.2b)
F~y
?I~ ÃE

~
~ ~
r f ij
i
J

R,
r
Se eM o tem-se
-

i':l
~l 4 AE (S.Zc)
(al I
.I,v· lbl

,:,-.~i-
EX - KV (1 + ll)
ibl

II •( FIGURA 5.3 - (a) MONTAGEM DOS EER NAS PEÇAS

1~ ~• e' (b) LIGAÇÃO DOS EER NA PONTE DE WHEATSTONE. MONTA-


GEM EM MEIA PONTE PARA DETERMINAÇÃO DE DEFORMA-
L (5. Zd) ÇÃO DEVIDO A TRAÇÃO OU COMPRESSÃO UNIAXIAL
:~
ex 1 + ]J
:!l
·~, ''i
• il Utilizando-se dois EER ativos, fixados simetrica-
,,'· e,
I• mente e contidos num dos planos principais de inércia,e dois com
pensadores, sobre peça inerte. Os quatro EER devem ser iguais.
E L 2 GL (5. Ze)
ox EX E [I+lJJ
~!\ Operando com ponte de Wheatston e por balanceamen-
'i•
-L to nulo tem-se:
;.
'i: F
ESL 2 GSL T = o, s crx =· GL
' ~llJ
!!i

•'
(e1 + ez) (e3 + e4)
L 2 - 2
!ir onde:
n
i~l G módulo de elasticidade transversal
!il
.·:, Mas, aqui tem-se :
lj:: 108
;l,li.a:\ 109
mr
pj',,
~ -[ 11

i~·[r:
El ElX + ElM + ElT Com a meia ponte (I) tem-se:
!!:
..!;-:
'; ~ '

\"
!' Ez EzX + EzM + EzT Lr e:l - e:3 (EX + EM + Et) - .e:t Ex + EM

E3 E3T E4 .E4T Com a meia ponte (II) tem-se:

I ,
i Sendo os quatro EER iguais tem-se: LII = Ez - E3 (Ex - EM + e:t) - Et e:x - EM

ElX • EzX ; ElM • - EzM ; ElT EzT e:3T e:4T Consequentemente

Logo; tem-se: Ex= 0,5 CL 1 + L )


11
z Ex •
L =- 2- • • L e:x (5.3)
A necessidade de duas observações não é,porém,_ in
I~
.:lli, eliminada.
vê-se que a flexão parasita
Além disso, a leitura
foi automaticamente
resultante é média da indica-
teressante no caso de aparelhos de medida, em que é pre ferível o
esquema da Figura 3. Podem ser Gteis, porém, paFa ·obter a defor
I~ mação parasita
m ção de dois EER. Todav.ia, como na primeira montagem, a compens~

i'
.'1!1
,L
l!~
r!!:
ção de temperatura pode não ser suficiente, e a sensibilidâde ain
da é a mínima.
incaresse a montagem.
São necessários dois EER compensadores, o que
Este inconveniente, entretanto, pode ser
EM= 0,5 (LI - L11 )

ili
t!
l!! eliminado fixando ã peça inerte um sô EER compensador,e efetua~
d) Q~~E!~-~2~!~g~~
I
~
~
~
do duas leituras separadas, com duas meias-pontes, Figura ·5. 4 E variante da terceira. Os EER são fixados como I
~~
na Figura 5.3(a), utili zando-se porém a ponte completa, Figura 5.5.
~ 11
,! !
Embora ainda podendo ser falha a compensação de tempe r atura, can
i ··!
•;i
li
1',( cela~se a flexão e se duplica a sensibilidade:
~~ · AE AE
1:
j, !

e:l = EX + EM + e:t
I
lj

i
~:
v v ~
...___ _--1111-------J 1-----l•ll-------'
Ez = EX - EM + Et ~!
b

FIGURA 5.4 - LIGAÇOES DE EER EM MEIA PONTE e3 e:4 e:t

llÓ
-
E3 + Ez - E4
F
EX + 2 Et - 2 Et (5. 4)

.
Ex • • Ex = ~

(•) ~; ·'
\" (b)
I!. E
c
i~,

FIGURA 5. 6 - (a) MONTAGEM DOS EER NA PEÇA

(b) LIGAÇOES DOS EER NA PONTE


DE WIIEATSTONE

FIGURA 5.5 - LIGAÇÃO DE EER EM PONTE COMPLETA Neste caso tem-se:

Permutando na ponte R
2
com R
4
, obtem-se a fle
e:r = Ex + e:M + e:t
, xao parasita (o que sugere imediatamente uma montagem para a fle
xao composta):
e:z = - ~ Ce:x + EM) : Et

L' Ce:1 + e:4) - C.e:z + e:3) 2 e:M


i.
8
3 = EX - e:M + Et
,j

Também, é claro, podem obter-se as deformações em cada uma das
!' e:z = - ~ Ce:x - 8 M) + e:t
i fa c es, dadas por 0,5 (L ±L').

A ligação em 1 dá :
'"'
C:::( ;o.·
L,
-
e) Q~!~!~-~9D!~g~~
z (1 ~_v)
Se as dimensões da peça permite, est"a é a monta-
LI (e:l + e:3) - Ce:z + 8 4)
I~ gem ma is satisfatória para a medida do esforço axial, permitindo z Ex (1 + ~) (5. 5)
i, também a obtenção da flexão que o acompanha.
1:
\:'i Obtendo-se sensibilidade máxima,
''.i compensação de
Quatro EER são fixados sobre a peça solicitada, Fi- temperatura Ótima e eliminação de
'ii !
e:M • Permutando as ligações
gura 5.6
,,il
~)

113
- ·-..·-----==::=.>-- . ·: .... :"·=:: ''"' .;':9
·R , .tem- se a ponte II , que permite a medida de EM·
4 a) fri~~ir~_~Q~!~g~~
com o máximo de sen.s ibilidade:
Dois EER iguais são dispostos simetricamente e li
2 EM (1 ll) gados em meia ponte externa, Figura 5.7
Ln (El + E4l - (Ez + E3) + (5.6)

E interessante observar que se as ligações de R3


fossem permutadas com as de R2 , a sensibilidade seria menor:
AI lF
L ZlO AI ZlO :J

~E

(ctl)··~··
LIII (El + Ez) - (E3 + e:4) 2 e:M (1 - ll) (5. 7)

As deformações totais em cada face podem ser obti


das com duas meias pontes E1 - E2 e E3 - e: 4 , recaindo-se na
v
'-----lf/lli I

segunda montagem. Mas é claro que são também- dadas por

FIGURA 5.7- MONTAGEM EM MEIA PONTE PARA MEDIÇÃO · DE DEFORMAÇÃO


LI ± LI! EM SOLICITAÇÃO DE FLEXAO SIMPLES
2 (1 + ll)
I
I

com a vantagem de se ter operado com sensibilidade dupla em rela


Nos EER 1 e 2 tem-se:
I
çao à daquele caso. I
Rl + óRlX + ~RIM + ARlT I
I
5.2 - FLEXÃO SIMPLES COM MONTAGEM EM MEIA PONTE
R2 + 6RZX + 6R2M + 6R T
· Tem interesse quer por ser básica quer pela possi 2
bilidade de aplicação em dispositivos de medida. Para simplifi- Sendo os EER iguais:
car a apresentação, admite-~e a secção transversal retangular,
de material homogêneo, salvo menção expressa em contrário. Se-
Rl Rz ARlX AR2X ; LIRlM
rao consideradas as eventuais deformações e:X devido a esfor- - LIRZM ARlT ARzr
'I
ços espúrios de tração.
Operando com ponte de leitura direta tem-se: J:
'i
,,,.
:)1

il:
114.

