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Auditoria Governamental p/ todos os cargos de AUFC do TCU

Aula 02
Prof. Fernando Graeff

Aula 02

Prezado Aluno,

Vamos à nossa segunda aula, seguindo nosso cronograma, hoje falaremos


sobre:

Normas internacionais para o exercício profissional da


auditoria. Normas da INTOSAI: código de ética e
princípios fundamentais de auditoria do setor público
( ISSAis 100, 200, 300 e 400) - disponível em:
02
http :// portal. teu .gov. br/ fiscalizacao-e-
controle/ auditoria/ issai-em-portugues.htm. Normas do
IIA: independência, proficiência e zelo profissional,
desenvolvimento profissiona l contínuo.

Bom ... chega de conversa e vamos em frente!

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Declaração de Lima

Vamos começar nossa aula de hoj e falando sobre a Declaração de Lima que,
apesar de não aparecer expl icitamente no conteúdo do edital é base para
entender as normas da INTOSAI.

A Declaração de Lima é um documento produzido em 1977 pelos membros da


INTOSAI e traz diretrizes gerais para auditoria governamental. Enfim, são
princípios gerais emanados para todas as Entidades Fiscalizadoras Superiores
( EFS) agrupadas na INTOSAI, a despeito de sua região, de seu grau de
desenvolvimento, de como estão integradas ao sistema de governo ou de como
estão organizadas.

Uma EFS é um órgão público de Estado que, qualquer que seja a sua
denominação ou a forma em que seja constituído ou organizado, exerce, em
virtude da lei, a suprema função de auditoria pública desse Estado.

No caso do Brasil, o Tribunal de Contas da União - TCU se encaixa nessa


definição.

O documento é dividido em varias partes que tratam sobre questões como


independências e poderes das EFS, relações com o legislativo, normas gerais de
auditoria etc.

Bom ... você vai ver que tudo que iremos falar é bastante intuitivo, dado até
mesmo os princípios de auditoria que já vimos até agora. Portanto, não se
preocupe em decorar o que está na Declaração de Lima e o que iremos
descrever, pois, quando houve algo rea lmente importante, destacaremos, tudo
bem?

Independências das EFS

Ana logamente ao que acontece com o aud itor externo, as Entidades


Fiscalizadoras Superiores devem ser independentes da entidade
auditada e protegidas contra influências externas pa ra que possam
desempenhar suas tarefas objetiva e eficazmente.

Note que esse princípio não é absoluto. É fato que, como qualquer instituição do
Estado, as EFS n ão são completamente independentes, pois estão
integradas dentro de sistema que constitui o Estado. Contudo, há alguns
princípios que devem ser seguidos para maxim izar essa independência :

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• As Entidades Fiscalizadoras Superiores devem gozar da


independência funcional e organizacional necessária para
desempenhar suas tarefas.
De acordo com a Declaração de Lima, as garantias dessa independência
devem estar previstas na Constituição (logicamente a legislação
infraconstitucional pode detalhar os mandamentos constitucionais), de
forma a proteger contra qualquer interferência no seu mandato de
auditoria.

Trazendo para o exemplo brasileiro, a Constituição Federal de 88 prevê as


competências do Tribuna l de Contas da União, resguardando a sua
autonomia frente aqueles por ele fisca lizados.

• Os membros ( conselheiros, ministros, auditor-geral) que precisam


tomar as decisões pelas Entidades Fiscalizadoras Superiores e
respondem por essas decisões perante terceiros 1 devem
resguardar sua independência.

Mais uma vez, o texto em pauta traz que, respeitada a estrutura


organizaciona l de cada país, a independência dos membros das EFS deve
ser garantida pela Constituição, particularmente, os procedimentos para a
destituição de um membro de seu cargo.

Voltando ao nosso exemplo tupiniquim, nossa CF/88, em seu artigo 73, §


3°, prevê que os Ministros do TCU terão as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do
STJ, como, por exemplo, vitaliciedade e inamovibilidade.

• As Entidades Fiscalizadoras Superiores deverão dispor dos


recursos financeiros necessários para desempenhar suas tarefas.

Isso implica em garantir que tenham recursos assegurados diretamente


do orçamento nacional e disponham desses recursos ao seu critério.

Outro ponto importante em relação à independência das EFS se refere ao seu


relacionamento com o Poder Legislativo.

A Declaração de Lima postula que as EFS devem manter um elevado grau de


iniciativa e autonomia perante o Poder Legislativo, mesmo quando estiverem
atuando como um agente deste e estiverem fazendo auditorias seguindo suas
instruções.

1
Note que não estamos falando aqui sobre os funcionários das EFS (seu caso, em breve, como AUFC do TCU), mas
daqueles que representam os órgãos, como ministros do TCU e conselheiros dos TCEs e TCMs.

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Você já deve saber que, em muitos países (inclusive no Brasi l), a EFS está
diretamente ligada ao Parlamento, que é o t itular do controle externo.

Por fim, resta falar das relações com as instituições auditadas (governo,
ministérios, autarquias etc.). Bom ... as EFS auditam as atividades do governo,
suas autoridades administrativas e outras institu ições subordinadas.

Contudo, isso não significa que o governo seja subordinado à EFS e vice-versa.
De tal forma que os funcionários responsáveis pelas auditorias não devem ser
influenciados pelas organizações auditadas e não devem ser dependentes
dessas organizações.

Além disso, destaca-se que, o governo não poderá absolver-se com base
em verificações de auditorias e em opiniões de especialistas da EFS (a
menos que as verificações tenham sido emit idas como julgamentos legalmente
válidos e aplicáveis no âmbito da lei). Em outras palavras, os auditados
guardam plena e exclusiva responsabil idade por suas ações e omissões.

Poderes das EFS

Outro tópico abordado no texto da INTOSAI é relativo aos poderes de


fiscal ização esperados de uma EFS.

No decurso de suas fiscalizações, as EFS deverão ter acesso a todos os


arquivos e documentos relacionados à gestão financeira e quaisquer
informações que considerem necessanas para chegar as suas
conclusões, cabendo a EFS estabelecer prazos às entidades auditadas para o
fornecimento desses dados.

Em nosso país, a Lei Orgânica do TCU (Lei 8.443/92) estabelece que:

Art. 42. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser


sonegado ao Tribunal em suas inspeções ou auditorias, sob qualquer
pretexto.

§ 1 ° No caso de sonegação, o Tribunal assinará prazo para apresentação


dos documentos, informações e esclarecimentos julgados necessários,
comunicando o fato ao Ministro de Estado supervisor da área ou à
autoridade de nível hierárquico equivalente, para as medidas cabíveis.

§ 2° Vencido o prazo e não cumprida a exigência, o Tribunal aplicará as


sanções previstas no inciso IV do art. 58 desta Lei.

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Veja como nossa legislação abraça esse pri ncípio e possibi lita até a aplicação de
mu lta (inciso I V do art. 58) em caso de sonegação de infor mações.

Como resultado de suas fisca lizações, as EFS dispõem de poderes para


tomar as medidas cabíveis em relação aos achados que apontam
situações em desacordo com a legislação.

A Declaração de Lima é bastante superficia l nesse aspecto, dizendo que as


organizações auditadas devem apresentar seus comentários sobre os achados
(ampla defesa e contraditório) e que medidas estão sendo tomadas. Ademais,
afirma que as EFS devem entrar em contato com a autoridade responsável por
tomar as medidas necessárias e exigir que seja assumida a devida
responsabi lidade.

Mais uma vez, observando o caso brasileiro, notamos que o TCU dispõe de uma
série de medidas e mecanismos corretivos, como:

• assina r prazo para que o órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilega lidade;
• sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
• representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos
apurados etc.

Como fo rma de dar transparência à sociedade, a EFS deverá ter poderes para
elabora r e publica r um relat ório sobre seus achados para ser apresentado,
anualmente, ao Parlamento ou a qualquer outro órgão público responsável.

Paralelamente, a Decl aração de Lima também dispõe que a Entidade


Fiscalizadora terá também poderes pa ra elabora r relató rios sobre achados
particularmente importantes e significativos ao longo do ano.

É importante mencionar que a EFS deverá levar em consideração os pontos de


vista das organizações auditadas sobre seus achados. Nas auditorias
operacionais do TCU , por exemplo, isso é chamado de "comentários do gestor".

Esses relatórios devem ser objetivos, cl aros e restritos aos elementos


essenciais, bem como redigidos em uma linguagem precisa e de fáci l
com preensão.

Finalmente, a Declaração de Lima possibilidade de as EFS


tra z a
disponibilizarem seus conhecimentos profissionais ao Parlamento e à
administração na forma de pareceres especializados, incl usive
comentários sobre projetos de lei e outras regu lações financeiras .

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Cabendo, então, às autoridades administrativas, exclusivamente, a


responsabi lidade de aceitar ou rejeitar esses pareceres especializados.

Aqui no Brasil, o TCU aprecia as contas prestadas anualmente pelo Presidente


da República, mediante parecer prévio, que é submetido ao julgamento do
Congresso Nacional.

Destaca-se, ainda, que essa tarefa adicional (pareceres especializados) não


deverá prever futuros achados de auditorias da EFS e não deverá afetar a
eficácia de sua auditoria. Em outras palavras, os pareceres não vinculam a
Entidade Fisca lizadora.

Auditorias das EFS

Vamos fa lar um pouquinho, agora, sobre as disposições da Declaração de Lima


sobre as auditorias conduzidas pelas EFS.

A auditoria gover namenta l não é um fim em si, e sim um elemento


indispensável de um sistema regulatório cujo objetivo é revelar desvios das
normas e violações dos princípios da legalidade, eficiência, eficácia e economia.
Tudo isso com a tempestividade necessária para que medidas corretivas
possam ter tomadas, para fazer com que os responsáveis por esses desvios
assumam a responsabi lidade por eles, para obter o devido ressarcimento ou
para tomar medidas para impedir (ou pelo menos dificu ltar) a ocorrência dessas
violações.

