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Knockbridge"
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Estes povos observavam que toda vida era concebida a partir dos corpos femininos
(tanto animais, quanto mulheres), de modo que era totalmente natural que
acreditassem que deveria existir uma Toda Poderosa Criadora Feminina também.
Hoje apreciamos o ressurgir da cultura da Deusa que tem sido reverenciada por
homens e mulheres, que celebram e respeitam as energias femininas dela
emanadas.
A TRÍPLICE DEUSA CELTA
A água era considerada princípio e fonte de toda a vida para aqueles que
habitam a terra e dependiam de sua generosidade para conseguir seu alimento.
Isto se reflete no fato de os celtas terem dedicado os principais rios da Europa
Ocidental à deusa da fertilidade. O rio Marne deve seu nome às Matronas, as três
Mães Divinas e o Sena, a Sequana, deusa de seu manancial. O nome do Reno é
celta e seus afluentes também têm nomes celtas: Necjar, Main, Ruhr e Lippe. Na
Grã-Bretanha, o Severn deve-se a Sabrina e o Clyde, à deusa Clota, recordando a
lenda da Divina Lavadeira, Bruxa do Rio e Deusa da Morte que, conta-se,
encontrava o guerreiro predestinado, que ficava sabendo que seu fim se
aproximava ao vê-la lavar suas roupas de guerra manchadas de sangue.
Outra conhecida manifestação era Epona, que em geral mostrava-se a cavalo, por
vezes com um potro, o que poderia ter dado origem à história da lady Godiva e
outras lendas populares relacionadas a cavalos.
É, diferente das Deusas dos Romanos e Gregos, as Deusas dos Celtas são todas as
coisas: elas são a terra, a vida, a morte, o trigo que nós comemos e a água que nós
bebemos; a água que vem do céu.
O NOME
Brighid também conhecida por Brigit, Bríde, Briget, Briid é uma Deusa muito
popular na Irlanda, cultuada em todos os territórios onde os celtas se instalaram.
A palavra "Brig", em irlandês arcaico, significa força, poder. Segundo, alguns
filósofos, tal correlação pode estar por detrás da existência da existência de
guerreiros chamados Brigands ou "soldados de Brighid".
DEUSA TRÍPLICE
Brighid é filha de Dagda,o Bom Deus, pertencendo assim, aos Tuatha De Danann.
Dagda é o líder e o Grande Pai conhecido como o Poderoso do Conhecimento. Um
rei da sabedoria Dagda é a Boa Mão, um mestre da vida e da morte, e aquele que
traz prosperidade e abundância. Gêmeo de Sucellos como o regente da luz durante
a metade do ano. O poder e o conhecimento de Dagda é dado por um sopro,
chamado "AWEN" através de um beijo no escolhido como sucessor para Chefe
Trovador dos Duidas. O "AWEN" é o sopro de Deus (Dagda) que guia e instrui,
tornando um trovador diferente dos outros.
Há lendas que alegam ser ela a esposa de Tuireann, com quem teve três filhos
(Brian, Iuchar e Iucharba), que posteriormente matam Cían, o pai de Lugh.
Uma outra versão, nos diz que Brighid tinha como marido Bres, o malfadado líder
dos Tuatha De Danann. Dessa união nasce Rúadan, o qual morre em combate na
Segunda Batalha de Moytura. Ao encontrá-lo sem vida, lamenta sua morte em uma
tradição que viria a ser conhecida como "keening) (irlandês-caoineach), e que ainda
hoje é preservada nas áreas rurais da Irlanda. os "keenings' eram lamentos emitidos
por mulheres face ao falecimento de um membro da família ou da comunidade. Se
constituíam em choros pungentes, quase bestiais, descritos por observadores como
o som de "um grande número de demônios infernais".
Brigit também foi uma Deusa muito vinculada à curas (com ervas) e lhe eram
atribuídos mágicos conhecimentos das propriedades curativas das plantas. Como
conhecedora desses mistérios é uma Divindade vinculada à Bruxaria, já que as
bruxas sempre foram, na antiguidade, mulheres de avançada idade que possuíam
um vasto conhecimento sobre as propriedades naturais e intrínsecas das plantas
para todo o tipo de uso medicinal.
