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DEUSA BRIGID & BRIGID CRISTÃ "Santa Bride de

Knockbridge"
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QUEM SÃO AS DEUSAS?

A palavra "Deusa"se refere ao Divino Feminino. Durante milênios, no mundo todo,


nossos ancestrais veneraram uma Divina e Poderosa Mãe-Deusa. Ela foi honrada e
celebrada como a Mãe de Toda a Vida. Mas de onde provêm a idéia de Deusa? Em
tempos longínquos, o homem dependia da Terra para todas as coisas: como o seu
sustento, assim como para abrigo e proteção. Ela era provedora de tudo que era
necessário para perpetuar a vida e também era a vida em si mesma.

Estes povos observavam que toda vida era concebida a partir dos corpos femininos
(tanto animais, quanto mulheres), de modo que era totalmente natural que
acreditassem que deveria existir uma Toda Poderosa Criadora Feminina também.

Hoje apreciamos o ressurgir da cultura da Deusa que tem sido reverenciada por
homens e mulheres, que celebram e respeitam as energias femininas dela
emanadas.
A TRÍPLICE DEUSA CELTA

A água era considerada princípio e fonte de toda a vida para aqueles que
habitam a terra e dependiam de sua generosidade para conseguir seu alimento.
Isto se reflete no fato de os celtas terem dedicado os principais rios da Europa
Ocidental à deusa da fertilidade. O rio Marne deve seu nome às Matronas, as três
Mães Divinas e o Sena, a Sequana, deusa de seu manancial. O nome do Reno é
celta e seus afluentes também têm nomes celtas: Necjar, Main, Ruhr e Lippe. Na
Grã-Bretanha, o Severn deve-se a Sabrina e o Clyde, à deusa Clota, recordando a
lenda da Divina Lavadeira, Bruxa do Rio e Deusa da Morte que, conta-se,
encontrava o guerreiro predestinado, que ficava sabendo que seu fim se
aproximava ao vê-la lavar suas roupas de guerra manchadas de sangue.

O rio ou o arroio são expressões vivas da Mãe-Terra, o que os santifica e os dota de


poderes curativos, que são emanados a certas horas do dia ou em dados momentos
da fase lunar. Todos os lugares sagrados , para os celtas, tinham um espírito
guardião, que podia transformar-se em gato, pássaro ou peixe, segundo as
preferências da deusa. Tais lugares eram considerados partes do útero da Terra
Mãe, a qual se invocava sob diversos vocativos e aparências. Existem numerosas
inscrições galo-romanas da deusa Matronae, a Mãe representada como uma tríade
levando crianças, cornucópias e cestas de frutas.

Outra conhecida manifestação era Epona, que em geral mostrava-se a cavalo, por
vezes com um potro, o que poderia ter dado origem à história da lady Godiva e
outras lendas populares relacionadas a cavalos.

A Deusa é generosa, mas também desapiedada. A Lua controladora das marés e do


fluxo menstrual, é o centro de um conjunto de símbolos universais: ele preside os
rituais noturnos relacionados com animais tais como gato, a serpente e o lobo. Os
emblemas de animais rodeando a deusa e seus santuários serviam para lembrar
seus aspectos selvagens.
A característica representação da deusa como Mãe-devoradora no simbolismo
celta, análoga à sanguinária Kali dos hindus ou Cihuateteo dos astecas, tem sua
encarnação nas esfinges de pedra conhecidas com o nome de Sheela-na-gig, que se
encontram em igrejas e castelos medievais. Ela apresenta rosto horrível com faces
cadavéricas, boca enorme de semblante mau humorado, peito esquelético, um
grande órgão genital à mostra e braços e mãos dobrados.

Em dias bastantes primitivos, o instinto feminino era percebido como intensamente


animal. Com o avanço da civilização a deusa vai gradualmente erigindo-se desta
natureza.

A complexidade das deusas Célticas é realmente explicada quando nós


entendemos que para ser uma Deusa nesta tradição antiga deve ser uma Mãe, para
ser uma Mãe, deve ser uma protetora e para ser uma protetora deve ser
preocupada com a soberania da sua tribo.

