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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
E DESENVOLVIMENTO HUMANO

DIRECÇÃO NACIONAL DE ENSINO SECUNDÁRIO

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO
DAS ESCOLAS DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL

Setembro, 2015

1
ÍNDICE

CAPÍTULO I - Dos objectivos e âmbito de aplicação…………………… .2


CAPÍTULO II - Das instituições de ensino……………………………….. 2
CAPÍTULO III - Da Direcção e Administração das Escolas ………… …6
CAPÍTULO IV - Do Ano Escolar e da Organização do Ano Lectivo ….20
CAPITULO V - Da Escrituração Escolar ………………………………..22
CAPITULO VI - Do Corpo Docente………………………………………25
CAPÍTULO VII - Dos Alunos…………………………………………… .28
CAPÍTULO VIII - Dos Agentes de Serviço e Auxiliares………………...31
CAPÍTULO IX - Das Disposições Finais……………………………… …32

2
CAPÍTULO I

Dos Objectivos e Âmbito de Aplicação


Artigo 1
(Objectivos)

As escolas do Ensino Secundário Geral (ESG) são estabelecimentos de ensino que visam: consolidar,
ampliar e aprofundar as capacidades, conhecimentos e competências dos alunos nas áreas de
comunicação e ciências sociais, matemáticas e ciências naturais, actividades práticas e tecnológicas
e artes visuais e cénicas; aperfeiçoar as faculdades intelectuais dos alunos; formar e enriquecer o
carácter, as virtudes morais e físicas; preparar o aluno para o auto emprego e para o mercado de
emprego, desenvolver o espírito e a consciência patrióticos.

Artigo 2
(Âmbito de Aplicação)

1. O presente Regulamento aplica-se:


a) Às escolas secundárias públicas;
b) Às escolas secundárias do ensino particular, no que não for contrário ao seu regime jurídico.

CAPÍTULO II

Das Instituições de Ensino

SECÇÃO I

Da Definição, Funções e Identificação da Escola

Artigo 3
(Definição)

1. A Escola do ESG é uma instituição de carácter social, com fins educativos, sob tutela do Ministério
que superintende o Sector da Educação.
2. São escolas do ESG as que leccionam o 1º e/ou o 2º Ciclos.
3. Entende-se por 1º Ciclo do ESG o nível que compreende três classes, nomeadamente 8ª, 9ª e 10ª
Classes e por 2º Ciclo, 11ª e 12ª Classes.

3
Artigo 4
(Funções)

1. A escola do ESG tem como funções:


a) Assegurar a educação e a instrução dos alunos moçambicanos, contribuindo para garantir o
acesso a outros níveis de ensino.
b) Consolidar e desenvolver as capacidades e conhecimentos dos alunos nas diferentes áreas
curriculares.
c) Aperfeiçoar as capacidades e conhecimentos intelectuais, morais e cívicos dos alunos.
d) Detectar, incentivar e desenvolver habilidades e capacidades específicas, nomeadamente
intelectuais, técnicas, artísticas, desportivas e outras.
e) Desenvolver uma orientação vocacional que permita maior rentabilidade do sistema educativo,
por um lado, e do aluno, por outro.
f) Desenvolver no aluno a consciência da unidade nacional e patriótica, de amor ao trabalho e pela
propriedade social.
g) Preparar os alunos para o trabalho independente, auto-estudo, investigação e rigor científico.

Artigo 5
(Identificação e Símbolos da Escola)
1. Cada escola identifica-se através de um nome que ostenta, num lugar destacado e os seguintes
símbolos nacionais:
a) Bandeira da República de Moçambique.
b) Emblema Nacional.
c) Retrato do Presidente da República de Moçambique.

2. Constituem também identificação da escola o carimbo e o selo branco.


3. A cada escola é permitida a aprovação e adopção de símbolos próprios - hino, emblema, lema –
respeitando, estritamente, a Constituição da República e a Lei do Sistema Nacional de Educação.
4. Cada escola deve adoptar e colocar, em lugar público, a sua visão, a sua missão e os seus valores.

Secção II
Da Criação, Abertura, Classificação, Funcionamento, Uniforme Escolar e Cadastro dos Edifícios
Escolares

Artigo 6
(Criação e Abertura das Escolas)
1. A criação, a abertura e o funcionamento de um estabelecimento de ensino público ou privado,
dependem da autorização do Ministro que superintende o Sector da Educação.
2. Para a abertura de uma escola secundária, devem estar garantidos docentes com a qualificação do
nível superior e infra-estruturas adequadas.

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Artigo 7
(Classificação das escolas)
As escolas do ESG classificam-se em A, B e C.
1. São escolas do tipo A as que possuem, no mínimo e cumulativamente, 30 salas de aulas e 60 turmas,
para além das infra-estruturas obrigatórias e previstas no cadastro.
2. São de tipo B as que possuem, no mínimo e cumulativamente, 20 salas de aulas e 40 turmas, para
além das infra-estruturas obrigatórias e previstas no cadastro.
3. São do tipo C, as escolas que possuem menos de 20 salas de aulas, para além das infra-estruturas
constantes do cadastro.

Artigo 8
(Funcionamento das Escolas)
1. O 1º e o 2º Ciclos do ESG devem funcionar em edifícios próprios, construídos em local adequado
aos fins educativos, com mobiliário, material didáctico e equipamento mínimos e com boas
condições de salubridade.
2. As escolas secundárias do tipo A funcionam com os requisitos seguintes:
- Bloco administrativo com secretaria e gabinetes para a Direcção da Escola;
- Salas de aulas com carteiras, secretária e cadeira para o professor, quadro preto e armário;
- Biblioteca;
- Laboratórios de Física, Química e Biologia;
- Sala de Desenho com equipamento adequado;
- Sala de Informática;
- Sala de Professores;
- Ginásio;
- Gabinetes para as disciplinas e núcleos estudantis;
- Sala para posto médico;
- Campo de Jogos;
- Cantina escolar;
- Balneários e casa de banho (masculino e feminino, para alunos e professores, em separado);
- Anfiteatro;
- Salão (projecção de filmes, teatros, espectáculos, etc.);
- Terreno anexo para recreio;
3. As escolas secundárias do tipo B e C funcionam com os seguintes requisitos mínimos:
- Bloco administrativo com secretaria e gabinetes para a Direcção da Escola;
- Salas de aula com carteiras, secretária e cadeira para o professor, quadro preto e armário;
- Biblioteca;
- Laboratórios de Física, Química e Biologia;
- Sala de Professores;
- Gabinetes para as disciplinas;

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- Sala para posto médico;
- Campo de Jogos;
- Cantina escolar;
- Sanitários e casa de banho (masculino e feminino, para alunos e professores, em separado);
- Terreno anexo para recreio;

Artigo 9
(Cadastro dos Edifícios Escolares)
Nas Direcções Provinciais deverá existir, em impresso próprio, o cadastro dos edifícios escolares – com
cópias nos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT) e nas próprias escolas – do
qual constarão, além de outros elementos caracterizadores, os seguintes:
a) Título de propriedade;
b) Planta do edifício feita em papel ozalide e na escala 1/100, no caso de se tratar de um edifício a
adaptar para instalações escolares, ou cópia das plantas e alçados se se tratar de um edifício já
construído ou a construir para os mesmos fins, fotografias, se possível;
c) Data da construção e custo da obra;
d) Data das reabilitações e reparações efectuadas e respectivos custos;
e) Data da criação da escola, sua denominação e localização;
f) Professores em exercício em cada ano;
g) Movimento anual de matrícula, frequência média e aproveitamento.