A Deusa era ainda uma grande guerreira que afugentava as tropas inimigas de
qualquer exército quando era invocada, e também, infundia valor ao exército que
apadrinhava. Brigid aparecia freqüentemente de maneira imensa e feroz lançando
gritos de raiva frente aos exércitos que pretendia afugentar. Desse mesmo modo, os
Celtas antes das batalhas lançavam gritos selvagens e ininteligíveis com o único
propósito de amedrontar à seus adversários.
Algumas vezes, Brigid é identificada com Danann (Deusa principal, Mãe dos
Deuses da Tradição Celta) e é considerada como a Mãe de todas as coisas.
(Altar de Brigid)
Brigid assumiu inúmeros aspectos e atributos através dos tempos. Suas cores
sagradas são o vermelho, o laranja e o verde. Cada uma dessas cores representa um
atributo de Brigid. O vermelho simboliza o fogo da forja, da lareira que aquece e
alimenta. O laranja representa a luz solar, pois antes da ascensão patriarcal de
Deuses como Bel e Lugh o patamar de Deuses solares, era a Brigid que o Sol era
consagrado. O verde representa as fontes e ervas que curam, no papel de Brigit
como Curandeira.
SEUS SÍMBOLOS
Seus símbolos são a haste e a roca de fiar, a chama sagrada, a espiral, o triskle, o
torc, o pote de fogo e seus sapatos de latão.
ANIMAIS SAGRADOS
BRIGID CRISTÃ
Em algumas histórias ou lendas, dizem que foi o próprio São Patrício que a
batizou e ela foi elevada à condição da figura galesa de Maria, sendo muitas
vezes considerada como a parteira de Maria ou até como a ama do Menino Jesus.
Brigid foi educada por um druida e desde muito cedo manifestou o dom da
profecia. Mas certo dia ela adoece gravemente e, o druida consegue salvá-la
alimentando-a com o leite de uma vaca branca de orelhas vermelhas. Em muitas
lendas aparecem animais com essas cores, que são animais mágicos pertencentes ao
Outro Mundo.
Os cristãos, gerando uma estranha contradição, afirmam que apesar de muito bela,
Brigid permanece virgem. Contam, que para não casar, ela vazou seu próprio olho,
tornando-se desinteressante para seus pretendentes. E, apesar de ter sido criada e
instruída por um druida, Brigid escolhe se converter à nova religião. Nessa época
era comum as mulheres serem ordenadas sacerdotisas, e até episcopisas. Esse,
portanto, foi o caso de Brigid, que, de acordo com a lenda, foi ordenada pelo
próprio São Patrício, o Padroeiro da Irlanda.
Cogitosus nos esclarece, que no ano de 490, ela funda um convento na localidade
de Kildare, local de peregrinação dos seguidores da religião celta pré-cristã. O
próprio nome Kildare, "Templo do Carvalho" (Cill Duir), já explica sua origem
pagã, pois essa árvore era associada ao druidas.
Neste convento havia uma chama sagrada que devia sempre arder. Dezenove
sacerdotisas-freiras guardavam a sua pira sagrada, alimentando o fogo. Conta-se
que, no vigésimo dia de cada mês, ela aparece e vigia o fogo pessoalmente. Aos
homens não eram permitida a entrada. Segundo as lendas, aqueles que tentassem
se aproximar da fogueira eram acometidos de estranhos surtos de loucura e
podiam até perder a vida.
Uma oração era entoada pelas freiras, também conhecidas com as Guardiãs da
Chama:
Os vínculos com a tradição pagã são reforçados pelo fato de que a madeira
utilizada como lenha era o estrepeiro, uma árvore sagrada para os druidas.