É, diferente das Deusas dos Romanos e Gregos, as Deusas dos Celtas são todas as
coisas: elas são a terra, a vida, a morte, o trigo que nós comemos e a água que nós
bebemos; a água que vem do céu.

BRIGHID, SANTA E DEUSA

O NOME

Brighid também conhecida por Brigit, Bríde, Briget, Briid é uma Deusa muito
popular na Irlanda, cultuada em todos os territórios onde os celtas se instalaram.
A palavra "Brig", em irlandês arcaico, significa força, poder. Segundo, alguns
filósofos, tal correlação pode estar por detrás da existência da existência de
guerreiros chamados Brigands ou "soldados de Brighid".

Os brigantes, uma confederação de tribos celtas que se instalou em pontos tão


diversos quanto a Armórica (França), a Grã-Bretanha e o sul da Irlanda, derivam
seu nome da Deusa Brigantia, aparentemente mais uma variação de Brighid. Na
Gália, a Deusa Brigindo é outra faceta desta deidade, enquanto que Brigantia é o
nome original das cidades de Bragança em Portugal e de La Coruña na Galícia
(Espanha). Mas é na Irlanda que encontraremos os elementos dessa Deusa melhor
preservados.

DEUSA TRÍPLICE

Brighid, que significa "luminosa"é uma Deusa tríplice do fogo da inspiração, da


ferraria, da poesia, da cura e da adivinhação. Isto é, as funções que lhe atribuem
são triplas, correspondentes às três classes da sociedade indo-européia:

- Deusa da inspiração e da poesia - Classe Sacerdotal.


- Protetora dos reis e dos guerreiros - Classe Guerreira
- Deusa das técnicas - Classe de artesãos, pastores e agricultores.

BRIGID (BRIGIT) COMO DEUSA

Brighid é filha de Dagda,o Bom Deus, pertencendo assim, aos Tuatha De Danann.
Dagda é o líder e o Grande Pai conhecido como o Poderoso do Conhecimento. Um
rei da sabedoria Dagda é a Boa Mão, um mestre da vida e da morte, e aquele que
traz prosperidade e abundância. Gêmeo de Sucellos como o regente da luz durante
a metade do ano. O poder e o conhecimento de Dagda é dado por um sopro,
chamado "AWEN" através de um beijo no escolhido como sucessor para Chefe
Trovador dos Duidas. O "AWEN" é o sopro de Deus (Dagda) que guia e instrui,
tornando um trovador diferente dos outros.

Há lendas que alegam ser ela a esposa de Tuireann, com quem teve três filhos
(Brian, Iuchar e Iucharba), que posteriormente matam Cían, o pai de Lugh.

Uma outra versão, nos diz que Brighid tinha como marido Bres, o malfadado líder
dos Tuatha De Danann. Dessa união nasce Rúadan, o qual morre em combate na
Segunda Batalha de Moytura. Ao encontrá-lo sem vida, lamenta sua morte em uma
tradição que viria a ser conhecida como "keening) (irlandês-caoineach), e que ainda
hoje é preservada nas áreas rurais da Irlanda. os "keenings' eram lamentos emitidos
por mulheres face ao falecimento de um membro da família ou da comunidade. Se
constituíam em choros pungentes, quase bestiais, descritos por observadores como
o som de "um grande número de demônios infernais".

Como Deusa, Brigid, é uma entidade fortemente vinculada com a inspiração e a


criatividade, tanto que na tradição Britânica dos Druidas foi assimilada como a
"Deusa dos Bardos", por ser a "musa" que inspirava àqueles grandes sacerdotes
similares aos Brahamanes da Índia. Atualmente se diz que Brigid é o veículo e
guardiã do "Awen", o sopro de seu pai (Dagda), ou a "consciência da inspiração",
um estado muito variado de magnitude e cujos mistérios mais profundos
parecem indicar um estado elevadíssimo de consciência, parecido ao ao Shamadi
ou transe Yóguico.

"AWEN" é a força mental que inspira à criatividade.