Artigo 10
(Uniforme escolar)
1. Todas as escolas do ESG devem adoptar um uniforme escolar estabelecido pelo presente
regulamento, sendo caracterizado por:
a) Camisa branca,
b) Saia e/ou calças, gravata e camisola pretas
c) Calçado raso
d) Bolso da camisa, gravata e camisola com o logotipo da escola
2. O uniforme deve obedecer o seguinte feitio:
a) Calças normais, não justas com duas pregas para cada lado, com bolsos laterais interiores e
um bolso traseiro interior;
b) Saia lisa, abaixo do joelho, com cós e guarda cinto, sem racha, não justa com macho.
c) Camisa normal de mangas curtas ou compridas.
3. O Uniforme para educação física é composto por camisetes e calções brancos.

4. O uso do uniforme escolar é obrigatório para todos os alunos.


5. Compete à escola garantir o uniforme escolar aos alunos comprovadamente carentes.
6. Em nenhum momento, o aluno comprovadamente carente é proibido de frequentar as aulas por falta
de uniforme.

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Capitulo III
Da Direcção e Administração das Escolas
Secção I
Dos Órgãos e suas competências
Artigo 11
Órgão deliberativo
Constitui órgão deliberativo da escola, independentemente do tipo de escola, o Colectivo de Direcção
Artigo 12
Colectivo de direcção
O Colectivo de Direcção é composto por:
a) Director da Escola;
b) Director Adjunto da Escola;
c) Director Adjunto Administrativo;
d) Chefe de Secretaria.

Artigo 13
(Convocação do Colectivo de Direcção)
O Colectivo de direcção é convocado e presidido pelo Director da Escola e reúne-se, ordinariamente,
duas vezes por mês e, extraordinariamente, sempre que for necessário.

Artigo 14
(Competências do Colectivo de Direcção)
Compete ao Colectivo de Direcção:
1. Assegurar o desenvolvimento das actividades da instituição, criar condições para o cumprimento das
funções e objectivos atribuídos a cada membro do colectivo de direcção.
2. Apreciar o plano e o programa geral de actividade.
3. Propor o orçamento anual.
4. Apreciar o relatório de contas do ano anterior.
5. Propor superiormente a inclusão de categorias e admissão de pessoal para o preenchimento de vagas.
6. Assegurar o cumprimento e controlo das tarefas definidas para cada órgão e estrutura que compõem
a instituição.
7. Promover acções que visem a melhoria das condições de estudo dos alunos e de trabalho dos
professores e outros trabalhadores da instituição.
8. Propor os efectivos escolares, enviando anualmente às estruturas que superintendem a área da
educação os respectivos dados.
9. Ceder, fora do período lectivo, as instalações da escola a outras instituições, à comunidade ou
individualidades idóneas para actos culturais, desportivos, cívicos ou de reconhecida necessidade
social, podendo ser a título oneroso, sob aprovação do Director da Escola.

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Artigo 15
(Competências do Director da Escola)
Compete ao Director da Escola:
a) Dirigir a escola secundária ;
b) Assegurar a representação da escola bem como o estabelecimento de parcerias internas, externas
e com instituições do sector publico e privado;
c) Zelar pela organização, direcção e controlo da escola;
d) Assegurar o cumprimento das decisões e orientações das estruturas superiores da educação, do
conselho da escola e dos órgãos locais do Estado do território onde se situa a escola;
e) Assegurar a direcção científica técnica e pedagógica da escola garantindo o cumprimento dos
planos de estudo e programas de ensino aprovados oficialmente pelo Ministério que superintende
a área de educação;
f) Realizar os actos administrativos que lhe forem atribuídos por lei;
g) Garantir uma gestão racional dos recursos humanos materiais e financeiros aplicando uma
política de austeridade no funcionamento da escola;
h) Apresentar as estruturas superiores, nos prazos definidos, toda a informação necessária,
nomeadamente, planos de actividades e desenvolvimento da instituição, dos estatísticos,
relatórios e de mais informações;
i) Participar nas reuniões do conselho da escola;
j) Promover o desenvolvimento de um ambiente democrático, participativo e seguro com a
comunidade;
k) Garantir um bom funcionamento do colectivo de direcção da escola;
l) Convocar e presidir o colectivo de direcção duas vezes por mês e extraordinariamente, sempre
que necessário
m) Assegurar a elaboração do plano do desenvolvimento da escola;
n) Garantir o cumprimento dos princípios pedagógicos plasmados na lei do Sistema Nacional de
Educação;
o) Apreciar o aproveitamento da escola e tomar medidas pertinentes para o seu melhoramento;
p) Cumprir e fazer cumprir o regulamento interno da escola e demais normas em vigor na
administração pública;
q) Avaliar e assegurar a avaliação do desempenho dos funcionários na escola;
r) Leccionar a classe mais alta na instituição que dirige;
s) Exercer outras funções que forem incumbidas superiormente.

Artigo 16

(Competências do Director Adjunto da Escola)


Compete ao Director Adjunto da Escola:
a) Coadjuvar o director na direcção das actividades da escola na área sob sua responsabilidade;

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b) Garantir a aplicação dos curricula aprovados pelo Ministério que superintende a área da
educação para o ensino secundário geral;
c) Orientar e controlar a formação das turmas e a elaboração de horários das turmas e dos
professores;
d) Proceder a distribuição dos professores pelas turmas, disciplinas e classes de acordo com as
orientações superiormente definidas;
e) Coordenar as actividades dos directores de classes, de turma e dos delegados de disciplinas;
f) Orientar e controlar a planificação e desenvolvimento do processo do ensino e aprendizagem ao
nível da escola;
g) Identificar as insuficiências científicas e didáctico-pedagógicas dos professores e auxiliá-los na
superação das mesmas;
h) Orientar o processo de elaboração de provas de avaliação de acordo com o sistema em vigor e
controlar os respectivos resultados;
i) Planificar a formação e capacitação do corpo docente e assegurar o desenvolvimento de
competências necessárias para a realização da missão da escola;
j) Impulsionar e coordenar o apoio as actividades académicas, desportivas, culturais e recreativas
na escola;
k) Cumprir e fazer cumprir o regulamento interno da escola e demais normas em vigor na
administração pública;
l) Garantir a avaliação do desempenho dos professores, dentro dos prazos legais;
m) Leccionar a classe mais alta da instituição que dirige;
n) Substituir o director da escola nas suas ausências e ou impedimentos;
o) Realizar outras tarefas que lhe sejam incumbidas superiormente.

Artigo 17

(Competências do Director Adjunto-Administrativo)


Compete ao Director Adjunto-Administrativo:
a) Planificar, controlar e coordenar as actividades do sector administrativo da escola;
b) Velar pela organização e gestão de recursos humanos, materiais e financeiros afectos à escola;
c) Assinar ou chancelar os termos de matrícula;
d) Velar pela manutenção e conservação da instituição procedendo a sua inventariação com base na
legislação vigente;
e) Elaborar as propostas de orçamento em conformidade com os planos de actividades da
instituição para cada ano;
f) Propor a direcção da escola as formas de utilização de bens e receitas gerados dentro da escola,
doações ou patrocínios;
g) Apresentar ao director da escola dados sistematizados sobre o funcionamento das áreas
administrativa e financeira da escola;

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h) Assegurar a mobilização de recursos e promover parcerias para a geração de receitas garantindo
a sustentabilidade das acções de formação;
i) Coordenar e gerir os meios de transporte disponíveis na escola;
j) Avaliar, periodicamente, o património e propor a sua substituição de acordo com as normas
vigentes;
k) Acompanhar e participar na fiscalização de obras de expansão, manutenção e/ou reparação que
possam ocorrer na escola e emitir parecer sobre as mesmas;
l) Emitir pareceres antes da recepção das instalações após qualquer obra de expansão, manutenção
e/ou reparação;
m) Nas escolas onde não há Director Adjunto Administrativo todas as responsabilidades deste são
assumidas pelo Chefe da Secretaria;