;t,
F~·.,

r
b) §~g~~ª~-~Q~~eg~~
V óRlX óRlM óRlT óR2X óR2M óR2T Fixando um EER, R1 , long:i.tud:i.nàlmente em um pon-
óE = - (-- + - - + - - - - - - - - _ ---)
4 Rl R1 R1 R2 Rz R2
to qualquer, e outro, R2 , também longitudinalmente segundo uma
fibra ne·utra ou numa das faces externas da viga ou, ainda, sobre
V óRlM V óRlM V
óE =4 (2 ~] = 2 ~ =2 K EM peça inerte mantida próxima ao EER 1 , Figura 5.8 .

logo:

2 óE (5.8a) FI F
R2

l
li E

/~~W-
EM = KV G

R4
~-
onde:
é a deformação devido à flexão normal
', ?ft a_
--...____,_ •
'- ,_..
·-;--:z_
R2l .: }~..:::r---,
'--...JR2
·--. -----2S>
R2 ~~
EM
v
Operando com ponte de balanceamento nulo: -------- -----1 I I 1 - -- -
6"i lo) (b)

8
L (ElX + ElM + ElT - EzX - EzM - 2T] FIGURA 5.8 - (a) MONTAGEM DOS EER NA PEÇA
(b) LIGAÇÃO DOS EER EM MEIA PONTE PARA MEDIÇÃO DE
mas, DEFORMAÇÃO EM SOLICITAÇÃO DE FLEXÃO SIMPLES

Operando com ponto de balanceamento hulo tem-se:


8 Ezx "-IM - 8 zM 8
1T EzT
1X
L El - Ez (EM + Et) - Et EM (5: 9)
logo tem-se:

A compensação de temperatura pode não ser boa, e~


L (S.Bb)
L 2 EM EM 2
pecialmente em vigas reais, ao ar livre; neste caso, aliás, ·é ab
solutamente desaconselhável o recurso da peça inerte. Em dispo-
Tem-se então,se~
Com boa sensibilidade, elimina-se ·Ex e sT .
sitivos de medida é frequente a existência de esforços axiais
do E o módulo de elasticidade da viga:
parasitas, que não são eliminados com essa montagem; obtém-se

(S.Bc)

~~-
OM EM E
L EM + EX

117
..•: - {'.''"--::'·'·,,.. '·'"'l

5.3 - FLEXÃO SIMPLES COM MONTAGEM . EM PONTE COMPLETA Rl Rz R3 R4

Esta montagem em ponte completa .assegura compens~

AR 1M liR3M = - ARzM - liR4M


ção eficiente de temperatura, com !H\nsibilidade dupla e com a
vantagem de se obter a média de dois EER ativos; Elimina-.se os
llRlT liRzr AR3T l\R4T
efeitos das forças de tração espfirias.

a) ~!!~~!!ê_MQg!êg~~ (Figura 5.9) Operando com ponte de leitura direta:

V liRlM AR~M ~R3T


AI
I
t li E -
4 R
1
ARlT
R
1
Rz
liRzT
(-- + - - - - - - - - + - - + - - - - - - --)
R2
AR3M
R3 R3
AR4M
R4
AR4T
R4

(rnr,··A•
I A c; I
. A
t.E V AR l\RlM
llE 4 ( 4 _____!!:!)
Rl VJÇ V K e:M

M 0'@M ®0 v EM
tE
KV
(5.10a)

'---lllllt-----'

Operando com ponte de balanceamento nulo, tem-se:


FIGURA 5.9 - MONTAGEM EM PONTE COMPLETA PARA MEDIÇÃO DE DEFORMA-
ÇOES EM SOLICITAÇÃO DE FLEXÃO SIMPLES L (5.10b)
EM =4

Nos EER 1, 2, 3 e 4 tem-se


A tensão local será:

Rl + t.RlM + liRlT (5 .lO c)


crM EM E

Rz + liR2M + AR2T
Comparando-se (5.8) e (S.lO), e considerando que alimit~
R3 + AR3M + liR3T
sensibilidade da deformação apurada resulta da sensibilid~
ção de
completa é
R4 + AR4M + liR4T _de do voltÍmetro, conclui-se que a montagem em ponte
duas vêzes mais sensível que a montagem em meia ponte.
Se os EER são iguais entre si, tem-se:

119
118
-····-:M•~~~~,..,~"::-~,...;.~p......~~

- -- ,-~.s ..u·a !>.lO)

"~~~
\
Nesta montagem quatro EER ativos sio montados
~
~ ...!!.
A
face superior da viga conforme a Figura 5.10.
.

\

~

1,

\i
MONtAGEM EM PONTE COMPLETA PARA MEDlÇM lSOL'DA M
DEFORMAÇÃO DE FLEXÃO, ESTANDO ESTA COMBINADA A DE-
FlGURÂ :,.11 -

\
FORMAÇÃO DE TRAÇAO.
v
L - -- -1•11------'
tem-se:
Nos EER 1, 2, ~ e 4

FIGURA 5.10 - MONTAGEM EM PONTE COMPLETA PARA MEDIÇÃO DE FLEXÃO Rl + ~RlM + ~RlX + ~RlT
SIMPLES

Rz + tRzM + ~R2X + ~RzT


A ~eitura do indicador de referência e:

R3 + ~R~M + ~R3X + ~R31


L Ce:l e:3) - Ce:z e:4) 2 e:M ( 1 + ].1) (5.11)
\. + +

R4 + ~R4M + ~R4X + ~R4T


Observa-se que o aparente aumento de sensibilida-
de é absolutamente ilusório quando se tratar de vigas de concre- con,Id,rando a igualdad' '"''' "' EER ' ob''''an-
to, diante da dependência de ].1 • 1"'''"'' l ' ! a ,orioitaçio l'"'ooado polo momonto '
\ do que nas posições 2 e 4 é de compressão tem-se:
5.4 - FLEXÃO COMBINADA A TRAÇÃO AXIAL; MONTAGEM EM PONTE COMPLE- de tração e que nas
TA, PARA MEDIR APENAS A SOLICITAÇÃO DE FLEXÃO
\
Esta montagem está representada na Figura 5.11. i
i.,

120

118
L Ml
Rl Rz R3 R4 EM = 4 (5.12b)

ôRlM = ôR3M = - ôRzM = - ôR4M A tensão local correspondente a solicitação de fl~

:x:ão será:
ôRlX = ôRzX = ôR3X = ôR4X
OM = EM XE (5.12c)
ôRlT = 4RzT = .4R3T = 4R4T
5. 5 - FLEXÃO COMBINADA A TRAÇÃO AXIAL; MONTAGEM EM MEIA PONTE E
Então, operando com ponte de leitura direta tem- EM PONTE COMPLETA PARA MEDIR APENAS A SOLICITAÇÃO DE TRA-
ÇÃO
s~:

V ôRlM ôRlM a) r!1~~1!~-~2~!~g~~-=-~~!e_E2~!~ (Figura 5.12)


4E = 4 ( 4 -R-) = v -R- = v K E1M
1 1

E, finalmente: L,
A
A I!Fy 6
.~ I[
A
4E (5 .lZa)
EM KV

seçiioAA
1··
Operando com ponte de referência, tem-se:
fD
L (r:, VmÜn~--
·~
El - Ez E3 - E4 4 EM
+
\
M
Sm
.
7
'M ~-

Uma vez que:


MESMO MATERIAL DA VIGA
PORÉM SEM SOLICITAÇAO
MECÂNICA

e:lM = e:3M = - EzM - E4M


FIGURA 5.12 - MONTAGEM EM MEIA PONTE PARA MEDIÇÃO ISOLADA . DE DE-
FORMAÇAÜ DE TRAÇÃO ESTANDO ESTA COMBINADA A DEFOR- i
ElX = Ez'x = 3X 8
E4X
MAÇÃO POR FLEXÃO
'I
-1,
l,j
e:lT = e:ZT = e:3T e:4T !j.,l
11
Então,

122 !
c
~,,
H
i
i
Nos quatro EER tem-se:
L cElM. + ElX + ElT + E3M
2
+ E3X + E3T E2T + E4T)
2
Rl + óRlM + t. RlX- + t.RlT

ElM - E 3M ElX E 3X ElT e:2r E3T E4T


R'2 + t.RZT

R3 + llR3M + t.R3X + t.R3T L e:x (5.13b)

R4 + t.R4T A tensão local provocada pela solicitação de tra-


será:

Considerando a igualdade dos EER e que 1 e .3 so-


frem deformações devido a momento f1etor de sinais contrários e
(IX e:x E (5.13c)

a mesma deformação devido Fx , qu: os EER 2 e 4 sofrem deforma-


ções somente devido a temperatura e que 1 e 3, 2 e 4 estão mont~ ª~g~~~-MQ~!ªg~~-:_EQ~!~_ÇQ~P!~!~ (Figura 5.13)

dos em série em mesmos braços tem-se em pon t e de leitura direta: A estrutura, o carregamento e a P~.:;_ição para fixa
ção dos EER são os mesmos descritos na Figura 5.12.
V 6R1M + 6RlX + 6RlT + óR3M + nR3X + âR3T 6Rzr + tiR4T
t.E
4 C Rl + R3 ~R..-2::;.___.,+,---,R:-4-'--) Apenas a ligação elétrica dos EER é diferente e se
gue a Figura 5.13
Como t.RlM - óR3M t.RlX liR3X

:1 '
Resulta:
I
I
OE
'ii\!i V 2 liRlX V liRlX v
li E ;r C~) 4 e:M K
o

1".!q');i 1 4"RI ~~

e, a defo r mação d·e vido a tração sera:


d
!I v
' - - - - - l i It - - - - '
EM = rir liE (5.na)
5.13 - LIGAÇÃO ELETRICA EM PONTE COMPLETA CORRESFO:\DE\TE A

Em ponte de compensação: FIGURA 12 DESTINADA A MEDIÇÃO ISOLADA DE DEFORMA-


ÇÃO DE FLEXÃO
124
;Jj 125
Tem-se c;omo na montagem anterior: aplicações à flexão e à torção.