Para atingir esse objetivo, o texto traz dois tipos de auditoria: pré-auditoria
( controle prévio ou "a priori") e pós-auditoria ( controle posterior ou "a
posteriori /').

• Pré-auditoria: auditoria que é real izada antes da ocorrência do fato.


• Pós-auditoria: auditoria realizada após a ocorrência do fato.

Fácil, não ... vamos fa lar um pouco mais sobre elas.

Uma pré-auditoria eficaz, real izada por uma EFS ou por outras instituições de
auditoria, é ind ispensável para garantir a gestão adequada de recursos públicos
confiados ao Estado, pois tem o poder impedir prejuízos antes de sua
ocorrência. No entanto, tem o seu lado negativo: a desvantagem de gerar um
volume excessivo de trabalho.

Já a pós-auditoria enfatiza a responsabilidade dos responsáveis pela gestão


financeira, fiscal e patrimonial e pode determinar o ressarcimento por prejuízos
provocados e impedir novas ocorrências de violações.

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Há ainda um terceiro tipo de controle (auditoria) não previsto na Declaração de


Lima, mas utilizado, por exemplo, no Brasil. Trata-se de auditorias
concomitantes. Esses trabalhos de fiscalização ocorrem durante a execução
do ato.

O TCU realiza o acompanhamento das concessões de serviços públicos de


infraestrutura e fiscal iza os atos, na medida em que ocorrem.

Você já deve ter visto na mídia, por exemplo, que o Tribunal analisa os estudos
de viabilidade econômica de concessões rodoviárias... Pois bem, isso é um
estágio dessa concessão, e todos os outros estágios ( confecção do edital,
resultados da licitação, assinatura do contrato) também são fisca lizados
concomitantemente pelo TCU.

A situação jurídica e as condições e requ isitos de cada país determinam se uma


Entidade Fiscalizadora Superior deve ou não rea lizar pré-auditorias, ou seja,
esse tipo de fisca lização não á mandatório.

Já a pós-auditoria é uma tarefa indispensável de todas as EFS, a despeito do


fato de ela real izar pré-auditorias ou não.

Auditoria interna e externa

Outra distinção feita pela Declaração de Lima se refere à auditoria interna e


auditoria externa.

Segundo o documento, os serviços de auditoria interna são estabelecidos


dentro dos órgãos e instituições governamentais, enquanto os serviços de
auditoria externa não fazem parte da estrutura organizacional das instituições a
serem auditadas.

As Entidades Fiscalizadoras Superiores, portanto, prestam serviços de


auditoria externa.

Ana logamente ao que já falamos, os serviços de auditoria interna são


necessariamente subordinados ao chefe do departamento no qual
foram estabelecidos. No entanto, eles são, na maior medida possível,
funciona l e organizacionalmente independentes no âmbito de sua respectiva
estrutura constitucional.

Já as EFS, como instituições de auditoria externa, têm a tarefa de verificar a


eficácia da auditoria interna. Se a auditoria interna for considerada eficaz,
esforços serão empreendidos no sentido de garantir a mais adequada divisão ou

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designação de tarefas e cooperação entre a Entidade Fiscalizadora Superior e a


auditoria interna.

Note, contudo, que o direito da Entidade Fiscalizadora Superior de levar a


cabo uma auditoria geral permanece independentemente de divisões de
tarefas entre ela e a auditoria interna.

Auditoria de legalidade. auditoria de regularidade e auditoria operacional

Vamos falar, agora, de auditoria de legalidade, auditoria de regularidade e


auditoria operacional, segundo a Declaração de Lima.

De acordo com o texto, a tarefa tradicional de EFS é auditar a legalidade e


regularidade da gestão financeira e da contabilidade. Além desse t ipo de
auditoria, cuja importância se mantém, há um outro t ipo de auditoria
igualmente importante: a auditoria operacional cuja finalidade é verificar
o desempenho, a economia, a eficiência e a eficácia da administração
pública.

A auditoria operacional não se restringe a operações financeiras específicas e


abrange todas as atividades governamentais, inclusive seus sistemas
organizacionais e administrativos.

Isso não quer dizer que a auditoria operacional é mais importante que
as outras. Os objetivos de auditoria (lega lidade, regularidade, economia,
eficiência e eficácia na gestão financeira) têm basicamente a mesma
importância, no entanto, cabe a cada EFS determinar suas prioridades, caso a
caso.

Falaremos com mais calma sobre os diversos tipos de auditoria em outra aula.
Por enquanto, vamos ficar com esses conceitos que a Declaração de Lima nos
t rouxe.

Para fecharmos esse assunto, discutiremos outros princípios aplicáveis às


auditorias governamentais conduzidas pelas EFS.

De acordo com o texto de Lima, as EFS farão suas auditorias em


conformidade com um programa autoestabelecido, ou seja, cada entidade
de fiscal ização deve decidir o que é prioritário e o que merece atenção, sem se
sujeitar a interferências externas.

Além disso, ressa lta-se que os direitos de determinados órgãos públicos de


solicitar uma auditoria específica não serão afetados pelo requisito acima
exposto, cabendo à EFS alocar seus recursos da forma que lhe permita atender
suas demandas e as demandas de terceiros.

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Assim como nas auditorias privadas, os traba lhos governamentais também não
podem ser exaustivos. Uma vez que uma auditoria raramente pode abranger
tudo, as EFS constatarão, via de regra, a necessidade de adotar uma
abordagem de amostragem, com amostras selecionadas com base em um
determinado modelo e suficientemente numerosas para possibilitar um
julgamento adequado da qualidade e regu laridade da gestão financeira.
(discutiremos as diversas técnicas de amostragem em outra au la)

No mais, os métodos de auditoria serão sempre adaptados à luz do progresso


científico e técnico na área da gestão financeira, bem como reg istrados em
manuais de auditoria para orientar os auditores das EFS.

Já que falamos sobre os funcionários das EFS, é importante mencionar que


estes deverão ter as qualificações e a integridade moral necessárias para
desempenhar suas tarefas. Bem óbvio, não?

Ademais, para garantir a disponibi lidade de um pessoal de auditoria de


excelente qualidade, os salários serão proporcionais aos requisitos especiais
desse emprego e, se habilidades especiais não estiverem disponíveis entre o
pessoal responsável por auditorias, as EFS poderão recorrer a especia listas
externos, conforme suas necessidades.

Finalmente, montamos um quadro com diretrizes para t ipos específicos de


auditoria governamental. Por favor, não se preocupe em decorar o quadro
abaixo! Note que ele é bastante intuitivo.

Auditoria de autor idades Como um princípio geral, autoridades públicas e


públicas e de outras outras instituições estabelecidas no exterior
instituições no exterior também serão auditadas pela EFS, sendo levadas
em conta as restrições previstas no direito
internacional.
Auditorias fiscais As EFS terão poderes para auditar a cobrança de
impostos e, nesse processo, de examinar arquivos
fiscais individuais. Esses trabalhos constituem
auditorias de lega lidade e regularidade, bem como
de eficiência da cobrança de impostos, da
consecução de metas de receita.
Auditorias em contratos As auditorias de obras públicas não abrangerão
e obras públicos apenas a regularidade dos pagamentos, mas
também a eficiência da gestão da construção e a
qualidade da construção.

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Auditoria de instalações Essas auditorias serão baseadas em sistemas e


de processamento abrangerão aspectos como o do planejamento de
eletrônico de dados requisitos; do uso econômico de equipamentos de
processamento de dados; do uso de funcionários
com a especialização necessária, de preferência de
dentro da administração da organização auditada;
da prevenção de uso indevido; e da utilidade das
informações produzidas.
Auditorias em empresas Essas empresas também ficam sujeitas a auditoria
comercia is com (geralmente pós-auditorias que elas deverão
participação pública abordar questões relacionadas à economia, à
eficiência e à eficácia ) por parte da EFS se o
governo t iver uma participação substancial nelas ou
se ele exercer uma influência preponderante sobre
ela.
Além disso, destaca-se que os re latórios elaborados
pa ra o Parlamento e o público em gera l sobre essas
empresas deverão observar as restrições
necessárias para garantir a proteção de segredos
industriais e comerciais.
Auditoria de instituições As EFS terão poderes para auditar o uso de
subsidiadas subsídios concedidos com recursos públicos e,
quando o subsídio for particularmente elevado, a
auditoria poderá ser ampliada para incluir toda a
gestão financeira da instituição subsidiada.
Auditoria de Organizações internacionais e supranacionais cujas
organizações despesas sejam cobertas por contribuições de
internacionais e países membros ficarão sujeitas à auditoria externa
supranacionais e independente como países individuais.

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Normas da INTOSAI: postulados e normas gerais de auditoria

Vamos, a partir desse momento, discuti r mais um pouco as normas de auditoria


daINTOSAI.

In icia lmente é importante escla recer que o marco referencia l de Normas


Profissionais da INTOSAI tem quatro níveis.

O nível 1 contém os princípios fundamenta is da estrutura . O nível 2 estabelece


pré-requisitos para o funcionamento adequado e a conduta profissional das
EFS, como independência, transparência e accountability, ética e controle de
qualidade, que são relevantes para todas as auditorias das EFS.

Os níveis 3 e 4 t ratam da realização de cada t ipo de auditoria e incluem


princípios profissionais geralmente reconhecidos que dão suporte a auditoria
eficaz e independente das entidades do setor público.

O edital cobra expressamente as ISSAI 100, 200, 300 e 400 que são de nível 3,
na aula passada quando começamos a falar sobre a auditoria governamental,
nós nos adiantamos e já abordamos a ISSA 100 que trata dos "Princípios
Fundamentais de Auditoria do Setor Público", nas próximas aulas, conforme o
assunto tratado, fa laremos com mais detalhes das ISSAis 200, 300 e 400, hoje,
vamos dar um passo atrás e falaremos brevemente dos níveis 1 e 2, que são
mais básicos, mais especificamente veremos:

• Os Postulados Básicos;
• As Normas Gerais; e
• O Código de Ética.