Artigo 18
(Competências do Chefe de Secretaria)
Compete ao Chefe de Secretaria:
a) Chefiar a secretaria da escola;
b) Exercer as funções de organização, planificação, coordenação e controlo da unidade sob sua
responsabilidade;
c) Organizar despachos com a Direcção da Escola;
d) Providenciar a recepção, registo, emissão e envio da correspondência da escola;
e) Assegurar a dactilografia, reprodução e arquivo de todos os documentos da escola;
f) Orientar, organizar e controlar o processo do aluno, de contratação, admissão e tomada de posse
de professores e outros trabalhadores da escola;
g) Controlar toda a documentação relativa à situação laboral dos funcionários da instituição;
h) Preparar e apresentar o projecto do orçamento e receitas da escola, segundo orientações
superiores;
i) Garantir o pagamento de salário dos professores e demais funcionários da escola, dentro dos
prazos legais;
j) Garantir a manutenção da limpeza das instalações e conservação do material didáctico de uso
comum;
k) Dirigir o encaminhamento de todo o material necessário para a reprodução, impressão e
policópia de documentos;
l) Orientar e controlar o funcionamento da cantina, de modo a garantir um serviço de apoio a
alunos, professores e outros trabalhadores da escola;
m) Garantir o abastecimento regular a escola em artigos e bens de consumo;
n) Ter sob sua guarda o carimbo da escola e o selo branco;
o) Prestar contas dos valores sob sua responsabilidade anualmente;
p) Organizar e manter actualizada a colectânea da legislação de interesse para o desenvolvimento
das actividades do sector, colaborando na sua divulgação;
q) Orientar, organizar e controlar o levantamento das faltas dos funcionários, com vista ao controle
da assiduidade e pontualidade;

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r) Exercer outras funções que lhe forem incumbidas, no contexto do seu trabalho.

Artigo 19
(Órgãos de Consulta)

Constituem órgãos de consulta da escola, independentemente do tipo, os seguintes:


a) Conselho de Escola;
b) Assembleia Geral da Escola;
c) Assembleia Geral do Corpo Docente e não Docente.

Artigo 20
(Conselho de Escola)

1. O Conselho de Escola, adiante desiganado CE, é um órgão máximo de consulta, monitoria e de


fiscalização de ensino e tem como objectivos promover a integração família-escola-comunidade e
apoiar a gestão do estabelecimento escolar para:
a) Estabelecer a ligação escola – comunidade;
b) Garantir uma gestão participativa e transparente da escola;
c) Ajustar as directrizes e metas estabelecidas a nível central e local, à realidade da escola e da
comunidade.
2. O CE orienta-se pelos seguintes princípios universais:
a) Respeito pelos documentos normativos e orientadores;
b) Promoção da unidade e participação da comunidade na melhoria da aprendizagem dos alunos;
c) Promoção da iniciativa criadora dos membros para o desenvolvimento da escola;
d) Promoção da cidadania e dos direitos humanos, especificamente os direitos da criança;
e) Respeito pelos limites e padrões éticos, combatendo energeticamente todos os actos de
corrupção;
f) Promoção do acesso e conclusão deste nível de ensino, com destaque para a rapariga, alunos
órfãos e vulneráveis e os com Necessidades Educativas Especiais.

ARTIGO 21
(Criação e Composição)
Da criação

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1. A criação e constituição do CE é da responsabilidade do Director da Escola.
2. O Conselho de Escola deverá ser constituído até 25 de Março de cada ano lectivo, devendo ser
apresentado no período entre 27 de Março e 03 de Abril, em cerimónia pública, orientada por
autoridades administrativas locais.
3. Nos casos de revitalização do Conselho de Escola, esta deverá ter lugar no período previsto no
número 2;
4. O Conselho de Escola anterior cessa as funções com a tomada de posse do novo.

Artigo 22
(Da Composição)
Fazem parte do CE:
a) Director da escola;
b) Representantes dos professores;
c) Representantes dos alunos;
d) Representantes do pessoal administrativo, agente de serviço e auxiliar;
e) Representantes dos pais e/ou encarregados de educação;
f) Representantes da comunidade.

Ensino Secundário Geral


TIPO DE ESCOLA Ae B C

Composição do CE

Director 1 1 1
Professores 3 3 2
Alunos 4 4 3
Pessoal administrativo,
agente de serviço e 1 1 1
auxiliar.
Pais 8 8 6
Comunidade 4 4 3
TOTAL 21 16

Artigo 23
(Da Eleição dos Membros)
a) Os representantes dos professores são eleitos em assembleia de professores presidida pelo
Director da Escola;

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b) Os representantes dos alunos são eleitos dentre os chefes de turma dos diferentes turnos;
c) Os representantes do pessoal administrativo são eleitos em assembleia do pessoal administrativo
dirigida pelo responsável administrativo/chefe de secretaria;
d) Os representantes dos pais são eleitos dentre os membros da Comissão de Pais, em reunião
presidida pelo Director da Escola;
e) Os representantes da Comunidade são eleitos em assembleia comunitária, presidida pela
autoridade competente.

Artigo 24
(Da Eleição do Presidente)
Uma vez eleitos os representantes de todos os grupos no CE, o Director da Escola convoca e orienta a
primeira reunião do Conselho, onde é eleito o Presidente dentre os representantes da comunidade ou dos
pais e/ou encarregados de educação, através de voto secreto, por maioria simples dos votos de todos os
presentes.

Artigo 25
(Do mandato)
1. A vigência do mandato do CE é de dois anos consecutivos, renovável, uma vez.
2. Nos casos de impedimento de exercício de funções de qualquer membro do CE, por um período
superior a dois meses, este deverá ser substituído através de uma nova eleição no grupo que
representa.

ARTIGO 26
(Estrutura)
1. O CE é dirigido por um Presidente, eleito dentre os representantes da comunidade ou dos pais e/ou
encarregados de educação.

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2. O Presidente do CE, no exercício do seu mandato, é auxiliado por um secretário, escolhido por si,
dentre os membros.
3. O Presidente do CE deverá propor, ouvidos os membros, a formação das seguintes Comissões:
a) Comissão de Finanças e Património;
b) Comissão de Assuntos Sociais;
c) Comissão de Assuntos Pedagógicos;
d) Comissão de Segurança e Produção Escolar.
4. A formação das comições deverá obedecer cumulativamente, tanto quanto possível, aos seguintes
critérios:
a) As preferências e empenho individuais;
b) O equilíbrio de género;
c) A representatividade dos vários grupos integrantes do Conselho.
5.Cada Comissão deverá eleger o seu Coordenador, por maioria simples dos votos.

ARTIGO 27
(Funções do Conselho de Escola)

1. Deliberativa: quando decide sobre o plano de desenvolvimento da escola e outros assuntos nela
inerentes.
2. Consultiva: quando assessora, analisando as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da
escola e apresentando sugestões de soluções.
3. Fiscalizadora: quando acompanha a execução das acções pedagógicas, administrativas e
financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas da escola e a qualidade do ambiente
escolar.
4. Mobilizadora: quando promove a participação, de forma integrada e consciente, dos segmentos
representativos da escola e da comunidade em diversas actividades, contribuindo para a efectivação
da gestão participativa e para a melhoria da qualidade da educação.