Ainda na obra de Cogitosus, "Vita Brigitae", escrita no século VII, Santa Brigida é
descrita como uma santa generosa, sempre disposta a conceder alimentos e
hospitalidade aos necessitados. Devido à essas virtudes é a santa mais relacionada
com a produção de alimentos e proteção da vivenda campesina. O dia de sua
celebração está conectado com os trabalhos agrícolas da semeação na primavera,
quando começam a diminuir os rigores do inverno e os dias se tornam mais claros
e longos.
Os irlandeses acreditavam que a Santa Brigida visitava suas casas na noite do dia
de sua festa para benzer o gado e seus donos. Como oferenda à santa, os mais
devotos deixavam na janela um pedaço de pão, um pouquinho de manteiga ou
alguns biscoitos, inclusive alguns deixavam um feixe de trigo para servir de
comida à vaca branca que sempre acompanhava à Santa. Outros deixavam uma
faixa, um pedaço de tecido ou qualquer outra prenda, para que fosse tocado
quando a Santa passasse. Esses objetos eram guardados depois cuidadosamente,
pois tinham a virtude de proteger em qualquer situação de perigo à quem os
transportasse.
Brigid era tão poderosa que São Patrício, arcebispo de toda a Irlanda, concede a
Kildare autonomia total. O fogo sagrado de Kildare foi mantido aceso até 1220,
quando o arcebispo Henry de Dublin ordena, para desespero da população, que
fosse extinto. Posteriormente a chama sagrada volta a arder, até que Henrique
VIII e a Reforma Protestante mandaram eliminar o Kildare.
A "Vita Brigitae" afirma que a Santa Brigida morreu em 1 de fevereiro de 525, dia
de celebração da Deusa Brighid.
Durante a Idade Média o culto a Santa Brigida se estendeu por todas as Ilhas
Britânicas e grande parte da Europa. Inclusive na Espanha a veneravam em
pequenas capelas em Navarra e em Andalucia (Breeze, 1988).
A CRUZ DE BRIGID
Nas ilhas de Aran (Irlanda) essas cruzes se conservavam a vida toda, as quais
serviam de um dato importante para se poder deduzir a antiguidade da vivenda,
devido precisamente ao número de cruzes acumuladas. Para confeccionar as cruzes
deviam entrelaçar as palhas da esquerda para a direita, seguindo o curso do sol.
Esta cruz pode ser feita com galhos, junco ou material natural flexível.
Outro costume bem popular é o de a invocar sempre que é colocado fogo na lareira.
Nas ilhas de Hébridas, dizem que Santa Brígida protege especialmente as mulheres
que vão dar à luz. Em Ulter, quando um a mulher está para dar à luz, a parteira
coloca um cruz da Santa Brigida nos quatro cantos da casa e depois canta os
seguintes versos:
Four corners to her bed,four angels at her head.Mark, Matthew, Luke and John;
God bless the bed that she lies on.
New moon, new moon, God bless me.
God bless this house and family (Dames, 1992: 257).
OUTRAS ASSOCIAÇÕES
Reza a lenda que, com uma só medida de malte, Brígida era capaz de produzir
cerveja a todos os que a pedissem. Um milagre associado à Cristo, aqui vemos
adaptado à realidade celta.
BRIGID também foi vista como uma deusa ligada ao ciclo anual. Ela presidia o
começo da primavera, que, no ciclo dos antigos festivais do fogo, começava na
véspera de primeiro de fevereiro, Imbolc, ou o Dia de Brigid.
A palavra Imbolc significa literalmente "dentro do ventre" (da Mãe). A semente que
foi plantada no Solstício de Inverno está se desenvolvendo. Esta festa é chamada de
"Dia de Brigid" em honra a Deusa irlandesa Brigid.
No paganismo esta é a época em que a Grande Mãe volta a ser novamente a Jovem
Deusa Solteira.
Uma lenda escocesa, relaciona Brigid com Caileach. Esta última, era também
conhecida como a Carline ou Mag-Moullach e era o aspecto da velha deusa no ciclo
anual. Estava ligada às trevas e ao frio do inverno e assumia a direção no ciclo das
estações em Samhaim, a véspera do primeiro de novembro. Ela portava o bastão
negro do inverno e castigava a terra com frias forças contrativas que ressecavam a
vegetação.