Bom ... você vai perceber os mandamentos dessas normas estão de acordo com
o que já discutimos na Declaração de Lima, o que era de se esperar dado que
tratamos de princípios gerais de auditoria governamental.

Postulados Básicos

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Os postulados básicos constituem pressupostos fundamentais,


premissas, princípios e requisitos lógicos que contribuem para a
formulação das normas de auditoria.

Além disso, esses postulados auxiliam os auditores a formar sua opin1ao,


especialmente nos casos em que não existam normas específicas aplicáveis.

Logicamente, por serem inesperadas nos postulados, as normas de auditoria


constituem o guia pelo qua l o auditor embasa o seu t raba lho, ajudando-o a
determinar a amplitude da sua atuação e os procedimentos que devem ser
aplicados na auditoria.

Destaco que compete ao Conselho Diretor da INTOSAI interpreta r essas normas


e ao Congresso da INTOSAI emendá-las.

Conselho Diretor da INTOSAI Congresso da INTOSAI


Interpretação e explicação das Emanar as normas de auditoria
normas de auditoria governamental governamental

As normas da INTOSAI trazem 10 postulados básicos. Vamos fa lar um pouco


sobre cada um deles.

(1 ) As EFS devem procurar observar as normas de auditoria da


INTOSAI em todas as questões consideradas relevantes, ou
seja, aquelas questões em que há a possibi lidade de influir na
opinião dos interessados nas demonstrações contábeis ou no
relatório de auditoria operacional.

Como regra, estima-se a relevância em termos de valor, no


entanto, esse não é um conceito absoluto - por exemplo, há casos
em que a legislação ou os regulamentos exigem que a questão seja
considerada relevante, independentemente do seu valor. Enfim,
determinada questão pode ser relevante em função do seu contexto
ou da sua natureza.

É certo que nem todas as normas se aplicam a todas as EFS.


Ora cada país, cada legislação tem peculiaridades próprias e nem
sempre será possível aplicar determinada norma.

Portanto, em razão da estrutura e dos métodos de algumas EFS,


nem todas as normas de auditoria são aplicáveis a todos os
aspectos de suas atividades. Por exemplo, a natureza colegiada e
jurídica da fisca lização do TCU confere a sua atividade um caráter

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distinto do existente em EFS organizada s sob a forma de Auditoria-


Geral (ex.: Government Accountability Office - GAO, nos EUA).

(2) As EFS devem aplicar seus próprios critérios de julgamento


às diversas situações que surjam no curso da auditoria
pública.

A competência legal da EFS, ou seja, aquilo que está estabelecido


em lei, está acima de quaisquer convenções contábeis ou de
auditoria. Assim, as normas de auditoria da INTOSAI não
podem ser prescritivas nem de aplicação compulsória por
parte da EFS ou de seu pessoal.

Cabe, portanto, à EFS avaliar o grau de compatibi lidade das normas


de auditoria com os mandatos legais aos qua is está sujeita.

Agora um detalhe importante, é preciso reconhecer que as normas


de auditoria da INTOSAI representam um consenso de opiniões de
auditores públicos internacionais e, dessa forma, a EFS deve,
sempre que possível, procurar aplicá-las, eliminado eventuais
incompatibilidades.

(3) Um processo eficaz de prestação de contas dos gestores


públicos é cada vez mais necessário.

Em alguns países, maior grau de conscientização da sociedade, as


disposições legais estabelecem que as entidades obrigadas a prestar
contas apresentem relatórios ao Presidente, Rei ou Conselho de
Estado, mas, na maioria deles, os relatórios são apresentados ao
Poder Legislativo, diretamente, ou por intermédio do Poder
Executivo.

No Brasil não é diferente. Aqui os gestores públicos prestam contas


para a sociedade, representada pelo Poder Legislativo, com o auxílio
dos Tribunais de Contas.

Note que, segundo a INTOSAI, as empresas estatais também


são obrigadas a prestar contas, mesmo tendo finalidades
comerciais, como é o caso de empresas. Independentemente da
forma como estão constituídas, de suas funções, do seu grau de
autonomia ou do seu regime financeiro, tais entidades devem
prestar contas, em última instância, ao órgão legislativo superior.

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(4) Os administradores têm a responsabilidade de zelar para que


os relatórios financeiros e outras informações sejam corretos
e suficientes, tanto na forma como no conteúdo.

Relatórios e demonstrações contábeis com dados corretos e


suficientes são a expressão da situação financeira e dos resultados
das operações da entidade.

(5) As autoridades governamenta is competentes são responsáveis por


promulgar normas contábeis, e cabe às EFS cooperar com os
órgãos responsáveis na normatização da área contábil, a fim
de garantir a adequação das normas à administração pública.

(6) A aplicação efetiva de normas contábeis deve resultar na


apresentação fidedigna da situação financeira e dos resultados das
operações.

No entanto, o auditor não deve considerar a observância


correta às normas contábeis como prova definitiva da
apresentação fidedigna dos vários relatórios financeiros.

A fidedign idade constitu i uma expressão da opinião do auditor, que


ultrapassa os lim ites da mera aplicação estrita de normas contábeis.

(7) A existência de um sistema de controle interno adequado reduz ao


mínimo o risco de erros e irregularidades.

Assim como já fa lamos, a entidade auditada, e não o auditor, é


responsável pelo desenvolvimento de sistemas adequados de
controle interno para proteger seus recursos.

Contudo, isso não exime o auditor de apresentar propostas e


recomendações ao auditado, quando se verifiquem controles
inadequados ou inexistentes.

(8) O estabelecimento de disposições legais facilita a cooperação das


entidades auditadas, no que diz respeito ao acesso e à manutenção
dos dados pertinentes, necessários à avaliação global de suas
atividades.

Vimos que as EFS devem ter acesso a todas as informações


necessanas ao seu trabalho, assim o estabelecimento de
disposições lega is que garantam esse acesso contribui para reduzir
problemas nesse campo.

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(9) Todas as atividades de fiscalização da EFS devem ser


desempenhadas no exercício de sua competência legal.

Isso é bem óbvio e nada mais é do que o princípio da lega lidade ...

A lei ou reg ulamento deve estabelecer a forma de constituição da


EFS (por exemplo : tribuna l, conselho, ministério etc.), além dos
termos e condições da competência, duração, poderes, deveres,
funções, responsabilidades gerais e outras questões relativas ao
exercício do cargo de seus t itulares e ao cumprimento de suas
respectivas funções e deveres.

(10) As EFS devem aperfeiçoar as técnicas usadas para auditar a


validade dos procedimentos de mensuração do desempenho.

Já falamos que a auditoria governamental vai além da mera análise


de legalidade e cumprimento de normas, mas abrange, inclusive, a
avaliação do desempenho do gestor público, por meio de critérios
de eficiência, eficácia e economicidade.

O aumento das funções dos auditores requer deles o


aperfeiçoamento e a elaboração de novas técnicas e metodologias
pa ra avaliar o desempenho das entidades auditadas, fazendo uso,
até mesmo, de técnicas e metodologias adotadas por outras
disciplinas.

Ufa ... são mu ito postu lados, não é mesmo?

Mas por favor, caro concu rsando, nem pense em decorá-los! Note que são
bastante intuitivos e estão refletidos na prática da auditoria governamental
desempenhada por órgãos como o TCU.

Agora, vamos falar um pouco agora das classificações que as normas da


INTOSAI trazem pa ra as auditori as governamentais, de acordo com o seu
escopo de atuação.

Já discutimos um pouquinho sobre isso na aula passada e entraremos em


maiores detalhes nas próximas. De qualquer forma, optamos por trazer esse
assunto aqui para não deixar passar nada em branco ...

Pois bem, de acordo com a I NTOSAI, o escopo de atuação da fisca lização


pública abrange dois grandes grupos de auditorias : de regularidade (ou de
conformidade ou de compliance) e operacionais (ou de gestão ou de
desempenho ou de otimização de recursos) .

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Atenção: Note que as normas da INTOSAI são expedidas em inglês, dessa


forma, há alguma confusão quando é feita a tradução quanto às classificações
da auditoria para o português. A IN SFC 01/2001, por exemplo, nos dá uma
classificação diferente para a auditoria de gestão. As normas da INTOSAI falam
em auditoria operacional ou de gestão, enquanto que a IN SFC 01/2001 divide
a auditoria de gestão em acompanhamento da gestão e ava liação da gestão, e
nenhuma dessas duas equipara-se à auditoria operaciona l. As normas de
auditoria do TCU, por sua vez, dividem as auditorias em auditoria de
regularidade (conformidade) e auditoria operaciona l.

Vamos tentar sistematizar as normas da INTOSAI da seguinte forma:

A auditoria de regularidade tem por objetivo:

• certificar que os responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas,


o que inclui o exame e a avaliação dos registros financeiros e a emissão
de parecer sobre as demonstrações contábeis;
• emitir parecer sobre as contas do governo;
• auditar os sistemas e as operações financeiras, incluindo o exame da
observância às disposições legais e regulamentares aplicáveis;
• auditar o sistema de controle interno e as funções da auditoria interna;
• verificar a probidade e a adequação das decisões administrativas
adotadas pela entidade auditada; e
• informar sobre quaisquer outros assuntos, decorrentes ou relacionados
com a auditoria, que a EFS considere necessário reve lar.

Enfim, note que todos esses objetivos estão ligados por um elo em
comum - a análise da regularidade. Guarde isso!

Veja que ver ificar a obrigação de prestar contas, avaliar as contas de governo e
os sistemas de controles, avaliar a probidade das decisões administrativas, tudo
isso está ligado ao exame da legalidade e da legitimidade da gestão.

Esse é o foco das auditorias de conformidade.