ARTIGO 28
(Funcionamento)

1. O CE reúne-se, ordinariamente, três vezes por ano e, extraordinariamente, sempre que necessário.

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2. As reuniões do CE são convocadas e presididas pelo respectivo presidente.
3. Em caso de força maior, as reuniões do CE podem ser convocadas por ¾ dos membros do Conselho.
4. As deliberações do CE são válidas quando forem do consenso de 2/3 dos seus membros.
5. Em caso de ausência confirmada do Presidente ou do Secretário, os membros deverão indicar, dentro
do Conselho, alguém para dirigir a reunião.
6. As Comissões de Trabalho definem o calendário das suas reuniões em função das especificidades da
sua área.

7. A participação dos alunos nas reuniões do CE deve ter em consideração o tipo e a complexidade da
agenda e deve ser do consenso de 2/3 dos membros.

8. No caso de impasse na deliberação de qualquer assunto, deve-se recorrer à votação e caso houver
empate, o voto do presidente terá peso dois.
9. Em cada reunião deve ser lavrada uma acta, que é guardada em arquivo próprio.

ARTIGO 29
(Competências do Conselho de Escola)

1. Compete ao CE na área de gestão Escolar:


a) Aprovar o Plano de Desenvolvimento (3 a 5 anos) e o Anual do Conselho da Escola;
b) Aprovar o Regulamento Interno da Escola e garantir a sua aplicação;
c) Aprovar os relatórios das comissões de trabalho;
d) Analisar, pronunciar-se e deliberar sobre a execução orçamental;
e) Analisar e pronunciar-se sobre o desempenho dos titulares de cargos de direcção;
f) Apreciar as reclamações e/ou problemas apresentados pela comunidade escolar sobre o
funcionamento da escola;
g) Analisar e pronunciar-se sobre aspectos disciplinares e medidas a aplicar aos membros da
comunidade escolar;

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h) Aprovar os funcionários e outros membros da comunidade escolar a serem distinguidos e
premiados.

2. Compete ao CE na Área pedagógica:


a) Propor alterações do horário escolar;
b) Aprovar e garantir a execução de projectos de apoio social e material a conceder aos
alunos;
c) Promover os serviços de apoio e atendimento psicopedagógico;
d) Analisar e pronunciar-se sobre o rendimento escolar;
e) Sensibilizar os pais e/ou encarregados de educação e a comunidade em geral para prestar
apoio humano, organizacional, material e financeiro à escola, quando necessário.

3. Compete ao Presidente do CE:


a) Coordenar as acções do Conselho de Escola com o Director da Escola;
b) Convocar e presidir as reuniões do órgão;
c) Propor a agenda a ser seguida nas reuniões do órgão, ouvidos os membros;
d) Coordenar as actividades das Comissões de Trabalho entre as reuniões;

h) Representar o Conselho de Escola a nível interno e externo;


i) Prestar informação anual à Assembleia Geral da Escola.

4. São tarefas do Secretário do CE


a) Preparar e organizar as reuniões do CE;
b) Elaborar as actas e os relatórios do CE;
c) Organizar e garantir a conservação, em arquivo próprio, dos documentos do CE.

5. São tarefas das Comissões do CE


a) Elaborar planos e cronograma de actividades específicos das suas áreas de acção.
b) Acompanhar e prestar apoio regular à vida da escola nas suas áreas de acção.
c) Identificar os problemas da escola e sugerir soluções de forma a garantir um ambiente escolar
são e seguro.

Artigo 30

16
(Assembleia Geral da Escola)

A Assembleia Geral da escola é a reunião de consulta ou de informação convocada pelo Director da


Escola, que a preside, coadjuvado pelos restantes membros da Direcção.

Artigo 31
(Convocação da Assembleia Geral da Escola)

1. A Assembleia Geral é convocada pelo Director da Escola e reúne-se, ordinariamente, uma vez por
ano, no início do ano lectivo para apreciar o relatório das actividades desenvolvidas no ano findo, o
plano de actividades do ano a iniciar e o regulamento interno da escola.
2. O Director da Escola poderá, sempre que for conveniente, convocar extraordinariamente a
Assembleia Geral.

Artigo 32

(Composição da Assembleia Geral da Escola)

1. Compõem a Assembleia Geral:


a) Membros da Direcção da Escola;
b) Docentes Professores;
c) Alunos;
d) Pessoal Administrativo, agentes de serviço e auxiliar;
e) Pais e/ou Encarregados de Educação;
f) Comunidade.

2. Sempre que necessário, o Director poderá convidar ou solicitar a presença de estruturas Municipais
ou elementos ligados à instituição que dirige para tomarem parte das sessões da Assembleia Geral,
em representação própria ou dos organismos a que pertencem.

Artigo 33
(Da Assembleia de Professores e outros Funcionários da Escola)

A Assembleia é uma reunião de todos os professores e outros funcionários da Escola, convocada pelo
Director, que a preside, coadjuvado pelo Director Adjunto da Escola.

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Artigo 34
(Convocação da Assembleia de Professores e outros Funcionários da Escola)

1. A Assembleia de Professores e outros Funcionários é convocada pelo Director da Escola e reúne-se


ordinariamente uma vez por trimestre.
2. O Director da Escola poderá, sempre que for necessário, convocar extraordinariamente a Assembleia
de funcionários.

Artigo 35
(Competências da Assembleia de Professores e outros Funcionários da Escola)

1. Compete à Assembleia de Professores e outros Funcionários:


a) Pronunciar-se sobre os planos da Escola.
b) Analisar o aproveitamento escolar.
c) Identificar as formas para superar as dificuldades no processo de ensino e aprendizagem.
d) Pronunciar-se sobre os problemas dos funcionários.
e) Avaliar o desempenho dos funcionários.
f) Escolher, por votação, os representantes dos professores e outros funcionários da escola
para o Conselho da Escola.

Artigo 36
(Órgãos Executivos)
1. Constituem órgãos executivos, independentemente do tipo de escola os seguintes:
a) Conselho pedagógico.
b) Secretaria da escola.
Artigo 37
(Conselho Pedagógico)

1. O Conselho Pedagógico é órgão de apoio técnico, científico e metodológico da direcção da escola.


2. Compõe o Conselho Pedagógico:
a) Director Adjunto da Escola;
b) Directores de Classe;
c) Delegados de Disciplinas.
3. O Conselho Pedagógico é convocado e presidido pelo Director Adjunto da Escola que poderá
convidar outras entidades para além das referidas no número anterior.
4. O Director da Escola poderá orientar ou participar neste órgão sempre que for necessário.
5. O Conselho Pedagógico reúne-se ordinariamente duas vezes por mês e, extraordinariamente, sempre
que assuntos de ordem pedagógica o exijam.

18
Artigo 38
(Competências do Conselho Pedagógico)
1. Compete ao Conselho Pedagógico:
a) Pronunciar-se sobre as questões para que for convocado;
b) Organizar o processo docente, metodológico e educativo;
c) Garantir e controlar a aplicação dos programas, das metodologias de ensino e da avaliação da
aprendizagem superiormente definidos;
d) Assegurar o cumprimento das normas de organização, avaliação e direcção escolar no
estabelecimento;
e) Promover estudos de natureza pedagógica que lhe sejam propostos;
f) Assegurar a formação dos professores em exercício na escola e a execução dos programas de
aperfeiçoamento dos mesmos;
g) Coordenar, planificar e avaliar as actividades dos grupos de disciplina;
h) Efectuar os cortes avaliativos no meio de cada trimestre;
i) Apreciar e pronunciar-se sobre os planos e programas curriculares, bem como o regulamento de
avaliação, os calendários e horários das diferentes disciplinas a ministrar;
j) Apreciar e dar parecer sobre o funcionamento do estabelecimento;
k) Elaborar a acta de cada reunião, nomeando, para além dos assuntos discutidos, as propostas, os
pareceres e as conclusões dos participantes, arquivando uma cópia numa pasta própria e enviar
no prazo de 8 dias a original à direcção da escola.