Brigit também foi uma Deusa muito vinculada à curas (com ervas) e lhe eram
atribuídos mágicos conhecimentos das propriedades curativas das plantas. Como
conhecedora desses mistérios é uma Divindade vinculada à Bruxaria, já que as
bruxas sempre foram, na antiguidade, mulheres de avançada idade que possuíam
um vasto conhecimento sobre as propriedades naturais e intrínsecas das plantas
para todo o tipo de uso medicinal.

A Deusa era ainda uma grande guerreira que afugentava as tropas inimigas de
qualquer exército quando era invocada, e também, infundia valor ao exército que
apadrinhava. Brigid aparecia freqüentemente de maneira imensa e feroz lançando
gritos de raiva frente aos exércitos que pretendia afugentar. Desse mesmo modo, os
Celtas antes das batalhas lançavam gritos selvagens e ininteligíveis com o único
propósito de amedrontar à seus adversários.

Algumas vezes, Brigid é identificada com Danann (Deusa principal, Mãe dos
Deuses da Tradição Celta) e é considerada como a Mãe de todas as coisas.

Lady Gregogy, em "Gods an Fighting Men", diz dela:


" Brigit...era uma poetisa, e os poetas a adoravam, pois seu domínio era muito
grande e muito nobre. E, era assim mesmo, uma curadora, e realiza trabalhos de
ferreiro, fui ela quem deu o primeiro assobio para chamar-se uns aos outros no
meio da noite. E, um lado de seu rosto era feio, porém o outro muito belo. E, o
significado de seu nome era Breo-saighit, flecha de fogo".

(Altar de Brigid)

Brigid assumiu inúmeros aspectos e atributos através dos tempos. Suas cores
sagradas são o vermelho, o laranja e o verde. Cada uma dessas cores representa um
atributo de Brigid. O vermelho simboliza o fogo da forja, da lareira que aquece e
alimenta. O laranja representa a luz solar, pois antes da ascensão patriarcal de
Deuses como Bel e Lugh o patamar de Deuses solares, era a Brigid que o Sol era
consagrado. O verde representa as fontes e ervas que curam, no papel de Brigit
como Curandeira.

SEUS SÍMBOLOS

Seus símbolos são a haste e a roca de fiar, a chama sagrada, a espiral, o triskle, o
torc, o pote de fogo e seus sapatos de latão.

Dias: Segunda-feira, terça-feira e sexta-feira.

ANIMAIS SAGRADOS

BRIGID possui 4 animais sagrados:


a cobra, a vaca, o lobo e o abutre.

A Cobra é a "Serpente Criadora" que era guardada em seus santuários onde


oráculos eram revelados aos homens.
O seu segundo animal é a Vaca Sagrada. Seu abundante leite nutre humanos e
crianças.
Ela é conectada com o lobo,pois ele é um dos animais totem das Ilhas britânicas.
E em seu aspecto de Deusa da Morte, ela está associada com o Abutre ou outras
aves de rapina.

Igualmente lhe é sagrado o cisne, tanto o branco quanto o negro. Os antigos


povos europeus acreditavam que o cisne era o resultado da união da serpente
com o pato, simbolizando o fogo e a água respectivamente, ambos sagrados para
Brigid.

BRIGID CRISTÃ

A Nova Cristã e Antiga Pagã, Brighid, fundiram-se na figura de Santa Brígida no


ano de 450. Mas, Ela se converteu em Santa sem perder de todo sua qualidade de
Antiga Deusa. Sua transformação quase literalmente em Drumeague, Country
Cavan, em um lugar chamado "a montanha dos três deuses". Ali uma cabeça de
Brigid fui talhada em pedra como uma deidade tripla. Porém, com a chegada do
cristianismo, foi escondida em uma tumba neolítica. Depois foi recuperada e
exposta em uma igreja local, onde foi canonizada popularmente como "Santa Bride
de Knockbridge".

Em algumas histórias ou lendas, dizem que foi o próprio São Patrício que a
batizou e ela foi elevada à condição da figura galesa de Maria, sendo muitas
vezes considerada como a parteira de Maria ou até como a ama do Menino Jesus.