Já os traba lhos de auditoria operacional preocupam-se em verificar a


economia, a eficiência e a eficácia, tendo por objetivo determinar:

• se a administração desempenhou suas atividades com economia, de


acordo com princípios, práticas e políticas administrativas corretas;
• se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza são
utilizados com eficiência, incluindo o exame dos sistemas de informação,
dos procedimentos de mensuração e controle do desempenho e as
providências adotadas pelas entidades auditadas para sanar as
deficiências detectadas; e

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• a eficácia do desempenho das entidades auditadas em relação ao alcance


de seus objetivos e avaliar os resultados alcançados em relação àqueles
pretendidos.

Neste tipo de trabalho, a preocupação do auditor vai além da mera verificação


de conformidade aos dispositivos e princípios legais e regu lamentares, mas
parte para uma análise mais profunda (podemos dizer até subjetiva) em que o
foco são conceitos ligados às boas práticas de gestão: eficiência , eficácia,
economicidade, efetividade (falaremos sobre todos essas dimensões em outra
aula).

Um detalhe bastante importante : pode haver, na prática, uma superposição


entre as auditorias de regularidade e operacional.

Ou seja, uma auditoria operacional pode avaliar aspectos de legalidade e


legitimidade, assim como uma auditoria de regularidade pode avaliar aspectos
de eficiência e economicidade.

Nesses casos, a classificação da auditoria dependerá de seu objetivo principal.

Falaremos, agora, das normas gerais de auditoria pública, as quais estabelecem


os requisitos básicos para que o auditor possa desempenhar as tarefas do seu
dia-a-dia de forma eficiente e eficaz.

Não vamos perder muito tempo, explorando os diversos princ1p1os que as


Normas da INTOSAI trazem, por dois principais motivos: muito já foi falado
quando discutimos a Declaração de Lima e muita coisa, como você vai perceber
é bastante óbvia.

De acordo as normas gerais de auditoria da INTOSAI, as EFS devem adotar


políticas administrativas e procedimentos para:

(a) Recrutar pessoal com a adequada qualificação profissional,


indicando, inclusive, que esse pessoal deve possuir formação de nível
superior apropriada às funções que irão exercer, bem ser
adequadamente capacitado e experiente.

(b) Aperfeiçoar e treinar seu pessoal, a fim de capacitá-lo a


desempenhar suas tarefas com eficácia, assim como definir critérios
para a promoção dos auditores e demais servidores.

(c) Elaborar manuais, guias e instruções para a execução das


auditorias, ou seja, manuais de auditoria atualizados, contendo as
diretrizes, normas e práticas da EFS.

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( d) Aproveitar a formação técnica e experiência profissional dos


seus auditores nos setores onde haja carência de
conhecimentos técnicos, aproveitando ao máximo seus recursos
huma nos.

Note que sempre existe a possibilidade de recrutar especialistas


de procedência externa caso necessário, competindo à EFS j ulgar, de
acordo com as circunstâncias de cada caso, se seus próprios auditores
atendem às suas necessidades ou se deve reco rrer a especialistas
externos.

(e) Revisar a eficiência e a eficácia de suas normas e


procedimentos internos.

Aprove itamos, ainda, pa ra ressalta que compete à EFS estabelecer


critérios para determinar quais atividades de auditoria serão
prioritárias, em cada ciclo ou período de tempo, dando assim a maior
garantia possível de que cada entidade auditada está cumprindo suas
responsabilidades e obrigação de prestar contas (accountability) .

Sabemos que existe um mundo a ser auditado pelas EFS, no entanto o tempo e
os recursos são escassos.

Veja, por exemplo, o TCU que tem m ilhares de entidades jurisdicionadas que
transacionam centenas de bilhões de reais anualmente. Como garantir a
legalidade, a legitimidade, a eficiência e a eficácia da gestão de tudo isso?

É muito difícil, para não dizer impossível!

O TCU, como qualquer EFS, deve priorizar os seus recursos de forma a atingir o
melhor resu ltado possível, com independência e livre de interferências.

No entanto, ao definir a distribuição de seus recursos entre as diferentes


atividades de auditoria, a EFS deve dar prioridade àquelas tarefas que, por
lei, precisam ser realizadas dentro de um prazo específico.

Deve-se, ainda, dar especia l atenção ao planejamento estratégico, a fim de se


identificar a ordem adequada de prioridade das auditorias que, a seu juízo, a
EFS pretenda rea lizar.

Finalmente, as autoridades competentes da EFS devem dar sua devida


autorização antes do início de cada auditoria. Essa autorização deve
indicar claramente :

• os objetivos da aud itoria e seu escopo;


• os recursos aplicáveis, tanto em qualidade quanto em quantidade;

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• os procedimentos de revisão do seu andamento em ocasiões


oportunas; e
• as datas para a conclusão dos trabalhos e para a entrega do
respectivo relatório.

Normas da INTOSAI: código de ética

O Código de Ética da INTOSAI compõe-se de postulados éticos básicos para o


padrão de comportamento dos auditores públicos, constituindo-se de valores e
princípios que guiam o traba lho cotidiano dos auditores.

Trata-se de um documento dirigido a auditores, diretores, membros


responsáveis pelas EFS (ministros, conselheiros etc.), bem como todas as
pessoas que traba lham a serviço da EFS ou em representação desta e que
intervenham no trabalho de auditoria.

Todavia, dado que as diferenças nacionais de cultura, idioma e sistemas


jurídicos e sociais variam significantemente de país para país, torna-se
necessário adaptar tais postulados a cada realidade. Assim, o presente código
deve ser considerado como um fundamento para os códigos de ética nacionais
que deverão ser desenvolvidos por cada Entidade Fiscalizadora Superior ( EFS).

De qualquer forma, o código de ética de um país de ser uma espécie de


garantia que o trabalho auditoria! será seguido por certos princípios.

É por esse motivo que as normas da INTOSAI determinam que todo o trabalho
realizado pela EFS deve ser submetido à avaliação pública acerca de sua
correção, mediante a inspeção realizada pelo Poder Leg islativo e/ou Executivo,
e o exame comparativo com um Código de Ética nacional.

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Destacamos que esse é um assunto muito pouco cobrado em provas. No


entanto, o assunto norma lmente está presente nos editais e não podemos
descartá-lo, mas vamos fa lar sobre o tema sem nos preocupar em decorar
nada, pois, como sempre dizemos, é tudo bastante intuitivo.

No fundo, auditoria como um todo é muito intuit iva, você não acha?

Basta ficarmos de olho nas definições e nas exceções.

Voltando ao assunto, o Código de Ética da INTOSAI é dividido em quatro


grandes blocos: Integridade; Independência, objetividade e imparcialidade;
Segredo profissional; e Competência profissional.

Vejamos cada um deles ...

Integridade:

A integridade constitui o valor central de um Código de Ética.

Os auditores estão obrigados a cumprir normas elevadas de conduta (ex.:


honradez e imparcialidade) durante seu trabalho, mantendo uma conduta
irretocável e estando acima de qualquer suspeita.

A integridade pode ser medida em função do que é correto e justo, exigindo


que os auditores tomem decisões de acordo com os interesses públ icos na
realização de seu trabalho e no emprego dos recursos da EFS.

Independência, objetividade e imparcial idade:

A independência com respeito à entidade auditada e outros grupos de


interesses externos é fundamental para o auditor, nesse sentido, é essencial
que os auditores não somente sejam independentes e imparciais de
fato, como também pareçam ser.

Além disso, do auditor sempre é esperado objetividade e imparcialidade em


todo traba lho efetuado, não se deixando afetar por interesses pessoais ou
externos, como prejulgamentos das pessoas e das entidades auditadas,
trabalhos recentemente realizados, re lações pessoais ou financeiras que
provoquem conflitos de interesse etc.

Assim, no decorrer de seu trabalho, os auditores e as EFS devem sempre ter


em mente:

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• Necessidade de manter a neutralidade política real e percebida da


EFS.

Quando os auditores se dedicam ou estudam a possibilidade de participar


de atividades políticas, é importante que considerem a forma que isso
poderá afetar ( ou pareça afetar) sua capacidade de desempenhar suas
obrigações profissionais com imparcialidade.

• Ausência de conflitos de interesses com outras atividades


desenvolvidas pelos auditores.

Quando os auditores estão autorizados a assessorar ou a prestar serviços


distintos da auditoria a uma entidade auditada, devem atentar para que
esses serviços não conduzam a um conflito de interesses.

Em particular, os auditores devem garantir que tais serviços ou


assessoramento não incluam responsabilidades ou faculdades de gestão,
que devem continuar sendo desempenhadas com transparência pelos
diretores da entidade auditada.

Além disso, os auditores deverão rechaçar rega lias ou gratificações, bem


como evitar qualquer tipo de relação com os diretores e o pessoal da
entidade auditada e outras pessoas que possam prejudicar sua
independência.

Segredo profissional:

A informação obtida pelos auditores no processo de auditoria não deverá ser


revelada a terceiros, nem oralmente nem por escrito, salvo aos responsáveis
pelo cumprimento de determinações lega is ou outra classe que correspondam
às EFS, como parte dos procedimentos normais desta, ou em conformidade
com as leis pertinentes.

Competência profissional :

Os auditores têm a obrigação de atuar de maneira profissional na real ização de


seu trabalho, objetivando desempenhar suas atribuições de maneira
competente e imparcial, não podendo realizar trabalhos para os quais não
possuam a competência profissional necessária.

Assim, os auditores devem sempre em suas auditorias empregar métodos e


práticas de máxima qualidade possível.

Na realização da auditoria, os auditores têm a obrigação de ajustar-se aos


postulados básicos e às normas de auditoria gera lmente aceitas, bem como

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constantemente atua lizar e melhorar as capacidades requeridas para o


desempenho de suas responsabilidades profissionais.

Normas do IIA: independência, proficiência e zelo profissional,


desenvolvimento profissional contínuo

Para fechar a parte teórica da nossa aula de hoje, vamos falar sobre as normas
de atributos profissionais do IIA.