Rl + 6RlX + 6RlM + 6RlT a) 'E!!!!l~!!ê)1Q~!:ê8~JE_:)1~!.ê-_!:~m!~ (Figura s .14)

Dois extensômetros R1 e R2 são fixados perpe~

Rz + 6R2T dlcularmente entre si, . de modo que R1 esti paralelo às tensões


Estas são ligadas em meia ponte, Fi
crx e Rz às tensões ay
R3 + 6R3X + 6R3M + 6R3T gura 5 . 14.

R4 + 6R4T Fy .I

Fy ~I
'I
I
Em ponte por leitura .direta is~o nos di:

fx .
6E = 2KV Ex ou E
X = KV
2 6E (5 .14a) fx
11!
I
!
Em ponte de compensação tem-se:

Ex = i (5 .14b)

Daí a tensão resulta :

crx ex . E (5 .14c)

FIGURA 5.14 - MONTAGEM EM MEIA PONTE PARA MEDIÇÃO DE DEFORMAÇÃO


Como visto· ante-riormente a sensibilidade da defor DE CISALHAMENTO Àmax
~I
mação apurada em po~te completa ê duas vêzes maior que em meia ~:I
ponte . . Compare-se os resultados, 5.13 e 5.14.

5.6 - CISALHAMENTO SIMPLES: MONTAGEM EM MEIA PONTE E EM


PLETA PARA MEDIÇÃO DE CISALHAMENTO
~ COM
Operando com ponte de balanceamento nulo tem-se

L = €1 - Ez
lji
ql
Ripido estudo das montagens para o estado de cisa il·
jl
~I
lhamento simples tem interesse especialmente tendo em li'iSta as

126 ~~".; : ,!
lTI

q
;I
mas, e, finalmente·:
e:I = e:x + e:t
L ~
E
(1 + ll) (S.lSa)
E:z = e:Y + e:t
O módulo de elasticidade transversal ou de cisa-
Das equações de relações entre tensão -deformação lhamento de um material e:
de estado plano de tensões tem-se:
E
G Z(l+JJJ
<rx cr
j· "'x =E- ll -f
I
I
cry crx
Então tem-se·:
"y = 1f- ll E
Então: L
T
TI
crx cr
.:~;r·l i
e:l =E - ll -f + Et
T
e, como Àmax
G
~· crx
e:z = E - ll E + Et
vem:

A leitura L indicada pela ponte de referência


será: L Àmax (5.15b)

crx ~ (J
_y +
crx Portanto, o aparelho mede diretamente a d·eforma-
L
;I E- ll E E
)l-
E
ção relativa de cisalhamento (Ãmax)
;

Mas,
b) §~g~~gª_MQ~!ªg~~-=-~Q~!~_Ç2~2!~!ª (Figura 5.15)

Esta montagem aumenta a sensibilidade, o que pode


crx - (J
y
T
ser bastante útil em medidas deste tipo. Utilizam-se quatro EER
segundo as direções principais, ligando-os em ponte completa, Fi
tensão de cisalhamento
gura 5.15.

L ~ +
E
)l ~ + .!. +j!.!.
E E E ~
E + 2 J1
T
E

128 '129
Fy
L ~
E
(1 + li) 2
""E
T • 2 (1 + ]J)

fx sendo
E
G
Fx 2----ri+J.i)

tem-se:

2 T
L ---c; 2 Àmax (5 .16a)

Pode-se ainda escrever que:


v
..___---"-1•1~-----:-------'
2 4 'max 4 (1 + Jl) o
:'IIGURA 5.15 - MONTAGEM EM PONTE COMPLETA PARA MEDIÇÃO DE DEFORMA
L
TI 'max u-2- E X
(5.16b)

ÇÃO DE CISALHAMENTO Àmax


5. 7 - TORÇÃO SIMPLES. LIGAÇÃO EM PONTE COMPLETA PARA. MEDIÇÃO DE
TORÇÃO
Operando em ponte de referência tem-se:
O caso mais frequente de aplicação de EER -em pe-
L = e:l - e::z + E3 .,. E4 ças solicitadas ã torção consiste na determinação do ~~tado de
tensões de eixos ou peças de secção circular ou anular utiliza-
a
El = E3 = EX + Et = crx - i-+ das em dispositivos de medida. Qualquer das montagens indicados
E jJ Et
em 5. 6 é adequada, e especialmente a des.cri ta no i tem b.
a crx
e:2 = E4 = Ey + E =_2':-Jl-+E
t E E t a) N2~!êg~~-~~-~2~!~_Ç2~Q!~!ê (Figura 5.16)

Dois EER, R1 e R3 , são montados ao longo das fi-


A leitura L indicada na ponte de compensação se
rã: bras tracionadas e, outros dois, R2 e R4 , ao longo das fibras
comprimidas, Figura 5.16.
- ux cry 2 cry crx
L -E- - 2 JJ E - ~ + 2 ll E

e, como rrx - ay T tensão de cisalhamento, vem:

130
131
onde:

ET deformação da fibra tracionada


EC deformação da fibra comprimida

llE Então:

L L
4 Et e ET = if (S.l7a)
I

~~~~~ ~~
1----L
deformação devido a torção

v Para calcular a tensão basta fazer:


'--------4 111---------'

FIGURA 5.16 - MONTAGEM EM PONTE COMPLETA PARA MEDIÇAO DE TORÇAO aT ET • E (5. I 7b)
SIMPLES

Com esta montagem, o momento de torção é dado por.


Operando com ponte de compensação tem-se:
I a• G J L
p
Mt zr
L = E1 - Ez + E3 - E4

(sendo r o raio do eixo) e a rotação total ao longo do compri-


mas, as deformações atuantes em cada EER são: mento ~ é dada por:

El ET + Et
L ~
CL
zr
Ez EC + Et - ET + Et
Eventuais forças normais ou momentos fletores produzem efeitos ,que
com boa aproximação, podem ser superpostos aos da torção; tais
E3 ET + Et
efeitos podem ser determinados com as montagens anteriorme.nte ci
tadas.
E4 EC + Et - ET + Et
Os casos de torção não uniforme em que da própria
torção surjam tensões normais mais importantes que as tangenciais,
devem ser estudados preferivelmente determinando em cada ponto o
estado duplo de tensões, mediante rosetas de extensômetros.

132 133
5. 8 - COMPRESSÃO SIMPLES COM CARGA LIGEIRAMENTE EXENTRICA. MON- Uma possibilidade de montagem, par11 elin\irtar es-
> ,,. . · -.1(::-.c:·:,-•;. ',': . ·.
TAGEM EM PONTE COMPLETA PARA MEDIÇÃO DE COMPRESSÃO APENAS sas pequenas excentricidades é dispor os EER ativos Cji) ':.-e {3) ~m

Est~-situaçio i comum em certos tipos de -cilulas posições diâmetralmente opostas e com o comprimento útil alinha-

de carga para medição de cargas compressivas onde o alinhamento do com o eixo da célula de carga. Os EER compensado-r es (2) e (4)

do eixo da célula com a resultante das forças de compressão nem com o comprimento útil a 90° do eixo da cilula, são situados nas

sempre é garantido. extremidades de um mesmo diâmetro normal ao definido pelos EER at_i

A Figura 5.17 mostra a célula submetida a carga vos. Essa montagem não só elimina o efeito de pequenas excentr_i !.,
I
cidades como também reforça a sensibilidade de leitura de defor~ I
excêntrica, e a decomposição desta carga em cargas mais simples
equivalentes. mação.
11

Para pequenos desalinhamentos tem-se:


~· ~- - r-
7"" I
I
I

..
I
I
I Rl + àRlM + àRlX + bRlT
I
,.._.
• I

~ ·~
_f
I I .
I I
I
I
I Rz + bRzM + bRzx + bRzT
I I I

(a) I I' b(bj


I R3 + bR3M + bR3X + àR3T

R4 + bR4M + àR4X bR4T

porém . se os EER forem iguais tem-se:


SEÇAO Alo

(c)

bRIM - àR3M ·liRzM - bR4M il'l:iil


FIGURA 5.17 - (a) A SOLICITAÇÃO DE CARGA COMPRESSIVA EXCENTRICA ljl
SOBRE UMA C~LULA DE CARGA À COMPRESSÃO;
- ~ liRlX - ~ bR3X li R:i. X liR4X I
(b) A MESMA SOL! CITAÇÃO DECOMPOSTA EM CÇJMPONENTES I
MAIS SIMPLES; NESTA FIGURA ESTÁ INDICADA A PO- .I
SIÇÃO DOS EER I
(c) DETALHES DE MONTAGEM DOS EER; .bRlT àRzT liR3T bR4T
SEÇÃO AA;
(d) LIGAÇÃO DOS EER NA PONTE DE BALANCEAMENTO NULO
(PONTE COMPLETA) Operando com ponte de leitura direta

134
i
V liR:iM liR:i_x liRlT 11RzM 11Rzx 11Rzr . liR3M liR3X liR3T VI - FATORES QUE INFLUENCIAM NA SELEÇÃO E INSTALAÇÃO DOS EER
I liE = 4 cRI+RI+RI-RZ_RZ_ Rz +"R3+R3+R3
.r
l liR4M li~X liR4T
E possível encontrar comercialmente EER com cara~

-R4-R4 -··---1
R4 terísticas físicas garantidas pelos fabricantes com elevado grau
de precisão. São erros razoáveis K ± 0.5% e R ± 0.2%. Consi
li E V liRlX (1 + 11).
2 R derando o instrumento de medida capaz de determinar dR ± 0.5% ,
I 1
!.
tem-se de (2.10):
2
Ex KV (1 + l1) 11 E (5.18a)
dR
E
T
=K (2.10)
Operando com ponte de compensa.ção chega-se a:
ou

L !:J.E + (LldR + LlR + liK)


Ex= 2 (I + ll) (5.18b) E - dR R K ± 1. 2% (6 .1)

Entretanto o erro relativo global que se dev"e esp:;:


rar num sistema de medição de deformação bem construido é daordem
de 5%.

Além dos erros induzidos pelas características in


trínsecas do EER e do aparelho de ~edição deve ser considerada
ainda a influência circunstancial dos fatores de montagem.

Para que os erros na deformação não cresçam rapi~

mente é necessário selecionar EER e adesivos adequados a cada apl_!


cação específica .

. A técnica de instalação do sistema deve ser bem


·cuidada, já que em ~ltima análise é principalmente dela que irá
depender a qualidade dos resultados finais.

Para a seleção dos componentes e técnicas de mon-


tagem em um sistema de medição de deformação três aspectos funda
mentais devem ser considerados.
136
137
- estado de deformação ras e das propriedades elásticas de seu suporte e dos · adesivos. ·
temperatura de operação os EER em folha com ·suporte de papel ou de poliamida com compri-
estabilidade mento útil à"Iém de 3 mm são capazes de medir defÔrmações até cer

6.1 - ESTADO DE DEFORMAÇÃO ca de 4 ou 5%, o que equivale a 40.000 ou 50.000 micro mm/mm
EER em fio ou em r'olha porém mais curtos que 3 mm poderão ser us~
Medições estáticas de deformações por longos perí2_
dos àté 2 ou 3%. EER com suporte fenólico poderão ser usados até
dos de tempo são .as que mais cuidados exigem na seleção e na in~
z%. EER destinados a trabalhar em altas temperaturas ficam limi
talação do sistema. O tipo de EER e o adesivo devem ser escolhl
tados a 1% ou 2\ devido as características não elásticas dos ade
dos para máxima estabilidade elétrica e dimensional. A sensibi-
sivos. Existem ainda EER especiais destinados ·a registrar gran-
lidade não é em geral o fator- crítico já que a quantidade de de-
des deformações plásti~as até In ou 15%. O fator K para EER
formação a ser.rnedida tende a ser relativamente grande.
construÍdos em Constantan não varia sensivelmente com a deforma-
Medições dinâmicas de deformação do 'tipo das
ção plástica sendo esta uma das grandes vantagens deste materiaL
são associadas a sol~citações vibracionais obrigam o uso de
A geometria do EER deve se~ escolhida levando-se
muito sensíveis. Qua~to maior o fator K do EER maior o sinal
em conta o estado de tensões na região em que se pretende medir
da resposta para mesma deformação e com isso melhora a
ii
1!
sinal/ruido no sistema de amplificação e registro.
deformação. Em princípio deve ser escolhido EER com o maior com
prirnento útil possível. Se houver intenso grad i ente de deforma-
i! O uso de materiais com alto fat.or K em geral
ção na região a ser estudada podem ser empregados EER tipo folha
plica em perdas na estabilidade elétrica e dimensional.
li com comprimento Útil da ordem de 0.4 mm.
11' Um tipo especial de EER disponível comercialmen- Num campo de defonnações biaxiais· cujas direções
li
.i
te é construído a partir de monocristais de silÍcio ou germânia • principais sejam.desconhecidas é possível utilizar rosetas cons-
São os chamados EER semi condutores. Chegam a apresentar fato- tituídas por 3 ou 4 EER.
res K da ordem de 110 , cerca de 50 vêzes maiores que os val~
Quando as deform.ações são cíclicas e a vida em·f~
res convencionais. A par esta grande vantagem a resposta não v~
diga do EER é importante, EER tipo folha ;fabricados de Constantan
ria linearmente com a deformação e o comportamento é fortemente 6
tem urna vida superior a 10 ciclos em níveis de deformação da or
influenciado pela temperatura. O grande campo de aplicação des-
dem de 1.500 ~ rnm/rnm.
te tipo de ~ER está na construção de transdutores de alta sensi-
6.2 TEMPERATURA DE OPERAÇÃO
bilidade para pressão, torque, força e deslocamento.

A faixa de deformação percentual permissível de O limite de temperatura operacional de um sistema

um EER é função do nível de recozimento, da geometria das de medição de deformação depende dos componentes, do método de
espi- ('

'\
1?9\
'38
compensação do efeito de temperatura empregado e da estabilidad
Como regra geral para medição estática limitar a
el~trica desejada.
em 25 m A em EER tipo folha com suporte de papel mon
Em ensã-ios dinâmicos de curta duração a
tados em superfícies metálicas. Se o suporte for de- baquelite
ra operacional admissível te}lde a ser mais alta. Ensaios
em mesmas condições a corrente pode chegar a 50 m A Se a apli-
cos de longa duração obrigam temperatura relativamente reduzida.
cação envolver uma conjugação severa dos f.atores anteriormente a~
A temperatura no EER depende da temperatura amb
sinalados a corrente deve ser reduzida. Valores da ordem de SmA
ente mas tamb~m depende da corrente Ig que por ele passa.
_j
não são incomuns.
pot~ncia w dissipada em forma de calor será w = R
Em aplicações dinâmicas a sensibilidade do Siste-
cações comuns em laboratório a influência da corrente Ig
ma é importante e por curto espaço de tempo ê possível operar com
a ser maior que a da variação da temperatura ambiente. Por