Aqui reconhecemos a Deusa como protetora do parto. E, Brighid como santa,


possui até biografia, que é de autoria de Cogitosus. Segundo ele, ela teria nascido
em 452, no vilarejo de Faughart (próximo a Dundalk, Co. Lough), ao romper da
aurora, hora de máxima importância para a filosofia celta. Era filha do nobre
Dubhtach, chefe da Província de Leinster, e Broicsech, uma escrava. Em uma das
versões da lenda, conta-se que, ao nascer, a casa em que estava ficou totalmente
envolta por um fogo mágico, que assustou à todos que presenciaram à cena.
Entretanto, ninguém queimou-se. Vários textos afirmam que tal fogo surgiu do
centro da cabeça da criança, talvez para identificá-la como uma santa portadora de
um poder criador.

Brigid foi educada por um druida e desde muito cedo manifestou o dom da
profecia. Mas certo dia ela adoece gravemente e, o druida consegue salvá-la
alimentando-a com o leite de uma vaca branca de orelhas vermelhas. Em muitas
lendas aparecem animais com essas cores, que são animais mágicos pertencentes ao
Outro Mundo.

Os cristãos, gerando uma estranha contradição, afirmam que apesar de muito bela,
Brigid permanece virgem. Contam, que para não casar, ela vazou seu próprio olho,
tornando-se desinteressante para seus pretendentes. E, apesar de ter sido criada e
instruída por um druida, Brigid escolhe se converter à nova religião. Nessa época
era comum as mulheres serem ordenadas sacerdotisas, e até episcopisas. Esse,
portanto, foi o caso de Brigid, que, de acordo com a lenda, foi ordenada pelo
próprio São Patrício, o Padroeiro da Irlanda.
Cogitosus nos esclarece, que no ano de 490, ela funda um convento na localidade
de Kildare, local de peregrinação dos seguidores da religião celta pré-cristã. O
próprio nome Kildare, "Templo do Carvalho" (Cill Duir), já explica sua origem
pagã, pois essa árvore era associada ao druidas.

Neste convento havia uma chama sagrada que devia sempre arder. Dezenove
sacerdotisas-freiras guardavam a sua pira sagrada, alimentando o fogo. Conta-se
que, no vigésimo dia de cada mês, ela aparece e vigia o fogo pessoalmente. Aos
homens não eram permitida a entrada. Segundo as lendas, aqueles que tentassem
se aproximar da fogueira eram acometidos de estranhos surtos de loucura e
podiam até perder a vida.

Uma oração era entoada pelas freiras, também conhecidas com as Guardiãs da
Chama:

"Bride, Dama Supeior,


Chama súbida;
Que o brilhante e luminoso sol,
Nos leve ao reino eterno."

Os vínculos com a tradição pagã são reforçados pelo fato de que a madeira
utilizada como lenha era o estrepeiro, uma árvore sagrada para os druidas.

Ainda na obra de Cogitosus, "Vita Brigitae", escrita no século VII, Santa Brigida é
descrita como uma santa generosa, sempre disposta a conceder alimentos e
hospitalidade aos necessitados. Devido à essas virtudes é a santa mais relacionada
com a produção de alimentos e proteção da vivenda campesina. O dia de sua
celebração está conectado com os trabalhos agrícolas da semeação na primavera,
quando começam a diminuir os rigores do inverno e os dias se tornam mais claros
e longos.

Em algumas regiões da Irlanda, como nos condados Munster, de Connaught e


algumas localidades fronteiriças de Ulter, uma das principais tradições que se
efetuavam no dia de Santa Brigida consistia em ir de casa em casa disfarçados com
vestes grotescas e transportando uma rústica representação da Santa, que podia ser
uma boneca adornada com palhas entrelaçadas e com cintas coloridas. Em muitas
localidades do Sul do país, os homens se vestiam do mesmo modo esfarrapado
com roupas de mulher, e ocultavam os rostos com máscaras de facções horríveis.

Quando se aproximava o dia da Santa Brigida, os camponeses irlandeses saíam


para dar uma volta qualquer em seus campos de lavoura. Com essa ação
consideravam que era favorecida a chegada do bom tempo, que necessitavam para
efetuar os trabalhos agrícolas da temporada.