No fundo, é uma abordagem para os auditores internos análoga ao que


acabamos de discutir para os " auditores externos" das EFS, tratando de temas
como independência, proficiência e zelo profissional, e desenvolvimento
profissional contínuo.

O IIA inicia o seu texto afi rmando que o propósito, a autoridade e a


responsabilidade da ativ idade de auditoria interna devem ser formalmente
definidos em um regu lamento ou estatuto (charter), consistente com as normas
internacionais de auditoria interna e aprovado pelo Conselho de Adm inistração.

Ou seja, como uma agente que auxilia a entidade na consecução dos seus
objetivos, o profissiona l de auditoria interna tem que embasar suas ativ idades
nas "leis" que a ele se aplicam, que no seu caso são os regulamentos internos
da empresa, os estatutos etc.

Assim, os estatutos e regu lamentos forma lmente definem os serviços de


avaliação (assurance) e de consu ltoria (consu/ting) desempenhados pelo auditor
interno .

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• Ava liação (assurance) : tem como objetivo aval iar as atividades


desenvolvidas dos diferentes processos existentes na organização, ou
seja, saber se tudo está funcionando como deveria estar.

• Consultoria (consulting) : tem como fina lidade propor medidas de melhoria


dos processos da instituição, atuando como uma verdadeira consultoria
dentro da empresa, auxiliando, assim, na melhoria da eficácia dos
processos de gerenciamento de risco, controle e governança corporativa.

Independência e Objetividade:

Assim, como na auditoria externa, a atividade de auditoria interna deve ser


independente e os auditores internos devem ser objetivos na execução de seu
trabalho.

Logicamente, esse grau de independência é reduzido quando comparado ao que


gozam os auditores externos, no entanto, deve-se tentar ampliar o máximo
essa independência na estrutura organizacional da entidade.

De acordo com as normas do IIA, o diretor executivo de auditoria deve estar


subordinado a um nível dentro da organização, que permita à atividade de
auditoria interna cumprir suas responsabilidades, e permitindo que a atividade
de auditoria interna seja livre de interferências na determinação do seu escopo,
na execução do trabalho e na comunicação de resultados.

Já falamos de tudo isso, lembra?

Ademais, os auditores internos também devem ter atitude imparcial e isenta e


evitar conflitos de interesses.

As nor mas do IIA trazem algumas recomendações sobre esse tópico:

• Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações


específicas pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente.
Presume-se prejudicada a objetividade, se um auditor prestar serviços de
avaliação para uma atividade pela qual tenha sido responsável no ano
anterior.

• Trabalhos de auditoria de avaliação relacionados a funções que estejam


sob a responsabi lidade do responsável pela auditoria interna devem ser
supervisionadas por alguém externo à atividade de auditoria.

• Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria


relacionados às operações pelas quais tenham sido responsáveis
anteriormente. Agora, caso os auditores internos constatem potenciais

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preJu1zos à independência ou objetividade relacionados a serviços de


consultoria propostos, o cliente do trabalho deve ser informado antes que
a execução do mesmo seja aceita.

Proficiência :

Os trabalhos de auditoria devem ser realizados com a proficiência e o cu idado


profissional devidos.

Por proficiência é entendida como os conhecimentos, habilidades e outras


competências necessárias à execução de suas responsabi lidades individuais.

No que se refere à proficiência, há um detalhe interessante trazido pela norma :


o auditor interno deve possuir suficiente conhecimento para identificar
indicadores de fraude, mas não se espera que tenha a especialidade de
uma pessoa cuja responsabilidade principal seja detectar e investigar
fraudes.

Ou seja, mais uma vez destaco que o auditor interno não é responsável por
detecta r fraudes, e por esse motivo não se espera que seja especializado nisso.

Assim como os auditores externos, o responsável pela auditoria interna não


deve aceitar tra balhos pa ra os quais não possua conhecimentos suficientes, ou
não possa obter a competente orientação e assistência para desenvolver o todo
ou parte do t rabalho.

Zelo Profissional Devido:

Os auditores internos devem aplica r cuidados e habilidades esperados de um


profissional razoave lmente prudente e competente, conside rando:

• a necessária extensão do traba lho pa ra alcança r os objetivos do


trabalho de auditoria;
• a relativa complexidade, materialidade ou importância dos assuntos
sobre os quais os procedimentos de auditoria são aplicados;
• a adequação e eficácia dos processos de gerenciamento de risco, de
controle e de governança co rporativa;
• a pro babilidade de erros significativos, irregu laridades, ou
desconformidades; e
• custo do trabalho de avaliação em relação a benefícios potenciais.

No entanto, zelo profissional devido não implica infalibilidade.

Ora, por mais que o auditor interno esteja alerta aos riscos que poderiam afetar
os objetivos, operações ou recursos do seu trabalho, os procedimentos de

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auditoria, por si só, mesmo quando desenvolvidos com o cuidado profissional


devido, não garantem que todos os riscos significativos serão identificados.

Já nos trabalhos de consultoria, o auditor interno deve exercer o cuidado


profissional devido, considerando:

• as necessidades e expectativas dos clientes, incluindo a natureza, o


prazo e a comunicação dos resultados do trabalho;
• a relativa complexidade e extensão requeridos pelo trabalho para
alcançar os objetivos do trabalho de auditoria; e
• o custo do trabalho de consultoria em relação aos potenciais
benefícios.

Desenvolvimento Profissional Contínuo

Finalmente é importante ressa ltar que a competências dos auditores internos


necessita de um processo de aperfeiçoamento de conhecimentos, habilidades e
outras competências.

Tudo isso é conseguido por um desenvolvimento profissional contínuo.

Questões Comentadas

01. (FCC/TCM-G0/2015) As Entidades Fiscalizadoras Superiores - EFS do


setor público, nas quais incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as
normas emitidas pela International Organization of Supreme Audit Institutions
- INTOSAI, que em sua norma ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A
auditoria que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia,
efetividade e qualidade de organizações, programas e atividades
governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover
o aperfeiçoamento da gestão pública, segundo o manual de aud itoria do TCU
adaptado às normas internacionais, é a Auditoria:

(A) dos Sistemas ou TI.


(B) das Demonstrações Contábeis.
(C) operacional.
(D) de Conformidade.
( E) de Qual idade.

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Resolução:

As normas de auditoria da INTOSAI dispõem que a final idade da Auditoria


Operacional é verificar o desempenho, a economia, a eficiência e a
eficácia da administração pública, não se restringe somente a operações
financeiras específicas, abrange todas as atividades governamentais, inclusive
seus sistemas organizacionais e administrativos.

Gabarito: C
02. {FCC/TCM-G0/2015) Na condução de auditorias, devem ser observados
os princípios éticos estruturais do código de Ética do International Organization
of Supreme Audit Institutios INTOSAI, recomendado às Entidades
Fiscalizadoras Superiores - EFS, tais como os princípios de integr idade, da
independência, do conflito de interesse, da objetividade, da imparcia lidade, da
aparência, da neutralidade política, da confidencialidade e do profissionalismo.
O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a finalidade dos
padrões de auditoria e de ética, conside re os princípios de independência e
objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na
utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta
profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio:

(A) de integridade.
(B) da neutralidade política.
(C) da objetividade.
(D) da aparência .
(E) do conflito de interesse.

Resolução:

O Código de Ética da INTOSAI é dividido em quatro grandes blocos:


Integridade; Independência, objetividade e imparcialidade; Segredo
profissional; e Competência profissional.

A questão trata da integridade que constitui o va lor central de um Código de


Ética.

Os auditores estão obrigados a cumprir normas elevadas de conduta (ex.:


honradez e imparcialidade) dura nte seu trabalho, mantendo uma conduta
irretocável e estando acima de qualquer suspeita .

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A integridade pode ser medida em função do que é correto e justo, exigindo


que os auditores tomem decisões de acordo com os interesses públicos na
realização de seu trabalho e no emprego dos recursos da EFS .

Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir normas


elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu trabalho e em
suas relações com o pessoa l das entidades auditadas.

Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os auditores
ajustem-se às normas de auditoria e de ética , e aos pri ncípios
de objetividade e independência, além de manterem conduta profissional
exemplar, tomando decisões de acordo com o interesse público.

Gabarito: A (preliminar)

03. {Cespe/ Auditor de Controle Externo/TCU/2013} As entidades


fiscal izadoras superiores que compõem a Organização Internacional das
Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI) estão obrigadas a adotar um
código de ética comum, o qual se aplica tanto aos auditores governamentais e
aos dirigentes de suas próprias organizações quanto aos auditores das
respectivas entidades auditadas.

Resolução:

Vimos que as diferenças nacionais de cultura, idioma e sistemas jurídicos e


soc1a1s variam significantemente de país para país, então torna-se necessá rio
adaptar os postulados da INTOSAI a cada realidade. Assim, o código de ética
deve ser considerado como um fundamento para os códigos de ética nacionais
que deverão ser desenvolvidos por cada Entidade Fiscalizadora Superior (EFS).

Gabarito: E
Julgue os itens a seguir, a respeito das normas da INTOSAI (Organização
Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores).

04. {Cespe/ Auditor de Controle Externo/TCDF /2012} O re latório de


auditoria operacional de uma entidade pública pode conter críticas relativas a
casos de desperdícios, exageros ou ineficiências na aplicação de recursos
públicos.

Resolução:

Vimos que a finalidade da auditoria operacional é verificar o desempenho, a


economia, a eficiência e a eficácia da administração pública, portanto, seu

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relatório pode conter críticas relativas a casos de desperdícios, exageros ou


ineficiências na aplicação de recursos públicos.

Gabarito: C

Julgue os itens a seguir, a respeito das normas da INTOSAI (Organização


Internaciona l de Entidades Fiscalizadoras Superiores) .