Artigo 39
(Competências do Director de classe)
1. Compete ao Director de Classe:
a) Apoiar o Director Adjunto da Escola, na organização do sector pedagógico;
b) Coordenar todas as actividades dos Directores de Turma da classe que dirige;
c) Assistir às aulas das turmas da classe que dirige, mesmo nas disciplinas que não lecciona;
d) Garantir, em coordenação com a direcção pedagógica, a inviolabilidade dos documentos
pedagógicos das turmas;
e) Apoiar o Director adjunto da Escola, na elaboração dos horários;
f) Reunir mensalmente com os Directores das Turmas da classe de que é responsável para
planificação de actividades e discussão dos problemas relevantes do comportamento e
aproveitamento dos alunos;
g) Propor semanalmente à direcção pedagógica a agenda da reunião de turma;
h) Propor à direcção pedagógica a agenda das reuniões dos directores de turmas com os
encarregados de educação;
i) Reunir, sempre que necessário, com os professores da classe a que dirige;
j) Controlar sistematicamente o registo das avaliações nas respectivas fichas e cadernetas do
professor;
k) Planificar as actividades da classe que dirige.

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Artigo 40
(Competências do delegado de disciplina)
1. Compete ao Delegado de Disciplina:
a) Dirigir o grupo de disciplina;
b) Elaborar e coordenar a implementação do plano do grupo de disciplina;
c) Coordenar a elaboração dos planos analíticos dos programas de ensino, uma semana antes do
início de cada trimestre;
d) Coordenar e controlar a planificação das aulas;
e) Apresentar ao Director adjunto pedagógico a situação pedagógica do grupo de disciplina;
f) Controlar a elaboração e realização de avaliações;
g) Tomar medidas visando a elevação da qualidade de ensino na sua disciplina;
h) Promover círculos de interesse, em conformidade com as unidades temáticas dos programas de
ensino;
i) Coordenar a elaboração de materiais didácticos;
j) Avaliar trimestralmente o desempenho dos professores do seu grupo;
k) Assistir e garantir a assistência mútua das aulas no grupo de disciplina;
l) Organizar a pasta do grupo de disciplina;
m) Registar em acta a agenda e conclusões de cada reunião do grupo, arquivar a cópia na pasta da
disciplina e enviar a original no prazo de 48 horas à direcção pedagógica.

Artigo 41
(Do Grupo de Disciplina)
1. O Grupo de Disciplina é o órgão de apoio técnico, científico e metodológico da direcção
pedagógica.
2. Compõem o grupo de disciplina, todos os professores da respectiva disciplina.
3. O grupo de Disciplina reúne-se semanalmente para efeitos de planificação.

Artigo 42
(Competências do Grupo de Disciplina)
1. Compete ao grupo de disciplina:
a) Elaborar o plano analítico de acordo com o programa de ensino, no início de cada trimestre;
b) Elaborar planos de actividade do grupo de disciplina;
c) Planificar as aulas, as avaliações, as assistências mútuas às aulas e outras actividades referentes a
disciplina;
d) Elaborar textos de apoio;
e) Elaborar os testes escritos e outras formas de avaliações;
f) Analisar os resultados das avaliações e propor estratégias para o seu melhoramento;
g) Analisar o desempenho de cada um dos membros do grupo;
h) Estimular o espírito de inter-ajuda entre os membros do grupo;
i) Criar círculos de interesse que levem à motivação ao estudo das matérias dos programas da
disciplina.

20
Artigo 43
(Competências do Director da Turma)
1. Compete ao Director da Turma:
a) Estruturar a turma que dirige, de acordo com o presente Regulamento e Regulamento da Escola;
b) Preencher correctamente os documentos de escrituração da turma que dirige;
c) Reunir a turma semanalmente, de acordo com o horário estabelecido elaborando as respectivas
actas;
d) Acompanhar e influenciar positivamente o comportamento e o desempenho de cada aluno
fazendo o respectivo registo;
e) Fazer semanalmente o levantamento das faltas dos alunos;
f) Convocar, em coordenação com o director de classe, os encarregados de educação dos alunos da
turma para prestar informações que julgar pertinentes ou recebê-los quando eles o solicitarem;
g) Preparar e presidir os Conselhos de Avaliação da turma, no final de cada trimestre, de acordo
com o Regulamento Geral de Avaliação;
h) Promover e orientar, em coordenação com o director de classe, actividades extra-curriculares.

Artigo 44
(Da Turma)
1. A turma é o órgão de base da instituição de ensino que se organiza em grupos de alunos.
2. A direcção da turma é constituída por:
a) Director de Turma;
b) Chefe de Turma;
c) Chefes dos Grupos.

Artigo 45
(Do Chefe da Turma)
O Chefe da Turma é um aluno exemplar, proclamado pelo Director da Turma, no momento subsequente
à sua eleição por sufrágio directo, secreto e individual pelos alunos da turma.

Artigo 46
(Competências do Chefe da Turma)
1. Compete ao Chefe da Turma:
a) Representar a turma;
b) Transmitir e fazer aplicar as orientações e decisões emanadas pelas estruturas superiores da
escola;
c) Velar pela aplicação do regulamento interno da escola;
d) Coordenar as actividades extra-curriculares em que a turma esteja envolvida;
e) Organizar, orientar e controlar a turma na ocupação dos tempos livres e de ausência do professor,
incentivando o estudo individual e colectivo, bem como a prática de actividades desportivas e
culturais.

21
Artigo 47
(Do Grupo)

1. O Grupo é um colectivo de estudo e de organização interna da turma, que visa desenvolver o espírito
de solidariedade.
2. O Grupo é constituído por alunos da turma de ambos os sexos, cujo número varia de quatro a seis
elementos, numa composição heterogénea, quanto às capacidades, habilidades e idade.
3. A constituição dos Grupos é feita na presença do Director de Turma, e precede à eleição dos Chefes
do Grupo por sufrágio directo, secreto e individual pelos alunos da turma;
4. O Chefe do Grupo subordina-se ao Chefe da Turma.

Artigo 48
(Competências do Chefe do Grupo)
1. Compete ao Chefe do Grupo:
a) Representar o grupo;
b) Organizar, orientar e dirigir os componentes do grupo;
c) Garantir a ordem, a organização, disciplina e asseio no grupo;
d) Coordenar as actividades do grupo;
e) Apoiar o Chefe da Turma na direcção e organização da turma.

CAPÍTULO IV
Do Ano Escolar e da Organização do Ano Lectivo

Artigo 49
(Ano Escolar)

1. O calendário escolar é definido por Despacho Ministerial.


2. A organização de cada ano lectivo começa no ano anterior de modo a garantir, antecipadamente, o
conhecimento individual e colectivo das estratégias e dos meios a adoptar, tendo em vista o alcance
dos objectivos institucionalmente traçados.
3. Antes do início de cada ano lectivo, as direcções das escolas, com base nas experiências, devem
organizar o processo das matrículas, estruturar as turmas, situá-las, proceder à preparação
metodológica, organizar e planificar todas as actividades do novo ano.
4. As duas semanas que precedem o início de cada ano lectivo são destinadas à organização e
planificação do processo docente educativo.

Artigo 50
(Férias)
As férias dos professores e dos alunos, sem prejuízo do direito que lhes assiste, devem ser organizadas
de modo a que, em nenhuma altura, a escola fique abandonada.

22
Artigo 51
(Horário dos Turnos)
Compete ao Director da Escola, ouvido o Conselho de Escola, determinar, em cada ano lectivo, a hora
do início e do fim das actividades escolares dos diversos turnos, respeitando o número de horas
determinado.
Artigo 52
(Duração das Aulas)
1. As aulas do ESG têm a duração de 45 minutos cada uma e um intervalo de 5 minutos.
2. Ao fim da terceira aula de cada turno, segue-se um intervalo maior de 15 ou 20 minutos.