Os pescadores irlandeses também esperavam uma melhoria no tempo quando se


aproximava a festa de Santa Brigida. Nesse dia era quando reiniciava a temporada
de pesca e os habitantes dos povoados costeiros recolhiam algas para adubar os
campos. Em Galway, se acreditava que a pesca seria abundante si no dia dessa
Santa se colocasse um caracol (molusco marinho) nos quatro cantos da
casa. (Danaher, 1972: 14)

Os irlandeses acreditavam que a Santa Brigida visitava suas casas na noite do dia
de sua festa para benzer o gado e seus donos. Como oferenda à santa, os mais
devotos deixavam na janela um pedaço de pão, um pouquinho de manteiga ou
alguns biscoitos, inclusive alguns deixavam um feixe de trigo para servir de
comida à vaca branca que sempre acompanhava à Santa. Outros deixavam uma
faixa, um pedaço de tecido ou qualquer outra prenda, para que fosse tocado
quando a Santa passasse. Esses objetos eram guardados depois cuidadosamente,
pois tinham a virtude de proteger em qualquer situação de perigo à quem os
transportasse.

Brigid era tão poderosa que São Patrício, arcebispo de toda a Irlanda, concede a
Kildare autonomia total. O fogo sagrado de Kildare foi mantido aceso até 1220,
quando o arcebispo Henry de Dublin ordena, para desespero da população, que
fosse extinto. Posteriormente a chama sagrada volta a arder, até que Henrique
VIII e a Reforma Protestante mandaram eliminar o Kildare.

A "Vita Brigitae" afirma que a Santa Brigida morreu em 1 de fevereiro de 525, dia
de celebração da Deusa Brighid.

Durante a Idade Média o culto a Santa Brigida se estendeu por todas as Ilhas
Britânicas e grande parte da Europa. Inclusive na Espanha a veneravam em
pequenas capelas em Navarra e em Andalucia (Breeze, 1988).
A CRUZ DE BRIGID

As práticas e costumes referentes a Brigid ainda hoje são muito populares na


Irlanda e na Escócia, especialmente na zona rural. A cruz de Brigid é feita de palha
de trigo, um poderoso símbolo solar que é fixado nos telhados e no interior das
casas e nas portas dos estábulos para proteção dos lares e do gado.

Nas ilhas de Aran (Irlanda) essas cruzes se conservavam a vida toda, as quais
serviam de um dato importante para se poder deduzir a antiguidade da vivenda,
devido precisamente ao número de cruzes acumuladas. Para confeccionar as cruzes
deviam entrelaçar as palhas da esquerda para a direita, seguindo o curso do sol.

Faça você mesmo sua Cruz de Brighid

Esta cruz pode ser feita com galhos, junco ou material natural flexível.

Siga os passos de acordo com a figura:


1. Divida o material em dois conjuntos de galhos, colocando-os um sobre o outro,
perpendicularmente, exatamente na metade.
2. Dobre e trance o primeiro galho sobre o último (ficará paralelo ao primeiro).
3. Dobre e trance o galho seguinte sobre o último seguinte (ficará paralelo ao
segundo galho).
4. Continue a dobrar e trançar os galhos até ficar satisfeito com a sua arte. O centro
da cruz apresentará uma tecedura de agradável apresentação.
5. Por fim, com lã ou fibras naturais, prenda o conjunto para que fique firme e o
trançado não se desfaça.

Outro costume bem popular é o de a invocar sempre que é colocado fogo na lareira.
Nas ilhas de Hébridas, dizem que Santa Brígida protege especialmente as mulheres
que vão dar à luz. Em Ulter, quando um a mulher está para dar à luz, a parteira
coloca um cruz da Santa Brigida nos quatro cantos da casa e depois canta os
seguintes versos:

Four corners to her bed,four angels at her head.Mark, Matthew, Luke and John;
God bless the bed that she lies on.
New moon, new moon, God bless me.
God bless this house and family (Dames, 1992: 257).