corrente da ordem de 100 m A •
tro lado, quanto maior a corrente Ig maior a sensibilidade
sistema. Resulta que a temperatura de operação constitui um Na maioria das aplicações os instrumentos de medi

portante fator na limitação da sensibilidade do sistema. ção possuem uma fonte de tensão constante e os EER s~o de 120 n.
A temperatura do EER é difícil de ser predita Considerando uma barra submetida a tração tmiaxial.
vez que ela resulta da interação de muitos fatores. Estes fato- com montagem em meia ponte, utilizando EER comuns_ ...de. 120 n e um
res podem ser divididos em dois grupos; aqueles que controlam instrumento de medições estáticas baseado no princípio de ponte
• geração do calor através a relação w R ,Ig2 de referência como o da Figura 3.5 cuja ponte opera em 6 VCC tem
trolam a dissipação do calor gerado. Entre estes Últimos é pos- se:
sível enumerar. v 6 n
Ig = 2 Rg Ig 25 mA
240 v
- área útil do EER:
6.3 - ESTABILIDADE
- tipo do EER: fio ou folha . J\

configuração .das espiras; tamanho e espaçamento A leitura referente a um EER colado numa peça ma~

- suporte, tipo do material e espessura tida em condições inalteradas de deformação não se mantém cons-

- tipo de adesivo tante no decorrer de prazos muitos longos. Essa instabilidade

- espessura do adesivo ao longo do tempo pode ser devida a fatores que levam o EER a

- condutibilidade térmica do material da base acusar uma deformação aparente ou ao próprio aparelho de leitura

tamanho da peça em que está fixado o sistema (problemas de contato, variação de resistências interna).

características do sistema de proteção do EER Sejam dois EER ~ e ~ colados numa peça subme-
- Ventilação tida a deformação. Ligando-se esses EER segundo (I) e (II), Fi-
140
141
gura 6.1, ter-se-io leituras correspondentes, 1
1
e L
11
da, s6 seria ~ossível determinar ~Li . A variação de leitura·
serão diferentes devido à não rigorosa igualdade dos EER. relativa ao EER seria devida à sua instabilidade e à deformação
da peça, nao havendo possibilidade de separar os dois efeitos.
Diversas são as causas de Instabilidade nos siste

a mas de medição de deformação com EER; entre elas discutiremos as


mais importantes.
AE AE
1. Quando um EER virgem é carregado pela primeira vez a respos-
ta sofre irregularidades devidas ao encruamento. Depois de
descarregado mecanicamente o sinal correspondente ao carrega-
v mento nulo é diferente do inicial. Para tornar mínimo este
'------llllt---:.__--1
tipo de erro um sistema novo de medição deve sempre que possi
vel ser carregado virias vizes até a máxima carga operacional
FIGURA 6.1 - ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DE DOIS EER antes de ser posto em serviço. Quanto menor o comprimento
Útil do EER mais importante tende a ser o deslocamento da le!
tura inicial nos primeiros ciclos de carga.
Chamando-se as leituras para esses dois tipos
2. Em medições dinâmicas o EER pode romper por fadiga. A medida
ligação, em dois instantes t0 e t , de LI,O ; LII,O ; que as trincas se propagam o sinal do EER se degrada até que
'
! .
LII t , e as variações de leitura devidas ã instabilidade por fim sobrevem a quebra de continuidade elétriéa. EER tipo
folha tendem a ser mais resistentes ã fadiga que EER tipo fi~
e do aparelho de medição de ~Le e ~Li , tem-se:
Uma ordem de grandeza comum para a vida do EER tipo folha de
boa qualidade é 10 6 ciclos.
1 I,t = LI,O +~Li- ~Le 3. Outro importante fator de instabilidade resulta do equilíbrio
térmico do EER. A medida que uma corrente elétrica circula
no EER ele aquece provocando variação em sua resposta. Ao fim
LII,t = LII,O +~Li+ ALe I de certo tempo ocorre equilíbrio térmico e todo o calor gera-
do é dissipado sem aumento na temperatura.
Então Para EER tipo folha, bem montado sobre o material
metálico, o tempo para o equilíbrio térmico, poderá ser da ordem
1
~L e 2 (LII ' t - LI , t) - (LII , O - 11 de 20 minutos. Em montagens que se deseja medir deformações em
, O) .
muitos pontos é possível usar vários EER ativos conectados suce~
1
LlLi í. ~LII,t + 1 I,t) - (LII,O- LI,O) sivamente por uma chave seletora a um único EER compensador. Es
ta prática economiza um EER mas tende a aquecer o EER compensa-
Se a peça onde os EER estio colados fosse deform~ dor submetido a uso quase contínuo e só pode ser usada para bai-
xa intensidade de corrente.

142
f!;-'"1
,~ -:r ,.

'i;.:;. ,.:.!.
~·... :::

1,.·
VII - ROSETAS DE EXTENSlJMETROS.

Para d~_!inir
ESTADO PLANO DE TENSOES

o estado de tensões, em um ponto qua.!


v 'Gjy(•)
~XYD
J ·
quer, de um_corpo submetido a esforços, é necessário determinar
as componentes das tensões correspondentes a todos os planos que
úx + bx.,.
passam pelo ponto considerado.

A Roseta é uma combinação de no mínimo três exten


sômetros que são usados para estabelecer o estado de deformação ;
J \:)
1 c(·)
~YX (
-)
!fiv.,.~ X
num material sob tensão. k* !)o

i: No caso de um estado plano de tensões, para a ca- FIGURA 7.1- ESTADO PLANO DE TENSOES
,
!'!
racterização do estado de deformação num ponto é necessário me-
dir deformações em três direções, a menos que se conheçam as di- a) !d!!:~ÇQ~~
reções principais; neste caso basta medir as deformações nessas
OX e OY duas direções arbitrári a s no plano considerado
direções.
ângulo que uma direção { (+) no sentido anti-horário
Antes de discutir a mecânica de uma Roseta de ex- ~ = qua!quer faz com a di-
reçao OX (- ) nó sentido horário
tensômetro (R.E.), é conveniente rever alguns conceitos básicos
do estado plano de tensões.
b) !~l}§Q~~
r (+) se de tração
7.1 - OBTENÇÃO DE TENSOES A PARTIR DE DEFORMAÇDES CJ e cry = t ensões normais <
.x
l (-) se de compressão
Sendo válidas as equações da teori a da elasticid! · ·
de, conhecendo-se o módulo de elasticidade longi t udinal (E) m.§.
J (+) no sentido horário
,ó L =- L = tensões de cisalhamento
dulo de elasticidade transversal (G) e o coeficiente de Poisson
Af yx
l (-) no sentido anti-horário

(J1) do material , podem-se determinar facilmente. tensões a par-


tir de deformações medidas. c) !2~gQ!:~!!ÇQ~~

e:x , e:y e e:z = deformações lineares


J( +) se a longamen t o
7.1.1 - Direções, Tensões e Deformações num Ponto. Convensão de
-Sinàis
- - I (-) se enc urt amento

Num estado plano de tensões (Vide Figura 7.1) tem


se:

:I 144 ·145
H
As deformações unitárias resultantes em um estado
r (+) sentido anti-horário
Yxy =- Yyx '"
deformações de cisalha-
me:n.to ou dis t orções 1(~) sentido horário
biaxial de tensões podem ser determinadas pela superposição
equações (1) e (2)
das

CJ CJ

onde:
~ (E; + E )
Ex t- i-)1 ~~ (Jx - Jl CJYI

e:z
1~ Jl J( y

Relacões
E
y i- -
CJ
)1
0
Ex = E
1 ICJY - )1 CJX I (7.3)

consideremos um corpo submetido a um es.tado uni- y =


T
xy
- como mostrado na Figura 7.2, e s~ponhamos que o
xy --c
5
axial de tensoe onde:
a lei de Hooke. A deformação unitária na dire-
material obedeça G
E
·da diretamente e a na direção y é obtida conside
ão x é obt:l - 2 (1 + )1)

ç i tO de Poisson. Estas deformações são respectiva-


rando-se o efe E, as tensões normais e de cisalhamento obtidas de (7.3)são:
mente:
ax crx E
e Ey - J..l e:x - J..l E (7 .1) CJX (EX + )1 Ey~·
E;)C " "E 1 - ll2

I
E
á · (Ey + Jl Ex) (7.4)
Ey y 1 - u2
- - - - - - - ---t----,
I T
: Úx
I
_ _ _ _ _ _ _ _ _ __....--- ....JI Txy G Yxy
,., E X ~

As equaÇões (7 . 4), para o estado biaxial de ten-


ESTADO UNI AXIAL DE TENSOES · DE UM MATERIAL ELÁSTICO
FIGURA 7.2- sões, relacionam as tensões principais às deformações unitárias
principais.
De forma similar, se uma tensão axial for aplica- Ji

Se as dire ções forem conhecidas, suas magni t udes )!j


- y , as deformações unitárias resultantes serão:
da na di reçao podem ser medidas e as tensões principais resultante rodem ser j,
I a
~ y .= J. e Ex - ]l Ey - J..l
a
.J.. ( 7. 2)
calculadas. En tr~tanto, as direções das deformações unitárias ~
E E
. !·:\ principai s não são, em geral, pronta!Jlente determinadas. . ~ons6- !I

:"~~crJ
:i
11.
iL
.d ',1
· · · ······--- -··: ~ --,--.- · -~- ----~

quentemente, outros meios e instrumentação devem ser utilizados das equações (7.5) e (.7.6)

para sua medição. Um método conveniente é a roseta de extensôme


tros. E
a
Ex cos 2 a ( 7. 7)

7.1.3- Deformações numa Direção Qualauer


De forma similar, se uma deformação uniaxial é i~

Consideremos um fio de 'extensômetro de comprimen- duzida na direção y , a deformação unitária medida na· direção a