Com o fim do inverno, ela passava o bastão do poder para Brigid, em cujas mãos
ele se tornava um bastão branco que estimulava a germinação das sementes
plantadas na terra negra. As forças expansivas da natureza começavam então a se
manifestar. Por vezes, essas duas deusas eram retratadas em batalha pelo controle
das forças da natureza. Dizia-se até que Cailleach aprisionava Brigid sob as
montanhas no inverno. Mas o melhor modo de reconhecê-las é vê-las e considerá-
las como duas facetas de uma deusa tríplice das estações: a Velha Cailleach do
Inverno, a Donzela Brigid da Primavera e a Mãe-deusa do viço do Verão e da
frutificação do Outono.
Por meio do ciclo dos Festivais do Fogo (Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas), os
antigos povos celtas celebravam as diferentes energias da roda do ano. Isso era
vivido especialmente como o poder do fogo manifestando-se em diferentes níveis.
Brigid chega em nossas vidas portando a chama da inspiração. Você está sem
energia? Falta-lhe motivação? Está tão perdido que não sabe que rumo tomar?
Você sonha com algo, mas não se sente com coragem de realizá-lo? Esta é a hora e a
vez de alimentar sua totalidade e interioridade com a centelha energética da Deusa
Brigid.
Ela nos diz que uma vida sem o calor de sua chama de inspiração é totalmente
insípida. Abra seu coração e permita que a inspiração seja o alimento de sua alma,
para que você possa se tornar mais segura(o) e energética.
Ritual para Brigit e a família.
Precisará de:
Este ritual deve ser feito pela mulher da casa, mas pode ser feito por qualquer um
que é o "chefe" da sua casa. Se você sente-se confortável, tente falar as palavras em
Irlandês. Estas invocações e rezas foram escritas por Robert Kaucher mas são
baseadas em rezas e poemas tradicionais e fazem parte da tradição celta desde a
época pagã.
Ajoelhe-se em frente a vela com suas mão abertas no gesto de invocação. Imagine o
espirito brilhante de Brigid em seu aspecto triplo. A Brigid no centro é uma
guerreira. Ela é a defensora da casa e a lareira. Está escrito que na batalha de Allen
(Irlanda - 772) ela apareceu sobre os guerreiros de Linster como uma Deusa da
Guerra e destruiu as forças inimigas. Em sua mão esquerda ela está segurando uma
lança, na outra ela tem uma chama.
Fale:
Invocação de Brigid:
O povo fala:
A Bhríd bheannaithe
's a Mháthair Déithe
's a Mháthair Daoine.
Go sábhála tú mé
ar gach uile olc,
Go sábhál tú mé
idir anam is chorp.
Tradução:
Ó Brigid abençoada,
Mãe de Deuses,
Mãe dos Homens,
Me salva de cada mal,
Me salva, alma e corpo.
Tradução:
Ó Brigid vitoriosa, Chamo (Chamamos) você, Grande Deusa, de
seu lugar com as Tuatha Dé Dannan.
Poetisa dos Deuses
Defensora da Lareira
Juíza da Vida
A sacerdotisa oferece o leite, colocando-o no copo vazio perto da vela. Agora ela
coloca três pães no prato para o pão e coloca o prato perto da vela. Ela fala uma
simples reza pedindo à Deusa a aceitar a oferta do leite e pão. Depois ela fala uma
reza para abençoar o resto do pão e leite que os participantes vão dividir. Com seus
braços cruzados sobre o peito ela fala:
Ó Deusa Brigid,
Prepara nossas corações
Para que amor possa viver.
No mundo escuro
Deixa-nos sempre ter tua Luz.
(Ó Mãe de Deuses)
Defenda-nos com teu escudo
Vigia-nos com teu olhos.
Deixa meu povo ser teu povo,
Seja no mar ou na terra.
Deixe a vela acesa por algum tempo. Depois, a sacerdotisa ajoelha-se em frente a
vela com as mão abertas. Ela faz uma reza de agradecimento para Brigid. Depois
fala assim:
na Déithe dhuit
ou