OS. {Cespe/ Auditor de Controle Externo/TCDF /2012) Com a finalidade de


facilitar a fiscalização contínua das operações, dos programas e das atividades
da entidade auditada, os tribunais de contas poderão designar servidores de
seus quadros para atuarem junto à referida entidade, participando, inclusive, de
seus processos decisórios.

Resolução:

Em nenhuma hipótese os servidores dos tribunais de contas poderiam atuar


junto à entidade auditada, principalmente, participando de seus processos
decisórios, isso feriria, entre outros postulados, a independência do auditor.

Gabarito: E

06. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008) Na hipótese de


entidades fisca lizadoras superiores emitirem pareceres especializados, inclusive
comentários sobre proposições legislativas, as autoridades administrativas
serão obrigadas a acatá-las. Essa tarefa adicional, inclusive, deverá prevenir
futuros achados de auditorias.

Resolução:

No caso de pareceres especializados, compete àqueles que requ isitaram o


parecer acatá-lo ou não.

No Brasil, por exemplo, o Congresso Naciona l não é obrigado a acatar o parecer


prévio das contas de governo emitido pelo TCU, pois compete ao Parlamento
fazer esse julgamento (art. 49, IX, da CF/88).

Logo, esse item está errado.


07. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2007) A INTOSAI é um
organismo internacional cujo objetivo é fomentar o intercâmbio de ideias e
experiências entre entidades fisca lizadoras superiores quanto ao controle das
finanças públicas. Entre os documentos elaborados pela INTOSAI, destacam-se
a Declaração de Lima, o código de ética e normas de auditoria. Na Declaração

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de Lima, só constam o controle prévio e o controle posterior, ao passo que, no


Brasil, além desses, há o controle concom itante, por expressa disposição lega l.

Resolução:

Para resolver essa questão, vamos analisar cada uma das frases.

A INTOSAI é um organismo internacional cujo objetivo é fomentar o


intercâmbio de idéias e experiências entre entidades fiscalizadoras
superiores quanto ao controle das finanças públicas.

Perfeito, não precisa de comentários, não é mesmo.

Entre os documentos elaborados pela INTOSAI, destacam-se a Declaração


de Lima, o código de ética e normas de auditoria.

Correto. Vimos que a Decla ração de Lima é um documento emitido pela


INTOSAI que traz diretrizes gerais para as EFS. Falaremos sobre o código de
ética e as normas de auditoria da INTOSAI ainda nessa aula.

Na Declaração de Lima, só constam o controle prévio e o controle


posterior, ao passo que, no Brasil, além desses, há o controle
concomitante, por expressa disposição legal.

Correto. Vimos que a Declaração de Lima traz dois tipos de auditoria: pré-
auditoria (controle prévio) e pós-auditoria (controle posterior) . Além disso,
falamos que, no Brasil, existe o controle concomitante.

Vamos faze r um quadro resumo para você não esquecer:

Tipo de auditoria Quando é realizada É mandatório?


pré-auditoria antes da ocorrência do fato Não
Pós-auditoria após da ocorrência do fato Sim

Logo, o item está correto.


OS. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008) Nos termos da
Declaração de Lima, a pré-auditoria, tarefa indispensável de todas as entidades
fiscal izadoras superiores, tem a vantagem de reduzir o volume de trabalho e
tornar indistintas as responsabilidades previstas no Direito Público.

Resolução:

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A pré-auditoria não é mandatória em todas as EFS e depende da estrutura legal


de cada pa ís, ou seja, pode ser dispensável, além disso, aumenta o volume de
trabalho e não reduz como afirma o enunciado .

Logo, o item está errado .


09. (Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008} Na atual estrutura
do sistema de controle interno do Poder Executivo federa l, que deve atuar em
cooperação com o TCU, os órgãos correspondentes do Itamaraty e dos
comandos militares são os que estão precisamente posicionados de acordo com
as recomendações das entidades fiscal izadoras superiores (INTOSAI) , em razão
de sua subordinação hierárquica e de suas vinculações funciona is.

Resolução:

De acordo com as disposições da Declaração de Lima, os órgãos de controle


interno do Itamaraty e dos comandos mi litares não podem ser considerados
EFS, devido à sua subordinação hierárqu ica. Assim, constituem órgão de
auditoria interna.

Logo, o item está errado.


10. (Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008} As normas de
auditoria da INTOSAI, ao contrário das de outras procedências, em particu lar no
âmbito interno de cada país, não podem ser prescrit ivas nem aplicadas
compulsoriamente pelas entidades fisca lizadoras superiores ou por seu pessoal.

Resolução:

Vimos que um dos postulados da INTOSAI é que as EFS devem aplicar seus
próprios critérios de julgamento às diversas situações que surjam no curso
da auditoria pública.

De forma que as normas de auditoria da INTOSAI não podem se sobrepor a


legislação que rege a entidade, nem ser de aplicação compulsória por parte da
EFS ou de seu pessoal.

Logo o item está correto.


11. (Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008} Na visão do atual
governo federal, as transformações propostas na gestão pública no que se
refere à redução do déficit institucional e à ampliação da governança requerem
aumento da eficiência . Nesse sentido, o melhor aproveitamento dos recursos
escassos deve apoiar-se em informações confiáveis sobre os custos para uma
melhor ava liação dos gastos, o que possibi lita efetuar cortes seletivos e
diferenciados das despesas públicas.

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Resolução:

Vamos analisar cada uma das orações :

Na visão do atual governo federal, as transformações propostas na gestão


pública no que se refere à redução do déficit institucional e à ampliação
da governança requerem aumento da eficiência.

Aqui não há segredo, não é mesmo? É fato que as transformações pelo qual
tem passado a gestão pública requerem aumento de eficiência.

Caro aluno, aproveitamos essa oportunidade para dar uma dica: muitas vezes
os alunos procuram "ch ifre em cabeça de cavalo", tentando achar "pegadinhas"
em todas as frases ... ficam criando interpretações para frases que muitas vezes
são simples como essa. Portanto, nossa dica é simplifique! Quando uma frase
parecer estar perfeita, é por que ela está. Lembre-se que você estudou muito e
tem que ter segurança no que entender ser certo ou errado.

Bom, passado esse parêntesis, vamos analisar a outra oração.

Nesse sentido, o melhor aproveitamento dos recursos escassos deve


apoiar-se em informações confiáveis sobre os custos para uma melhor
avaliação dos gastos, o que possibilita efetuar cortes seletivos e
diferenciados das despesas públicas.

A INTOSAI em um de seus postulados afirma que os gestores públicos têm a


responsabi lidade de zelar para que os relatórios financeiros e outras
informações sejam corretos e suficientes, tanto na forma como no conteúdo.

Ou seja, é importante criar um sistema de informações que possibi lite


impulsionar a eficiência administrativa.

Portanto, o item está correto.


12. (CESPE/Inspetor de Controle Externo: Administração,
Contabilidade, Direito ou Economia - TCE RN/2009) Um dos principais
objetivos da auditoria operacional é atestar a conformidade do funcionamento
do órgão ou entidade à estratégia e às políticas e diretrizes que lhes foram
estabelecidas.

Resolução:

Essa questão é bastante interessante, pois a maioria dos alunos comete um


erro (talvez por desatenção ou pressa) ao respondê - la. Gera lmente tomam a
questão por errada ao ler a palavra "conformidade".

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Não vamos nos deixar enganar, as bancas são pródigas em fazer jogos de
palavras com essas classificações, como se isso demonstrasse algum
conhecimento útil para o candidato!

A questão está correta, pois a auditoria operacional visa a conformidade da


gestão pública em relação à estratégia e às políticas e diretrizes que lhes foram
estabelecidas, ou seja, a conformidade em relação a sua eficiência e eficácia na
busca de sua missão.

Auditar é, antes de tudo, avaliar. Assim, podemos avaliar determinada


problemática sob diversos prismas: legalidade e leg it imidade (auditorias de
reg ularidade ou conformidade) ou economicidade, eficiência, eficácia e
efetividade (auditorias operacionais).

Nessa questão estamos analisando a conformidade (ava liando) com critérios de


economicidade, eficiência, eficácia e efetividade.

Logo, o item está correto.


13. (CESPE/ Auditor - UNIPAMPA/2009) O controle interno é classificado
como operacional quando está relacionado às ações que propiciam o alcance
dos objetivos da entidade governamental.

Resolução:

Essa questão é bastante semelhante à anterior, contudo, ao invés tratar de


auditorias operacionais, trata de controle operacional. Enfim, a lógica é a
mesma (até porque auditoria é uma forma de controle, não é mesmo?).

O controle operacional objetiva o aumento da eficiência, eficácia e efetividade


da gestão.

Logo a questão está correta.


14. (FCC/ Analista de Controle Externo - TCE CE/2008) Em relação ao
código de ética estabelecido pelo INTOSAI é correto afirmar que:

(A) os auditores devem conduzir os trabalhos de acordo com as diretrizes


traçadas pelos governantes ou pelo partido político ao qual pertencer.

(B) os relatórios elaborados são de acesso livre aos funcionários públicos


pertencentes ao quadro efetivo.

(C) a aprovação em concurso de provimento público é condição satisfatória para


conduzir trabalhos de auditoria de qualquer área de conhecimento, não
podendo recusar designação de trabalhos.

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(D) a entidade auditada tem direito de acompanhar e acessar os re latórios de


auditoria, bem como os papéis de trabalho elaborados pelo auditor.

( E) os auditores devem conhecer e cumprir todas as normas, políticas,


procedimentos e práticas aplicáveis de auditoria, contabilidade e gestão
financeira.

Resolução:

Vamos analisar cada um dos itens à luz do que acabamos de discuti r :

(A) Os auditores devem conduzir os trabalhos de acordo com as diretrizes


traçadas pelos governantes ou pelo partido político ao qual pertencer.

Vimos que os auditores e as EFS devem manter sua neutralidade política,


portanto, é inconcebível que a condução dos trabalhos de auditoria seja
orientada pelo partido X ou Y. Logo o item está errado.