to L fazendo um ângulo ~ com o eixo de refer~ncia X e su- sera:
·~
jeito a uma deformação óx na direção x . A deformação unitá-
ri8 nas direcõ~s x e n são, por definição: E cy sen 2 a (7. 8)
a
ÓX óL
Ex e E (7. 5)
X ~ L
O terceiro tipo de deformação que pode ser aplic~
y

l da ao corpo de prova teórico é um cisalhamento puro (y xy) confor

:1-- ___
. /
me mostra a Figura (7.4).

y
'y
/
/

~
y
y/ /
/

~ Gxvl Gxv
X
o
1- X .1-o. A X_-4- ~--------U---~----~X

!ixv ~

FIGURA 7. 3 - ESTUDO UNIAXIAL DE DEFORMAÇÃO APLICADO A l,JM CORPO DE


FIGURA 7. 4 - DEFORMAÇÃO POR CISALHAMENTO APLICADA A UM CORPO DE
PROVA
.,JtOVA

Da geometria da Figura 7. 3 (desprezando os efei- A deformação unitária é novamente definida como: ·


tos de segunda ordem), vem:
óL (7.9)
EU
X
L
L e li L llX cos a (7. 6)
cos a

e, da geometria da Figura 7.4, temos:


A deformação unitária na . direção a pode ser re-
lacionada à deformação unitária na direção x pela combinação L ____L_ t.L óX cos a li X y tg Yxy Y crxv (7.10)
sen a

148 149
Combinando as equações (7.9) e (7.10) temos: tenham extensômetros em três direções (vide Figura 7.5), temos:

E
a
/:J.x cos a sen a
y
Ea : Yxy cos a sen a (7.11)
'\
I
Se as três deformações forem aplicadas simultâne~

mente, a deformação unitária medida será a superposição das con-


tribuições individuais. Assim:

FIGURA 7. 5 - ROSETA DE TRES EXTENSOMETROS


E
a
EX cos 2 a + Ey sen 2 a + y
xy
sen a cos a (7. 12)

e:a : r. cos 2 aA + Ey sen 2 aA - Yxy sen aA cos a A


que, usando identidades trigonométricas, pode ser escrita na se- A X

guinte forma; ·
EaB : Ex cos 2 aB + e: y sen 2 aB - Yxy sen aB tos aB (7.14)

E
e: + e:
x ~ +
e: - e:
x ~ Y cos 2a +
Y2:y sen 2a (7.13)
a
e:ac : e:x cos 2 aC + e: y sen 2 ac - Yxy sen ac cos ac

Para avaliar o estado de deformação num material


Resolvendo esse sistema, obtém-se Ex , Ey e Yxy . E daí pod~
é necessário, portanto, avaliar Ex , '-y e Yxy •. Como '"a é
se determinar as deformações principais e a deformação de cisa-
a quantidade medida e a é uma direção angular conhecida·, a equ~
lhamento máxima:
ção (7.12) ou (7.13) contém três incógnitas. Por esta razão um
número de três leituras deve ser· obtido, e daí, a construção de e: + e: 1 ----
e: max "' e: 1 "'
X Y+ Z /(e: _ E )2 + y2
x y xy
R.E. Existem muitos tipos de R.E. de uso comum. Por exemplo, a 2

R.E. de 45° tem três extensômetros montados em o0 , 45° e 90°, e: + e:


e: ·. : E =
X Y_ ~ 'ce: _ e: J2 + vz (7.15)
enquanto que a R.E. delta tem três extensômetro montados em Oo, mln 2 2 2 X y xy

60° e 120° • E mais vantajoso usar a R.E. de 45° se as dire-


~e: X - 2 2
(e:max - e:min) Ce:1 - e:2) e: y ) - Yxy
ções gerais das deformações principais são aproximadamente conhe Ymax
cidas, enquanto que prefere-se a R.E. delta quando as direções
Também podemos encontrar as deformações unitárias principais
principais são completamente desconhecidas.
e à distorção máxima Ymax , através as fórmulas:
(Emax ' e:min)
7.1.4 - Deformações Principais e Distorção Máxima l

!50
Se fizermos mediçã·o de deformações com R.E. que
.. .
· _; -- .:
I
j;il
a a. ~ aX cos 2 a. +. cr sen 2 a - 2 T:x.y sen a cos a.
E + /.aA - e)2 + (EaB - e:ac)2 y
E1 E
max
o-x + ay ax - cry (7 .19)
cr a ~
+ c os 2a. - t :xy sen 2a
2 2
E -/ce:aA- e)2 + (EaB- eac)2
e:z Emin (7.16)
' e'
T
a (crx - ay.) sen o: cos a + t:xy {cos2 a - sen2 a.)
2 /cEctA - e) 2 + (EaB - e:ac) 2 a _ a (7.20)
Ymax
' T
ct
x
2
Y sen 2 a. + TV
~Y
cos 2o:
onde:
Ea + e:aB + EaC Estas equações fornecem a et e t ct , para qualquer pla
-
E
A 7 (Deformação unitária média) no definido pelo ângulo a..

7 .1. 7 - Tensões Principais e Tensões de Cisalhamento Máxima


7.1.5 - Direções Priicipais
Para determinados valores de a., obtêm-se os valo
As direções das deformações principais podem ser res extremos de a, respectivamente máximo, cr 1 , e mínimo, cr 2 . As
obtidas por: tensões cr 1 e cr 2 são denominadas tensões principais e valem:

tg 2 ap
- Yxy a = cr =
crX + a
y +
/ca- + (
X
a 2 - -,
y) + -r 2 =
cr.X: + o 1
y +-

(a
.
- a ) 2 + 4 -r 2

E 1 max ,., ,., :zy ? 2 x y :xy
X - E:
y

. CJ 1}
/c
o + o (Jm+•c:r---~ +a 2. •
1 - y
apl 2 are tg (~
X
_xr)y
y
(7 .17) o2 arnin
X
2
( X

y) + T2
:zy
= X
2
y - -
2
(cr - a )
x Y
+ 4 T2
:zy
(7.21)

apz 90° ± a Pl Do mesmo modo, para determinados valores de a., a


ou
tensão de cisalhamento, T, atinge seu valor mãximd. ~sses valo
EaA - e:aC
o:p 71 tg-1 (7.18) res extremos de -r. são dados por:
13 ce:aA - e)
-------.
T
max
l
= ± -
2
F.- (o
x
-a
y
-2
) + 4 T
xy
'
± /c
.
(
a -a
X
2
y)
2
+ T2
xy (7.22)
7 .1. 6 - Tensões num Plano Qualquer Definidas pela Direção de suas
Normais ou
a _ a o _ cr
T max min = 1 2 ( 7. 2 3)
Sendo conhecidas as tensões a e po- max
2 2
X ' ay T xy
dem-se determinar as tensões e
a a. ' que atuam no plano de-
T
a. Podemos, ainda, calcular as tensões principais e
finido pelo ângulo a. da seguinte maneira:
a tensão de cisalhamento máxima pelas equações:
152
153
a1 = a max = E aP 2 aPl ± 900
_ 2 (e:max + 11 e:min} amin
1 11

E
a2 = a min = (e:min + lJ e:rnax) (7. 24) Os planos definidos por esses ângulos a. ,
1
são de
1 - ]J2
nominados planos principais.
T
E amax - amin
max 2 (1 + 11) Ymax G Ymax
7.1.9 - Direções das Tensões Extremas de Cisalhamento

Os ângulos, designados por aj , entre o eixo dos


Para o estado biaxial de tensões, quando não
tem tensões cisalhantes X e os traços dos planos onde atuam as tensões extremas de cisa
(T xy = O) , as tensões ax e ay dadas
lhamento, são obtidas de:
pelas equaÇões (7.4), são as tensões principais. Isto é
do; fazendo Txy = O nas equações (.7.21). Então temos: a - a
tg 2a. X y
(7.28)
J 2 Txy
a + a
al = amax = x 2 Y + 71 (a x - a y ) ou al = a max = o
x
e 7.2 - CIRCULO DE MOHR
a + a
= a . = x Y - 21 (ax -- ay) = ay 7. 2 .1 - Círculo de Mohr para Deformações Unitárias
1 = a max
a2 m1n 2 ou a

U1na técnica gráfica conveniente, que é usada para


Donde concluímos que: OX e OY são as direções principais. ilustrar a relação entre a deformação normal e a deformação por

7.1.8- Direções da~ Tensões Principais; Planos Principais cisalhamento num dado ponto e a direção em qualquer outra rota-
ção em relação ã direção dada, é o círculo de Mohr para deforma-
Os ângulos, designados por ai , entre o eixo
ções.
x e os traços dos planos onde atuam as tensões'principais,
y
obtidos de: As coordenadas para este gráfico sao 2 e e:

- 2T A geometria para esse gráfico e as relações correspondentes es-


tg 2a. = xy
1p ax - ay tão ilustradas na Figura 7.6.
onde:
l - 2T
ap = are tg ( xy)
1 2 a - a
X y
e
!m.
ap 2 = 90° ± ap
1
ou
..:i
1 - y
apl ao 2 are tg ( E xy ) !~I:
max - E
X y

154 !Ss : l/li


V:/2 Mohr, como mostra a Figura 7.7.

's

õf-- 2
1 "',·• ~~ ' ~ I' ·O'

FIGURA 7. 6 - C!RCULO DE MOHR PARA DEFORMAÇOES UNITÁRIAS


FIGURA 7.7- C!RCULO DE MOHR PARA TENSOES

Da geome·tria da Figura 7.6, obtemos:


Da geometria da Figura 7.7 obtemos:
E + e:
Ponto C ( X " y , O) centro do círculo de Mohr
OA = cr X õT = (J
1
= max
(J

Ymax . ,
--2-- = ra1o do c1rculo
OB = cr y 02 = 2 = a m1n
(J .

y (e:x + e: )
OI\= e: AX = xy oc = - -2 Y
X 2 AX = T xy c1 = ex = T
max

OB = '-y OI = e: = e: max TI = Ymax


1 7.3- TIPOS DE ROSETAS DE EXTENSÔMETROS.

-- -- (ex - sy) Existem diversos tipos de Rosetas. Elas podem po~


õZ = e: 2 = e: m1n
• BC = CA = ---z
suir dois ou mais EER dispostos em direções diferentes. As Fig~

ras 7.8 e 7.9 mostram exemplos comuns de Rosetas.


7.2.2 - Círculo de Mohr para Tensões

As expressões gerais de cr e -r , ·que fornecem


as tensões no plano definido pelo ângulo a , também, têm re-
presentação gráfica muito simples, por intermédio do círculo de

156 157
7.4 - ESCOLHA CONVENIENTE DAS ROSETAS

f:.._ escolha conveniente das Rosetas em função dos an


gulos "A ' "B e
"c de seus extensômetros facilita muito o
Gogt lenqlh
trabalho.
tal

7.4.1 - Roseta Retangular

Esta roseta tem os extensõmetros montados segundo


0
{D} os ângulos: "A = Do , aB = 45° ; C!.
c = 9D • Então as deforma
ções· medidas tomam os seguintes valores:
'il
2!J
l-~-1
EU. A = Ex Ex = EaA

E + Ey Yxy
FIGURA 7. 8 - ROSETAS RETANGULARES DE DOIS ELEMENTOS PARA USO QU.A!i EU.B =
X
2 - 2
e, Ey <-a c (7.29)
DO AS DIREÇOES PRINCIPAI3 SÃO CONHECIDAS
·;'
::.:.··
·' :
,): ! Eac =
"-y Yxy EaA + "-"c - z ·EaB
. I
., I
I
7.4.2 - Roseta Delta

Esta roseta tem os extensômetros montados segundo


os ângulos: aA = Do ; "B = 6Do CLC = 1200

1rilf.
Então tem-se:
r, ' ,..,
,~.:..&l
L~~tt_,
L. I J 1
{d
lbi EaA = Ex Ex = EaA