Artigo 53
(Horários)
1. Os horários escolares devem indicar, semanalmente, as actividades curriculares e extra-curriculares
em que os professores e/ou alunos devem participar.
2. Do horário dos professores devem constar, obrigatoriamente, para além das aulas, as horas de gestão
para os directores de classe, delegados de disciplina e directores de turma.

Artigo 54
(Organização dos Horários)

1. Na elaboração do horário semanal das actividades curriculares deve-se considerar:


a) No 1º Ciclo, as disciplinas de duas horas semanais não devem ser programadas para dias nem
tempos lectivos seguidos, excepto as disciplinas de Educação Visual, Educação Física,
Agropecuária, Noções de Empreendedorismo e TIC´s;
b) O agrupamento, no 1° ciclo, uma vez por semana, de tempos lectivos nas disciplinas de
Português e Matemática;
c) No 2º Ciclo, as disciplinas são dadas em bloco de duas aulas sempre que possível;
d) As aulas de Educação Física, Agropecuária, Noções de Empreendedorismo e TIC´s devem ser
programadas para o outro turno, exceptuando casos em que seja possível a sua leccionação no
mesmo turno.

CAPITULO V
Da Escrituração Escolar
Secção I
Da Escola
Artigo 55
(Escrituração Escolar)
Para a escrituração escolar haverá em cada escola:
1. Boletim de matrícula;
2. Livro de Turma;
3. Livro de matrícula (frequência);

23
4. Caderneta do aluno;
5. Caderneta do professor;
6. Mapa de aproveitamento dos alunos;
7. Pauta do aproveitamento de cada turma;
8. Livros de Termos de exames;
9. Processo individual do aluno (Boletim de Matrícula, 3 fotografias tipo passe, Fichas de Cadastro,
Certidão de Nascimento, fotocópia de Bilhete de Identidade e do certificado de habilitações
literárias do nível anterior);
10. Livro de Registo de correspondência;
11. Livro de despachos;
12. Livro de inventário;
13. Relatório sobre as diversas realizações;
14. Levantamento estatístico (3 de Março) e de aproveitamento;
15. Registo de escrituração financeira;
16. Contrato de fornecimento de bens e prestação de serviços;
17. Conta gerência.

Artigo 56
(Escrituração)
1. A escrituração escolar é feita nos modelos de livros, mapas e impressos aprovados pelo Ministro que
superintende a área da Educação.
2. A ausência dos livros, mapas ou impressos legalmente aprovados não isenta a escola da
obrigatoriedade da escrituração.
3. A ausência dos instrumentos de escrituração referidos no número 2 deste artigo pode ser colmatada
com o recurso às possibilidades locais de impressão ou a folhas soltas A-4, em conformidade com os
modelos indicados, devendo, depois, serem encadernados para facilitar o processo de arquivo.
4. Toda a documentação da escrituração é escrita a tinta azul ou preta e em caligrafia legível ou
digitalizada.
5. São proibidos quaisquer tipos de rasuras ou emendas nos livros de registo, de termo, de turma,
pautas, despachos e outros documentos da escola.
6. Todos os documentos da Escola devem ser arquivados em local próprio, enumerados de acordo com
o ano a que se referem e exarado um índice que facilite a respectiva localização.
7. Os Boletins da República e todos os actos normativos atinentes à Educação e à Instituição devem ser
convenientemente arquivados.

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Secção II
Do Calendário Escolar e da Matrícula

Artigo 57
(Matrícula Escolar)
1. A matrícula, no ESG, realiza-se na classe inicial de cada um dos ciclos, nomeadamente, na 8ª e 11ª
Classes. Nas restantes classes de cada ciclo, haverá apenas inscrições.
2. As matrículas, nas classes iniciais de cada ciclo, são feitas até as duas últimas semanas que
precedem a abertura de cada ano lectivo, salvo instruções em contrário por Despacho do Ministro
que superintende a área da Educação.
Artigo 58
(Calendário Escolar)
Às instituições centrais da Educação cabe a organização e instrução do calendário e do processo das
matrículas de cada ano lectivo, de acordo com o estipulado no artigo anterior.
Artigo 59
(Prazo das Matrículas)
Não são permitidas matrículas fora dos prazos estabelecidos no calendário escolar.

Artigo 60
(Boletins de Matrícula)

1. Os modelos de boletins a serem utilizados no processo da matrícula dos alunos são iguais para todas
as escolas do ESG do país e são aprovados por dispositivos próprios.
2. O boletim de matrícula para novos ingressos é adquirido na secretaria da escola.

Artigo 61
(Prioridades nas Matrículas)
Em caso de necessidade, as prioridades de acesso às matrículas nas classes iniciais de cada ciclo, serão
estabelecidas por Despacho do Ministro que superintende a área da Educação.
Artigo 62
(Inscrições dos Alunos Internos)
1. As inscrições dos alunos internos são feitas ao longo do III trimestre lectivo na Secretaria da Escola
de acordo com um calendário a ser elaborado pela respectiva Direcção.
2. No acto da inscrição, os alunos preenchem o boletim de inscrição e efectuam o pagamento da
respectiva taxa.
Artigo 63
(Processo Individual do Aluno)
O processo individual do aluno é constituído pelo documento referido no artigo anterior, acrescido da
ficha do aluno e demais documentos referidos no número 9 do artigo 52.

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Artigo 64
(Anulação da Matrícula)

1. Em caso de impossibilidade de continuação de estudos, os pais ou encarregados de educação ou o


próprio aluno, caso seja maior de 18 anos de idade, podem requerer a anulação da matrícula ao
Director da Escola até ao final do 1º trimestre, abandonando a frequência às aulas só depois de
satisfeita a petição.
2. Os pais e/ou encarregados de educação, ou o próprio aluno, caso seja maior de 18 anos de idade,
podem excepcionalmente e em casos devidamente fundamentados requerer a anulação da matrícula
em qualquer altura do ano lectivo.

Secção III
Das transferências
Artigo 65
(Transferências)
1. São permitidas transferências de uma escola para outra do mesmo nível e sistema, sempre que haja
razões suficientemente credíveis, mediante um requerimento dirigido ao Director da Escola.
2. As transferências devem ocorrer no fim de cada trimestre, exceptuando casos de força maior.

Artigo 66
(Transferência do Processo Individual)
O aluno transferido faz-se acompanhar do seu respectivo processo individual que deve conter para além
dos documentos referidos no número 9 do artigo 52 toda a informação pedagógica, contudo, a escola de
origem deverá permanecer com uma cópia de cada um dos documentos, bem como da guia de
transferência passada nos seus arquivos.

Artigo 67
(Guias de Transferência)
O modelo das guias de transferência é o único aprovado pelos dispositivos próprios.

Secção IV
Da Organização das Turmas
Artigo 68
(Organização das Turmas)

1. A organização das turmas é uma actividade que deverá ser programada pela escola, no âmbito das
actividades de preparação do ano lectivo.
2. As listas nominais das turmas deverão ser afixadas em local apropriado na escola, até uma semana
antes do início do ano lectivo.

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3. A organização das turmas é feita tendo em conta a harmonia das idades, a ordem alfabética dos
nomes sem, porém, distinção do sexo, raça nem religião.

Artigo 69
(Número de Alunos por Turma)
1. No ESG é fixado em 45 (quarenta e cinco) para o 1º ciclo e 40 (quarenta) para o 2º ciclo, o número
máximo de alunos por turma.

CAPITULO VI
Do Corpo Docente
Artigo 70
(Constituição do Corpo Docente)
1. O corpo docente é constituído por professores do quadro e/ou contratados.
2. Cada disciplina do ESG é leccionada por um único professor em cada turma.