(B) os relatórios elaborados são de acesso livre aos funcionários públicos


pertencentes ao quadro efetivo.

As normas da INTOSAI afirmam que a informação obtida pelos auditores no


processo de auditoria não deverá ser revelada a terceiros, exceto em
circunstâncias especiais, previstas em lei. Logo o item está errado.

(C) a aprovação em concurso de provimento público é condição


satisfatória para conduzir trabalhos de auditoria de qualquer área de
conhecimento, não podendo recusar designação de trabalhos.

Mais uma vez, o item está errado, pois, segundo a INTOSAI, o auditor não pode
rea lizar trabalhos para os quais não possua a competência profissional
necessária, independente de passar em concurso público ou não.

(D) a entidade auditada tem direito de acompanhar e acessar os


relatórios de auditoria, bem como os papéis de trabalho elaborados pelo
auditor.

Esse caso é semelhante ao item ( B) , a entidade auditada também não pode


acessar livremente as informações as anál ises executadas pelo auditor. O
segredo profissiona l também é válido para esses casos. Logo o item está
errado.

(E) os auditores devem conhecer e cumprir todas as normas, políticas,


procedimentos e práticas aplicáveis de auditoria, contabilidade e gestão
financeira .

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Achamos a resposta correta . Realmente os auditores devem conhecer e cumprir


todas as normas, políticas, procedimentos e práticas aplicáveis de auditoria,
contabilidade e gestão financeira, ou seja, daqueles assuntos correlatos ao seu
trabalho .
15. {FCC/ Analista de Controle Externo - TCE AM/2008} Em conformidade
com as normas de Ét ica do INCOSAI , considere :

I. Quando o auditor dedica r-se a atividades políticas deve se afastar das


atividades profissionais, ainda que tenha certeza de que o fato não afetará o
seu desempenho e a imparcialidade de suas decisões e obrigações profissionais.

II. O auditor pode prestar serviços à empresa auditada, desde que não gere
conflitos de interesses com os trabalhos de auditoria.

III. Os auditores deverão proteger sua independência, evitar qualquer


possibilidade de conflito de interesses e o recebimento de quaisquer gratificação
ou remuneração que deixem em dúvida sua independência.

Está correto o que se afirma em

(A) III, apenas.

(B) II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, II e III.

(E) I, apenas.

Resolução:

Mais uma vez, analisaremos cada item :

I. Quando o auditor dedicar-se a atividades políticas deve se afastar das


atividades profissionais, ainda que tenha certeza de que o fato não
afetará o seu desempenho e a imparcialidade de suas decisões e
obrigações profissionais.

Esse item está errado, pois as normas da INTOSAI não falam que o auditor
deva se afastar das atividades políticas em qualquer hipótese, mas apenas
quando estas afetarem a sua independência .

II. O auditor pode prestar serviços à empresa auditada, desde que não
gere conflitos de interesses com os trabalhos de auditoria.

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Perfeito, não há vedações à prestação de outros serviços à entidade auditada,


desde que não haja conflitos reais ou aparentes de interesse.

III. Os auditores deverão proteger sua independência, evitar qualquer


possibilidade de conflito de interesses e o recebimento de quaisquer
gratificação ou remuneração que deixem em dúvida sua independência.

Para fechar, nesse item não há muitEo que se discutir, não é mesmo? Está
correto afirmar que os auditores deverão proteger sua independência, evitando
qualquer possibilidade de confl ito de interesses e recebimento de qualquer
gratificação ou remuneração que deixem em dúvida sua independência.
16. {Cesgranrio/ Auditor - Funasa/2009) Segundo as normas profissionais
do auditor interno, este profissional, não obstante a sua posição funcional, deve
preservar a sua autonomia profissional. Isto equivale, na ótica da auditoria
externa, ao preceito da

(A) prudência.

(B) objetividade.

(C) qual ificação.

(D) independência.

(E) hierarqu ia.

Resolução:

Essa é bem fáci l mesmo, não é? O aud itor interno deve sempre preservar a
sua autonomia, ou seja, a sua independência.

Logo, a resposta correta é o item D.


17. {CESPE/ Auditor - UNIPAMPA/2009) O auditor interno deve preserva r
sua completa autonomia profissional e funciona l, sem as quais seu trabalho não
pode ser realizado.

Resolução:

Por mais que o auditor interno tenha autonomia profissional e funcional, esta
nunca será completa. Ora, esse profissional faz parte da estrutura hierárquica
da entidade e, por esse motivo, nunca será totalmente independente.

No entanto, lem bre-se que se deve tentar maxim izar essa independência,
deixando o auditor interno subordinado apenas ao mais alto nível da
organização.

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Ante o exposto, a questão está errada.


18. (Cespe/TCU - Auditoria Governamental/2011} Com relação às
características da auditoria governamental e às instituições
reguladoras de seu exercício, julgue os itens a seguir.

Segundo o Institute of I nternai Auditors (I AA), a atividade de auditoria interna


deve ser independente e envolver a consu ltoria de processos da organização,
identificando necessidades de melhorias operacionais e reduzindo as exposições
a riscos.

Resolução:

Inicialmente, essa questão foi considerada certa pela banca. Posterior mente, foi
anulada sob o argumento de que "A redação do item prejudicou seu julgamento
objetivo, motivo suficiente para sua anulação".

Veja que a auditoria interna tem como objetivos avaliar as atividades


desenvolvidas dos diferentes processos existentes na organização, ou seja,
saber se tudo está funcionando como deveria estar; e propor medidas de
melhoria dos processos da instituição, atuando como uma verdadeira
consultoria dentro da empresa, auxiliando, assim, na melhoria da eficácia dos
processos de gerenciamento de risco, controle e governança corporativa.

Além disso, a atividade de auditoria interna deve ser independente, lógico que
esse grau de independência é reduzido quando comparado ao que gozam os
auditores externos, no entanto, deve-se tentar ampl iar o máximo essa
independência na estrutura organizacional da entidade.

Parece que a justificativa da anulação se dá pela afirmação de que a atividade


de auditoria interna deve ser " independente", sem citar que apesar disso, ela
mantém certo vínculo com a alta administração da entidade.

Gabarito: anulado.
19. (Cespe/TCU - Auditoria Governamental/2011} Com relação às
características da auditoria governamental e às instituições
reguladoras de seu exercício, julgue os itens a seguir.

De acordo com o Código de Ética para os auditores do setor público, da


INTOSAI, o preceito do sigilo profissional, segundo o qual as informações
obtidas pelos auditores em razão de suas funções não podem ser reveladas a
terceiros, não se aplica aos casos de cumprimento das responsabilidades
próprias da respectiva entidade de fisca lização superior.

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Resolução:

Vimos que o auditor deve manter o segredo profissional, assim a informação


obtida não deve ser revelada a terceiros, nem ora lmente nem por escrito, salvo
aos responsáveis pelo cumprimento de determinações legais ou outra
classe que correspondam às EFS ou em conformidade com as leis
pertinentes.

Gabarito: certo.
20. {Cesgranrio/ Auditor - Funasa/2009) - ADAPTADA - A Declaração de
Lima sobre Preceitos de Aud itoria fornece as bases filosóficas e conceituais dos
trabalhos desenvolvidos pela Organização Internacional de Entidades
Fiscal izadoras - Intosai, da qua l o TCU não faz parte como membro.

Resolução:

Bom, como vimos, a Declaração de Lima fornece as bases filosóficas e


conceituais, ou seja, os princípios e diretrizes gerais para os traba lhos
desenvolvidos pelas EFS (membros das INTOSAI) .

No entanto, diferente do que afirma a questão, o TCU é uma EFS membro da


INTOSAI.

Logo, a assertiva está errada.


21. {FCC/TCM CE Analista de Controle Externo Inspeção
Governamental/2010) As Normas INTOSAI estabelecem um Código de Ética
para as Entidades Fiscalizadoras Superiores. Este Código trata

(A) dos deveres e das normas morais dos auditores de organizações privadas.
( B) das regras do comportamento esperado dos auditores, com relação à
organização na qual trabalha como funcionário.
(C) dos direitos e deveres e das normas de relacionamento dos auditores.
(D) das regras de conduta de como os auditores devem manter a
independência e a confidencialidade no relacionamento com clientes.
( E) dos deveres e das normas morais dos auditores pertencentes ao setor
público.

Resolução:

O Código de Ética da I NTOSAI compõe-se de postulados éticos básicos para


o padrão de comportamento dos auditores públicos, constituindo-se de
valores e princípios que guiam o trabalho cotidiano dos auditores .

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Gabarito: E.
22. (FCC/TCM CE Analista de Controle Externo Inspeção
Governamental/2010) O organismo internaciona l independente que tem por
objetivo fomentar o intercâmbio de ideias e experiências entre entidades
fisca lizadoras superiores denomina-se

(A) IIA.
(B) EFS.
(C) SEC.
(D) IOEP.
(E) INTOSAI.

Resolução:

A INTOSAI é entidade internacional que congrega as EFS e emite normas e


regulamentos que orientam as atividades e procedimentos de auditoria
governamental.

Gabarito: E.

Finalizamos, aqui, a nossa aula de hoje.

Um grande abraço,

Fernando.

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Lista de questões resolvidas na aula

01. (FCC/TCM-G0/2015) As Entidades Fiscalizadoras Superiores - EFS do


setor público, nas quais incluem-se os Tribunais de Contas, devem observar as
normas emitidas pela International Organization of Supreme Aud it Institutions
- INTOSAI, que em sua norma ISSAI 100 aponta três tipos de auditoria. A
auditoria que objetiva examinar a economicidade, eficiência, eficácia,
efetividade e qual idade de organizações, programas e atividades
governamentais, com a fina lidade de ava liar o seu desempenho e de promover
o aperfeiçoamento da gestão pública, segundo o manual de auditoria do TCU
adaptado às normas internacionais, é a Aud itoria:

(A) dos Sistemas ou TI.