~~~~1 = 11
Ex 3 13
4 Ey- LI Yxy Ey =
2 (EaB + e:ac) - Ea

-~ m;IJ
EaB + e, 3 A (7.30)

[._;~ Ex 3 13 2 (Eac - r:.aB)


ldl Eac = 11 + 4 EY + 4 Yxy Yxy =-- -~

FIGURA 7. 9 - ROSETAS RETANGULARES DE IRES ELEMENTOS PARA USO QUAN


DO AS DIREÇOES PRINCIPAIS SÃO DESCONHECIDAS

158 .. 159
7.4.3- Roseta Estrela VIII - APLICAÇÃO DE EER NA CONSTRUÇÃO DE C~LULAS DE CARGA
Esta roseta tem seus extensôrnetros montados em:
Os EER são extensivamente usados corno elernento-sen
o 120° ; ac 240° Então tem-se:
aA = O ; aB = =
sor em transdutores para medição de força, torque,deslocamentos,
pressão entre outras grandezas. Neste capítulo trataremos em e§_
caA = '-x '-x·= e:aA

i
i
caB =
Ex
LI +
3
4 '-y +
13
LI Yxy e, e:
y
=
2 (e:aB + <-ac) - e:aA
3
pecial dos transdutores para medição de força, conhecidos•como cé
lulas de carga.

Se o transdutor é submetido a forças, ele respon-


8 2 (<-ac - e:aB) de com va-riações de sinais elétricos proporcionais às excitações.·
x 3 13
~ac = LI + 4 e:Y - LI Yxy Yxy =
/3 Desse modo, em alguns pontos dos transdutores onde encontram-se
EER colados, a atuação da grandeza a ser medida provoca urna de-
formação que é transformada pelos EER em sinal elétrico.

Nos transdutores o que em geral interessa é a cor


respondência precisa entre o sinal elétrico resultante e a inte~

sidade da grandeza que atua sobre o transdutor ....Q valor intrin-


seco da deformação que origina o sinal do EER é de importância
secundária. Na região do EER a deformação elástica deve ser gr~

de para que tenhamos um sinal suficientemente intenso para permi


tir uma boa resolução ao transdutor.

Em muitos casos é necessário uma construção rígi-


da dos transdutor para evitar que sua variação dimensional inter
fira na grandeza a ser medida.

Para associar rapidez do instrumento a necessâr'ia


resolução, os EER são frequentemente montados em regiões' sujei-
tas a concentração de tensões.

8.1 - PRINCfPIO DA CELULA DE CARGA. AFERICAO

A célula de carga é um transdutor construído para

160 161
avaliação de carga, através as deformações por estas provocadas. Usualmente é expresso em percentagem da amplitude
Para esta avaliação ela tem uma constante interna, que multipli- de leitura.
cada pela leitura de deformação nos dá a carga aplicada.
c) Ç~n~f!ª~ª~-~~~!g~!
p KL (B. 1) E a máxima solicitação -que a célula de car_ga é ca
pas de medir dentro de suas especificações de projeto.
onde:
d) ~!~!!Q_Q~-!~~n~!~!~!~-~~-~nl!!~ª~-ª~-~~!!~r~
p carga aplicada em Kg
L leitura de deformação em divisões
Ea alteração na amplitude da leitura devido a al

K constante interna da célula em Kg/div teração na temperatura ambiente.

A constante in terna da célula é obtida através uma e) ~!~!!~-ª~-!~~E~!~!Y!~_gQ_ª~!~gf~~~~~!Q_~~!Q

aferição. 'Para esta aferição aplicam-se várias cargas sobre a Ea alteração no balanceamento nulo devido a alte
célula efetuando-se as leituras de deformação correspondentes. A ração na temperatura ambiente,
seguir constroem-se um gráfico relacionando as cargas aplicadas
f) ~~f!!~Ç~~-~!~!!!f~
com as deformações, retirando-se a constante da célula, que será
Tensão aplicada nos terminais de entrada do tran~
a inclinação da reta obtida.
dutor.

8.2 - DEFINICOES IMPORTANTES Usualmente 6 V ou 12 V CC ou c. rt.

Os transdutores possuem algumas características fí g) ~~!!~_ÇQ~E~~~~ª~-ª~-!~~P~!~!~!~


sicas fundamentais que precisam ser definidas para se ter um per
Ea faixa de temperatura na qual a célula mantém
feito entendimento do seu funcionamento.
amplitude de leitura e o balanceamento· nulo dentro dos limites de
especificação;
a) ~~!!!~Q~-ª~-~~!!~!~

g a diferença algébrica entre a leitura para soli h) ~~!~~-ª~-I~~E~!~!~!~-ª~-§~g~rê~~~


citação nula e a leitura para solicitação normal.
E a faixa de tempera türa em que a célula pode op~

rar sem alterações permanentes em suas características.


b) ~~!~~~~~~~~!~-~~!~

E o sinal de saída do transdut.or quando submetido i) ~!~!~!~~~


a exci~ação elétrica nominal e sem solicitação externa. E a máxima diferença entre duas leituras do trans

162 163
:11
'··
- . .. . . .
f.f.
I;(
·;y
v dutor para mesma solicitação; uma leitura obtida em operação de n) !3-~~Q!!:!S:ªQ
:t
carregamento e outra em. operação de descarregamento.
:.:;
:t· E a menor alteração da solicitação que produz mo-
··~

A histerese é usualmente determinada para metade dificação detectável na leitura da célula.


da amplitude de leitura.

Num transdutor de boa qual~dade é possível ter a 8.3 - OPÇOES CONSTRUTIVAS DE CELULAS DE CARGA

histerese da o.rdem de 0.05~ da amplitude de leitura. São discutidas a seguir algumas opções construti-
J vas de células de carga de fabricação Souza Marques, Figura 8.1,
j) !~Q!~!Ll~l2!9
para medição de forças estáticas.
E a resistência ohmica em cc entre o circuito elé
trico do transdutor e sua estrutura. Um número típico é 5000 A geometria adequada da célula dependerá - da inte~

M'l. sidade de força a ser medida e do método de aplicação de carga.

k) ~~!Ll~!~-ª~_§Q~r~f~rg~

J E a máxima carga express.a em porcentagem da capa-


cidade nominal que pode ser aplicada sem que sejam alteradas as
'~
~
características da célula de carga.

t) ~~Q_kil2~~r!ª~ª~ ~
.
~
.

.
E o máximo desvio da curva de calibração; da célu-
la em relação a uma linha reta definida entre a leitura corres- ~
pondente a solicitação nula e a solicitação nominal. E indicada ~
em forma de percentagem da amplitude de leitura e medida apenas
na operação de carregamento. Em transdutores de boa qualidade a
não linearidade é da ordem de 0.1% da amplitude de leitura.

m) ~~EIQª~!!~!!!Q~Q~

E a máxima diferença entre leituras obtidas para ~


mesmas solicitações em carregamentos repetidos nas mesmas condi-
ções. Um valor típico para bons transdutores é 0.05% da amplit~
FIGURA 8.1 - CELULAS DE CARGA DE FABRICAÇÃO SOUZA MARQUES PARA ME
de de carga. DIÇÃO DE.FORÇAS ESTÃT!CAS

164 165
8 ..3.1 - Célula de Catgà Destinadà a Medição de Cargas de Tração carga ligeiramente
e Compressão até 20 t ximo as excentricidades s·emi-
esfera para alinhamento das cargas aplicadas. Sua construção in-
Esta célula está esquematizada na Figura 8.la.
terna correponde ao que se indica na Figura 5.17. A montagem
Os EER 1 e 2 são solicitados à tração, enquanto os
dos EER é em parte completa para compensação dos efeitos de tem-
EER 3 e 4 estão solicitados à compressão. O valor dessas tensões
peratura.
é difícil de quantificar analiticamente de vez que a geometria da
8.3.4 - Célula de Carga Destinada a Medição de Cargas de Compres
peça propicia uma distribuição complexa dessas tensões na região
são até 6 t
de colagem dos EER. Pela montagem em ponte completa é possível
Ao descrever esta célula de carga aproveitaremos
que os sinais nos EER devido as solicitações mecânicas se refor-
para discutir o projeto de uma célula de carga para medição de
cem enquanto que os sinais devido a temperatura se anulem.
forças num certo intervalo, com máxima sensibilidade.
8.3.2 - Célula de Carga Destinada a Medição de Cargas de Compres
são até 3 t Externamente esta célula tem o aspecto mostrado· e~
quematicamente na Figura 8.ld. Internamente sua construção cor-
Esta célula, representada esquematicamente, na Fi
gura 8.lb, foi projetada inicialmente para medir as forças apli- responde a Figura 5.17.