Sessão I
Dos Direitos e Deveres do Professor
Artigo 71
(Direitos do Professor)
1. Para além dos previstos no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE) e no
Estatuto do Professor, são direitos do Professor:
a) Associar-se livremente;
b) Ser integrado numa carreira profissional e poder progredir para categorias mais altas;
c) Ser protegido por medidas de segurança social;
d) Ter acesso às queixas feitas contra si pelos encarregados de educação ou por outros
intervenientes no processo educativo;
e) Beneficiar de facilidades no ingresso dos seus filhos nas escolas, especialmente no caso dos
professores colocados em zonas rurais, de acordo com a regulamentação sobre o assunto;
f) Exercer actividades complementares remuneradas, desde que não se prejudiquem a qualidade e
regularidade do trabalho docente;
g) Ser designado para o desempenho de cargos de direcção e gestão da escola;
h) Receber apoio técnico, material, documental e metodológico necessário ao desempenho eficiente
das suas funções;
i) Ser avaliado de forma objectiva, franca e construtiva, para saber como melhorar o seu trabalho e
ver reconhecido o seu esforço;
j) Ser atendida a sua situação familiar no momento da colocação, sempre que possível;
k) Terem os casais de professores o direito de serem colocados em instituições da mesma zona,
sempre que possível.

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Artigo 72
(Deveres do Professor)
1. São deveres do Professor, para além dos consignados no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes
do Estado (EGFAE) e no Estatuto do Professor:
a) Defender a ordem legal estabelecida pelo Estado, educar os seus alunos no amor e dedicação à
Pátria; no respeito ao trabalho e desenvolver nele uma consciência patriótica;
b) Agir com dignidade e imparcialidade nas funções que exerce, actuando com independência e
justiça em relação aos interesses e pressões particulares de qualquer índole;
c) Desempenhar as funções tendo em vista os objectivos ou interesses da sociedade;
d) Manter sigilo profissional relativamente aos factos de que tenha conhecimento em virtude do
exercício das suas funções e que não se destinem a ser do conhecimento público;
e) Tratar com respeito os seus superiores hierárquicos, colegas, encarregados de educação, alunos e
outros elementos da comunidade escolar;
f) Ser assíduo e pontual ao serviço, dentro do horário que lhe for atribuído;
g) Apresentar-se na escola asseado e trajado de bata branca que obedeça aos padrões estabelecidos
e fatos de treino para os professores de educação física.
h) Colaborar na organização e realização das actividades extra-curriculares de interesse para a
formação do aluno;
i) Contribuir com o seu exemplo e conduta para a valorização social da função docente;
j) Aplicar a sua iniciativa criadora na melhoria das condições da vida e do trabalho na escola;
k) Não aplicar castigos corporais aos alunos nem outros que prejudiquem o desenvolvimento
harmonioso da sua personalidade;
l) Não ultrapassar a natureza da sua relação profissional com os alunos para qualquer fim;
m) Actualizar e aperfeiçoar os conhecimentos científicos relativos aos conteúdos das disciplinas que
leccionam;
n) Preparar e planificar adequadamente as suas aulas;
o) Realizar e avaliar rigorosa e sistematicamente todas as actividades lectivas;
p) Contribuir para a formação integral do aluno, garantindo a sua participação activa no processo
educativo;
q) Melhorar a qualidade do ensino, utilizando os métodos e os meios locais mais adequados;
r) Conhecer as particularidades de cada aluno, para adoptar a melhor acção educativa;
s) Cumprir as normas preconizadas em toda a normação que lhe diga respeito;
t) Registar e fornecer dados sobre o aproveitamento, comportamento e outros dados de interesse
para o conhecimento da evolução da formação da personalidade e aptidões do aluno;
u) Desempenhar com zelo os cargos para os quais tenha sido designado, no âmbito das suas
funções.

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Artigo 73
(Sanções)
Às infracções cometidas por professores são aplicadas as sanções previstas no Estatuto do Professor e
no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.

Artigo 74
(Carga Horária do Professor)
1. O horário semanal do professor do ESG é de 40 (quarenta) horas para ambos ciclos e obtém-se pela
soma de cinco componentes:
a) Componente lectiva e/ou responsabilidades a ela inerentes é de 24 (vinte e quatro) e 20 (vinte)
horas lectivas para docentes que ensinam, respectivamente no 1º Ciclo e no 2º Ciclo;
b) Componente lectiva e/ou responsabilidades a ela inerentes é de 28 (vinte e oito) horas lectivas
para docentes que ensinam a disciplina de Educação Física no 1º e 2º Ciclos.
c) Componente de trabalho colectivo é de 2 (duas) horas lectivas;
d) Componente de trabalho individual é de 12 (doze) horas lectivas no 1º ciclo e 16 (dezasseis)
horas lectivas para o 2º ciclo;
e) Componente de trabalho educativo e extra-curricular é de 2 (duas) horas lectivas.

NOTA
Versão do Artigo 74 (Carga Horária do Professor) segundo a proposta de revisão do Estatuto
do professor em revisão para harmonizar com o Regulamento ESG Segue abaixo

1. A componente lectiva do serviço docente obrigatório semanal para os professores do Ensino


Secundário as diferentes categorias de pessoal das instituições de educação geral e do ensino
técnico-profissional, é a seguinte:
a) Trinta tempos lectivos para os professores que leccionem o Ensino Primário;
b) Vinte e quatro tempos lectivos para os professores que ensinem disciplinas de 4, 5 ou 6 tempos
semanais;
c) Dezoito tempos lectivos para os professores que ensinem disciplinas de 2 ou 3 tempos, no
Ensino Secundário Geral
d) Vinte horas para os professores que leccionem no Ensino Técnico-profissional.
e) Vinte horas lectivas para os formadores;
2. O professor ao qual não for possível distribuir o número total de tempos lectivos obrigatórios nos
termos do número anterior, completá-lo-á pela forma a ser determinada pelo director da escola.

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3. O professor do Ensino Secundário, Ensino Básico e Médio Técnico-profissional, poderá sempre que
as necessidades do ensino o justifiquem, exceder a sua carga horária, até 15 horas lectivas, sem
prejuízo no previsto do nº 1, o qual será considerado extraordinário.
4. A carga horaria lectiva obrigatória do professor deverá se concentrar num turno, podendo estender-
se para mais um turno, se for para completar o horário.
5. As horas lectivas dadas no periodo nocturno que sirvam para completar o horário da componente
lectiva obrigatória serão bonificadas com o factor 1,5, de acordo com a regulamentação especifica
em vigor. (As horas do PESD devem ser incorporadas na carga normal obrigatoria e não contam
para o factor 1,5)

2. A carga horária máxima de horas extraordinárias do professor do ESG, em ambos os ciclos é de 10


(dez) horas lectivas semanais. Excepcionalmente o director da escola poderá atribuir até 5 (cinco)
horas lectivas para além das dez previstas.