(B) das Demonstrações Contábeis.
(C) operacional.
(D) de Conformidade.
(E) de Qual idade.

02. (FCC/TCM-G0/2015) Na condução de auditorias, devem ser observados


os princípios éticos estrutura is do código de Ética do International Organization
of Supreme Audit Institutios INTOSAI, recomendado às Entidades
Fiscalizadoras Superiores - EFS, tais como os princípios de integridade, da
independência, do conflito de interesse, da objetividade, da imparcialidade, da
aparência, da neutralidade pol ít ica, da confidencialidade e do profissionalismo .
O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a fina lidade dos
padrões de auditor ia e de ética, considere os princípios de independência e
objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na

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utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta


profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio:

(A) de integridade.
( B) da neutralidade política.
(C) da objetividade.
(D) da aparência.
(E) do conflito de interesse.

03. {Cespe/ Auditor de Controle Externo/TCU/2013} As entidades


fiscalizadoras superiores que compõem a Organização Internacional das
Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI) estão obrigadas a adotar um
código de ética comum, o qual se aplica tanto aos auditores governamentais e
aos dirigentes de suas próprias organizações quanto aos auditores das
respectivas entidades auditadas.

Julgue os itens a seguir, a respeito das normas da INTOSAI (Organização


Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores).

04. {Cespe/ Auditor de Controle Externo/TCDF /2012} O re latório de


auditoria operacional de uma entidade pública pode conter críticas relativas a
casos de desperdícios, exageros ou ineficiências na aplicação de recursos
públicos.

Julgue os itens a seguir, a respeito das normas da INTOSAI (Organização


Internaciona l de Entidades Fiscalizadoras Superiores).

OS. {Cespe/ Auditor de Controle Externo/TCDF /2012} Com a final idade de


facilitar a fiscalização contínua das operações, dos programas e das atividades
da entidade auditada, os tribunais de contas poderão designar servidores de
seus quadros para atuarem junto à referida entidade, participando, inclusive, de
seus processos decisórios .

06. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008} Na hipótese de


entidades fisca lizadoras superiores emitirem pareceres especializados, inclusive
comentários sobre proposições legislativas, as autoridades administrativas
serão obrigadas a acatá-las. Essa tarefa adicional, inclusive, deverá prevenir
futuros achados de auditorias.

07. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2007} A INTOSAI é um


organismo internacional cujo objetivo é fomentar o intercâmbio de idéias e
experiências entre entidades fisca lizadoras superiores quanto ao controle das

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finanças públicas. Entre os documentos elaborados pela INTOSAI, destacam-se


a Declaração de Lima, o código de ética e normas de auditoria. Na Declaração
de Lima, só constam o controle prévio e o controle posterior, ao passo que, no
Brasil, além desses, há o controle concomitante, por expressa disposição legal.

08. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008) Nos termos da


Declaração de Lima, a pré-auditoria, tarefa indispensável de todas as entidades
fiscal izadoras superiores, tem a vantagem de reduzir o volume de trabalho e
tornar indistintas as responsabilidades previstas no Direito Público.

09. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008) Na atual estrutura


do sistema de controle interno do Poder Executivo federa l, que deve atuar em
cooperação com o TCU, os órgãos correspondentes do Itamaraty e dos
comandos militares são os que estão precisamente posicionados de acordo com
as recomendações das entidades fisca lizadoras superiores (INTOSAI), em razão
de sua subordinação hierárquica e de suas vinculações funciona is.

10. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008) As normas de


auditoria da INTOSAI, ao contrário das de outras procedências, em particular no
âmbito interno de cada país, não podem ser prescrit ivas nem aplicadas
compulsoriamente pelas entidades fisca lizadoras superiores ou por seu pessoal.

11. {Cespe/ Analista de Controle Externo - TCU/2008) Na visão do atua l


governo federal, as transformações propostas na gestão pública no que se
refere à redução do déficit institucional e à ampliação da governança requerem
aumento da eficiência. Nesse sentido, o melhor aproveitamento dos recursos
escassos deve apoiar-se em informações confiáveis sobre os custos para uma
melhor avaliação dos gastos, o que possibilita efetuar cortes seletivos e
diferenciados das despesas públicas.

12. {CESPE/Inspetor de Controle Externo: Administração,


Contabilidade, Direito ou Economia - TCE RN/2009) Um dos principais
objetivos da auditoria operacional é atestar a conformidade do funcionamento
do órgão ou entidade à estratégia e às políticas e diretrizes que lhes foram
estabelecidas.

13. {CESPE/ Auditor - UNIPAMPA/2009) O controle interno é classificado


como operacional quando está re lacionado às ações que propiciam o alcance
dos objetivos da entidade governamental.

14. {FCC/ Analista de Controle Externo - TCE CE/2008) Em relação ao


código de ética estabelecido pelo I NTOSAI é correto afirmar que:

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(A) os auditores devem conduzir os traba lhos de acordo com as diretrizes


traçadas pelos governantes ou pelo partido polít ico ao qua l pertencer.

( B) os relatórios elaborados são de acesso livre aos f uncionários públicos


pertencentes ao quadro efetivo .

(C) a aprovação em concurso de provimento público é condição satisfatória para


conduzir trabalhos de auditoria de qualquer área de conhecimento, não
podendo recusar designação de trabalhos.

(D) a entidade auditada tem direito de acompanhar e acessar os re latórios de


auditoria, bem como os papéis de trabalho elaborados pelo auditor.

(E) os auditores devem conhecer e cumprir todas as normas, políticas,


procedimentos e práticas apl icáveis de auditoria, contabi lidade e gestão
financeira.

15. {FCC/ Analista de Controle Externo - TCE AM/2008} Em conformidade


com as normas de Ética do INCOSAI, considere:

I. Quando o aud itor dedica r-se a atividades políticas deve se afastar das
atividades profissionais, ainda que tenha certeza de que o fato não afetará o
seu desempenho e a imparcia lidade de suas decisões e obrigações profissionais.

II. O auditor pode prestar serviços à empresa auditada, desde que não gere
conflitos de interesses com os trabalhos de auditoria.

III. Os auditores deverão proteger sua independência, evitar qualquer


possibilidade de conflito de interesses e o recebimento de quaisquer gratificação
ou remuneração que deixem em dúvida sua independência.

Está cor reto o que se afirma em

(A) III, apenas.

(B) II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, II e III.

( E) I , apenas .

16. {Cesgranrio/ Auditor - Funasa/2009} Segundo as normas profissionais


do auditor interno, este profissional, não obstante a sua posição funciona l, deve
preservar a sua autonomia profissional. I sto equivale, na ótica da auditoria
externa, ao preceito da

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(A) prudência.

( B) objetividade.

(C) qualificação.

(D) independência.

( E) hierarqu ia.

17. {CESPE/ Auditor - UNIPAMPA/2009) O auditor interno deve preservar


sua completa autonomia profissiona l e funciona l, sem as quais seu t rabalho não
pode ser realizado.

18. {Cespe/TCU - Auditoria Governamental/2011) Com relação às


características da auditoria governamental e às instituições
reguladoras de seu exercício, julgue os itens a seguir.

Segundo o Institute of Internai Auditors (IAA) , a atividade de auditoria interna


deve ser independente e envolver a consultoria de processos da organização,
identificando necessidades de melhorias operacionais e reduzindo as exposições
a riscos.

19. {Cespe/TCU - Auditoria Governamental/2011) Com relação às


características da auditoria governamental e às instituições
reguladoras de seu exercício, julgue os itens a seguir.

De acordo com o Código de Ética para os auditores do setor público, da


INTOSAI, o preceito do sigilo profissional, segundo o qual as informações
obtidas pelos auditores em razão de suas funções não podem ser reveladas a
terceiros, não se aplica aos casos de cumprimento das responsabi lidades
próprias da respectiva entidade de fisca lização superior.

20. {Cesgranrio/ Auditor - Funasa/2009) - ADAPTADA - A Declaração de


Lima sobre Preceitos de Aud itoria fornece as bases fi losóficas e conceituais dos
t rabalhos desenvolvidos pela Organização Internacional de Entidades
Fiscalizadoras - Intosai, da qua l o TCU não faz parte como mem bro.

21. {FCC/TCM CE Analista de Controle Externo Inspeção


Governamental/2010) As Normas INTOSAI estabelecem um Código de Ética
para as Entidades Fiscalizadoras Superiores. Este Código trata

(A) dos deveres e das normas morais dos auditores de organizações privadas.
( B) das regras do comportamento esperado dos auditores, com relação à
organização na qual trabalha como funcionário.

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(C) dos direitos e deveres e das normas de relacionamento dos auditores.


(D) das regras de conduta de como os auditores devem manter a
independência e a confidencialidade no relacionamento com clientes.
(E) dos deveres e das normas morais dos auditores pertencentes ao setor
público.

22. (FCC/TCM CE Analista de Controle Externo Inspeção


Governamental/2010) O organismo int ernacional independente que tem por
objetivo fomenta r o intercâmbio de ideias e experiências entre entidades
fiscal izadoras superiores denomina-se

Gabarito:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

c A E c E E c E E c
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

c c c E c D E Nula c E

21 22

E E

Bibliografia

INTOSAI. Declaração de Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Aud itoria.


1977.
Código de Ética e Normas de Auditoria da INTOSAI; Tradução de Inaldo da
Paixão Santos Araújo e Tribunal de Contas da União. Salvador: Tribunal de
Contas do Estado da Bahia , 2005.

Tradução autorizada para o Instituto dos Auditores Internos do Brasil -


AUDIBRA, da 1 a Edição no idioma inglês de The Professional Pratices -
Framework, publicada por The Institute of Internai Auditors - IIA, atualizada

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com normas aprovadas posteriormente e publicadas no Site


http://www.theiia.org.

BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.

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