OUTRAS ASSOCIAÇÕES

Além de estar diretamente ligada ao elemento fogo, associa-se também a água e à


cura. Muitas fontes da Irlanda são a ela dedicadas. A absorção deste elemento pela
fé cristã, só comprova a sobrevivência de Brighd, na forma de Deusa e não tão
somente como santa.

Suas vacas produziam um lago de leite e proporcionavam alimentos inesgotáveis.


Mas ela punia com muito rigor quem as roubasse, geralmente através de
afogamento ou escaldamento. Através da magia, Brigid multiplicava anualmente a
sua produção de manteiga.
Ela também estava ligada à produção e consumo da cerveja, bebida muito
apreciada pelos celtas.

Reza a lenda que, com uma só medida de malte, Brígida era capaz de produzir
cerveja a todos os que a pedissem. Um milagre associado à Cristo, aqui vemos
adaptado à realidade celta.

EPÍTETOS DA SANTA BRÍGIDA

Vejamos alguns deles: Brighid do Oeste; Do pequeno povo das fadas; da


Profecia; Da tribo do Manto Verde; Das Hostes Imortais; da Doce Melodia; Da
Harpa; Mãe das Canções e da Música; Do Amor Puro; Criadora das Ondas;
Senhora do Mar; Da Tríplice Chama.

DIA DE BRIGID - "IMBOLC"

BRIGID também foi vista como uma deusa ligada ao ciclo anual. Ela presidia o
começo da primavera, que, no ciclo dos antigos festivais do fogo, começava na
véspera de primeiro de fevereiro, Imbolc, ou o Dia de Brigid.

A palavra Imbolc significa literalmente "dentro do ventre" (da Mãe). A semente que
foi plantada no Solstício de Inverno está se desenvolvendo. Esta festa é chamada de
"Dia de Brigid" em honra a Deusa irlandesa Brigid.

Suas festas eram repletas de fogos sagrados, simbolizando o fogo do nascimento e


da cura, o fogo da força e o fogo da inspiração poética.

Brigid é a noiva sagrada, e seu templo é o santuário do fogo divino, o qual


representa o fogo do sol. Seguindo a tradição celta, deixe o fogo de sua lareira
queimar completamente na véspera do dia de Brigid. Na manhã seguinte, prepare
uma fogueira com cuidado especial. Pegue nove (ou sete) pequenos galhos,
tradicionalmente de tipos diferentes de árvores e os acenda. Então, prepare a
fogueira com os galhos acesos, enquanto declama três vezes:

Brigid, Brigid, Brigid, a chama mais brilhante!


Brigid, Brigid, Brigid, nome sagrado!

Um outro costume do dia de Brigid é plantar uma árvore frutífera.

A Igreja incorporou este o dia de Brigid como sendo a Festa da Purificação da


Virgem Maria.

No paganismo esta é a época em que a Grande Mãe volta a ser novamente a Jovem
Deusa Solteira.

Uma lenda escocesa, relaciona Brigid com Caileach. Esta última, era também
conhecida como a Carline ou Mag-Moullach e era o aspecto da velha deusa no ciclo
anual. Estava ligada às trevas e ao frio do inverno e assumia a direção no ciclo das
estações em Samhaim, a véspera do primeiro de novembro. Ela portava o bastão
negro do inverno e castigava a terra com frias forças contrativas que ressecavam a
vegetação.

Com o fim do inverno, ela passava o bastão do poder para Brigid, em cujas mãos
ele se tornava um bastão branco que estimulava a germinação das sementes
plantadas na terra negra. As forças expansivas da natureza começavam então a se
manifestar. Por vezes, essas duas deusas eram retratadas em batalha pelo controle
das forças da natureza. Dizia-se até que Cailleach aprisionava Brigid sob as
montanhas no inverno. Mas o melhor modo de reconhecê-las é vê-las e considerá-
las como duas facetas de uma deusa tríplice das estações: a Velha Cailleach do
Inverno, a Donzela Brigid da Primavera e a Mãe-deusa do viço do Verão e da
frutificação do Outono.