cadas por um maca~o hidráulico que será apoiado sobre a célula. Esta célula foi projetada inicialmente para medi-
ções de força de laminação. A medição da força de laminação é
Na região assinalada na Figura 8.lb, estão dispo~
essencial na laminação de chapas e utiliza-se inclusive como um
tos quatro EER para medir deformações de compressão. Importa a~
item no controle de qualidade do material laminado. De um modo
sinalar que os EER são montados numa região submetida a intensa
geral , o conhecimento da força de laminação é essencial para o
concentração de tensões, devido a reentrância, propositalmente fe.!_
construtor de laminadores, é útil para o pesso al de, produção e
ta, e que, as características do campo de tensões variam conside
fundamental para o desenvolvimento de traba l hos na área das de-
ravelmente ao longo do comprimento útil dos EER. A influência
. formações, principalmente na conformação de aço~ especiais.
da temperatura será igual nos quatro EER.. Se estes estiverem mon
tados em ponte completa os efeitos da solicitação mecânica se re As células são montadas entre os mancais e os fu-

fo~çam e os da temperatura se anulam. sos de aperto, de modo que todo o esforço de laminação se trans-

8.3.3- Células de Carga Destinada a Medição de Cargas de Compres mite pelas mesmas.
são até 200 t Utilizando um aparelho de medição de deformação ti
Esta célula está esquematizada na Figura 8.lc. Foi po ponte de referincia, a indicação do iristrumento seri ligada a
projetada inicialmente para medição de forças de compressão até 200 t com deformação normal do EER pelas relações:
167
166
.,... ,.,.,.";'·'\
\
\
• ' O ";;•,r.; . L
(8.2) Se essa célula fosse um cilindro maciço seu raio
L 2 (1 + \1) e;n
1
• .- 'e:'N'··
1
= 2 c1 + \1)
seria · l0.87 mm e sua estabilidade quanto a . flambagem seria pobr~

Para que se supere o problema a solução está em adotar o feitio


onde \1 é o coeficiente de Poisson.
do cilindro ôco, respeitada a área resistente necessária.
F
Consideremos idealmente a tensão normal crn A
Neste tipo de célula um problema sério é a inf luê~
distribuída uniformemente na seção reta da célula.
cia do contato das superfícies de apoio sobre a distribuição das
Seja E o ll).Ódulo de elasticidade do material; F
j tensões ao longo das paredes onde estão colados os EER. Esta in-
a forç a aplicada e A a área da seção resistente, então
fluência prejudica a reprodutibilidade da célula.
crN F
EN (8. 3) Dois caminhos para contornar este problem~são:
1
E AE

1) Efetuar uma montagem como indica a Figura 8.2


Das relações (8.2) e (8.3) chega-se a :
2) Manter a célula sempre sob uma certa carga mínima para que nao
mudem as condições de contato.
. F
L 2 (1 + ll) AE (8. 4)
O balanceamento nulo é estabelecido para essa car

A expressão (8.4) permite que se calcule uma área resistente p~ ga inicial. Este segundo caminho será possível qu~ndo · desejar-

ra que a célula atinja uma determinada sensibilidade. mos a célula montada numa posição fixa, por exemplo, num mancai
de uma máquina.
Vamos admitir que para a célula construída em aço:
A força de compressão no mancai devido a solicita

E 21000 Kg/mm 2 e )l 0.3 çao mecânica externa sobre a máquina poderá ser l i da por diferen
ça •

Para pontes de referência comuns a sensibilidade


de leitura L é 10 x 10- 6 mm/mm

10 X 10- 6 2 X (1 + 0.3) F
A X 21000
.!
Se desejarmos uma célula capaz de medir 6000 ± 0,5% Kg. tem-se:

2 X (1 + 0.3) X 30
A 371 mm 2
10 X 10- 6 X 21000
.. r
168 169
IX- TECNICAS DE FIXAÇÃO E INSPEÇÃO DOS EXTENSOMETROS .ELETRICOS
DE RESISTENCIA
~ A técnica adequada de fixação depende do material
da estrutura, do tipo de extensôrnetro e do adesivo utilizado. De
modo .geral, esta técnica de fixação consta de:

(a) Escolha do adesivo


(b) Preparação de superfície
(c) Colagem do Extensôrnetro

9.1 - ESCOLHA DO ADESIVO

São inúmeras as opções na escolha dos adesivos,


mas contudo, para urna boa seleção, três aspectos fundamentais de
FIGURA 8.2 MONTAGEM DE CJ!LULAS .DE CARGAS TUBULARES PARA REDU-
ZIR A INFLUENCIA DO CONTATO; NAS SUPERF!CIES EXTRE- vem ser considerados:
MAS SOBRE A REPRODUTIBILIDADE
a) Deve ser verificada a compatibilidade do ades"fvo com o mate-
rial da base do EER e com o material da superfície onde se vai
instalá-lo.

b) Deve ser verificada as condições ambientes de utilização dos


EER, tais corno temperatura, umidade, etc.

c) Deve ser observado o tempo disponível para a instalação e a


cura dos EER.

Os fabricantes de EER dão indicações sobre o tipo


de adesivo indicado para diferentes"condições, bem como informa-
ções sobre a conveniente pressão e temperatura a que cada adesi-
vo deve ser exposto durante um certo tempo para que se assegure
adequada cura do mesmo.

9.2 - PREPARAÇÃO DA SUPERF!CIE ONDE .VAI SER COLADO O EER

Cuidados especiais devem ser tomados antes da fi-

171
170
··?,

I
9.4 INSP,EÇÃO DOS .. EXTENSOMET-ROS
xaçao de um EER:

- remoção de saliências, ferrugem e pintura, deixando• se porem Após a colagem dos EER numa estrutura e antes de
. ':- .. ~- ..
uma certa rugosidade; se iniciar as aplicações de cargas sobre a mesma, deve-se inspe-

limpeza da superfície com solventes orginicos (acetona, triclo cionar o sistema de montagem, através testes nãoi destrutivos da
retileno, etc.); qualidade inicial das leituras.

- em alguns casos é necessário corrigir o PH da superfície até a) I~~!~-ª~-~~!ê~!!!gêg~ lt


J certo nível para compatibilizá-lo com o adesivo;
Entende-se p·or instalação instável aquela que so-
o fundo do EER deve ser também limpo, para isso usar acetona;
fre degradação da qualidade de resposta com o tempo.
- Para superfícies porosa~ (concreto, madeira, etc.) deve-se ell
Para testar a estabilidade liga-se o EER ao indi-
minar as irregularidades ?Or aplicação de uma camada previa de
cador e anota-se a leitura. Fazendo-se uma leve pressão sobre o
adesivo.
EER a leitura variará. Cessando a pressão, a leitura deverá ser
9.3 - COLAGEM DO EXTENSOMETRO
igual ã incial.
Para uma boa colagem dos EER os seguintes cuidados

dev.em ser tomados: b) YêE!ê~~g_gQ_~~!Q

- verificação da resistência do extensômetro; Pode ocorrer a um EER quando · submetido pela pri-
meira vez a grandes deformações ou quando, sob ten~ão constante,
- aplicação dé fina camada de adesivo na região onde o EER sera
colado. que suas respostas sofram irregularidades devidas a fluência do
adesivo. Assim, depois de descarregado mecanicamente o sinal
- aplicação de fina camada de adesivo na base do extensômetro; i

correspondente ao carregamento nulo é diferente do inicial. Pa-


- colagem do extensômetro, fazendo-se pressão com o polegar para ;

ra minimizar estes efeitos, um sistema novo d~ve sempre que pos-


eliminar bolhas de ar;
sível ser carregado várias vezes até a máxima !carga operacional
- manutenção de certa pressão sobre o extensômetro durante algum
antes de ser posto em serviço.
tempo, usando, de preferência, uma fi ta de teflon cobrindo o
EER;
c) M~ª!ç~g-ªQ_!~2!ê~~~!Q
- cura do adesivo; o fim da cura do adesivo pode ser verificado
Durante todo o tempo de ensaio com EER deve sem-
medindo a resistência entre o extensômetro e a estrutura. Es-
sa resistência vai aumentando, tendendo a estabilizar; pre ser medid<;> o isolamento entre o EEP. e a; é'strutura para se as
segurar que não ultrapasse o valor mínimo ~ermitido.
- Ligação do extensômetro com os fios de conexão;
··'-:,.,;. __
- proteção do extensômetro contr a a umidade; ' '"'t l

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