Artigo 75
(Redução da Carga Horária)
1. Têm redução da carga horária lectiva:

a) Nas escolas do tipo A


Os Directores de Classe – 6 horas
Os Delegados de Disciplina - 4 horas
Os Directores de Turma - 2 horas

b) Nas Escolas do tipo B e C

Os Directores de Classe – 4 horas


Os Delegados de Disciplina - 2 horas
Os Directores de Turma - 2 horas

2. Os Directores e Directores Adjuntos das escolas do tipo A, B e C, leccionam apenas uma turma.

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CAPITULO VII
Dos Alunos
Secção I
Dos direitos, deveres e louvores do aluno
Artigo 76
(Direitos do Aluno)
São direitos do aluno:
1. Beneficiar dos serviços prestados pela escola;
2. Ser informado regularmente sobre normas e todos os regulamentos vigentes na escola bem como
sobre o seu aproveitamento pedagógico e conduta disciplinar;
3. Ser respeitado pela comunidade escolar, não podendo por nenhum motivo ser agredido física,
moral e psicologicamente;
4. Ser educado com vista ao desenvolvimento integral da sua personalidade e a sua correcta
integração social;
5. Utilizar a base material de estudo e de vida escolar posta à sua disposição em conformidade com
a legislação afim;
6. Utilizar as instalações, equipamento e meios necessários para o normal desenvolvimento das
suas actividades na escola;
7. Ser avaliado integral, honesta e justamente de acordo com o regulamento;
8. Ser informado regular e sistematicamente sobre os seus resultados académicos e de vida escolar;
9. Beneficiar do descanso nas férias, de acordo com o calendário escolar;
10. Recorrer às estruturas da turma e da escola para resolver problemas ou apresentar sugestões de
interesse comum;
11. Receber aulas em ambiente são;
12. Eleger e ser eleito para os órgãos representativos da turma e da escola;
13. Ser distinguido, premiado ou ter uma menção de louvor pelo seu aproveitamento e
comportamento com diplomas, quadro de honra e outros prémios;
14. Participar nas actividades planificadas pela escola, assistindo às aulas e às restantes actividades
programadas na escola;
15. Pedir esclarecimento aos professores ou à Direcção da Escola sobre questões que lhe dizem
respeito, sempre que for conveniente e de forma disciplinada;
16. Possuir um cartão escolar que o identifique como aluno.

Artigo 77
(Deveres do Aluno)
São deveres do aluno:
1. Estudar, de forma a garantir a sua passagem no fim de cada ano;
2. Defender, amar a pátria bem como respeitar os respectivos símbolos;
3. Usar e conservar racionalmente as infra-estruturas da escola;
4. Manter uma boa conduta social dentro e fora da escola;

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5. Falar e discutir correctamente com colegas, professores e demais funcionários da escola;
6. Preservar a higiene pessoal e do meio ambiente, mantendo-se sempre limpo e asseado;
7. Usar correctamente o uniforme escolar, segundo os níveis e modelos estabelecidos no presente
regulamento;
8. Apresentar-se pontualmente às actividades escolares;
9. Dedicar-se ao estudo, de modo a ter um aproveitamento satisfatório;
10. Manter os telemóveis desligados durante as aulas.

Artigo 78
(Sanções)
1. A disciplina escolar deve ser mantida por meios educativos de carácter pedagógico.
São considerados infracções disciplinares, e, por isso, puníveis quaisquer actos contrários aos deveres do
aluno, previstos neste e noutros regulamentos normativos vigentes.
2. As penas disciplinares aplicáveis aos alunos por infracções praticadas, são:
a) Repreensão oral feita pelo professor na aula;
b) Repreensão oral feita pelo Director da Escola, na presença do encarregado de educação do aluno
ou comunicada a este;
c) Suspensão do aluno das actividades escolares de um a cinco (1-5) dias feita pelo director da
escola;
d) Expulsão do aluno feita pelo director da escola. O aluno expulso da escola fica interdito de
frequentar qualquer escola pública e particular durante dois anos consecutivos.

3. O Regulamento Interno de cada escola deverá prever as atitudes dos discentes que devem ser
tratadas como infracções a que se apliquem as sanções acima referidas.

Artigo 79
(Louvores)
1. Ao aluno com aproveitamento distinto e/ou com comportamento Muito Bom bem como que
pratique actos de especial mérito, deverá ser atribuído os seguintes estímulos a registar no seu
processo individual:

a) Louvor dado pelo Director da Escola em “Ordem de Serviço”;


b) Louvor afixado no átrio da escola (quadro de honra);
c) Prémios materiais;
2. O Regulamento Interno de cada escola deverá prever circunstâncias em que deverá atribuir as
distinções acima referidas.

32
Secção II
Dos Encarregados de Educação

Artigo 80
(Encarregados de Educação)

1. São encarregados de educação os pais ou parentes ou tutores que se responsabilizam pela formação
sócio-cultural do aluno.
2. Para os alunos em orfanatos são, para o presente regulamento, encarregados de educação os tutores
que desempenhem funções educativas no âmbito do número anterior.
Artigo 81
(Direitos dos Encarregados de Educação)
Constituem Direitos dos Encarregados de Educação:
1. Eleger e ser eleito para membro da comissão de pais e do conselho da escola.
2. Ser ouvido e informado sobre o desempenho e comportamento do seu educando.

Artigo 82
(Deveres dos Encarregados de Educação)
Constituem Deveres dos Encarregados de Educação:
1. Acompanhar a vida escolar dos seus educandos.
2. Participar nas reuniões promovidas pela escola.
3. Promover e encorajar a participação da rapariga na escola.
4. Responsabilizar-se pelo pagamento da matrícula e inscrições e outras taxas.
5. Responsabilizar-se por qualquer acto praticado pelo seu educando.

CAPITULO VIII
Dos Agentes de Serviço e Auxiliar

Artigo 83
(Agente de serviço)

O Agente de serviço exerce actividades de natureza executiva simples e diversificada, exigindo


conhecimentos de ordem prática, susceptíveis de serem aprendidos no próprio local de trabalho em curto
espaço de tempo.
Artigo 84
(Competências do Agente de serviço)

São competências do Agente de serviço, além das previstas no qualificador de funções e categorias
profissionais em vigor no Aparelho de Estado, as seguintes:

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1. Manter os laboratórios arrumados e arejados, sob orientação dos professores das disciplinas em
causa, no caso de inexistência de auxiliar de laboratórios.
2. Colaborar com os professores na vigilância do comportamento dos alunos nos intervalos.
3. Controlar os tempos lectivos através de toques para início e fim das aulas.
4. Registar em livros próprios as faltas dos professores, auxiliares e guardas.
5. Interditar a circulação de pessoas estranhas no recinto escolar.
6. Atender com correcção as pessoas que solicitam informações e serviços relacionados com a
instituição.
7. Comunicar imediatamente ao Director da Escola as ocorrências que, em matéria de disciplina, se
afigurem contrárias ao bom funcionamento do estabelecimento de ensino.

Artigo 85
(O Auxiliar)
O Auxiliar realiza trabalhos de natureza simples e diversificada que não exigem conhecimentos
específicos nomeadamente: limpeza das salas de aulas, gabinetes, laboratórios, salas de desenho e
trabalhos manuais, sanitários e outros compartimentos e espaços circundantes.

Artigo 86
(Competências do Auxiliar)
Compete ao Auxiliar, além do previsto no qualificador de funções e categorias profissionais em vigor no
aparelho do Estado, o seguinte:
1. Apresentar-se na escola uma hora antes do início das aulas.
2. Permanecer na escola segundo o horário fixado pelo director da instituição.
3. Executar diligentemente os trabalhos de limpeza e higiene das salas de aulas e de toda a escola.

Artigo 87
(Uniforme)
O Agente do serviço e o Auxiliar devem apresentar-se ao serviço devidamente uniformizados, de
harmonia com o modelo adoptado pela escola.

Artigo 88
(Asseio e Disciplina)
O Agente do serviço e o Auxiliar não devem descurar do asseio e da disciplina, devendo assumir e
sentir-se educador dos colegas de trabalho, professores, alunos e outros, promovendo, deste modo, a sua
própria idoneidade.

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CAPÍTULO IX
Das Disposições Finais
Artigo 89
As dúvidas que possam resultar da aplicação do presente Regulamento e os casos omissos serão
resolvidos por despacho do Ministro que superintende a área da Educação.

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