No Festival de Imbolc é costume, no final da tarde de véspera, se colocar velas


(laranja), em todas as janelas da casa e deixá-las acesas até o amanhecer. Também
deve anteceder às festividades, um ritual de purificação e limpeza da casa. A
celebração também envolvia a feitura de uma Boneca Noiva com as últimas gavelas
de milho do ano anterior. Podemos conceber aqui a Deusa Brigid com atributos da
Deusa do milho.

Por meio do ciclo dos Festivais do Fogo (Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas), os
antigos povos celtas celebravam as diferentes energias da roda do ano. Isso era
vivido especialmente como o poder do fogo manifestando-se em diferentes níveis.

Brigid chega em nossas vidas portando a chama da inspiração. Você está sem
energia? Falta-lhe motivação? Está tão perdido que não sabe que rumo tomar?
Você sonha com algo, mas não se sente com coragem de realizá-lo? Esta é a hora e a
vez de alimentar sua totalidade e interioridade com a centelha energética da Deusa
Brigid.

Ela nos diz que uma vida sem o calor de sua chama de inspiração é totalmente
insípida. Abra seu coração e permita que a inspiração seja o alimento de sua alma,
para que você possa se tornar mais segura(o) e energética.
Ritual para Brigit e a família.

Precisará de:

Uma vela vermelha.


(Deve ser nova e feita de cera vermelha pura. Não use uma vela branca coberta por
cera vermelha. Use esta vela somente para Brigid)
Quatro pães.
Um copo grande de leite.
Um xale branco, feito de lã
Dois copos. Um com o leite, o outro vazio.
Dois pratos. Um com os quatro pães.
Fósforos.

Este ritual deve ser feito pela mulher da casa, mas pode ser feito por qualquer um
que é o "chefe" da sua casa. Se você sente-se confortável, tente falar as palavras em
Irlandês. Estas invocações e rezas foram escritas por Robert Kaucher mas são
baseadas em rezas e poemas tradicionais e fazem parte da tradição celta desde a
época pagã.

Ajoelhe-se em frente a vela com suas mão abertas no gesto de invocação. Imagine o
espirito brilhante de Brigid em seu aspecto triplo. A Brigid no centro é uma
guerreira. Ela é a defensora da casa e a lareira. Está escrito que na batalha de Allen
(Irlanda - 772) ela apareceu sobre os guerreiros de Linster como uma Deusa da
Guerra e destruiu as forças inimigas. Em sua mão esquerda ela está segurando uma
lança, na outra ela tem uma chama.

Fale:

Tógfaidh mé mo thinne inniu


i láthair na nDéithe naofa neimhe,
i láthair Bríd is áille cruth,
i láthair Lugh na n-uile scéimh,
gan fuath, gan tnúth gan formad,
gan eagla gan uamhan neach faoin ngréin,
agus NaohmMháthair dom thearmann.
A Dhéithe, adaígí féin i mo chroí istigh aibhleog an
ghrá
Dom namhaid, do mo ghaol, dom chairde,
don saoi, don daoi, don tráill,
ón ní ísle crannchuire
go dtí an t-ainm is airde.
Tradução:
Eu construo meu fogo hoje
na presença dos Deuses Sagrados do Céu.
na presença de Brigid da forma bonita
na presença de Lugh de todas as belezas
sem ódio, sem inveja, sem ciúmes,
sem medo ou horror de ninguém sob o sol
porque meu refugio é a Mãe Sagrada.
Ó Deuses, acendam o fogo de amor dentro do meu coração,
por meus inimigos, por meus parentes, por meus amigos
pelo sábio, o ignorante, e o escravo
da coisa mais humilde
até o nome mais alto.
(-Baseado num poema tradicional; é possível achar o original em
An Duanaire)

Acenda o fogo, levante o fósforo, como se fosse o fogo divino dos


Deuses, baixe o fósforo e acenda a vela.

Invocação de Brigid:

O povo fala:
A Bhríd bheannaithe
's a Mháthair Déithe
's a Mháthair Daoine.

Go sábhála tú mé
ar gach uile olc,
Go sábhál tú mé
idir anam is chorp.

Tradução:
Ó Brigid abençoada,
Mãe de Deuses,
Mãe dos Homens,
Me salva de cada mal,
Me salva, alma e corpo.

A sacerdotisa coloca seu xale sobre a cabeça e fala:


A Bríd bhuach, Glaoim (Glaomaid) thú, a Bhandia Mhór, ó
do áit leis
na Tuatha Dé Dannan.
Banfhile na nDéithe,
Cosantóir an Teallaigh,
Banbhreitheamh na bheatha

Tradução:
Ó Brigid vitoriosa, Chamo (Chamamos) você, Grande Deusa, de
seu lugar com as Tuatha Dé Dannan.
Poetisa dos Deuses
Defensora da Lareira
Juíza da Vida

A sacerdotisa oferece o leite, colocando-o no copo vazio perto da vela. Agora ela
coloca três pães no prato para o pão e coloca o prato perto da vela. Ela fala uma
simples reza pedindo à Deusa a aceitar a oferta do leite e pão. Depois ela fala uma
reza para abençoar o resto do pão e leite que os participantes vão dividir. Com seus
braços cruzados sobre o peito ela fala:

Ó Deusa Brigid,
Prepara nossas corações
Para que amor possa viver.
No mundo escuro
Deixa-nos sempre ter tua Luz.

Deixa tua capa


cobrir essa família,
No meio do inverno
Deixa teu fogo esquentar.

Nossas vidas são uma vida


Nossos sonhos, um sonho só.
Deixa meu povo dividir na vida
e sempre conhecer tua bondade.

(Ó Mãe de Deuses)
Defenda-nos com teu escudo
Vigia-nos com teu olhos.
Deixa meu povo ser teu povo,
Seja no mar ou na terra.

O cordeiro sempre correrá para a ovelha,


O passarinho sempre chorará por comida,
O bezerro sempre procurará a vaca,
A Brigid sempre será conosco.

A sacerdote toma um pouco do leite e pão, e passa-o para os outros participantes.


Eles bebem e comem o pão.

Deixe a vela acesa por algum tempo. Depois, a sacerdotisa ajoelha-se em frente a
vela com as mão abertas. Ela faz uma reza de agradecimento para Brigid. Depois
fala assim:

Coiglím an tine seo leis na fearta a fuair na Draoithe.


Na Déithe á conlach, nár spiúna aon námhaid í.
Go ndéana Bríd díon dár dtigh,
dá bhfuil ann istigh,
dá bhfuil as amuigh.
Claímh Nuadha ar an doras
go dtí solas an lae amárach.

Eu apago este fogo com os poderes dos Druidas


Os deuses guardam-no, nenhum inimigo disperse-o.
Brigid seja o teto sobre nossa casa
Para todos dentro
E para todos fora.
A espada de Nuadha na porta,
Até a luz da manha.

Extinga o fogo. Todos falam:


Slán leat, a Bhríd!

O ritual acabou. Todos se abraçam e falam:

na Déithe dhuit

ou

Beannacht na nDéithe ort.


Retirado de Creideamh- um caminho Celta

O Mosteiro de Santa Brígida em Kildare, Irlanda

TEXTO PESQUISADO E DESENVOLVIDO POR


ROSANE VOLPATTO

Bibliografia consultada (Para todas as Deusas celtas postadas neste site)


http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusabrigid.htm

Explorando o Druidismo Celta - Sirona Knight


Os Mitos Celtas - Pedro Pablo G. May
O Livro da Mitologia Celta - Claudio Crow Quintino
O Livro Mágico da Lua - D. J.Conway
O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinsky
Os Mistérios Wiccanos - Raven Grimassi
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
O Anuário da Grande Mãe - Mirella Fauer
A Grande Mãe - Eric Neumann
La Mythologie Celtique - Y. Brékillen
La Reine et le Graal - C. Méla
Diccionario Espasa - J. Felipe Alonso
Hadas y Elfos - Édouard Brasey
La Mujer Celta - Jean Markale
Diccionario de Las Hadas - Katharine Briggs
El Gran Libro de la Mitologia - Diccionario Ilustrado de Dioses, Heroes y Mitos -
Editora Dastin; Madrid
fonte: http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusabrigid.htm

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